Shojinka Flexibilidade no número de operadores
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Shojinka
“Flexibilidade no número de operadores”
Shojinka (少 人 化) é uma das técnica mais utilizadas, mais barata e que supõe um
maior incremento de eficiência nos processos produtivos. Segundo Yasuhiro Monden
em sua obra “The Just in Time today in Toyota”, o verdadeiro significado para Shojinka
é a aptidão da empresa para modificar rapidamente o número de trabalhadores em
cada área a fim de adaptar-se as mudanças de demanda.
Exige que os trabalhadores sejam capazes de responder as mudanças nos tempos de
duração das atividades (Tempo Ciclo), as mudanças nas ordens das operações e em
muitos casos na mudança do próprio conteúdo das tarefas.
Com o fim de responder rapidamente, o trabalhador deve ser polivalente, quer dizer,
esteja capacitado para trabalhar com eficiência em qualquer tipo de tarefa ou
processo. Isso implica ser “Multi skill” no Multi task” quer dizer, ter polivalência porém
realizar uma tarefa de cada vez.
A teoria sobre Shojinka ou polivalência do pessoal se choca inicialmente em sua
aplicação prática com alguns riscos trabalhistas por duas razões:
1. A primeira é que a atual cultura empresarial, a diferencia da japonesa, não ha
formentado a polivalência do trabalhador por vários motivos:
a. Umas estruturas salariais baseadas em categorias profissionais
b. Carência de programas para capacitação de trabalhadores polivalentes
c. Dificuldade de transladar de posto os trabalhadores.
2. A segunda é que a legislação trabalhista protege em muito os trabalhadores
quando estes se veem a mercê de tarefas que não lhes agradam.
Shojinka pode se definido como “ Adaptação a demanda mediante a flexibilidade”, no
qual se implica modificar o número de trabalhadores de uma área em função da
demanda e baseando-se fundamentalmente na versatilidade dos trabalhadores
acompanhado por um desenho de Lay Out adequado a uma grande facilidade de
adaptação das máquinas a diferentes tipos de produção. Shojinka provoca um
incremento da produtividade já que a todo momento se adequa o número de
operadores (MOD) a demanda existente, pelo que se reduz os tempos ociosos e
pessoas sem atividade.
A primeira pedra angular para consecução do Shojinka é realizar um desenho da
planta que permita adequar o ritmo de produção ou prestação de serviço segundo um
número de operadores contratados, desenhando células em formas “U”, embora para
que se consiga, é necessário que se cumpra o segundo fator.
O segundo fator é a versatilidade dos trabalhadores, quer dizer, um operário de uma
determinada área deve ser capaz de realizar qualquer das operações que se
desenvolvem na mesma, o que se consegue com um sistema de rotação dos
trabalhadores em cada um dos postos de trabalho, assim como uma constante
formação do mesmos. Em definitivo se trata de ver como flexivel o que no ocidente se
considera fixo (os trabalhadores) e mais fixos o que se considera mais flexível as
máquinas.
Para conseguir Shojinka, como temos visto, não somente é suficiente uma distribuição
do Lay Out de forma adequada, como também é necessário que os trabalhadores
sejam capazes de desenvolver diferentes funções, quer dizer, frente a visão ocidental
do especialistas nós precisamos encontrar trabalhadores polivalentes como são os
japoneses. Para chegar a polivalência se deve utilizar o método de rotação nas
tarefas: Cada operador deve realizar tarefas diferentes em momentos diferentes.
Parace fácil, mas poucas empresas e gestores se dão conta desta necessidade.
Para um bom resultado com Shojinka, deve-se explorar em muitos outros vários
conceitos do TPS como Chaku Chaku, Jidoka, Heijunka, Hanedashi, SMED, etc... não
se consegue Shojinka sem um bom entendimento do que é ter uma manufatura
enxuta.
Em conclusão, Shojinka garante a flexibilidade e polivalência do pessoal para poder
fazer frente as flutuações dos processos e dos requerimentos dos clientes. Garante
também a possibilidade de destinar mais recursos em cada momento onde mais se
necessita e permite eliminar perdas desnecessárias, melhorar a atenção ao cliente e
otimizar os recursos econômicos.
Este conceito é plenamente defensável em Sistemas da Qualidade uma vez que a
própria ISO-900 e suas variações requerem a já conhecida por todos Matriz de
Polivalência, sempre auditada em nossas auditorias de certificação e manutenção,
bem como já muito explorada na Matriz 3x3x3 do WCM Grupo Fiat atravé do Pilar
People Development (PD).
Exemplo de Shojinka:
Créditos do texto a:
http://pt.slideshare.net/goroji/shojinka-o-polivalencia-del-personal
Por: Jose Donizetti Moraes - 26/02/2014