SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO E AULA INAUGURAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM ED. CAMPO
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SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO E AULA INAUGURAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM ED. CAMPO
A Educação do Campo e o A Educação do Campo e o Movimento Histórico Sociopolítico Movimento Histórico Sociopolítico de sua construção: Concepções, de sua construção: Concepções, Marcos e PerspectivasMarcos e Perspectivas
Maria Antônia de SouzaMaria Antônia de Souza Profa. do PPGEd Mestrado e Doutorado em Educação – Profa. do PPGEd Mestrado e Doutorado em Educação –
UTP.UTP. Profa. do Curso de Pedagogia – UEPG.Profa. do Curso de Pedagogia – UEPG. [email protected]@pq.cnpq.br
Objetivos:
Análise de conjuntura do Movimento da Educação do Campo.
Educação do Campo como fruto das lutas dos trabalhadores por terra e por reforma agrária.
Processo de construção da Educação do Campo Concepções Marcos Perspectivas
Temas para debate
Contexto da Educação do Campo no Brasil.
Políticas e Práticas da Educação do Campo.
Escolas do Campo: principais desafios
Contexto da Educação do CampoASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA8.472 novembro/2009
901.823 famílias assentadas, 2.000 municípios.
PRONERA – Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
89 projetos 380 mil assentados foram “atendidos”
47 universidades envolvidas 16 institutos e escolas técnicas
21.995 jovens matriculados em cursos e projetos de escolarização.
Contexto da Educação do Campo
Existência de povospovos que sobrevivem do e no campo.
Luta intensificada no contexto da contexto da reforma agráriareforma agrária.
Lutas e movimentos pela educação são históricos no Brasil. Novidade: luta por educação dodo campo.
Contexto da luta por Educação do Campo
Base: sociedade de classesBase: sociedade de classesExploração e Expropriação dos trabalhadoresRevelada nos baixos Índices de
Desenvolvimento Humano – IDH.Escola: instituição de “reprodução ideológica” Estado: entre direitos e deveres e entre
interesses de classes. Nova face: Nova face: aproximação dos movimentos
sociais do Estado (gera modificações nas relações no interior dos grupos e no interior das instâncias governamentais).
Força ideológica conservadora a ser Força ideológica conservadora a ser superada...superada...
A luta pela Educação do Campo confronta interesses
sociais.Interesse do Estado como “aparelho” da classe dominante.
Confronta duas lógicas educacionais: reprodutora x transformadora.
Confronta duas concepções políticas de educação: para os para os povos do campo x dosdos povos do campo.
Potencializa a formação de uma esfera pública.
Contexto da Ed. do Campo
Esfera pública "[...] ela se torna a arena onde se dá tanto
o amálgama da vontade coletiva quanto a justificação das decisões políticas previamente acertadas" (p.15). Para Costa, não se trata de pensar esferas públicas "[...] paralelas e separadas da 'esfera pública burguesa'. Ainda que preservem os seus mecanismos próprios de comunicação, tais movimentos e tais movimentos e organizações interagem com o Estado organizações interagem com o Estado e as instituiçõese as instituições" (COSTA, 2002, p.36).
Contexto da Educação do Campo: protagonismo da
sociedade civil [...] o compromisso ético e a opção pelo
desenvolvimento de propostas que tenham por base o protagonismo da sociedade civil exige uma clara vontade vontade política das forças democráticas política das forças democráticas organizadas organizadas para a construção de uma nova sociedade e de um espaço espaço público diferente do modelo público diferente do modelo neoliberalneoliberal, construído em cima de exclusões e injustiças (GOHN, 2005, p.113).
Concepções de Educação do Campo
Educação Rural: Centralidade da decisão no Estado e nos governos.
Educação do Campo: Centralidade dos processos educativos – sociedade/ movimentos sociais.
Escola? Educação Pública? Projeto de Sociedade/ Campo/ Projeto de Sociedade/ Campo/
Educação?Educação?
MARCOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Práticas educativas do MST...; CFRs; ONG... Projetos de alfabetização de jovens e
adultos => iniciados nos anos de 1990 (parcerias entre governos e “movimentos sociais”).
Encontros e Conferências Encontros e Conferências voltadas ao debate da educação na reforma agrária .... (Constituição de um espaço público para debate da Educação do Campo). PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA
REFORMA AGRÁRIA, 1998.REFORMA AGRÁRIA, 1998.
PRÁTICAS COLETIVAS: da Educação Básica à Educação
Superior Magistério da Terra – Braga, 1990. Pedagogia da Terra – Unijuí, 1998. Projetos de EJA – 1998. Formação de Educadores do Campo, 200_... Licenciatura em Educação do Campo, 2008 .. Geografia, Pedagogia, História, Direito,
Agronomia .... Formação Técnica Formação Superior em Agroecologia – ELAA,
2005. Pós-Graduação Lato Sensu: cursos de
Especialização.
