Slides qualidade no ensino infantil
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QUALIDADE NO ENSINO INFANTIL
Reflexões no contexto da alfabetização e do letramento
Prof.ª Me. Fernanda Ferreira
![Page 2: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/2.jpg)
EDUCAÇÃO E QUALIDADE
EM PERMANENTE CONSTRUÇÃO
E o que entendemos por qualidade?
Vamos conceituar o termo?
PROCESSOS
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Tarefa fácil? Por quê?
Experimente realizar uma
"chuva de ideias" e depois
relacioná-las. Vamos lá...
Não se abstenha dessa reflexão...
Não vale esperar pelo
próximo slide, hein?
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Vamos ao dicionário?
Qualidade: propriedade
específica ou condição natural
que caracteriza uma coisa ou
pessoa; maneira de ser boa ou
má de uma coisa; superioridade,
excelência; título, categoria.
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Então... Qualificar...
É atribuir qualidade a;
classificar; avaliar;
enobrecer.
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A ideia mais geral sobre qualidade é que,
subjacente ao seu conceito, há sempre uma dada
avaliação. A qualidade de algo ou alguém é então
considerada a partir de parâmetros
preestabelecidos ou de juízos de valor. Portanto,
ao falarmos em qualidade, há que identificarmos
e explicitarmos critérios objetivos de análise e
indicadores de qualidade. Isso diminui os efeitos
negativos de avaliações subjetivas. Assim, se
queremos analisar a qualidade de um ensino
escolar para crianças, precisamos saber quais os
nossos parâmetros de análise e o que, na prática
cotidiana, consideramos como indicadores dessa
qualidade.Sousa (1998)
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Será que isso garante um
trabalho de qualidade no ensino
para crianças?
Há sempre a possibilidade de interferências de fatores diversos que podem nos dar uma ideia falsa sobre a qualidade e, além disso, podem existir variações na avaliação da qualidade tanto entre os avaliadores quanto em um mesmo avaliador, em diferentes momentos ou contextos.
Sousa (1998)
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O que pode então ser considerado qualidade no
ensino para crianças? E, mais especificamente,
o que pode ser considerado qualidade no
ensino para crianças no que diz respeito aos
processos de alfabetização e de letramento?
Quais seus indicadores? Como avaliar a
qualidade do trabalho pedagógico
desenvolvido? Enfim, o que é preciso para o
desenvolvimento de um ensino de
qualidade para crianças no
contexto da alfabetização e
do letramento?
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Antes da nossa busca por respostas,
outras perguntas...
De que crianças estamos falando?
E de que ensino estamos falando? Do
ensino em que etapa(s) da educação
escolar?
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Partindo do pressuposto que, segundo o ECA,
considera-se criança a pessoa até doze anos de
idade incompletos, podemos considerar que esse é
o período da vida denominado infância. O dicionário
confirma: infância é o período de crescimento que
vai do nascimento à puberdade. Logo, estamos nos
referindo à criança nesse contexto.
E a outra pergunta? Sobre o ensino
de que etapa(s) da educação escolar
estamos tratando?
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Observe esta imagem
Ela lhe traz que ideias, que sensações?
![Page 12: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/12.jpg)
PENSOU EM OUTRAS?
TRAVESSIA
CAMINHO
CAMINHADA
TRAJETÓRIA
PERCURSO
RUMO
DIREÇÃO
TRANQUILIDADE
EQUILÍBRIO
SUAVIDADE
HARMONIA
AUTONOMIA
INDEPENDÊNCIA
LIBERDADE
![Page 13: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/13.jpg)
Estamos tratando do ensino relacionado aos processos de
alfabetização e de letramento que precisa se dar de forma
harmoniosa, sem rupturas, com certa tranquilidade.
