SÉRIE ARTE/REFLEXÃO Criar ambiente para a meditação. Arte da Imagem; Arte Musical e Arte do...
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SÉRIE ARTE/REFLEXÃOCriar ambiente para a meditação.
Arte da Imagem; Arte Musical e Arte do Pensamento
LEI DE DEUS E PROVIDÊNCIA DIVINA
MÚSICA: Beethoven
TEXTO: Pietro Ubaldi (de “A Grande Síntese”)
A harmonia, a beleza e a inteligência que emanam do Cosmo e da Natureza, estão a nos mostrar a todo instante a existência de DEUS.
A evolução leva-nos cada vez mais a sentir a Sua presença, não apenas transcendente, mas também imanente, até que o indivíduo, espiritualizado, sinta a presença Dele não somente em si, mas em torno de si.
Acaso não existe! Existem LEIS
Admiremos as imagens e meditemos sobre textos de PIETRO UBALDI.
.
DEUS é a grande alma que está no centro do Universo, do qual Ele é o centro de irradiação e
atração. Dele tudo parte e atrai, voltando para Ele.
Ele é o Principio e o Fim. Ele é o Tudo. Está em todas as coisas e todas as coisas estão Nele. Nada pode existir fora Dele. Daí ser o Princípio e suas Manifestações, ou
seja, é o Começo e o Fim, é o Alfa e o Ômega, ou o Primeiro e o Último.
Esta Idéia de Deus é a mais ampla, mais de acordo,com nossa Evolução. Fomos politeistas no passado,
depois monoteistas e hoje somos monistas, i.é, Deus É. Ele é a essência e a razão de ser de tudo que existe.
DEUS é nosso Pai, Criador de Tudo. Tudo o que Ele criou, continua Nele e Ele continua em Tudo. Nada pode existir e nem existe fora Dele. Ele é Um conosco e nós somos Um
com Ele. Este conceito nos irmana de modo inquebrantável e inexorável.
Esta definição de DEUS não derroga nenhuma das aceitas e difundidas pelas religiões, e muito menos a de Leon Denis, que diz: Deus é a Inteligencia Suprema do Universo e a Causa Primeira de Todas as Coisas.
Deste conceito decorre a Sua Presença em todo o Universo (onipresença) e, a Perfeição em tudo
(onisciência e onipotência), com a inerente Ordem,Harmonia, Beleza, Disciplina e Lei, que tudo rege.
A Lei constitui a Idéia Central do Universo. É o sopro divino que O anima, governa e O movimenta, como a alma humana governa o corpo. O universo de matéria que nos
cerca é o corpo desse princípio que reside no seu âmago.
Ele se defende não se mostrando, até que o homem evolua e aprenda a não fazer mau uso do saber e ser mais digno de olhar frente a frente, as coisas santas.
A ciência dos homens também tem suas leis, obtidas por observação da natureza dos fenômenos, daí deduzindo uma hipótese, que depois passa à teoria e torna-se lei. Porém, tem sido até aqui apenas farrapos mal remendados da grande Lei.
A verdadeira
Ciência é religião
e prece, devendo
Ser também fé
de apóstolo e
heroísmo
de mártir.
O conceito principal é: A Lei é Deus, e Deus é a Lei que tudo rege. A relação entre ambos é bi-unívoca ou de
reciprocidade, i.é, um pressupôe o outro, ou seja, quando se fala em Deus, se pensa em Lei e vice-versa.
Afirmamos ser Ele, o Princípio e Suas Manifestações, o Começo e o Fim. Tendo o Pai criado tudo Dele mesmo, as criaturas criadas por Ele, permaneceram Nele, logo continuando a ser uma partícula divina, contendo em si uma parte do Criador. Passamos a ser Seus Filhos, Divinos pela origem. Eis o que somos, em realidade!
Somos, em verdade, filhos decaídos, necessitados de reabilitação, em razão de equívocos praticados no
passado..
Fomos desrespeitosos e desobedientes para com a Sua Lei, o que nos levou a ser afastados do Sistema Divino.
Caímos no Anti-Sistema, onde agora estamos, obrigados ao refazimento da Perfeição perdida.
Com a desobediência, caímos no relativo, onde tudo é medido, pesado, contado e comparado. Caímos na inconsciência, onde tudo começa por ser “simples e ignorante”, num continuo “vir-a-ser”, em oposição ao Absoluto, onde tudo é, desde sempre.
