Ser Empreendedor

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MARÇO 2013 Ser Empreendedor Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa. Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho Santos e Fernando Ribeiro Serra AYR Consulting, Trends & Innovation | Lisboa | Madrid | São Paulo | Miami Manuel Portugal Ferreira - Doutorado em Business Administration pela David Eccles School of Business, da Universidade e Utah, EUA, MBA pela Universidade Católica de Lisboa e Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra, Portugal. Professor Coordenador no Instituto Politécnico de Leiria. Fundador e Director do globADVANTAGE Center of Research in International Business & Strategy. João Carvalho Santos - Licenciado em Gestão pelo Instituto Politécnico de Leiria e doutorando em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Professor das disciplinas de Inovação e Empreendedorismo, Estratégia Empresarial e Gestão Internacional no Instituto Politécnico de Leiria. Esta obra pretende atualizar e preparar o leitor para as mais recentes abordagens que têm sido feitas à Estratégia e Gestão de Empresas. Os autores têm um conhecimento bastante vasto sobre as teorias e práticas aplicáveis ao atual Mundo Empresarial. CRÍTICA LITERÁRIA Fernando Ribeiro Serra - Doutor em Engenharia pela Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro PUC-Rio. Dirige a Unisul Business School e é pesquisador do Programa de Pós-graduação da UNISUL. Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email [email protected]

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MARÇO 2013

Ser Empreendedor

Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa. Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho Santos e Fernando Ribeiro Serra

AYR Consulting, Trends & Innovation | Lisboa | Madrid | São Paulo | Miami

Manuel Portugal Ferreira - Doutorado em Business

Administration pela David Eccles School of Business,

da Universidade e Utah, EUA, MBA pela

Universidade Católica de Lisboa e Licenciado em

Economia pela Universidade de Coimbra, Portugal.

Professor Coordenador no Instituto Politécnico de

Leiria.

Fundador e Director do globADVANTAGE – Center

of Research in International Business & Strategy.

João Carvalho Santos - Licenciado em Gestão pelo

Instituto Politécnico de Leiria e doutorando em

Gestão na Faculdade de Economia da Universidade

do Porto. Professor das disciplinas de Inovação e

Empreendedorismo, Estratégia Empresarial e Gestão

Internacional no Instituto Politécnico de Leiria.

Esta obra pretende atualizar e preparar o leitor para as mais recentes abordagens que têm

sido feitas à Estratégia e Gestão de Empresas. Os autores têm um conhecimento bastante

vasto sobre as teorias e práticas aplicáveis ao atual Mundo Empresarial.

CRÍTICA LITERÁRIA

Fernando Ribeiro Serra - Doutor em Engenharia

pela Pontifícia Universidade Católica no Rio de

Janeiro PUC-Rio. Dirige a Unisul Business School e

é pesquisador do Programa de Pós-graduação da

UNISUL.

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FERREIRA, Manuel Portugal, et. al. Edições Sílabo © 2008

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Ser Empreendedor

Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa

FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al.

Edições Sílabo © 2008, 378 páginas

Categoria: Gestão/Estratégia

1. Como criar uma empresa de raiz.

2. Como gerir essa empresa no que diz respeito às variantes financeira, legal ou empresarial.

3. Competências de gerências que vão ao encontro de diretrizes de desempenho

contemporâneas.

4. Fazer com que os ideais da empresa criada vão ao encontro daquilo que o Mercado procura e

exige.

5. A inovação é das principais obrigatoriedades para que exista evolução dentro da empresa.

O que irá aprender:

Principais Ideias

1. Existem aspetos económicos, culturais e sociais a ter em conta aquando da criação de uma

nova empresa. Estes moldam o presente e, quando bem interpretados, podem trazer inúmeros

benefícios.

2. As “5 forças de Porter” foram e continuarão a ser o alicerce para qualquer futuro gestor.

3. Um bom empreendedor deverá ter determinadas características, tais como poder de liderança,

criatividade, entre outras.

4. O posicionamento no Mercado, a marca e sua imagem, o comportamento do consumidor, o

estudo de Mercado e a segmentação do Mercado são pontos fulcrais a ter em consideração,

no que respeita ao marketing da empresa.

5. É essencial para qualquer empresa ter a criação de um plano de negócio como prioridade

máxima.

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Introdução

3

Revisão de Conteúdos

4

Capítulo I - Introdução ao Empreendedorismo

5

Capítulo II - O empreendedor

8

Capítulo III - Oportunidades e ideias

10

Capítulo IV - O marketing da nova empresa

15

Capítulo V - O ambiente e a indústria

18

Capítulo VI - Construir a equipa e gerir pessoas

20

Capítulo VII - As formas jurídicas da nova empresa

22

Capítulo VIII - O financiamento da nova empresa

24

Capítulo IX - Aspetos económico-financeiros da nova empresa 25

Capítulo X - O investimento

27

Capítulo XI - O plano de negócios

28

Impacto

29

Principais Conclusões

30

Bibliografia 31

Índice

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A obra Ser empreendedor foi redigida por Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho

Santos e Fernando Ribeiro Serra, todos eles especialistas na área da gestão de

negócios e os dois primeiros lecionam no Instituto Politécnico de Leiria.

Manuel Portugal Ferreira é doutorado em Bussiness Administration, grau reconhecido

pela David Eccles School of Business, no Utah (Estados Unidos da América). É ainda

criador e diretor da Fundação globADVANTAGE – Center of Research in International

Business & Strategy. Este teórico contribui também para o crescimento de pequenas e

médias empresas, bem como para vários centros de investigação universitários,

através da publicação de vários artigos de cariz académico. O enfoque das suas

pesquisas são as competências baseadas em recursos1.

João Carvalho Santos é licenciado em Gestão de Empresas e doutorado em Gestão

pela Universidade do Porto. Atualmente, leciona duas cadeiras: Inovação e

Empreendedorismo e Estratégia Empresarial, também no Instituto Politécnico de

Leiria. O último e terceiro autor, Fernando Ribeiro Serra, fez grande parte do seu

percurso no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro. Doutorou-se na PUC

(Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e tem coordenado vários

mestrados em diversas áreas da Gestão, bem como participado em algumas

investigações sobre o mesmo tema.

1 Os recursos supramencionados são principalmente tecnologias da informação. Ou seja, o autor acredita

que é possível criar vantagens competitivas, explorando esta indústria e aplicando-a à gestão e ao empreendedorismo.

Introdução Introdução

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Esta obra pretende atualizar e preparar o leitor para as mais recentes abordagens que

têm sido feitas à Estratégia e Gestão de Empresas. Os autores têm um conhecimento

bastante vasto sobre as teorias e práticas aplicáveis ao atual Mundo empresarial.