Imaginemos que a ponte retratada na imagem está
localizada sobre a divisão territorial entre duas cidades. No
sentido do seu comprimento, um lado dá acesso a uma
cidade e, o outro, à cidade vizinha. O que a criança pode
fazer para ir de uma cidade a outra com tranquilidade? Ela
deve parar sobre o ponto de interseção entre as cidades,
jogar-se da ponte, subir nela novamente a partir desse
ponto e recomeçar seu percurso?
Ou, para ir com tranquilidade, ela
deve continuar caminhando; prosseguir?
![Page 14: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/14.jpg)
Agora, imagine que de um lado do processo de
aprendizagem da criança está a educação infantil e, do
outro, o ensino fundamental...
Ou seja, ao passar da educação infantil para o ensino
fundamental, a criança não pode desconstruir suas
aprendizagens para reconstruí-las, como se chegasse ao
1º ano do EF sem conhecimentos sobre a leitura e a
escrita.
Ela não chega ao EF "zerada", como se fosse um
caderno em branco a ser preenchido...
![Page 15: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/15.jpg)
Pensemos no próprio termo pré-escola.
O que ele sugere?
Ruptura?
Dá ideia de algo que antecede a escola, como se o ensino escolarizado fosse iniciado
somente após essa fase. Isso decorre do caráter assistencialista conferido
historicamente à educação infantil, em que o cuidar se sobrepunha ao educar. Era como
se o ensino sistematizado se iniciasse somente no ensino fundamental.
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Assim, sem desconsiderarmos
que cada etapa escolar tem
suas especificidades,
precisamos pensar em uma
conexão entre o ensino que
se dá na educação infantil e o
que se dá no início do ensino
fundamental.
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Imaginemos as seguintes situações:
Uma criança de 5 anos de idade questiona a professora
sobre a escrita de determinada palavra.
A professora lhe responde que isso somente deve ser
aprendido no "1º ano".
Ao contrário, uma criança chega alfabetizada no 1º ano
do ensino fundamental e a professora "para cumprir o
programa" começa a ensinar as letras à turma.
O que faz então essa criança?
Finge que ainda não sabe ler e escrever?
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Vivemos em uma sociedade
grafocêntrica, ou seja, que é centrada
na linguagem escrita.
Até mesmo a criança desfavorecida do
ponto de vista socioeconômico que
nunca foi à escola pode ter, de alguma
forma, contato com a língua escrita.
Ao considerarmos o sujeito enquanto
um ser social, entendemos que ele se
apropria de características da língua
escrita em variados
contextos.
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O professor, enquanto mediador
dos processos de alfabetização e
de letramento na escola, precisa
promover aprendizagem a todos os
alunos. Daí porque as expectativas
de aprendizagem de uma etapa
escolar e outra se interpenetram.
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É preciso
destruirmos
as muralhas que
dividem o ensino em educação
infantil e ensino fundamental...
Precisamos ver essa transição
como processo, como caminho
sem interrupção.
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E quando nos referimos ao termo
ensino, enquanto ação de ensinar, esse
não está dissociado da ação de
aprender.
Tomando emprestada ideia freireana,
só se ensina algo a alguém quando
esse alguém aprende.
Pode haver ensino sem aprendizagem?
O ensino somente ocorre quando há aprendizagem.
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Agora que definimos de que criança e
de que ensino estamos falando,
voltemos à questão
da qualidade.
Recordemos algumas perguntas...
O que pode então ser considerado
qualidade no ensino da língua escrita
para crianças? Quais seus indicadores?
Enfim, o que é preciso para o
desenvolvimento de um ensino de
qualidade para crianças no contexto da
alfabetização e do letramento?
![Page 23: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/23.jpg)
Como vimos, precisamos de parâmetros e de
indicadores para pensarmos em qualidade.
Considerando que os processos de alfabetização e de
letramento precisam ser considerados no âmbito
escolar desde a educação infantil, tomaremos esta
etapa como referencial para nossas reflexões, o que não
significa que, ao final dessa etapa, seus parâmetros e
indicadores de qualidade tenham que ser
desconsiderados, para então considerarmos somente
parâmetros e indicadores estabelecidos para o início do
ensino fundamental. Ao pensarmos em processo,
caminho, os parâmetros e indicadores considerados
para a educação infantil precisam ser articulados aos do
início do ensino fundamental, sem rupturas.
