Til josé de alencar
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Til José de Alencar
O Autor
A criação de um painel da nacionalidade
a) A evolução histórica do Brasil: os períodos pré-cabralino, colonial e pós-colonial.
b) O tratamento abrasileirado da Língua Portuguesa: o enfoque dos costumes, das expressões regionais, do colorido local:
A criação de um painel da nacionalidade:
a) A evolução histórica do Brasil: os períodos pré-cabralino, colonial e pós-colonial.
b) O tratamento abrasileirado da Língua Portuguesa: o enfoque dos costumes, das expressões regionais, do colorido local: “O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?”
O contexto:
•A exploração do elemento de servidão.
•A Lei do Ventre Livre (1871) > a liberdade a filhos de escravos nascidos no Brasil.
•A valorização da vida no interior do país como alternativa às grandes cidades.
A vingança como condição para reveler um
caso de amor universal.
A vida dos homens é uma estória concebida por Deus.
Os aspectos distintos e complementares
Uma estória de aventura e ódio > origem na violência sexual.
A transformação de Berta (flha do estupro) em agente de forças positivas da natureza
(Til).
As Características
•Um romance alegórico (Bem X Mal). •Uma estoria de bandidos como suporte pra uma fabula de amor.
•O flashback é o procedimento dominante.
•O foco narrativo é sempre em 3a pessoa.
•Os capítulos curtos: o registro rápido da vida na fazenda.
Simultaneismo
Eventos que se desenvolvem no mesmo instante, mas em locais diferentes > acentuar
o mistério e o suspense.
As características da obra:
•O local: Santa Bárbara (principal).
•Os capítulos curtos que terminam num momento de clímax.
•Os disfarces físicos: mudanç as de nomes das personagens.
•O tempo psicoló gico: manipulado pelo autor que torna o tempo passado sempre presente.
•O vocabulário regional e as falas do caipira e do escravo.
“- Branco está de orelha em pé; pois olha, Monjolo é negro de bem; quando ele dá sua palavra e aperta dedo mindinho, está acabado, é como rabo de macaco: quebra, mas não solta galho, por nada desta vida, nem que arrebente.”
• A figura feminina subverte a tradiç ão da passividade: faz suas pró prias escolhas.
Berta X Besita
Personagens dinâmicos
Jão FeraAssassino - Nobre
Fascínora - SalvadorVingativo - Defensor
Luís Galvão
Jovem inconscequenteX
Pai de família
Miguel Indeciso X determinado
Os sentimentos controversos no leitor:
•Conformismo•Raiva•Indignaç ão•Piedade.•A satisfaç ão pela vinganç a.
A divisão da obra: 2 partes
•A apresentaç ão de personagens e tramas. (31 capítulos)
•Revelaç ão da trama apresentada. (31 capitulos)
O regionalismo:
“- Sô Filipe, venha alguma coisa que se masque, para despregar a barriga do espinhaço! exclamou um dos companheiros.outro.- E também que se chupite, para untar os gorgomilhos, e consolar o peito! acudiu outro.”
Berta
“Contradiç ão viva, seu gênio é o ser e o não ser. Busquem nela a graç a da moç a e encontrarão o
estouvamento do menino; porém mal se apercebam da ilusão, que já a imagem da mulher despontará em toda sua esplêndida fascinaç ão. A
antítese banal do anjo-demônio torna-se realidade nela(...)”
“Jão Bugre ou Jão, como eu o chamava em menino, a exemplo de outros, foi criado em nossa casa; era afilhado de meu pai e até chegou a servir-me de camarada. Depois
tornou-se um perverso; porém lembra-se dos benefícios que recebeu de nossa família, e,
embora se mostrasse altaneiro comigo, acredito que me respeita.
- Essa gente não é capaz de gratidão, Luís; ao contrário, o benefício os humilha, e eles
revoltam-se contra o que chama uma injustiça do mundo.”
A intertextualidade
“Afastando-se de Miguel para passar a tronqueira, dera a menina ao talhe uma inflexão sedutora. Daquela travessa rapariga, com ares
de diabrete, surgira de repente a mulher em toda a brilhante fascinaç ão, na plenitude da
graç a irresistível que rapta a alma, e a arrasta apó s si cativa como um despojo, de rojo pelo
chão e feliz de rojar-se- lhe aos pés.”
- Que têm você hoje? Chegam aqui ambos de nariz torcido... Acaso viram borboleta preta no
caminho?
Miguel (O contraponto a Jacinto)
“- Pensando bem, é melhor assim, disse ele a Linda; se eu me formasse, teria ambiç ões que
não são para mim, e viria talvez a sofrer grandes dissabores; enquanto que ficando no meu canto,
viverei tranquilo junto daqueles a quem amo. Para que há de a gente afligir-se por coisas que não valem senão dissabores, como vejo tantos
fazerem por aí?”
A associaç ão da natureza aos estados de alma das personagens
“A estas últimas palavras, em que a voz da menina sombreara-se com uma entonaç ão
afetuosa, o corpo robusto do capanga oscilou com íntima e rija vibraç ão, como o pró cero ibiratã quando a seiva exuberante irrompe
lascando-lhe o tronco.”
Berta e a aproximaç ão com a imagem de Pombinha
“Tendo acomodado a galinha na sua capoeira coberta de palhas e mudado a água do caco, a menina que derramara pelo chão um punhado
de milho e couve, entreteve-se alguns instantes a ver suas flores, umas já de véspera abertas,
outras botão como ela, esperando o primeiro raio de sol para desabrocham.”
Zana e a semelhanç a com Paula (O cortiç o)
“Era uma preta velha, coberta apenas de uma
tanga de andrajos, e que resmoneava, batendo a cabeç a com um movimento oscilató rio
semelhante ao do calangro. De tempo em tempo desdobrava um dos braç os descarnados,
insinuava ligeiramente a mão pela espádua, e fazia menç ão de matar uma pulga que imaginava ter presa entre o polegar e o
indicador.”
Brás e a dificuldade de comunicaç ão
“Esta resposta do menino, deu-a ele com sua fala particular, que era uma rouca explosão da
voz,despedida em ásperas e bruscas articulações, como o rugido de um animal, ou a
blateração de um surdo-mudo.A quem não estivesse muito habituado com essa pronúncia desabrida e selvagem, seria
impossível discernir”