O livro encontra-se dividido em 11 capítulos e cada uma destas partes pretende dar

continuação ao assunto anterior. Inicialmente, os autores fazem uma breve introdução

ao empreendedorismo e sob que formas é que este se manifesta, que aspetos agrega

e que consequências pode ter, de uma perspetiva geral. O segundo capítulo diz

respeito ao suposto molde que um gestor/empreendedor deverá ter e sob que

premissas irá atuar. Os restantes momentos de Ser Empreendedor dizem respeito à

criação de uma nova empresa, dos procedimentos básicos a ter em conta, quais os

principais atores e agentes intervenientes. Mais à frente, falar-se-á de como se efetua

um marketing mix, de como deve esta ‘nova empresa’ atuar no mercado (tanto a nível

interno como externo) e quais os comportamentos da indústria, nunca esquecendo a

atratividade do negócio, a visão e missão da empresa e outros importantes pontos.

Ferreira, Santos e Serra focam ainda a necessidade de atenção a problemáticas de

foro jurídico e legal, bem como as questões de financiamento da empresa e as razões

e consequências do estado atual do mercado, por forma a perceber se a entrada da

empresa é realmente proveitosa. Finalmente, os capítulos 10 e 11 são dedicados à

questão do investimento, incluindo os seus principais elementos, e ao plano de

negócios e sua realização, de modo a consolidar a ‘nova empresa’ de forma

permanente.

Em contracapa, pode ler-se: “Afinal, ser empreendedor não é só para os ricos, os

jovens, os iluminados ou para aqueles que possuem qualquer tipo de qualidade inata.

Pode-se aprender a ser empreendedor e a maior parte das vezes o triunfo deve muito

à vontade, ao bom senso e à perspicácia do empreendedor”2.

2 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, contracapa.

Revisão de Conteúdos

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Introdução ao empreendedorismo

Uma das primeiras questões dos autores tem que ver com a cada vez maior

necessidade de criação de negócios e de deteção das principais necessidades do

público. Para que um investimento proporcione lucro, é preciso analisar quais as

principais oportunidades latentes no mercado e no resto do Mundo – por vezes,

nenhum dos produtos existentes consegue suprir as necessidades dos consumidores.

Assim, este capítulo introdutório diz-nos que as oportunidades de negócios podem

estar em qualquer lugar, é apenas preciso saber identificá-las através de análises de

mercado, tanto externa como internamente. Estas “podem ser indiciadas por um

conjunto de tendências e mudanças sociais, políticas, económicas e culturais (...) as

novas oportunidades estão por exemplo, em novas formas de fazer comércio (...), nas

necessidades de racionalização e redução de custos das empresas, e em novas

necessidades dos consumidores”3.

As conclusões deste momento da obra têm origem nos resultados do relatório Global

Entrepreneurship Monitor4. Esta análise ajudou a apurar que há alguns fatores

realmente determinantes para o empreendedorismo (e o seu sucesso). No que toca a

Portugal, é importante saber que:

Obstáculos no acesso a capital;

Instabilidade de políticas industriais e das estratégias de desenvolvimento e

dos programas de apoio do governo;

Pouca importância incutida ao empreendedorismo enquanto disciplina no

ensino superior;

Desenvolvimento pouco suficiente dos serviços comerciais e profissionais.

O mesmo relatório dividiu as condições acima referidas, por nove diferentes

categorias, sendo elas:

1. Governo: Tem que ver com a intervenção que o Estado tem no setor

empresarial, focando os níveis de atuação e os graus de intervenção;

2. Mercados financeiros: Diz respeito ao atual estado do mercado e está

diretamente relacionado com os financiamentos e investimentos;

3 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 17.

4 Um dos maiores estudos mundiais sobre empreendedorismo. Para saber mais, consultar

http://www.gemconsortium.org/.

Capítulo I

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3. Tecnologia de Investigação e desenvolvimento: Foca a necessidade do

avanço tecnológico, pois este pode potenciar a evolução e a inovação dos

negócios;

4. Educação: É seguramente uma das necessidades primárias para o

empreendedorismo;

5. Infraestruturas: Tidas como limitadoras ou potenciadores de negócios,

podendo ser altamente desenvolvidas em alguns locais, e pouco noutros;

6. Gestão: É primordial, pois sem ela, a inovação dentro de uma empresa é

pouco provável;

7. Mercado de trabalho: É outro dos fatores a ter em conta, uma vez que a

estrutura laboral condiciona em muito, a estrutura geral de uma corporação;

8. Instituições: A Igreja e o Estado são bons exemplos e têm um forte poder

sobre a sociedade vigente – no caso português –, podendo também

condicionar a tomada de novos negócios;

9. Grau de Abertura: Muitos teóricos acreditam que isto é um dos pontos mais

importante durante o planeamento e criação de um novo negócio ou empresa.

Estas ações apenas são possíveis se houver um determinado grau de

abertura, que vai depender diretamente do tipo de sociedade e do seu

desenvolvimento.

Outro dos pontos fortes deste capítulo foca as principais razões que justificam o

estudo do empreendedorismo: tem que ver com o apuramento da situação geral do

mercado, com a compreensão daquilo que são empresas fortes e mais fracas, com o

entendimento da importância da estrutura laboral e da quantidade de capital humano

necessário para fazer a corporação crescer e finalmente, com a identificação das

principais componentes de negócio, bem como um conhecimento alargado de técnicas

de marketing e outras áreas do saber.

Existem algumas dimensões a considerar aquando da criação de uma nova empresa e

estas são:

Organização;

Ambiente;

Restrições Ambientais;

Características individuais (está diretamente relacionado com questões de

cariz social e psicológico).

Em 2008, os autores já começam a explorar a noção de Tendências do Consumidor e

a forma como esta nova “ciência” pode dar vida a muitos negócios que parecem não

estar preparados para a entrada no mercado. Nos Estados Unidos, encontra-se Faith

Popcorn5, CEO e fundadora da empresa BrainReserve, pioneira nos Estudos de

5 Para saber mais sobre as 16 Tendências estabelecidas pela Faith Popcorn, consultar

http://marketing.spaceblog.com.br/43987/AS-16-TENDENCIAS-DE-FAITH-POPCORN/.

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Tendências6. Esta definiu algumas linhas bastante gerais que comandam a sociedade

mundial atual e que podem trazer alguns insights às empresas7.

