teste na rua leticia xerez
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Transcript of teste na rua leticia xerez
JRf a i t h 4 7
o s g ê m e o s
F e f e T a l a v e r a
m i n h a u
b a n k s y
m e n t
a c m e
t o z
m i s s v a n
L a d y P i n k
r o c k d o z é
l a d y a i k o
Anarkia Boladona
1 anuncio
I N T E R V E N Ç Ã O
U R B A N A É O
T E R M O U T I L I Z A D O
P A R A D E S I G N A R
O S M O V I M E N T O S
A R T Í S T I C O S
R E L A C I O N A D O S
À S
I N T E R V E N Ç Õ E S
V I S U A I S
R E A L I Z A D A S
E M E S P A Ç O S
P Ú B L I C O S .
N O I N Í C I O , U M
M O V I M E N T O
U N D E R G R O U N D ,
Q U E F O I
G A N H A N D O
F O R M A C O M O
D E C O R R E R D O S
T E M P O S E S E
E S T R U T U R A N D O .
M A I S D O Q U E
M A R C O S
E S P A C I A I S , A
I N T E R V E N Ç Ã O
U R B A N A
E S T A B E L E C E
M A R C A S D E
C O R T E .
P A R T I C U L A R I Z A
L U G A R E S
E R E C R I A
P A I S A G E N S .
E X I S T E M
I N T E R V E N Ç Õ E S
U R B A N A S D E
V Á R I O S P O R T E S ,
I N D O
D E S D E P E Q U E N A S
I N S E R Ç Õ E S
A T R A V É S D E
A D E S I V O S
( S T I C K E R S )
A T É G R A N D E S
I N S T A L A Ç Õ E S
A R T Í S T I C A S .
ED
IT
OR
IA
L
. . .FAZENDO ARTE. APESAR DE NÃO SER MACHISTA, A ARTE URBANA É AINDA DOMINADA PELO SEXO MASCULINO. NÃO É UMA GRANDE SURPRESA SE PENSARMOS QUE O TRABALHO PODE ENVOLVER ESCALADAS, EVENTUAIS CORRIDAS DA POLÍCIA E UM EXPEDIENTE NOTURNO, POR VEZES SOLITÁRIO. MAS NÃO É ISTO QUE PODE PARAR A CRIATIVIDADE DE UMA MULHER. NÃO É MILITÂNCIA FEMINISTA, É UM AVISO: ELAS ESTÃO INVADINDO A SUA RUA.
A grafiteira carioca Anarkia
Boladona é formada em Belas Artes
pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro, mas sua arte tem
influência da pichação, nicho
habitualmente dominado por
homens. Seus trabalhos tratam
principalmente da luta feminina em
relação ao corpo, à sexualidade e à
subjetividade e relações de poder.
Em 2008, ela criou o “Grafiteiras
Pela Lei Maria da Penha” , projeto
que usa o graffiti e cultura
urbana para combater a violência
contra as mulheres, dentro do qual
surgiu a Rede Nami, que realiza
projetos sociais, cursos e eventos.
Anarkia foi premiada em Nova York
com o DVF Awards, prêmio anual dado
a mulheres que lutam para diminuir
a violência e a injustiça de
gênero, pela Diller-von Fustenberg
Family Foundation. Mas, além de
seu engajamento, ela é reconhecida
pelo talento e a qualidade de seu
trabalho.
A N A R K I A B O L A D O N A
lady pink
anarkia boladona
anarkia boladona
Aiko nasceu em
Tóquio, mas vive
em Nova Iorque
desde a década
de 90. Sua arte
mistura motivos
florais, cartoons
femininos e a
visualidade da
cultura pop em
um trabalho em
mídias variadas.
A IKO utiliza
stencil, tinta
spray e técnicas
de impressão
em silkscreen
para criar
um trabalho
vibrante e de
larga escala.
