Terrorista a Solta

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TERRORISTAS À SOLTA!!! QUEM SÃO? ONDE ESTÃO?

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TERRORISTAS À SOLTA!!!

QUEM SÃO?

ONDE ESTÃO?

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Eles foram terroristas nos anos 60 e 70. Recorreram à luta armada e envolveram-se em atentados, assaltos e assassinatos na tentativa de derrubar o governo militar.

Foram beneficiados pela Lei da Anistia de 1979, e se reintegraram na vida política.  Foram transformados, politicamente, de criminosos em heróis, e, hoje, muitos deles estão nas altas esferas, onde militam pelas mesmas idéias, na esperança de colocar o país sob um regime idêntico àquele que malogrou no Leste da Europa, e em outros países, inclusive Cuba.

Veja quem são, e onde estão alguns deles.

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O OBJETIVO DA LUTA ARMADA

Sabe qual era o objetivo dos que combateram o regime militar?

Quem responde é Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8, atualmente professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense:

“As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitigadas. Nem para um lado, nem para o outro. Não compartilho a lenda de que, no fim dos anos 1960 e no início de 1970, fomos (inclusive eu) o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática.

As esquerdas radicais se lançaram na luta contra o regime militar, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no País, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China, em Cuba, Coréia de Norte e em outros países. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra.”

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  JOSÉ DIRCEU Nome completo: José Dirceu de Oliveira e Silva

Terrorista dos anos 60/70. Na clandestinidade, era conhecido pelo codinome de Daniel. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), quando universitário, e acompanhou Carlos Marighella, líder do PCB, na “Corrente Revolucionária” criada para promover a luta armada. Em 1968, liderou o conflito entre estudantes na rua Maria Antônia, em São Paulo, o qual culminou com a morte de um estudante, dezenas de feridos e carros incendiados e depredados. Suas estrepolias tiveram fim com sua prisão em 1968. Em setembro de 1969, foi banido para o México com outros 14 militantes comunistas, em troca do embaixador norte-americano seqüestrado no Rio de Janeiro.

Do México, “Daniel” foi para Cuba, onde, durante 18 meses, participou de um curso de guerrilhas. De volta ao Brasil, com o rosto mudado por uma operação plástica, radicou-se em Cruzeiro do Oeste, Paraná, com o falso nome de “Carlos Henrique Gouveia de Mello”. Ali viveu até o fim do regime militar, sem se expor publicamente como militante comunista, e sem revelar seu passado de terrorista nem mesmo para a mulher com quem se casara. Com a anistia, José Dirceu reapareceu e se integrou na vida política, dentro do PT. Com a eleição de Lula, foi colocado à frente da Casa Civil, onde assumiu o comando do governo, enquanto o presidente fazia praticamente o papel de “inocente útil”. Sua atuação na Casa Civil, que lhe garantiu o título de “chefe de quadrilha”, dado por um juiz devido à corrupção nos casos Waldomiro Diniz e “Mensalão”, terminou com sua demissão. De volta ao Congresso, foi cassado por falta de decoro parlamentar. Atualmente, para consumo externo, aparece como advogado e assessor de empresas. Na política, é um dos dirigentes do PT. Na sombra e atrás dos bastidores, mantém a liderança e atuação dos tempos da Casa Civil.

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DILMA ROUSSEFF Nome completo: Dilma Vana Rousseff Linhares  Terrorista dos anos 60/70. Na clandestinidade, atendia pelos codinomes de “Estela”, “Luiza”, “Patrícia” e “Wanda”. Dilma nasceu em 1947. Aos 20 anos, começou a militar na organização marxista Política Operária – POLOP. Foi recrutada pelo noivo e depois marido Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, (“Aurélio” e “Lobato”). Com as primeiras prisões de terroristas, abandonou o POLOP e, com o marido, aderiu ao Comando de Libertação Nacional – COLINA. Participou de assaltos a bancos e quartéis, do roubo da casa da amante de Adhemar de Barros, e de sequestros. Acompanhou a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária, que deu origem à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P), liderada pelo desertor e terrorista Carlos Lamarca.

Depois que o marido se asilou em Cuba, em 1970, tornou-se companheira de Carlos Franklin Paixão de Araújo, militante da VAR, advogado e ex-deputado estadual pelo PDT gaúcho. Com ele foi viver e militar no Rio Grande do Sul e, logo depois, em São Paulo, onde foi presa em 1970. Condenada em três processos, ficou presa no presídio Tiradentes. Em depoimento ao “Tortura Nunca Mais”, disse ter sido torturada durante 22 dias, um caso raro que, não se sabe porquê, não foi incluído até hoje no Guiness, pois teria conseguido sobreviver durante 528 horas aos diferentes tipos de tortura a que alega ter sido submetida. Ffoi libertada em circunstâncias então consideradas muito estranhas até mesmo pelos seus companheiros de terrorismo. Na verdade, não foi torturada e sua rápida libertação deveu-se ao acordo por ela feito: delatou colegas de luta. Sem seqüelas físicas e muito bem de saúde, mudou-se com seu companheiro Carlos Franklin Paixão de Araújo para o Rio Grande do Sul, onde, em 1977, antes da anistia, formou-se (graduação) em Economia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Depois da anistia, bem de saúde, simpática e fagueira, militou durante algum tempo no PDT, para ingressar, depois, no PT, em 2001. Graças à folha corrida “invejável” de que é detentora, toda recheada de proezas na luta armada, ela ascendeu no governo. No Rio Grande do Sul, foi secretária de Minas, Energia e Comunicações. No primeiro mandato de Lula, esteve à frente do Ministério de Minas e Energia e, hoje, ´Ministra Chefe da Casa Civil, onde sucedeu José Dirceu, tem em mãos a condução do governo do homem que se apresenta como o “mais moral e ético de toda a História do Brasil”.