6 Esta plataforma tem bastante informação sobre Tendências e pode munir o leitor de várias ferramentas

para iniciar negócios, fomentadoras de empreendedorismo e inovação. A secção do website dedicada ao tema denomina-se TRC – Trends Research Center – e possui vários artigos de índole científica. 7 Para saber mais sobre as Tendências ditadas pela Faith Popcorn, ver FERREIRA, Manuel Portugal, et.

Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 35.

Capítulo I – Ideias

1. A criação de uma empresa vai, sem dúvida, depender de fatores externos como o Mercado, o estado da economia nacional e mundial, ou dos avanços tecnológicos.

2. Um bom empreendedor tem que estar ciente da importância de uma boa equipa com as competências adequadas.

3. As condicionantes acima referidas servem para apurar que tipo de necessidades é que o Mercado está à procura de momento.

4. As 16 Tendências ditadas pela Faith Popcorn podem ajudar ao estabelecimento da empresa certa no Mercado certo.

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O empreendedor

Ser empreendedor alerta-nos para a dificuldade em definir aquilo que é um

empresário, alguém que investe na criação de uma empresa. Em suma, “(...) é o

empreendedor que organiza os recursos humanos, materiais e financeiros. Neste

esforço, o empreendedor é motivado pela necessidade de atingir algo, de fazer, de

realizar e de ser independente de outros”8. É também nesta fase da obra que surge a

explicação do conceito de Intra-empreendedorismo, tratando-se da estimulação de

mecanismos individuais e por vezes coletivos, por forma a fomentar a criação de

inovação e de novas estratégias dentro de uma mesma empresa. É raro isto

acontecer, mas é possível e não deve ser uma metodologia esquecida, uma vez que

pode fazer com que a empresa cresça bastante dentro do mesmo Mercado onde

sempre atuou, apenas por utilizar mecânicas diferentes das de antigamente.

Aqui, dá-se especial atenção ao “histórico” do empreendedor, ou seja, às suas crenças

e valores – sejam estes de índole pessoal, laboral, familiar, ou outra –, bem como ao

seu background educacional, idade e experiência profissional. Estes fatores podem

condicionar, em muito, a sua performance enquanto diretor de um grande

empreendimento, como também podem propiciar ou atrasar a inovação dentro do

projeto.

Outro ponto a considerar é a frequente confusão que se faz entre aquilo que é um

empreendedor, do que é um gestor e um inventor. O senso comum tende em conotar

estas três funções como uma só. Na verdade, um empreendedor difere de um inventor

porque “ainda que idealmente o empreendedor deva ser criativo e procurar novas

soluções, novos mercados, novas formas de fazer as coisas e servir os clientes”, “é o

inventor quem cria algo novo, o empreendedor é quem congrega todos os recursos

necessários – o capital, pessoas, estratégia, e a tomada de risco – para tornar uma

invenção num negócio fiável”9. Da mesma maneira, um empreendedor difere de um

gestor porque o primeiro estabelece metas de longo prazo (5 ou 10 anos) e o segundo

perspetiva a curto prazo; os empreendedores envolvem-se e podem pedir satisfações

aos seus trabalhadores, enquanto os gestores delegam ações e supervisionam

tarefas; são ainda cautelosos e evitam decisões de risco que possam ter

consequências para a empresa. Por outro lado, um empreendedor investe e assume

riscos, esperando resultados.

8 In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 41.

9 Idem, p. 50.

Capítulo II

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Capítulo II – Ideias

1. Se não tiver uma boa equipa do seu lado, um empreendedor não vai conseguir singrar no Mercado.

2. Um bom empreendedor deve preocupar-se com determinados aspetos, como os valores pessoais, experiência profissional, idade, ou ambiente familiar.

3. Empreendedores, gestores e inventores têm funções, responsabilidades e posições muito diferentes; a primeira acarreta geralmente mais risco e preocupações do que as duas seguintes.

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0

Oportunidades e ideias: criar, moldar, reconhecer e capturar

Este capítulo é dedicado a uma matéria mais subjetiva: as ideias. A maior parte das

pessoas sabe que tem de investir em inovação, mas desconhece qual é a melhor

forma de a colocar em prática. Assim, é importante explicar ao leitor qual a importância

destas ideias na criação de uma empresa, bem como quais são as melhores formas

de aplicabilidade das mesmas. Um empreendedor não tem necessidade por regra, de

ser o principal inovador, mas é crucial que tenha uma visão panorâmica de como as

coisas se poderão processar futuramente. Resumidamente, o que os empreendedores

têm de saber fazer é “identificar a necessidade ainda não satisfeita no mercado e

desenvolver uma oferta de produto/serviço para a colmatar. Há muitas novas formas

de identificar novas oportunidades de negócio”. Esta é, portanto, a principal função de

um empreendedor, pois sem a identificação da necessidade a suprir, a criação da

empresa torna-se inexistente porque é injustificável.

Embora o empreendedor não seja o principal impulsionador de ideias, este tem que ter

pelo menos, a “luz inicial” para dar propulsão ao projeto e “as ideias surgem de muitos

lados e de muitas fontes. Surgem de experiências pessoais e de trabalho, de

experiências indirectas de que ouvimos falar, de ver outros indivíduos e outras

empresas, olhando para as tendências, de viagens internacionais, de ocorrências

casuais, de conversas com colegas, professores, empresários (...)”10. Assim é possível

criar uma mais-valia para a empresa, pois aquilo que ouvimos pode muitas vezes dar

aso a novas ideias, algo sobre o qual nunca havíamos pensado.

É importante mencionar que grande percentagem das ideias se dirige a três elementos

diferentes: novo mercado, nova tecnologia e novo benefício, pois estes são os campos

onde podem ter mais impacto e onde existe mais margem de atuação. A sociedade

encontra-se em estado de evolução constante e “Todo este cenário é palco para a

emergência de novas oportunidades e ideias de produtos e negócios. Por exemplo, a

tendência para o envelhecimento da população, famílias monoparentais, idosos em

solidão, degradação ambiental e o problema da crescente obesidade da população

nos países ocidentais mais desenvolvidos são boas oportunidades para novas ideias

de produtos e serviços aos clientes e portanto, áreas em que os empreendedores

podem explorar para criar as suas novas empresas”11. Depois da identificação das

10

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 68. 11

Idem, p. 69.

Capítulo III

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necessidades supramencionada, os autores alertam para a relevância de

determinadas questões, como:

O que é que está a criar esta oportunidade?

Quem são os clientes alvo?

Qual é a sensibilidade ao preço e quanto é que o produto realmente vale?

De que parte a competição? E em que é que os concorrentes não estão a

satisfazer a necessidade?

