Seleção de oócitos suínos através do corante Brilliant Cresyl Blue ...
-
Upload
duongtuong -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of Seleção de oócitos suínos através do corante Brilliant Cresyl Blue ...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Tese
Seleção de oócitos suínos através do corante
Brilliant Cresyl Blue
Elisa Caroline da Silva Santos
Pelotas, Março de 2014.
1
ELISA CAROLINE DA SILVA SANTOS
Seleção de oócitos suínos através do corante Brilliant Cresyl Blue
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Biotecnologia da
Universidade Federal de Pelotas, como
requisito parcial à obtenção do título de
Doutor em Ciências (área do
Conhecimento: Biotecnologia da
Reprodução Animal).
Orientador: Thomaz Lucia Junior
Coorientadores: Arnaldo Diniz Vieira
Ligia Margareth Cantarelli Pegoraro
Rafael Gianella Mondadori
Pelotas, Março de 2014.
2
Dados de catalogação na fonte:
Maria Beatriz Vaghetti Vieira – CRB-10/1032 Biblioteca de Ciência & Tecnologia – UFPel
S237s Santos, Elisa Caroline da Silva
Seleção de oócitos suínos através do corante Brilliant Cresyl Blue / Elisa Caroline da Silva Santos. – 69f. : il. – Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Área de concentração: Biotecnologia da Reprodução Animal. Universidade Federal de Pelotas. Centro de Desenvolvimento Tecnológico. Pelotas, 2014. – Orientador Thomaz Lucia Junior; co-orientador Ligia Cantarelli Pegoraro, Rafael Gianella Mondadori e Arnaldo Diniz Vieira.
1.Biotecnologia. 2. Suinos. 3. Competência oocitária. 4. BCB. 5. Meios. 6. Toxicidade. 7. Maturação in vitro. I.Lucia Junior, Thomaz. II. Pegoraro, Ligia Cantarelli. III. Mondadori, Rafael Gianella. IV. Vieira, Arnaldo Diniz. V.Título.
CDD: 636.40824
Santos, Elisa Caroline da Silva Seleção de oócitos suínos através do corante Brilliant Cresyl Blue / Elisa Caroline da Silva Santos. – 69f. : il. – Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Área de concentração: Biotecnologia da Reprodução Animal. Universidade Federal de Pelotas. Centro de Desenvolvimento Tecnológico. Pelotas, 2014. – Orientador Thomaz Lucia Junior; co-orientador Ligia Cantarelli Pegoraro, Rafael Gianella Mondadori e Arnaldo Diniz Vieira.
1.Biotecnologia. 2. Suinos. 3. Competência oocitária. 4. BCB. 5. Meios. 6. Toxicidade. 7. Maturação in vitro. I.Lucia Junior, Thomaz. II. Pegoraro, Ligia Cantarelli. III. Mondadori, Rafael Gianella. IV. Vieira, Arnaldo Diniz. V.Título.
CDD: 636.40824
3
Banca examinadora
Prof. Dr. Thomaz Lucia Junior, Universidade Federal de Pelotas (Orientador).
Prof. Dr. Augusto Schneider, Universidade Federal de Pelotas.
Prof. Dr. Bernardo Garziera Gasperin, Universidade Federal de Pelotas.
Dr. José Carlos Ferrugem Moraes, Embrapa Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros.
4
Dedico à minha família e aos meus verdadeiros amigos.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela minha vida e por ser fonte de
inspiração, força, determinação e sabedoria.
Ao meu orientador Thomaz Lucia Junior: agradeço por ter acreditado em
mim e confiado esta responsabilidade. Aos meus coorientadores: Rafael Mondadori,
Arnaldo Vieira e Ligia Pegoraro: agradeço pela ajuda no desenvolvimento dos
trabalhos, ensinamentos prestados, amizade e bons conselhos.
Ao pesquisador Hisataka Iwata e mestrando Daichi Sato, que auxiliaram o
desenvolvimento de parte da tese na Tokyo University of Agriculture.
Aos colegas do ReproPEL, Karina, Fabiana, Raquel, Gustavo Gastal, Zilah,
Kauê, Carlos Eduardo, Carine e à todos os estagiários e professores, pela boa
convivência, ajuda sempre que necessária e pelos bons momentos que passamos!
Aos colegas da Embrapa, Dona Ledi, Giovane, Elisângela, Jorgea, Miriane,
Bruna, Alexander, José, Tainã e Andressa: pela ajuda prestada na condução da
tese, convivência alegre e palavra amiga de sempre. Levo vocês no coração!
A minha família, mãe (Zélia Tavares da Silva), irmãos (Paulo, Patricia,
Gonçalo, Regina), tia (Catarina Tavares) e amigos incondicionais (Cláudia, Ariadne,
Renata, Andressa, Paulo Schmidt) que entenderam minha ausência, minhas falhas,
momentos difíceis, souberam lidar com as distâncias, saudades, sempre com amor.
Ao Frigorífico Castro pela disponibilização dos ovários suínos, especialmente
ao funcionário Nilo, sempre prestativo.
Ao Laboratório de Neurobiotecnologia da UFPel, Professora Luciele
Savegnago e Débora Martinez, pelo auxílio na condução do ensaio cometa.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (Capes)
pela bolsa concedida durante o Doutorado e ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida durante o
Doutorado Sanduiche.
A Universidade Federal de Pelotas e à Pós-Graduação em Biotecnologia,
pelo qualificado curso de Doutorado.
A todos que de alguma forma auxiliaram no desenvolvimento desta tese...
MUITO OBRIGADA !!
6
“Para quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião”.
Charlie Brown Jr.
7
RESUMO
SANTOS, Elisa Caroline da Silva. Seleção de oócitos suínos através de Brilliant Cresyl Blue. 2014. 69f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de Pelotas. Para a obtenção de embriões suínos produzidos in vitro faz-se necessário que a maturação in vitro (MIV) ocorra de forma eficiente, o que exige a seleção dos complexos cumulus-oócitos (CCOs) mais competentes. O corante Brilliant Cresyl Blue (BCB) permite selecionar os CCOs que completaram seu crescimento, mediante a avaliação dos níveis da enzima G6PDH. Entretanto, existe um possível efeito nocivo relacionado ao processo de seleção com BCB, o qual pode ser devido a uma toxicidade intrínseca do corante ou aos vários fatores relacionados à composição dos meios para a realização do teste. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivos: averiguar a existência de toxicidade após exposição ao BCB e avaliar o efeito de diferentes meios para a coloração com BCB sobre a capacidade de suporte ao desenvolvimento oocitário. Na primeira pesquisa, após a coloração com BCB e após a MIV, vários testes foram realizados para avaliar os efeitos de sua potencial toxicidade sobre a atividade e a funcionalidade mitocondrial: análises de espécies reativas de oxigênio (ROS), ATP, potencial de membrana mitocondrial e número de cópias de DNA mitocondrial. Como resultados, obteve-se que oócitos corados com BCB produziram altos níveis de ROS quando comparados com o controle imediatamente após a coloração e após a MIV. O ATP e potencial de membrana mitocondrial apresentaram resultado similar entre os grupos após a coloração, porém, após a MIV oócitos BCB apresentaram menor potencial de membrana e ATP. Não ocorreu diferença no número de cópias do DNAmt nos grupos avaliados. Já, no teste do conteúdo de ATP em embriões iniciais, o ATP foi inferior em oócitos BCB, porém, não ocorreu diferença significativa. Na segunda pesquisa, comparou-se o meio mais utilizado, D-PBS, com um meio mais elaborado para o BCB, chamado de ReproPEL. Os CCOs submetidos aos dois meios foram submetidos à MIV e avaliados quanto à maturação nuclear e citoplasmática, ativação partenogenética e ao teste cometa. Na MIV nuclear, as maiores taxas de MII (P<0,05) foram obtidas no DPBS+ (63,1%), ReproPELc (55,1%) e ReproPEL+ (50,2%). Quanto à densidade dos GC, os grupos com menor área (P<0,05), evidenciando melhor migração, foram ReproPELc, D-PBS+, D-PBS- e ReproPEL+. A ativação partenogenética demonstrou que o meio ReproPEL possui boa capacidade de manutenção oocitária, possibilitando taxas aceitáveis de desenvolvimento até o estágio de blastocisto: ReproPEL+ (13,0%); e ReproPELc (12,7%). Desta forma, o meio ReproPEL pode ser indicado para a manutenção oocitária, porém não foi o meio mais indicado para o corante BCB. Com relação à toxicidade, após a exposição ao BCB e após a MIV, os oócitos BCB apresentaram alterações em nível mitocondrial, devido ao aumento na produção de ROS, diminuição do potencial de membrana e ao comprometimento da produção de ATP. Porém, a função mitocondrial foi restaurada no início do desenvolvimento embrionário. Com tudo isso, conclui-se que o BCB foi responsável por toxicidade em oócitos suínos imaturos, sendo necessários novos estudos para avaliar as alterações causadas pelo BCB em nível embrionário. Palavras chave: Competência oocitária, BCB, meios, MIV, toxicidade, suínos.
8
ABSTRACT
SANTOS, Elisa Caroline da Silva. Selection of swine oocytes through Brilliant Cresyl Blue. 2014. 69f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de Pelotas. The production of swine embryos in vitro requires efficient in vitro maturation (IVM), which can be achieved by selection the most competent cumulus-oocyte complexes COC).The Brilliant Cresyl Blue (BCB) dye allows the selection of COC with complete growth by assessing their levels of the G6PDH enzyme. However, there is a possible negative effect of selection with BCB. This effect may be due to its intrinsic toxicity or to factors related to the composition of the media used during the test. This research had the objectives: to determine potential toxicity after exposure to BCB and to evaluate the effect of different medias for BCB staining on the ability to support oocyte development. On the first research, after BCB staining and after IVM, several tests were performed to evaluate the effects of their potential toxicity on mitochondrial activity and functionality: reactive oxygen species (ROS), ATP, mitochondrial membrane potential and the number of copies of mitochondrial DNA. The results showed that oocytes stained with BCB produced high levels of ROS, compared with control immediately after staining and after the IVM. The ATP and mitochondrial membrane potential showed similar results between groups after staining, however, after IVM oocytes BCB showed lower membrane potential and ATP. There was no difference in the number of copies of mtDNA in the evaluated groups. Already, on test of ATP content in early embryos, ATP was lower in BCB oocytes, however, there was no difference statistical. In second study, the most commonly used media, D-PBS, was compared with a more elaborate media for BCB called here: ReproPEL. The COC’s submitted to both media were submitted to nuclear and cytoplasmatic maturation, parthenogenetic activation, and to the comet test. The great rates of nuclear IVM (P<0.05) were obtained for DPBS+ (63.1%), ReproPELc (55.1%) and ReproPEL+ (50.2%). The group with smaller area of CG (P<0.05), showing better migration, were ReproPELc, D-PBS+, D-PBS- and ReproPEL+. The parthenogenetic activation indicated that ReproPEL media presented satisfactory capacity of oocyte maintenance, resulting in acceptable rates of development to blastocyst stage: 13.0% for ReproPEL+; and 12.7% for ReproPELc. So, the ReproPEL media can be used for maintenance of swine oocytes, but it was not the most appropriate media for BCB staining. Moreover, after exposure to BCB and after IVM, BCB oocytes presented high toxicity at mitochondrial level, due to increased production of ROS, decreased membrane potential and compromised ATP production. However, the mitochondrial function was restored in early embryonic development. In conclusion, BCB was responsible for toxicity in immature swine oocytes, nevertheless, further studies must be performed to evaluate the changes caused by BCB in the embryonic level. Keywords: Oocyte competence, BCB, media, IVM, toxicity, porcine.
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP- Adenosina tri-fosfato
BCB- Brilliant Cresyl Blue (Azul de Cresyl Brilhante)
BCB(+) Oócito com baixos níveis da G6PDH, corado com Brilliant Cresyl Blue
BCB(-) Oócito com altos níveis da G6PDH, não corado com Brilliant Cresyl Blue
CO2 - Gás carbônico
COCs- Complexo Cumulus-Oophorus
DNAmt- DNA mitocondrial
GC- Grânulos corticais
GSH- Glutationa
G6PDH- Glicose- 6- fosfato - desidrogenase
m-DPBS- Salina tamponada com Fosfato segundo Dulbecco’s
MIV- Maturação in vitro
MII- Metáfase II
NaDPH- Fosfato de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina
NCSU23- Meio 23 da Universidade da Carolina do Norte
VG- Vesícula Germinativa
PIV- Produção in vitro
PIVE- Produção in vitro de embriões
PZM- Porcine zygote medium
RNAm- RNA mensageiro
ROS- Espécies Reativas de Oxigênio
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO GERAL............................................................................................................................12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................................................14
2.1 Seleção oocitária com Brilliant Cresyl Blue (BCB)......................................................................14
2.2 Maturação in vitro de oócitos suínos.................................................................................................15
2.3 Maturação Citoplasmática......................................................................................................................16
2.3.1 Grânulos Corticais .................................................................................................................................17
2.3.2 Mitocôndrias...............................................................................................................................................18
3. HIPÓTESES.....................................................................................................................................................20
4. OBJETIVOS.....................................................................................................................................................21
5. ARTIGO 1
Brilliant Cresyl Blue staining negatively affects mitochondrial functions in porcine oocytes....................................................................................................................................................................22
5.1 Summary..........................................................................................................................................................24
5.2 Introduction......................................................................................................................................................25
5.3 Materials and methods..............................................................................................................................26
5.4 Statistical Analysis.......................................................................................................................................30
5.5 Results..............................................................................................................................................................31
5.6 Discussion........................................................................................................................................................32
5.7 Conclusion.......................................................................................................................................................34
5.8 References......................................................................................................................................................34
5.9 Figures......................................................................................................................................................38
6. MANUSCRITO 2
Efeito do meio para a seleção de oócitos suínos através do Brilliant Cresyl Blue na Maturação in vitro, Produção Embrionária e Genotoxicidade......................................43
6.1 Resumo................................................................................................. ...........................................................45
6.2 Abstract............................................................................................................................................................46
6.3 Introdução........................................................................................................................................................47
6.4 Materiais e Métodos....................................................................................................................................48
6.5 Análise Estatística........................................................................................................................................51
6.6 Resultados.......................................................................................................................................................51
6.7 Discussão.........................................................................................................................................................52
6.8 Conclusões.....................................................................................................................................................54
11
6.9 Referências....................................................................................................................................................54
6.10 Figuras...........................................................................................................................................................58
7. CONCLUSÕES...............................................................................................................................................62
8. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................................63
12
1. INTRODUÇÃO GERAL
Existe um grande interesse na PIV em suínos com a finalidade de investigação
biomédica, devido à similaridade fisiológica com a espécie humana (Abeydeera,
2002). Contudo, os resultados obtidos nesta espécie ainda são considerados
insatisfatórios, quando comparados com resultados in vivo ou com demais espécies,
como bovinos e camundongos (Kikuchi et al., 1999) em decorrência da MIV
citoplasmática incompleta. Durante a MIV na espécie suína, é sabido existir falhas
na migração e conteúdo dos grânulos corticais, acarretando em altas taxas de
fertilização polispérmica (Dang-Nguyen et al., 2011). Como resultado, esta
ineficiência também limita outras biotécnicas que necessitam de blastocistos de
qualidade, como a transgenia, produção de células e órgãos para xenotransplantes
(Dang-Nguyen et al., 2011).