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JOSÉ GENOINO Nome completo: José Genoino Guimarães Neto 

Terrorista dos anos 60/70. Usava o codinome “Geraldo”. Nasceu em 1946 e, aos 20 anos, em Fortaleza, ingressou no Partido Comunista do Brasil – PC do B. Com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, mudou-se para São Paulo e passou a viver na clandestinidade, depois de ter sido preso por participação em agitação e protestos nos meios universitários. Em 1970, foi para Goiás, onde participou da Guerrilha do Araguaia, uma das principais ações desenvolvidas pelo PC do B, na época. Em abril de 1972, foi capturado durante uma incursão dos militares que combatiam os guerrilheiros, fato que selou o fim da Guerrilha. A partir de sua prisão e de sua delação, o Exército localizou os esconderijos e depósitos de armas e ficou sabendo os nomes dos líderes e militantes da guerrilha. Um a um, eles começaram a ser mortos pelo Exército. Dos 176 participantes da Guerrilha, Genoino foi o felizardo e talvez único sobrevivente.

Tudo isso aconteceu porque ele teria dado aos militares as informações de que necessitavam para acabar com os guerrilheiros, fato confirmado mais tarde por um oficial do Exército. Julgado e condenado, cumpriu pena até 1977. Em 1978, abandonou o PC do B e, dois anos mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores – PT. Foi eleito deputado federal pelo PT em 1982, pela primeira vez, e reeleito nas quatro eleições seguintes. Em 2002, foi eleito presidente nacional do PT e, nesse mesmo ano, candidatou-se, sem sucesso, ao governo do Estado de São Paulo. Em 2006, envolvido em um grande esquema de corrupção - compra de votos de parlamentares, o famoso “mensalão”, e empréstimos vultosos para o PT, sem conhecimento de membros da executiva do Partido, foi obrigado a deixar a presidência do PT. Denunciado pelo Procurador Geral da República, está sob investigação do Supremo Tribunal Federal como um dos responsáveis pelo “mensalão”. Atualmente, é deputado federal pelo PT.

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FRANKLIN MARTINS Nome completo: Franklin de Souza Martins

Terrorista dos anos 60/70. Usava os codinomes “Waldir”, “Francisco”, “Rogério”, “Comprido”, “Grande”, “Nilson” e “Lula”. Nasceu em 1948, e deu os primeiros passos no jornalismo na Última Hora e Manchete. Aderiu à militância política comunista em 1966, quando ingressou no Partido Comunista Brasileiro – PCB, e desenvolveu intensa atividade nos meios estudantis. Militante do MR-8, esteve preso em São Paulo em 1968. Escreveu em jornais clandestinos, como Unidade Proletária e Brasil Socialista, onde usava o pseudônimo de Luís Antônio Tovar

Em 1969, foi eleito para a Direção Geral do MR-8 e, no mesmo ano, foi um dos planejadores e executores do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick. A divulgação de um manifesto redigido com a colaboração de Franklin Martins e a libertação de 15 presos políticos, levados para o México, foram as exigências dos terroristas para libertar o embaixador. Em fins de 1969, fugiu do Brasil e foi viver em Cuba, onde fez cursos de guerrilhas, em companhia de outros brasileiros ali refugiados. De Cuba foi para o Chile, para se abrigar sob o governo de Salvador Allende. Em 1973, retornou ao Brasil. Com a anistia, aposentou o pseudônimo Tovar, para atuar como jornalista. Começou em O Globo, depois foi para o JB, em 85. Na metade dos anos 90, voltou para as Organizações Globo, onde foi diretor da sucursal em Brasília, colunista político no jornal e comentarista na TV. Saiu da Globo em abril de 2006, depois de uma denúncia de que mantinha “relações promíscuas” com o poder político atual. Encantado com seu passado e sua folha corrida, Lula o levou para o Palácio do Planalto. Com status de ministro, ele está encarregado do setor de comunicação, propaganda e imprensa do governo Lula. Uma de suas iniciativas foi a criação da TV estatal, já no ar, com propaganda aberta dos atuais ocupantes do poder.

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TARSO GENRO Nome completo: Tarso Fernando Herz Genro  Terrorista dos anos 60/70. Na clandestinidade, usava os codinomes “Carlos” e “Rui”. Nasceu em Santa Maria, RS, e, bem cedo, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil – PC do B. Atraído para a luta armada por outros militantes comunistas, abandonou o PC do B em 1968 e aderiu à Ala Vermelha. Nessa época, ainda atuando como líder estudantil na Universidade de Santa Maria, onde cursava Direito, foi eleito vereador pelo MDB. Em dezembro de 1968, depois do AI-5, intensificou suas atividades como militante da Ala Vermelha e, em 1970, foi preso duas vezes. Ao saber que havia sido expedida uma nova ordem de prisão contra ele, abandonou o país e foi refugiar-se no Uruguai.