L A D Y A I K O
T A T I S U A R E Z
Tati Suarez é uma artista americana
de 28 anos, especialista em pintura
a óleo em tela ou madeira. O seu
estilo é charmoso e distintivo,
sendo que a característica mais
marcante de seus trabalhos estão
nos olhos, sempre grandes e que
atraem quem está olhando para um
mundo belo e surreal.
F A I T H 4 7
Artista de rua autodidata, Faith47,
nascida na África do Sul, teve
seus primeiros contatos com o
graffiti em 1997, por influência
de um membro da YMB Crew, Wealz130
- com quem ela foi casada e tem
um filho, que também é artista de
rua. Seus trabalhos são bastante
instrospectivos e reflexivos e suas
inspirações partem principalmente
de questões existenciais.
M I S S V A NVanessa Alice Bensimon, Miss
Van, nascida em 1973 em Toulouse,
França, é reconhecidamente uma
das mais influentes grafiteiras.
Seus desenhos de mulheres sexies e
provocantes já provocou uma reação
negativa de algumas feministas.
F A F I
Fafi, nasceu em 1979. A grafiteira
francesa ficou famosa com suas
bonequinhas delicadas que
começaram a ser vistas nas ruas
de Paris, as Fafinettes. Sexies
e basicamente uma releitura de
uma Pin Up moderna, as Fafinettes
inspiraram garotas de carne e osso
a se vestirem como elas.
M I S O
Misturando pintura, ilustração
e colagem pelas paredes e muros
da cidade, a artista urbana Miso,
ou Stanislava, como é conhecida
na Austrália, tem apenas 21 anos e
rabisca as ruas de Melbourne desde
os 14 . Sua inspiração vai desde o
estilo estético Art Nouveau até o
grafite contemporâneo,
Camila Pavanelli, mais conhecida
como “Minhau” , destaca-se em seu
trabalho pela utilização de traços
fortes e cores contrastantes. Marca
registrada de seu trabalho, os
gatinhos ganham espaço nos muros e
outros locais da cidade de São Paulo
rompendo com o cinza predominante
do concreto e das construções.
M I N H A U
minhau
tati suarez
miss van
fafi
faith 47
REDE NAMI
A Rede Feminista de Arte Urbana (Nami) é formada por
mulheres artistas que possuem como ponto de partida a
cena Urbana e trabalham com artes plásticas, graffiti,
fotografia, design, áudio visual, teatro, e outros; criando
um intercâmbio de ideias, experiências e conhecimento,
promovendo os direitos das mulheres e fortalecendo
seu trabalho artístico, intelectual e profissional. A
grafiteira Anarkia (Panmela Castro) é a presidente da
Rede, que promove eventos artísticos , cursos e oficinas.
F E F E T A L A V E R AFilha de mexicanos, a artista
plástica paulistana Fefe Talavera
vem ganhando espaço na cena de arte
de rua internacional por sua paixão.
Os bichos e monstros que grafita são
inspirados em “alebrijes” , bonecos
do artesanato mexicano feitos de
papel. “O artista que os criava dizia
que isso ajudava a diminuir seus
pesadelos” , conta. Para Fefe, suas
criaturas têm efeito semelhante. “Sou
uma pessoa violenta e a pintura me
faz relaxar” . Fefe cria metáforas para
fortes emoções humanas, como raiva,
medo, sonhos e desejos. As técnicas são
variadas: colagens, graffiti, adesivos,
ilustras com nanquim, ranhuras em
vidro e publicidade.
M A D CClaudia Walde, a madC, já era bastante
reconhecida e apreciada quando
impressionou o mundo, após grafitar
um muro de 106m de comprimento por 6m
de altura A visualidade da artista
alemã mistura o real a personagens
surreais, com cores vivas e detalhes
minuciosos.
S W O O Numa artista urbana norte americana
nascida em New London, Conecticut
e criada em Daytona Beach, Florida.
