ANÁLISE DOCUMENTÁRIA Nilsa Areán García DE IMAGENS Flávia ...
Terminologia e Linguística Documentária Linguística Documentária Profa. Marilda L. G. de Lara.
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Terminologia e Linguística Terminologia e Linguística DocumentáriaDocumentária
Linguística DocumentáriaProfa. Marilda L. G. de Lara
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAcordo geral – as terminologias, ou
seja, as palavras e frases utilizadas no discurso especializado constituem um elemento da linguagem de crescente importância.
A terminologia constitui, para os especialistas, o vocabulário essencial para uma comunicação eficaz.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerDesacordos
Públicoespecializado
Grande público
Para muito poucos...
Vocabulário essencial para comunicação eficaz.
Jargão para enganar, confundir e impressionar com conhecimentos superiores;
Uma linguagem arcaica que protege os mistérios do saber.
Uma das chaves do progresso que permite o acesso ao mundo das ciências e das técnicas.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerA razão de ser das terminologias
Facilitar a comunicação entre os especialistas e o público profano, superando assim os obstáculos terminológicos criados pelos contatos entre línguas.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerDificuldades da terminologia
Existe uma ignorância perdoável, que consiste em não ter consciência do pouco que sabemos sobre o que é a informação e sobre a complexidade de qualquer processo de comunicação.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAté os dias atuais a Terminologia
não é estudada como disciplina autônoma porque considera-se a mesma como parte de uma língua.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerA terminologia, assim como o
conhecimento de línguas estrangeiras (francês, inglês, alemão, etc.) é considerada como uma segunda língua, já que a mesma necessita da língua materna (no caso, o português) para se expressar.
Português – língua materna (primeira língua)
Terminologia médica – segunda línguaFrancês – segunda língua
Prólogo – SagerPrólogo – SagerOu seja, de modo mais
simplificado, podemos dizer que a definição em uma linguagem de especialidade é sempre realizada com base na metalinguagem (português).
Prólogo – SagerPrólogo – SagerUm dos problemas enfrentados pelos
profissionais de diversas áreas do conhecimento é que, em seus cursos não estão incluídas disciplinas de aprendizado da linguagem específica.
Por exemplo, o engenheiro tem muitas disciplinas de ciências exatas, porém não tem uma que faça o estudante aprender e dominar a linguagem da área.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAs deficiências na formação dos
especialistas podem ser explicadas por uma concepção errônea que trata de modo separado a linguagem e as matérias de especialidade, ou, mais concretamente, que separa o conhecimento de sua forma de expressão apropriada.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerHá necessidade de admitir que o
especialista não tem consciência da linguagem que adquire, e portanto não pode antecipar os possíveis obstáculos que podem surgir na comunicação com especialistas de outras matérias ou com o grande público.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Quando crianças aprendemos nossa língua materna de forma automática e progressiva, com ajustes subconscientes de acordo com nossas necessidades e capacidade mental, e com diferentes orientações segundo certas condições psicológicas.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
A língua aprendida desta maneira, por uma criança ou um adulto analfabeto, pode ser chamada de língua geral ou materna, já que serve a um grande número de necessidades cotidianas de comunicação e expressão.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Já na escola secundária, aprendemos a separar a física da química e da biologia, e mais adiante aprendemos a subdividir essas matérias gerais em matérias específicas, como a zoologia, a botânica, ou, a química orgânica da inorgânica.
Desta maneira aprendemos a linguagem apropriada para falar de física ou de química, que é como aprender uma segunda língua.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Segunda língua
BiologiaFísicaFrancês Inglês
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Ao superar a visão unitária do mundo e da língua de nossa infância, à medida que avança nossa sofisticação social e intelectual, o mundo vai se dividindo em compartimentos, cada um com sua linguagem correspondente.
À essa superação corresponde maior fragmentação do mundo, fragmentação essa que ocorre também na linguagem.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
A primeira língua, ou língua materna, serve como metalinguagem.
A primeira língua se aprende por imitação; A segunda língua se aprende e se ensina
através da primeira.
Explica-se, descreve-se, parafraseia-se conceitos na primeira língua. Depois disso, consegue-se dar uma definição formal e designações terminológicas numa segunda língua.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Ensinamos o significado de uma palavra técnica, de um termo, do mesmo modo que ensinamos o significado de uma palavra inglesa ou francesa, por exemplo.
Por meio da repetição deste processo é que se constitui todo um sistema de designações especiais, uma terminologia que constitui a essência do vocabulário da segunda língua, sendo que esta permanece sempre acessível através da primeira.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
É lamentável que a maioria dos estudantes e professores não se deem conta da interação entre essas duas línguas.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
O estudo da terminologia pressupõe o rechaço da concepção de uma língua como um instrumento unitário multifuncional e a aceitação, em troca, de uma concepção da língua como um conjunto de diversas linguagens de vários graus de especificidade.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerAquisição da linguagem
Ninguém domina toda a matéria de uma determinada área. Sendo assim, também não domina todo o vocabulário desta área.
Podemos dizer então, que cada pessoa tem um domínio parcial de seu idioma, e que este domínio está determinado por sua educação, seu nível cultural, sua profissão, sua procedência geográfica, etc.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerProposição de Terminologia
“Estudar uma matéria equivale a aprender as linguagens desta matéria”.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerPorém, existem vários níveis de compreensão para este “aprender uma matéria”.