Desta forma, um dos pré-requisitos para o sucesso da PIV é a qualidade
oocitária. Porém, a maior parte das falhas durante a PIV suína é decorrente da
seleção de oócitos de baixa qualidade, os quais não apresentam todas as
características morfológicas, bioquímicas, celulares e metabólicas para
completarem seu desenvolvimento (Naruse et al., 2006). Atualmente são utilizados
para os procedimentos in vitro, oócitos provenientes de fêmeas pré-púberes, devido
ao baixo custo e abundância destas fêmeas em abatedouros. Contudo, estes
oócitos são considerados mais heterogêneos e apresentam competência de
desenvolvimento reduzida (Pawlak et al., 2011).
Desta forma, metodologias que possibilitem acesso à determinação da
viabilidade, sem causar danos ao oócito, são alternativas para selecionar os
gametas mais competentes e melhorar a eficiência dos protocolos de PIV
(Goovaerts et al., 2010). Dentre as metodologias de seleção oocitária, o corante
Brilliant Cresyl Blue (BCB) é um método não invasivo que permite acessar a
viabilidade celular através da atividade metabólica do oócito. Porém, este método
apresenta-se atualmente bastante controverso. Existem relatos de bons resultados
utilizando oócitos selecionados através do BCB (Roca et al., 1998; Wongsrikeao et
13
al., 2006) entretanto, existe a possibilidade de efeito prejudicial ao oócito, causado
ou pelo BCB (Pawlak et al., 2011) ou devido ao tempo, meio e condições da
metodologia utilizada para esta seleção (Goovaerts et al., 2010). Desta forma, o
BCB e sua atuação na MIV de oócitos suínos, possível toxicidade, assim como, o
desenvolvimento de melhorias neste teste foram o tema deste estudo.
14
2. REVISÃO BIBIOGRÁFICA
2.1 Seleção oocitária com Brilliant Cresyl Blue (BCB)
O BCB é um corante vital que atua na seleção de oócitos através da avaliação
da atividade intracelular da enzima Glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH). Esta
enzima da via pentose-fosfato apresenta importante papel de fornecimento de
energia para as células, através da liberação de NADPH, sendo produzida em altas
quantidades pelo oócito, enquanto este está em sua fase de crescimento (Manglia &
Epstein, 1975). Da mesma forma, a atividade da G6PDH decresce enquanto o
oócito finaliza esta fase (Ericsson et al., 1993). O teste BCB consiste na avaliação
da capacidade da G6PDH em degradar o BCB (Alm et al., 2005). Os oócitos que
completaram o crescimento e apresentam maior potencial de competência mantém
a cor azul (BCB+), pois a atividade da G6PDH é baixa, sendo incapazes de
degradar o corante. Os oócitos que conseguem degradar o corante (BCB-)
apresentam alta atividade da G6PDH (Rodríguez-González et al., 2002).
O BCB é considerado um teste simples e eficaz para a seleção oocitária em
várias espécies, como suínos (Roca et al., 1998; Wongsrikeao et al., 2006), bovinos
(Alm et al.,2005; Opiela et al., 2010), bubalinos (Manjunatha et al., 2007), ovinos
(Karami-Shabankareh et al., 2012) e equinos (Mohammadi-Sangcheshmeh et al.,
2011). Entretanto, mesmo existindo evidências de que os oócitos classificados
através do BCB sejam mais competentes, a utilização deste corante ainda é
controversa, pois há estudos que não encontraram diferença entre oócitos corados,
que seriam mais viáveis e oócitos não expostos ao corante, o que não justificaria a
pré-seleção (Opiela et al., 2008; Ishizaki et al., 2009; Pereira et al., 2013). Além
disso, as vantagens do uso do BCB também são contraditórias quanto a um
possível efeito deletério (Goovaerts et al., 2010; Vandaele, 2008), pois altas taxas
de alterações cromossômicas foram observadas em oócitos BCB provenientes de
fêmeas pré-púberes (Pawlak et al., 2011).
A manutenção dos oócitos durante o processo de coloração, normalmente
realizado entre 60-90 minutos, antes do início da MIV (Goovaerts et al., 2010), é
usualmente feita com meio mDPBS (Pujol et al., 2004; Wongsrikeao et al., 2006;
Opiela et al., 2008; Ishizaki et al., 2009; Pawlak et al., 2011). Porém, o meio D-PBS
15
apresenta baixa complexidade e isto poderia influenciar a competência oocitária
durante o tempo de coloração. Neste contexto, o uso de um meio mais complexo,
em termos de nutrientes, poderia influenciar positivamente a manutenção da
viabilidade oocitária durante o teste BCB. Entretanto, não existem informações
referentes ao efeito de meios alternativos que possam ser empregados na
manutenção dos oócitos durante o processo de coloração.
Em contrapartida, a exposição dos oócitos suínos ao BCB já foi correlacionada
com alterações nos níveis de RNAm e proteínas, responsáveis pelo sucesso da
fertilização (Kempisty et al., 2011). Como também, o BCB pode ter sido o
responsável por alterações cromossomais em oócitos suínos expostos a esse
corante (Pawlak et al., 2011). Da mesma forma, existem relatos de pesquisas onde
oócitos BCB+ não apresentaram resultados superiores à oócitos que não foram
submetidos ao corante (Ishizaki et al., 2009; Mohammadi-Sangcheshmeh et al.,
2011). Estas informações sugerem que o BCB pode apresentar algum nível de
toxicidade aos oócitos, reduzindo sua capacidade de desenvolvimento.
2.2 MIV de oócitos suínos
A competência de desenvolvimento ou qualidade oocitária é adquirida
progressivamente, enquanto o oócito cresce e matura. Esta é uma etapa de suma
importância, pois influencia o desenvolvimento embrionário, a manutenção da
prenhez e o desenvolvimento fetal (Krisher et al., 2007).
Quando aspirados a partir de ovários colhidos em abatedouro para a MIV, os
oócitos suínos se encontram em diferentes estágios de organização nuclear. Nos
folículos antrais, os oócitos inicialmente encontram-se no estágio de vesícula
germinativa (VG) e assim que a meiose é retomada, avançam para o estágio de
metáfase II (MII) em 32-44 h, completando o processo chamado de maturação
nuclear (Wu et al, 2002). Uma série de eventos, concomitantes a meiose, devem
ocorrer no citoplasma. Coletivamente, estes eventos são chamados de maturação
citoplasmática e são independentes da maturação nuclear (Krisher et al., 2007).
Em suínos, em torno de 70-90 % dos oócitos completam a maturação nuclear in
vitro ao final da MIV. Apesar destas altas taxas, o sucesso da extrusão do primeiro
16
corpúsculo polar não garante que o oócito apresentará o número normal de
cromossomos (Dang-Nguyen et al., 2011). Além disso, os oócitos suínos
apresentam reduzida habilidade de desenvolvimento in vitro, possivelmente devido
à inadequada maturação citoplasmática (Abeydeera 2001; Krisher, 2004). Os
gametas nos quais a maturação nuclear ocorre em tempo normal, geralmente
apresentam assincronia entre a maturação nuclear e citoplasmática, podendo não
ser fecundados ou não ter desenvolvimento embrionário adequado (Izadyar, 1997).
Esta assincronia, explica a alta incidência de polispermia e as taxas insuficientes de
desenvolvimento até o estágio de blastocisto, quando comparados com oócitos
maturados in vivo, assim como ocorre com outras espécies domésticas in vitro
(Dang-Nguyen et al., 2011).
Um fator que têm melhorado a MIV dos oócitos suínos é a redução do
estresse oxidativo durante o processo in vitro, causado pela intensa liberação de
ROS, através do uso de antioxidantes (Dang-Nguyen et al., 2011). Desta forma, os
meios de PIV suína estão sendo aprimorados, em termos de composição, para que
suportem da melhor forma o desenvolvimento do oócito suíno in vitro.
2.3 Maturação Citoplasmática
Durante a maturação citoplasmática ocorrem alterações no número, no tamanho
e/ou na posição das organelas celulares, em decorrência de uma reestruturação
intracelular. Em oócitos imaturos, as mitocôndrias e o complexo de Golgi estão
localizados perifericamente. Durante a maturação, as mitocôndrias migram para a
região perinuclear, próxima à placa metafásica. Já, o complexo de Golgi se
reorganiza centralmente, diminuindo seu desenvolvimento, com agrupamento com o
retículo endoplasmático liso (Abeydeera et al., 2002). Os grânulos corticais (GC)
migram da região central para a região cortical (Yoshida et al., 1993).
No citoplasma, durante a MIV, ocorre acúmulo de RNAm e proteínas, substratos,
nutrientes, reorganização do citoesqueleto e organelas e alterações no metabolismo
celular (Krisher et al., 2007). Estas alterações são importantes para que ocorra a
ativação, a formação de pró-núcleos e a sustentação do desenvolvimento
embrionário pré-inplantação (Ptak et al., 1999).
Dentre os substratos, a síntese de glutationa (GSH) intracelular é um evento
17
importante que ocorre durante a maturação. Como a GSH confere proteção celular
contra o estresse oxidativo, através de sua medição é possível obter um indicativo
da maturação citoplasmática (Maedomari et al., 2007). A concentração intracelular
de GSH em oócitos suínos maturados in vivo (36,26 pmol/oócito) é inferior à
observada em oócitos maturados in vitro (7.98 pmol/oócito) (Luberda, 2005).
Entretanto, um acréscimo nos níveis de GSH foi observado em oócitos suínos
maturados in vitro, quando antioxidantes, como a cisteína ou a cistina, são
adicionados ao meio de MIV na presença de células do cumulus oophurus, pois
estas produzem a GSH, e a transferem para o oócito, através das junções gap
(Maedomari et al., 2007).
2.3.1 Grânulos corticais
Os grânulos corticais (GC) são vesículas secretórias que contem enzimas
hidrolíticas, proteinases e peroxidades, específicas dos gametas femininos, que são
derivadas do complexo de Golgi e formadas enquanto o oócito se encontra em fase
de crescimento (Liu et al., 2011). Estas vesículas se direcionam do interior para a
região cortical do oócito, durante a maturação. Uma vez relocados, os GC ficam
próximos da membrana plasmática. A redistribuição dos GC é um dos passos para
a reação cortical, um processo exocitótico cálcio dependente (Tsai et al., 2011).
No momento da fusão do espermatozoide com a membrana plasmática do
oócito, ocorre a exocitose do conteúdo dos GC no espaço perivitelino,
caracterizando o evento chamado de reação cortical (Dunbar et al., 1994). A reação
cortical apresenta extrema importância para a fecundação monospérmica, por
promover o bloqueio da zona pelúcida, impedindo a penetração de mais de um
espermatozoide, evitando a polispermia (Coy et al., 2008).
Porém, nos sistemas de MIV em suínos, a exocitose dos GC é incompleta e/ou
atrasada. Este fato é resultado da liberação de GC com conteúdo imaturo,
principalmente devido ao uso de oócitos procedentes de fêmeas pré-púberes
(Funahashi, 2003). Assim, a maturação citoplasmática insuficiente e a polispermia
nos oócitos suínos maturados in vitro são fatores associados com a baixa eficácia
da PIV (Dang-Nguyen et al., 2011).
18
2.3.2 Mitocôndrias
As mitocôndrias são as organelas mais abundantes no oócito e no embrião em
desenvolvimento, sendo responsáveis pela produção de energia em forma de ATP,
sinalização do cálcio e apoptose (Iwata et al., 2011). A função mitocondrial pode ser
predita com base no conteúdo de ATP e também através do potencial de membrana
mitocodrial (Iwata et al., 2011).
A produção de ATP ocorre via fosforilação oxidativa, através do transporte de
elétrons na membrana interna mitocondrial (Ramalho-Santos & Amaral, 2013). O
número de mitocôndrias pode ser predito com base no DNAmt, pois cada
mitocôndria apresenta apenas 1 cópia do genoma (Chiaratti et al., 2010). Durante a
oogênese, o número de mitocôndrias aumenta largamente, sendo que o número de
cópias do DNAmt aumenta de 100, nos oócitos dos folículos primordiais, para
300.000-400.000, nos oócitos maturos (Jansen & de Boer, 1998).