Em 1972, retornou ao Brasil, e passou a advogar para os sindicatos e movimentos sociais. Embora estivesse filiado ao MDB, mantinha ligações com organizações de esquerda e militava no clandestino Partido Revolucionário Comunista - PRC, uma dissidência do PC do B. Permaneceu no PRC até a criação do PT e, em 1986, candidatou-se a deputado federal pelo PT, mas a votação obtida só lhe garantiu a suplência. Em 1988, foi eleito vice-prefeito de Porto Alegre, na chapa com Olívio Dutra. De 1992 a 1996, foi prefeito de Porto Alegre, cargo que voltou a ocupar em 2000. Na eleição seguinte, candidatou-se ao governo do Estado, mas foi derrotado no segundo turno. Logo depois de assumir, Lula o colocou à frente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e, em 2004, no Ministério da Educação, do qual se afastou em 2005, para ocupar interinamente a presidência nacional do PT. Em 2006, foi nomeado ministro das Relações Institucionais, e, em 16 de março de 2007, tomou posse como Ministro da Justiça, cargo que ocupa atualmente.

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BRUNO MARANHÃO Nome completo: Bruno Costa de Albuquerque Maranhão

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Carlos”, “Fabiano”, “Fred”, “Henrique”, “Márcio” “Paulo”, “Roque”, “Tião”, “Valmir”, “Ceci”, “Marinho” e “Robson”. Nasceu em 1939; quando tinha 20 anos, iniciou sua militância política, na Ação Popular, aderiu depois à “Corrente Revolucionária” e participou da fundação do Partido Comunista Revolucionário Brasileiro – PCRB. Em Pernambuco, esteve à frente do PCRB e liderou ações armadas, assaltos a bancos e atentados. No início da década de 70, sem nunca ter sido preso, buscou refúgio no exterior. Viveu na França e no Chile. Com a anistia, retornou ao Brasil e ajudou a fundar o PT, partido de que o PCRB passou a fazer parte com o nome fantasia de Tendência Brasil Socialista.

Em 1997, Bruno Maranhão, filho de um rico usineiro de Pernambuco, amigo do presidente Lula e frequentador do Palácio do Planalto e da Granja do Torto, provocou uma cisão no Movimento dos Sem Terra – MST – que deu origem ao Movimento de Libertação dos Sem Terra – MLST. Esse grupo, que pode ser considerado extensão ou braço armado do PCRB na área rural, é sustentado com dinheiro que o governo Lula repassa para a Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária, mantenedora do MLST. Sob a liderança de Bruno Maranhão, o MLST tem realizado invasões de Ministérios e repartições públicas. A mais famosa foi em 2006, quando 500 militantes do MLST invadiram o Congresso Nacional e provocaram depredação na Câmara dos Deputados, para protestar contra a demora na desapropriação de terras para reforma agrária. Devido à repercussão do caso, Bruno Maranhão foi afastado da Executiva do PT, onde ocupava o cargo de secretário de Movimentos Populares, mas continua ativo à frente do MLST, presente em 12 Estados e responsável pela invasão de fazendas, sob o olhar complacente do governo Lula.

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PAULO VANNUCHI Nome completo: Paulo de Tarso Vannuchi

Terrorista dos anos 60/70. Foi militante da Ação Libertadora Nacional – ALN, onde se familiarizou com ações terroristas como seqüestros políticos, assaltos a bancos e quartéis, atentados a bomba, roubo de armas, assassinatos e outras atrocidades que figuram no Manual do Guerrilheiro Urbano, de autoria de Carlos Marighela, líder da organização. Pelas proezas que praticou, foi parar na prisão em 1971 e lá permaneceu até 1976. Beneficiado pela anistia, hoje se jacta de ter sido um “herói da liberdade e da democracia”, quando, na verdade, o que buscava com a luta armada era simplesmente a conquista do poder para implantar a ditadura comunista no Brasil.

Paulo Vannuchi sempre se pautou pelos princípios do marxismo-leninism e, certamente por isso e pelo seu passado, Lula, que governa cercado de remanescentes da luta armada, o nomeou ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. No desempenho de suas funções, age com muita liberdade e desenvoltura na defesa de posições revanchistas. Ainda recentemente, declarou que a lei da anistia de 1979 deve ser revogada para que os militares sejam punidos pelo que fizeram durante o regime militar. Em defesa de sua tese, invocou documentos internacionais que deveriam ser usados para anular a lei de anistia, uma vez que condenam os crimes cometidos por motivos políticos. Nada disse a respeito dos terroristas e dos crimes cometidos por eles. E ainda criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal contrárias à linha política do governo Lula afirmando que “o Judiciário é o mais defasado dos três Poderes na questão do respeito aos direitos humanos”. Pelas posições que adota à frente da Secretaria dos Direitos Humanos, a conclusão a que se chega é que ela foi criada para promover o revanchismo político, afrontar as instituições judiciais e defender organizações de esquerda. Até hoje, não saiu em defesa dos direitos dos que têm suas propriedades invadidas e depredadas pelos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra. E certamente não o fez, e não o faz, porque apóia esses criminosos. É bom lembrar que ele é um dos fundadores do Instituto Cajamar, instituição voltada para a formação de líderes de organizações desse tipo de vândalos e criminosos.

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CARLOS MINC Nome completo: Carlos Minc Baumfeld 

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Jair”, “José” e “Orlando”. Nasceu no Rio de Janeiro em 1951 e, aos 18 anos, era um líder estudantil atuante. Com o início da luta armada contra o regime militar, aderiu à Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares – VAR-Palmares, liderada por Carlos Lamarca. Com outros militantes da VAR-PALMARES (inclusive Dilma Rousef), sob o comando de Juarez Guimarães de Brito, participou, no dia 16/10/1969, do famoso assalto à casa de Anna Capriglione, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, de onde foi roubado o “Cofre de Adhemar de Barros”.

