Sucesso das técnicas anestésicas locais em odontologia
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FATORES QUE LEVAM AO SUCESSO DA ANESTESIAPTERIGOMANDIBULAR
E FORAME RETROMOLAR:SUA REPERCUSSÃO
CLÍNICA E AVALIAÇÃO DE 35 MANDÍBULAS SECAS
Alunos: Gabriella Helem Pires
Marcos Tozatto da Silva
Maria Clara Mazzeo
Olene Tamara de A. Ferreira
Oyara da Costa S. de Mello
Fatores que levam ao sucesso da anestesiaPterigomandibular
Para a eficácia do anestésico local é importante que este siga algumas propriedades como:
Ter ação reversível;Ter baixa toxidez;Não ser irritante;Ter efeito rápido e duração suficiente;
A sua efetividade depende de outros fatores como: A natureza química da droga; A concentração da droga utilizada;A medida de difusão do sal anestésico e da base
livre;A adição de vasoconstrictores.
A ação principal dos anestésicos locaisno bloqueio da condução do impulso nervoso.
Administração por via oral, via tópica e injeção, cada um com diferente duração.
Conhecimento anatômico do nervo trigêmio é muito importanteantes de qualquer aplicação anestésica
Nervo alveolar inferior, seguindo pelo nervo lingual e pelo nervo bucal.
A observação errônea do forame onde penetra o nervo pode
ocasionar falhas na obtenção da anestesia.
Técnica para a realização da anestesia do bloqueio dos nervos mandibulares:
1. Bloqueio do nervo alveolar inferior;2. Bloqueio do nervo bucal;3. Bloqueio do nervo mandibular – Técnica de Gow- Gates;4. Bloqueio mandibular com a boca fechada Técnica de Vazirani- Akinosi
O trabalho discute o insucesso das técnicas anestésicas dos referidos nervos:
Segundo Moura et al. o desconhecimento anatômico é o principal fator de insucesso;
As variações anatômicas da posição do forame da mandíbula relacionadas às
agulhas odontológicas longas ou curtas, também interferem no insucesso dessas técnicas anestésicas.
Material e métodos:
1. Análise em osso seco da posição do forame na mandíbula;
2. Relação da posição do nervo alveolar inferior na altura do forame da mandíbula e o comprimento das agulhas odontológicas;
3. Questionário clínico.
Resultados e discussão:
Variação anatômica da posição do forame da mandíbula que torna desfavorável o sucesso da técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior
Para indivíduos adultos recomenda-se o uso de agulhas curtas.
Forame retromolar: sua repercussão clínica e avalição de 35 mandíbulas secas
O forame retromolar, assim, como o canal
retromolar, são considerados variações anatômicas pouco freqüentes, que se
localização em região de trigono retromolar. Seu conteúdo é derivado do nervo alveolar inferior juntamente com
arteríolas e vênulas.
Materiais e métodos
Material: 35 mandíbulas secas de cadáveres adultos dentados ou com presença de alvéolos dentários, desprezando o gênero.
Métodos: Avaliação individual, por hemimandíbulas (70 hemimandíbulas).
Foram avaliadas os seguintes fatores: Lado do FRM; Presença do 3° molar ou seu alvéolo; Avaliação do trajeto do CRM; Distância entre FRM e língula; Distância entre FRM e terceiro molar correspondente; Mensuração das dimensões da região trígono retromolar no sentido anteroposterior e vestibulolingual; Relação entre FRM e outras alterações anatômicas(forame mandibular e canal mandibular bífido);
Resultados:
Seis mandíbulas com oito FRMs , nas quais 3 estavam presentes do lado direito , um no lado esquerdo e , em duas mandíbulas , observou-se a presença bilateralmente;
Todas as hemimandíbulas com presença do FRM foram radiografadas com e sem marcadores radiográficos no trajeto do CRM,e classificados conforme Ossenberg, o trajeto do tipo I teve predominância e o tipo III não foi encontrado.
Forame acessório associado ao FRM em apenas 1 caso;
Forame mentoniano acessório e canal mandibular bífido não foram encontrados;
Do lado direito a trajetória do CRM mostrou trajetório oblíqua em direção ao nervo alveolar inferior, enquanto do lado esquerdo o canal mostrou trajetória vertical em direção ao NAI.
Discussão:
O FRM é encontrado na região da fossa retromolar;
O FRM é responsável pela
exposição do feixe nervoso,
o nervo retromolar, através
de um trajeto conhecido
como CRM;
Inervação do nervo
retromolar: tendão do
músculo temporal,
músculo bucinador ,
processo alveolar,
além da própria fossa
retromolar.
Possíveis falhas de anestesias:
Alteração do Ph tecidual;
Técnica anestésica incorreta;
Alteração da integridade do sal anestésico;
Ansiedade do paciente e outras variações anatômicas , como inervação do plexo cervical ou presença do canal mandibular bífido.
A técnica anestésica na região de forame retromolar deve ser considerada como complemento.
Deve-se ter cuidado redobrado com exodontias de terceiros molares, remoção de enxertos;
A conduta prudente é manutenção do feixe vasculonervoso -
técnica de dissecção ou a cauterização do feixe.
ConclusãoConclui-se que o forame da mandíbula em adultos pode possuir
uma posição acima da altura de penetração da agulha, o que dificulta o acesso do anestésico ao nervo alveolar
inferior .Nas mandíbulas infantis isso não ocorre, porque o forame sempre está mais inferior ao local de penetração da agulha.Agulhas curtas são quase sempre eficazes .A técnica
de bloqueio do nervo alveoar inferior é eficaz para a anestesia dos nervos alveolar inferior, bucal e lingual, sendo
a técnica de escolha em detrimento da Gow –Gates.Em relação ao forame retromolar, independente da anatomia
dessas estruturas a atuação inadvertida pode promover acidentes e complicações.Dessa forma, a presença dessas
estruturas pode explicar muitas vezes o insucesso da anestesia local,a hemorragia durante os procedimentos ou
mesmo as alterações sensoriais nessa região no pós operatório(parestesia).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Forame retromolar: sua repercussão clínica e avaliação de 35 mandíbulas secas-Joel Mota-Junior, Maria de Lourdes Ferreira,Ricardo Alves Matheus e Glaykon Alex Vitti Stebile-Ver.Odontol-UNESP-2012 May-June,41(3):164-8;
Fatores que levam ao sucesso da anestesia pterigomandibular-Aline Nery de Lima e Isabel Cristina Céspedes.Revista Odonto-vol 17,n.33,Jan-Jun 2009,São Bernardo do Campo-SP,UMSP.