No período de crescimento do oócito, as mitocôndrias se agrupam em torno da
VG e, durante a maturação, migram para a região próxima a placa metafásica,
devido ao alto requerimento energético necessário durante a MIV (Spikings et al.,
2007). Durante a MIV, os níveis de ATP aumentam consideravelmente e o oócito
apresenta uma enorme quantidade de DNAmt. Entretanto, não ocorre replicação
deste material genético durante os estágios iniciais da clivagem e do
desenvolvimento embrionário pré-implantação (Spikings et al., 2007). Como
resultado, há um decréscimo progressivo do conteúdo de DNAmt, o que sugere que
o número de cópias do DNAmt precisa ser amplificado em níveis suficientes até o
momento da fecundação (El Shoubagy et al., 2006). Portanto, o número de cópias
do DNAmt seria um indicador de competência oocitária (Wang & Sun, 2007). Os
oócitos BCB+ apresentam mais cópias de DNAmt e tendem a serem fecundados
mais facilmente que os BCB-, nos quais, a replicação do DNAmt se encontra
atrasada (Spikings et al., 2007).
A disfunção mitocondrial causada pelo estresse oxidativo também tem sido
bastante estudada. Quando ocorre estresse oxidativo, há aumento nas ROS,
reduzindo o conteúdo de ATP e o potencial de membrana mitocondrial, o que
prejudica a MIV e o desenvolvimento embrionário (Zhang et al., 2006). Por ser um
indicador de danos funcionais e da qualidade oocitária, as mitocôndrias vêm sendo
19
largamente estudadas na reprodução assistida.
20
3. HIPÓTESES
Hipotetizou-se nesta pesquisa:
1. Que o BCB pode gerar toxicidade ao oócito imaturo, afetando o
desenvolvimento embrionário posterior.
2. Que um meio com maior complexidade de componentes pode manter o
oócito suíno em condições mais apropriadas durante a seleção oocitária
através do BCB.
21
4. OBJETIVOS
Com base no exposto acima, o presente trabalho teve como objetivos:
1. Averiguar se o BCB é responsável por toxicidade em oócitos suínos imaturos.
2. O desenvolvimento de um meio mais elaborado que substitua o D-PBS, para
a seleção de oócitos através do corante de viabilidade BCB.
22
5. ARTIGO 1
Brilliant Cresyl Blue staining negatively affects mitochondrial functions in
porcine oocytes
(Artigo publicado na revista Zygote, 2013)
23
Brilliant Cresyl Blue staining negatively affects mitochondrial functions in porcine
oocytes
E.C.S. Santos1)*, D Sato2)*, Lucia Jr. T1), H Iwata2)※
1) Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Universidade Federal de Pelotas, Campus
Capão do Leão s/n, 96010-900, Pelotas-RS, Brazil.
2) Tokyo University of Agriculture, Funako 1737 Atsugi City, 243-0037 Japan.
*Both author equally contributed to this study
※ Corresponding author
24
Summary
The aim of the present study was to examine the effects of Brilliant Cresyl Blue (BCB)
staining on mitochondrial functions in porcine oocytes. Cumulus-oocytes complexes (COCs)
collected from slaughterhouse-derived porcine ovaries were cultured with (13 µM) or without
(0 µM, control) BCB for 60min. Mitochondrial functions in oocytes were examined
immediately after staining or after in vitro maturation. BCB stained oocytes produced
reactive oxygen species (ROS) at higher level than control oocytes immediately after staining
(2.2 fold, P < 0.001) and after maturation (1.7 fold, P < 0.001). The ATP content and
mitochondrial membrane potential (MMP) in oocytes were similar for the two groups
immediately after staining. However, ATP and relative MMP levels were significantly (P <
0.05) lower in BCB-treated oocytes than in control (2.18 vs. 2.83pM, and 0.82 vs. 1.0,
respectively). There was no difference in mitochondrial DNA copy number between the two
groups after maturation. The ATP content in early developmental stage embryos (3 days after
parthenogenetic activation) was lower in BCB-staining group than that in the control group
but the difference was not significant. In conclusion, BCB staining of oocytes at the immature
stage compromises mitochondrial functions throughout oocyte maturation, but the function
restores during early embryo development.
Key words: BCB staining, Mitochondria, Oocyte, Pig
25
Introduction
Glucose metabolism changes as oocytes grow in follicle, and the activity of glucose-6-
phospatate dehydrogenase (G6PDH) decreased as oocyte attain to their maximum size. The
activity of G6PDH in oocytes can be visualized by staining with Brilliant Cresyl Blue (BCB),
and this simple method has been used in cows (Alm et al., 2005; Janowski et al., 2012;
Castaneda et al., 2013; Silva et al., 2013), in ovine (Mohammadi-Sangcheshmeh et al., 2011;
Wang et al., 2012), and in pigs (Ishizaki et al., 2009) to select for oocytes that have greater
developmental competence. In addition, oocytes determined as competent by BCB staining
have a higher ATP (Catála et al., 2012) level and mitochondrial content (Catála et al., 2011)
compared to oocytes deemed incompetent. However, some studies have reported that BCB
staining itself can exert adverse effects on oocytes. Exposure of porcine oocytes to a BCB
solution changed the levels of mRNA and proteins that are responsible for successful
fertilization (Kempisty et al., 2011) and induced chromosomal aberrations (Pawlak et al.,
2011). In addition, although BCB positive oocytes have higher ability to develop to the
blastocyst-stage embryos than BCB-negative oocytes, this ratio for BCB-positive oocytes
was similar to that for oocytes that had not been subjected to BCB staining (Wongsrikeao et
al., 2006). Moreover, other studies observed no significant differences in developmental
competence between BCB-positive and control oocytes (Ishizaki et al., 2009; Mohammadi-
Sangcheshmeh et al., 2011). These results raise the possibility that BCB staining is toxic to
oocyte. BCB is reduced to a colorless state by NADPH in oocytes. Thus, the reductive ability
of oocytes, which is essential for scavenging potentially harmful free radicals, may be
diminished by BCB staining.
It is well known that reactive oxygen species (ROS) can cause mitochondrial damage in
oocytes (Zhang et al., 2011; Ge et al., 2012). No report to date has examined the effect of
26
BCB staining on mitochondrial function in oocytes. To address this question, the effects of
BCB staining on porcine oocyte development and mitochondrial function were examined.
The ROS levels, ATP content, mitochondrial membrane potential (MMP), and mitochondrial
DNA (mtDNA) copy number were determined in oocytes immediately following BCB
treatment and after a maturation period and compared with values obtained from untreated
control oocytes. In addition we compared the ATP content in early developmental stage
embryos derived from oocytes stained with BCB with embryos derived from oocytes not
subjected to BCB staining.
Materials and methods
Chemicals and media
All chemicals were purchased from Nacalai Tesque (Kyoto, Japan) unless otherwise
indicated. The medium used for in vitro maturation (IVM) was North Carolina State
University 37 (NCSU37) solution (Petters and Wells 1993) supplemented with L-cysteine
(0.6 mM) and follicular fluid (10% v/v). The medium used for oocyte washing and ROS and
membrane potential measurement was NCSU37 without follicular fluid but containing 0.1%
BSA. Media used for parthenogetic activation, and IVC were based on PZM4 (Yoshioka et
al, 2002).
Oocyte collection and maturation
Ovaries of pre-pubertal gilts (LWD-pig, six months of age) were collected at a local
slaughterhouse and transported within 1h to the laboratory at 37°C in phosphate-buffered
saline (PBS) that contained 10 IU/mL penicillin G and 0.1 g/mL streptomycin sulfate.
Cumulus cells and oocyte complexes (COCs) were collected from follicles (3 - 6mm in
27
diameter) on the surface of ovaries using a 10mL syringe connected to 18G needle. For the
first 20 h of the maturation period, the oocytes were cultured in IVM medium containing 1
mM dibutyryl cAMP (dbcAMP; Sigma Chemical Co., St. Louis, USA), 10 IU/mL equine
chorionic gonadotropin (eCG, ASKA Pharma Co. Ltd., Tokyo, Japan), and 10 IU/mL human
chorionic gonadotropin (hCG, Fuji Pharma Co. Ltd., Tokyo, Japan). The oocytes were then
transferred to a maturation medium covered by paraffin oil (10 oocytes/100µl drop, NUNC
A・ S, Roskilde, Denmark) that lacked both dbcAMP and the hormones, and cultured for 24 h
at 38.5ºC in an atmosphere of 5% CO2 and 95% air.
Brilliant Cresyl Blue staining and chromatin configuration
COCs were cultured in an amino acids and glucose-free IVM medium containing 1 mM of
pyruvic acid, 0.1% BSA, and 13 µM BCB (B5388, Sigma–Aldrich, St. Louis, MO, USA) for
1 h. The oocytes were washed before use in subsequent experiments. The first experiment
was conducted to validate whether our BCB staining methods separate more developed
oocytes. Based on coloration from BCB staining, oocytes were sorted into two groups: BCB-
positive, having a strong blue color; and BCB-negative, having faint or no color. The oocytes
were denuded, fixed in 4% paraformaldehyde and permeabilized in PBS containing triton X-
100 for 30min. The oocytes were mounted with an antifade reagent containing DAPI (Pro-
long gold antifade reagent with DAPI; Invitrogen, OR, USA) on glass slides. The chromatin
configuration of the oocytes was then examined under microscope (Olympus, Tokyo, Japan).
As previously described, chromatin condensation is correlated with oocyte growth, and
highly competent oocytes have a more condensed chromatin configuration (Sun et al., 2004).
Oocytes were thus assigned to one of three categories according to the previous descriptions
of chromatin configuration, with slight modifications. Category І consisted of oocytes having
28
germinal vesicles, with the condensed chromatin forming a ring or horseshoe around the
nucleolus. Category II oocytes had a few chromatin clusters at the nuclear membrane.
Category III oocytes had non-condensed chromatin distributed throughout the nucleoplasm.
Thirty oocytes were categolised using BCB staining and repeated using oocytes from
differential ovaries series.
Measurement of ROS levels
Levels of ROS in oocytes immediately after BCB staining or after in vitro maturation were
measured using ROS Detection Reagents (Life Technologies Corporation, Carlsbad, CA,
USA) according to manufacturer’s instructions. In this assay, dihydrocalcein, AM permeates
the oocyte cell membrane and is oxidized to emit green fluorescence. Fluorescence was
observed under a fluorescent digital microscope (Keyence, BZ-8000, Tokyo, Japan), and the
fluorescence intensity of each pixel was transformed to obtain a quantitative measure using
Image-J software (NIH, Bethesda, MD, USA). Experiments were conducted 2 times using
20-25 oocytes derived from differential ovaries series. And fluorescence intensities of total
40–50 oocytes per group were used for comparison.
Measurement of ATP content in oocytes and early developmental stage embryos.
The effect of BCB staining on ATP content in individual oocytes was examined
immediately after staining, after in vitro maturation and 3 days after activation. ATP content
was measured as the luminescence generated in an ATP-dependent luciferin–luciferase
bioluminescence assay (ATP assay kit; Toyo Ink, Tokyo, Japan) as previously described
(Iwata et al., 2011). For each sample, individual oocytes were added to 50-μL distilled water.
The luminescence was measured immediately using a luminometer (Gene Light 55;
29
Microtech, Chiba, Japan). The experiment was performed at least 2 times with 30 oocytes or
embryos in each group for each experiment, and ATP content was compared between the two
oocyte groups.
Oocyte activation
The oocytes were activated in the culture medium containing ionomycin (10µg/ml) and then
incubated for 6h in culture medium containing cytochalasin B (10µg/ml) and cycloheximide
(10µg/ml). After the incubation, oocytes were washed and transferred into culture drop (10
oocytes/50µl) and incubated for 3 days. In vitro culture were performed at 38.5 °C in
atmosphere of 5% CO2 and 5% O2 and 90% N2.
Measurement of MMP
MMP was measured immediately following BCB staining and after in vitro
maturation. Oocytes were cultured for 30 min in NCSU37 medium containing 0.5 µM
MitoTracker Orange (Life Technologies Corporation, Carlsbad, CA, USA) a fluorescent
indicator of mitochondrial activity. After staining, oocytes were washed and mounted on a
slide, and fluorescence intensity was measured using a fluorescent digital microscope
(Keyence, BZ-8000, Tokyo, Japan). The measurement was converted to pixel counts using
ImageJ software (NIH, Bethesda, U.S.A.). Experiments were performed in duplicate using 50
oocytes in each group for each experiment, and total fluorescence intensity was compared
between the two oocyte groups.
Measurement of mtDNA copy number
Preliminary observations suggested that the mtDNA copy number varied considerably
among oocytes and donor gilts. However, the mean mtDNA copy number determined for a
group of 10 oocytes was similar to the value obtained for 10 cohort oocytes collected from
30
the same donor (r = 0.746, P < 0.01), as similar trend has been observed in cows (Iwata et al,
2011). Therefore, 20 oocytes were collected from a single donor and divided into two groups,
with one group of 10 oocytes cultured without BCB and the other with 13 µg/mL BCB for 60
min. After in vitro maturation, mtDNA copy number was compared between BCB-stained
and control oocytes (not subjected to BCB staining). In the comparison, total of 15 gilts were
used. DNA extraction and PCR amplification were conducted according to previously
described methods (Iwata et al., 2011). To obtain the mtDNA copy number, mtDNA was
amplified by real-time PCR using a Rotor-Gene 6500 real-time rotary analyzer (Corbett
Research, Sydney, Australia) with the primer set 5ʹ-CGAGAAAGCACTTTCCAAGG -3ʹ and
5ʹ- CTAATTCGGGTGTTGGTGCT -3ʹ and MESA Blue qPCR MasterMix Plus for SYBR
Assay (Eurogentec, Liège, Belgium). The primers were designed using Primer3Plus
(http://sourceforge.net/projects/primer3/) and a porcine mtDNA sequence (ACCESSION
AF304202; from base 8744 to 8914, 151bp). The PCR was performed with initial
denaturation at 95ºC for 5 min, followed by 40 cycles of 95ºC, 58ºC and 72ºC for 20 s at each
temperature. A standard curve was generated for each run using 10-fold serial dilutions
representing copies of the external standard, which was the PCR product of the corresponding
gene cloned into a vector using the Zero Blunt TOPO PCR cloning kit (Invitrogen, Carlsbad,
USA). Data from the two trials in which the amplification efficiency was < 1.9 were
discarded.