As respostas a estas perguntas irão trazer possibilidade e abertura suficiente para que

o negócio se estabeleça sem falhas graves, como muitas vezes acontece com

gestores e empreendedores mais jovens ou menos experientes. De acordo com Ser

Empreendedor, “uma oportunidade é um conjunto de circunstâncias favoráveis que

cria a necessidade de um novo produto ou serviço. Uma ideia é um pensamento,

impressão ou noção, que pode ter, ou não, as qualidades de uma oportunidade”12.

De seguida, a obra em análise oferece-nos um conjunto de metodologias que podem

ajudar no processo de descoberta de ideias:

Identificação de necessidades – trata-se de procurar as tais já mencionadas

necessidades não satisfeitas da sociedade;

Observação de deficiências – Outro método básico, que consiste em verificar

falhas ou obstáculos em determinados projetos, com vista a melhorá-los,

inovando;

Observação de tendências – “O empreendedor pode seguir as tendências para

aproveitar oportunidades emergentes, sejam estas o resultado de modas que

surjam, de ciclos económicos, de evoluções tecnológicas, ou outras”13;

Derivação da ocupação atual – Acontece quando o empreendedor em questão

decide incutir determinados hábitos, inovações ou técnicas utilizadas no seu

trabalho anterior. Desta forma, pode acontecer mesmo tornar-se concorrente

do antigo local onde estava empregado;

Hobbies – Os passatempos são outra inteligente fonte de descoberta de

oportunidades. Os clubes desportivos são bons exemplos disso, pois revelam-

se um local cheio de boas ideias, já que os sócios notam as lacunas e fazem

vingar a sua imaginação;

Imitação do sucesso de outro – Esta situação é uma das mais comuns, uma

vez que todos os negócios costumam preceder um primeiro. Ou seja, têm

algumas ideias novas, mas a base é a mesma de outras empresas já

existentes;

12

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 71. 13

Idem, p. 75.

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Canais de distribuição – Estes costumam servir para catapultar novas ideias já

pensadas, mas que ainda não tinham tido hipótese de sair do papel para a

realidade;

Regulamentações governamentais – A maior parte dos negócios e das

empresas dependem muito de decisões do Estado e, consequentemente, das

leis aprovadas ou vetadas. Segundo esta lógica, é possível dizer que novas

leis aprovadas abrem caminho para a formação e criação de novas estruturas

empresariais e novos ideais de negócios que antes eram impossíveis;

Esforço em investigação e desenvolvimento – Esta é uma área cuja exploração

se aconselha veemente, uma vez que é uma das mais prolíficas formas de

invenção.

O ponto seguinte do livro tem que ver com aqueles que são considerados os melhores

métodos para gerar novas ideias (logo, inovação). O brainstorming é um dos mais

usados por ser um dos mais eficazes, mas este apenas funcionará se se cumprirem

determinados requisitos como:

Liberdade para criar e encorajamento de espírito livre e improvisação;

Proibição de críticas negativas que não tenham um cariz construtivo;

Geração de dinâmica durante as sessões, de modo a fomentar a participação

ativa de todos os membros envolvidos;

Permissão do melhoramento das ideias dadas por outros intervenientes.

Outras técnicas mencionadas são os grupos de discussão (ou focus group, como são

normalmente conhecidos) – que funcionam mais ou menos como um grupo de

brainstorming –, os questionários, a etnografia14, ou o método de anotações coletivas,

entre outros.

A última fase deste capítulo é dedicada à proteção das ideias, ou seja, dos direitos de

autor e das patentes. Os autores sublinham a necessidade de patentear novas

marcas, produtos ou serviços porque existe um enorme risco de que as ideias sejam

copiadas. Com a patente, deixam de poder ser copiados na íntegra e passam a ser

material exclusivo do inventor ou da empresa detentora.

É então importante realçar que a legislação sobre patentes protege determinados

itens, como:

Palavras;

Designs e logótipos;

Sons;

14

A etnografia consta num processo de análise de observação participante, no qual o observador

participa de forma inativa no dia-a-dia do ser observado. Este é um método muito utilizado em investigações sociológicas.

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3

Formas;

Fragrâncias;

Cores;

Aparência;

Números e letras.

Por último, os autores estabelecem uma tipologia de redes fracas e de redes fortes15.

Os contactos e parceiros de negócios são fatores cruciais para o sucesso de um

empreendimento. Eis o exemplo de uma rede de laços fracos:

E uma rede de laços fortes:

15

As figuras podem ser consultadas em FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa:

Edições Sílabo, 2008, p. 97.

Cliente

B

Empreendedor

Cliente

A

Capital

de risco B

Centro

de I&D

Tec

Anjo

Empreendedor

Cliente

E

Capital

de risco

F

Y

G

Cliente

M

B

Anjo

D

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Capítulo III – Ideias

1. Uma oportunidade resume-se a um conjunto de circunstâncias que propiciam a tomada de um novo produto ou serviço.

2. Há várias maneiras de identificar novas ideias, das quais a descoberta de sistemas de negócios deficientes, deteção de necessidades que não estão a ser supridas, etc..

3. Assim, também existem diferentes métodos para a criação e fomento de inovação, dos quais se destacam o brainstorming, os questionários ou os conhecidos focus groups.

4. Os direitos de autor e de patente, bem como o registo da marca são fatores chave para a preservação das ideias.

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O marketing da nova empresa

Este é um parâmetro ao qual os autores dão especial importância. O marketing da

empresa é um dos elementos cruciais para que esta seja dada a conhecer ao Mundo e

ao restante Mercado em que se movimenta. Dos estudos de mercado podem ser

extraídos dados relevantes para o estabelecimento de uma corporação. As

justificações para se recorrer frequentemente a esta tipologia de estudos são diversas:

A segmentação cada vez maior de mercados, que obriga à procura de novos

mercados-alvo;

O comportamento dos consumidores está a seguir uma direção diferente de há

uns anos. Não se preocupam tanto com bens de primeira necessidade –

porque há partida estão automaticamente supridos – mas sim com coisas mais

luxuosas ou simplesmente menos precisas;

O consumidor está a deixar de se focar no preço e a dar mais atenção a

fatores como a qualidade, durabilidade ou funcionalidade;

A existência de uma notável maior rivalidade com a concorrência, tanto a nível

nacional como internacional;

As necessidades a que os avanços tecnológicos obrigam.

O segundo ponto dos autores foca-se na segmentação do Mercado. Esta tem que ser

altamente escrutinada e pensada, de modo a captar o público-alvo certo e ter cuidado

para que não haja erros na transmissão da mensagem e do conceito da marca para o

consumidor, fase esta que é crucial para a aceitação da empresa pelo mercado e

pelos consumidores: “Para segmentar o mercado, a empresa deve decidir o mercado

que pretende atingir. Isto requer que se divida o mercado em grupos mais

homogéneos com base, por exemplo, nas características do cliente ou nas situações

de compra. Depois, seleccionar o(s) segmento(s) a atingir e, por fim, criar um plano de

marketing que integre as quatro dimensões: produto, preço, distribuição e

comunicação”16.