Contudo, aos 19 anos ela conquistou
Nova Iorque e se especializou em uma
arte que mistura a técnica do lambe
lambe a papéis finamente trabalhados
e recortados. Apesar do processo
delicado, os temas retratados têm
um tom crítico, por vezes bastante
pesado sobre a realidade social de
seu país.
L A D Y P I N KNascida no Equador, Lady Pink (Sandra
Fabara) ganhou Nova Iorque através
de seu graffiti. No colegial ela já
estava exibindo pinturas em galerias
de arte e em 1979, começou a competir
com os meninos por um espaço cor de
rosa, deixando as ruas e trens com um
toque feminino.
swoon
fefe talavera
fefe talavera
madc
“ Rock no Zé Toré ”
Evento de
música
promovido por
moradores
de diversas
comunidades
pertencentes
ao conjunto
de favelas
da Maré , que
reúne diversas
bandas locais
e , muitas vezes ,
convidados de
outros locais
de todo o Grande
Rio . O encontro
acontece
sempre no
Largo do Quarto
Centenário ,
localizado no
Morro do Timbau ,
única zona de
montanha de
todo o Complexo
da Maré , e ficou
conhecido como
“Rock do Zé
Toré ” , pois neste
largo funciona
um bar cujo
proprietário (o
tal do Zé Toré )
era quem vendia
as bebidas
e acabava
curtindo o show
com o público .
Sempre regado
a muita bebida ,
em geral da
pior qualidade
possível , o
público se
reúne em volta
dos músicos ,
que tocam no
mesmo nível dos
espectadores ,
o que sempre
ajuda na
interação com a
banda .
Antigamente , a
única intenção
era fomentar o
entretenimento
de seu público
cativo ,
apresentando
bandas de
rock . Porém
ultimamente
o evento tem
vindo com
pretensões
maiores , visando
abrir espaço
para bandas não
só do gênero
rock , mas também
de variantes
pertinentes
ao estilo e
ao contexto
relacionado ao
movimento .
Diversas bandas
oriundas do
Complexo
da Maré se
apresentam no
evento , dentre
elas Algoz , Café
Frio e D ’ Loks
destacam-se
pelo estilo
próprio e seus
trabalhos
autorais .
A banda
“Carburador ” , que
já foi composta
por inúmeros
integrantes ,
começou com uma
JAM improvisada
por alguns dos
convidados para
tocar em um
dos festivais .
Contudo ,
nas edições
seguintes , como
sempre faltava
um ou outro
integrante ,
novos músicos
eram convidados
para substituir
os ausentes . I sso
se tornou tão
frequente que
passou a ser
uma espécie de
atração a mais
no encontro ,
onde por vezes ,
até quem está na
plateia acaba
participando .
Não se tem um
controle exato
de quantas
edições
aconteceram ,
nem da
regularidade de
sua frequência ,
porém é certo
o sucesso do
evento , uma
vez que já é um
tradicional
encontro de
rockeiros (ou
não ) .
Por acontecer
ao ar livre ,
acaba por
atrair a
atenção dos
transeuntes e
moradores dos
arredores .
Por mais que
seja um evento
sem fins
lucrativos ,
subsidiado
pelos próprios
participantes e
realizado pela
simples vontade
de partilhar
música e
entretenimento ,
o “ Rock no Zé ” ,
que também já
foi chamado de
vários outros
nomes , persiste
e move dezenas
de pessoas a
contemplar
amigos ,
conhecidos e
desconhecidos
também .
fo
to
s: p
au
lo
b
ar
ro
s
De grafiteiro
para tatuador,
Markone começou na
arte do graffiti
em 1995 com um
traço próprio em
suas pinturas,
adaptando sempre
a imagem criada ao
espaço disponível
no momento.
Recentemente
participou do
maior projeto de
Graffiti nacional,
o primeiro Museu
Aberto de Arte
Urbana do mundo.
Com o apoio da
Secretaria de
Estado da Cultura,
o MAAU é um projeto
de humanização
artística que visa
trocar a cinza
característica das
grandes metrópoles
pelas cores e
a alegria do
Graffiti.
