Seven myths of the 2014 elections

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H6 Especial TERÇA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO SP e MG: maiores volumes de votos de Dilma SP: “montanha” de eleitores de Aécio SP SP MG Volume de votos de Dilma (PT) por Estado Volume de votos de Aécio (PSDB) por Estado Mito 1 Os sete mitos das eleições 2014 José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Daniel Trielli, Diego Rabatone, Lucas de Abreu Maia e Rodrigo Burgarelli Mais perenes do que qualquer partido ou movimento político, algumas ideias sobre o que move os eleitores se repetem a cada eleição. No entanto, dados e detalhamentos das votações desafiam esse senso comum. O Estadão Dados analisou 7 erros mais repetidos RJ Porcentual de votos de Pezão (PMDB) no Rio, no 2º turno De 0 a 25% De 25% a 65% Acima de 65% Porcentual de votos de Aécio (PSDB) no Rio, no 2º turno RJ De 0 a 25% De 25% a 65% Acima de 65% Rio de Janeiro Rio de Janeiro Teresópolis São José do Vale do Rio Preto Foi o Nordeste que elegeu Dilma Petista não teve menos de 40% dos votos em nenhuma das 5 regiões do Brasil Mito 3 47% 47,9% RESULTADO FINAL DILMA (PT) AÉCIO (PSDB) 51,64% 48,36% 51% 49% 51% 58,8% 49% 41,2% 56,4% 43,6% 52% 48% 52% 48% 53% 54,6% 54% 47% 45,4% 46% 52% 52,1% 53% 48% 8 E 9 OUT 14 E 15 OUT 24 E 25 OUT 26 OUT 22 E 23 OUT 11 OUT 17 OUT 20 OUT 21 OUT IBOPE DILMA (PT) DATAFOLHA SENSUS AÉCIO (PSDB) P esquisas e resultados eleitorais voltaram a de- monstrar que a maioria dos eleitores não faz conexão entre o voto para presidente e o para governador. Apesar da prática tradicional dos pre- sidenciáveis de buscar “palan- ques fortes” nos Estados – alianças com candidatos a go- vernador –, não há evidências de que isso renda votos. Apoiado por praticamente toda a cúpula do PMDB flumi- nense, Aécio Neves (PSDB) buscou popularizar no Rio a chamada “chapa Aezão”, na esperança de que os eleitores de Luiz Fernando Pezão (PMDB) votassem também ne- le. Os mapas de votação de am- bos, porém, mostram que não houve sintonia eleitoral. Pesquisa Ibope divulgada pou- co antes do 2.º turno mostrou que, dos eleitores de Pezão, seis em cada dez pretendiam votar em Dilma Rousseff. Marcelo Crivella, adversário do peemede- bista, fez campanha explícita para Dilma – mas isso não impe- diu que cerca de 40% de seus eleitores manifestassem inten- ção de votar em Aécio. É claro que o desempenho de Dilma Rousseff (PT) no Nordeste foi crucial para sua vitória: a petista teve 20 milhões de votos no 2.º tur- no, equivalente a 72% do total de votos válidos na região. Mas a presidente reeleita obteve um apoio razoável em todas as cinco regiões. O menor porcen- tual de votos válidos foi no Sul: o apoio de 41% dos eleitores que escolheram um candidato. A impressão de que o Nordes- te sozinho é o grande responsá- vel pela reeleição de Dilma é for- talecida quando se vê o mapa eleitoral dos Estados pintados com a cor de quem teve o maior porcentual de votos ali. Nesse mapa, metade do Brasil apare- ce pintado de azul, como se esse território tivesse ido em direção totalmente oposta à outra metade, vermelha. O deputado estadual eleito Coronel Telhada (PSDB-SP) chegou a defender a indepen- dência do Sul e do Sudeste por causa disso. Mas, na ver- dade, dos dez Estados em que Dilma obteve menor vo- tação, apenas três estão nes- sas regiões: Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Todos os outros estão no Norte ou no Centro-Oeste. Visualmente, é possível ver como o apoio a Dilma se espalha pelo Brasil pelo gráfico de relevo ao lado – nenhuma das duas maiores “montanhas” que represen- tam o número absoluto de votos está no Nordeste. Palanque estadual influencia eleitores Resultados e pesquisas mostram desconexão entre opção para governador e presidente Pesquisas erram resultado da urna Ibope e Datafolha acertam votação do 2º turno dentro da margem de erro; números exatos importam menos para institutos Mito 2 E mbora alguns insistam que as pesquisas de in- tenção de voto consis- tentemente erram o resultado das urnas, não é o que mos- tram os dados – tanto os das eleições de domingo quanto os históricos. A vitória de Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência foi prevista pelo Ibope, que lhe atribuía 53% da preferência do eleitorado. Dil- ma recebeu 52% dos votos váli- dos, portanto dentro da mar- gem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais. O Datafolha também atri- buía favoritismo à petista, em- bora Dilma estivesse no limite do empate técnico com Aécio Neves (PSDB). Ambos os insti- tutos descreveram, por meio dos números, a campanha do 2.º turno: Aécio começa à fren- te, carregado pelo embalo do 1.º turno, em que teve votação superior ao esperado. Dilma se recupera na última semana, com uma insuficiente reação de Aécio na véspera do pleito. Para os institutos de pesqui- sa, os números exatos impor- tam menos que o movimento descrito pelas curvas de inten- ção de voto de cada candida- to. Sem elas, é impossível ana- lisar qualquer campanha. Desde 2002, a diferença mé- dia da sondagem de véspera do dia da eleição de Ibope e Data- folha para o resultado do 2.º turno é de um ponto porcen- tual – portanto, dentro da mar- gem de erro. Assim, os institu- tos acertaram os resultados das eleições em todos os anos, mesmo em 2014, na disputa mais acirrada da história.

