Tese de doutorado sobre a degeneração_da música brasileira
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Inicial Porões da ditadura Educação Cultura Eleições 2014 Saúde Mídia
CULTURA 06/SEP/2013 ÀS 15:56 Eduardo Nunomura, Farofafá
Tese de doutoradosobre a"degeneração" damúsica brasileiraEstudo acadêmico parte do forró eletrônico para investigar o que muitoschamam de “degeneração” da música popular. "Luiz Gonzaga, porexemplo, embora seja o símbolo maior do forró e tratado com respeitopela maioria dos nordestinos, acaba sucumbindo a essa indústria cultural"
A música brasileira está decadente – sans élégance. Difícil encontrar alguém que nunca
tenha ouvido uma frase como essa. Refine o gênero, e as frases continuarão a fazer sentido
para muitas pessoas. O funk, o sertanejo, o forró, o pop, todas as músicas consumidas pelas
massas não prestam.
Um estudo acadêmico parte do forró eletrônico, ouvido à exaustão em todo o Nordeste, para
investigar o que muitos chamam de “degeneração” da música popular. O professor Jean
Henrique Costa, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, obteve o título de
doutor em Ciências Sociais com a tese “Indústria Cultural e Forró Eletrônico no Rio Grande
do Norte”, defendida em março de 2012 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN).
O pesquisador defende que o gênero preferido entre os nordestinos faz parte de uma
engendrada indústria cultural, por meio da qual são criadas e sustentadas formas de
dominação na produção e na audição desse tipo de música.
Segundo ele, quando uma banda de
forró eletrônico recorre a canções de
temática fácil, na maioria das vezes
ligadas à busca de uma felicidade
igualmente fácil, ela está criando
mecanismos para a formação de um
sistema de concepção e circulação
musical. Nele, nada é feito ou produzido
por acaso. Tudo acaba virando
racionalizado, padronizado ou
massificado.
O ideal de uma vida festeira, regada de
uísque, caminhonete 4×4 e raparigas
(mulheres) é hoje um símbolo de status e
prestígio para muitos dos ouvintes.
Ninguém quer ficar de fora da onda de
consumo. Numa das partes da pesquisa,
Costa analisou o conteúdo das letras dos
cinco primeiros álbuns da banda Garota Safada e descobriu que 65% das músicas falam de
amor, 36% de sexo e 26% de festas e bebedeiras.
“Parte expressiva das canções de maior sucesso veicula a ideia de que a verdadeira
felicidade acontece ‘no meio da putaria’, ou seja, nos momentos de encontros com os
amigos nas festas de forró”, escreveu Costa. “Não se produz determinada música
acreditando plenamente que se está criando uma pérola de tempos idos, mas sim um
produto para agradar em um mercado competitivo muito paradoxal: deve-se ser igual e
diferente concomitantemente.” Ou seja, a competitividade do mercado induz à padronização
dos hits.
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Banda Aviões do Forró – (Foto Divulgação)
69
“O que move o cotidiano é isso mesmo: sexo, amor, prazer, diversão. O forró e quase toda
música popular sabem muito bem usar desse artifício para mover suas engrenagens”,
explicou Costa. “Não é por acaso que as relações sexuais são tão exploradas pelas canções
de maior apelo comercial a ponto de se tornarem coisificadas à maneira de clichês
industriais.”
REFERENCIAL TEÓRICO
Outros gêneros musicais também recorrem a estratégias semelhantes. O forró eletrônico
consegue se diferenciar dos demais ao dar uma roupagem de “nordestinidade”, criando a
identificação direta com o seu público. Mas o objetivo final de todos é proporcionar diversão.
O problema, segundo Costa, é que “se vende muito pão a quem tem fome em demasia”.
Costa baseou sua pesquisa no referencial teórico de Theodor W. Adorno, um dos ideólogos
da Escola de Frankfurt. O pesquisador procurou atualizar o conceito de indústria cultural a
partir da constatação de que as músicas do forró eletrônico são oferecidas como parte de
um sistema (o assédio sistemático de tudo para todos) e sua produção obedece a critérios
com objetivos de controle sobre os efeitos do receptor (capacidade de prescrição dos
desejos).
O pesquisador recorreu ainda a autores como Richard Hoggart, Raymond Williams e E.P.
Thompson para abordar o gênero musical a partir da leitura dos estudos culturais (a
complexa rede das relações sociais e a importância da comunicação na produção da
cultura), que dialogam com outro conceito anterior, o de hegemonia, de Antonio Gramsci.
Pierre Bourdieu também serve de referencial teórico.
Ao amarrar essas teorias, o pesquisador argumenta que o público consumidor de músicas
acaba fazendo parte de esquemas de consumo cultural potentes e difíceis de serem
contestados. Neles, até o desejo acaba sendo imposto. Em entrevista a FAROFAFÁ, Costa
exemplifica esse fato com a atual “cobrança” pelo consumo de álcool, onde a sociabilidade
gira em torno de litros de bebidas.