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Retomando, vimos que a ideia de qualidade depende de muitos
fatores: os valores nos quais as pessoas acreditam; as tradições
de uma determinada cultura; os conhecimentos científicos sobre
como as crianças aprendem e se desenvolvem; o contexto
histórico, social e econômico no qual a escola se insere...
Sendo assim, a qualidade pode ser concebida de forma diversa,
conforme o momento histórico, o contexto cultural e as
condições objetivas locais. Por esse motivo, o processo de definir
e avaliar a qualidade de uma instituição educativa deve ser
participativo e aberto, sendo importante por si mesmo, pois
possibilita a reflexão e a definição de um caminho próprio para
aperfeiçoar o trabalho pedagógico e social das instituições.
(BRASIL, 2009)
O documento do MEC/20009 intitulado Indicadores de Qualidade na Educação Infantil
![Page 25: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/25.jpg)
O MEC sintetizou os principais
fundamentos referentes à qualidade da
educação infantil no documento
Parâmetros Nacionais de Qualidade para a
Educação Infantil (2006).
Posteriormente, elaborou o documento
Indicadores da Qualidade na Educação
Infantil (2009), o qual traduz e detalha
esses parâmetros em indicadores
operacionais.
![Page 26: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/26.jpg)
O documento intitulado Indicadores da Qualidade
na Educação Infantil foi construído com o objetivo
de auxiliar as equipes que atuam na educação
infantil, juntamente com famílias e pessoas da
comunidade, a participar de processos de
autoavaliação da qualidade de creches e pré-
escolas que tenham um potencial transformador.
Pretende, assim, ser um instrumento que ajude os
coletivos – equipes e comunidade – das instituições
de educação infantil a encontrar seu próprio
caminho na direção de práticas educativas que
respeitem os direitos fundamentais das crianças e
ajudem a construir uma sociedade mais
democrática.(BRASIL, 2009)
![Page 27: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/27.jpg)
E, afinal, o que são indicadores?
Indicadores são sinais que revelam aspectos de
determinada realidade e que podem qualificar
algo. Por exemplo, para saber se uma pessoa está
doente, usamos vários indicadores: febre, dor,
desânimo. Para saber se a economia do país vai
bem, usamos como indicadores a inflação e a taxa
de juros. A variação dos indicadores nos
possibilita constatar mudanças. No referido
documento, os indicadores representam a
qualidade desejável para a instituição de
educação infantil em relação a importantes
elementos da sua realidade: as dimensões. (BRASIL, 2009)
![Page 28: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/28.jpg)
DIMENSÕES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DE
PROFESSORES E DEMAIS
FUNCIONÁRIOS
MULTIPLICIDADE DE EXPERIÊNCIAS E
LINGUAGENS
PLANEJAMENTOINSTITUCIONAL
ESPAÇOS, MATERIAIS E MOBILIÁRIOS
INTERAÇÕESPROMOÇÃO DA
SAÚDE
COOPERAÇÃO E TROCA COM AS
FAMÍLIAS E PARTICIPAÇÃO NA
REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL
![Page 29: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/29.jpg)
Reflitamos sobre o termo multiplicidade...
Indica vários/múltiplos elementos.
Nesse contexto, ao pensarmos especificamente em alfabetização e em letramento, enquanto experiências relacionadas à linguagem escrita, esses processos precisam ser considerados na educação infantil em que proporção?
Em nossas reflexões vamos focar na dimensão
multiplicidade de experiências e linguagens.
![Page 30: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/30.jpg)
Na avaliação de uma instituição de educação
infantil, devemos nos perguntar: o trabalho
educativo procura desenvolver e ampliar as
diversas formas de a criança conhecer o
mundo e se expressar? As rotinas e as
práticas adotadas favorecem essa
multiplicidade ou, ao contrário, roubam a
possibilidade de a criança desenvolver todas
as suas potencialidades?