Levado para um dos esconderijos dos terroristas, o cofre foi arrombado e,, nele foram encontrados mais de dois milhões de dólares. Uma parte do dinheiro foi utilizada para financiar as atividades dos terroristas e comprar armas. A outra, a maior, desapareceu misteriosamente e até hoje ninguém sabe aonde foi parar. Antes, em março de 1969, Carlos havia participado do assalto ao Banco Andrade Arnaud, de onde foram roubados 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião, foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra. Em outubro de 1969, foi detido em um dos “aparelhos” da VAR-PALMARES e permaneceu preso até 15 de junho de 1970, quando saiu do país, formando parte do grupo dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do embaixador da Alemanha, sequestrado cinco dias antes. Com anistia, retornou ao Brasil e foi um dos fundadores do Partido Verde – PV, com Fernando Gabeira. Em 1986, foi eleito deputado estadual pelo PV do Rio de Janeiro, e reeleito, já como candidato do PT, em 1990, 1994, 1998 e 2002. Foi secretário estadual do Meio Ambiente no Rio de Janeiro. Atualmente, é ministro do Meio Ambiente.

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GILNEY VIANA Nome completo: Gilney Amorim Viana

Terrorista dos anos 60/70. Entre os companheiros da luta armada, era conhecido pelo codinome de “Augusto”. Era membro do Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro – PCB, quando cursava Medicina, em Belo Horizonte. Abandonou o PCB por considerar sua atuação moderada demais e ingressou, em 1968, na Corrente Revolucionária que deu origem à Ação Libertadora Nacional – ALN. Foi um dos redatores do documento-base da Corrente, denominado “Orientação Básica para Atuação: 20 Pontos”. Participou de várias ações terroristas da Corrente e da ALN em Belo Horizonte.

Em 25/10/68, comandou o assalto à Drogaria São Félix, na Av. Amazonas. Em 01/12/68, planejou e comandou o violento assalto à boite “Seis às Seis”, na av. Nossa Senhora do Carmo, quando foram baleados três civis: o terrorista Nelson José de Almeida, codinome “Beto”, na cozinha, atirou e feriu no peito o cozinheiro Antônio Joaquim de Oliveira; Gilney baleou o freguês Wellington Gadelha Campelo, e “Beto”, dentro da boite, atirou pelas costas no gerente Antônio de Almeida Ribeiro. Outras pessoas que estavam no local foram agredidas, espancadas e roubadas. Em 20/01/69, era um dos membros do grupo que tentou, sem êxito, roubar explosivos na Pedreira Belo Horizonte, no bairro São Geraldo. Em 31/03/69, comandou o assalto à Caixa Econômica Federal, na Av. Alfredo Balena, Belo Horizonte.

Sua atividades terroristas foram interrompidas em 1970, quando foi preso e condenado pelos crimes que cometera. Beneficiado pela anistia, deixou a prisão e foi residir em Cuiabá, Mato Grosso, onde assumiu a liderança do PT, em 1980.

Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PT e, em 1998, deputado estadual, também pelo PT. Atualmente, está em Brasília, no Ministério do Meio Ambiente, onde é secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável.

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  DIÓGENES DE OLIVEIRA Nome completo: Diógenes José Carvalho de Oliveira  Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Leandro”, “Leonardo”, “Luiz” e “Pedro”. Em 1964, já era militante do Partido Comunista Brasileiro. Fugiu para o Uruguai e de lá, em 1966, foi para Cuba, onde fez cursos de guerrilhas e especializou-se em explosivos. Em 1968, retornou ao Brasil e colaborou, em São Paulo, na organização da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR. A partir daí, teve participação ativa, em São Paulo, em assaltos a bancos, atentados com bombas, seqüestros e assassinatos. A lista é longa. Vamos ficar com os principais. Participou do atentado contra o Consulado dos Estados Unidos, em 20/03/68, do atentado contra a sede do jornal O Estado de S. Paulo, na rua Major Quedinho, em 20/04/68, e do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo, em 22/06/68.

Em 26/06/68, era um dos 10 terroristas que lançaram o carro-bomba contra o Quartel General do II Exército, no Ibirapuera. Nessa ação, foi morto o sentinela Mário Kosel Filho. Fez parte do grupo que assaltou o Banco Mercantil de São Paulo, no bairro do Itaim, em 01/08/68, e assaltou o quartel da Força Pública no Barro Branco, em 20/09/68. Na ocasião, foi morto o policial Antônio Carlos Jeffery. Em 12/10/68, integrou o grupo que assassinou o capitão Charles Rodney Chandler, do Exército dos EUA. Foi Diógene quem descarregou seis tiros à queima-roupa no militar. Participou, ainda, do atentado à bomba contra a loja Sears, em 27/10/68, do assalto ao BANESPA da rua Iguatemi, em 06/12/68, do assalto à Casa de Armas Diana, em 11/12/68 e do assalto e roubo de armas no Quartel de Quitaúna, em 24/01/69. Em março de 1969, foi preso na Praça da Árvore, na Vila Mariana e, em 14/03/70, foi banido para o México, com outros quatro, em troca do cônsul do Japão seqüestrado em São Paulo. Do México, saiu em uma longa peregrinação por vários países, até retornar ao Brasil, onde, depois da anistia, foi agraciado com uma gorda indenização, e passou a receber mensalmente uma generosa aposentadoria pelos serviços prestados ao terrorismo. O Diógenes da VPR é o Diógenes do PT. Nos últimos anos, em Porto Alegre, foi presidente do Clube de Seguros da Cidadania, órgão encarregado de coletar fundos para o PT. Denunciado pelo Ministério Público, foi afastado da presidência do Clube, e está sendo investigado por atos praticados à margem da lei, quando presidia o Clube.