“O que se bebe, quanto se bebe e com quem se bebe diz muito acerca do indivíduo. O forró
não é responsável por isso, mas reforça.” Para o pesquisador, o consumo de bebidas se
relaciona com a virilidade masculina, que, por sua vez, se vincula à reprodução do capital.
“Não reconheço grande valor estético (no forró eletrônico), mas considero um estilo musical
que consegue, em ocasiões específicas, cumprir o papel de entreter”, afirmou. O
pesquisador ouve todo tipo de música (samba-canção, samba-reggae, rock nacional dos
anos 1980 e 1990, bolero, tango, entre outros), mas sua predileção é por nomes como
Nelson Gonçalves e Altemar Dutra.
Para cobrir essa lacuna sobre o gênero que iria pesquisar, Costa entrevistou nomes como
Cavaleiros do Forró, Calcinha de Menina, Balança Bebê eForró Bagaço. O seu objetivo foi
esquadrinhar desde uma das maiores bandas de forró eletrônico do Rio Grande do Norte até
uma banda do interior que mal consegue fazer quatro apresentações por mês e cobra em
torno de R$ 500 por show.
É dentro desse contexto de consumo de massa de hits que nascem e morrem, diariamente,
pelas rádios e carrinhos de CDs piratas, que prevalece o forrozão estilo “risca a faca” e
“lapada na rachada”, para uma população semiformada (conceito adorniano de Halbbildung),
explica Costa. Sobra pouco ou nenhum espaço para nomes consagrados do gênero.Entre os
extremos de quem ganha muito e quem mal consegue sobreviver com o forró, o professor
constatou que o sucesso é um elemento em comum, e algo difícil de ser obtido. Depende de
substanciais investimentos financeiros e também do acaso – ter um hit pelas redes sociais
ajuda. É por isso que Costa afirma que Aviões do Forró e um forrozeiro tecladista
independente estão em lados completamente opostos, mas ainda têm algo basilar em
comum: a indústria cultural.
Luiz Gonzaga, por exemplo, embora seja o símbolo maior do gênero e tratado com
respeito pela maioria dos nordestinos, acaba sucumbindo a essa indústria cultural.
“A competição é desigualmente assimétrica para o grande Lua. O assum preto
gonzagueano, nesse sentido, bateu asas e voou.”
Costa diz não ser um pessimista ou só um crítico ferrenho do forró eletrônico. Tampouco que
tem pouca esperança de que a música brasileira seja apenas uma eterna engrenagem da
indústria cultural. Ao contrário, é dentro dela própria que ele vê saídas para o futuro da
produção nacional. “Se vejo alguma possibilidade de mudança pode estar justamente nesses
estúdios caseiros de gravação de CDs, nas bandas de garagem, no funk das periferias, no
tecnobrega paraense. Não afirmo que a via é essa, mas que é um devir, uma possibilidade
que pode não ir para além do sistema, mas minar algumas de suas bases”, concluiu.
Confira aqui a Tese de Doutorado na íntegra
Eduardo Nunomura – Farofafá, CartaCapital
Tags academia arte Cultura música
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Responder
AmandaPOSTADO EM 06/SEP/2013 ÀS 17:40
Esta década está sendo marcada pela "música ostentação", na qual um estilo de vida é
vendido através dessas canções de batida contagiante ( Não nego que o ritmo é bom).
Marcas de carro, roupa, bebida e, claro, a mulher gostosa, são colocados como
elementos imprescindíveis na obtenção da tal felicidade. E o pior, essas imbecilidades são
consumidas em massa, e, as ideologias contidas nelas são empurradas goela a baixo,
sem a menor crítica. Embora eu admire extremamente a música regional e sua
capacidade de adaptação ( sim, eu falo do forró eletrônico), não consigo aceitar suas
letras pobres... Ah, hoje sinto falta até dos forrós cafonas dos anos 90, que mesmo não
tendo toda a graciosidade da Bossa Nova ou de outros movimentos musicais, falavam de
amor de um modo que não o coisificava.
Responder
Francisco AlvesPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 10:39
quantas saudades dos anos 80!!! onde o forró que se ouvia era o de seu
Lua,Dominguinhos,trio nordestino,Amelinha,Elba e Zé Ramalho,(alguns
forrós),Alcimar Monteiro,Jorge de Altinho.ah!, quanta saudade!
Responder
TiagoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:24
Parabéns pelo comentário
Responder
CaioPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:45
Hipocrita, bossa nova foi um estilo de alieanado playboy, se for em suma, não é
de nossa cultura contestar e existir. Apenas esquecer da vida pelo cotidiano
pacato e previsivel.
AndrePOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:21
Exatamente, Caio. A BURGUESIA NÃO ACEITA VER QUE A
PERIFERIA TAMBÉM PRODUZ SUA CULTURA!