N .U .C . a abreviação
do Primeiro
Coletivo de
Graffiti/Tattoo do
Brasil, uma junção
de idéias mais
conhecida como
Neurose Urbana
Crew. Formada por
Markone, Chivitz
e Marone em 1999
com a intenção
de criar arte a
todo o momento,
incentivando
e interagindo
com o público
do graffiti,
fidelizando assim
ainda mais a arte
em suas peles. A
tatuagem surgiu
na vida de Markone
em 2001 , em meio
a um turbilhão
de trabalhos
artísticos, e
veio para ficar.
Com seu estilo
característico,
e sua inspiração
vinda das ruas,
já participou de
várias convenções
e tatuou em
diversos lugares
do mundo. Passou
uma temporada
na Europa, onde
aperfeiçoou sua
arte com Alfredo
Genovese. O estilo
livre adquirido
em sua formação
do Grafitti foi
fundamental no
desenvolvimento do
processo de tatuar,
adaptando o traço
dos muros para as
peles. De acordo com
o tatuador Chivitz
que já esta nesse
caminho desde 1996,
o grafitti, assim
como a tatuagem
mostra-se como
intervenções na
sociedade por
chocar a o meio em
que são inseridos.
A tatuagem levou
Chivitz ao grafitti
pela vontade de
aumentar sua
visibilidade no
meio das artes
urbanas, sempre se
interessou por arte
e enquanto só era
tatuador ficava
restrito ao que
as pessoas pediam
a ele, a partir do
momento que conheço
Markone conseguiu
a ampliar seus
horizontes e firmar
suas artes em
escalas maiores.
assim que começou
com o grafite
descobriu o quão
difícil seria esse
caminho, por ser
considerada uma
arte marginalizada
e esta no mesmo
código penal da
pixação.
Depois de tudo que
passei, notei que
não importa se é um
tatuador que faz
grafite ou grafiteiro
que faz tatuagem. O que
move ambos é a vontade
de imortalizar e firmar
sua opinião seja ela
na pele de alguém ou em
uma construção.
impossível passar despercebido pelas obras
do fotógrafo JR. Gigantes e monocromáticas
suas imagens já estamparam várias cidades
do mundo, sempre escolhidas a dedo. As imagens
podem chocar ou fazer rir mas sempre causam
impacto. JR não revela sua identidade e diz
que o que faz é ilegal e não comissionado,
não está submetido a editores ou galerias
e sua arte é acessível para qualquer um.
N o i n í c i o d e
2 0 1 1 , o a r t i s t a
d e r u a J R
r e c e b e u o
P r ê m i o T E D
c o n c e b i d o
p a r a a g l u t i n a r
o t a l e n t o e
o s r e c u r s o s
e x c e p c i o n a i s
d a c o m u n i d a d e
T E D . É c o n c e d i d o
a n u a l m e n t e p a r a
u m i n d i v í d u o
e x c e p c i o n a l ,
q u e r e c e b e a
q u a n t i a d e U S $
1 0 0 m i l e , o q u e
é m u i t o m a i s
i m p o r t a n t e , f a z
“ u m d e s e j o p a r a
m u d a r o m u n d o ” .
A p ó s m e s e s d e
p r e p a r a ç ã o , o
g a n h a d o r r e v e l a
s e u d e s e j o
n a c e r i m ô n i a
d e p r e m i a ç ã o ,
q u e o c o r r e n a
C o n f e r ê n c i a
T E D . E s s e s
d e s e j o s d e r a m
o r i g e m a
i n i c i a t i v a s
c o l a b o r a t i v a s
d e g r a n d e
i m p a c t o .