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ALOYSIO NUNES FERREIRA Nome completo: Aloysio Nunes Ferreira Filho  

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Beto” e “Mateus” Em 1964, quando os militares assumiram o poder, ingressou no Partido Comunista Brasileiro, mas, logo depois, descontente com a linha do partido, aderiu à Ação Libertadora Nacional – ALN, liderada por Carlos Marighela. Em 1968, como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, liderou a invasão e ocupação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, e ameaçou incendiá-la, caso fosse invadida pela Polícia.

Entre as ações terroristas da ALN de que se orgulha de ter participado, figuram os assaltos ao trem-pagador da Santos-Jundiaí e ao carro-pagador da Massey-Ferguson, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em outubro do mesmo ano. Como essas e outras proezas o colocaram na lista dos terroristas procurados, Carlos Marighela, de quem era motorista, decidiu enviá-lo para o exterior. Com documentos falsos, foi para a França, onde passou a coordenar as ligações dos comunistas e terroristas brasileiros com Cuba e outros regimes que os apoiavam. Permaneceu três anos em Paris e, ali, filiou-se ao Partido Comunista Francês. Negociou com o presidente Houari Chedid Boumedienne para que os comunistas brasileiros recebessem treinamento militar na Argélia. Com a anistia, retornou ao Brasil e ingressou na política, filiando-se ao PMDB. Foi eleito deputado estadual em São Paulo, em 1982, e reeleito em 1986. Foi vice do governador Luiz Antônio Fleury. Foi eleito deputado federal pelo PSDB, em 1994, e reeleito em 2000. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi, primeiro, secretário-geral da Presidência da República e, depois, ministro da Justiça. Atualmente, é secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo.

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DANIEL AARÃO REIS Nome completo: Daniel Aarão Reis Filho

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Plínio”, “Djalma”, “Luciano” e “Sandro”. Iniciou sua militância política em 1965, na Dissidência Guanabara do Partido Comunista Brasileiro. Nesse ano, esteve preso durante dois meses, em razão de sua militância no movimento estudantil. No ano seguinte, abandonou o Partido Comunista do Brasil, porque considerava o partido pouco atuante no meio estudantil.

Em 1969, aderiu ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8. Em 15/02/69, participou do assalto ao Hospital Central da Aeronáutica . Em 16/02/70, quando a polícia estourou o “aparelho” da rua Montevidéu, no Rio de Janeiro, conseguiu fugir com outros cinco companheiros. Na ocasião, foi baleado o policial Daniel Balbino de Menezes Em 06/03/70, foi preso no Rio de Janeiro e, em 15 de junho do mesmo ano, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do embaixador da Alemanha. Viajou por vários países e, na França, formou-se em História e fez mestrado na mesma área. Com a anistia, retornou ao Brasil, onde participou da fundação do Partido dos Trabalhadores. Depois, abandonou a política, para se dedicar ao ensino. Atualmente, é professor titular de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense. Em entrevista ao jornal O Globo, deixou bem claro qual era o objetivo dos que combatiam o regime militar: “As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitigadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que no fim dos anos 1960 e no início de 1970, fomos ( inclusive eu) o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática”.

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  CÉSAR BENJAMIN Nome completo: César de Queiroz Benjamin

Terrorista dos anos 60/70. Usava os codinomes "Menininho", "Cesinha", "Fidelis", "Eduardo", "Gilberto", "Gil", "Domingos", "Ribamar", "Julinho", "Cabral", "Flo", "Paraíba", "Paraibinha", "Laerte Abreu Junior" e “Laerte”.

 Começou cedo na luta armada contra o regime militar. Em dezembro de 1969, com 16 anos, já era intregrante do Grupo de Fogo do MR-8, e teve participação em assaltos e outras ações dos terroristas. Em 12/11/1970, ele e outros dois membros do MR-8 foram detidos pela polícia, no jardim da Igreja do Divino Salvador, no Encantado, Rio de Janeiro. Reagiram à bala e conseguiram fugir. Abandonaram no local uma sacola com uma pistola e dinamite. Na ocasião, foram feridos os policiais José Evaristo da Silva e Valter Modesto Dias.

Em 06/08/1971, estava no centro de Salvador com José Carlos de Souza (“Rocha”), quando foram reconhecidos por policiais que lhes deram voz de prisão. “Menininho” atracou-se com um dos policiais, chegou a atirar e conseguiu fugir. José Carlos, no entanto, foi preso e começou a denunciar os companheiros. Em 21/08/1971, “Menininho” e outros três terroristas do MR-8 estavam num Volks e, ao chegar à av. Vieira Souto, na altura do Jardim de Alá, encontraram uma “Operação Pára-Pedro”. Ao serem solicitados os documentos dos quatro, “Menininho” abriu a porta e conseguiu fugir correndo entre os transeuntes. No carro, a polícia apreendeu o diário de Lamarca e cartas para Iara Iavelberg, que forneceram aos órgãos de segurança as informações de que necessitavam a respeito dos terroristas. Sem saber do acontecido, “Menininho” decidiu sair do Rio e retornou a Salvador, onde foi preso no dia 30 de agosto, no Rio Vermelho. Após uma longa série de assaltos e de três fugas em choques com a polícia, “Menininho”, com apenas 17 anos, mostrou-se dócil nos interrogatórios e suas declarações puseram a descoberto a linha de ação do MR-8. Com essas informações, os policiais retornaram à região de Brotas de Macaúba, para localizar Lamarca e Zequinha. Com a anistia, ele aderiu ao PT, mas acabou desiludido com o partido em 1994, quando descobriu que os dirigentes petistas metiam a mão no dinheiro do FAT e Dirceu e Lula lhe pediram que fechasse os olhos “em nome do partido”. Filiou-se ao PSOL. Em 1995, criou a Editora Contraponto e nas eleições presidenciais de 2006 concorreu como vice na chapa de Heloísa Helena (PSOL).