Os analistas podem debruçar-se sobre várias ‘fatias’ da sociedade para criarem o seu

público, mas é frequente que as variáveis sejam de uma das naturezas abaixo

descritas:

16

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 126.

Capítulo IV

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Geográfica – Baseia-se em fatores como o clima, a região, hábitos e valores

ou aspetos culturais. Não costuma ser suficiente e é por isso, muitas vezes

combinado com outras variáveis;

Demográfica – É um dos mais utilizados e foca elementos como a idade, sexo,

esperança média de vida, etnia e religião ou nível educacional, composição do

agregado familiar, etc.;

Psicográfica – Este ponto dá especial atenção a aspetos como hobbies dos

consumidores, personalidade, filiação política ou religiosa, estilo de vida e

classe social, etc.;

De uso – Especifica fatores como a fiabilidade dos produtos, sua qualidade,

durabilidade, design, entre outros que podem (ou não) trazer benefícios ao

consumidor.

O posicionamento é o próximo elemento a ser tratado no livro. Este “consiste no

conjuntos de acções que visam formar, ou manipular, a percepção dos consumidores

relativamente ao(s) produto(s) e marca(s). Geralmente, o posicionamento é suportado

por alguma característica diferenciadora do produto ou marca relativamente à

concorrência”17. Em suma, vai tratar-se de fazer com que a marca seja melhor do que

as restantes do mercado com a mesma função. A nova empresa criará uma posição

de exclusividade no Mercado, oferecendo um produto sem igual. A marca é o quinto

ponto deste capítulo, tida em Ser Empreendedor, como “um activo valioso e a lealdade

dos consumidores à marca pode permitir à empresa diminuir a sensibilidade dos

clientes a aumentos de competição no mercado. As marcas são construídas através

de um conjunto de técnicas: publicidade, relações públicas, patrocínios e apoio a

causas sociais, bom desempenho, etc.”18.

A marca deve ser um dos principais aspetos a ter em conta aquando do

estabelecimento de uma empresa, e o mais importante deve ser a criação de valor da

marca, que vai possibilitar numa primeira instância, a atenção do consumidor e por

último, a sua fidelização.

O comportamento do consumidor é a etapa seguinte. Os autores explicam-nos que o

processo de compra passa por várias fases, sendo estas: a identificação da

necessidade, a procura de informação, a avaliação das alternativas ao produto em

questão e finalmente, a decisão da compra e o comportamento depois disso. Mais

uma vez, é realçado o facto dos consumidores não desejarem apenas suprir

necessidades básicas como as fisiológicas; hoje em dia, querem mais e com mais

qualidade, dando importância ao design, à durabilidade e outros fatores que há alguns

anos não eram primordiais.

17

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 128. 18

Idem, p. 129.

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7

No fundo, o que mais importa é a satisfação do cliente, pois “quanto mais satisfeito o

cliente ficar, maior será a probabilidade de repetir a compra ou recomendar aos

amigos”.

Nesta fase, importa saber um pouco mais sobre o consumidor, a pessoa que na

realidade dá ‘alma’ ao produto e faz com que a marca seja, ou não, bem vista no

Mercado. Aqui, estudam-se fatores como a personalidade, estilo de vida, profissão ou

família do consumidor alvo.

O sétimo ponto a ter em conta é o marketing mix e a análise SWOT19. Aquando da

criação da nova empresa, é crucial avaliar as fraquezas, oportunidades, ameaças e

forças que a empresa detém, tanto interna como externamente. O marketing mix é

uma das técnicas mais usadas e que também serve para posicionar a marca,

avaliando as variáveis de Produto, Preço, Canais de Distribuição e Comunicação20.

19

Estratégia de marketing bastante utilizada para determinar o posicionamento de uma empresa. As

siglas que constituem a palavra significam respetivamente, Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats (em português são as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças de um negócio face a fatores externos e internos). 20

Não se considera pertinente incorrer na explicação detalhada de pormenores referentes a esta

temática, pois não se justifica a sua inserção nesta crítica. Para mais informação, consultar FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, pp. 134-144.

Capítulo IV – Ideias

1. Os estudos de mercado são uma das ferramentas mais importantes antes da estabilização da empresa, pois podem resultar em curiosas conclusões que podem ou não, ajudar a definir o público-alvo.

2. A segmentação do mercado e a marca são dois elementos indivisíveis, na medida em que a imagem da marca acaba sempre por definir o segmento de mercado ao qual a empresa, produto ou serviço se dirigem.

3. O comportamento do consumidor é obviamente, um dos pontos cruciais para segmentar o mercado, pois conclui dados sobre o tipo de comprador com que a empresa está a lidar, funcionando também para aprimorar e melhorar o produto à medida que a sociedade se vai alterando.

4. O marketing mix e a análise SWOT são conhecidas técnicas que tal como os estudos de mercado, servem para segmentar o público a quem a empresa se dirige.

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O ambiente e a indústria

Neste momento, Ser Empreendedor entra numa fase de perceção exterior, ou seja, de

que forma é que a empresa pode beneficiar com o fator novidade no Mercado.

Primeiro, há que ter em conta o ambiente envolvente e a indústria em que vai atuar.

Os autores focam-se em 7 pontos essenciais, que são:

A visão e missão da empresa – “a visão é um mapa que guia o futuro da

empresa na sua orientação futura em termos de tecnologia-produto-cliente, nos

mercados geográficos a perseguir, nas capacidades e competências a

desenvolver e no tipo de gestão que a empresa procura criar (...) A missão

expressa a finalidade (a razão de ser), a estratégia (objectivos e

posicionamento no mercado), os valores (princípios éticos que orientam a

actuação da empresa) e os padrões de actuação da empresa (a forma como se

espera que os colaboradores atuem)”;

Ambiente externo – Este ponto pretende que o empreendedor analise

elementos como as principais tendências de mercado, recentes mudanças no

meio em que opera e a longo prazo a determinação de quais as tendências

mais importantes e projetar resultados;

Análise Interna – “No fundo, importa que o empreendedor entenda o que tem

de fazer para poder almejar a uma vantagem competitiva”;

Atratividade do negócio – A satisfação do próprio inovador em relação ao

negócio que está a desenvolver deve ter como base a resposta a 3 perguntas

essenciais: “O que está a ser satisfeito? [no que toca às necessidades dos

consumidores], Quem está a ser satisfeito? Como estão a ser satisfeitas” estas

necessidades?