Comentários
Por que Lobãoe Roger setransformaramem doisderrotistasexplícitos?
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Responder
Marco Antonio RodriguesPOSTADO EM 06/SEP/2013 ÀS 18:14
Acho besteira ficar com estas teorias banais. Prefiro entender que MÚSICA é uma
linguagem universal, sem fronteiras.
Responder
MarcosPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 00:14
A música brasileira de hoje é deprimente, principalmente o funk pedófilo, criminoso de
ostentação.
Responder
Gabriela BarbosaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:52
Pois é! E ainda tem gente que defende com unhas e dentes esses funks de
sacanagem e apologia ao crime!
Responder
DepausterPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:26
Funk pedófilo?
cesarPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 12:21
Sim. Vc nunca percebeu que a maioria das letras de funk fala de
novinhas?
Responder
mateusPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 00:38
Adorno esta se revirando no caixao. Lamentavel
Responder
altair ahadPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 08:26
pior era da musica... tudo muito ruim!!
Responder
ViníciusPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 08:47
Ele está certo sobre a industria cultural, que vende música, filme, filme, novela, reality
show... tudo de forma enlatada para servir de consumo e lucrar com isso. No campo
musical, as gravadoras ficaram temerosas com o fato que as pessoas podem baixar
músicas e álbuns gratuitamente pela internet e apoiaram projetos de lei estadunidense
como SOPA, PIPA e ACTA. Na minha opinião gravadoras não são mais necessárias,
bandas como Radiohead disponibilizaram álbuns somente na internet. Venda de discos
não enriquece o musico, mas sim a industria musical por trás dele, que cria patentes em
cima do trabalho do música para continuar lucrando por uma música lançada a anos.
Com o fim da industria musical um artista teria liberdade de fazer música sem uma
empresa determinando o que ele deve fazer e como deve fazer, traria muito mais
liberdade de criação Mas é preciso tomar cuidado com o dialogo apresentado nesta tese
de doutorado para não hierarquizar a cultura, porque mesmo sendo totalmente comercial
e enlatado, o forro eletrônico ou o sertanejo universitário não deixaram de ser cultura, e
não existe cultura superior e inferior. Acho que por um lado a tese dele pode servir de base
para a discriminação cultural.
luisPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:49
tudo é cultura, mas nem tudo é arte...
Responder
Felipe LinsPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 06:00
Mas ninguém sabe o que é arte. Só arrisca, limitando e definindo
conforme suas próprias vaidades.
ViníciusPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:03
Concordo
Gilmar LoureiroPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:58
Se não for arte é cultura!
ViníciusPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 12:08
arte não deixa de fazer parte da cultura. Resumindo, toda arte é cultura
mas nem toda cultura é arte.
Responder
Ricardo RangelPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:10
Lixo é lixo. Essa estória de que contracultura também é cultura é conversa de
acadêmico.
Raul CornejoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:56
Então vamos ver o que o Ricardo tem a oferecer como exemplos do
que seja cultura e não seja definida por acadêmicos... eu estou
curiosíssimo... e já aviso que doutrinação via cartilhas do CPC não vale,
mesmo porque também foram academicamente construídas.
Gabriel BPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:06
e tu, ó grande Ricardo Rangel, sim tu, podes definir o que é e o que não
é lixo!!! Ave Rangel!
Responder
DaviPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 13:33
"La cultura para los pobres no puede ser una pobre cultura." Jose Antônio Abreu
Responder
MaysaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:11
Concordo! Embora não negue a massificação imposta pela industria cultural,
senti uma certa dose de preconceito e de pessoalidade nos argumentos de
quem estuda forró eletrônico se destacando como ouvinte de Nelson Gonçalves
e Altemar Dutra. Além disso, são cultura todos os modos de fazer, de pensar, de
agir de um povo.. O problema da massificação rasa de conteúdo e carente de
desejos outros além dos prazeres do consumo não é obra apenas da industria
cultural, pois ela trabalha e vende em cima do que já existe.
Responder
RogérioPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 09:33
É muito complexo esse tema. Particularmente não gosto de bandas de forró,porém é o
pau que rola em qualquer lugar que se vá. Sou amante da boa música e dos cantores e
intérpretes esquecidos pela a maioria das rádios.
HelenoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 11:25
Li certa vez que foi feita uma pesquisa (não recordo o país) que as letras das músicas
Responder
tendem a ser mais engajadas em momentos de crise e ter letras mais fúteis em
momentos de equilíbrio econômico. Daí lembramos de todas as músicas do período da
ditadura e o rock com forte crítica social dos anos 80 principalmente com a Legião Urbana
e comparamos com com a qualidade das letras dos anos 2000 em diante e essa
pesquisa faz todo o sentindo...