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CID BENJAMIN Nome completo: Cid Queiroz Benjamin

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Vitor”, “Billy”, “Miro” e “Levi”. Nasceu em Recife em 26 de outubro de 1948 e, em 1968, como membro do Movimento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8, já participava de assaltos a bancos e estabelecimentos comerciais, ataques a instalações militares, roubo de armas, atentados a bomba e outras ações terroristas. Em 15/02/1969, participou do assalto ao Hospital Central da Aeronáutica no Rio de Janeiro. Um dos atos terroristas em que seu nome aparece com destaque é o sequestro de Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Essa ação foi planejada cuidadosamente por ele, Franklin Martins e Fernando Gabeira.

Essa ação teve a participação de militantes da Frente do Trabalho Armado, do MR-8 e da Aliança Libertadora Nacional – ALN, e foi executada no dia 4 de setembro de 1969. Pela libertação do embaixador, os terroristas exigiram que fosse divulgado pelo rádio, TV e jornais um manifesto contra o regime militar e a libertação de 15 presos políticos, escolhidos por eles, os quais foram banidos para o México. Em dezembro de 1969, assumiu a direção do Grupo de Fogo do MR-8, que atuava no Rio de Janeiro. Em 16/02/1970, quando a polícia estourou o “aparelho” da rua Montevidéu, ele e outros cinco terroristas reagiram à bala e conseguiram fugir. Acabou preso mais tarde e, em 15 de junho de 1970, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia em troca do embaixador da Alemanha, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária -VPR e ALN, em 11 de junho, no Rio de Janeiro. Da Argélia, foi para a Suécia e de lá para o Chile, onde acabou se desligando do MR-8, devido às divergências que surgiram dentro da organização a respeito de sua linha de atuação. Retornou ao Brasil beneficiado pela anistia e integrou-se na política. Em 2006, concorreu a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PSOL, mas não conseguiu eleger-se. É jornalista.

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FERNANDO PIMENTEL Nome completo: Fernando Damata Pimentel

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos outros terroristas pelos codinomes de “Oscar”, “Chico” e “Jorge”.

Nasceu em Belo Horizonte e, depois de militar no COLINA e na Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares, aderiu à Vanguarda Popular Revolucionária – VPR, onde atuou na Unidade de Combate “Manoel Raimundo Soares”, no Rio Grande do Sul.

Participou de diversas ações armadas, entre as quais a de 2 de março de 1970, quando chefiou o assalto ao carro forte do Banco do Brasil, que transportava dinheiro para pagamento dos funcionários da Companhia Ultragás.

Participou também da fracassada tentativa de seqüestro de Curtis Carly Cutter, cônsul dos Estados Unidos em Porto Alegre. Essa ação, inspirada no bem sucedido seqüestro do embaixador norte-americano, no Rio de Janeiro, foi planejada durante semanas e, para executá-la, os terroristas do VPR receberam ajuda do Movimento Revolucionário 26 de Março e de outras organizações extremistas existentes no Rio Grande do Sul. Em quatro ocasiões, a execução do seqüestro teve de ser abortada, devido a erros primários cometidos pelos organizadores e participantes da ação. Na quinta tentativa, o resultado foi desastroso. Apesar de estarem armados com revólveres, metralhadoras e granadas e utilizarem dois carros, os terroristas não conseguiram deter a caminhonete do cônsul. Dias depois, os oito participantes do malogrado seqüestro, entre os quais Fernando Pimentel, acabaram presos, e isso aconteceu graças às pistas que deixaram em um dos carros utilizados na ação, que foi abandonado no local.

Cumpriu pena na prisão, durante vários anos. Ao ser libertado, foi beneficiado pela lei de anistia e optou pela política. Hoje, é prefeito de Belo Horizonte, pelo PT.

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FERNANDO GABEIRA Nome Completo: Fernando Paulo Nagle Gabeira

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Mateus”, “Honório”,

“Bento”, “João” e “Inácio”. Mineiro de Juiz de Fora, foi militante da dissidência do

Partido Comunista Brasileiro no Rio de Janeiro e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro.