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H6 Especial TERÇA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO

SP e MG: maiores volumes de votos de Dilma

SP: “montanha” de eleitores de Aécio

SP

SP

MG

Volume de votos de Dilma (PT) por Estado

Volume de votos de Aécio (PSDB) por Estado

Mito 1

Ossete mitosdaseleições2014

José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Daniel Trielli,Diego Rabatone, Lucas de Abreu Maia e Rodrigo Burgarelli

Mais perenes do que qualquer partido oumovimento político, algumas ideias sobre o quemove os eleitores se repetem a cada eleição.No entanto, dados e detalhamentos dasvotações desafiam esse senso comum. OEstadão Dados analisou 7 erros mais repetidos

RJ

Porcentual de votos de Pezão (PMDB) no Rio, no 2º turno

De 0 a 25%

De 25% a 65%

Acima de 65%

Porcentual de votos de Aécio (PSDB) no Rio, no 2º turno

RJ

De 0 a 25%

De 25% a 65%

Acima de 65%

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Teresópolis

São José do Vale do

Rio Preto

Foi o Nordesteque elegeu DilmaPetista não teve menos de 40% dos votosem nenhuma das 5 regiões do Brasil

Mito 3

47%47,9%

RESULTADO FINAL

DILMA (PT)

AÉCIO (PSDB)

51,64%

48,36%

51%

49%

51%

58,8%

49%

41,2%

56,4%

43,6%

52%

48%

52%

48%

53%

54,6%

54%

47%

45,4%

46%

52% 52,1%53%

48%

8 E 9 OUT

14 E 15OUT

24 E 25OUT

26OUT

22 E 23OUT

11OUT

17OUT

20OUT

21OUT

IBOPEDILMA (PT)

DATAFOLHA SENSUSAÉCIO (PSDB)

P esquisas e resultadoseleitorais voltaram a de-monstrar que a maioria

dos eleitores não faz conexãoentre o voto para presidentee o para governador. Apesarda prática tradicional dos pre-sidenciáveis de buscar “palan-ques fortes” nos Estados –alianças com candidatos a go-vernador –, não há evidênciasde que isso renda votos.