Responder
Roberto PedrosoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 11:25
Esta tese serve de parâmetro referencial para analisarmos todos os movimentos musicais
contemporâneos de apelo popular, a mesma tese pode ser aplicada para
contextualizarmos o sucesso de bandas tecnobrega das duplas sertanejas(do famigerado
sertanejo universitário) e do Funk.Triste constatação,os artistas populares somente
repetem a receita de sucesso criada pelas grandes gravadoras, ou seja produzir lixo
musical em escala industrial mera diversão alienada produzida para entreter as massas.
Responder
Alberto CeolinPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 16:07
O guitarrista Fredera ex som imaginário chama isso de devastação cultural. E é memo!
Responder
CarlosPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 21:39
Apenas uma lembrança: Parece que sempre é culpa do Nordeste! Nunca ninguém fala
sobre as musicas glorificadas e fascistas do pampa gaúcho e os baluartes tradicionalistas
do sul e também nunca falam da musica gospel e a glorificação religiosa!!! E o domínio
roqueiro que agitou toda a década de 80? E os eruditos que só sabem falar de música
clássica chata! E a MPB e o discurso de palanque enfadonho. O problema musical ocorre
em todo o Brasil! Concordo que parte da música produzida neste período está muito longe
de ser um exemplo de evolução. Porém em nenhum momento na história mundial existiu
uma música perfeita em qualquer tipo de cultura. Aliás, a música não é uma partitura de
notas musicais posicionadas de forma harmônica, feitas para satisfazer o ego de uma
pessoa ou grupo de pessoas, na tentativa de convencer o público que sua melodia é
melhor que dos outros . Por fim, vence o artista que conseguir convencer o maior número
de pessoas a seu favor.
Responder
renatoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 21:45
eu escuto algumas musicas que me lembram meu passado. Eu escuto musicas que
meus filhos ouvem. Quem não consegue escutar as musicas que escuto, vai ter que
conviver com elas. E são ruins, nem meus filhos ouvem.
Responder
nettoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 22:44
Cara muito boa tese,é a pura realidade,moro aqui no nordeste e já parei para analisar
diversas letras de músicas de forró,que fazem total apelação a sexo,ostentação,bebida e
etc ... contudo se ver que muitos jovens que escutam tais letras,saem bêbados com som
no carro,tentam se parecer com o que as letras dizem ....
Responder
VictorPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:32
Creio que o escritor dessa matéria jamais ouviu falar em Relativismo Cultura. Elitizar as
músicas é um passo para a tola ostentação e ignorância. Não há música melhor ou pior,
mas música que atenda a necessidade de seu público-alvo. Francamente...
Responder
Felipe AugustoPOSTADO EM 07/SEP/2013 ÀS 23:44
Na sociedade do capital o lazer é uma mercadoria que potencializa a alienação. Na
verdade, junto com a busca do lucro fácil em torno da juventude, temos também a
disseminação de valores típicos de uma sociedade em crise. Nesse sentido, se por um
lado constatamos o extermínio da juventude pobre das periferias, por outro, constatamos a
captura ideológica por parte da juventude de classe média ao paraíso da alienação e da
despolitização. É isso que o capitalismo tem a oferecer para nossa juventude.
Responder
MichelPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 00:00
A tese elenca muitas verdades, conecta as mesmas de modo rigoroso, e evidencia o que
fundamentalmente todos buscam, de uma forma ou de outra: sexo, amor, prazer e
diversão, isso trabalhado pela indústria num contexto de ostentação e geração de ânsia
por cada vez mais, numa alucinante montanha russa social que é, para muitos, "pseudo-
consumista", onde o controle de massas é o objetivo fundamental para realimentar o
processo em ciclos interconectados... MAS... essa nova indústria cultural (de fuga ou
busca de algo diferente apenas) que se instalou preencheu (!!!) um GRANDE VAZIO de
perspectivas de gerações , que se expressam de modo a se definirem serem notados,
numa realidade que desestimula a evolução do indivíduo em prol da exploração descabida
da excessiva e crescente mão de obra barata, em termos mais diretos; não critico pelos
gêneros musicais (?), mas pelas razões que os permitem sobreviver, o que é o verdadeiro
problema !
Responder
patriciaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 01:14
Cara... É simples; tá todo mundo bêbado qdo escuta essas merdas, ou então coloca pra
tocar no trabalho pq sabe q n vai prestar atenção. O mercado musical tá uma merda pq as
pessoas pararam de ouvir música e passaram apenas a "escutar", ou seja, botar como
som pra compor ambiente. Aí pode ser qq merda tocando q ng liga.
Responder
Marco AlencarPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 01:54
Parece que eu deveria ter guardado o tema da minha monografia para o doutorado
mesmo.