Análise da indústria – Este subtema do livro sublinha a relevância da teoria das

Cinco Forças de Porter21 para a tomada de um negócio. O objetivo subjacente

à análise destas forças “é entender a estrutura de uma indústria ao examinar

as 5 forças principais que determinam a rendibilidade da indústria”;

Estratégias genéricas de negócio – Porter é novamente referido pela

teorização de 3 importantes estratégias, sendo elas a Liderança pelos custos,

Diferenciação (do produto, da imagem, do serviço ou do pessoal) e Enfoque.

21

A explicação da importância e utilização das cinco forças de Porter encontra-se explícita em

PRAHALAD, C. K., BARTLETT, Christopher, et. Al, Estratégia. – Brasil: editora Campus, 4ª ed, 1998, obra também disponível nesta plataforma.

Capítulo V

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9

Todas estas estratégias visam, em última análise, a tomada de uma vantagem

competitiva;

Análise SWOT – É o último fator analisado pelos autores e já foi mencionado

anteriormente: “Para uma estratégia bem concebida, as forças e fraquezas

devem estar ajustadas às oportunidades do mercado e às ameaças

exógenas”22.

22

Todos estes 7 parâmetros acima descritos podem ser consultados com mais pormenor em FERREIRA,

Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, pp. 152-185.

Capítulo V – Ideias

1. São estabelecidos 7 pontos básicos para a criação de uma nova empresa. Estes focam lógicas de curto e de longo prazo.

2. Se tivermos em conta um quadro geral, pode dizer-se que todos estes funcionam em harmonia quando bem construídos e finalizados.

3. É importante mencionar que existem pontos que não funcionarão sem terceiros. Ou seja, muitos deles complementam-se uns aos outros.

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0

Construir a equipa e gerir pessoas

“Criar uma equipa para uma nova empresa significa muito mais que agrupar um

conjunto de pessoas com conhecimentos e funções distintas. É preciso criar uma

cultura de empresa favorável, que estimule o espírito de equipa e mobilize as pessoas

em torno do projecto da empresa, porque a equipa é uma das chaves do sucesso”23.

Esta premissa contida na introdução deste capítulo parece resumir tudo aquilo que

deve ser a verdadeira e correta noção de equipa dentro de uma empresa.

Relativamente a este parâmetro, há que ter em conta a visão do empreendedor e a do

outro lado – da equipa por si coordenada. Por um lado, é crucial que o dirigente saiba

quais as competências que pretende dos seus funcionários e para que funções.

Deverá também ser capaz de cruzar estas competências com a estrutura que deseja

ver implementada e com os elos que pretende que sejam criados entre essa mesma

estrutura interna. Há que ter em conta vários outros elementos, dos quais se destaca a

motivação, que deve ser constantemente fomentada entre a equipa de trabalho e que

pode surgir das mais diferentes formas, seja através de incentivos materiais e

monetários, ou de progressões na carreira.

No que toca ao recrutamento de pessoal, os autores mencionam duas vias possíveis:

o recrutamento interno e o externo. Ou seja, as empresas podem ter uma equipa fixa

que funciona toda sob as mesmas premissas e sob o mesmo regulamento e pode ao

mesmo tempo, ter pessoas a trabalhar consigo de forma externa, recrutados com base

em diferentes moldes.

A motivação é tida como um dos principais valores que deve existir entre patronato e

restante estrutura laboral. Esta baseia-se na conhecida Pirâmide de Necessidades24

de Abraham Maslow. A sua teoria postula que o ser humano tem 5 necessidades

básicas que precisa de ver satisfeitas. Estas são:

- Autorrealização, Estima, Sociais, Segurança e Fisiológicas.

Estas necessidades são tidas como cruciais para uma vivência contínua e equilibrada

do Homem, mas raramente são satisfeitas na sua plenitude.

Passemos agora para a questão da liderança. Todos os empreendedores têm que ser

bons líderes (ou pelo menos, saber nomear um gestor/dirigente que saiba liderar):

23

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 182. 24

Maslow nasceu a 1908 e faleceu a 1970. Contribuiu para várias áreas do conhecimento, com especial

enfoque para a Psicologia.

Capítulo VI

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1

“Liderar significa influenciar o comportamento de outros; ter a capacidade de promover

uma actuação coordenada para seguir os objectivos da organização; ter a capacidade

de conduzir as pessoas a envolver-se com entusiasmo e até voluntariamente em

actividades para a concretização de objectivos”25.

A comunicação é tida como um dos poderes centrais numa empresa, pois sem ela a

estrutura laboral pode colapsar em pouco tempo. É até primordial que exista uma

comunicação interna bastante acentuada e forte dentro da empresa e isso é algo que

se cultiva. Os gestores, dirigentes e restantes funcionários têm que estar atualizados

acerca das situações e informações mais importantes e que dizem respeito à empresa

como um todo: “Um empreendedor que não informa continuadamente a sua equipa,

que não compartilha os progressos, que não esclarece sobre os objectivos e

estratégias, que não comunica em feedback, dificilmente conseguirá o envolvimento

dos colaboradores”26.

A gestão de conflitos que possam surgir de forma corrente e o desenvolvimento de

competências são outros dois elementos sublinhados em Ser Empreendedor. O

primeiro está diretamente relacionada com a questão da comunicação; se esta fluir

corretamente e for boa, os conflitos minoram e não é necessário chegar à fase de

resolução, que pode sempre fazer danos na equipa. O desenvolvimento de

competências deve ser uma tarefa desempenhada de forma contínua. Porquê?

Porque os funcionários precisam de estar constantemente atualizados em relação a

novas metodologias e técnicas que possam melhorar a qualidade do produto final.

Para isso, os gestores e o empreendedor têm que ter sempre em vista a execução de

cursos de formação em várias áreas como a informática, a gestão, a inovação, entre

outras.

25

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 197. 26

Idem, p. 207.

Capítulo VI – Ideias

1. Os empreendedores devem dar importância a 6 pontos para que a empresa funcione bem em termos estruturais.

2. A motivação é um dos parâmetros mais importantes, pois sem isso a equipa poderá desmembrar-se rapidamente.

3. A formação contínua dos funcionários pode beneficiar a empresa em grande medida, pois mantém a estrutura altamente atualizada.

