Seminário de Pensamento Pedagógioc No Ensino de Química

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    INTRODUO

    Conforme ttulo acima, meu propsito neste artigo apresentar um possvel"estado da arte" da pesquisa em ensino de qumica nesses 25 anos de SociedadeBrasileira de Qumica (SBQ, em cu!o m#ito, a $ivis%o de &nsino de Qumica ($&$tem e'ercido um papel fundamental no desenvolvimento da rea em nosso pas)

    *ara tal, reali+ei um levantamento #i#liogrfico de i artigos na Qumica Nova naEscola(Q-&sc, revista semestral da $&$.SBQ, e daqueles pu#licados na se/%o deeduca/%o da revista Qumica Nova0 ii comunica/1es de pesquisa de mem#ros da$&$, pu#licadas nos esumos das euni1es 3nuais da SBQ e de resumos de tesese disserta/1es #rasileiras produ+idas na rea) 3lm disso, o#tive, atravs dequestionrio enviado a 4 colegas ( desenvolvendo pesquisas em ensino dequmica 6 pelo menos 78 anos, 28 deles 6 quase 28 e os demais, como eu, 6cerca de 29 anos informa/1es e opini1es so#re a produ/%o e tend:ncia da rea,tendo consultado, tam#m, os respectivos currculos !unto ; plataforma

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    e%istente e o conte%to scio$cultural, em como os recursos &umanos e condi!ese%ternas (p)75)

    Quanto ; primeira condi/%o, duas principais ra+1es t:m !ustificado a relevncia darea da $idtica das Ci:ncias a importncia da vertiginosa produ/%o cientfica etecnolgica para o desenvolvimento das na/1es, tornando a alfa#eti+a/%o cientfica

    de seus cidad%os uma necessidade urgente0 e a associa/%o de fracasso escolar aoensino de ci:ncias, a qual n%o pode ser atri#uda ; incapacidade da maioria dosalunos, evidenciando a e'ist:ncia de defici:ncias naquele ensino (Gager e *enicH4)

    Com rela/%o ; segunda condi/%o E a especificidade do novo campo E !afirmvamos(Sc6net+ler e 3rag%oI, no primeiro artigo da se/%o de pesquisa emensino da Q-&sc, que o recon6ecimento da pesquisa em ensino de qumicadependia da divulga/%o da sua capacidade de resolver pro#lemas que n%o poderiamser resolvidos pelas outras reas da qumica, pois o domnio do con6ecimentoqumico uma condi/%o necessria, mas n%o suficiente para o desenvolvimentoda rea) -s, pesquisadores em ensino, nos envolvemos com intera/1es entrepessoas (alunos e professores e com a dinmica do con6ecimento nas aulas de

    qumica) 3ssim, precisamos recorrer a contri#ui/1es tericas da filosofia, dapsicologia, da sociologia, da antropologia, etc) -a distin/%o entre osver#os utilizar e recorrer,Cac6apu+ e cola#oradores2e'pressam que

    considerar a *id"tica das +i'ncias uma simples aplica#o pr"tica das +i'ncias daEduca#o pode fazer com que ignoremos a importncia da epistemologia da ci'ncia

    para uma mel&or aprendizagem das ci'ncias-...)li"s, a e%ist'ncia de um corpoprprio de con&ecimentos sore o ensino e a aprendizagem das ci'ncias que tornapossvel a integra#o de con&ecimentos adquiridos da /sicologia daEduca#o (p)797)

    3final, os prprios psiclogos da educa/%o compreenderam que n%o se pode falarde aprendi+agem em geral(Carretero5, ou como S6ulman9criticou os pedagogospor ignorarem a centa!idade d"s c"nte#d"sem processos de ensinoEaprendi+agem)

    &m outras palavras, a identidade dessa nova rea de investiga/%o marcada pelaespecificidade do con6ecimento cientfico, que est na rai+ dos pro#lemas de ensinoe de aprendi+agem investigados, implicando pesquisas so#re mtodos didticosmais adequados ao ensino daquele con6ecimento e investiga/1es so#re processosque mel6or d:em conta de necessrias reela#ora/1es conceituais ou transposi/1esdidticas para o ensino daquele con6ecimento em conte'tos escolaresdeterminados) @sso significa que o ensino de ci:ncias.qumica implica atransforma/%o do con6ecimento cientfico.qumico em con6ecimento escolar,

    configurando a necessidade de cria/%o de um novo campo de estudo e investiga/%o,no qual quest1es centrais so#re o que, como e porque ensinar ci:ncias.qumicaconstituem o cerne das pesquisas)

    -esse sentido, &J#e e Sc6midt, ao investigarem so#re critrios para a produ/%o de#ons artigos de pesquisa em ensino de qumica, enfati+am a compet:ncia emqumica como um deles, em#ora s ela n%o se!a suficiente para dar conta de outrosrequisitos a necessidade de se e'plicitar e fundamentar a relevncia da quest%o deinvestiga/%o em termos da literatura e'istente, particularmente da rea da $idticadas Ci:ncias0 que essa relevncia pauteEse no propsito de mel6orar o processo deensinoEaprendi+agem em qumica0 e que a investiga/%o se!a terica emetodologicamente fundamentada, articulando, e'plicitamente, tais referenciais

    com procedimentos adotados de coleta, constru/%o e anlise de dados) inalmente,que os resultados se!am discutidos criticamente)

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    *or sua ve+, com rela/%o ; terceira condi/%o es#o/ada por Cac6apu+ ecola#oradores2para definir a especificidade de uma rea de pesquisa E recursos6umanos e condi/1es scioEculturais E nos anos >8 come/aram a aparecer inKmerasrevistas na rea que rapidamente aumentaram sua periodicidade e a quantidade deartigos pu#licados em cada nKmero) 3lm disso, revistas da rea educacional eaquelas centradas em conteKdos cientficos como, por e'emplo, o0ournal of

    +&emical Education, passaram a pu#licar, com maior freqL:ncia, tra#al6os deinvestiga/%o em conseqL:ncia do nKmero cada ve+ maior de teses de doutoradoprodu+idas e de congressos internacionais reali+ados) 3inda, a anlise dasrefer:ncias #i#liogrficas nos artigos dos peridicos da reaevidenciauma dr"sticadiferena entre meados dos anos 12 e princpio dos 32: os artigosc&aves, aqueles que aparecem freq4entemente citados, correspondem a autorescu(a atividade investigadora se t'm desenvolvido, nos 5ltimos anos, no campoda Didtica das Cincias-...) enquanto os autores mais citados nos anos 12-/iaget, 6n&elder, +ampell, 7loom, 7runer, 8agn, usuel-...) traal&avamnoutros campos (Cac6apu+ e cola#oradores2 , p)798,797)

    *ara evidenciar de forma mais e'plcita esse desenvolvimento apresento, a seguir,

    as principais tend:ncias internacionais de investiga/%o que o caracteri+am)