Exemplo: tradutores e intérpretes, sem serem especialistas de uma matéria, compreendem os textos especializados a ponto de poder reexpressá-los em outro idioma, apesar de não serem capazes de construir pontes, de produzir automóveis ou de analisar substâncias químicas.
Prólogo – SagerPrólogo – Sager
Neste ponto pode-se concluir que tradutores, intérpretes, documentalistas e terminólogos desempenham uma posição de ponte entre a linguagem e as matérias de especialidade, ou seja, entre o conteúdo e o instrumento.
Estes profissionais conhecem a linguagem da matéria, mas não conhecem a matéria como conhecem os especialistas.
Prólogo – SagerPrólogo – Sager
A exploração da ideia de diversos níveis do saber aproxima a terminologia da psicolinguística e da ciência cognitiva.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerSe distinguimos níveis de compreensão de uma matéria também é útil distinguir entre os níveis de linguagem. Assim teríamos:
1.Linguagem que existe somente na forma escrita (ex.: símbolos da matemática; fórmulas químicas);2.Linguagem escrita e falada com variações segundo seus interlocutores;3.Linguagens usadas pelos especialistas para comunicarem-se entre si;4.Linguagens que os especialistas usam para comunicar-se com interlocutores menos especializados, ou para comunicar-se com especialistas de outras matérias;5.Linguagens diferentes do discurso científico e do discurso técnico, e entre o discurso de divulgação e o discurso didático;6.Linguagens que os especialistas usam para se comunicar com o público geral.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerCorrigindo a primeira proposição
“Conhecer uma matéria equivale a ter um domínio de parte das linguagens desta matéria; dominar as linguagens de uma matéria equivale a ter certa compreensão da matéria”
Prólogo – SagerPrólogo – SagerO estudo da terminologia
É complexo porque deve satisfazer 3 inquietudes distintas:
1.A dos especialistas da matéria;2.A do público geral; e,3.A dos mediadores da
comunicação.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerO conhecimento é incompleto
sem uma introdução à ferramentas existentes para resolver problemas de comunicação como são os dicionários e tesauros (impressos e eletrônicos), os bancos de dados terminológicos e outros instrumentos que facilitam a comunicação mono e multilingue.
Prólogo – SagerPrólogo – SagerOs trabalho de Maria Teresa Cabré e
sua trajetória docente e organizadora tem permitido ver a necessidade de apresentar a terminologia como uma preocupação que afeta todos os aspectos da informação e da comunicação, bem como de encontrar um nível de expressão capaz de chegar a um público diverso.
Linguística DocumentáriaLinguística Documentária
O termo Linguística Documentária foi originalmente proposto por García Gutierrez (1990) a partir do pressuposto de que os problemas relacionados à informação são problemas de linguagem.
Linguística DocumentáriaLinguística Documentária
No interior da Ciência da Informação, a Linguística Documentária constitui um campo de estudos que se propõe a observar os problemas que caracterizam a linguagem documentária como uma forma específica de linguagem inscrita no universo da linguagem geral. Esse é um dos motivos que explica o fato da Linguística Documentária recorrer à Terminologia (teórico-metodológica e concreta).
TerminologiaTerminologia
A Terminologia desenvolve reflexões teóricas sobre suas bases conceituais, como metodologias de trabalho. Seus objetivos aplicados se relacionam à observação dos discursos especializados nas áreas do saber ou de atividade, visando principalmente a construção de dicionários e glossários especializados.
Funcionalmente, a Terminologia é veículo de conhecimento, aspecto importante para a descrição e recuperação da informação.
Terminologia e LDTerminologia e LD
A Terminologia modeliza o conhecimento como campo nocional; a linguagem documentária, modeliza a informação para construir sistemas informacionais.
Terminologia e LDTerminologia e LD
O diálogo entre a Terminologia e a Linguística Documentária se realiza no plano teórico e metodológico, não se restringindo, portanto, ao empréstimo pontual dos termos utilizados nas áreas do saber ou de atividade.
Do ponto de vista da Linguística Documentária, a organização e representação da informação requer, necessariamente, a integração sistemática e articulada do vocabulário de especialidade.
Terminologia e LDTerminologia e LD
Trata-se de uma apropriação que obedece, também, a critérios documentários: ‘tornar próprio’ um conhecimento se traduz como atitude que orienta a pesquisa para a interdisciplinaridade enquanto categoria de ação, cujos resultados prevêem a reorganização dos conceitos sob a ótica das práticas documentárias. O processo não é simples e sua sedimentação depende, também, da experimentação prática.
ReferênciasReferênciasSAGER, J. C. La terminología: puente entre varios mundos. In: CABRÉ, M. T. La terminología: teoria, metodología e aplicaciones. Barcelona: Antártida; Empúria, 1993. p. 11 – 17.
LARA, M. L. G. de; TÁLAMO, M. de F. G. M. Uma experiência na interface Linguística Documentária e Terminologia. Datagramazero – Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 8, n. 5, out./2007. Disponível em: <http://www.dgz.org.br>. Acesso em: 18 maio 2011.