TESOUROS COM GOSTO E AROMA
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33
TESOUROS COM GOSTO E AROMA
ais uma viagem inesquecível! Desta maneira simples, mas que diz tudo, definimos este rotei-ro pelos caminhos do Sul de Minas.A proximidade entre Itajubá e as charmosas cidades de Ma-ria da Fé, Cristina, Piranguinho, Pedralva e São José do Alegre,
além das belas e bem cuidadas estradas, paisagens de montanhas, vales ecachoeiras, lembrando o interior da Europa, credenciam este lindo roteiroao posto de um dos melhores destinos de Minas. A infraestrutura de acomo-dações em hotéis e pousadas, a boa sinalização, a educação e a gentileza dopovo, associadas às mais diversas atrações culturais e gastronômicas, com-pletam a alegria de quem deseja descobrir novos tesouros do estado.
Café dos melhores do mundo, muita banana, incluindo doces, e outrossubprodutos, além do inigualável artesanato do núcleo Gente de Fibra, ofestival de música instrumental e a gastronomia de Cristina, as receitas compinhões e café, a produção do primeiro azeite extravirgem do Brasil são al-guns dos atributos dessas vizinhas de Itajubá, cidade que faz a mediaçãodessa gostosa disputa com as da outra banda.
Piranguinho, capital do pé-de-moleque, detentora do recorde mundialdo maior doce de rapadura e amendoim, São José do Alegre, que produz osmais deliciosos doces e quitandas que recheiam os lindos cartuchos – artesa-nato em papelão e crepom, que alegra a criançada e também os marman-jos na festa do padroeiro – e a bucólica Pedralva, com as receitas mais sim-ples e representativas da região, fazem o contraponto à banda de lá.
E para finalizar, deixando todos com água na boca, a farinha de flocosde milho dá o tom das diversas e maravilhosas receitas, capitaneadas pelopastel de milho, patrimônio cultural da região.
Um roteiro turístico e gastronômico prontinho para você!Então, pé na estrada e boa viagem!
EEdduuaarrddoo AAvveellaarrChefe de cozinha
MM
44
RIQUEZA DE FORNO E FOGÃO
s altas temperaturas se despedem e, como inverno chegando, o friozinho começaa dar as caras. Para aproveitar a nova es-tação que se aproxima nada melhor doque percorrer as cidades do Sul de Mi-
nas, onde a temperatura é, mais que tudo, atrativo tu-rístico. E é desta bela região de vales e serras que o Sa-bores de Minas traz toda a riqueza de forno e fogão. Aviagem começa em Maria da Fé, simpática e charmo-sa cidade a 467 quilômetros de Belo Horizonte. Embusca de iguarias típicas, encontramos uma receitamarcada pelo sabor e tradição: a cocada de mel, carro-chefe da padaria Tiaguinho, que, há quase 50 anos,oferece à pacata cidade caprichadas quitandas minei-ras e atendimento de fazer qualquer um se sentir emcasa. À frente do estabelecimento estão os irmãosNisséia Marieta e Luiz Alexandre Corrêa, parte da ter-ceira geração da família a comandar o negócio. O en-tra e sai de fregueses – turistas principalmente – pro-va que a fama da cocada atravessa as divisas do esta-do. Tanto que é comum ver gente de longe pedir vá-rias unidades do doce para levar. A padaria é simplese remete aos antigos comércios. Apenas um grandebalcão separa atendentes e clientes e, pela vitrine, osprodutos se revelam uma tentação. Quem não resis-te, certamente não se arrepende.
AA
Luiz e Nisséia
mantêm
excelência que
virou tradição
Os ensinamentos
da cultura
oriental levaram
o descendente
de japoneses
Judan Obata, de
Maria da Fé, a
desenvolver
produtos
inusitados e de
propriedades
medicinais.
O caqui
desidratado e o
vinagre da
mesma fruta
ajudam a
controlar os
níveis de
pressão, além de
dar toque
especial aos
pratos. São
vendidos na loja
da Cooperativa
Mariense de
Artesanato ou
com o produtor.
Contato:
(35) 3662-1668.
Caqui
55
Cocada de mel
INGREDIENTES
●● 2 kg de coco ralado com a casca●● 500 ml de mel●● Claras de 12 ovos●● 1 kg de açúcar cristal●● Óleo para untar
COMO FAZER
Pôr os ingredientes numa vasilha, misturar bem e levar ao fogo. Mexeraté o açúcar derreter, a massa engrossar e ficar homogênea. Retirar do fo-go e, após esfriar, amassar bem. Despejar colheradas da massa em umaassadeira untada e levar ao forno, até dourar.
Receita fornecida por Nisséa Marieta Corrêa e Luiz Alexandre Corrêa, de Maria da Fé: (35)3662-1345
66
DELICIOSA CALMARIA
ara visitar Cristina, a 398 quilômetros deBH, esqueça o relógio, telefone celular edeixe para trás qualquer preocupação. En-trar no ritmo da cidade, uma das mais an-tigas da região, não é difícil. As ruas maisparecem cenário de filme de época. Casa-
rões dos antigos barões do café, calçamento de pe-dras e uma antiga estação de trem são alguns dos ele-mentos que fazem o visitante se sentir em outro sé-culo. Sem falar na tranquilidade aparentemente ina-balável do município, que tem pouco mais de 10 milhabitantes. Para entrar ainda mais nesse clima, é fun-damental uma visita à Pousada Casarão. O imóvel, er-guido no século 19, é da família que produz um doscafés mais caros do mundo. O Café Cristina, em 2004,chegou a ser vendido por nada mais nada menos queR$ 8 mil a saca. Segundo o gerente da pousada, o tam-bém mestre cuca Francisco José Lemos, a cidade temclima ideal para a produção de grãos especiais, hojecultivados em quatro fazendas. O produto é tão no-bre que, em junho, será tema de um festival culturale gastronômico no município, além de ser ingredien-te principal de uma receita elaborada na pousada eapresentada por Francisco. O lombo ao molho de ca-fé revela uma inusitada e deliciosa mistura de sabo-res, além de exalar aroma que dispensa comentários.Depois de experimentar a iguaria, nada melhor quese perder nesta paz saborosa.