Statistical Analysis
The distribution of chromatin configuration and cleavage ratio of embryos was
analyzed by chi square test, and comparison of mean difference between BCB-treated
oocytes and un-treated oocytes (not subjected to BCB staining) were conducted using
student’s t-test. Pearson’s correlation was calculated using IBM SPSS ver. 21 (Statistical
31
Package for the Social Sciences, SPSS Inc., Chicago, IL). P value less than 0.05 was
considered significantly difference.
Results
BCB positive oocytes had advanced chromatin configuration
A higher fraction of BCB-positive oocytes was assigned to Category I as compared to that of
BCB-negative oocytes (Table 1). Based on the results, we concluded current BCB staining
properly separated oocytes.
Mitochondrial function in oocytes is altered by BCB staining
Immediately after BCB staining and after in vitro maturation (44 h after BCB
staining), levels of ROS were higher for BCB-stained oocytes than for untreated controls
(Figure 1-A, B). The proportion of mitochondria with active membrane potentials was also
affected by BCB staining, such that the relative MMP in in vitro-matured BCB-stained
oocytes was low by 18% compared with that of control matured oocytes (Figure 2-B),
although there was no difference between the two groups immediately after BCB treatment
(Figure 2-A). Similarly, there was no difference in ATP content between BCB-treated and
control oocytes immediately after staining (1.52 vs. 1.62 pM, Figure 3-A), whereas ATP
content in in vitro-matured BCB-treated oocytes was significantly lower than that in control
oocytes (2.18 pM vs. 2.83 pM, P > 0.05; Figure 3-B). When the oocytes were activated and
cultured for 3 days, there was no difference between the cleaved ratio (>=2cell stage) between
the BCB treated groups and control group (embryos derived from oocytes not subjected to
BCB staining). ATP content in early developmental stage embryos was still lower for BCB
treated group than that for control group but the difference was not significant (P = 0.24,
.Table 2).
32
MtDNA copy number in BCB stained-oocytes
A comparison of mtDNA copy number of BCB-stained and untreated cohort oocytes is
shown in Figure 4-A.The mtDNA copy number was highly variable among gilt donors,
ranging from 82,383 to 299,817 copies. When the mean mtDNA copy number of total
oocytes was compared between BCB-stained and untreated oocytes, the difference was not
statistically significant (161,787 vs. 145,368, P > 0.05; Figure 4-B). There was a strong
correlation between mtDNA copy numbers of BCB-treated and untreated cohort oocytes
derived from the same donor (r = 0.74, P < 0.001, Figure 4-C). However, when the ratio of
mtDNA copy number of BCB-stained oocytes to mtDNA copy number of control oocytes
was calculated, the mean ratio ± SEM was 1.18 ± 0.07, which was significantly greater than
1.0, indicating that BCB staining increased the mtDNA copy number.
Discussion
This study is the first detailed investigation of the effects of BCB staining on
mitochondrial function in oocytes. The results demonstrate that mitochondrial functions in
oocytes are affected by BCB treatment and the effect continues during oocyte maturation but
the effect diminished until early developmental stage embryos.
BCB staining has been used to select for oocytes with high developmental
competence based on the activity of G6PDH (Mohammadi-Sangcheshmeh et al., 2011;
Mirshamsi et al., 2012). However, it has been suggested that BCB staining is ineffective for
equine oocyte selection (Pereira et al., 2013) and that it may adversely affect the intrinsic
character of porcine oocytes by altering the levels of proteins responsible for fertilization
(Kempisty et al., 2011). BCB is oxidized in oocytes, producing a strong blue color;
decoloration depends on NADPH produced via the pentose phosphate pathway. The present
33
study showed for the first time that oocytes cultured with BCB generated high levels of ROS,
immediately after staining and even after 44 h of culture, indicating that BCB staining
negatively affects the redox state in oocytes and that this effect is persistent. Mitochondria are
responsible for the regulation of redox homeostasis (Kang et al., 2012); it was therefore
important to determine whether BCB staining affects mitochondrial function in oocytes.
It was observed in this study that following a period of in vitro maturation, the ATP
content in oocytes increased with respect to the initial level at the germinal vesicle stage,
supporting previous findings in bovines (Stojkovic et al., 2001). Interestingly, MMP and the
ATP content were lower in in vitro-matured oocytes stained with BCB than in untreated
oocytes. MMP increases with oocyte maturation and is thus higher in in vitro-matured
oocytes, reflecting a greater degree of competence (Fujii et al., 2009). A high MMP is also
required for proper cortical granule exocytosis (Van et al., 2007). ATP is a determining factor
for successful fertilization of bovine oocytes, and oocytes cultured in an optimal maturation
medium contained higher levels of ATP than those cultured in a suboptimal medium;
furthermore, disruption of the mitochondrial electron transfer by rotenone reduced the ATP
content and positive fertilization outcomes (Somfai et al., 2012). Therefore, the lower MMP
and ATP levels observed in the present experiments as a result of BCB treatment are
indicative of compromised mitochondrial function, which could ultimately affect following
developmental ability of the oocytes.
In contrast, there was a strong correlation between mean mtDNA copy numbers of
BCB-treated and control oocytes, indicating that oocytes character resemble within individual
donor even after BCB staining. Interestingly, the ratio of mtDNA copy number in BCB-
stained oocytes to the copy number of controls was significantly greater than 1.0. In light of
the evidence that MMP and the ATP level were decreased by BCB treatment while mtDNA
34
copy number increased, it can be inferred that BCB staining reduces the overall quality of
mitochondria and the impaired mitochondrial quality stimulates de novo synthesis of
mitochondria. Mitochondrial homeostasis involves a balance between synthesis and
degradation (Weber et al., 2010). Together with it is suggested that in oocytes subjected to
BCB treatment, mitochondrial damage or a low ATP content may enhance mitochondrial
biogenesis, resulting in the accumulation of low-quality mitochondria. In addition, the fact
that early-stage embryos derived from BCB-stained oocytes had still low ATP content
compared with embryos derived from control oocytes but the difference was not significant
suggesting that the damaged mitochondria were partly restored during early embryonic
development.
In conclusion, BCB staining can have potentially damaging effects on oocytes as a
result of the increased production of ROS, a lowering of the MMP, and compromised ATP
production; however, further studies beyond the early developmental stages are required in
order to determine whether these effects can ultimately undermine embryonic development.
Acknowledgement
This work was supported by JSPS KAKENHI Grant Number 25450400 and CNPq-Brazil.
References
Alm, H., Torner, H., Löhrke, B., Viergutz, T., Ghoneim, I.M. & Kanitz, W. (2005). Bovine
blastocyst development rate in vitro is influenced by selection of oocytes by brilliant cresyl
blue staining before IVM as indicator for glucose-6-phosphate dehydrogenase activity.
Theriogenology 63, 2194-205.
35
Castaneda, C.A., Kaye, P., Pantaleon, M., Phillips, N., Norman, S., Fry, R. & D'Occhio M.J.
(2013). Lipid content, active mitochondria and brilliant cresyl blue staining in bovine
oocytes. Theriogenology 79, 417-22.
Catalá, M.G., Izquierdo, D., Uzbekova, S., Morató, R., Roura, M., Romaguera R., Papillier,
P. & Paramio, M.T. (2011). Brilliant Cresyl Blue stain selects largest oocytes with highest
mitochondrial activity, maturation-promoting factor activity and embryo developmental
competence in prepubertal sheep. Reproduction 142, 517-27.
Catalá, M.G., Izquierdo, D., Rodríguez-Prado, M., Hammami, S. & Paramio, M.T. (2012).
Effect of oocyte quality on blastocyst development after in vitro fertilization (IVF) and
intracytoplasmic sperm injection (ICSI) in a sheep model. Fertility and Sterility 97, 1004-8.
El Shourbagy, S.H., Spikings, E.C., Freitas, M. & St John, J.C. (2006). Mitochondria directly
influence fertilisation outcome in the pig. Reproduction 131, 233-45.
Fujii, W. & Funahashi, H. (2009). Exogenous adenosine reduces the mitochondrial
membrane potential of murine oocytes during the latter half of in vitro maturation and
pronuclear formation following chemical activation. Journal of Reproduction and
Development 55, 187-93.
Ge, H., Tollner, T.L., Hu, Z., Da, M., Li, X., Guan, H., Shan, D., Lu, J., Huang, C. & Dong
Q. (2012). Impaired mitochondrial function in murine oocytes is associated with controlled
ovarian hyperstimulation and in vitro maturation. Reproduction, Fertility and Development
24, 945-52.
Ishizaki, C., Watanabe, H., Bhuiyan, M.M. & Fukui, Y. (2009). Developmental competence
of porcine oocytes selected by brilliant cresyl blue and matured individually in a chemically
defined culture medium. Theriogenology 72, 72-80.
Iwata, H., Goto, H., Tanaka, H., Sakaguchi, Y., Kimura, K., Kuwayama, T., Monji, Y.
(2011). Effect of maternal age on mitochondrial DNA copy number, ATP content and IVF
outcome of bovine oocytes. Reproduction, Fertilily and Development 23, 424-32.
Janowski, D., Salilew-Wondim, D., Torner, H., Tesfaye, D., Ghanem, N., Tomek, W., El-
Sayed, A., Schellander, K. & Hölker, M. (2012). Incidence of apoptosis and transcript
abundance in bovine follicular cells is associated with the quality of the enclosed oocyte.
Theriogenology 78, 656-69.
Kang, J. & Pervaiz, S. (2012). Mitochondria: redox metabolism and dysfunction.
Biochemistry Research International 2012, 896751.
Kempisty, B., Jackowska, M., Piotrowska, H., Antosik, P., Woźna, M., Bukowska, D.,
Brüssow, K. P. & Jaśkowski, J. M. (2011). Zona pellucida glycoprotein 3 (pZP3) and integrin
β2 (ITGB2) mRNA and protein expression in porcine oocytes after single and double
exposure to brilliant cresyl blue test. Theriogenology 75, 1525-35.
36
Mirshamsi, S.M., Karamishabankareh, H., Ahmadi-Hamedani, M., Soltani, L., Hajarian, H.,
Abdolmohammadi, A.R. (2013). Combination of oocyte and zygote selection by brilliant
cresyl blue (BCB) test enhanced prediction of developmental potential to the blastocyst in
cattle. Animal Reproduction Science 136, 245-51.
Mohammadi-Sangcheshmeh, A., Held E., Ghanem, N., Rings, F., Salilew-Wondim, D.,
Tesfaye, D., Sieme, H., Schellander, K. & Hoelker, M. (2011). G6PDH-activity in equine
oocytes correlates with morphology, expression of candidate genes for viability, and
preimplantative in vitro development. Theriogenology 76, 1215-26.
Mohammadi-Sangcheshmeh, A., Soleimani, M., Deldar, H., Salehi, M., Soudi, S., Hashemi,
S.M., Schellander, K., Hoelker, M. (2012). Prediction of oocyte developmental competence
in ovine using glucose-6-phosphate dehydrogenase (G6PDH) activity determined at retrieval
time. J. Assist. Reprod. Genet. 29, 153-8.
Pawlak, P., Pers-Kamczyc, E., Renska, N., Kubickova, S. & Lechniak, D. (2011).
Disturbances of nuclear maturation in BCB positive oocytes collected from peri-pubertal
gilts. Theriogenology 75, 832-40.
Petters, R.M., & Wells, K.D. (1993). Culture of pig embryos. J. Reprod. Fertil. Suppl. 48, 61-
73.
Pereira, G.R., Lorenzo, P.L., Carneiro, G.F., Bilodeau-Goeseels, S., Kastelic, J.P., Esteller-
Vico, A., Lopez-Bejar, M. & Liu, I.K. (2013). Selection of developmentally competent
immature equine oocytes with brilliant cresyl blue stain prior to in vitro maturation with
equine growth hormone. Zygote 1, 1-5.
Silva, D.S., Rodriguez, P., Galuppo, A., Arruda, N.S., Rodrigues, J.L. (2013). Selection of
bovine oocytes by brilliant cresyl blue staining: effect on meiosis progression,organelle
distribution and embryo development. Zygote 21, 250-5.
Somfai, T., Inaba, Y., Watanabe, S., Geshi, M. & Nagai, T. (2012). Follicular fluid
supplementation during in vitro maturation promotes sperm penetration in bovine oocytes by
enhancing cumulus expansion and increasing mitochondrial activity in oocytes. Reprod.
Fertil. Dev. 24, 743- 52.
Stojkovic, M., Machado, S.A., Stojkovic, P., Zakhartchenko, V., Hutzler, P., Gonçalves, P.B.
& Wolf, E. (2001). Mitochondrial distribution and adenosine triphosphate content of bovine
oocytes before and after in vitro maturation: correlation with morphological criteria and
developmental capacity after in vitro fertilization and culture. Biol. Reprod. 64, 904- 9.
Sun, X. S., Liu, Y., Yue, K.Z., Ma, S.F. & Tan, J.H. (2004). Changes in germinal vesicle
(GV) chromatin configurations during growth and maturation of porcine oocytes. Mol.
Reprod. Dev. 69, 228-34.
Van Blerkom, J., Davis, P. (2007). Mitochondrial signaling and fertilization. Mol. Hum.
Reprod. 13, 759-70.
37
Yoshioka, K., Suzuki, C., Tanaka, A., Anas, I.M. & Iwamura, S. 2002. Birth of piglets
derived from porcine zygotes cultured in a chemically defined medium. Biol. Reprod. 66,
112-119.
Wang, L., Lin, J., Huang, J., Wang, J., Zhao, Y. & Chen, T. (2012). Selection of ovine
oocytes by brilliant cresyl blue staining. Journal of Biomedicine and Biotechnology 2012,
161372.
Weber, T.A. & Reichert, A.S. (2010). Impaired quality control of mitochondria: aging from a
new perspective. Exp. Gerontol. 45, 503-11.