Responder
DoraPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 06:00
Só gostaria de acrescentar que parti do forró eletrônico como indústria cultural na minha
tese de doutorado em ciências sociais na UNESP de Araraquara (outubro/2012), para
tratar da masculinidade na região Nordeste. De como esse estilo musical reforça um
modelo de masculinidade baseado na dominação do homem sobre a mulher, na mulher
como objeto de prazer do homem; modelo onde as relações entre os gêneros são
assimétricas, hierárquicas, desiguais. Analisando canções de forró eletrônico, conclui que
estas canções apontam para uma nova expressão da masculinidade tradicional, um “novo
rapaz”, um homem que renova as atitudes masculinas tradicionais, mas que se recusa
diante do poder patriarcal, ou seja, um homem que não quer assumir compromissos ou
ter responsabilidades, que não quer ser provedor ou viver para o lar e que foge da
intimidade. Por outro lado, gosta de festa, música alta, beber em excesso e, sobretudo, de
mulheres; afirmando constantemente uma suposta masculinidade heterossexual, de
cabra-macho.Ver em: http://portal.fclar.unesp.br/possoc/teses/Maria_Dores_Honorio.pdf
geraldo caçapavaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 08:22
diante desses astros fabricados como gustavo lima, sorocaba,michel teló e outros tantos,
não podemos esperar muito de nossa musica,pois como é tudo na vida o dinheiro fala
mais alto, bem como a baixa escolaridade do pais, nos levão a este caos sonoro.
Responder
Responder
RaicostaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 08:37
O que interessa à produção musical hj é apenas vender. Esse é o fim em si mesmo e em
escala industrial, como se fosse um produto descartável: usou, joga fora. Com isso,
impossível ter qualidade, pq falta o mínimo de elaboração. Então pode até ser chamado de
cultura, mas nunca de arte. Há a estratégia de juntar a imediatice com a bestialidade
generalizada na sociedade atual. Basta perceber que hj não se admira a música com
conteúdo de beleza, de análise conjuntural ou de contemplação do amor, pq esses temas
estão esquecidos da maioria da população; a bola da vez é bebidas, mulheres, carros,
som alto (desrespeito aos que estão próximos). Isso é o "máximo". E que venham os
milhões!
Responder
Alvaro HanssenPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:15
Isso faz parte dos planos do governo e da midia, um povo sem cultura é mais facil de
manipular.
Responder
Marcel CratesPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 09:20
A música se tornou ostentação porque nos últimos anos o brasileiro se tornou consumidor
e não cidadão.
Responder
ester spiazziPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:08
Acho também que passa pelo poderio das gravadores, eles querem os seus lucros, e
musica que faz com que a gente pense o retorno financeiro deve ser baixo, porque o
público é menor. Mas nós temos um exemplo aqui no Paraná, um prefeito de uma
pequena se cansou de tanta farra movida a musica ruim e bebidas, e criou o encontro do
rock, o primeiro foi visto com desconfiança, mas hoje a cidade está na rota dos festivais
nacionais, acho que políticas publicas na área da cultura pode trazer resultados .
Responder
CaioPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 10:42
Funk é cultura brasileira minha gente, sejam ovelhas submissas desses g~eneros, é a
industrialização da cultura, a arte é um PRODUTO!! A CULTURA EH O QUE VC
CONSOME!!
Responder
MuriloPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 11:23
Acho isso pouco preconceituoso.
Responder
DaviPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 13:27
Concordo. Pra mim é simplesmente uma busca de dinheiro baseado na miséria do povo
brasileiro. Quem sabe fazer uma musica mais ou menos acaba lucrando e subindo na
vida. É oq eu chamo de "musica fast-food". É simples, pouco conteudo, mas satisfaz. E
acho q o "forro eletronico" é oq menos retrata isso. Acho q o funk, o pop pobre, o pagode
triste (de Salvador) é oq mais exemplifica como a música é decadente quando se trata em
atender as massas. "A cultura para os pobres nunca pode ser uma pobre cultura." José
Antonio Abreu
Responder
luiz rodriguesPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:22
Tratei deste tema no Livro "Da Servidão à Liquidez"
https://www.clubedeautores.com.br/book/147659--Da_Servidao_a_Liquidez
Responder
mauroPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:47
Tem quem consuma estes lixos, então eles produzem cada vez mais!
Responder
Andreza BarretoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 14:57
Agora incitação ao sexo, bebidas e preconceitos viraram meros subprodutos da "industria
cultural" moderna. Alguém avise para esse moço pra ele conferir as letras das inocentes
marchinhas de carnaval de final do século XIX, inicio do século XX. ;)
Responder
Leoni R DantasPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:01
A mídia vive disso, a televisão brasileira vive disso... Vive do funk, do sertanejo eletrônico.
A mídia vive da música sem nexo, sem criatividade, sem inteligência. Como é colocado no
comentário do colega Roberto Pedroso: produzir lixo musical em escala industrial mera
diversão alienada produzida para entreter as massas. Hoje eu vi no programa do SBT o
apresentador Celso Portiolli falar que o rapaz que cantava funk possui um talento
incomparável.... Depois dessa eu desliguei a TV e fui escutar Alpha FM.
