teste psic 3 D 11 Correcção

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ESCOLA B 2,3/S MI CHEL GIACOMETT I Correcção do TESTE DE PSICOLOGIA B – 12º ANO 2010/11 -- VERSÃO D ===================================================== Questões de nível I (10X0,3) 1.A 6.B 2.C 7.B 3.A 8.C 4.C 9.B 5.D 10.A Questões de nível II ( To tal: 7 valores) 1- Distingue socialização primária de secundária. A socialização primária ocorre fundamentalmente durante a infância e a adolescência. É o processo de aquisição de saberes básicos que nos torna aptos a viv er em sociedade. São -nos tra nsmitid os háb ito s de hig iene e alimentação, cumprimento de instruções regras de convivio respeitoso, assim como a aprendizagem de comportamentos sociais adequados. A socialização secundária, existe sempre que, ao longo da vida, nós temos de nos adaptar a situações novas, novas tarefas, e papéis sociais, como o divórcio, casamento, emprego, desemprego, etc., decorre na vida adulta. 2- Quem foi o criador da teoria da vinculação? E m que consiste? (1,5 Valor) Bowlby. A vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações de proximidade e afectividade com os adultos que cuidam dele para garantir a satisfação das suas necessidades, protecção e segurança. A proximidade física do bebé com o seu progenitor é uma necessidade básica, inata, essencial para o desenvolvimento equilibrado do ser humano. 3- Descreve sucintamente a 2ª variante das investigações de Harlow e respectivas conclusões. Harlow numa segunda variante, construiu duas mães artificiais, uma de arame, a outra aquecida e revestida por um tecido felpudo. A mãe de arame fornecia alimento através de um biberão colocado no peito, enquanto a mãe felpuda servia como base de exploração e de segurança. Conclusões: Ainda que as pesquisas de Harlow tenham sido realizadas com macacos, elas podem generalizar-se aos seres humanos. Ambos apresentam as mesmas psicopatologias: abraçar-se, apatia, morder-se, incapacidade para interagir, etc. O Vinculo entre a cria e a mãe não está relacionado com a alimentação, mas com o contacto corporal e conforto. A origem da vinculação encontra-se nesta última necessidade. Os efeitos da ausência da mãe/agente maternante, ou de privação de contacto social, são devastadores e provocam perturbações físicas e psicológicas profundas. 4- O que são as competências do bebé? Esclarece a questão com base em duas dessas competências. (1,5 Valor) O inacabament o do bebé torna-o dependen te dos cuidado s dos pais ou de outros adultos, desde o nascimento e durante mais tempo que os outros animais.

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ESCOLA B 2,3/S MICHEL GIACOMETTICorrecção do 3º TESTE DE PSICOLOGIA B – 12º ANO – 2010/11 -- VERSÃO D

=====================================================Questões de nível I

(10X0,3)

1.A 6.B2.C 7.B3.A 8.C4.C 9.B5.D 10.A

Questões de nível II ( Total: 7 valores)

1- Distingue socialização primária de secundária.A socialização primária ocorre fundamentalmente durante a infância e aadolescência. É o processo de aquisição de saberes básicos que nos torna aptos aviver em sociedade. São-nos transmitidos hábitos de higiene e alimentação,cumprimento de instruções regras de convivio respeitoso, assim como aaprendizagem de comportamentos sociais adequados. A socialização secundária,existe sempre que, ao longo da vida, nós temos de nos adaptar asituações novas, novas tarefas, e papéis sociais, como o divórcio, casamento,emprego, desemprego, etc., decorre na vida adulta.

2- Quem foi o criador da teoria da vinculação? Em que consiste? (1,5 Valor)Bowlby. A vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações deproximidade e afectividade com os adultos que cuidam dele para garantir a

satisfação das suas necessidades, protecção e segurança. A proximidade física dobebé com o seu progenitor é uma necessidade básica, inata, essencial para odesenvolvimento equilibrado do ser humano.

3- Descreve sucintamente a 2ª variante das investigações de Harlow e respectivasconclusões.Harlow numa segunda variante, construiu duas mães artificiais, uma de arame, aoutra aquecida e revestida por um tecido felpudo. A mãe de arame forneciaalimento através de um biberão colocado no peito, enquanto a mãe felpuda serviacomo base de exploração e de segurança.Conclusões: Ainda que as pesquisas de Harlow tenham sido realizadas com macacos, elas

podem generalizar-se aos seres humanos. Ambos apresentam as mesmaspsicopatologias: abraçar-se, apatia, morder-se, incapacidade para interagir, etc.O Vinculo entre a cria e a mãe não está relacionado com a alimentação, mas com ocontacto corporal e conforto. A origem da vinculação encontra-se nesta últimanecessidade.Os efeitos da ausência da mãe/agente maternante, ou de privação de contactosocial, são devastadores e provocam perturbações físicas e psicológicas profundas.

4- O que são as competências do bebé? Esclarece a questão com base em duas dessascompetências. (1,5 Valor)

O inacabamento do bebé torna-o dependente dos cuidados dos pais ou de outros adultos,desde o nascimento e durante mais tempo que os outros animais.

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As competências são choro, o sorriso, as expressões faciais e as vocalizações são algumasdas competências básicas do bebé para comunicar.(Explictar apenas duas delas.)

Questões de nível III

(4 X 2,5 valores)

1- A diversidade humana pode ser biológica, cultural e individual. Esclarece o significadode cada uma destas dimensões. Reforça a tua resposta com referência ao filme “Ascrianças selvagens”.

O ser humano partilha um conjunto de características próprias da espécie que constituema hereditariedade específica, e características únicas que constituem a hereditariedadeindividual (diversidade biológica).Os efeitos do meio fazem-se sentir desde o nascimento.As diferentes expressões culturais próprias de uma sociedade exercem a sua influênciasobre cada ser humano que se desenvolve com características próprias (diversidadecultural).