    TENDNCIAS INTERNACIONAIS DE IN$ESTI%AO NA DIDTICA DASCINCIAS

    Se na fase inicial da constitui/%o da $idtica das Ci:ncias como rea predominou aprodu/%o de pro!etos de ensino, nos Kltimos 28 anos os interesses de investiga/%oforam dirigidos a temas muito mais diversos, entre os quais destacamEseidentifica/%o de concep/1es alternativas de alunos e proposi/%o de modelos deensino que as levem em considera/%o0 resolu/%o de pro#lemas0 ensinoe'perimental0 anlise de materiais didticos0 rela/1es ci:ncia, tecnologia esociedade em processos de ensinoEaprendi+agem0 linguagem e comunica/%o emsala de aula0 modelos e analogias0 concep/1es epistemolgicas de professores0propostas para uma forma/%o docente mais adequada0 quest1es curriculares e deavalia/%o0 e o papel das novas tecnologias de comunica/%o (Cac6apu+ ecola#oradores2) Segundo tais autores,

    o importante n#o constatar que estas e outras prolem"ticas foram es#o aundantemente investigadas. 9 que nos permite falar de um corpo decon&ecimentos e, portanto, de uma aut'ntica investiga#o e n#o de estudos

    pontuais o fato de estas lin&as de investiga#o aparecerem cada vez maisintegradas. artnez errades

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    modelos de investiga/%o que privilegiavam uma a#ordagem quantitativa eestatstica de resultados, advindos de compara/1es entre grupos controle ee'perimental) 3 principal crtica a esse movimento e ;s pesquisas por ele geradasera a de que se fundamentavam em uma concep/%o empirista de ci:ncia que,associada aos resultados pouco promissores de avalia/%o dos pro!etos curriculares,levou os educadores em Ci:ncias, no final dos anos 8, a desenvolverem

    investiga/1es so#re como os alunos aprendem conceitos cientficos, visando que osresultados orientassem o desenvolvimento de propostas curriculares mais efica+es)Fouve um deslocamento e'plcito da :nfase das pesquisas, dos processos de ensinopara os de aprendi+agem) &sses novos rumos implicaram que as investiga/1espassassem a ser desenvolvidas segundo metodologias de pesquisa qualitativa, com:nfase em estudo de casos, nos quais o#serva/1es em sala de aula, reali+a/%o deentrevistas, ela#ora/%o de te'tos e desen6os por parte dos alunos passaram a seros instrumentos mais utili+ados para a coleta de dados) 3lm disso, ospesquisadores passaram a se fundamentar em contri#ui/1es da psicologiacognitivista, conce#endo a aprendi+agem como evolu/%o, reorgani+a/%o oumudan/a das concep/1es dos alunos, ca#endo ao ensino a sua promo/%o) -essalin6a, cerca de I888 pesquisas foram reali+adas nos anos >8 (movimento das

    concep/1es alternativas, muitas das quais evidenciaram que concep/1es"errPneas" so#re inKmeros conceitos cientficos eram detectadas mesmo aps osalunos terem freqLentado e sido aprovados em cursos de Ci:ncias) Se, por umlado, tais resultados apontavam para a resist:ncia ; mudan/a das concep/1esprvias dos alunos, por outro, associavam a persist:ncia das mesmas ao fato damaioria dos professores de Ci:ncias ainda n%o as levarem em conta, ve+ que n%oensinavam a partir delas ($river e &ricHson77, s#orne e RittrocH72, il#ert eRatts74, Fas6Te67I) Dais constata/1es promoveram a intensifica/%o de pesquisasem tr:s grandes lin6as de investiga/%o que mant:m estreitas e importantesrela/1es estratgias e modelos de ensino para a promo/%o de mudan/a ouevolu/%o conceitual nos alunos0 o papel da linguagem na constru/%o de conceitoscientficos0 concep/1es de professores e modelos de forma/%o docente

    (Sc6net+ler75

    )

    Com rela/%o ; primeira lin6a, mudan/a conceitual foi o termo empregado paradesignar a transforma/%o ou a su#stitui/%o de cren/as e idias ing:nuas(concep/1es prvias, alternativas de alunos so#re fenPmenos sociais e naturais poroutras idias, mais sofisticadas e cientificamente aceitas, no curso do processo deensinoEaprendi+agem) $urante alguns anos, pareceu 6aver um certo consensoentre pesquisadores quanto ;s condi/1es para a ocorr:ncia de tal mudan/a) Amadelas era que o aluno deveria se sentir insatisfeito ou "em conflito" com suaconcep/%o a fim de mudEla ou su#stituEla) -esse sentido, ao ensino ca#iapromover tal conflito principalmente pelo confronto entre as concep/1es dos alunose os resultados de atividades e'perimentais) *or tal ra+%o, dentre as inKmeras

    pesquisas relativas ; mudan/a conceitual na dcada de >8, constataEse apreval:ncia de modelos apoiados na lin6a piagetiana, os quais enfati+avam oprocesso individual de constru/%o de con6ecimento por parte do aluno) -o entanto,segundo att6eTs79, essas propostas construtivistas manifestavam a mesmaepistemologia aristotlicoEempirista, enfati+ando a o#serva/%o cientfica segundoculos conceituais prprios ou "teorias" especficas do su!eito) *ara tal autor, odilema construtivista era n%o distinguir os o#!etos tericos e as ideali+a/1es daci:ncia de seus o#!etos reais) &m outras palavras, os construtos tericos da ci:ncia,que s%o produtos de ela#ora/%o e cria/%o 6umana, e que nos permitem e'plicar,interpretar e prever fenPmenos, n%o prov:m diretamente da o#serva/%o e s%o,portanto, pouco provveis de serem "construdos" e aprendidos pelos alunosapenas a partir de o#serva/%o e e'perimentos, sem o apoio do professor) 3ocontrrio, os alunos precisam ser introdu+idos a idias validadas por umacomunidade cientfica, o que leva ; considera/%o de que o professor um mediadorque possi#ilita o acesso dos alunos ;s mesmas) -o entanto, como as concep/1es

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    dos alunos podem ser antagPnicas ;s idias cientificamente aceitas, porqueconstrudas conforme caractersticas do senso comum e, portanto, comportandocaractersticas dessa forma de pensar (que se pauta por idias pragmticas, presasao sensvel, ao visual, tcitas, utilitrias, 6 vis1es distintas entre aluno eprofessor que precisam ser e'pressas e negociadas) *or isso, a intera/%o educativa,em qualquer nvel de escolaridade, implica a negocia/%o de significados ($river,

    3soHo,

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    U semel6an/a da pouca refle'%o so#re a fun/%o social da ci:ncia constataEse,tam#m, aus:ncia de discuss1es so#re a sua dimens%o epistemolgica durante aforma/%o inicial e continuada de professores) @sso tem sido apontado nos Kltimos78 anos por inKmeros tra#al6os que constatam o predomnio de pontos de vistaempiristasEindutivistas pela maioria do professorado de ci:ncias (uri as22,ellado Vimne+24, D6oma+ e cola#oradores2I) *or isso, a sugest%o mais freqLente

    de professores para mel6orar o ensino centraEse na mera inclus%o de atividadese'perimentais, apesar das crticas e contri#ui/1es de pesquisas so#re o assunto(ver liveira25, Fodson29, Bar#er e Walds2) *or tais ra+1es, emerge a :nfase nainvestiga/%o de concep/1es de professores, pois n%o parece 6aver dKvidas de que aprtica pedaggica de cada professor manifesta suas concep/1es de ensino, deaprendi+agem e de con6ecimento como, tam#m, suas cren/as, seus sentimentos,seus compromissos polticos e sociais) -este sentido, os resultados dessasinvestiga/1es v:m apontando crticas ao modelo tradicional de forma/%o docente,#em como sugest1es para sua mel6oria)