Responder
RenatoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 15:06
Musica boa chama-se: Limão com Mel
AndreyPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:13
Talvez essa tendência isolacionista do meio acadêmico seja suficiente pra acabar com os
traços mais fundamentais de sensibilidade humana de qualquer um. Tudo isso me
entristece profundamente. Trecho da tese: "Contudo, a atualidade do conceito de indústria
musical não permite romantizar a tal capacidade popular de resistência cultural. A pujança
da indústria do entretenimento é alta e envolve os consumidores em esquemas
sistêmicos poderosos. Nega-se o forró, mas consome-se o axé Bahia; nega-se o axé
Bahia, mas escuta-se o funk; nega-se o funk, mas consome-se o tecnobrega; nega-se o
tecnobrega, mas escuta-se algum pop-star norte-americano ou música de novela das 21
horas... O assédio é elevado e a fuga inibida." Vamos traduzir o que ele acabou de dizer
em termos simples: "o povo precisa ESCAPAR de consumir essas merdas culturais e
sociais, mas o assédio é elevado e a fuga é difícil. Só se você conseguir escapar de todo
esse lixo é que você vai chegar na música de valor (que é a que eu escuto, beijos), e pro
cidadão médio isso é quase impossível." Ele diz que não se pode romantizar a
"capacidade popular de resistência cultural". Fazendo isso, está basicamente dizendo: "Eu
sou um ser culturalmente e intelectualmente elevado, por isso ouço música 'boa'. Mas os
pobres seres culturalmente limitados não têm capacidade de resistir aos apelos da
dominação ideológica e ouvir músicas de bom gosto. É uma pena pra eles, por isso
escrevi essa tese, pra que todos saibam que essa indústria é terrível e que o povo tem
que escutar mesmo é música boa". Perceba esse trecho totalmente irrelevante da matéria
do pragmatismo político: "O pesquisador ouve todo tipo de música (samba-canção,
samba-reggae, rock nacional dos anos 1980 e 1990, bolero, tango, entre outros), mas sua
predileção é por nomes como Nelson Gonçalves e Altemar Dutra." Qual é a relevância de
veicular o que o pesquisador ouve? Reforça ainda mais a sensação de que a super
pesquisa de doutorado dele é opinião de mesa de bar, regada a prepotência e escrita em
linguagem acadêmica. Eu fiz uma leitura rápida de alguns trechos da tese e tem coisas
interessantes. A parte descritiva da pesquisa é excelente. A pesquisa de campo é
fascinante. Mas toda vez que ele parte para as conclusões, você sente o cheiro de
prepotência cultural e arrogância intelectual saindo por todos os poros da pessoa. As
Responder
ações de uma indústria que constrói e tenta se aproveitar de determinadas circunstâncias
culturais pra se beneficiar financeiramente, independente das consequências sociais
disso, não são defendidas por mim. Mas a maneira certa de combater cultura é com
cultura, não com pedantismo e arrogância intelectual. Se você acha que existem
fundamentos objetivos pra definir o consumo de forró como algo degradante e o consumo
de, por exemplo, bossa nova ou MPB como algo elevado e enriquecedor, você só pode
estar precisando seriamente de um pouco de empatia e sensibilidade emocional.
Responder
Thiago TeixeiraPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:14
Acho que não tem nada a ver. Gosto é gosto.
Responder
DaliPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 21:46
Sim. Cada um tem seu gosto, mas a mídia tmb contribui para incentivar/impôr o
gosto num estilo musical. Quantas bandas de estilos diferentes (que não seja
pagode, forró eletrônico e funk) vc vê na mídia?
Responder
PauloPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 16:19
Não sei se a música brasileira de hoje é pior que antes. Talvez o que toca nas rádios sim,
mas penso que isso não é nada mais que algo bem subjetivo... Chama atenção, ao meu
ver, que no nosso país se escuta música mal. Explico: aqui mesmo os nossos
intelectuais, que lêem os grandes clássicos da literatura (Flaubert, Goethe...) e da filosofia
(Nietzsche...), admiram os grandes pintores etc, no que concerne à música, não vai além
do Caetano Veloso - que não é ruim, mas que comparado aos mesmos gostos da
intelectualidade não significa muito...
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AdolfoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:11
Equanto temos essa expressividade exacerbada de signos relacionados aos excessos do
sexo, drogas etc, no Brasil são quase 700,000 pessoas com HIV. 30.000 novos caos todo
mes. O Assunto é serio mas colocado para debaixo do tapete. Assim como o alcolismo
está chegando em niveis alarmantes e corroendo todo um tecido social....hipocrisia dessa
sociedade de merda.