Apoiado por praticamentetoda a cúpula do PMDB flumi-nense, Aécio Neves (PSDB)buscou popularizar no Rio achamada “chapa Aezão”, na

esperança de que os eleitoresde Luiz Fernando Pezão(PMDB) votassem também ne-le. Os mapas de votação de am-bos, porém, mostram que nãohouve sintonia eleitoral.

Pesquisa Ibope divulgada pou-co antes do 2.º turno mostrouque, dos eleitores de Pezão, seisem cada dez pretendiam votarem Dilma Rousseff. MarceloCrivella, adversário do peemede-bista, fez campanha explícitapara Dilma – mas isso não impe-diu que cerca de 40% de seuseleitores manifestassem inten-ção de votar em Aécio.

É claro que o desempenhode Dilma Rousseff (PT)no Nordeste foi crucial

para sua vitória: a petista teve20 milhões de votos no 2.º tur-no, equivalente a 72% do totalde votos válidos na região. Masa presidente reeleita obteveum apoio razoável em todas ascinco regiões. O menor porcen-tual de votos válidos foi no Sul:o apoio de 41% dos eleitoresque escolheram um candidato.

A impressão de que o Nordes-te sozinho é o grande responsá-vel pela reeleição de Dilma é for-talecida quando se vê o mapaeleitoral dos Estados pintadoscom a cor de quem teve o maiorporcentual de votos ali. Nesse

mapa, metade do Brasil apare-ce pintado de azul, como seesse território tivesse ido emdireção totalmente oposta àoutra metade, vermelha.

O deputado estadual eleitoCoronel Telhada (PSDB-SP)chegou a defender a indepen-dência do Sul e do Sudestepor causa disso. Mas, na ver-dade, dos dez Estados emque Dilma obteve menor vo-tação, apenas três estão nes-sas regiões: Santa Catarina,São Paulo e Paraná. Todos osoutros estão no Norte ou noCentro-Oeste. Visualmente,é possível ver como o apoio aDilma se espalha pelo Brasilpelo gráfico de relevo ao lado– nenhuma das duas maiores“montanhas” que represen-tam o número absoluto devotos está no Nordeste.

PalanqueestadualinfluenciaeleitoresResultados e pesquisas mostram desconexãoentre opção para governador e presidente

Pesquisas erramresultado da urnaIbope e Datafolha acertam votação do 2º turno dentro da margemde erro; números exatos importam menos para institutos

Mito 2

E mbora alguns insistamque as pesquisas de in-tenção de voto consis-

tentemente erram o resultadodas urnas, não é o que mos-tram os dados – tanto os daseleições de domingo quanto oshistóricos. A vitória de DilmaRousseff (PT) na disputa pelaPresidência foi prevista peloIbope, que lhe atribuía 53% dapreferência do eleitorado. Dil-ma recebeu 52% dos votos váli-dos, portanto dentro da mar-gem de erro da pesquisa, dedois pontos porcentuais.

O Datafolha também atri-buía favoritismo à petista, em-bora Dilma estivesse no limitedo empate técnico com AécioNeves (PSDB). Ambos os insti-tutos descreveram, por meiodos números, a campanha do2.º turno: Aécio começa à fren-te, carregado pelo embalo do1.º turno, em que teve votaçãosuperior ao esperado. Dilma serecupera na última semana,com uma insuficiente reaçãode Aécio na véspera do pleito.

Para os institutos de pesqui-sa, os números exatos impor-

tam menos que o movimentodescrito pelas curvas de inten-ção de voto de cada candida-to. Sem elas, é impossível ana-lisar qualquer campanha.

Desde 2002, a diferença mé-dia da sondagem de véspera dodia da eleição de Ibope e Data-folha para o resultado do 2.ºturno é de um ponto porcen-tual – portanto, dentro da mar-gem de erro. Assim, os institu-tos acertaram os resultadosdas eleições em todos os anos,mesmo em 2014, na disputamais acirrada da história.