    3 forma/%o docente, o#viamente, dEse em processo permanente e contnuo)Baseados no seu processo de escolari+a/%o e na forma como foram educados, os

    futuros professores, quando iniciam seus cursos de licenciatura, ! possuemconcep/1es so#re o ato de ensinar que s%o muito simples e ing:nuas) Segundoessas concep/1es, para ensinar #asta con6ecer o conteKdo e utili+ar algumastcnicas pedaggicas) &sta vis%o simplista , por sua ve+, refor/ada pelo modelousual de forma/%o naqueles cursos, que calcado na racionalidade tcnica) Com#ase nesse modelo, os currculos de forma/%o profissional tendem a separar omundo acad:mico do mundo da prtica) 3ssim, propiciam um slido con6ecimento#sicoEterico no incio do curso, com su#seqLentes disciplinas de ci:nciasaplicadas desse con6ecimento para, ao final, c6egarem ; prtica profissional comos famosos estgios) -o caso da forma/%o docente, esse modelo conce#e e constrio professor como t&cnic", pois entende a atividade profissional comoessencialmente instrumental, dirigida para a solu/%o de pro#lemas mediante a

    aplica/%o de teorias e tcnicas) -o entanto, 6 aqui srios condicionantes queconferem pouca efetividade a essa forma/%o i os pro#lemas nela a#ordados s%oa#strados das circunstncias reais, constituindoEse em pro#lemas ideais que n%o seaplicam ;s situa/1es prticas, ou se!a, instauraEse o distanciamento entre teoria eprtica0 ii a forma/%o dita "pedaggica" (com menor status dissociada daforma/%o cientfica especfica, configurando camin6os paralelos que quase nunca secru+am ao longo do curso (a n%o ser nas disciplinas de $idtica e *rtica de &nsinode Qumica, sendo os responsveis pela crise das licenciaturas (aldaner eSc6net+ler2>)

    esmo com rela/%o ao con6ecimento ou domnio do conteKdo a ser ensinado, aliteratura revela que tal necessidade docente vai alm do que 6a#itualmente

    contemplado nos cursos de forma/%o inicial, implicando con6ecimentos profissionaisrelacionados ; 6istria e filosofia das ci:ncias, a orienta/1es metodolgicasempregadas na constru/%o de con6ecimento cientfico, as rela/1es entre Ci:ncia,Decnologia e Sociedade, e perspectivas do desenvolvimento cientfico)

    -o propsito de contri#uir para a mel6oria da forma/%o docente, vrios tra#al6osna rea da $idtica das Ci:ncias v:m incorporando a idia do professorErefle'ivo.pesquisador, para a qual convergem as perspectivas atuais) &stasconsideram a refle'%o e a investiga/%o so#re a prtica docente como necessidadesformativas, tornandoEse constitutivas das prprias atividades do professor, comocondi/1es para o seu desenvolvimento profissional e mel6oria de sua a/%o docente)-esse sentido, tais tra#al6os apontam que programas de forma/%o inicial ou

    continuada precisam contemplar certas necessidades formativas de professores,tais como

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    i dominar os conteKdos cientficos a serem ensinados em seus aspectosepistemolgicos e 6istricos, e'plorando suas rela/1es com o conte'to social,econPmico e poltico0 ii questionar as vis1es simplistas do processo pedaggico deensino das Ci:ncias usualmente centradas no modelo transmiss%oErecep/%o e naconcep/%o empiristaEpositivista de Ci:ncia0 iii sa#er plane!ar, desenvolver e avaliaratividades de ensino que contemplem a constru/%oEreconstru/%o de idias dos

    alunos0 iv conce#er a prtica pedaggica cotidiana como o#!eto de investiga/%o,como ponto de partida e de c6egada de refle'1es e a/1es pautadas na articula/%oteoriaEprtica (Carval6o e il *re+2=, ene+es48, *orln e Doscano47)

    -esses termos, fundamental que licenciandos em ci:ncias.qumica se!aminiciados na prtica da pesquisa educacional e que professores universitriosesta#ele/am parcerias entre si e com professores do ensino mdio e fundamentalcomo forma de serem introdu+idos na investiga/%o didtica e no processo contnuode desenvolvimento profissional (aldaner42)

    MARCOS DO DESEN$O'$IMENTO DA PESQUISA EM ENSINO DE QUMICANO (RASI') PRINCIPAIS CONQUISTAS

    Vulgo que o desenvolvimento da rea de pesquisa em ensino de qumica no nossopas devaEse a seis grandes marcos) primeiro deles, sem dKvida, foia CONSTITUIO DADI$ISO DE ENSINO NA SOCIEDADE (RASI'EIRA DEQUMICA, a primeira a ser oficialmente criada, em !ul6o de 7=>>, durante a X@euni%o 3nual) -o entanto, importante registrar que tal constitui/%o foi resultantede uma divis%o de ensino informal, oficiosa, mas significativamente atuante naorgani+a/%o de &ncontros -acionais e egionais de &nsino de Qumica desde 7=>8)Seu em#ri%o provm da primeira euni%o 3nual da SBQ (7=> em S%o *aulo, naqual ocorreu, tam#m, a primeira se/%o coordenada de tra#al6os de pesquisa emensino de qumica) &sta deveria terminar ;s 72 6, mas s l pelas 7I6 os I8participantes saram da sala, taman6a era a vontade de discutir e trocar idiasso#re a situa/%o (catastrfica do ensino mdio de qumica na poca e,principalmente, de propor um camin6o que a*isse+ es-a." nac"+nidade/+0ica -aa est+d"s e -es/+isas e ensin" de /+0ica) -aocasi%o, lastimvamos o nosso ostracismo naquela comunidade, em#orasou#ssemos das preocupa/1es e inten/1es dos professores ies#rec6t e *itom#ode mel6orar o ensino de qumica) Ferdeiros diretos de Feinric6 6ein#oldt,fundador do $epartamento de Qumica, em 7=4I, na ent%o aculdade de ilosofia,Ci:ncias e

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    aria &unice i#eiro arcondes, tvio aldaner, o#erto i#eiro da Silva, omeuoc6aEil6o e oque oraes dentre outros, certamente, n%o teramos ido longecomo fomos, motivando, formando e lan/ando novas gera/1es para a nossametac"nstit+i a ea de -es/+isa e ensin" de /+0ica n"(asi!1*ara tal,a nossa difcil camin6ada precisava de muitos outros parceiros e parceiras) 3ssim,optamos, inicialmente, por reali+ar &ncontros -acionais e egionais de &nsino de