![Page 31: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/31.jpg)
Primeiramente, se buscamos uma sociedade mais
democrática, a instituição de educação infantil, assim
como a das demais etapas, deve estar organizada de
forma a favorecer e valorizar a autonomia do aluno.
Para isso, os ambientes e os materiais precisam estar
dispostos de forma que as crianças possam fazer
escolhas, desenvolvendo atividades individualmente,
em pequenos grupos ou em um grupo maior.
As professoras precisam atuar de maneira a incentivar
essa busca de autonomia, sem deixar de estar atentas
para interagir e apoiar as crianças nesse processo.
(BRASIL, 2009)
![Page 32: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/32.jpg)
Assim, precisam planejar atividades variadas,
disponibilizando os espaços e os materiais
necessários, de forma a permitir e sugerir
diferentes possibilidades de expressão,
brincadeiras, aprendizagens, explorações,
conhecimentos, interações. A observação e a
escuta são importantes para sugerir novas
atividades a serem propostas, assim como
ajustes no planejamento e troca de
experiências entre a equipe. (BRASIL, 2009)
![Page 33: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/33.jpg)
Essas diferentes possibilidades de
expressão, nas quais a linguagem escrita
precisa estar incluída, estão abordadas
de forma mais específica no decorrer do
estudo proposto na temática em questão
- Qualidade no Ensino Infantil -, dada a
sua relevância para a realização de um
trabalho pedagógico de qualidade na
educação infantil.
![Page 34: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/34.jpg)
Voltando ao documento em estudo, na dimensão que
acabamos de ressaltar, consta, entre outros, o
seguinte indicador:
Crianças tendo experiências agradáveis, variadas e
estimulantes com a linguagem oral e escrita.
O documento não somente reconhece a inter-relação
entre essas duas linguagens como explicita que
experiências com a linguagem escrita precisam
ocorrer na educação infantil.
Assim, ele aponta algumas indagações que podem
servir para avaliar a qualidade do trabalho pedagógico
desenvolvido no contexto dessas linguagens.
![Page 35: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/35.jpg)
As professoras leem livros diariamente, de diferentes
gêneros, para as crianças?
As professoras contam histórias, diariamente, para as
crianças?
As professoras incentivam as crianças a manusear livros,
revistas e outros textos?
As professoras criam oportunidades prazerosas para o
contato das crianças com a palavra escrita?
As crianças são incentivadas a “produzir textos” mesmo
sem saber ler e escrever?
![Page 36: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/36.jpg)
Consideramos relevante destacarmos
aqui as seguintes questões:
Como a criança pode ler se ainda não
sabe ler convencionalmente?
Como a criança pode escrever se ainda
não sabe escrever convencionalmente?
Vamos buscar respondê-las?
![Page 37: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/37.jpg)
Com relação a primeira questão, a
correspondência grafofonêmica (ou grafofônica)
não é o único procedimento que utilizamos para
ler. Ao lermos, realizamos um trabalho de
construção do significado do texto com base no
que buscamos nele, no conhecimento que
anteriormente construímos sobre o assunto do
qual ele trata, no que sabemos sobre seu autor
e sobre a língua: características do seu
portador, do seu gênero, do sistema de
escrita... Desse modo, vários procedimentos
estão envolvidos no ato de ler.
![Page 38: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/38.jpg)
A criança, mesmo antes de escrever
convencionalmente, é capaz de produzir
linguagem escrita: pode recontar histórias em
linguagem literária; relatar informações sobre
determinado assunto para que a professora
produza um relatório; produzir oralmente uma
carta para que uma pessoa alfabetizada faça o
papel de escriba... São muitas as
possibilidades...
E quanto a outra pergunta? Como a
criança pode escrever se ainda não
sabe escrever
convencionalmente?