PPFrancisco desenvolveu joia ornada com grãos nobres
Cana
Gentileza é o
nome do
tradicional
destilado de
cana de Maria
da Fé, que,
desde a
década de
1950, já
animava os
bailes da
cidade. A
bebida hoje é
preparada por
Roselle
Fernandes,
que herdou
do pai os
ensinamentos.
É vendida nos
sabores limão-
rosa, mexerica
e limão.
Contato:
(35) 9115-1638.
77
Lombo ao molho de café
Para o lombo●● 1 peça de lombo suíno, de
aproximadamente 1 kg●● Tempero caseiro a gosto●● 5 colheres (sopa) de azeite●● Caldo de 3 limões●● 1 cebola
Para o molho●● 4 colheres (sobremesa) de
farinha de trigo
●● 300 ml de creme de leite fresco
●● 200 ml de café forte, feito na hora
●● 1 litro de caldo de carne(pode ser feito cozinhando200 g do lombo com tempero e legumes)
●● 5 colheres (sopa) de azeite
●● 4 dentes de alho amassados
INGREDIENTES
COMO FAZER
Temperar o lombo e regar com o caldo do limão. Deixar marinar porduas horas antes de pôr em uma panela e cobrir com água. No cozi-mento, à medida que a água secar, virar o lombo e pôr mais água, atéque fique macio. Pôr o azeite, a cebola e deixar dourar dos dois lados. Pa-ra o molho de café, refogar o alho no azeite, pôr o caldo de carne e, assimque ferver, pôr o creme de leite, a farinha de trigo e o café. Despejar porcima do lombo.
Receita fornecida por Francisco José Lemos, de Cristina: (35) 3281-1205
88
QUITANDA COM CHEIRO DE SIMPATIA
Quitutes
inesquecíveis
nascem do
talento de
Rosana
Fibra
aroma do cafezinho se espalha pela casa e é oprimeiro anfitrião quando se cruza a porta.Na mesa, quitandas recém-tiradas do fornodão as boas-vindas. Convite aceito, o jeito ésentar e se entregar a esse momento caracte-
rístico da cultura mineira: o tradicional café de fim de tar-de. Quem nos contempla com tamanha gentileza é Ro-sana Santos Carnevalli, de Maria da Fé. Professora forma-da, a mineira descobriu, há sete anos, o prazer de outroofício bem diferente. Para sair de uma dificuldade finan-ceira, juntou o gosto pela cozinha com as antigas receitasda mãe e o resultado foi a criação de um negócio que nãopára de crescer. Hoje, ela passa parte do dia sovando e cor-tando massas para preparar quitandas de dar água na bo-ca. O número de encomendas é grande, mas o time da ca-sa, formado pelos filhos e marido, não escapa na hora deajudar. Seja na elaboração das cestas de café da manhã –nas quais, diga-se de passagem, todos os produtos são fei-tos pela quitandeira, inclusive sucos e queijos –, seja narecepção de visitantes no Projeto Café com Prosa, umacriação da família. “Os turistas compram o pacote paravisitar o circuito e, entre as atividades, está um café na mi-nha casa. Fazemos uma mesa farta, contamos causos,passamos receitas. É ótimo”, conta. Difícil é deixar a me-sa e se despedir de Rosana, que carrega no rosto a maispura expressão do que é ser mineiro.
OO
Transformar a
natureza em
arte é o que faz
o grupo de
artesãos Gente
de Fibra, em
Maria da Fé. Há
11 anos em
atividade, os
artistas
produzem peças
a partir da fibra
da bananeira,
que existe em
abundância na
região. As peças
podem ser
compradas na
Cooperativa
Mariense de
Artesanato.
Contato:
(35) 3662-2386.
99
Bombocado de mandioca
INGREDIENTES
●● 600 g de mandioca crua descascada e ralada ●● 4 ovos●● 200 ml de leite de coco●● 100 g de coco ralado●● 3 xícaras (chá) de açúcar refinado ou cristal●● 3 colheres (sopa) de margarina●● 1 colher (sopa) de fermento em pó●● Óleo ou manteiga e farinha de trigo para untar
COMO FAZER
Bater os ovos, o leite de coco, a margarina e o açúcar no liquidificador.Pôr a mandioca e metade do coco ralado e bater mais um pouco.Acrescentar o fermento em pó e bater em uma velocidade baixa, ape-nas para misturar. Despejar a mistura no tabuleiro e levar para as-sar em forno aquecido a 180 graus, até dourar. Salpicar o restante dococo ralado.