    Qumica neste imenso pas, os quais se constituram no segundo grande marco darea) -esta reali+a/%o e na proposi/%o e desenvolvimento de outras importantesa/1es, a divis%o de ensino de qumica ($&$ na SBQ e'erceu e tem e'ercido umasignificativa atua/%o) @sso porque seus propsitos t:m sido

    fomentar a pesquisa e a produ#o de con&ecimento no campo da educa#o qumicapela promo#o de reuni!es cientficas voltadas para esse fim; reunir profissionaisinteressados e atuantes na pesquisa em Educa#o Qumica para apresentar ediscutir os resultados de suas atividades e realizar intercmio de e%peri'ncias;criar oportunidades de dissemina#o dos resultados dessas pesquisas a fim de

    possiilitar renova!es metodolgicas e atualiza#o de con&ecimento qumico aprofessores dos nveis fundamental, mdio e superior, em como possiilitar a

    solu#o de prolemas do Ensino de Qumica, soretudo na Escola /5lica; constituiredivulgar acervo da produ#o nacional e internacional em Educa#o Qumica,visando sua utiliza#o por pesquisadores, professores e licenciandos em Qumica

    para mel&oria da qualidade do ensino e da pesquisa em nosso pas(ortimer4I,p)4,I)

    Se no incio da $&$.SBQ ramos poucos, atualmente ela conta com cerca de 458mem#ros) *ara tal, contri#uram reali+a/1es das quatro diretorias oficialmenteeleitas por seus mem#ros, desde 7==2 at o presente, as quais se encontram narai+ de outros marcos aqui descritos)

    OS ENCONTROS NACIONAIS E RE%IONAIS DE ENSINO DE QUMICA

    &m 7=>8, [ttico C6assot, ; frente da emergente regional gaKc6a da SBQ, organi+ao primeiro &ncontro de $e#ates de &nsino de Qumica (&$&$, que desde ent%ov:m se reali+ando anualmente, com apenas uma lacuna em 7==7) @nKmeros temassignificativos foram a#ordados nos 27 ! reali+ados, num sistema de rod+io entreas universidades do io rande do Sul e nos quais se teve uma participa/%o mdiade 488 professores em cada evento, alm da presen/a de vrios pesquisadores emensino de qumica de outros estados do pas) uito dessa 6istria descrita pelocolega C6assot45 em um de seus vrios livros, o /ara Que-m) 5til o EnsinoG3convite seu, participei no @@ &$&$ que enfocava a quest%o como tornar o ensino de

    qumica mais criativo\, encontrando naquela comunidade gaKc6a o e'emplo e oestmulo para propor e organi+ar um outro tipo de encontro, o -acional de &nsinode Qumica (&-&Q) primeiro ocorreu em 7=>2, no @QEA-@C3*, com umaparticipa/%o de apro'imadamente 488 professores) oi, certamente, a primeira ve+que eu e aria &unice arcondes demos tanto tra#al6o para a diretora e'ecutiva daSBQ, $irce Campos) -o entanto, dela e de todas as diretorias da sociedade nesses28 anos de &-&Qs, sempre tivemos o maior apoio para organi+ar e reali+ar aquelesso# nossa direta responsa#ilidade (@, @@, @W e W@, os quais foram financiados peloC-*q) mesmo atestam organi+adores dos demais &-&Qs (Vos Cludio $el *ino,&duardo ortimer,

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    anais, vrios nomes internacionais e nacionais (C6assot, anos, vrios de nossacomunidade t:m muito a di+er so#re isso)

    Se os &-&Qs e &$&$s t:m sido t%o importantes, n%o menos significativos s%o os&C$&$Cs (&ncontros CentroEeste de $e#ates so#re &nsino de Qumica eCi:ncias, &--&Qs (&ncontros -orteE-ordeste de &nsino de Qumica e &S&Qs(&ncontros Sudeste de &nsino de Qumica que, ; semel6an/a dos &-&Qs, s%otam#m #ienais) *ara muitos dos I7 encontros regionais ! reali+ados, foramimportantssimos os pro!etos e as a/1es das quatro diretorias da $&$ no perodo7=>>E2887) $entre tais a/1es, uma implicava a anlise de tra#al6os enviados ;seuni1es 3nuais da SBQ, os quais evidenciam, tam#m, o desenvolvimento da reaem nosso pas, ao lado de pu#lica/1es na se/%o de educa/%o da revista Qumica

    Nova, configurando um outro marco)

    A SEO DE EDUCAO NAS REUNI2ES ANUAIS DA S(Q E NA RE$ISTAQUMICA NO$A

    Contrastando com apenas 5 comunica/1es na rea de ensino na primeira euni%o3nual da SBQ, em 7=>, 78> foram apresentadas na reuni%o do ano passado) -orfico 7, que registra a distri#ui/%o anual de um total de =59 comunica/1es depesquisa, podeEse constatar o crescente aumento de tra#al6os so#re ensino dequmica apresentados nas euni1es 3nuais da SBQ, com um marcantedesenvolvimento na dcada de =8) -esse mesmo perodo, a revista QumicaNovapu#lica um maior nKmero de artigos na se/%o de educa/%o (>=,comparativamente aos 95 pu#licados durante os anos >8) -o total, desde o seunKmero inicial at final de 2887, foram pu#licados 74 artigos na se/%o deeduca/%o da referida revista)

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    3 anlise das =59 comunica/1es revela, no entanto, um considervel contingente(57Y que n%o corresponde propriamente a investiga/1es, mas sim, a descri/1esde inova/1es pedaggicas, que incluem propostas de ensino ou de atividadesprticas de la#oratrio, e a relatos de e'peri:ncia) Dal constata/%o se aplica,tam#m, ; grande maioria (8Y dos 74 artigos pu#licados na se/%o de educa/%oda revista Qumica Novanos Kltimos 2I anos, em#ora nesta, a grande parte dos

    tra#al6os (7I4, isto , >4Y, se!a dirigida ao ensino superior, enquanto nascomunica/1es esse percentual de 57Y) -os 78I nKmeros da revista QumicaNova, volumes 7 a 2I, > deles (5Y cont:m tra#al6os so#re ensino de qumica,com uma mdia de 2 a 4 por nKmero, revelando interesse e preocupa/%o comaspectos educacionais por parte da comunidade qumica, principalmente, decolegas dos institutos de qumica da A-@C3* (4> artigos, ASCar (2, AS* (7Ie A (74 que !untos, foram responsveis pela produ/%o de 54Y do total deartigos pu#licados na se/%o de educa/%o da referida revista) &m termos das reasde con6ecimento tradicionais da qumica, a maioria dos artigos foi dirigida ;Qumica eral (I=, seguida pelas disciplinas de Qumica rgnica (29, sicoEQumica (22, 3naltica (7 e @norgnica (78) ConstataEse, ainda, um certopredomnio de propostas de atividades e'perimentais (52 tra#al6os, nas quais a

    discuss%o de resultados limitaEse aos dados e'perimentais da prtica proposta, semdiscutir outros relativos ao processo de ensinoEaprendi+agem de tais atividades)Quando refer:ncias a tal processo s%o feitas, usualmente restringemEse aconclus1es genricas so#re mel6orias na aprendi+agem dos alunos sem, noentanto, incluir e discutir dados que as suportem) 3lm disso, parecempreocupantes os redu+idos nKmeros de artigos so#re recursos de informtica noensino de qumica (7I e so#re Qumica 3m#iental (4 tra#al6os) Constatei, ainda,a pu#lica/%o de apenas dois artigos (atos e cola#oradores49, C6agas4 a#ordandoaspectos 6istricos e filosficos no ensino de qumica, e um Knico (arcondes ecola#oradores4> que trata a importncia da prtica de ensino em cursos de psEgradua/%o) Com rela/%o a essa disciplina em cursos de licenciatura em qumica, 6somente a contri#ui/%o de 4 tra#al6os (Crispino4=, SiccaI8, 3Jdos e ]uninoI7 que

    apontam a necessidade de relacionar o ensino de qumica com a vida cotidiana dosalunos e a importncia do dilogo em sala de aula)