Somos constituídos por um corpo com certas características, mas não determinados poruma biologia inscrita em nós. Somos seres que nos desenvolvemos em contextossocioculturais, que aprendemos com os outros. A cultura, tal como acontece relativamenteàs nossas características físicas e cerebrais, tem um papel importante, mas não determinaaquilo que somos. Somos produtos da nossa cultura, mas somos também produtores decultura. Vivemos experiências na relação com o meio e com os outros. Estas experiênciassão singulares e fazem parte da nossa história de vida o que nos confere um carácter único(diversidade individual).As diferentes colorações da pele, o desenho dos olhos, a cor dos cabelos, etc. são traçosdistintivos que manifestam a diversidade biológica dos seres humanos. Nas diferentesculturas, distintos padrões culturais promovem diferentes comportamentos e distintasformas de pensar e de ser. Por outro lado, dentro de cada cultura, cada ser humano

afirma a sua individualidade.A diversidade humana resulta da diversidade biológica, cultural e individual. Asdiferentes formas como os seres humanos se desenvolvem em distintos contextos sociais eculturais, o modo como cada indivíduo constrói a sua história pessoal tem permitido que ahumanidade se desenvolva. É na diversidade, na diferença de cada um realizar e organizaras várias dimensões que reside a riqueza do ser humano.As crianças selvagens, no momento em que são encontradas, porque na generalidadeviveram isoladas do contacto com o humano/ social, manifestam comportamentosdesjustados à integração e vivência em sociedade:- linguagem verbal é quase nula ou inexistente;- Imitam comportamentos animais resultantes do contacto com estes;- dificuldade de sentir empatia;- Sensorialmente não estão desenvolvidos;- pouco desenvolvidos fisica e mentalmente;- Dificuldades no controle das emoções, não riem, são apáticos, não socializam de acordocom os padrões normais.A ausência do mundo humano e social não moldou, não educou estes potenciais humanos,retirando-lhes a possibilidade de um desenvolvimento físico, mental e psicológico, ajustadoàs exigências do mundo humano e cultural. Porque somos geneticamente inacabados, equando se ultrapassam os períodos críticos, a possibilidade de um desenvolvimentonormal fica comprometido, estas crianças biologica e culturalmente não tiveram osestímulos adequados que as transformassem em individuos capazes de viver as suasdimensões (biológica/cultural e individual) de forma justa e equilibrada.

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2. Descreve as investigações feitas por Mary Ainsworth e refere a importância das suasconclusões para a Psicologia. Esta experiência visou analisar os efeitos da separação e do reencontro de bebés com assuas mães. Os bebés eram colocados com mãe numa sala, depois juntava-se a eles umapessoa estranha ao bebé. De seguida, a mãe saía da sala ficando o bebé apenas com apessoa estranha que, passado algum tempo, saía também deixando o bebé sozinho. Apósalgum tempo, regressava em primeiro lugar a pessoa estranha e depois regressava a mãe.Consoante o tipo de reacção do bebé à saída e ao regresso da mãe assim seria classificado otipo de vinculação.As categorias de vinculação são: vinculação segura, vinculação evitante e vinculaçãoambivalente ou resistente.É a vinculação segura. Este tipo de vinculação garante que o bebé sente segurança paradescobrir o mundo que o rodeia e que a relação com os seus progenitores se mantémmesmo após a separação.Estas experimentações permitiram contrariar a visão tradicional acerca das relaçõesprecoces, permitindo o conhecimento de que os cuidados maternos, a presença da figurade vinculação é fundamental para o desenvolvimento, mental e social, equilibrado, do ser

humano.3. À medida que as crianças crescem, tornam-se, mais seguras por saberem que a mãe

estará ali, quando dela precisarem, o que lhes permite depois aceitar separações cadavez mais longas. Comenta o texto explicitando as competências básicas da mãe noâmbito do modelo proposto por Wilfred Bion. 

Obrigatório comentar o texto e a partir dele responder à questão.

O conceito continente-conteúdo, desenvolvido por Wilfred Bion, quer dizer “a mãe pensapelo bebé”. Os sinais emitidos pelo bebé (conteúdo) são vivenciados e interpretados pelamãe (continente).A mãe-continente comunica eficazmente com o seu bebé porque consegue interpretar ossinais que ele emite e devolve-os de uma forma em que ele sente segurança e conforto. A

mãe-continente faz com que o bebé se sinta amado, compreendido, confiante e seguro.(Referir as 3 possibilidades de actuação da mãe referindo que apenas uma delas corresponde àactuação de continente.)

4. Revelou-se dramática a investigação clínica de René Spitz, que estudou os efeitos dasexperiências de orfanato em crianças muito novas. Explica o conceito de hospitalismode Spitz e refere as suas consequências.

O objectivo das investigações de Spitz estava ligado à necessidade de compreender asconsequências comportamentais rwesultantes da privação do contacto materno embebés até 12 meses de idade. Estudou dois grupos de crianças, um que viviam com asmães num estabelecimento prisional e outro em instituições. Apenas o segundo grupoapresentava perturbações.

As perturbações manifestadas pelas crianças institucionalizadas ficaram conhecidasem Psicologia pela designação de síndrome do hospitalismo. Este conceito significa oconjunto de perturbações vividas por crianças institucionalizadas, privadas decuidados maternos e têm as seguintes consequências: morte precoce, taxas de doençaselevadas em relação ao normal, atraso no desenvolvimento físico e intelectual,dificuldades no relacionamento interpessoal: indiferença e insensibilidade em relaçãoàs pessoas, dificuldades na habilidade manual, atraso na linguagem, entre outras.