O d e s e j o d o
a r t i s t a J R p a r a
m u d a r o m u n d o
f o i : “ D e s e j o
q u e v o c ê s s e
m o b i l i z e m p o r
a q u i l o q u e é
i m p o r t a n t e
p a r a v o c ê s ,
p a r t i c i p a n d o
d e u m p r o j e t o
a r t í s t i c o
g l o b a l , e q u e
j u n t o s p o s s a m o s
v i r a r o m u n d o …
D O A V E S S O . ”
O p l a n o é
C r i a r u m
p r o j e t o d e a r t e
p a r t i c i p a t i v o
e m l a r g a e s c a l a
q u e t r a n s f o r m e
m e n s a g e n s
p e s s o a i s e m
p e ç a s d e a r t e .
T o d o s s e r ã o
d e s a f i a d o s a
u s a r r e t r a t o s
e m p r e t o e
b r a n c o p a r a
d e s c o b r i r ,
r e v e l a r e
c o m p a r t i l h a r
a s h i s t ó r i a s
n ã o c o n t a d a s
d a s p e s s o a s a o
r e d o r d o m u n d o .
A s i m a g e n s
s e r ã o
t r a n s f o r m a d a s
e m p ô s t e r e s
e e n v i a d a s
d e v o l t a a o s
c o o p e r a d o r e s
p a r a s e r e m
e x i b i d a s e m
q u a l q u e r l u g a r
e d e q u a l q u e r
f o r m a .
“o que é tã
o especia
l em
m
im
? é lisonjeiro o
fa
to de que ele a
chou m
inha
ca
ra
interessa
nte o
suficiente pa
ra
usa
r com
o um
projeto de a
rte”
Bob Evans, um dos retratados
Em seu projeto
Women JR
percorreu
cidades
do mundo
fotografando
mulheres e
utilizando
a técnica do
lambe-lambe
para colar os
retratos nas
casas e muros
da comunidade.
Na África
ao invéts de
papel também
foi utilizado
lona, que se
transformou
em telhado
nas casas
que antes não
tinham.
Em 2009, depois
de ler na
imprensa sobre
a morte de
quatro jovens
no morro da
Providencia,
o fotógrafo
decidiu que
o Rio seria
seu próximo
destino. Lá ele
fotografou
mulheres
de todas as
idades e bateu
de porta em
porta para
colar as fotos
gigantes.
já No projeto
WRINKLES OF THE
C ITY - rugas
da cidade, JR
faz retratos
de idosos que
representam
a memória da
cidade. Depois
imprime as
fotos em
tamanhos
monumentais
e as cola na
mesma cidade
em lugares que
inspiram a
história
H A L L -O F - F A M EGraffiti, na maior
parte dos casos
em paredes legais
ou paredes pouco
expostas, sem
grandes riscos
de problemas com
as autoridades.
Hall-of-fame é
um graffiti mais
pensado e mais
trabalhado, dando
importância não
só a escrita , mas
também aos fundos
e eventuais
personagens.
Quando o hall-
of-fame atinge
uma proporção
considerável,
é muitas vezes
também chamado de
produção.
O G R A F F I T I É
C O M P O S T O P O R V Á R I O S
E S T I L O S E F O R M A S .
L I S T A M O S A Q U I O S
M A I S C O N H E C I D O S
A T U A L M E N T E E ,
C O N S E Q U E N T E M E N T E ,
M A I S U T I L I Z A D O S
C R E WUm grupo de
grafiteiros,
que se une por
um objectivo
e forma o seu
‘ ’colectivo’ ’ . As
crews costumam
ter nomes
extensos, que
são abreviados
através
de siglas,
normalmente
entre 2 a 4
letras. Através
dessas siglas,
algumas
vezes são
criadas novas
definições para
o nome de crew.
Um grafiteiro
pode pertencer
a várias crews.
Muitas vezes os
próprios optam
por pintar o nome
das suas crews,
seja abreviado
ou por extenso,
em detrimento do
seu próprio tag
(assinatura) . Se
os grafiteiros
dão reputação
às suas crews, o
contrário também
acontece. Ou seja,
assim como um
grafiteiro pode
deixar sua crew
mais famosa a
própria crew
pode fazer o
mesmo com outros
grafiteiros da
mesma família.