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Romulo AndréPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 18:26
kkkkkkkk, olho esses comentários cheios de preconceitos, pois onde há preconceito a
sempre a visão de uma só direção, a cultura pelo visto é aquela culta, aquela que veio dos
padrões europeus, aquelas da igreja, e se fugimos desses padrões somos tachados de
sem cultura, agora acho que falta mais leitura sobre esse assunto, e menos preconceito,
todos vivemos em uma sociedade diferenciada, ainda mais no brasil que sua cultura é
diversificada, temos varias identidades, falta menos preconceito e ter a mente mais
aberta, pois é dificil vc enxergar algo olha apenas para uma direção.
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Joan FeitosaPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 19:18
o cúmulo da degradação musical...faz quadradim de 8, faz quadradim de 8, exploração
sexual pura, ver uma menina de C´ pra cima rebolando mostrando a Xereca é ridículo, e
pior passou agora pouco no Faustão, uma bixa fazendo o mesmo, e tem gente que acha
lindo.
Responder
FernandoPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 20:11
Pra dizer a verdade a musicas de hoje é de péssima qualidade, faça uma comparação
dos anos 50 a 80 ainda ouvíamos perolas, a midia de hoje só coloca lixo nos nossos
ouvidos, lamentável.
Responder
YuriPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 22:52
Nem toda a pressão cultural do mundo vai me fazer largar meu Black Metal underground
com os meus amigos. Essa industria do fast music é uma engrenagem insana que quer a
tudo engolir.
Responder
Felipe LeitePOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:06
Na sociedade do capital o lazer é uma mercadoria que potencializa a alienação. Junto com
a busca do lucro fácil em torno da juventude, temos também a disseminação de valores
típicos de uma sociedade em crise. Nesse sentido, se por um lado constatamos o
extermínio da juventude pobre das periferias, por outro, constatamos a captura ideológica
por parte da juventude de classe média ao paraíso da alienação e da despolitização. É
isso que o capitalismo tem a oferecer para nossa juventude.
Responder
BeatrizPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:35
Eu acho que ele pode falar tudo o que quiser de indústria cultural, mas não entre em
questões estéticas. A opinião pessoal de alguém não é critério pra justificar uma tese de
doutorado. Poder-se-ia ter feito um trabalho semelhante com a indústria cultural por trás
da música erudita, mas resolveu-se atacar o forró porque ele é considerado pelo autor
"música de segunda categoria".
Responder
EURIVALDO SILVAPOSTADO EM 08/SEP/2013 ÀS 23:52
A CULPA E DA MIDIA QUE ABRE ESPAÇO PRA TUDO QUE NAO PRESTA , EM
RELACAO AO ASSUNTO AS BANDAS DE FORRO EM SUA MAIORIA TOCAM TUDO
MENOS FORRO , MAS DE UM MODO GERAL A POBREZA MUSICAL ESTA
ESTAMPADA NO RADIO E NA TV , E O PROCESSO DE IMPURROTERAPIA
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HadassaPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 01:29
Essa discussão sobre o valor cultural e artístico colocado em certas manifestações
musicais permeou boa parte dos últimos séculos. Ao contrário do que se acredita, os
concertos de música erudita nem sempre foram nos moldes de hoje, onde um grupo
seleto de pessoas vai em trajes adequados admirar as melodias ali interpretadas, por
muitas décadas os concertos foram local de balburdia, onde as pessoas de diferentes
classes iam para comer, namorar, conversar, gritar quando a música ficava excitante etc.
A música sempre serviu para o homem manisfestar-se de alguma forma, e considerando
que este possui um lado depravado, sedento por prazer e nenhum pouco elegante, logo,
existe músicas que falam sobre isso. Assim como as velhas dores de cotovelo e todos os
clichês românticos. A indústria potencializa isso, induz, mas a existência dela não é o fator
preponderante a nada. Curioso mesmo é a disposição das palavras, enquanto num MPB
você canta "Se acaso me quiseres sou dessas mulheres que só dizem sim", num
reggaeton canta-se "Piri-pi-piri-piguete". Sexo por sexo, prazer por prazer, tudo isso é
marca registrada da música ao longo das décadas, mas de fato, é melhor ser um objeto
na letra de Chico Buarque. Cada um escute o que julgar melhor e deixem os outros
fazerem o mesmo.