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2

As formas jurídicas da nova empresa

O empreendedor deve certificar-se que tudo na empresa se encontra dentro dos

conformes legais e que se adequa às políticas usadas no país de estabelecimento da

empresa criada. Na data de publicação do livro, o código das sociedades comerciais

contempla várias formas jurídicas. O empreendedor deverá escolher ao que melhor se

adapta ao Mercado em que está a entrar:

Sociedade unipessoal por quotas – empresas constituídas por um sócio

apenas, sem que hajam mais agentes envolvidos no que respeita à legalização

e oficialização da empresa;

Empresário em nome individual – “Nesta forma, a personalidade jurídica do

empresário confunde-se com a da própria empresa – o empresário é o

investidor do capital e quem assegura, isoladamente, a gestão corrente da

empresa mesmo que esta seja delegada noutro (dirigente)”27;

Estabelecimento individual de responsabilidade limitada – “Neste tipo de

empresa há uma separação entre os bens do indivíduo e os bens afectos à

empresa (...) No entanto, em caso de falência da pessoa singular que tutela o

estabelecimento, o falido responde com todo o seu património pelas dívidas

contraídas nesse exercício se se provar que não decorria uma separação total

de bens”28;

Sociedade por quotas – “são sociedades de capitais, não admitindo as

contribuições da indústria (ou trabalho). A responsabilidade dos sócios é

limitada, só o património responde para com os credores pela dívida da

sociedade”;

Sociedade anónima – Não existe responsabilidade social por parte dos sócios

integrantes, pois cada um responde apenas pelo capital que investiu na

sociedade.

Sociedade em nome coletivo – Rege-se pelo princípio de ‘um por todos e todos

por um’, pois um dos sócios pode responder pela falência de um, justificando-

se o adjetivo de ‘solidária’.

27

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 220. 28

Idem, p. 221.

Capítulo VII

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3

Sociedade em comandita – Existem as simples e por via de ações. As

primeiras são constituídas por pessoas e as segundas por capitais29.

29

Para saber mais sobre este tipo de empresas, consultar o capítulo VII de FERREIRA, Manuel Portugal,

et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008. 29

Idem, p. 221

Capítulo VII – Ideias

1. Existem 7 tipos de formas jurídicas que podem ser escolhidas para um determinado tipo de empresa.

2. É crucial que a nova empresa saiba definir uma forma jurídica específica para o tipo de empresa que tenciona implementar.

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4

O financiamento da nova empresa

Uma das primeiras ações a completar antes da oficialização da empresa e

conhecimento desta ao público, é a decisão de qual o melhor método de

financiamento. Para que uma empresa funcione e frua dentro do segmento certo, é

necessário adequar o tipo de investimento ao formato do negócio em causa.

Normalmente, os empreendedores juntam dois tipos de financiamento, utilizando um

estilo híbrido. Estes são o financiamento por endividamento – “é aquele que envolve

um empréstimo que é remunerado com juros (...) tipicamente, esse financiamento,

concedido por um banco comercial, exige um activo como garantia (por exemplo um

automóvel, apartamento, casa, edifício, equipamento, terreno)” – e financiamento

através de capital próprio – “Este é oriundo das suas próprias poupanças ou de bens

patrimoniais que possui”30.

Os autores frisam uma outra hipótese: o financiamento por parte de entidades

privadas ou terceiros, sendo que o seu grau de envolvimento deverá sempre depender

da quantidade de capital que investem, das regras impostas e das competências que

detêm.

30

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 241.

Capítulo VIII

Capítulo VIII – Ideias

1. O financiamento de uma empresa é não só um dos pontos fulcrais, como um dos primeiros passos a dar aquando da sua criação.

2. Este pode ser efetuado junto de várias entidades, nomeadamente da banca ou de entidades privadas (o mecenato, por exemplo).

3. Existem dois tipos de financiamento: por endividamento ou por capital próprio.

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Aspetos económico-financeiros da nova empresa

Este momento do livro foca a necessidade de saber fazer previsões quanto ao negócio

criado. Esta “deve ser feita para os 3 a 5 anos seguintes”31. Entre várias outras tarefas,

é preciso estar constantemente a monitorizar determinados elementos, como as

despesas (que podem ser fixas, iniciais ou variáveis)32. Também há que ter em conta

os fornecimentos, pagamentos ao pessoal empregado, entre outros.

O ponto crítico das vendas ou break-even point é uma das etapas cruciais da

empresa, a partir do momento em que esta se encontra em pleno funcionamento. Esta

é a altura que “indica o nível de actividade para o qual os custos igualam os proveitos

e os resultados da empresa são nulos. A nova empresa deve, na sua actividade, gerar

recursos financeiros suficientes para cobrir todos os encargos em que incorre. Quando

as receitas das vendas dos produtos ou das prestações de serviços cobrirem as

despesas que lhes estão associadas, consideramos que a empresa atingiu o ponto de

equilíbrio”33.

Para efetuar a análise da situação da empresa, em dado momento, existe um plano

financeiro constituído por três documentos: o balanço, a demonstração de resultados e

o mapa de fluxos de caixa.

Balanço: Representado por um quadro que demonstra o comportamento e a

performance da nova empresa em determinado momento do seu trajeto desde

a sua existência. É composto pelo seu capital (a posição ou património dos

acionistas da empresa), pelos passivos (obrigações financeiras, das quais se

salientam as dívidas, por exemplo) e pelos ativos (tudo aquilo que são os bens

e direitos das entidades responsáveis e que se pode traduzir em imóveis ou

bens de outra natureza);

Demonstração de resultados por naturezas: Composta por todos os custos,

perdas, receitas e lucros;

Mapa de fluxos de caixa: Tem que ver com as atividades operacionais, que são

“um indicador da capacidade da empresa gerar meios de pagamento

suficientes para manter a capacidade operacional, reembolsar empréstimos,

31

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 269. 32

Para saber mais sobre o tipo de despesas e gastos existentes, consultar http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm. 33

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 272.

Capítulo IX

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6

pagar dividendos e fazer investimentos e substituição sem ter de recorrer a

capitais alheios”34.

34

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 284.

Capítulo IX – Ideias

1. O ‘mapeamento’ da situação financeira da empresa deve ser um dos maiores e mais constantes cuidados dos empreendedores para que seja mantida uma margem de lucro aceitável, bem como de gastos.

2. Existem várias formas de o fazer, mas aconselha-se a utilização do modelo constituído por balanço, mapa de fluxos de caixa e de demonstração de resultados por natureza.

3. Há que ter em conta que irão sempre existir despesas variáveis e fixas (como a eletricidade ou o custo mensal de internet), mas estes devem ser corretamente equilibrados em função da lógica de receitas e planeamento de lucro da empresa.