Receita fornecida por Rosa Alvarenga Carnevalli, de Maria da Fé: (35) 3662-1582
1100
FARTURA DE SABORES
s números são de deixar a boca aberta: 6mil pãezinhos de sal consumidos por se-mana, 5 mil caldos nos fins de semana e400 quilos de torresmo a cada sete dias. Pa-ra surpreender ainda mais, basta dizer que
essas quantidades se referem a um único bar em Itaju-bá, a 447 quilômetros de BH, que começou a servir emuma portinha e hoje tem capacidade para atender 600pessoas, confortavelmente distribuídas em 115 mesas.É o Bar da Maria, um lugar cuja história de sucesso já jus-tifica a visita. Localizado perto de uma faculdade, o barrecebe, além de estudantes, gente de todas as classes. Enão decepciona: agrada a todos os gostos e bolsos. Deprato-feito a sanduíches, a casa oferece um cardápio va-riado, que tem como destaque os caldos e tira-gostos,como explica o gerente, Adilson de Oliveira. Dos primei-ros, cabe ressaltar que correspondem a mais da metadedos pedidos de entrega. Isso mesmo. Mais que pizza esanduíche, os itajubenses gostam mesmo é de degustarum bom caldo, no conforto do lar. Quanto aos tira-gos-tos, além dos tradicionais, há alguns inusitados, comoo fígado crocante com jiló. Prato clássico de nossa cul-tura de boteco, o fígado, na cidade do Sul, é diferente porser servido empanado, o que dá a ele um gostinho maisque especial. Para acompanhar, a boa e velha gelada por-que, afinal, ninguém é de ferro.
OOAdilson: prato tradicional com um toque de inovação
A partir do ano
que vem, será
comercializado
o primeiro
azeite
extravirgem
extraído de
oliveiras
plantadas no
Brasil. A base
da produção é
a cidade de
Maria da Fé,
pioneira no
cultivo e
produção de
mudas em
território
nacional. A
pesquisa é
coordenada
pela Epamig e
é referência em
todo o país.
Pioneiro
1111
Fígado crocante
INGREDIENTES
●● 400 g de fígado bovino cortado em tiras●● 300 g de jiló cortado em rodelas●● Tempero a gosto●● Fubá para empanar●● Óleo para fritar
COMO FAZER
Temperar as tiras de fígado e passá-las no fubá. Fritar em óleo quente, su-ficiente para cobrir. Retirar quando começar a dourar. Passar as rodelasde jiló no fubá e fritar em óleo quente, suficiente para cobrir. Servir o fíga-do acompanhado do jiló.
Receita fornecida por Adaílson de Oliveira, de Itajubá: (35) 3621-5155
1122
APETITOSA DIVERSIDADE
Antônio Carlos faz maravilha com semente da pinha
Caseiro
Encontrados
em nove
variedades, os
doces Pé de
Serra são
famosos na
região pelo
sabor e modo
de preparo,
que segue a
tradição dos
doces
mineiros. A
produção
ocorre há nove
anos, em um
sítio no distrito
São João do
Cristina, em
Maria da Fé.
Contato:
(35) 9959-4561.
em tomate, tem cebola, tem banana, tempeixe, tem fava e tem pinhão. Tem aindatanta coisa que, para fazer compras na fei-ra de Itajubá, é preciso tempo para escolheros melhores produtos e para bater um papi-
nho com os vendedores, sempre dispostos a negociar ospreços e até a passar receitas. Assim é o produtor ruralAntônio Carlos de Assis, que, há 15 anos, tem barraca nafeira. Entre os produtos que vende, o pinhão é dos quemais expressam o gosto popular da região. Semente dapinha, fruto da araucária, o pinhão é muito apreciado naculinária do Sul de Minas, talvez pela quantidade em queé encontrado naquelas terras. A araucária se adapta me-lhor às altitudes e ao clima mais frio, condições que alinão faltam. A cada dia de feira, Antônio leva 30 quilos dasemente, que saem com facilidade. Uma das formas depreparo mais comuns da iguaria é a farofa, que o produ-tor e feirante faz com maestria. Nas festas da roça ondemora, principalmente em junho, o prato é o mais requi-sitado nas barraquinhas. Para completar o cardápio, elefaz uma paçoca de pinhão, que exige força no preparo,por causa do peso do pilão, normalmente usado no pro-cesso. Depois de experimentar a legítima iguaria da ter-ra, nos despedimos do colorido da feira, pois ainda hámuito o que se conhecer por estas bandas.
TT
1133
Paçoca de pinhão
Farofa de pinhão
Receitas fornecidas por Antônio Carlos de Assis. de Itajubá: (35) 8434-0571
INGREDIENTES
●● 1 kg de pinhão●● 1 kg de carne seca,
cozida e escorrida●● Tempero caseiro, salsinha e
cebolinha a gosto
●● 1 tablete de caldo de carne
●● 1 kg de farinha de milho
●● 1 cebola picada
COMO FAZER
Cozinhar o pinhão, com casca, na panela de pressão por duas horas,com água (três dedos acima dos frutos). Em um pilão, socar a carnecom o tempero, a salsinha, a cebo-linha, a cebola, o caldo de carne ea farinha de milho. Pôr o pinhãodescascado e escorrido. Socar atéficar bem amassado.
INGREDIENTES
●● 1 kg de pinhão cozido epicadinho
●● 150 g de bacon picado●● 500 g de farinha de rosca●● 2 pimentões picados●● 3 cebolas picadas
●● Cheiro-verde, orégano emanjericão a gosto
●● 2 dentes de alho picados●● 1 colher (sopa) de sal●● Meio copo de azeite●● 100 ml de azeite de dendê
COMO FAZER
Refogar o pinhão, o bacon, o alho e o sal nos dois azeites misturados. Pôros demais ingredientes, sendo que a farinha deve ser colocada aos pou-cos e sempre mexendo.