    Quanto aos 52 artigos de pesquisa pu#licados na se/%o de educa/%o darevista Qumica Nova, as temticas mais freqLentes referemEse a a#ordagensconstrutivistas, relativas ao tratamento de concep/1es de alunos (conceitos deequil#rio qumico e su#stncia e a propostas de ensino configuradas em pro!etos,como o 6ntera!es e ransforma!es no ensino de qumica (*itom#o, arcondes ecola#oradoresI2 e a /roposta curricular de qumica do estado de inas8erais(ortimer, ac6ado e omanelliI4) 3lm disso, dois outros artigos deortimerIIEI5discutem teorias so#re mudan/a conceitual e prop1em a idia de perfilepistemolgico como construto tericoEmetodolgico para a#ordagens de ensino de

    importantes conceitos qumicos) @nspirandoEse em Bac6elard, ortimer discute as+onas evolutivas (realismo ou sensoEcomum, empirismo, qumica clssica emoderna que 6istoricamente marcam o tratamento de vrios conceitos) *or suave+, o mesmo enfoque epistemolgico adotado por naanlise de livros didticos de qumica, temtica iniciada pela pu#lica/%o do primeiroartigo de pesquisa na revista Qumica Nova(Sc6net+lerI= e que tem sido foco depreocupa/1es de outros pesquisadores (Dfouni, $el *ino, conforme revelam os 9artigos so#re livros didticos de qumica pu#licados na se/%o de educa/%o darevista Qumica Nova) &ssa constncia de interesse pode ser !ustificada pelo fatodaquele recurso instrucional e'ercer forte influ:ncia no processo de ensinoEaprendi+agem, implicando que investiga/1es se!am reali+adas no sentido deidentificar pro#lemas e defici:ncias por ele causadas) F, ainda, artigos quea#ordam aspectos importantes da educa/%o em qumica, e'plorando caractersticasdas investiga/1es na rea, cu!os te'tos correspondem a confer:ncias em euni1es3nuais da SBQ (ra+er7E58, reitas57, 3tHins52, Cac6apu+54, ortimerI5 e aldaner5I)

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    ConstataEse, tam#m, a presen/a de artigos so#re modelos e analogias, 4 deresolu/%o de pro#lemas e 2 so#re e'perimenta/%o, evidenciando a investiga/%o detemticas pertinentes ;s tend:ncias internacionais) -o entanto, o que c6amaaten/%o em = outros artigos, a investiga/%o so#re repet:ncia e evas%o em cursosde qumica (Braga e cola#oradores55, Silva e cola#oradores59E5 e so#re currculo edisciplinas do curso superior de qumica) -esse particular, as contri#ui/1es de

    o#erto Silva e omeu oc6aEil6o s%o e'pressivas, ao proporem e investigaremmetodologias para plane!amento, desenvolvimento e avalia/%o curriculares) 3pesarda importncia e da necessidade de reali+a/%o de investiga/1es no ensino superiorde qumica, encontramEse somente as contri#ui/1es dos referidos autores e as deWianna, 3Jdos e Siqueira5>que analisaram o curso noturno de licenciatura emqumica da AS) Se, como apontado por Silva e cola#oradores5, considerarmos asopini1es de alunos evadidos so#re seus cursos de qumica, perce#eremos a enormenecessidade de investigar, para mel6orar, o nosso ensino superior) F inKmerospro#lemas relativos ao currculo e ;s disciplinas, ; orienta/%o profissional, ao ensinoe ; rela/%o professorEaluno que, na maioria das ve+es, tem sido considerada fria edistante)

    Com rela/%o ;s =59 comunica/1es so#re ensino apresentadas nas euni1es 3nuaisda SBQ, o significativo aumento durante a dcada de =8 aplicaEse tanto ;sinvestiga/1es quanto aos relatos de inova/%o e de e'peri:ncias, em#ora 6a!a umligeiro predomnio das primeiras (59Y, com tend:ncia crescente evidenciada noKltimo ano, ! que dentre as 78> apresentadas, 5=Y delas correspondem ainvestiga/1es) 3s temticas mais freqLentemente investigadas nas I9=comunica/1es de pesquisa apresentadas no perodo 7=>E2887 s%o relativas ;aprendi+agem, dificuldades e concep/1es dos alunos (5Y e ; concep/1es edificuldades de professores (28Y sendo que estas, ; semel6an/a das tend:nciasinternacionais, passam a ser investigadas a partir do final dos anos >8 (7=tra#al6os, com um significativo aumento na dcada de =8 (9) Constata/%osemel6ante aplicaEse aos tra#al6os so#re novas tecnologias de comunica/%o que

    passaram a ser a#ordadas em 75 comunica/1es nos anos >8, c6egando a 4 nadcada seguinte, em#ora o percentual de tra#al6os se!a ainda pequeno (Y nas=59 comunica/1es pu#licadas) livro didtico, por sua ve+, continua sendo o#!etode I8 investiga/1es (=Y, #em como em outras comunica/1es de pesquisa se fa+presente a e'perimenta/%o (77Y que, ao ser tratada em inKmeras propostas,corresponde a 22Y (289 do total de tra#al6os) uito em#ora constatemEsepercentuais e'tremamente #ai'os de comunica/1es dirigidas ao ensino fundamentalde qumica (IY e a a#ordagens interdisciplinares (4Y, imprescindvel registrar,em termos numricos, o e'pressivo aumento de comunica/1es de pesquisa naseuni1es 3nuais da SBQ no perodo 7=>E2888 pois, se na dcada de 8 foram 9,nos anos >8 passaram a 5, c6egando a ser 42I na dcada de =8)

    OS PRO3ETOS DA DI$ISO DE ENSINO E A QNESC

    3 reali+a/%o dos encontros nacionais e regionais anteriormente mencionados foiproposta no primeiro pro!eto da $&$.SBQ, durante min6a gest%o e de aria &unicearcondes (7=>>E7==4) &m 7==2, o presidente da SBQ (ilgueiras, apesar detodo apoio ; nossa causa, nos colocou o s#io desafio de #uscar financiamento paranossas inKmeras demandas, ! que a SBQ n%o dispun6a de ver#a para tal) oi,ent%o, que eu e

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    por a-enasmais 2 anos a fim de que a propusssemos^) -aquela #oa poca doS*&C (Su#E*rograma de &duca/%o em Ci:ncias.C3*&S.*3$CD, conseguimos umsignificativo financiamento que, no entanto, s foi li#erado ao longo do perodo7==4E7==>, durante as duas gest1es de o#erto Silva (com icardo auc6e eRildson Santos ; frente da $&$) Segundo seu depoimento, o pro!eto &$&$possi#ilitou a reali+a/%o de 7 encontros de ensino de qumica, nos quais foram

    ministrados 749 miniEcursos, atingindo =7>8 professores de qumica (97Y do totalno pas na poca) 3lm disso, possi#ilitou o desenvolvimento e a divulga/%o dos primeiros nKmeros de um grande son6o nosso, a revista QNEsc -Qumica Nova naEscola))-%o foi sem o lastro de oc6aEil6o, como secretrio geral da SBQ, e deo#erto Silva, como diretor da $&$, que a QNEscfoi proposta em !ul6o de 7==I,durante o W@@ &-&Q, na A) -aquela ocasi%o, vrios de ns reunidos, decidimosque ela seria dirigida aos professores do ensino mdio e fundamental, a cursos delicenciatura e a programas de forma/%o continuada de professores dequmica.ci:ncias, tendo ; frente -elson Beltran, como editor, nos primeiros oitonKmeros da revista) 3 QNEsc, que com seu nKmero de novem#ro de 2887completou sete anos de pu#lica/%o semestral ininterrupta, com tiragem de 5888e'emplares por nKmero, um peridico composto por 77 se/1es 3tualidades em