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7

O Investimento

Este livro fala-nos ainda dos investimentos, tidos como outra das partes básicas da

estrutura da nova empresa. Estes podem ser de cariz de substituição – “visam a

modernização de equipamento ou a sua substituição pelo desgaste do uso”35 – de

inovação (“podem visar a introdução de novos produtos/serviços, ou a melhoria dos

níveis de produtividade do trabalho, ou a redução de custos”36) e, finalmente, os de

expansão e os estratégicos.

Os de expansão têm que ver com o aumento da atividade noutros setores da indústria

ou outros espaços geográficos e com os estratégicos pretende-se um aumento da

capacidade competitiva da empresa.

De acordo com os autores da obra aqui em análise, os projetos de investimentos

devem ser compostos por 5 elementos, dos quais:

O investimento em si – Que detém elementos como o preço da compra do

equipamento e outras variantes de cariz diverso;

Necessidades de Fundo de Maneio – Está relacionado com os stocks, as

dívidas de clientes e créditos de fornecedores;

Fluxos Líquidos de Tesouraria – O cálculo é feito subtraindo as receitas de

exploração diferenciais e os encargos diferenciais de exploração;

Vida do Investimento – Define-se pelo cálculo de previsão do tempo em que se

esperam Fluxos Líquidos de Tesouraria positivos;

Valor Residual – É o valor líquido dos bens depois da sua utilização37.

35

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 307. 36

Idem, ibidem. 37

Aconselha-se, por isso, a leitura deste mesmo capítulo da obra para um melhor entendimento das

questões acima abordadas.

Capítulo X

Capítulo X – Ideias

1. O investimento é uma das fases mais importantes para posicionar a nova empresa a um nível relativamente positivo no Mercado.

2. O plano de investimento é constituído por 5 partes distintas, que precisam de ser corretamente avaliadas e embora funcionem separadamente, resultam melhor enquanto conjunto.

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O plano de negócios

“Agora que já se decidiu a ser empreendedor, já identificou a ideia e o modelo de

negócio, seleccionou o mercado alvo, identificou a concorrência, definiu o marketing

mix, calculou as necessidades de investimento e as fontes de financiamento, chegou o

momento de escrever o seu plano de negócios”38.

Um plano de negócios deve ser constituído por:

Capa e índice;

Introdução;

Apresentação do negócio em causa;

Qual a equipa fundadora e de gestão;

Apresentação da empresa e da sua estrutura;

Análise do meio envolvente e da indústria adjacente;

Plano de Marketing;

Estratégia da empresa;

Plano de organização e de recursos humanos;

Plano de produção ou de operações;

Plano económico;

Calendário de implementação;

Anexos (que podem ser imagens, gráficos, estatísticas, entre outros

elementos).

38

In FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo, 2008, p. 334.

Capítulo XI

Capítulo XI – Ideias

1. O plano de negócios é, no fundo, o agregador de todas as ferramentas que temos vindo a analisar.

2. Para que resulte, é crucial que este seja sucinto, mas ainda assim preciso e altamente legível e percetível.

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9

Este livro mune o leitor de ferramentas para a criação de um negócio – mais

especificamente de uma empresa, mas cujas premissas são aplicáveis a qualquer tipo

de projeto empresarial. A forma e a perspetiva sob a qual os autores escrevem é clara

e concisa, mas ainda assim mutável e extremamente adaptável.

Nele, são abordados conceitos e regulamentos morais, laborais, estruturais, legais ou

mesmo financeiros, de modo a que o jovem empreendedor possa estabelecer o seu

negócio, independentemente da área de conhecimento e do segmento a atingir. O

mais importante é que este saiba aquilo que pretende formar, pois o livro oferece as

ferramentas e é extremamente prático, mas não prima pelos exemplos e pela

inovação. Mais uma vez, é importante salientar que Ser Empreendedor oferece um

conjunto variado de opções e sugestões para a resolução de várias problemáticas

como o financiamento, a estrutura laboral e suas competências, o investimento, entre

outros aspetos.

Tal como Estratégia (aclamada obra redigida por C. K. Prahalad), também a obra aqui

em análise nos mostra qual o caminho a seguir antes e durante a criação de uma nova

empresa. É ainda altamente recomendado para qualquer um que queira embarcar na

aventura de colocar um novo projeto em prática, mas não tanto para quem deseja

remodelar ou reformular uma empresa já existente.

Porém, é preciso ter em conta que esta é uma obra que trata questões de âmbito mais

nacional (Portugal, nomeadamente) e é redigida por autores portugueses, sendo por

isso, mais direcionada para mercados semelhantes ao de Portugal, mas não tão

aplicável a empreendedores que desejem expandir o seu negócio a mercados muito

distintos, como é o caso do Brasil, dos Estados Unidos ou de um país africano. A

mecânica dos mercados e do mundo empresarial difere de país para país e é preciso

ter atenção a isto. Todavia, não deixa de ser uma obra de referência para

empreendedores portugueses ou estrangeiros que queiram alargar os seus horizontes

em território nacional.

Impacto

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Ao longo desta crítica, abordámos algumas noções essenciais que por vezes passam

despercebidas a empreendedores menos experientes, mais novos ou provenientes de

outras áreas do Mercado que não aquela na qual desejam imiscuir-se. Ser

Empreendedor fala-nos de todos os aspetos principais e mais básicos que devem

constar aquando da criação de uma nova empresa. Não aborda a reestruturação de

departamentos ou outras questões que estejam relacionadas com a inovação e gestão

de uma empresa já formada, pois não é esse o enfoque dos autores. Enfatiza sim, a

constante (e cada vez maior) problemática da segmentação de mercado e da imagem

da marca, produto ou serviço que a empresa tenciona transacionar.

Portugal encontra-se numa fase económica menos próspera a um nível geral, o que

dita dois possíveis grandes cenários: abre portas para novos mercados nunca antes

explorados, ou cria obstáculos a financiamentos e outros elementos básicos da

estrutura empresarial.

Ser Empreendedor dá ao leitor uma nova visão do que poderá ser um novo negócio e

tendo em conta que as premissas em si postuladas, nunca deixará de ser um livro

atualizado. Devido à escassez de exemplos específicos, o leitor tende a generalizar e

as afirmações contidas na obra tornam-se gerais e aplicáveis a quase todos os setores

do Mercado.

Principais Conclusões

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1

FERREIRA, Manuel Portugal, et. Al – Ser Empreendedor. Lisboa: Edições Sílabo,

2008.

http://www.gemconsortium.org/

http://marketing.spaceblog.com.br/43987/AS-16-TENDENCIAS-DE-FAITH-POPCORN/

Todos os sites supramencionados foram consultados entre os dias 01 de outubro e 12

de outubro de 2012.

Bibliografia

Webgrafia

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