1144
COMBINAÇÃO DE SUCESSO
epois de um agradável passeio pela feira,completamos a manhã em Itajubá com umpulinho ao mercado municipal. O movi-mento de gente conversando, comprandoe comendo é ingrediente para dar mais âni-
mo ao domingo. Parada para um lanche rápido e a esco-lha não poderia se mais apropriada. A combinação pas-tel e caldo de cana é, talvez, o que há de mais popular eperfeito. As duas iguarias parecem que foram feitas umapara a outra. A barraca da Vânia é o lugar certo para apre-ciar este sucesso gastronômico. Um poço de bom humore simpatia, a mineira sabe como agradar o freguês e fazverdadeiras estripulias para, quase que simultaneamen-te, moer a cana, cortar a massa, fritar o pastel, receber odinheiro, dar o troco e ainda bater papo com qualquerum que passe. Por dia, vende 600 pastéis de milho, tra-dicional iguaria da cidade. O tempo dedicado à atividade– há 15 anos a barraca vende pastéis e há 30 o caldo decana – lhe conferiu uma habilidade impressionante. Em15 minutos ela prepara 100 pastéis, que saem perfeitos.Cada um é vendido a R$ 0,35 ou três por R$ 1. “Se eu au-mentar o preço, as vendas caem”, conta. A estratégia temdado tão certo que, graças aos pastéis, Vânia pôde pagara faculdade da filha, o que conta com orgulho. Felizes pormais uma história de sucesso para nossa coleção, segui-mos caminho. Salve o pastel com garapa!
DDVânia esbanja simpatia e boa mão para a cozinha
Enrolada
É quase
impossível ir a
Itajubá e não se
deliciar com
uma panqueca.
A iguaria é
servida na
maioria das
lanchonetes e
restaurantes da
cidade,
substituindo os
lanches
tradicionais,
como
sanduíches. Em
geral, são
servidas nos
sabores carne e
frango e
regadas com
muito molho
de tomate.
1155
Pastel de milho
INGREDIENTES
Para a massa●● 1 kg de farinha de milho
em flocos●● 1 colher (sopa, rasa) de sal●● 1,5 litro de água fervente,
mais 100 ml de água fria●● 1 colher (sopa,cheia) de
polvilho doce ou azedo (apenas se for congelar; para fritar na hora, não)
MATERIAL●● 1 pedaço de plástico grosso●● 1 rolo de PVC (para substituir
o rolo de madeira)
COMO FAZER
Em uma vasilha, pôr a farinha demilho, o sal e o polvilho. Despejar a
água fervente e misturar bem, atécomeçar a esfriar. Amassar bem epôr a água fria. Amassar até ficarfirme. Abrir o plástico sobre umamesa e pôr, no centro, uma porçãoda massa do tamanho de uma ce-bola pequena. Dobrar o plástico, demodo que cubra a massa, e passaro rolo pôr cima até a massa abrir eficar com a espessura aproximadade 1 cm. Desdobrar o plástico e, nocentro da massa, pôr meia colher(sopa) do recheio de sua preferên-cia. Dobrar o plástico novamentede modo que a massa se feche, semque o plástico entre em contatocom o recheio. Com a boca de umcopo grande, cortar a massa, por ci-ma do plástico, de modo que formeuma meia lua. Repetir o processocom todos os pastéis e fritar emóleo não muito quente, o suficien-te para cobrir.
Receita fornecida por Vânia Mendonça Carlos, de Itajubá: (35) 3621-2082
1166
QUERIDINHO DA FAMÍLIA
Quitandas
Feitos de
cartolina e papel
crepom, os
cartuchos
gigantes de São
José do Alegre
são verdadeiras
obras de arte.
Recheados de
quitandas
caseiras, são
preparados por
voluntárias e
vendidos em
festas religiosas
para arrecadar
fundos para
obras de
caridade. Vale a
pena conhecer.
guaria pouco calórica e rica em nutrientes eminerais, o broto de bambu é comida po-pular nas cidades do Sul de Minas. Seja cozi-do com frango, em conserva ou comoacompanhamento de saladas, o alimento
constantemente aparece no cardápio, dando sinal deque não é apenas coisa da cozinha oriental. A casa damineira Márcia de Oliveira, de Pedralva, a 405 quilô-metros da capital, é um dos lugares onde o produtonatural não falta. Em algumas receitas, aparece atécom opção para substituir o palmito, como nesta sa-lada, que é uma das preferidas nos almoços da famí-lia, que chegam a reunir até 30 pessoas. “O broto émuito popular aqui. Se for comparar com o palmitocomprado natural, é mais barato e mais fácil de pre-parar”, diz. Cozinheira oficial da família, Márciaaprendeu a arte ainda criança, para ajudar no prepa-ro da refeição dos 13 irmãos. “Meu pai me ensinou acozinhar. Com ele, fiz o primeiro arroz da minha vi-da”, recorda. A receita da sua salada está guardadacom outras da família em um caderno já amareladopelo tempo e com as folhas gastas de tanto manuseio.Depois de experimentar a salada, não resta dúvidasobre tamanha popularidade do prato. O time de fãsda Márcia, agora, é certamente maior.