    Qumica, Conceitos Cientficos em $estaque, Qumica e Sociedade, Fistria daQumica, elatos de Sala de 3ula, &'perimenta/%o no &nsino de Qumica, 3lunoem oco, *esquisa em &nsino, &lemento Qumico, &duca/%o Qumica e ultimdia e&spa/o 3#erto) 3lm disso, resen6as de livros e divulga/%o de eventos s%o tam#mpu#licadas) Segundo tais se/1es, a ela#ora/%o de cada nKmero implica, em mdia,um total de I> pginas de te'tos e ilustra/1es) 3 revista tem tido tima aceita/%o

    !unto ao professorado, !ustamente ao contemplar uma gama #astante variada deassuntos e interesses) corpo editorial da revista , atualmente, constitudo portr:s editores, 3lice Casimiro

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    $ /roduzir outros quatro cadernos tem"ticos sore os temas =+omustveis=,=tmosfera, &idrosfera e litosfera=, =+at"lise= e =Novas metodologias para o ensinoda qumica=.

    $ /roduzir vdeos sore os F primeiros cadernos tem"ticos e sore o ensino dequmica na sociedade do con&ecimento, com H2 minutos cada.

    $ *ivulgar e distriuir o material did"tico produzido para B222 professores dequmica do ensino fundamental e mdio, por meio de @2 mini$cursos em @2 capitaisde diferentes regi!es do pas, que t'm por o(etivo fornecer susdios ao professorsore a utiliza#o desses materiais na sua pr"tica pedaggica.

    $ +riar n5cleos de forma#o inicial e continuada de professores em @2 capitais dediferentes regi!es do pas, por meio de cursos de H2 & oferecidos a professoresuniversit"rios de qumica e de pr"tica de ensino de qumica.

    $ *esenvolver, implementar e manter um portal eletrInico, na internet, para oprofessor de qumica e ci'ncias, com a finalidade de apoio permanente C utiliza#oem sala de aula dos materiais did"ticos produzidos -p.@2).

    Dais a/1es acentuam a importncia da cola#ora/%o entre pesquisadores qumicos deponta e pesquisadores em ensino de qumica na produ/%o dos cadernos temticos ena forma/%o inicial e continuada de professores) Wale real/ar que esta Kltima, nopro!eto, se estende, tam#m ; forma/%o de formadores (professoresuniversitrios, revelando proposta de a/1es pioneiras para enfrentar um vel6opro#lema, o de implementar mel6orias nos cursos de licenciatura em qumica) Comisso, a $&$ est c6amando para si a responsa#ilidade de tam#m incentivar odesenvolvimento da pesquisa no ensino superior de qumica, uma ve+ que olevantamento de produ/1es reali+ado para este artigo aponta uma forte car:ncia deinvestiga/1es naquele nvel de ensino) Z preciso, ainda, registrar outro dado querefor/a a importncia da revista QNEscpara a rea de educa/%o qumica em nossopas nos seus anos de e'ist:ncia (7I nKmeros e I cadernos temticos elapu#licou e divulgou 7 artigos, contrastando com 74 pu#licados na se/%o deeduca/%o da revista Qumica Novadurante 2I anos)

    3lm de discuss1es e propostas de ensino so#re conceitos qumicos serem includasnas vrias se/1es da revista, particularmente, nos 7= artigos pu#licados nas se/1esde pesquisa em ensino e aluno em foco, temEse contri#ui/1es valiosas no tocante ;identifica/%o e a#ordagem de concep/1es de alunos so#re vrios conceitos comoequil#rio qumico (ac6ado e 3rag%o5=, transforma/1es qumicas (ortimer eiranda98, Santos osa e Sc6net+ler97, solu/1es (&c6everria92 e so#re temas comocintica (Vusti e uas94, termoqumica (ortimer e 3maral9I e estrutura da matria(ortimer95, omanelli99, Beltran9) 3o desenvolverem refle'1es epistemolgicas econstrutivistas, de cun6o scioEinteracionista, tais investiga/1es discutem aspectosconceituais relevantes so#re os conceitos e temas tratados, alm de enfati+arem amedia/%o do professor e a importncia das intera/1es discursivas e da linguagemem sala de aula) &ste tema, em particular, ainda e'plorado por ac6ado9>E9=, emdois outros artigos na QNEsc, nos quais a referida autora trata a importncia dalinguagem qumica em processos de conceituali+a/%o e de forma/%o de pensamentoqumico nos alunos) -o tocante ; negocia/%o de significados em sala de aula,Santos e ortimer8e'ploram pro#lemas em processos construtivistas, aoinvestigarem estratgias e tticas de resist:ncias de alunos em aulas de qumica)-os demais artigos da se/%o de pesquisa no ensino, encontramEse, tam#m,investiga/1es so#re livro didtico (Campos e Cac6apu+7, e'perimenta/%o em

    qumica (iordan2, rela/1es CDS e cidadania no ensino de qumica (Santos eSc6net+ler4, modelos de ensino (ilagres e VustiI e uso do referencial da

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    investiga/%oEa/%o na forma/%o continuada de professores (Santos osa ecola#oradores5, evidenciando temticas e enfoques de pesquisa n%o somenteafinados com as tend:ncias internacionais atuais mas, principalmente, contri#uindopara as mesmas com a produ/%o de novos con6ecimentos) -esse sentido, nonKmero = da QNEsc, a se/%o de pesquisa pu#lica um dos mel6ores artigos !ela#orados so#re a constru/%o de con6ecimentos cientficos em sala de aula, dos

    autores $river, 3soHo,

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    -a maioria das teses e disserta/1es (7Y foram investigadas quest1es relativas aoensino mdio de qumica, enquanto 7= das 48 dirigidas ao ensino superior tratamda temtica da forma/%o de professores) utros temas freqLentementeinvestigados foram desenvolvimento e avalia/%o de propostas de ensino (22,pro#lemas de ensinoEaprendi+agem (77, concep/1es alternativas (77, ensinoe'perimental (=, anlise de livros didticos (, pro#lemas de avalia/%o (5 elinguagem e intera/1es em sala de aula (I) &m#ora n%o contemplados de formasignificativa, temas como informtica no ensino de qumica, analogias, resolu/%o depro#lemas e currculo escolar foram tam#m pesquisados, evidenciando relevnciae adequa/%o ;s tend:ncias internacionais da investiga/%o na rea da $idtica dasCi:ncias) Dodavia, preciso apontar para o redu+ido nKmero de investiga/1es so#redisciplinas especficas em cursos superiores de qumica) -o levantamento reali+ado,atravs de consulta ao catlogo de teses e disserta/1es em ensino de ci:nciascoordenado por egid -eto=e aos currculos de pesquisadores em ensino dequmica, pude identificar apenas I tra#al6os 4 disserta/1es (liveira>8, eed>7,anrique>2 e uma tese de doutorado eed>4, sendo as tr:s Kltimas orientadas poro#erto Silva no @QEAnB) 3lm deste, outros tr:s doutores em qumica (*itom#o earcondes no @QEAS* e iordan na &EAS* t:m contri#udo na orienta/%o demestres e doutores em educa/%o qumica)