Nascer e morrer tem sido nossa existência até aqui, e assim será enquanto permanecermos alheios a
existência da Lei que tudo rege, a qual nos cumpre obedecer e não mais se equivocar.
E mais, obedecer a Lei e seus ditames, com cons-ciência, com conhecimento, procurando saber quem
somos, conhecer-nos uns aos outros, por sermos parte do todo, pois, um mínimo pensamento de um repercute no outro e em todos. Cumpre conhecer o todo que nos cerca, para que saibamos nos mover nesse Universo.
Amando-nos, certamente, a repercussão de um no outro será de Paz e, então, seremos felizes, se é que queremos
ser felizes.
Recordando: Lei é sempre Lei, exata nas cconseqüên-cias de qualquer ato, férrea nas conclusões e sanções,
poderosa, imensa, matematicamente precisa em sua manifestação. Perfeição em tudo, talvez fosse melhor
dizer.
Vamos agora estudar a Providência Divina.
VAMOS ESTUDAR AGORA A
PROVIDÊNCIA DIVINA
São as seguintes as condições indispensáveis
para o funcionamento da Providência Divina:
1ª. Merecer a ajuda.
2ª. Haver, antes de qualquer coisa, esgotado
as possibilidades de suas forças.
3ª. Estar, de acordo com suas condições, em
estado de necessidade absoluta.
4ª. Pedir o necessário, e nada mais.
5ª. Pedir humildemente, com submissão e fé.
Quando essas
condições são
preenchidas, a
Divina Provi-
dência, está
em condições
de funcionar a
favor de todos
que recorrem a
Ela.
Do contrário, o fenômeno pode não se verificar e, certamente, não se verificará.
NÃO EXISTE MILAGRE! EXISTE LEI
Além de obedecer aos itens formulados, devemos também crer e confiar (com fé), de que Deus é uma
realidade estupenda e, não sintamos que estamos abandonados e só.
Existe o Pai nos céus, velando por nós e provendo-nos do necessário.
Importa considerar que somos acalentados por uma Ordem justa que nos quer bem e nos protege. A
Divina Providência participa dela.
Trata-se de forças inteligentes e amorosas, prontas a nos socorrer; basta apenas que saibamos preencher os requisitos essenciais, para que a Divina Providência funcione.
Para o homem evoluido, encarnado na Terra, a Divina Providência funciona como método quase exclusivo, com que a Lei provê, com absoluta segurança, apenas o necessário ao
homem espiritual que não pode mais se preocupar com os problemas materiais.
Devemos ter em mente que o Universo é um organismo de forças que obedecem a mãos habilidosas e sábias. Essas
mãos, porém, cobrindo-se de trevas, se recusam a obedecer a mãos inábeis e rebeldes.
A Providência Divina repre-senta esta força maior, a justiça em ação, não só para levantar como abater. Sabe, por lei espontânea de equi-líbrio, dosar as provas para que não ultrapassem as for-ças do indivíduo; vê-La-emos levantar-se, gigantesca, para proteger o humilde indefeso e honesto que a opressão humana busca arruinar.
Vemo-La dar a quem merece e tirar de quem abusa premi-ando e punindo, distribuindo além das partilhas humanas.
Assim, que os fracos não acreditem que a Divina Providência seja inércia ou fatalismo e, ainda, amiga dos opressores. Não
esperemos, também, que esta força nos afaste do sagrado esforço da evolução. Essas forças significam, sim, repousos
merecidos e necessários, e não ócios perenes e gratuitos como os homens quereriam.
Nada mais falso, pois, que identificarmos a Divina Providência com um estado de inércia e expectativa
passiva. Isto é invenção de indolentes iludidos, é exploração dos Princípios Divinos.
A Providência Divina está presente para reerguer o homem que, na luta, perde suas forças, como também está ao abater o rebelde, mesmo que gigante. Ela está ativa,
sobretudo, para o justo que quer o Bem e com seu esforço o impõe.
Do infinito procedem as forças mais altas da vida para amparar o inerme, exânime, sem apoio, sem meios. Se ele
parece abandonado e derrotado, uma voz lhe grita: não estás sozinho! E ele então, pode dizer a grande palavra que ecoa pelo Universo afora: falo-vos em nome de Deus! “Sursum
corda” = elevai os corações.
IMAGENS: da internet
SELEÇÃO DOS TEXTOS:
Ferdinando Ruzzante
FORMATAÇÃO:
J. Meirelles ([email protected])
MÚSICA:
Sonata ao Luar de Beethoven