IIExperiência garante o sucesso das receitas de Márcia
1177
Salada de broto de bambu
INGREDIENTES
●● 1 maçã verde picada●● 1 lata de milho verde●● 1 xícara (chá) de broto de bambu em conserva●● Meia xícara (chá) de azeitona picada●● Passas a gosto●● 200 g de muçarela ralada●● 200 g de presunto cortado em cubinhos●● 6 talos de acelga picados●● 1 colher (sopa) de parmesão ralado●● 2 colheres (sopa) de azeite●● 2 colheres (sopa) de vinagre ou caldo de limão●● 1 colher (sopa) de molho inglês●● 1 colher (sopa) de mostarda●● 3 colheres (sopa) de maionese
COMO FAZER
Em uma vasilha, misturar os ingredientes, deixando por último a maionese. Levar à geladeira antes de servir.
Receita fornecida por Márcia de Oliveira, de Pedralva: (35) 9818-2884
2200
SEGREDINHO DE COZINHA
m segredinho de cozinha, que acabou vi-rando o nome de um prato aparentemen-te inusitado. Apenas aparentemente. Ofrango com açúcar, receita de Marinete deOliveira, de Pedralva, causa certo estra-nhamento no início, mas logo se descobre
que, de exótico, a iguaria não tem nada. Ensinado aMarinete por uma antiga vizinha, o truque de usar oaçúcar no frango tem o simples objetivo de deixá-lodourado e nada mais. Engana-se quem pensa que vaisentir um gosto doce na boca. Na casa de Marinete, ofrango com açúcar é acompanhado de broto de bam-bu ou batata, além, é claro, das nossas preciosidades,como angu, feijão, farofa e o que mais o paladar pe-dir. Natural de uma família grande e apreciadora deencontros em torno da mesa, Marinete confessa quesó vai para a cozinha em ocasiões especiais. “Na mi-nha casa, somos eu e meu marido. Dá preguiça cozi-nhar. Quando junta a família toda é que eu gosto”,conta. Segundo ela, o segredo revelado pela amiga éapenas uma das dicas que a mineira já recebeu emcasa. Marinete conta que, na sua vizinhança, é co-mum a troca de receitas e, principalmente, o convitepara experimentá-las. Privilégios do interior que aboa cozinha agradece.
UUToque adocicado dá a diferença à receita de Marinete
Banana
Cultivada aos
montes na
região, a
banana é
ingrediente de
produtos tão
gostosos quanto
curiosos, feitos
pela Associação
Gente da Roça,
em Itajubá.
Entre as
preciosidades, a
banana-chips,
salgada ou
doce, que é um
petisco
saboroso, e a
farinha de
banana, um
complemento
alimentar que
só traz
benefícios ao
corpo. A loja do
grupo fica na
rodoviária.
Contato com a
Emater local:
(35) 3623-2576.
2211
Frango com açúcar
INGREDIENTES
●● 1 kg de coxas e sobrecoxas de frango●● 3 dentes de alho amassados●● 1 cebola picada●● Meia colher (sopa) de sal●● 1 colher (sopa) de açúcar
COMO FAZER
Deixar as peças de frango escorrerem bem. Pôr o açúcar em uma pane-la e levar ao fogo. Quando derreter e começar a escurecer, pôr os pedaçosde frango, um a um. Mexer e, quando começar a dourar, tapar a panelae deixar cozinhar por cinco minutos. Pôr os temperos e a cebola, mexer,tapar a panela e deixar cozinhar por mais 20 minutos.
Receita fornecida por Marinete de Oliveira, de Pedralva: (35) 9806-5714
2222
RARA JOIA DA TERRA
na memória afetiva de cada um que, muitasvezes, estão guardadas as joias mais precio-sas das cozinhas. Normalmente, são receiti-nhas de família, que, por vezes, o tempo e adistância entre as pessoas se ocupam em jo-gá-las no esquecimento. Sejam pratos sim-
Aparecida e
Maria Luzia
preservam a
iguaria
tipicamente
mineira
ples ou mais elaborados, sempre são feitos com carinhoe sabedoria para ficarem guardados na lembrança. Omingau com cambuquira é o que as irmãs Aparecida eMaria Luzia Bonette, de Pedralva, carregam como tesou-ro de infância. A cambuquira é o broto da abóbora, umótimo aliado da saúde por ser rico em ferro. As irmãscontam, com carinho visível nos olhos, que uma das di-versões da infância era sair para apanhar cambuquira.“Nossa mãe sempre fazia. Somos 15 irmãos, imagine otanto de cambuquira que a gente tinha que pegar”, re-corda Maria Luiza. Ao mingau forte é atribuída a saúdeda família, que hoje já não vive toda na cidade, mas con-serva os laços, sempre que possível celebrados na cozi-nha. Aparecida mora na Bahia, mas não deixa de ir parao fogão fazer as receitas de Minas, que, por tanto tem-po, fizeram sua alegria. O mingau fica pronto e, pelasimplicidade do preparo e dos ingredientes, chega a sur-preender pela apresentação. Benditas sejam a natureza,que oferece tamanha riqueza, e a sabedoria popular, poraproveitá-las de tal maneira.
ÉÉ
Queijo
O queijo
parmesão de
Delfim Moreira
é um dos
tesouros
garimpados no
Sul de Minas. A
cidade tem
outros produtos
de boa fama,
como a
muçarela de
nozinho, que
podem ser
comprados no
Mercado
Central de
Itajubá, na loja
Coisas da Roça.
Contato:
(35) 3621-4598.