Wongsrikeao, P., Otoi, T., Yamasaki, H., Agung, B., Taniguchi, M., Naoi, H., Shimizu, R. &
Nagai, T. (2006). Effects of single and double exposure to brilliant cresyl blue on theselection
of porcine oocytes for in vitro production of embryos. Theriogenology 66, 366-72.
Zhang, W., Liu, Y., An, Z., Huang, D., Qi, Y., Zhang, Y. (2011). Mediating effect of ROS on
mtDNA damage and low ATP content induced by arsenic trioxide in mouse oocytes.
Toxicology In Vitro 25, 979-84.
38
Figures
1 2 3
Positive 40 20 (50.0)a 13 (32.5) 7 (17.5)a
Negative 22 5 (22.7)b 4 (18.2) 13 (59.1)b
Table1. Chromatin configuration of oocytes categorized based on the BCB staining.
Chromatin Configuration (%)
a-b, P<0.05. Oocytes were divided into 3 categories based on chromatin configurations. About 30 oocytes were
subjected to BCB staining and the experiment was repeated 2 times.
BCB No. of oocytes
Groups No. of oocytesNo.of cleaved
embryos
ATP content in
embryo (pM)
Control 128 66 1.33±0.16
BCB 157 65 1.14±0.12
Total 285 131
Table 2. ATP content in early developmental embryos derived from oocytes stained
with BCB.
39
40
41
42
43
6. MANUSCRITO 2
Efeito do meio para a seleção de oócitos suínos através do Brilliant Cresyl
Blue na Maturação in vitro, Produção Embrionária e Genotoxicidade
(Nas normas da revista Zygote)
44
Efeito do meio para a seleção de oócitos suínos através do Brilliant Cresyl Blue na
Maturação in vitro, Produção Embrionária e Genotoxicidade
Santos, E.C.S.1; Pradieé, J.2; Mirapalheta, E.M.2; Mion, B.2; Pereira, M.M.4; Lazari, J.C.4;
Mondadori, R.G.3; Vieira, A.D. 2; Pegoraro, L.M.C.4; Lucia,T. Jr.*1,2
1Centro de Desenvolvimento Tecnológico, 2Faculdade de Veterinária, 3 Instituto de Biologia,
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pelotas
4Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil.
*Autor para correspondência: Faculdade de Veterinária, Campus Capão do Leão, Universidade Federal de
Pelotas, CEP 96010-900, Pelotas, RS, Brasil, Fone: +55 53 3275 7644, E-mail: [email protected]
45
Resumo
A PIV de embriões suínos ainda apresenta resultados pouco satisfatórios, quando comparada
com outras espécies domésticas, o que pode ser atribuído à seleção de oócitos de baixa
qualidade. A coloração com Brilliant Cresyl Blue (BCB) permite a avaliação da atividade
intracelular da enzima G6PDH, presente em altas concentrações nos oócitos em crescimento,
nos quais o BCB é degradado com mais facilidade do que nos oócitos com crescimento
finalizado. Assim, os oócitos mais viáveis permanecem corados em azul. Entretanto, o único
meio usado para a seleção de oócitos com BCB é o D-PBS. Esta pesquisa objetivou avaliar
um novo meio, chamado de ReproPEL, para a seleção de oócitos suínos com BCB. Oócitos
obtidos de ovários de fêmeas suínas pré-púberes abatidas em um frigorífico foram corados
com BCB (13 µM) durante 60 min, nos meios D-PBS e ReProPEL, posteriormente separados
em corados (+) e sem coloração (-), compondo 6 grupos: DPBS+; DPBS-; ReproPEL+;
ReproPEL-; DPBSc; e ReproPELc (os dois últimos sendo grupos controle, sem contato com
o corante). Os oócitos foram maturados in vitro em NCSU-23, durante 48 h e avaliados
quanto a MIV nuclear, densidade dos grânulos corticais (GC), ativação partenogenética e
teste cometa. Na MIV nuclear, as maiores taxas de MII (P < 0,05) foram obtidas no DPBS+
(63,1%), ReproPELc (55,1%) e ReproPEL+ (50,2%). Quanto à densidade dos GC, os grupos
com menor área (P < 0,05), evidenciando melhor migração, foram ReproPELc, D-PBS+, D-
PBS- e ReproPEL+. A ativação partenogenética demonstrou que o meio ReproPEL possui
boa capacidade de manutenção oocitária, possibilitando taxas aceitáveis de desenvolvimento
até o estágio de blastocisto: ReproPEL+ (13,0%); e ReproPELc (12,7%). Conclui-se que o
meio ReProPEL pode ser usado para a manutenção de oócitos suínos, porém não é o mais
indicado para a seleção de oócitos através do BCB.
46
Abstract
The results of IVP of swine embryos are still unsatisfactory, when compared to other
domestic species, which may be due to the selection of oocytes of poor quality. Staining with
Brilliant Cresyl Blue (BCB) allows the evaluation of the intracellular activity of the G6PDH,
an enzyme present in high concentrations in growing oocytes, in which BCB is degraded
more intensively than in grown oocytes. Thus, oocytes with greater viability are stained in
blue. However, the D-PBS is the only medium used for oocyte selection through BCB. The
objective of this study was to test a new medium called ReproPEL for selection of oocytes
using BCB. Oocyes obtained from ovaries of prepubertal gilts slaughtered in an abattoir were
stained with 13 µM BCB during 60 min in the D-PBS and ReProPEL media, subsequently
classified in stained (+) or unstained (-), composing 6 groups: DPBS+; DPBS-; ReproPEL+;
ReproPEL-; DPBSc; and ReproPELc (the last two considered as controls, with no contact
with BCB). Oocytes were matured in vitro in NCSU-23 during 48 h and evaluated for nuclear
IVM, density of cortical granules (CG), parthenogenetic activation and comet assay. The
greater rates of nuclear IVM (P < 0.05) were obtained for DPBS+ (63.1%), ReproPELc
(55.1%) and ReproPEL+ (50.2%). The groups with smaller area of CG (P < 0.05), showing
better migration, were ReproPELc, D-PBS+, D-PBS- and ReproPEL+. The parthenogenetic
activation indicated that the ReproPEL medium presented satisfactory capacity of oocyte
maintenance, resulting in acceptable rates of development to the blastocyst stage: 13.0% for
ReproPEL+; and (12.7%) for ReproPELc. In conclusion, the ReproPEL medium can be used
for maintenance of swine oocytes, but not for oocyte selection through BCB.
47
Introdução
Em suínos, as tecnologias de reprodução assistida não têm acompanhado o
desenvolvimento observado em outras espécies de animais domésticos (Du et al., 2008). A
qualidade oocitária é fundamental para a realização bem sucedida da PIV (Pawlak et al.,
2011; Lee et al., 2013). Porém, ainda que produtos nascidos a partir de embriões suínos
fecundados in vitro já tenham sido obtidos (Wongsrikeao et al., 2006) suas taxas
insatisfatórias de sucesso (2-36%) tem sido atribuídas à baixa qualidade oocitária e à grande
variação no percentual de blastocistos (Pawlak et al., 2012). Esta baixa eficiência na espécie
suína também está relacionada com eventos da maturação citoplasmática, tais como: falha na
migração e conteúdo imaturo dos grânulos corticais, o que resulta em altas taxas de
polispermia (Funahashi, 2003; Dang-Nguyen et al., 2011); baixos níveis de glutationa in vitro
7,98 (pmol/oócito) em comparação com os níveis observados in vivo 36,26 (pmol/oócito)
(Brad et al., 2003); e assincronia com a maturação nuclear (Funahashi, 2003; Dang-Nguyen
et al., 2011). Portanto, ainda são necessárias melhorias no processo de seleção e nas
condições dos meios de manipulação e de MIV, ajustadas ao metabolismo do oócitos suínos
(Krisher et al., 2007; Kikuchi et al., 2002).
Metodologias que permitam a seleção dos oócitos mais competentes, bem como a
exposição dessas estruturas a meios mais adequados, são alternativas para aprimorar os
índices de PIV em suínos. Dentre os métodos não invasivos disponíveis para seleção
oocitária, o corante Brilliant Cresyl Blue (BCB) tem sido usado para indicar a competência
de oócitos (Roca et al., 1998; Alm et al. 2005; Wongsrikeao et al., 2006). Este corante de
viabilidade é degradado através da enzima G6PDH desidrogenase, que apresenta atividade
reduzida em oócitos que já completaram seu crescimento, porém tem alta atividade em
oócitos que estão em fase de crescimento (Roca et al., 1998; Wongsrikeao et al., 2006). Desta
forma, oócitos com maior competência permanecerão corados pelo BCB, sendo classificados
como BCB+, e os oócitos com menor competência não serão mantido corados, por serem
capazes de metabolizar o corante. Para seleção de oócitos com BCB, o D-PBS tem sido
utilizado como meio para incubação, por até 90 min em concentrações de 13 à 26 µM (Romar
et al., 1998), pois o BCB torna-se tóxico acima de 52 µM (Rodriguez-Gonzalez et al., 2002).
O período de incubação com BCB pode comprometer o desenvolvimento embrionário
posterior (Goovaerts et al., 2010; Vandaele, 2008). Como existe a possibilidade deste
comprometimento ser decorrente da capacidade de manutenção do meio, é necessário
48
determinar a efetividade do teste de BCB usando um meio com maior complexidade de
nutrientes.
Diversos estudos foram conduzidos visando à formulação de meios com composição
semelhante a dos fluídos presentes no oviduto no e útero das fêmeas. Um dos primeiros
meios desenvolvidos foi o fluído sintético de oviduto (SOF), desenvolvido para PIV em
bovinos (Takahashi & First 1992; Holm et al., 1994). Para a PIV em suínos, o meio NCSU
(Petters & Wells, 1993) serviu como base para o desenvolvimento do meio PZM (Porcine
zygote medium), elaborado com base na composição dos fluídos de oviduto de fêmeas suínas
(Yoshioka et al., 2002). Entretanto, a composição destes meios ainda não simula
completamente os fluídos naturais. Ainda que vários compostos presentes nestes meios, tais
como frutose (Wongsrikeao et al., 2006), glicina (Hong & Lee, 2007), citrato e mio-ynositol
adotados no meio SOFaaci (Holm et al., 1999), favoreçam o desenvolvimento oocitário in
vitro, ainda é necessário averiguar se os compostos presentes nos meios SOFaaci e PZM
podem ser utilizados na composição de um novo meio, elaborado para manter a viabilidade
oocitária durante a realização do teste com BCB.
Baseado neste contexto, este estudo objetivou comparar dois meios, um mais simples (D-
PBS) e um mais elaborado (ReproPEL) durante a seleção de oócitos suínos com o corante
BCB, avaliando as taxas de maturação nuclear, citoplasmática, desenvolvimento embrionário
e genotoxicidade.
Materiais e Métodos
Seleção oocitária e avaliação da maturação nuclear
Ovários de fêmeas suínas pré-púberes foram coletados em frigorífico local e
transportados em NaCl 0,9 % acrescida de gentamicina (50 µg/mL), em temperatura de 30-
35 °C. No laboratório, os complexos cumullus oócito (CCOs) foram recuperados a partir de
folículos com 3-6 mm de diâmetro, através de aspiração com auxílio de bomba de vácuo
(pressão de 14 mmHg). Somente os oócitos com citoplasma homogêneo e com células do
cumulus oophurus compactas foram selecionados para MIV. Após a classificação
morfológica, os CCOs foram colocados em dois meios (Tabela 1) ReproPel e D-PBS. Os
CCOs permaneceram durante 60 min, em placa Nunc 4 poços, em estufa com atmosfera de
5% CO2 e temperatura de 39 °C, em 2 gotas de 400 µL de cada meio, uma contendo 13 µM
de BCB e a outra somente meio. Após este período, os CCOs foram classificados sob
49
estereomicroscópio, sem luz incidente, como: corados (BCB+); ou não corados (BCB-).
Sendo separados em 6 grupos: 2 considerados como controles (sem acréscimo do corante):
PBSc e ReproPELc; e 4 com acréscimo de BCB (dependentes do status de coloração): PBS+,
PBS- e ReproPEL+ e ReproPEL-.
Os CCOs foram submetidos a MIV por 48 h, em meio NCSU-23 suplementado com:
10% de líquido folicular suíno (PFF); piruvato (0,727 mM); hipotaurina (5 mM); cisteína (0,6
mM); EGF (10 ng/ml); glutamina (1,0 mM); e β-mercaptoetanol (25 µM). Somente nas
primeiras 24 h, os meios foram acrescidos de 10 UI de hCG, 10 UI de eCG e 1 mM de
dAMP-c. A taxa de maturação nuclear foi determinada nos diferentes grupos através de
microscopia de epifluorescência, utilizando 30 µg/mL de Hoechst (Sigma® H33342),
segundo Uhm et al. (2007). Os CCOs em metáfase II (MII) foram considerados maturos e os
CCOs em vesícula germinativa (VG), quebra de vesícula (QVG) e em metáfase I (MI) foram
considerados imaturos.
Densidade dos grânulos corticais
Os CCOs foram selecionados e maturados conforme descrito anteriormente. Foram
utilizados 4 grupos para seleção com BCB: 1) D-PBS/BCB; 2) ReproPEL/BCB; 3) D-PBS;
4) ReproPEL, sendo os dois últimos considerados como controles. Após a MIV, a densidade
de migração dos grânulos corticais (GC) foi avaliada utilizando-se a aglutinina Lens culinaris
conjugada à isotiocianato de fluoresceína, FITC-LCA (Pereira et al., 2011). Os CCOs foram
desnudados por pipetagem sucessivas em meio com hialuronidase 0,1%. A zona pelúcida foi
removida com o uso de protease 0,1% em meio TCM 199. Os procedimentos seguintes
seguiram a metodologia descrita por Marques et al. (2011). As imagens foram obtidas através
de microscópio confocal Olympus FluoViewTM 1000, equipado com laser krypton-argon para
excitação da fluoresceína (GC) e IP (DNA). O software Image J® foi utilizado para análise
da área no plano equatorial. Para cada oócito, foram realizadas duas marcações, da área total
e da área com GC, sendo calculada a porcentagem de área ocupada pelos GC através de
metodologia descrita por Romar et al. (2012).