Responder
ClarycePOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 08:56
Dizer que bossa nova era musica de playboy eu acho que esse ai nao entende de nada
mesmo , a bossa nova foi criada por estudantes que moravam em apartamentos muito
pequenos e que eles passavam a noite cantando baixinho para os vizinhos nao escutarem
, coisa que quem vem do forro de lata e do fank e outros ritmos nao fazem mais porque
hoje quando mais som e quanto mais encomodar os vizinhos melhor , eu cantei em banda
de forro por muitos anos , devo confessar que certas musicas eu pedia as dançarinas pra
cantar no meu lugar porque me recusava a cantar , o povo gosta de merda ,e sao poucos
os que tem bom gosto musical mais cada cabeça um mundo to feliz to morando fora do
Brasil aqui nao tenho a desfortuna de escutar musica ruim.Quantas vezes os bestas
ficam idolatrando as bandas de forro e os musicos e cantores rindo deles , e eles nem
sabem ,se bem que musicos ganhar bem com banda de forro dificil e em geral mais no
forro aonde eu vivi muitos anos so quem ganha dinheiro ès os cantores depedendo de
quem for , os donos de banda os musicos tem vez nao ....o povo fica inchendo o bolso
deles de dinheiro pagando show e perdendo noite de sono ..e deixando eles ainda mais
ricos perdi muita noite de sono cantando bons momentos em familia ....pra enricar o bolso
dos donos de banda e dos empresarios e quem gosta de musica ruim nao tenho nada a
dizer cada um com seu cada um , mais enquanto voces ficam vendo show de muitos
deles eles estao rindo de voces kkkkkkk
Responder
VanderveldePOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 09:44
Pensando na degradação da música atual consumida no Brasil e, principalmente, na
Bahia, "garimpei" das minhas reminiscências um diálogo que mantive com o amigo
músico/compositor/psicólogo Christian Mangue. Realmente, conforme afirmado pelo
colega de melodia e ideias, o país vive uma crise de subjetividade. O "eu" do homem
médio atual é um "rei sem trono". O povo vive reduzido ao consumismo exacerbado... os
detentores dos meios de produção surrupiam a liberdade, a igualdade, redundando numa
violência aos incautos, que vitimados pelo transe mesmerista, padecem viciados pelo ópio
da ignorância. Para comprovar o que afirmo, entre diversos exemplos, basta "abrir os
ouvidos" aos modismos musicais hodiernos. Assim, a título de reflexão, aconselho uma
imersão no excerto do imortal Fernando Pessoa, que assevera: "O ideal do artista
influenciador é alto na proporção em que ele tem consciência do seu mister, na proporção
em que tem consciência do seu papel de influenciador de gerações futuras, e da sua
missão de quem deve deixar perenemente aumentado o patrimônio espiritual da
humanidade. Os poetas antigos tinham esta consciência; a decadência dela entre os
modernos, substituída pela ânsia da popularidade imediata, apanágio finalista das artes
inferiores, é um dos mais fortes sintomas da nossa degradação moral (espiritual). "
Responder
LuizPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 09:46
Texto elitista do caramba. Luiz Gonzaga já foi considerado "degenerado" também. Não se
faz trabalhos acadêmicos pra ver se algo é "degenerado" ou não, isso é um simples juízo
de valor, não é estudo. Ele vai se doutorar em que? Elitismo? Como estudioso da área das
artes eu tenho vergonha desse tipo de estudo. Não vou nem entrar nas raízes racistas do
termo "degenerado"...
Responder
JonasPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:34
Ótimo comentário. E pelo jeito em nenhum momento foi citada a qualidade
musical dos integrantes das bandas, que é inegável e impressionante em alguns
casos. O "Bonde Do Forró" e o "Aviões Do Forró", por exemplo, tem
instrumentistas tão virtuosos e criativos quanto muitos de outros de estilos
elitizados, é só observar atentamente as linhas de baixo e de bateria para ver que
o que os caras fazem não é nada fácil.
Inseto DaMataPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:23
Como falar de uma decadência sem analisar a historia da música popular por completo?
E quanto ao contexto social de outras eras em relação ao da contemporaneidade? Então
nenhuma dessas temáticas nunca foram massificadas durante a historia da música no
Responder
mundo?Então a decadência se dá por uma mudança de motivação dos compositores na
hora de produzir? O que os motivou em outras épocas? A busca da comunicação com o
público é sinal de decadência e porquê? Como definir, quando se trata de cultura, a
superioridade de determinadas produções?São questões interessantes e que a não foram
citadas...
Responder
JonasPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:25
O cara faz um doutorado, provavelmente pago pelo governo, citando vários autores
renomados, para concluir algo que todos já sabem e que pouco acrescenta. Em que
mundo vocês vivem doutores elitistas? Há uma grande lacuna entre a realidade e a
academia. É por essas e outras que a ciência não é levada a sério no Brasil.
Responder
josielPOSTADO EM 09/SEP/2013 ÀS 10:38
Eu prefiro ouvir as musicas da decada. De oitenta que foi a melhor fase da.musica
mundial que ouvir esse lixo de hoje dias é so pra analfabeto ouvir essas merdas de hoje
nao sabe nem escrever uma letra que preste so pode nao tem cerebro como vai esvrever
uma canção boa é o fim dos tempos as musicas de hoje dia so faz.influenciar as meninas
virar bebe e uns otarios se achar que é rico tomando o wisk pegando carro alugado pra
pegar as mulheres burrras manda elas casar com eles ver a realidade vao passar fome
primeiramente quem é pley boy de verdade nao chega nem perto de forro e de funk kkkkk
so for hmas antas metido play boy que vivem no mundo de bob
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