NO MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Rede Mineira de Educação do Campo/MG
Comitê de Educação do Campo/PR Rede de Educação do Semi-Árido
Brasileiro/BA Vários estados: Articulação com Programa Saberes
da Terra, Projovem Campo, 2005. Programa Escola Ativa, 1997. Pronera, 1998.
O CONHECIMENTO NA LUTA O CONHECIMENTO NA LUTA SOCIALSOCIAL
“Assim, com os ‘novos movimentos sociais’, estamos diante de um processo pedagógico processo pedagógico – e políticopolítico, é sempre bom lembrar – igualmente novo no horizonte das lutas populares do campo brasileiro” (MUNARIM, 2008, p. 14).
NO MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO...
Grupos de pesquisas nas universidades.Parcerias universidades – movimentos.Formação continuada: governos e
universidades.Concepção de educação em
alternância: tempo escola, tempo comunidade, tempo pesquisa....
Reitera-se uma concepção curricular Reitera-se uma concepção curricular crítica e sociocultural.crítica e sociocultural.
POLÍTICAS E PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Política e prática da construção construção coletivacoletiva.
Práticas em parcerias...Prática de produção coletiva do
conhecimento: Antunes-Rocha; Martins et al; Molina et al; Soares; Vendramini; Assesoar; MST...
Prática coletiva na instância governamental: CEdoC; produção de material pedagógico; diretrizes curriculares; formação continuada etc.
Que concepção de prática?Vázquez (1977, p.248) nos oferece a
categoria práxis criadora para se referir ao estado de criação humana. Para ele, “O homem não vive num constante estado criador. Ele só cria por necessidade: cria para adaptar-se a novas situações ou para satisfazer novas necessidades. Repete, portanto, enquanto não se vê obrigado a criar”. E, acrescenta o autor, que “no processo verdadeiramente criador, a unidade de ambos os lados do processo – o subjetivo e o objetivo, o interior e o exterior – se apresenta de modo indissolúvel”. (VÁZQUEZ, 1977, p. 248).
Políticas e Práticas da Educação do Campo
Formação inicialFormação continuadaUm processo de repensar conteúdos
e metodologias.Gestão democrática XX rotina e
cultura escolar autoritária.Políticas compensatórias X X políticas
de formação humana e emancipação.Práticas reiterativas X X práticas
criadoras.
Políticas e Práticas da Educação do Campo
Programas Diretrizes: 2002; 2008; estaduais;
decreto/2010Diretrizes Estaduais (PR, 2006)Resoluções Há um processo de construção pública Há um processo de construção pública
de políticas?de políticas?Participação das comunidades locais não
organizadas politicamente, como vem sendo pensada?
Escolas do Campo: transformações em curso...
Escolas do campo: transformações em curso...
PERSPECTIVASPERSPECTIVAS
Cultura escolar: Cultura escolar: superar a força do paradigma tradicional no processo pedagógico.
Superar hierarquias.Superar homogeneidades.Superar fragmentação: dos conteúdos,
do processo de avaliação, da fragilização dos conteúdos.
Ampliar a prática da pesquisa: valorização desde a instância governamental...
PERSPECTIVAS
Política de Estado... Política de governo ... Política dos movimentos sociais... Força política dos sujeitos
organizados.=> Rede de coletivos
universidades movimentosorganizações
PERSPECTIVA
Enfrentamento de classes. Fortalecimento da ideologia da
Educação Rural em políticas governamentais X fortalecimento da Educação do Campo.
Ampliação nacional do debate da Educação do Campo.
Força do conceito diversidade cultural – Atenção!
Dilemas...
A nossa época de crise estrutural global do capital é também uma época histórica de transição de uma ordem social existente para outra, qualitativamente diferente. Essas são as duas características fundamentais que definem o espaço histórico e social dentro do qual os grandes desafios para romper a lógica do capital, e ao mesmo tempo também para elaborar planos estratégicos para uma educação que vá além do capital, devem se juntar. (MÉSZÁROS, 2005, p.76)
Dilemas...
O reconhecimento formal de direitos reconhecimento formal de direitos pelo Estado não encerra a luta pela pelo Estado não encerra a luta pela cidadaniacidadania, por uma sociedade diferente da que conhecemos...
Qual é o aspecto que há em comum entre os povos do campo? Quais os pontos de diferenças culturais?
A história da Educação do Campo no Brasil...
É a história da classe trabalhadora.... Revoluciona relações sociais construídas pela
burguesia em diferentes momentos históricos....
Os homens e mulheres fazem a própria história na roça, na colônia, no sítio, na ilha, na escola...
Homens e mulheres do campo ... Trabalhadores(as) na lavoura e na educação.
““Ocupar, produzir e resistir... Ocupar, produzir e resistir... Também na educação” já dizia o MST nos anos de 1990...