2233
Cambuquira
INGREDIENTES
●● 20 talos de cambuquira (as pontas dos ramos do pé de abóbora,com o broto e as folhas novas)
●● 1 colher (sopa) de óleo●● Tempero caseiro e pimenta a gosto●● 4 xícaras (chá) de água quente●● 3 talos de cebolinha●● 3 ramos de salsinha●● 8 a 12 colheres (sopa) de farinha de milho em flocos
(a quantidade varia para deixar o mingau mais ralo oumais grosso)
COMO FAZER
Lavar os brotos e retirar a casca áspera dos talos, deixando apenas o mio-lo. Cortar em pedaços e rasgar as folhas pequenas. As grandes podem serdesprezadas. Em uma panela, refogar, no óleo, o tempero e a pimenta.Pôr a água quente e, quando levantar fervura, pôr a farinha de milho.Deixar cozinhar com a panela tapada por cerca de cinco minutos ou atéque o mingau engrosse. Pôr a cambuquira com a cebolinha e a salsinha.Caso esteja muito grosso, pôr mais uma xícara (chá) de água. Deixar co-zinhar com a panela tapada até que os talos estejam macios.
Receita fornecida por Aparecida Bonette e Maria Luzia Bonette, de Pedralva: (35) 9822-5081
2244
PERÓLA SOB VÁRIAS CASCAS
iguaria é popular, mas ainda há quem fazcara de espanto quando se fala em umbi-go de banana. Conhecido também comocoração da fruta, o umbigo é aquela parteroxa que fica dependurada na ponta dos
cachos. Além de ser uma delícia, é perfeito para dar umgostinho a mais aos refogadinhos de carne, à linguiçae até mesmo a algo sofisticado como o bacalhau. EmPedralva, o jovem Ricardo Bustamente de Almeida co-nheceu a iguaria quando vivia na zona rural do muni-cípio. Lá, a maioria das famílias cultiva a banana e umadelas desvendou a pérola que se escondia por dentrodaquela casca roxa. Desde então, o prato se tornou par-te dos almoços familiares, que ocorrem sempre emum casarão do século 19 pertencente à família, no Cen-tro da cidade. Para compor a mesa típica mineira, amãe de Ricardo, Maria Escolástica Bustamante, põeseus dotes culinários a favor do paladar e capricha nofrango caipira, angu e taioba. Segundo Ricardo, na re-gião o umbigo de banana é muito apreciado dessa ma-neira, o que não há como discordar, dado aos saboresindiscutíveis dos pratos. Para quem não conhecia oumbigo de banana, agora já sabe o que é. Para que aapresentação seja completa, só mesmo experimentan-do. Essa sim, a melhor parte.
AAMaria, com o filho Ricardo: combinações perfeitas
Requintada
A aguardente
Musa, de
Itajubá, se
destaca pelo
processo
artesanal de
fermentação e
destilação de
frutas. Bebida
tipo
exportação, é
encontrada
nas variedades
banana, pêra,
tangerina e
ameixa.
Contato:
(35) 3621-1293.
2255
Umbigo de banana
INGREDIENTES
●● 6 umbigos de banana●● 5 colheres (sopa) de azeite●● 1 cebola●● 5 dentes de alho picados●● Sal e cebolinha a gosto
COMO FAZER
Descascar os umbigos de banana, retirando toda a parte escura e apro-veitar apenas a parte clara. Picar em rodelas e ferver com água por 15minutos. Trocar a água e repetir o processo por mais quatro vezes ou atéque perca o gosto amargo. Em uma panela, refogar o umbigo no azeitecom a cebola, o alho e o sal. Salpicar cebolinha e servir com o acompa-nhamento desejado.
Receita fornecida por Ricardo Bustamante de Almeida, de Pedralva: (35) 9136-4949
2266
DOCE SONHO COLORIDO
o início, era só a barraca vermelha. Depois,vieram a azul, a verde, a amarela, a laranja, abranca, a marrom e a prata. Outras com no-mes diferentes foram surgindo e consolida-ram a fama de Piranguinho, a capital nacio-
nal do pé-de-moleque, a 436 quilômetros de BH. É im-possível passar ao longo da BR-459 e resistir à tentaçãode parar ao menos em uma das barracas para experi-mentar o doce famoso. O difícil é escolher um. Na dúvi-da, a dona da barraca azul recomenda uma paradinhaem todas e garante que cada uma oferece um sabor di-ferente. “Cada pessoa tem seu segredinho para prepa-rar o pé-de-moleque, mas todos são deliciosos”, contaAnunciata Passos, que herdou a barraca do pai. Segundoela, o doce é uma tradição na cidade e os produtores ocomercializavam à beira da estrada de ferro, nos bonstempos do trem. Com a construção da rodovia, o cami-nho natural foi a mudança de ponto e o resultado é umverdadeiro corredor de cores e sabores. Para fortalecera fama do doce, os produtores criaram um grupo paradiscutir melhorias na atividade e organizar a Festa doPé-de-moleque, realizada anualmente na cidade – esteano entre os dias 5 e 7 de junho, quando é preparado omaior pé-de-moleque do mundo. A meta é chegar a 14metros de comprimento. Se você ficou com água na bo-ca só de imaginar, já pode ir arrumando as malas.
NN
Anunciata
revela
segredos de
sua deliciosa
iguaria
Banquete
Ao passar pelo
circuito Serras
do Sul de
Minas, dê uma
parada em São
José do Alegre e
saboreie a
apetitosa traíra
sem espinha do
Restaurante do
Dito Preto.