T R A S H -T R A I NNormalmente
quando os
grafiteiros
se referem
a comboios,
utilizam a
palavra inglesa
train, existe
então o conceito
de trash-
train , que se
utiliza para
comboios fora de
circulação, que se
destinam a abate
ou requalificação.
Geralmente
estes vagões são
bastante fáceis
de pintar, ideal
para obter bons
resultados em
graffiti, uma vez
que o próprio
grafitéiro tem
mais tempo para
elaborar a sua
arte.
B O M B I N Gpoderá ser
considerado
qualquer tipo de
graffiti ilegal.
No entanto, quando
se fala de um
bombing ou bomb,
fala-se de um
graffiti proibido,
ou seja, graffiti
em qualquer
lugar na rua sem
a autorização
do proprietário
local.
W I L D S T Y L EEstilo de graffiti
nascido em Nova
Iorque nos anos 70. É
um estilo bastante
complexo, que vive
muito da intersecção
de formas e que
normalmente
tem um elemento
característico
que são as setas.
O resultado
final torna-se
algo altamente
indecifrável para
quem esteja fora do
graffiti e , por vezes,
até para quem está
por dentro.
T H R O W - U PÉ provavelmente o
tipo de graffiti
mais dificil de
definir juntamente
com o wild stile,
como a própria
tradução diz,
throw-up significa
“vomitar” trata-
se de graffiti’s
que usa só os
contornos e de forma
arredondada (na
maioria das vezes) .
Mais concretamente
é a atividade do
grafiteiro quando
este se limita a
tagar (assinar) seu
nome ou o nome de
suas crews.
S T Ê N C I LMolde recortado
em cartolina,
radiografias, ou
outros materiais
de maneira a
criar formas
pré-defenidas,
encostando esse
molde a uma
superfície, e
passando spray
por cima, ficando
com as formas
subtraidas
à cartolina,
pintadas na
parede. Ideal
para fazer em
superfícies
pequenas, é rápido
de executar, e
permite também
reproduzir o
mesmo desenho em
vários sítios.
A origem do stencil se encontra na China,
juntamente com a invenção do papel, no século
105 d.C. Antes disso a técnica utilizava-se de
elementos naturais, como folhas e rochas, para
fazer máscaras das partes que não se podia
colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se
começou a entalhar a forma, o desenho, a escrita e
tudo o mais que se quizesse reproduzir fielmente.
Se pode dizer que o stencil foi a primeira forma
de gravura.
Nos anos 600, na China, começaram a fazer
desenhos mais complexos e aplicar a técnica
para a decoração de tecido, embora com o uso de
poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica
do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou com a
introdução de uma primeira máscara lavável e,
consequentemente, reutilizável. O papel recebia,
antes de ser entalhada com o motivo desejado,
um tratamento especial com suco de caqui. Isso o
deixava impermeável.