Em meados de 1969, pediu demissão do Jornal do Brasil, onde trabalhava como redator, para se dedicar mais ativamente à luta armada contra o regime militar. Participou, com Franklin Martins e outros terroristas do planejamento e execução do seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, no Rio de Janeiro, em setembro de 1969. No livro “O que é isso, companheiro?”, que escreveu anos mais tarde, ao narrar esse episódio, ele assinala que o objetivo do seqüestro foi forçar o governo militar a libertar os 15 presos políticos, que foram levados para o México. Foi preso em São Paulo, em 31 de janeiro de 1970 e, cinco meses depois, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do embaixador da Alemanha. Ficou dez anos fora do Brasil. Viveu no Chile, Suécia e Itália, até retornar ao Brasil, em 1979, beneficiado pela anistia. De início, militou no Partido Verde, do qual foi um dos fundadores. Depois, deixou o Partido Verde para se filiar ao PT. Rompeu com a legenda logo no primeiro ano do governo Lula e, no discurso em que manifestou sua desilusão com os rumos do governo, disse que havia sonhado um sonho errado. Completou qualificando os petistas de “deslumbrados, emergentes, aburguesados e impostores históricos.” Atualmente, é deputado federal pelo Partido Verde.

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CHIZUO OSAVA

Terrorista dos anos 60/70. Usava os codinomes “Fernando” e “Mário Japa”.

Era militante da Vanguarda Armada Revolucionária – VAR. Em 26/07/68, fez parte do grupo que invadiu a Rádio Independência, em São Bernando do Campo, para divulgar mensagem revolucionária redigida por Carlos Marighela.

Em setembro de 1969, participou do Congresso da Vanguarda Popular Revolucionária - Palmares , em Teresópolis, e passou a fazer parte do grupo dissidente liderado por Carlos Lamarca.

Por intermédio de Chizuo Osava, o terrorista Celso Lungaretti comprou o Sítio Palmital, na região de Barra do Azeite, no Vale do Ribeira, onde Lamarca instalou um campo de treinamento de guerrilha.

Em 27/02/70, Chizuo sofreu um acidente na Estrada das Lágrimas, em São João Clímaco/SP. Quando foi socorrido, foram encontrados dentro do carro documentos comprometedores e armas, o que provocou sua prisão. Ao saberem do acontecido, Lamarca e o comando da VPR ficaram apreensivos, pois Chizuo tinha estado no Vale do Ribeira e poderia comprometer a ação da guerrilha naquela área. Para libertá-lo e tirá-lo do país, foi planejado e executado o sequestro do cônsul do Japão em São Paulo. Em troca dele, Chizuo e outros quatro militantes comunistas foram banidos para o México. Para ficarem mais seguros, os líderes da VAR utilizaram seus contatos para saber o que Chizuo havia revelado nos interrogatórios, depois de preso. Na mensagem que passou para Lamarca, Chizuo disse que os militares acreditavam que o foco da guerrilha estava em Goiás.

Do México, Chizuo foi para Cuba, de lá para a Europa e, posteriormente, para o Chile. Com a anistia, retornou ao Brasil. Como “anistiado político” foi indenizado e também recebe uma gorda pensão mensal.

Atualmente, é correspondente da agência de notícias Inter Press Service.

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ELIZABETH MENDES Nome completo: Elizabeth Mendes de Oliveira

Terrorista dos anos 60/70. Usava os codinomes “Rosa” e “Bete Mendes”. Este último ainda é usado como abreviação de seu nome.

Era militante da Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares, em São Paulo. Atuava no setor de inteligência da organização, e se dedicava à propaganda e arregimentação no meio estudantil e universitário.

Foi presa, pela primeira vez, em 29/09/70, e permaneceu detida durante quatro dias. Em outubro do mesmo ano, foi novamente presa e, depois de trinta dias no cárcere, foi absolvida pelo Tribunal Superior Militar e recuperou a liberdade.

Depois da anistia, Bete Mendes, formada em artes cênicas, além da carreira artística, dedicou-se à política. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores – PT, pelo qual se elegeu deputada federal em 1983. Foi expulsa do PT, por ter votado em Tancredo Neves na eleição indireta para escolha do presidente. Filiou-se ao PMDB, participou da elaboração da Constituição de 1988, e foi secretária estadual da Cultura em São Paulo. Em 1985, acusou o cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, adido militar do Brasil no Uruguai, de ter sido submetida a torturas por ele, durante o tempo que esteve presa no DOI-CODI em São Paulo. No livro Rompendo o Silêncio, que escreveu para contestar as acusações, o Cel. Ustra negou que ela tivesse sido torturada durante o tempo em que esteve à frente do combate ao terrorismo em São Paulo. Provou que não passava de mentiras a série de fatos que ela citou em suas denúncias e entrevistas. Em resumo, deixou claro que ela, esquecida de que sua atuação quando terrorista era criticada pelos seus companheiros, tentava se fazer de vítima e posar de heroína, como se a ficção e a fantasia pudessem substituir a realidade e dar uma nova dimensão ao que de fato aconteceu durante o regime militar.

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JOÃO QUARTIM DE MORAIS Nome completo: João Carlos Kfouri Quartim de Morais

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Manoel”, “Mané” e “Maneco”.

Foi militante da Política Operária – POLOP, mas, em 1968, ao voltar ao Brasil depois de dois anos de estudos na França, abandonou o POLOP e participou da criação da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR. Foi um dos dirigentes da organização, e teve participação em ações armadas do grupo.

Em setembro de 1968, foi um dos integrantes do “Tribunal Revolucionário” que condenou à morte o capitão norte-americano Charles Rodney Chandler. Ele admitiu, mais tarde, ter sido um dos mandantes do assassinato de Chandler, qualificado de “justiçamento” pelos terroristas, mas, ao ver publicada essa informação nos jornais, contestou-a com veemência, qualificando-a de calúnia. A verdade, no entanto, é bem diferente, pois, em 1977, a Justiça o condenou por esse crime.