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O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2014 Especial H7

Mito 7

CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL

Participação proporcional dos Estados na votação de Dilma (PT) Participação proporcional dos Estados na votação de Aécio (PSDB)

RRAC

AP

RO

TO

DF

MS

MT

SE

ES

AL

AM

RN

SC

GO

PB

PI

PA

PR

MA

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PE CE RJ BA

MG SP

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TO

SE

PI

RO

RN

AM

AL

MA

MS

PB

MT

DF

ES

CE

PE

PA

GO

BA

SC

RS

RJ

PR

MG SP

1º TURNO

2º TURNO

VOTOS NULOS EM %

ESTADO

VARIAÇÃO EM %

0

MA MT TO AL PI MS AC SE SC BA PR ES MG SP CE PE RN RS PB GO RO PA RJ AP RR AM DF

6,17

-56,6 -56,3 -54,8-51,8

-45,0 -44,2 -43,7 -43,1-41,5 -41,2

-36,4-31,2 -29,1

-24,5 -23,4-16,8

-11,3-9,3 -6,2 -4,8

-1,0

6,714,9

23,1

32,0

41,9

69,8

4,89 6,68 7,428,18 6,03 3,66 3,71 7,31 4,93 3,86 4,44 5,02 5,93 6,57 5,20 9,61 4,24 6,06 4,88 4,25 4,14 9,15 3,30 3,38 4,35 3,68

2,68 2,14 3,02 4,363,95 3,32 2,04 2,09 4,16 2,88 2,46 3,05 3,56 4,47 5,03 4,32 8,53 3,85 5,68 4,64 4,20 4,41 10,5 4,07 4,46 6,17 6,24

A pós os protestos quetomaram as ruas dasprincipais cidades do

País em junho de 2013, analis-tas e cientistas políticos previ-ram aumento significativo devotos nulos na eleição desteano. Isso não ocorreu: foram4,4% de nulos em 2010 e 4,6%em 2014 – a comparação levaem conta o 2.º turno de cadadisputa presidencial.

É claro que muitos indiví-duos podem anular o voto co-mo forma de protesto. Mas asestatísticas indicam que parce-la significativa dos nulos sedeve a erros no momento dovoto. Uma evidência disso é adiminuição dos votos anula-dos entre o 1.º e o 2.º turnos

das eleições – entre uma e ou-tra etapa, o número de cargosem disputa cai de cinco paraapenas um ou dois, o que re-duz a complexidade do mane-jo da urna eletrônica.

Outro indício é o fato deque a taxa de nulos para depu-tado estadual – o primeirocargo na ordem de votação –é sempre mais baixa, já quesão contadas como voto nalegenda as tentativas equivo-cadas de digitar os númerosde presidenciáveis.

Mito 6

Votos nulos sãosinal de protestoQueda nas taxas entre 1º e 2º turnos indica altaincidência de erros no manejo da urna eletrônica

Abstenção é altae demonstra apatiaNão comparecimento às urnas é um fato muito mais ligadoa falhas de cadastro da Justiça do que a desilusão eleitoral

Mito 5

A o fim de todas as eleições,analistas correm para de-clarar que cerca de um

quinto da população decidiu nãovotar. O número se baseia naabstenção divulgada pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), ouseja, os votantes que não foramàs seções eleitorais. Historica-mente, a abstenção gira em tor-no de 20% e o número não varia

muito de eleição para eleição.Essa análise é falha porque

atribui às abstenções um pesopolítico maior que o que defato têm. Isso porque o supos-to não comparecimento às ur-nas tem mais a ver com umafalha no cadastro eleitoral doTSE que com a falta de engaja-mento político.