Personagem
famoso na
cidade, Dito
está sempre
pronto para
dois dedos de
boa prosa com
os visitantes.
Contato:
(35) 3645-1229.
2277
Pé de moleque
INGREDIENTES
●● 2,5 kg de rapadura●● 4 kg de amendoim torrado descascado e triturado●● 1 copo (americano) de água.
COMO FAZER
Em um tacho, derreter a rapadura juntamente com a água. Retirar dofogo quando virar melado. Passar em uma peneira ou escorredor, pa-ra retirar qualquer impureza. Pôr o amendoim e misturar bem, até ob-ter massa homogênea. Forrar um tabuleiro com um pano de brim úmi-do e despejar a massa. Esperar esfriar um pouco e cortar os pedaços notamanho e formato desejados.
Receita fornecida por Anunciata Passos de Carvalho, de Piranguinho: (35) 3644-1793
2288
MISTURA QUE DÁ FORÇA
comida de roça, forte, que dá energia e dis-posição para a luta diária. Este é o famoso re-virado de banana, apreciado por 10 entre 10moradores da cidadezinha de São José doAlegre, a 429 quilômetros da capital. Quemnos apresenta a iguaria é Benedita Gomes
Corrêa, que se diz até um pouco “enjoada” do prato,tamanha a frequência com que o degustou ao longoda vida. “Minha mãe sempre o fazia para a gente. Erao nosso pão do lanche da tarde.” A família é produto-ra de banana e, por isso, ingrediente é o que não faltapara a receita. Benedita conta que o prato, tradicional-mente, é consumido por quem trabalha na roça. É achamada “merenda”. “É forte, a pessoa fica satisfeitapor muito tempo.” Preparar um bom revirado de ba-nana, para a mineira, não é nada complicado. “É tão fá-cil que até criança sabe fazer.” Exemplo é o neto denossa anfitriã, de 9 anos, que, além de preparar a igua-ria, devora, sem cerimônia, uma pratada de revirado.Para que fique ainda mais gostoso, o prato deve serservido quente. Assim, o queijo derretido provocaaquela sensação boa na boca. Com o corpo bem ali-mentado e pronto para aguentar muito trabalho aolongo do dia, a equipe segue viagem certa de que terámuito ânimo pela frente.
ÉÉ
Cachaças
Algumas
cachaças
da região
são bem
recomendadas
e não podem
deixar de ser
degustadas:
PIRANGUINHO
●● Dedo de Prosa
(35) 3471-3917
SÃO JOSÉ
DO ALEGRE
●● Monjolo
(35) 3645-1438
●● Deliciosa
(35) 9986-0462
ITAJUBÁ
●● Velho Chico
(35) 3621-6957
●● Serro Azul
(35) 9986-1726
Prato de
Benedita
garante
energia para
a lida diária
2299
Revirado de banana
INGREDIENTES
●● 6 bananas caturras, maduras e cortadas em rodelas●● Meio copo (americano) de óleo●● 1 xícara (chá) de açúcar cristal●● 200 g de queijo-de-minas cortado em tiras grossas●● 2 xícaras (chá) de farinha de milho em flocos
COMO FAZER
Em uma panela, aquecer o óleo e pôr a banana. Mexer e, quando a frutacomeçar a derreter, acrescentar o açúcar. Misturar bem, até que o açú-car se dissolva. Pôr o queijo e, em seguida, a farinha. Mexer até que todosos ingredientes estejam misturados e o queijo derretido. Servir quente.
Receita fornecida por Benedita Gomes Corrêa Carvalho, de São José do Alegre: (35) 3645-1162
3300
CULTIVANDO O BOM PALADAR
o longo de sua trajetória, o Sabores de Minas vem mostrando que criatividade esabedoria são características que não fal-tam a quem trabalha na roça e tira da ter-ra o sustento da família. Em Itajubá, a As-
sociação Direto da Roça, coordenada pela Emater, émais um bom exemplo. Formada por 26 mulheres dazona rural, a entidade produz iguarias mineiras dasmais saborosas. O objetivo, além de geração de renda,é aproveitar o que é produzido pelos trabalhadoresrurais. A banana, por exemplo, é cultivada em quan-tidade significativa na agricultura familiar da região eé ingrediente de boas quitandas oferecidas na loja daassociação. Quem prepara um desses produtos é Ân-gela Guedes, moradora de uma acolhedora casa emmeio a uma paisagem deslumbrante. Ela cultiva ervasmedicinais, usadas para confeccionar travesseiros ar-tesanais, mexerica, laranja e banana, fruta que é ingre-diente da deliciosa torta que Ângela comercializa naassociação. Segundo ela, a massa também combinacom cobertura de outras frutas, como abacaxi, maçã emanga, e vai bem a qualquer hora, seja na sobremesaou no café da tarde. Iguaria tão versátil como quem aproduz que, em comunhão com a terra, trabalha paradeixar o paladar mais contente.