Ativação por partenogênese
Após a MIV, a ativação partenogenética foi conduzida nos grupos submetidos aos
mesmos tratamentos do experimento anterior. O dia da ativação foi considerado como o dia
zero (D0). Para isso, as células do cumulus oophurus foram removidas através de pipetagem
50
em meio contendo Hepes suplementado com 0,1% de hialuronidase. Os oócitos foram
ativados utilizando ionomicina (20 µM/mL) e 6-DMAP (2 mM/mL) (Rho et al., 1998). A
exposição em ionomicina ocorreu por 5 minutos em TCM-199 suplementado com 2 mg/mL
de BSA, e em 6-DMAP por 3 h, em temperatura controlada de 39 ºC. Finalizada a ativação,
os oócitos foram colocados em meio de cultivo PZM-3 (Yoshioka et al., 2002) em placa
Nunc 4 poços, na proporção de 40 estruturas para 400µL de meio. O meio para o
desenvolvimento embrionário foi acrescido de piruvato (0,2mM), glutamina (1mM),
hipotaurina (5mM) e BSA (3mg/mL). No quarto dia, acrescentou-se 10% de soro fetal bovino
inativado. O cultivo foi realizado dentro de bag com mistura contendo 5% de CO2, 5% de O2
e 90% de N2, mantido dentro de estufa de CO2, na temperatura de 39 °C. Os embriões foram
avaliados quanto à clivagem no D2 e quanto ao desenvolvimento até o estágio de blastocistos
no D7.
Genotoxicidade
A fragmentação do DNA foi avaliada após a MIV de CCOs submetidos aos mesmos
tratamentos descritos, sendo acrescentado um tratamento controle no qual não houve
exposição aos meios testados, sendo os CCOs somente lavados em líquido folicular (PFF)
durante a seleção morfológica. Esta análise foi realizada através do ensaio cometa. Para isso,
os oócitos foram desnudados em meio TCM 199 contendo Hepes e 0,1% de hialuronidase,
não sendo removida a zona pelúcida. Foi utilizado para o teste o protocolo de Santos et al.
(2009). Em cada repetição, 15- 20 oócitos desnudados foram colocados em 10 µL de PBS e
adicionados em 180 µL de agarose baixo ponto de fusão, aquecida a 50˚C. A agarose foi
distribuída em lâminas que foram dispostas em solução de lise (NaCl (2,5M), EDTA (100
mM), tris HCl (8mM), DMSO (10%) e Triton-X (1%), durante 24h. Após esse período, foi
realizada a eletroforese em sala escura, em cuba horizontal e resfriada. Foram utilizados 25 V
e 300 Amp durante 20 min. As lâminas foram fixadas em: ácido tricloroacético (0,15g/mL);
sulfato de zinco heptahidratado (0,05g/mL) e Glicerol (0,05 mL). Para a coloração, as
lâminas foram mantidas primeiramente em solução de carbonato de sódio 66% (0,05 g/mL) e
posteriormente, em solução contendo nitrato de amônio (0,001g/mL), Nitrato de Prata (0,001
g/mL), Ácido Tungstosílico (0,0025 g/mL) e Formaldeído PA (1,5 µL/mL). Finalizado, as
amostras foram mantidas em solução de ácido acético (0,01 mL/L) e secas para realização da
leitura em microscópio óptico. O nível de dano foi avaliado de 0 à 5, sendo 0 o menor nível e
51
5 o maior. A análise foi realizada através do nível de degradação da fita de DNA e formação
do arraste, conforme a figura 1.
Análise estatística
As taxas de coloração, de maturação nuclear, de densidade de grânulos corticais,
fragmentação de DNA, clivagem e desenvolvimento dos oócitos até o estágio de blastocistos
foram comparadas através do teste de qui-quadrado, usando o software Statistix®.
Resultados
O meio ReproPEL não demonstrou habilidade para seleção de oócitos competentes
através do BCB. A proporção de oócitos que mantiveram a coloração azul (BCB+) foi
superior (P<0,05) neste meio que no D-PBS. Esta taxa de coloração foi muito elevada
(86,2%), evidenciando que oócitos expostos ao BCB no meio ReproPEL não metabolizaram
o corante (Tabela 2).
Não ocorreu diferença entre meios testados na taxa de MIV nuclear. As taxas de
maturação nuclear mais elevadas (P<0,05) foram obtidas nos grupos D-PBS BCB+,
ReproPEL controle, ReproPEL BCB+ e D-PBS BCB- (Figura 2). A taxa observada para o
grupo D-PBS BCB- não diferiu (P>0,05) das taxas observadas para os grupos que
apresentaram desempenho inferior (D-PBS controle e ReproPEL BCB-).
No meio ReproPEL controle foi observada melhor migração dos GC. A maior
densidade dos grânulos corticais ocorreu nos oócitos dos grupos ReproPEL BCB- e D-PBS
controle (P<0,05). Os oócitos com menor área ocupada por GC, foram os do grupo
ReproPEL controle (Figura 3). Porém, não foram observadas outras diferenças quanto à
densidade dos grânulos corticais (P >0,05).
O meio ReproPEL foi eficiente para a produção embrionária. As maiores taxas de
desenvolvimento embrionário até o estágio de blastocisto foram observadas para os oócitos
dos grupos ReproPEL BCB+ e ReproPEL controle (P < 0,05), enquanto que os oócitos dos
grupos BCB- apresentaram as menores taxas de desenvolvimento embrionário (P < 0,05),
independentemente do meio utilizado (Tabela 3).
O meio D-PBS e lavagem em líquido folicular (PFF) apresentaram menor taxa de
danos no DNA. O percentual de oócitos com DNA íntegro (dano = 0) foi elevado em todos
os grupos testados (Figura 4), porém os oócitos dos grupos D-PBS+, D-PBS controle e PFF
apresentaram as menores taxas de danos no DNA (P<0,05).
52
Discussão
Este é o primeiro trabalho que investiga a atuação de um meio mais elaborado para a
seleção de oócitos através do BCB. A diluição do BCB em meios mais complexos pode ser
uma ferramenta para a manutenção da viabilidade oocitária durante o tempo de exposição ao
corante. Oócitos suínos apresentam uma grande variação de qualidade e não apresentam
uniformidade de recursos intrínsecos que regulam a maturação, devido à utilização de fêmeas
pré-púberes como doadoras (Pawlak et al., 2011). Desta forma o uso do BCB tem sido
recomendado para a seleção de oócitos mais uniformes e mais competentes, conforme
relatado em bovinos (Alm et al., 2005), bubalinos (Manjunatha et al., 2007), equinos
(Mohammadi-Sangcheshmeh et al., 2011), ovinos (Karami-Shabankareh e Mirshamsi, 2012)
e suínos (Wongsrikeao et al., 2006). O BCB também permitiria maior uniformidade na
seleção de embriões, aumentando a eficiência na PIV em bovinos (Mirshamsi et al., 2013) e
em ovinos (Mirshamsi & Karami Shabankareh, 2012).
Em suínos, o uso do BCB foi relacionado com o aumento nas taxas de MIV nuclear e de
fecundação monospérmica, bem como, com melhoria no número de células nos blastocistos
após a FIV (Wongsrikeao et al., 2006). Entretanto, no presente estudo, a maturação nuclear e
citoplasmática foi semelhante entre oócitos selecionados (BCB+) e não selecionados pelo
BCB (controle), quando usado o meio ReproPEL. Também, a proporção de oócitos que se
mantiveram corados após 1h em BCB foi muito elevada no meio ReproPEL, comprovando
que oócitos submetidos ao BCB neste meio não foram capazes de metabolizar o corante.
Desta forma, a presença de coloração (BCB+) com o meio ReproPEL, não pode ser
equiparada com competência oocitária. Portanto, apesar de ser eficiente para a manutenção de
oócitos suínos, o meio ReProPEL não é o mais indicado como meio para a seleção com BCB.
Em geral, ambos os meios testados apresentaram alta densidade de GC, possivelmente
devido à ineficiência na maturação citoplasmática. Todavia, os oócitos do grupo controle
apresentaram menor área com GC, no meio ReproPEL. A redistribuição dos GC é
considerada um importante critério para a avaliação da MIV citoplasmática (Abeydeera et al.
2001; Krisher et al. 2007). Porém, ainda que altas taxas de MII (70-90%) tenham sido
alcançadas em suínos (Dang-Nguyen et al., 2011), a MIV citoplasmática ainda apresenta
resultados inconsistentes. Os resultados do presente estudo confirmam a ausência de
sincronia entre a MIV nuclear e a citoplasmática, conforme relatado por Funahashi (2003).
No entanto, a competência de um oócito é definida por: sua habilidade de finalizar a meiose;
53
de clivar após a fecundação; de desenvolver-se até o estágio de blastocisto; e de induzir a
prenhez, levando-a a termo (Krisher et al., 2004). No meio ReproPEL as melhores taxas de
desenvolvimento até blastocisto ocorreram, nos oócitos dos grupos BCB+ e controle,
demonstrando que o meio ReproPEL possibilitou melhor desenvolvimento embrionário que o
D-PBS. Entretanto, os resultados semelhantes entre oócitos BCB+ e os não expostos ao BCB,
indicam que a utilização do BCB seria questionável. Uma vez que diferenças entre oócitos
BCB+ e oócitos controle, no meio D-PBS foram observadas apenas quanto à migração dos
GC e a MIV nuclear, a seleção de oócitos através do BCB não se justifica. Da mesma forma,
Pawlak et al. (2014) descreveram a existência de similaridade na expressão gênica entre
oócitos BCB+ e não expostos ao BCB, confirmando que a seleção com BCB não é
fundamental para o sistema de MIV em suínos.
O presente estudo foi o primeiro a relacionar a exposição de oócitos suínos ao BCB
com danos de fragmentação no seu DNA, realizando o teste cometa sem a retirada da zona
pelúcida. Quando a fita do DNA oocitário é lesada, os fragmentos desnaturados migram para
fora do núcleo celular durante a eletroforese (Berthelot-Ricou et al., 2011). Os resultados
deste estudo indicaram que mais oócitos expostos ao BCB apresentaram DNA íntegro no
meio D-PBS, que oócitos expostos ao BCB e oócitos controle no meio ReproPEL. Entretanto,
a frequência total de danos, sem exposição ao BCB, foi alta em ambos os meios. Os oócitos
do grupo PFF, que não foram submetidos ao tempo adicional de incubação antes da MIV,
também apresentaram muitos danos. Devido a isso, não é possível afirmar se os danos
observados no DNA dos oócitos foram consequência da exposição ao BCB, do tempo
adicional de 60 min, ou do sistema de MIV. Também é possível que estes danos tenham sido
devido ao estresse oxidativo, que pode causar quebras na fita simples e alterações
irreversíveis na fita dupla do DNA (Takahashi et al., 1999). Como a replicação do DNA é
muito ativa, tanto na MIV, como no início do desenvolvimento embrionário, quebras neste
processo podem induzir a danos, mutações, expressão gênica anormal e supressão do
desenvolvimento posterior do embrião (Kitagawa et al., 2004). Os resultados deste teste
sugerem que a integridade do DNA foi superior no meio D-PBS, porém sem diferença entre
oócitos BCB+ e controle, o que também foi observado no meio ReproPEL. Portanto, não foi
possível concluir se a exposição ao BCB apresentou toxicidade para oócitos suínos.
54
Conclusões
O meio ReproPEL manteve os COC’s em boas condições para o desenvolvimento
embrionário e pode ser considerado como uma alternativa para a manutenção de oócitos
suínos. Porém, não é o meio mais indicado para o teste BCB. Como também, a seleção
mediante o BCB não demonstrou ser necessária através desta pesquisa. Como também, novos
estudos são primordiais para confirmação da genotoxicidade do BCB em oócitos suínos.
Referências
Abeydeera, A. L. R. 2001. In vitro fertilization and embryo development in pigs.
Reproduction Supplement 58, 159-173.
Alm, H.; Torner, H.; Lohrke, B.; Viergutz, T.; Ghoneim, I.M.; Kanitz, W. 2005. Bovine
blastocyst development rate in vitro is influenced by selection of oocytes by brilliant cresyl
blue staining before IVM as indicator for glucose-6-phosphate dehydrogenase activity.
Theriogenology 63, 2194-205.
Berthelot-Ricou, A.; Perrin, J.; Giorgio, C. D.; De Meo, M.; Botta, A.; Courbiere, B. 2011.
Comet assay on mouse oocytes: na improved technique to evaluate genotoxic risk on female
germ cells. Fertility and Sterility 95, 4.
Brad, A. M.; Bormann, C. L.; Swain, J. E.; Durkin, R. E.; Johnson, A. E.; Clifford, A. L.
2003. Glutathione and adenosine triphosphate content of in vivo and vitro matured porcine
oocytes. Molecular Reproduction and Development 64, 492-98.
Castaneda, C. A.; Kaye, P.; Pantaleon, M.; Phillips, N.; Norman, S.; Fry, R.; D’Occhio, M.J.
2013. Lipid content, active mitochondria and brilliant cresyl blue staining in bovine oocytes.
Theriogenology 79, 417-422.
Dang-Nguyen, T. Q.; Somfai, T.; Haraguchi, S.; Kikuchi, K.; Tajima, A.; Kanai, Y.; Nagai,
T. 2011. In vitro production of porcine embryos: current status, future perspectives and
alternative applications. Animal Science Journal 82, 374-382.
Du, Y.; Schmidt, M.; Bogh, I.; Kragh, P. M.; Sorensen, C. B.; Li, J.; Purup, S.; Pribenszsky,
M.; Kuwayama, M.; Zhang, X.; Yang, H.; Bolund, L.; Vajta, G. 2008. High hydrostatic
pressure treatment of porcine oocytes before handmade cloning improves developmental
competence and cryosurvival. Cloning and Stem Cells 10, 325-330.