![Page 39: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/39.jpg)
Há ainda, no documento em estudo,
questões mais específicas, que se referem à
determinada faixa etária:
Questão que se refere apenas a bebês e
crianças pequenas:
As professoras e demais profissionais
adotam a prática de conversar com os bebês
e crianças pequenas mantendo-se no mesmo
nível do olhar da criança, em diferentes
situações, inclusive nos momentos de
cuidados diários?
![Page 40: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/40.jpg)
Questão que se refere apenas a crianças de 4
até 6 anos:
As professoras incentivam as crianças
maiores, individualmente ou em grupos, a
contar e recontar histórias e a narrar
situações?
Nesse caso, nossas experiências práticas nos
mostraram que essas atividades também
podem ser realizadas de modo satisfatório
com crianças menores de 4 anos .
![Page 41: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/41.jpg)
Às questões apontadas no documento em
questão, que podem nortear a avaliação da
qualidade do ensino na educação infantil,
poderíamos acrescentar outras? Quais?
Afinal, enquanto sujeitos críticos,
precisamos realizar uma reflexão crítica do
que lemos.
Sugerimos que você tente responder a essas
questões por escrito. Isso porque, assim
como a linguagem oral, a linguagem escrita
também organiza o nosso
pensamento.
![Page 42: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/42.jpg)
Às questões apontadas no documento, consideramos de extrema
relevância acrescentarmos:
As professoras promovem às crianças um ambiente alfabetizador?
Isso amplia o nosso olhar na avaliação da qualidade do ensino ofertado às
crianças, uma vez que essa questão nos move a também refletirmos
sobre a qualidade dos materiais escritos que circulam no ambiente
escolar.
E o que é um ambiente alfabetizador?
![Page 43: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/43.jpg)
Um ambiente alfabetizador é aquele em que a cultura
escrita, que necessita ser mediadora de toda prática de
alfabetização, é reconhecida, problematizada e construída
pelos participantes do contexto escolar. Nele, não basta a
presença de livros, textos digitais, revistas, gibis, jornais,
folhetos, cartazes, entre outros materiais escritos. É
preciso que práticas culturais e sociais de leitura e de
escrita sejam mediadas por esses materiais. Isso contribui
para que o alfabetizando, além de conviver com a língua
escrita, passe também a utilizá-la em suas práticas
sociais.
Nesse contexto, trabalhar com "textos reais", que fazem
parte do cotidiano das crianças, como os contidos em
letreiro de ônibus, embalagens de produtos, outdoors,
entre outros, é imprescindível para a formação de sujeitos
alfabetizados e letrados.
![Page 44: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/44.jpg)
Ou seja, é preciso que tenhamos um olhar mais atento,
mais apurado, na avaliação da qualidade do trabalho
pedagógico desenvolvido.
Uma sala de aula repleta de livros não significa,
necessariamente, que o ambiente é alfabetizador. Isso
vai depender do trabalho que é desenvolvido pelo
professor com esses e outros materiais escritos.
Isso significa que, para avaliarmos a
qualidade do ensino, é
imprescindível direcionarmos o nosso
olhar para a prática docente.
![Page 45: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/45.jpg)
Ressaltamos que, propositadamente, colocamos aqui
mais perguntas que respostas, a fim de problematizar a
questão da qualidade do ensino ofertado às crianças.
Consideramos que perguntas e respostas precisam nos
levar a novas perguntas e respostas, para que a nossa
construção de conhecimentos avance, amplie-se,
aprofunde-se.
Destacamos que um dado conhecimento
é construído em um determinado momento
histórico e contexto sociocultural.
Assim, precisamos avançar...
![Page 46: Slides qualidade no ensino infantil](https://reader031.fdocument.pub/reader031/viewer/2022013105/55cd2852bb61eb023d8b45f4/html5/thumbnails/46.jpg)
BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica. Indicadores da Qualidade
na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf. Acesso em: 12/07/2015.
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Referências