Em dezembro de 1968, por divergências políticas, foi expulso da VPR e, quatro meses depois, com nome falso, fugiu para o Uruguai. De lá, em outubro de 1970, foi para Paris. Esteve também na Inglaterra, Itália, Iugoslávia e Chile.

Em 1970, no Chile, foi um dos fundadores da revista “Debate”, posteriormente editada também na Europa. Essa publicação defendia basicamente a união dos comunistas brasileiros.

Com a anistia , regressou ao Brasil, onde passou a atuar na ABI e foi contratado como professor da UNICAMP. Em 1983, em São Paulo, foi nomeado secretário de imprensa pelo governador Franco Montoro.

Atualmente, é professor titular da UNICAMP, onde criou o Centro de Estudos Marxistas.

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MARIA AUGUSTA Nome completo: Maria Augusta Carneiro Ribeiro

Terrorista dos anos 60/70. Era conhecida pelos codinomes de “Guta” e “Zazá”.

Mineira de Montes Claros, onde nasceu em 1947, aderiu bem cedo à militância política no meio estudantil, mas, em 1964, quando os militares assumiram o poder, foi para os EUA, onde passou um ano num intercâmbio de estudantes. Ao regressar, ingressou na Faculdade de Direito e participou do movimento estudantil no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira – CACO, quando iniciou sua militância no Partido Comunista Brasileiro – PCB.

Defensora da luta armada, que acreditava ser o meio de resistir e pôr fim ao regime militar, aderiu à dissidência do PCB, que, depois, se transformou no Movimento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8. Participou de várias ações armadas, entre as quais roubo de armas e assaltos a bancos.

Em outubro de 1968, foi reconhecida por um policial, em uma praça no Rio de Janeiro e, depois de um tiroteio entre terroristas e policiais, acabou presa com outros três companheiros.

Em 06/09/69, foi a única mulher entre os 15 militantes comunistas banidos para o México em troca do embaixador dos Estados Unidos Charles Elbrick, sequestrado dois dias antes.

Do México foi para Cuba, onde fez curso de guerrilha. Em novembro de 1972, já morando no Chile, participou da assembléia em que o MR-8 acabou cindido em dois grupos, um, que continua até hoje com a sigla MR-8, e outro, que adotou a sigla MR-8/CP, de “Construção Partidária”. Este grupo, mais radical e defensor da luta armada, teve a liderança de Guta e Vladimir Palmeira, mas acabou se dissolvendo no ano seguinte. Esteve também na Itália, Argélia e Suécia.

Regressou ao Brasil, após a anistia de 1979, e filiou-se ao PT.Atualmente, está à frente da Ouvidoria Geral da Petrobrás. Além de salário, recebe uma ótima pensão mensal, como todo anistiado político.

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FLÁVIO KOUTZII

Terrorista dos anos 60/70. Usava o codinome “Laerte”.

Em meados da década de 60, era militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB, no Rio Grande do Sul. Convencido de que a luta armada era o caminho para derrubar o regime militar, aderiu à Corrente Revolucionária que surgiu dentro do PCB. Em outubro de 1967, compareceu à reunião dessa dissidência, que, em abril de 1968, deu origem ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário. No ano seguinte, em Santos/SP, participou da fundação do Partido Operário Comunista – POC, formado pela fusão da dissidência do PCB gaúcho com dissidentes da Política Operária – POLOP.

Nessa ocasião, foi eleito membro do Comitê Nacional do POC e seu dirigente no Rio Grande do Sul.

Planejou e participou de diversas ações armadas, dentre as quais se pode citar o assalto ao Banco Industrial e Comercial do Sul, em Porto Alegre, em 23/07/69.

Em abril de 1970, fugiu do Brasil. Em julho de 1971, já no Chile, abandonou o POC e filiou-se ao trotskismo, ingressando na Tendência Combate, organização do Secretariado Unificado da IV Internacional.

Na Argentina, foi detido e permaneceu na prisão de 1975 a 1979. Viveu, depois, exilado na França, de onde retornou ao Brasil em 1984 e filiou-se ao PT gaúcho. Foi eleito vereador em Porto Alegre, em 1988, e deputado estadual, em 1990, sendo reeleito em 1994, 1998 e 2002. Foi chefe da Casa Civil do primeiro governo da Frente Popular no Rio Grande do Sul, de janeiro de 1999 a abril de 2002.

Desistiu de concorrer à reeleição em 2006, desiludido com os rumos do governo Lula. Qualificou de traição ao programa do PT a linha adotada pelo governo e os escândalos tipo “mensalão”, fatos que na visão de petistas, entre os quais Lula, não passam de pequenos erros cometidos por dirigentes do partido.

Page 25: Terrorista a Solta

Pois é. Os terroristas estão por aí, à solta e cheios de privilégios.  O tempo passa, mas a marca do passado permanece. Os citados nesta apresentação mudaram de opinião? O que eles pensam, o que eles tramam? E os demais “companheiros”? A relação é extensa, para caber aqui. Cabe a você e eu estarmos sempre alertas, principalmente na hora de votar.  A democracia, a liberdade de expressão e a livre iniciativa ainda são a melhor opção. PT? PC do B? PCO? OUTROS COMUNAS? NUNCA MAIS!!!  XÔ, COMUNISTAS!!!

Se desejar, envie para sua lista de amigos.A DEMOCRACIA agradece.

Os nomes e fatos aqui citados são verídicos, e podem ser confirmados pela Internet, nos arquivos judiciais e em documentos dos próprios grupos e partidos.