Funahashi, H. 2003. Polyspermic penetration in porcine IVM-IVF systems. Reproduction,
Fertility and Development 15, 167-177.
Goovaerts, I. G. F.; Leroy, J. L.M. R.; Jorssen, E. P. A.; Bols, P. E. J. 2010. Noninvasive
bovine oocyte quality assessment: possibilities of a single oocyte culture. Theriogenology 74,
1509-1520.
55
Hong, J; Lee, E. 2007. Intrafollicular amino acid concentration and the effect of amino acids
in a defined maturation medium on porcine oocyte maturation, fertilization, and
preimplantation development. Theriogenology 68, 728-735.
Horváthová, E.; Dusinká, M.; Shaposhinikov, S.; Collins, A. R. 2004. DNA damage and
repair measured in different genomic regions using the comet assay with fluorescent in situ
hybridization. Mutagenesis 19, 269-276.
Ishizaki, C.; Watanabe, H.; Bhuiyan, M. M. U.; Fukui, Y. 2009. Developmental competence
of porcine oocytes selected by brilliant cresy blue and matured individually in a chemically
defined medium. Theriogenology 72, 72-80.
Karami-Shabankareh, H.; Mirshamsi, S. M. 2012. Selection of developmentally competent
sheep oocytes using the brilliant cresyl blue test and relationship to follicle size and oocyte
diameter. Small Ruminant Research 105, 244-249.
Kitagawa, Y.; Suzuki, K.; Yoneda, A.; Watanabe, T. 2004. Effects of oxygen concentration
and antioxidants on the in vitro developmental ability, production of reactive oxygen species
(ROS), and DNA fragmentation on in porcine embryos. Theriogenology 62, 1186-1197.
Kikuchi, K.; Ekwall, H.; Tienthai, P.; Kawai, Y.; Noguchi, J.; Kaneko, H.; Rodriguez-
Martinez, H. 2002. Morphological features of lipid droplet transition during porcine oocyte
fertilization and early embryonic development to blastocyst in vivo and in vitro. Zygote 10,
355-366.
Krisher, R. L.; Brad, A. M.; Herrick, J. R.; Sparman, M. L.; Swain, J. E. 2007. A comparative
analysis of metabolism and viability in porcine oocytes during in vitro maturation. Animal
Reproduction Science 98, 72-96.
Lee, J.; You, J.; Lee, G-S.; Hejun, S-H.; Lee, E. 2013. Pig oocytes with a large perivitelline
space matured in vitro show greater developmental competence after parthenesis and somatic
cell nuclear transfer. Molecular Reproduction and Development, Article in Press, DOI:
10.1002/mrd.22205
Manjunatha, B. M.; Gupta, P. S. P.; Devaraj, M.; Ravindra, J. P.; Nandi, S. 2007. Selection of
developmentally competent buffalo oocytes by brilliant cresyl blue staining before IVM.
Theriogenology 68, 1299-1304.
Marques, M.G.; Nicacio, A. C.; Oliveira, V.P.; Nascimento A. B.; Caetano, H.V. A.; Mendes,
C.M.; Mello, M.R.B.; Milazzotto, M. P.; Assumpção, M. E.O.D. ;Visintin, J.A. 2007. In vitro
maturation of pig oocytes with different media, hormone and meiosis inhibitors. Animal
Reproduction Science 97, 375- 381.
Marques, M.G.; de Barros F.R.O.; Goissis, M. D.; Cavalcanti, P.V.; Viana, C. H. C.;
Assumpção, M.E.O.D.; Visintin, J.A. 2012. Effect of low oxygen tension atmosphere and
maturation media supplementation on nuclear maturation, cortical granules migration and
56
sperm penetration in swine in vitro fertilization. Reproduction in Domestic Animals 47, 491-
7.
Mirshamsi, S.M.; Karami Shabankareh, H. 2012. Selection of developmentally competent
sheep zygotes using the Brilliant Cresyl Blue (BCB) test after IVF. Small Ruminant
Research, 105, 250-254.
Mota, G. B.; Batista, R. I. T. P.; Serapião, R. V.; Cortes, M. B.; Viana, J. H. M.; Torres, C. A.
A. T.; Camargo, L. S. A. 2009. Developmental competence and expression of the MATER
and ZART1 genes in immature bovine oocytes selected by brilliant cresyl blue. Zygote 18,
209-216.
Mohammadi-Sangcheshmeh, A.; Held, E.; Ghanem, N.; Rings, F.; Salilew-Wondim, D.;
Tesfaye D; Sieme, H.; Scheelander, K.; Hoelker, M. 2011. G6PDH-activity in equine oocytes
correlates with morphology, expression of candidate genes for viability and preimplantative
in vitro development. Theriogenology 76, 1215-1226.
Opiela, J.; Katska-Ksiazkiewicz, L.; Lipinski, D.; Slomski, R.; Bzowska, M.; Rynska, B.
2008. Interactions among activity of glucose-6-phosphate dehydrogenase in immature
oocytes, expression of apoptosis related genes Bcl-2 an Bax, and developmental competence
following IVP in cattle. Theriogenology 69, 546-555.
Opiela, J.; Lipinski, D.; Slomski, R.; Katska-Ksiazkiewicz, L. 2010. Transcript expression of
mitochondria related genes is correlated with bovine oocyte selection by BCB test. Animal
Reproduction Science 118, 118-193.
Pawlak, P.; Pers-Kamczyc , E.; Renska, N.; Kubickova, S.; Lechniak, D. 2011. Disturbances
of nuclear maturation in BCB positive oocytes collected from peri-pubertal gilts.
Theriogenology 75, 832-840.
Pawlak, P.; Cieslak, A.; Warzych, E.; Zejden, Z.; Szumacher-Strabel, M.; Molinska-Glura,
M.; Lechniak, D. 2012. No single way to explain cytoplasmic maturation of oocytes from
prepubertal and cyclic gilts. Theriogenology 78, 2010-2030.
Pawlak, P.; Warzych, E.; Chabowska, A.; Lechniak, D. 2014. Differences in cytoplasmic
Maturation between BCB+ and control porcine oocytes do not justify application of the BCB
test for a standard IVM protocol. Journal of Reproduction and Development, 60, 28-36.
Petters, R.M., & Wells, K.D. (1993). Culture of pig embryos. J. Reprod. Fertil. Suppl. 48, 61-
73.
Rho, G. J.; Wu, B.; Kawarsky, S.; Leibo, S.P.; Betteridge, K. J. (1998). Activation regimens
to prepare bovine oocytes for intracytoplasmic sperm injection. Molecular Reproduction
Development 50, 485-492.
57
Roca, J.; Martinez, E.; Vazquez, J. M.; Lucas X. 1998. Selection of immature pig oocytes for
homologous in vitro penetration assays with the brilliant cresyl blue test. Reproduction
Fertility Development 10, 479-85.
Rodriguez-Gonzalez, E.; Lopez-Bejar, M.; Velilla, E.; Paramio, M. T. (2002). Selection of
prepubertal goat oocytes using the brilliant cresyl blue test. Theriogenology 57, 1397-409.
Romar, R.; Coy, P.; Rath D. 2012. Maturation conditions and boar affect timing of cortical
reaction in porcine oocytes. Theriogenology, 78, 1126-1139.
Santos, D. B.; Schiar, V.P.P.; Ribeiro, M. C. P.; Schwab, R. S.; Meinerz, D. F.; Allebrandt,
J.; Rocha, J.B.T.; Nogueira, C. W.; Aschner, M.; Barbosa, N. B. V. 2009. Genotoxicity of
organoselenium compounds in human leokocytes in vitro. Mutation Research 676, 21-26.
Takahashi, Y. and First, N. L. 1992. In vitro development of bovine one-cell embryos:
influence of glucose, lactate, pyruvate, amino acids and vitamins. Theriogenology 37, 29-32.
Takahashi, M.; Saka, N.; Takahashi, H.; Kanai, Y.; Schultz, R. M.; Okano, A. 1999.
Assessment of DNA damage in individual hamster embryos by comet assay. Mol Reprod 54,
1-7.
Torner, H.; Ghanem, N.; Ambros, C.; Hölker, M. Tomek W.; Phatsara, C.; Aem, H.; Sirard,
M-A; Kanitz, W.; Schellander, K.; Tesfaye, D. 2008. Molecular and subcellular
characterization of oocytes screened for their developmental competence based on glucose-6-
phosphate dehydrogenase activity. Reproduction 135, 197-212.
Uhm, S. J.; Gupta, M. K.; Kim, T. Lee, H. T. 2007. Expression of enhanced green
fluorescent protein in porcine- and bovine-cloned embryos following interspecies somatic
cell nuclear transfer of fibroblasts transfected by retrovirus vector. Molecular Reproduction
Development, 74, 1538–47.
Vandaele, L. 2008. Thesis, ISBN: 978-90-586-4150-2, chapter 5.2, p.109-23.
Watson. A. J. 2007. Oocyte cytoplasmic maturation: a key mediator of oocyte and embryo
developmental competence. Journal of Animal Science, (Supp13), p. 85.
Wongsrikeao, P.; Otoi, T.; Yamasaki, H.; Agung, B.; Taniguchi, M.; Naoi, H.; Shimizu, R.;
Nagai, T. 2006. Effects of single and double exposure to brilliant cresyl blue on the selection
of porcine oocytes for in vitro production of embryos. Theriogenonology 66, 366-72.
Wongsrikeao, P.; Otoi, T.; Taniguchi, M.; Karja, N. W. K.; Agung B.; Nii, M.; Nagai, T.
2006. Effect of hexoses on in vitro oocyte maturation and embryo development in pigs.
Theriogenology 65, 332-343.
Yoshioka, K.; Suzuki, C.; Tanaka, A.; Anas, I. M.; Iwara, S.; 2002. Birth of piglets derived
from porcine zygotes cultures in a chemically defined medium. Biol Reprod 66, 112-19.
58
Lista de Figuras
Tabela 1. Composição dos meios utilizados para incubação dos COCs com o corante BCB
para seleção.
Componentes ReproPEL (mM) D-PBS (g/mL)
NaCl 100 0,008
KCl 10 0,0002
Frutose 0,5 -
Mio Inositol 2,77 -
NaHCO3 5 -
Hepes sais de sódio 25 -
Glicina 10 -
Tri sódio citrato 0,34 -
KH2PO4 0,35 0,0002
MgSO4 0,4 -
CaCl2 2H2O 1,71 0,0001
Vermelho fenol 4 µM -
Gentamicina 0,00005 g/mL 0,00005
Lactato de sódio 5,35 -
Ácido Pirúvico 0,2 0,000036
EDTA 0,01 -
Na2HPO4 - 0,00115
Glicose - 0,001
MgCl2 6H2O - 0,0001
Tabela 2. Taxa de coloração de oócitos suínos após exposição ao BCB nos meios D-PBS e
ReproPEL.
Meio Não corados (%) Corados (%) N
D-PBS 96 (30,4) 220 (69,6)b 316
ReproPEL 46 (13,8) 288 (86,2)a 334
Total 142 (21,8) 508(78,2) 650 * Letras diferentes representam diferença estatística (P < 0,05). .
59
Fig 1. Classificação do índice de dano, através do teste cometa, baseado na migração de fragmentos de DNA (Santos et al., 2009).
Figura 2. Maturação nuclear (MII) de oócitos suínos maturados in vitro e corados com BCB em diferentes meios.
a,bLetras diferentes representam diferença estatística (P<0,05).
PBS+, n = 111; PBS-, n = 31; PBSc, n = 42; ,ReproPEL+, n = 119; ReproPEL- n = 22; e ReproPELc, n = 59.
60
Fig 2. Densidade dos grânulos corticais (CG) em oócitos suínos maturados in vitro e corados com BCB em diferentes meios. a,b
Letras diferentes representam diferença estatística (P<0,05).
n = 20 oócitos por grupo.
Tabela 3. Clivagem e desenvolvimento embrionário até o estágio de blastocisto (D7) após
ativação partenogenética de oócitos suínos corados com BCB em diferentes meios.
Clivagem Blastocistos
Meio/coloração D2 (%) D7 (%)
n
PBS + 197 (58,6) ab 23 (6,8)b
336
PBS - 0 e 0 (0)c
161
PBS c 139 (45,1) c 17 (5,5)b
308
ReproPEL+ 162 (55,3)ab 38 (13,0)a
293
ReproPEL - 21 (23,3)d 1 (1,1)c
90
ReproPEL c 193 (52,0) bc 47 (12,7)a
371
Total 712 126
1621 * Letras diferentes representam diferença estatística em cada coluna (P<0,05).
* PBS+, ReproPEL+: BCB+; PBS-, ReproPEL-: BCB-; PBSc, ReproPELc: controles.
61
Fig 3. Diferentes níveis de fragmentação no DNA de oócitos suínos pós coloração com BCB em diferentes meios e maturados in vitro. a,b,c
Letras diferentes no mesmo meio demonstram diferença estatística (P<0,05).
Neste teste, os controles negativos não foram utilizados, com 5 repetições.
PBS+, ReproPEL+: BCB+; PBSc, ReproPELc: controles, PFF: controle somente em líquido folicular suíno.
62
7. CONCLUSÕES
Através deste trabalho conclui-se que o meio ReProPEL não é indicado para o
teste de seleção oocitária através do BCB. Porém, este meio demonstrou ser
eficiente na manutenção de oócitos suínos.
O BCB foi responsável por alterações na funcionalidade mitocondrial em oócitos
suínos imaturos. Em vista disso, novos estudos são necessários a fim de se
averiguar de que forma estes danos podem influenciar o desenvolvimento
embrionário posterior.
63
8. REFERÊNCIAS
ABEYDEERA, L. R. 2001. In vitro fertilization and embryo development in pigs.