por Ana Carolina Ralston
DESTAS DUAS MENTES TRANSBORDAM TODAS AS CORES E SABORES DA IMAG INAÇÃO . LÁ TUDO É POSS ÍVEL E QUALQUER SONHO SE TORNA REAL IDADE . A I NSP IRAÇÃO PARA TANTOS DESENHOS E FÁBULAS MÁG ICAS VEM DA FORMA COM QUE A DUPLA GUSTAVO E OTÁV IO PANDOLFO , CONHEC IDOS COMO OSGEMEOS ,REFLETEM EM SEU INTER IOR A REAL IDADE E A FANTAS IA QUE LHES RODE IAM . CADA PEQUENO DETALHE , PORQUE SÃO ATRAVÉS DELES QUE SUAS OBRAS ASSUMEM ESTA FORMA JÁ TÃO RECONHEC ÍVEL , SÃO COMPONENTES IMPORTANTES NA CR IAÇÃO DO MUNDO FANTÁST ICO , CHE IO DE H ISTÓR IAS COT ID IANAS EM FORMA DE POES IA . O MUNDO ENCANTADO EM QUE V IVEM TODOS OS SEUS PERSONAGENS E QUE FUNC IONA COMO A JANELA DA ALMA ÚN ICA DOS IRMÃOS GÊMEOS É REPLETO DE UMA M ISTURA HARMON IOSA ENTRE REAL ISMO E F ICÇÃO . SUAS H ISTÓR IAS DANÇAM ENTRE DO IS IMPORTANTES P ILARES . O OLHAR SONHADOR QUE POSS IB IL ITA A MATER IAL IZAÇÃO DE UM MUNDO CHE IO DE FANTAS IAS E SUAS CR ÍT ICAS INC IS IVAS SOBRE AS D IF ICULDADES ENFRENTADAS POR TANTOS C IDADÃOS ESPALHADOS PELO MUNDO ,V IT IMAS DE UM MODELO SOC IOECONÔM ICO QUE SE ENCONTRA EM GRANDE TRANSFORMAÇÃO . DESSA UN IÃO NASCEM OBRAS QUE INVOCAM UM UN IVERSO L ÍR ICO E CR IAÇÕES QUE MESCLAM AMBAS PROJEÇÕES , COMO SE OS PRÓPR IOS PERSONAGENS MÁG ICOS CR IT ICASSEM COM OLHOS INOCENTES TODA A D ISCREPÂNC IA QUE EX ISTE NESTA SOC IEDADE .
O graffiti entrou na vida dos
irmãos em 1986, quando ainda viviam
na região central de São Paulo
onde passaram sua infância e
adolescência. A cultura hip hop
chegava ao Brasil e os jovens do
bairro começaram a colorir suas
idéias nos muros da cidade. Naquela
época, com apenas 12 anos, tudo
era novidade e sem ter de onde
tirar suas referencias, Gustavo e
Otavio improvisavam e inventavam
sua própria linguagem, pintando
com tintas de carro, látex, spray
e usando bicos de desodorante e
perfume para moldar seus traços; já
que ainda não existiam acessórios
e produtos próprios para a prática.
O que a cidade proporcionou a eles
foi essencial para o desenvol-
vimento de todas as habilidades
que se transformaram depois no
estilo próprio e imediatamente
reconhecível dos artistas.
O graffiti atuou sempre como uma
válvula de escape para a dupla. Uma
maneira que encontraram de criar
um mundo onde só se pode penetrar
através de suas mentes e onde tudo
funciona pela lógica própria de
Tritrez, o universo habitado pelos
personagens amarelos, onde brilha e
reina a sintonia entre todos os seus
elementos. Cada parte e cada detalhe
esta mergulhada na magia que envolve
a imaginação dos irmãos.
A pintura feita nas ruas e as criações
feitas para obras e instalações
em galerias partem do mesmo mundo
onírico que existe dentro da mente
da dupla, mas tomam rumos distintos.
A primeira é o próprio dialogo
dos artistas com as ruas, com cada
pessoa que passa e de forma direta
ou indireta interage com a pintura,
isso é o graffiti. A segunda é a
materialização de sonhos, ideais,
criticas sociais e políticas que
retratam o universo vivido dentro em
contraste com que se apresenta fora
no dia-a-dia dos próprios irmãos. No
momento em que todas estas idéias
entram dentro de uma galeria elas
deixam de pertencer ao graffiti e
passam a fazer parte do mundo que
envolve a arte contemporânea.
A I M A G I N A Ç Ã O S Ã O A S A S A S Q U E
O S G E M E O S U T I L I Z A M P A R A I R
A O S M A I S D I V E R T I D O S E I L U S Ó R I O S
L U G A R E S Q U E H A B I T A M S U A S M E N T E S .