Conforme revela o gráfico ao

lado, a abstenção foi menor em2014 nos municípios que passa-ram recentemente pelo reca-dastramento biométrico – emque os eleitores registram naJustiça Eleitoral suas impres-sões digitais. O recadastramen-to remove da lista do TSE elei-tores que já morreram, e que,naturalmente, não podem apa-recer para votar.

O tucano Aécio Neves lan-çou sua campanha no2.º turno em Pernambu-

co, onde recebeu o apoio daviúva e dos filhos de EduardoCampos, candidato a presiden-te pelo PSB até agosto, quandomorreu em um acidente aéreo.Os líderes do PSDB esperavamque a família Campos e a má-quina local do PSB proporcio-nassem uma vitória para o tuca-no em um Estado nordestino,assim como havia ocorridocom Marina Silva, primeira co-locada no 1.º turno.

A estratégia não deu resulta-dos. Aécio teve entre os per-nambucanos 29,8% dos votosválidos, resultado próximo damédia que obteve em todo oNordeste: 28,3%. O tucano ga-nhou em apenas uma cidadepernambucana: a pequena Ta-quaritinga do Norte, onde ob-teve 7.340 votos, 432 mais doque a petista Dilma Rousseff.

Na capital, Recife, onde Ma-rina havia obtido 63% dos vo-tos no 1.º turno, Dilma venceuna 2.ª rodada da disputa por60% a 40%.

Minas foi decisivonesta disputaSó uma vitória improvavelmente distante noseu Estado natal levaria Aécio ao Planalto

Porto Xavier

Ibirataia

Independência

Engenho Velho

Novo Tiradentes

São Pedro da Serra

Altinho

Una

Boa Esperança

São José do Inhacorá

São José dos Ausentes

Rafael Fernandes

Palmares

Iranduba

Escada

2010 2014, APÓSRECADASTRAMENTO

ABSTENÇÃO EM %ESTADOCIDADE VARIAÇÃO EM %

RS

BA

RS

RS

RS

RS

PE

BA

ES

RS

RS

RN

PE

AM

PE

24,6

38,8

20

21,6

23,6

12,9

25,7

40,6

30,4

12,3

27,3

18,9

30,1

26,1

24

8,1

13,2

7

7,8

8,7

4,8

9,8

15,5

11,6

4,7

10,6

7,4

11,9

10,3

9,5

-67

-66

-65

-64

-63

-63

-62

-62

-62

-61

-61

-61

-60

-60

-60

0

M esmo se ganhasse emseu Estado natal, Aé-cio Neves (PSDB) ain-

da teria dificuldade de se ele-ger. Dilma Rousseff (PT) teve52,4% no Estado e o adversá-rio, 47,6%. Se o tucano tives-se invertido esse resultado eganhado os 550.601 votos que

a rival ganhou a mais em Mi-nas, ainda faltariam 2,3 mi-lhões de eleitores no resto doBrasil. Na votação total deAécio, Minas representa 11%,menos que a soma de SantaCatarina e Bahia.

Só uma vitória distante emMinas, de 63% a 37%, daria a

Aécio os votos necessários pa-ra ganhar de Dilma. Com esseresultado – quase igual ao doEstado de São Paulo (64% a36%) –, ele chegaria a52.771.137 de votos em todo oBrasil, um a mais que Dilma.Mas uma vantagem tucana co-mo essa não acontece em elei-

ções presidenciais em Minasdesde que Fernando HenriqueCardoso ganhou em 1994, no1.º turno. Naquele ano, derro-tou Lula no Estado por 65% a22%. Nem em sua segunda vitó-ria de 1.º turno, em 1998, Fer-nando Henrique repetiu o re-sultado: o placar foi 56% a 28%.

Família Campostransfere votosPernambuco vota em Dilma, mesmo apósapoio do grupo do ex-governador a Aécio

Mito 4

PE

PE

Recife

Aécio (PSDB)Dilma (PT)

Resultados de Pernambuco no 1º turno

Resultados de Pernambuco no 2º turno

Recife

Aécio (PSDB)Dilma (PT)Marina (PSB)