    -o entanto, atualmente, nem todos os 42 doutores formados est%o orientandonovos alunos) Ans se aposentaram, outros tra#al6am em institui/1es nas quais n%o6 curso de psEgradua/%o em educa/%o e, muito menos, em educa/%o qumica0alguns dos mais novos porque ainda n%o iniciaram tal tarefa) 3ssim, atualmente,somos apenas 74 doutores diretamente envolvidos com a orienta/%o e forma/%o denovos quadros C6assot (A-@S@-S, Cun6a (A-@C3*, &c6everria (A, iordan(AS*,

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    processos de ensinoEaprendi+agem s%o as que congregam um maior nKmero depesquisadores) -o entanto, outros interesses de investiga/%o em linguagem ecogni/%o, desenvolvimento conceitual e curricular, novas tecnologias, letramentocientfico, ensino e'perimental, concep/1es alternativas, intera/%o pedaggica,modelos e analogias, 6istria, filosofia e epistemologia da qumica e educa/%oam#iental t:m sido tam#m desenvolvidos) rutos dessas pesquisas t:m se

    concreti+ado n%o somente em pu#lica/1es de artigos nas revistas QNEsc e QumicaNova, em outros peridicos da rea da $idtica das Ci:ncias ou mesmo da rea deeduca/%o) Dam#m permitiram a pu#lica/%o de vrios pro!etos de ensino e de livrosso#re educa/%o qumica, configurando um outro marco na rea)

    DESEN$O'$IMENTO DE PRO3ETOS DE ENSINO E PU('ICAO DE 'I$ROSSO(RE EDUCAO QUMICA

    Wrios pro!etos de ensino de qumica foram desenvolvidos e pu#licados nessesKltimos 75 anos, constituindo uma importante alternativa para professores que, atent%o, s dispun6am de livros didticos pouco adequados a um processosignificativo de ensinoEaprendi+agem, conforme evidenciam as inKmeras pesquisasreali+adas so#re tais materiais) undamentados em concep/1es construtivistas, naarticula/%o entre os nveis fenomenolgico e terico conceitual da qumica e de suasrela/1es com a sociedade, tais pro!etos v:m contri#uindo para a mel6oria do ensinomdio de qumica) 3lguns de seus autores tam#m participaram na ela#ora/%o deparmetros curriculares nacionais e de propostas estaduais de ensino de qumica)$entre os vrios pro!etos, merecem destaque aqueles coordenados por aldaner>IE>5, l e Santos>9, ortimer>, *itom#o e arcondes>>E=8e omanelli e Vusti=7)

    Com rela/%o a livros resultantes de disserta/1es e teses, estes vieram preenc6erum grande va+io de o#ras de refer:ncia e consulta so#re educa/%o qumica,principalmente em disciplinas de cursos de licenciatura e programas de forma/%ocontinuada de professores de qumica) efiroEme, #asicamente, aos livros deC6assot45E=2, C6assot e liveira=4,

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    significativa porque, usualmente, os professores, em seus processos de forma/%oinicial (cursos de licenciatura e continuada n%o t:m sido introdu+idos ; pesquisaeducacional) *or isso, tendem a ignorEla, descompromissandoEse de investigar aprpria prtica pedaggica para mel6orEla) &m outras palavras, ainda estamosdistante de concreti+ar os propsitos da racionalidade prtica, com professorespesquisadores de suas prprias a/1es docentes, construindoEse como profissionais

    autPnomos)

    &ntretanto, a literatura tam#m revela que o processo de mudan/a paradigmtica,visando romper gradativamente com o modelo da racionalidade tcnica, implica ema/1es que o minem por dentro) @sso significa catalisar mudan/as no processo deforma/%o docente, mesmo dentro de um conte'to marcado pelos ditames daquelaracionalidade) Sem enfrentar a necessidade de mel6orar a forma/%o docente emqumica, se!a ela inicial ou continuada, dificilmente conseguiremos quecontri#ui/1es de pesquisas se!am, de fato, concreti+adas e produ+idas na maioriadas salas de aula de qumica de nossas escolas (Sc6net+ler=>) 3 quest%o comofa+:Elo\ #viamente 6 vrias formas, mas nen6uma delas dispensa um maiorempen6o e compet:ncia por parte dos formadores de professores) & a, estamos

    todos ns, pesquisadores em ensino de qumica e pesquisadores nas outras reasda qumica) esmo considerando as idias de Bourdieu so#re o&aitusdos camposcientficos que, na comunidade qumica, implicam a preval:ncia da forma/%o de#ac6aris para a manuten/%o e continuidade da pesquisa em qumica, !ulgo que asproposi/1es de ]anon e Sc6net+ler== e de aldaner42s%o mais otimistas pelapotencialidade de minar, gradativamente, as fortes ra+es do modelo de forma/%oprofissional pautado na racionalidade tcnica) Dais proposi/1es, por sua ve+, foramapresentadas e discutidas em confer:ncia plenria na W@ &C@C& (confer:nciaeuropia so#re pesquisa em educa/%o qumica, registrando contri#ui/1es#rasileiras ; pro#lemtica internacional so#re forma/%o docente em qumica(Sc6net+ler788)

    Como primeira contri#ui/%o, enfati+amos a constitui/%o de trades de intera/%oprofissional (professor universitrio, professor do ensino mdio e licenciandosconfiguradas em mdulos disciplinares, com dura/%o de 5 a > 6, e que s%odesenvolvidas no conte'to das disciplinas qumicas e pedaggicas de cursos delicenciatura) @sso implica no tratamento de um determinado conteKdo qumico (oupedaggico da disciplina n%o somente pelo professor universitrio mas, tam#m,por parte do professor do ensino mdio, incentivando a discuss%o de reela#ora/1esconceituais ou transposi/1es didticas mais adequadas ; futura doc:ncia doslicenciandos) ConseqLentemente, s%o enfati+adas articula/1es entre sa#eresdisciplinares e sa#eres inerentes ; doc:ncia escolar, contri#uindo para minimi+ar acis%o teoriaEprtica em cursos de forma/%o de professores de qumica) &staproposi/%o configuraEse, tam#m, como uma potencial modalidade para atender ;

    atual legisla/%o (parecer C-&.C*27.2887, que determina I88 6 de prtica deensino vivenciadas ao longo do curso de licenciatura, acrescidas de mais I88 6 deestgio supervisionado ao final do mesmo) &m#ora as trades de intera/%oprofissional visem prioritariamente a mel6oria da forma/%o inicial de professores dequmica, ao assumir que na intera#o entre o con&ecimento terico e ocon&ecimento da pr"tica que se constri o con&ecimento profissional do

    professor (3larc%o787, tal proposi/%o tam#m incentiva a forma/%o continuada deprofessores do ensino mdio e, principalmente, a de formadores de professores(professores universitrios, ao considerar que mel6orar a licenciatura em qumicaimplica mel6orar a forma/%o dos formadores que nela atuam)