AA
Além de saborosa, torta de Ângela tem beleza única
RESTAURANTES
ITAJUBÁ
●● Cantina
Bella Vista
(35) 3622-2797
●● Pé na roça
(35) 3643-1115
●● Carvão
e Lenha
(35) 3623-5497
MARIA DA FÉ
●● Restaurante
Três Marias
(35)3662-2028
CRISTINA
●● Restaurante
Real (foto)
(35) 3281-1485
3311
Torta de banana
INGREDIENTES
Para a massa●● 5 colheres (sopa) de açúcar cristal●● 2 colheres (sopa) de margarina●● 300 g de farinha de trigo●● 1 colher (sopa) de fermento●● 300 ml de leite
Para a cobertura●● 3 colheres (sopa) de açúcar cristal●● 3 bananas caturras maduras e cortadas ao meio,
no sentido do comprimento●● Canela em pó a gosto
Material●● Uma fôrma redonda de aproximadamente 20 cm de diâmetro
COMO FAZER
Para a massa, misturar a margarina e o açúcar. Em seguida, pôr a farinha detrigo, o fermento e misturar bem, fazendo uma farofa homogênea. Pôr o lei-te e amassar. Para a cobertura, derreter o açúcar na fôrma em que será feitaa torta. Quando esfriar, pôr as bananas na fôrma, a canela e despejar a mas-sa. Levar ao forno médio por 30 minutos. Retirar da fôrma e servir.
Receita fornecida por Ângela Guedes, de Itajubá: (35) 3622-7172
3322
QUITANDA VALIOSA
radição européia trazida para o Brasil, ochamado bolo rei, além de saboroso, temum significado simbólico. O costumemanda servir a iguaria no Natal e na Festade Reis, justamente pela alusão aos Reis
Magos, mas, em qualquer época do ano, seu sabor émuito bem-vindo. A itajubense Maria Benedita Ribei-ro conhece bem essa história e não cansa de contá-laaos fregueses. Integrante da Associação Direto da Roça,Ditinha, como é chamada, explica uma parte interes-sante da história do bolo rei, que tem a ver com a gene-rosidade e amizade. “O fermento usado na massa é ca-seiro e, pela tradição, o bolo tem que ser compartilha-do por quatro pessoas. Quem o recebe, deve fazê-lotambém”, diz. Ex-lavadeira, a moradora da comunida-de rural de Cachoeirinha se considera outra pessoa de-pois que entrou para a associação. “Agora, saio, tenhocom quem conversar e faço amizades; é uma terapia.”Ela adora uma boa prosa. A alegria contagiante de Di-tinha dá ainda mais gosto ao bolo rei e se mostra tãovaliosa quanto os presentes levados pelos Reis Magosao Menino Jesus. Agraciados por tamanha riqueza, bo-tamos o pé na estrada com novas histórias e saboresguardados na memória. Até a próxima!
TTReceita de Maria Benedita é um convite à amizade
ITAJUBÁ
Palace Hotel
(35) 3623-4500
Bramig
(35) 3623-5252
Amantykir
(35) 3622-5252
CRISTINA
Pousada Casarão
(35) 3281-1205
MARIA DA FÉ
Hotel Dona Marta
(35) 3662-1293
ONDE FICAR
3333
Bolo rei
INGREDIENTES
Para o fermento●● Meia xícara (chá) de
açúcar cristal●● Meia xícara (chá) de
farinha de trigo●● Meia xícara (chá) de leite●● 1 pitada de sal
Para a massa●● 3 ovos●● 1 xícara (chá) de
açúcar cristal●● 1 xícara (chá) de óleo●● 1 pitada de sal●● 2 xícaras (chá) de farinha de
trigo, mais meia xícara para polvilhar
●● 1 colher (sopa) de fermentoem pó
●● Meia xícara (chá) de frutascristalizadas
●● Meia xícara (chá) de nozes trituradas
●● Meia xícara (chá) de passas pretas
●● 1 colher (chá) de canela em pó
Para a cobertura●● 2 xícaras (chá) de açúcar
de confeiteiro●● 2 colheres (sopa) de suco
de limão●● 2 colheres (sopa) de
leite quente
COMO FAZER
Preparar o fermento um dia an-
tes de fazer o bolo, misturandotodos os ingredientes em umavasilha de plástico e deixandodescansar de um dia para o ou-tro, tapado com um pano. Nodia seguinte, deixar ao Sol por 20minutos para fermentar. Para amassa, bater no liquidificador osovos, o óleo, o açúcar e o sal. Des-pejar em uma vasilha, pôr meta-de do fermento caseiro (a outrametade, pela tradição, deve serdada a alguém ou guardada pa-ra o preparo de outro bolo) e afarinha. Misturar. Separada-mente, misturar as frutas, as no-zes e as passas e polvilhar fari-nha de trigo e canela em pó. Jun-tar tudo à massa, com o fermen-to em pó. Despejar em uma as-sadeira untada e assar em fornoaquecido a 180 graus por 40 mi-nutos. Para a cobertura, mistu-rar todos os ingredientes, fora dofogo. Despejar sobre o bolo.
Receita de Maria Benedita Ribeiro dos Santos, de Itajubá: (35) 3623-2576 (Emater)
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Roteiro do guia
Diretor de RedaçãoJosemar Gimenez
EditorArnaldo Viana
Editor de Artes GráficasÁlvaro Duarte
Consultor técnicoEduardo Avelar
TextosBárbara Fonseca
FotosJair Amaral
EdiçãoRoney Garcia
Projeto GráficoHudson Franco
DiagramaçãoCarlos Augusto
Film-lessTCS Soluções Gráficas
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IInnffoorrmmaaççõõeess ssoobbrree ddiissttâânncciiaass ee llooccaalliizzaaççããoo ddooss mmuunniiccííppiiooss bbaasseeaaddaass eemm ddaaddooss ddoo IInnssttiittuuttoo ddee GGeeoocciiêênncciiaass AApplliiccaaddaass ((IIGGAA))
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