É A P O R T A A B E R T A E O C O N V I T E P A R A
M E R G U L H A R N O H U M O R E N A S D E L I C I A S
D E P O D E R C R I A R U M M U N D O D A N O S S A
P R Ó P R I A M A N E I R A E C O M T O D A S A S
C O R E S E F A N T A S I A S Q U E S E P O S S A
I M A G I N A R .
Lapa , imagine 12 metros de andaime e um muro de 300 metros no coração
do Rio de Janeiro , acrescente muitas latas de spray , muitas cores , e
o resultado é esse painel denominado “BAMBAS DA LAPA ” , pintado pelos
grafiteiros : Acme , Afa , Aira , Akuma , Br , Bragga , Ch2 , Chico , Eco , Godri , Jou ,
Ment , Pia , Swk , Tm1 e Toz . Este painel faz parte do Projeto R .U .A . O famoso
reduto da boemia , a Lapa agora virou uma galeria a céu aberto . Alguns
grafiteiros profissionais criaram um painel com o tema “Rio , samba ,
boemia carioca e Lapa ” na lateral de um sobrado — o espaço tem 300 metros
quadrados — , na Rua Cardeal Câmara , próximo à Fundição Progresso . A
iniciativa foi fruto de uma parceria público-privada , é uma nova ação de
um programa antipichação da prefeitura . A obra ficará pronta no próximo
sábado e deve ser a primeira de outras nos mesmos moldes .
— A ideia mostra que a Lapa não é só boemia , mas o berço do grafite também .
Queremos valorizar a arte de rua e com ela combater a pichação . O inicio
foi na Lapa , mas já existem planos de revitalizar muito outros lugares e
também de levar o projeto para Santa Teresa . Os Pichadores dão prejuízo de
R$2 milhões à prefeitura . Por isso programamos o grafite na revitalização
da lapa . e foi confeccionado através da união de esforços públicos e
privado , num movimento pra revitalização da Lapa .
Um dos produtores do painel , André Bretas , chamou a atenção para o fato
de a obra ser um trabalho coletivo . O grupo de grafiteiros é formado por
nomes conhecidos no meio . Para o trabalho , serão utilizadas 600 latas de
spray , 120 litros de tinta látex e três andares de andaimes . Os artistas
empregarão 35 cores diferentes .
— Acredito que a Lapa vá abraçar o projeto , sim . Com estrutura e incentivo ,
grafiteiros de todas as partes terão interesse de fazer painéis aqui no
bairro .
TRANSFORMAR A LAPA
NUMA GRANDE GALER I A
— THOMAZ V I ANA , O TOZ .
Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pin-tor, ativista políti-co e diretor de cinema inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com a técnica de estêncil. Seus trabalhos de co-mentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de ci-dades por todo o mundo. O trabalho de Banksy nasceu da cena alter-nativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol, onde tam-bém foi criado. Filho de um técnico de fo-tocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerosol em Bristol no fim da década de 80. Observadores notaram que seu estilo é muito
Suas obras são carregadas de conteúdo social
expondo claramente uma total aversão aos
conceitos de autoridade e poder. Em telas e
murais faz suas críticas, normalmente sociais,
mas também comportamentais e políticas, de
forma agressiva e sarcástica, provocando em
seus observadores, quase sempre, uma sensação
de concordância e de identidade. Apesar de
não fazer caricaturas ou obras humorísticas,
não raro, a primeira reação de um observador
será o riso. Espontâneo, involuntário e
sincero, assim como suas obras.
similar à Bleck Le Rat, que começou a traba-lhar com estencils em 1981 em Paris, e à campa-nha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de tu-bulação de Londres no fim da década de 70. Co-nhecido pelo seu des-prezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy ex-põe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-las. Banksy não vende seus trabalhos diretamen-te, no entanto, sabe--se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffi-tis nos locais em que foram feitos e deixa-ram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores. O primeiro filme de Banksy, ‘Exit through the Gift Shop’, teve sua estréia no Festival de Filmes de Sundance em 2010 e foi nomeado para o Oscar de Melhor Documentário.