    -essa perspectiva, a proposta de aldaner42enfati+a a cria/%o de nKcleos de

    pesquisa em educa/%o qumica em institutos e departamentos de qumica denossas universidades)

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    9 professor universit"rio, profissional de sua "rea de saer, tamm educador naforma#o de novos qumicos e, principalmente, na forma#o de novos professoresde qumica. 9 n5cleo de pesquisa em educa#o poderia constituir$se em espao deforma#o especfica dos docentes universit"rios ao trazer para mais pr%imo doscursos os avanos pedaggicos produzidos e voltar$se, tamm, para o ensino

    praticado dentro do prprio curso de qumica, alm de preocupar$se com o ensino

    de qumica que est" acontecendo nas escolas. /articipariam do n5cleo especialistasnas ci'ncias da educa#o qumica, professores universit"rios de qumica e alunosdas licenciaturas -p.H3F).

    -esses termos poderEseE tam#m preenc6er, de forma gradual, a atual lacuna depesquisas no ensino superior de qumica e de parcerias entre professoresuniversitrios e do ensino mdio na constru/%o de a/1es mais efica+es de forma/%ocontinuada) c$ermott782aponta que o ensino de con6ecimentos pedaggicosdissociados de conteKdos de ensino n%o contri#uem para uma adequada forma/%odocente, em#ora se!a dentro desse quadro que estamos formando professores dequmica) *ortanto, quando falamos so#re a necessidade dos licenciandos adquiriremcon6ecimentos relativos ; 6istria e ; epistemologia da qumica, ;s suas inKmeras

    e importantes rela/1es com a tecnologia e a sociedade, para poder mel6or ensinarseus futuros alunos, n%o estamos propondo que isso se!a cumprido pelasdisciplinasditas "pedaggicas") s nossos colegas de faculdades de educa/%o(psiclogos, socilogos, filsofos, pedagogos e 6istoriadores dentre outrosdominam outros con6ecimentos, mas n%o os de qumica) uito menos tal tarefapode ser atri#uda apenas a ns, professores de *rtica de &nsino, $idtica ou@nstrumenta/%o para o ensino de qumica) 3 quest%o epistemolgica, 6istrica,social e cultural da qumica tem que permear todas as disciplinas do currculo deforma/%o do qumico) F, evidentemente, um longo camin6o a perseguir e, paratal, as propostas das trades e da cria/%o de nKcleos de pesquisa em institutos dequmica de nossas universidades s%o #oas estratgias para incentivar, tam#m, acria/%o de mestrados profissionali+antes ou acad:micos em educa/%o qumica,

    conforme tem sido proposto pela rea de ensino de ci:ncias e matemtica daC3*&S, nos quais enfati+ada a participa/%o de pesquisadores das reasespecficas da qumica) -o tocante a nKcleos ou grupos de parcerias entreprofessores universitrios e professores do ensino #sico de qumica, vale real/ar ae'ist:ncia, ! 6 vrios anos, de tr:s grupos atuantes em nosso pas o &*&C(rupo de *esquisa em &duca/%o Qumica no @QEAS*, coordenado pelosprofessores

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    imposi/%o ou porque apenas se dese!e) Z preciso e'plicitar, desconstruir ereconstruir concep/1es, e isso demanda tempo e condi/1es que n%o s%odeterminadas apenas pelo conte'to interno0 s%o decorrentes tam#m de polticaseducacionais e sociais mais amplas) Z por isso, no di+er de ]eic6ner784, que aaten#o dos professores deve estar tanto virada para dentro, para sua prpria

    pr"tica, como para fora, para as condi!es sociais nas quais situa essa pr"tica.-%o

    resolve pensEla fora do conte'to (Sc6net+ler e osa78I) Com isso estamosafirmando que n%o #asta ao professor ter um compromisso social, detectar asdefici:ncias do seu ensino, as necessidades dos seus alunos) Z necessrio #uscar aintegra/%o de con6ecimentos tericos com a a/%o prtica, conforme nos prop1e]eic6ner, no processo de a/%oErefle'%oEa/%o, produ+indo novos sa#erespedaggicos) &sse movimento requer uma forma/%o contnua, e do nosso ponto devista, n%o individuali+ada) equer, ainda, colegas que au'iliem o professor na crticaao modelo e'istente e na constru/%o de outros ol6ares para a aula, para auniversidade, para o ensino e para as implica/1es sociais, econPmicas e polticasque permeiam a educa/%o)

    Sendo assim, a universidade precisa investir em propostas que incentivem a

    pesquisa so#re.no ensino, para mel6or produ+iElo, como estratgia de apropria/%ode con6ecimentos e da forma/%o da identidade do professor, de modo que ainvestiga/%o e a produ/%o acad:mica em sua rea especfica de con6ecimentocontri#uam para a compreens%o dos processos de ensinar e aprender em conte'tosintencionais de forma/%o de professores) -o nosso caso, a forma/%o de professorespara o ensino mdio e superior de qumica) @sso significa, conforme idiasdifundidas por -voa785, investir nos sa#eres de que os professores formadores s%oportadores, ao mesmotempo requerendo que eles se assumam como produtoresde sua profiss%o, enquanto su!eitos da 6istria e construtores intelectuais) *ortanto,capa+es de reali+ar refle'1es, anlises e ela#ora/1es so#re o institucional, a sala deaula, e so#re si prprios)

    Am dos aspectos significativos da refle'%o de formadores sa#er at que ponto osaportes tericoEprticos que constituem o nKcleo de suas disciplinas contri#uempara e'plicar a comple'idade e fornecer diretri+es para a singularidade dassitua/1es do tra#al6o docente, sa#endoEse que este um processo sempreinaca#ado) Se essas refle'1es forem compartil6adas com outros colegas, conformeproposto pela cria/%o dos nKcleos de pesquisa e das trades de intera/%oprofissional, os resultados tendem a ser mais promissores desde que 6a!a,primeiramente, um compromisso de todos os participantes " da *"a 5"ntade1

    &ssa uma das vrias idias importantes que aprendi com

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    RE4ERNCIAS

    7) ra+er, )0 Quim. Nova6789, B, 72I1 M

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    28) Santos, R)0 Sc6net+ler, ) *)0 Educa#o em Qumica: +ompromisso com a+idadania, 2 ed),ed) A-@VA` @!u, 2888) M ) M , @F, 2>=) M , H, 475) M ) M

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    I8)Sicca, -)0 Quim. Nova 677;, @A, 5>9) M

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    9I) ortimer, &) )0 3maral,

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    >9) l, )0 Santos, R)0 Qumica na ociedade, ed) AnB Braslia, 2888) M ) ortimer, &) )0 6ntrodu#o ao Estudo da Qumica: /ropriedades dos ateriais,Jea!es Qumicas e eoria da atria,Belo Fori+onte, 7==9) M >) *itom#o,

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    784) ]eic6ner, O)0 orma#o Jefle%iva de /rofessores: 6dias e /r"ticas,&duca*orto, 7==4) M