Reproduction Supplement, v. 58, p. 159-173.
ABEYDEERA, L. R. 2002. In vitro production of embryos in swine. Theriogenology,
v. 52, p. 257-73.
ALM, H.; TORNER, H.; LOHRKE, B.; VIERGUTZ, T.; GHONEIM, I.M.; KANITZ, W.
2005. Bovine blastocyst development rate in vitro is influenced by selection of
oocytes by brilliant cresyl blue staining before IVM as indicator for glucose-6-
phosphate dehydrogenase activity. Theriogenology, v.63, p. 2194-205.
BERTHELOT-RICOU, A.; PERRIN, J.; GIORGIO, C. D.; DE MEO, M.; BOTTA, A.;
COURBIERE, B. 2011. Comet assay on mouse oocytes: na improved technique to
evaluate genotoxic risk on female germ cells. Fertility and Sterility, v. 95, p.4.
BRAD, A. M.; BORMANN, C. L.; SWAIN, J. E.; DURKIN, R. E.; JOHNSON, A. E.;
CLIFFORD, A. L. 2003. Glutathione and adenosine triphosphate content of in vivo
and vitro matured porcine oocytes. Molecular Reproduction and Development,
v.64, p. 492-98.
CASTANEDA, C. A.; KAYE, P.; PANTALEON, M.; PHILLIPS, N.; NORMAN, S.;
FRY, R.; D’OCCHIO, M.J. 2013. Lipid content, active mitochondria and brilliant
cresyl blue staining in bovine oocytes. Theriogenology, v.79, p. 417-422.
CHIARATTI, M. R.; BRESSAN. F. F.; FERREIRA, C. R.; CAETANO, A. R.; SMITH,
L. C.; VERCESI, A. E.; MEIRELLES, F. V. 2010. Embryo mitochondrial DNA
depletion is reversed during early embryogenesis in cattle. Biology Reproduction,
v. 82, p. 76 -85.
COY. P.; GRULLON, L.; CANOVAS, S.; ROMAR, R.; MATAS, C.; AVILES, M. 2008.
Hardening of the zona pellucida of unfertilized eggs can reduce polypermic
fertilization in the pig and cow. Reproduction, v. 135, p. 19-27.
DANG-NGUYEN, T. Q.; SOMFAI, T.; HARAGUCHI, S.; KIKUCHI, K.; TAJIMA, A.;
KANAI, Y.; NAGAI, T. 2011. In vitro production of porcine embryos: current status,
future perspectives and alternative applications. Animal Science Journal, v. 82, p.
374-382.
DU, Y.; SCHMIDT, M.; BOGH, I.; KRAGH, P. M.; SORENSEN, C. B.; LI, J.; PURUP,
S.; PRIBENSZSKY, M.; KUWAYAMA, M.; ZHANG, X.; YANG, H.; BOLUND, L.;
VAJTA, G. 2008. High hydrostatic pressure treatment of porcine oocytes before
handmade cloning improves developmental competence and cryosurvival. Cloning
and Stem Cells, v. 10, p. 325-330.
64
DUNBAR, B.S.; AVERY, S.; LEE, V.; PRASAD, S.; SCHUWAHN, N.; SCHWOEBEL,
E.; SKIMMER, S.; WILKINS, B. 1994. LThe mammalian zona pellucid: its
biochemistry, immunochemistry, molecular biology and developmental expression.
Reproduction, Fertility and Development, v. 6, p. 331-347.
EL SHOURBAGY, S. H.; SPIKINGS, E. C.; FREITAS, M.; JOHN, J. C. S. 2006.
Mitocondria directly influence fertilisation outcome in the pig. Reproduction, v. 131,
p. 233-245.
ERICSSON, S. A.; BOICE, M. L.; FUNAHASHI, H.; DAY, B. N. 1993. Assessment of
porcine oocytes using brilliant cresyl blue. Theriogenology, v. 39, p. 214.
FUNAHASHI, H. 2003. Polyspermic penetration in porcine IVM-IVF systems.
Reproduction, Fertility and Development, v. 15, p. 167-177.
GARCÍA-MENGUAL, E.; ALFONSO, J.; SALVADOR, I.; DUQUE, C.-C.;
SILVESTRE, M.-A. 2008. Oocyte activation procedures and influence of serum on
porcine oocyte maturation and subsequent parthenogenetic and nuclear transfer
embryo development. Zygote, v. 16, p. 279-284.
GOOVAERTS, I. G. F.; LEROY, J. L.M. R.; JORSSEN, E. P. A.; BOLS, P. E. J.
2010. Noninvasive bovine oocyte quality assessment: possibilities of a single oocyte
culture. Theriogenology, v. 74, p.1509-1520.
HONG, J; LEE, E. 2007. Intrafollicular amino acid concentration and the effect of
amino acids in a defined maturation medium on porcine oocyte maturation,
fertilization, and preimplantation development. Theriogenology, v, 68, p. 728-735.
HORVÁTHOVÁ, E.; DUSINKÁ, M.; SHAPOSHINIKOV, S.; COLLINS, A. R. 2004.
DNA damage and repair measured in different genomic regions using the comet
assay with fluorescent in situ hybridization. Mutagenesis, v. 19, p. 269-276.
ISHIZAKI, C.; WATANABE, H.; BHUIYAN, M. M. U.; FUKUI, Y. 2009. Developmental
competence of porcine oocytes selected by brilliant cresy blue and matured
individually in a chemically defined medium. Theriogenology, v, 72, p. 72-80.
IWATA, H.; GOTO, H.; TANAKA, H.; SAKAGUCHI, Y.; KIMURA, K.; KUWAYAMA,
T.; MONJI, Y. 2011. Effect of maternal age on mitochondrial DNA copy number, ATP
content and IVF outcome of bovine oocytes. Reproduction, Fertility and
Development, v.23, p.424 - 432.
IZADYAR, F.; COLEMBRANDER, B.; BEVERS, M. M. 1997. Stimulatory effect of
growth hormone on in vitro maturation of bovine oocytes is exerted through the cyclic
adenosine 3’, 5’- monophosphate signalin pathway. Biology and Reproduction, v.
57, p. 1484-1489.
65
KARAMI-SHABANKAREH, H.; MIRSHAMSI, S. M. 2012. Selection of
developmentally competent sheep oocytes using the brilliant cresyl blue test and
relationship to follicle size and oocyte diameter. Small Ruminant Research, v. 105,
p. 244-249.
KITAGAWA, Y.; SUZUKI, K.; YONEDA, A.; WATANABE, T. 2004. Effects of oxygen
concentration and antioxidants on the in vitro developmental ability, production of
reactive oxygen species (ROS), and DNA fragmentation on in porcine embryos.
Theriogenology, v. 62, p. 1186-1197.
KIKUCHI, K.; KASHIWAZAKI, N.; NOGUCHI, J.; SHIMADA, A.; TAKAHASHI, R.;
HIRABAYASHI, M.; SHINO, M.; UEDA, M.; KANEKO, H. 1999. Developmental
competence, after transfer to recipients, of porcine oocytes matured, fertilized, and
cultured in vitro. Biology of Reproduction, v. 60, p. 336-340.
KIKUCHI, K.; EKWALL, H.; TIENTHAI, P.; KAWAI, Y.; NOGUCHI, J.; KANEKO, H.;
RODRIGUEZ-MARTINEZ, H. 2002. Morphological features of lipid droplet transition
during porcine oocyte fertilization and early embryonic development to blastocyst in
vivo and in vitro. Zygote, v. 10, p. 355-366.
KRISHER, R. L. 2004. The effect of oocyte quality on development. Journal of
Animal Science, v. 82, p. 14-23.
KRISHER, R. L.; BRAD, A. M.; HERRICK, J. R.; SPARMAN, M. L.; SWAIN, J. E.
2007. A comparative analysis of metabolism and viability in porcine oocytes during in
vitro maturation. Animal Reproduction Science, v. 98, p. 72-96.
LEE, J.; YOU, J.; LEE, G-S.; HEJUN, S-H.; LEE, E. 2013. Pig oocytes with a large
perivitelline space matured in vitro show greater developmental competence after
parthenesis and somatic cell nuclear transfer. Molecular Reproduction and
Development, Article in Press, DOI: 10.1002/mrd.22205
LIU, C. H.; YANG, C. C.; LIN, D.P.C.; TSAI, K. J. 2004. Stored of HSP72/HSP73 in
germal vesicle-stage mouse oocytes. Reproduction Domestic Animal, v. 39, p.19-
24.
LUBERDA, Z. 2005. The role of glutathione in mammalian gametes. Reproduction
Biology, v.5, p.5-17.
MALDOMARI, N.; KIKUCHI, K.; OZAWA, M.; NOGUCHI, J.; KANEKO, H.;
OHNUMA, K.; NAKAI, M.; SHINO, M.; NAGAI, T.; KASHI WAZAKI, N. 2007.
Cytoplasmic glutathione regulated by cumulus cells during porcine oocyte maturation
affects fertilization and embryonic development in vitro. Theriogenology, v. 67, p.
983-993.
66
MANGLIA, F.; EPSTEIN, C. J. Biochemical studies of growing mouse oocyte:
preparation of oocytes and analysis of glucose-6-phosphate dehydrogenase and
lactate dehydrogenase activities. Developmental Biology.,v. 45, p. 211-20.
MANJUNATHA, B. M.; GUPTA, P. S. P.; DEVARAJ, M.; RAVINDRA, J. P.; NANDI,
S. 2007. Selection of developmentally competent buffalo oocytes by brilliant cresyl
blue staining before IVM. Theriogenology, v. 68, p. 1299-1304.
MARQUES, M.G.; NICACIO, A. C.; OLIVEIRA, V.P.; NASCIMENTO A. B.;
CAETANO, H.V. A.; MENDES, C.M.; MELLO, M.R.B.; MILAZZOTTO, M. P.;
ASSUMPÇÃO, M. E.O.D. ;VISINTIN, J.A. 2007. In vitro maturation of pig oocytes
with different media, hormone and meiosis inhibitors. Animal Reproduction
Science, v. 97, p. 375- 381.
MARQUES, M.G.; DE BARROS F.R.O.; GOISSIS, M. D.; CAVALCANTI, P.V.;
VIANA, C. H. C.; ASSUMPÇÃO, M.E.O.D.; VISINTIN, J.A. 2012. Effect of low
oxygen tension atmosphere and maturation media supplementation on nuclear
maturation, cortical granules migration and sperm penetration in swine in vitro
fertilization. Reproduction in Domestic Animals, v. 47, p. 491-7.
MIRSHAMSI, S.M.; KARAMI SHABANKAREH, H. 2012. Selection of
developmentally competent sheep zygotes using the Brilliant Cresyl Blue (BCB) test
after IVF. Small Ruminant Research, v.105, n.1, 250-254.
MOTA, G. B.; BATISTA, R. I. T. P.; SERAPIÃO, R. V.; CORTES, M. B.; VIANA, J. H.
M.; TORRES, C. A. A. T.; CAMARGO, L. S. A. 2009. Developmental competence
and expression of the MATER and ZART1 genes in immature bovine oocytes
selected by brilliant cresyl blue. Zygote, v. 18, p. 209-216.
MOHAMMADI-SANGCHESHMEH, A.; HELD, E.; GHANEM, N.; RINGS, F.;
SALILEW-WONDIM, D.; TESFAYE D; SIEME, H.; SCHEELANDER, K.; HOELKER,
M. 2011. G6PDH-activity in equine oocytes correlates with morphology, expression
of candidate genes for viability and preimplantative in vitro development.
Theriogenology, v.76, p.1215-1226.
NARUSE, K.; KIM, H. R.; SHIN, Y. M.; CHANG, S. M.; LEE, H. R.; PARK, C. S.; JIM,
D. I. 2006. Low concentrations of MEM vitamins during in vitro maturation of porcine
oocytes improves subsequent parthenogenetic development. Theriogenology, v. 67,
p. 407-412.
OPIELA, J.; KATSKA-KSIAZKIEWICZ, L.; LIPINSKI, D.; SLOMSKI, R.; BZOWSKA,
M.; RYNSKA, B. 2008. Interactions among activity of glucose-6-phosphate
dehydrogenase in immature oocytes, expression of apoptosis related genes Bcl-2 an
Bax, and developmental competence following IVP in cattle. Theriogenology, v. 69,
p. 546-555.
67
OPIELA, J.; LIPINSKI, D.; SLOMSKI, R.; KATSKA-KSIAZKIEWICZ, L. 2010.
Transcript expression of mitochondria related genes is correlated with bovine oocyte
selection by BCB test. Animal Reproduction Science, v. 118, p. 118-193.
PAWLAK, P.; PERS-KAMCZYC , E.; RENSKA, N.; KUBICKOVA, S.; LECHNIAK, D.
2011. Disturbances of nuclear maturation in BCB positive oocytes collected from
peri-pubertal gilts. Theriogenology, v. 75, p. 832-840.
PAWLAK, P.; CIESLAK, A.; WARZYCH, E.; ZEJDEN, Z.; SZUMACHER-STRABEL,
M.; MOLINSKA-GLURA, M.; LECHNIAK, D. 2012. No single way to explain
cytoplasmic maturation of oocytes from prepubertal and cyclic gilts.
Theriogenology, v. 78, p. 2010-2030.
PAWLAK, P.; WARZYCH, E.; CHABOWSKA, A.; LECHNIAK, D. 2014. Differences
in cytoplasmic Maturation between BCB+ and control porcine oocytes do not justify
application of the BCB test for a standard IVM protocol. Journal of Reproduction
and Development, v. 60, p. 28-36.
PEREIRA, G. R., LORENZO, P. L., CARNEIRO, G. F., BEILODEAU- GOESEELS,
S., KASTELIC, J. P., ESTELLER- VICO, A., LOPEZ-BEJAR, M., LIU, I. K. 2013.
Selection of developmentally competent immature equine oocytes with brilliant cresyl
blue stain prior to in vitro maturation with equine growth hormone. Zygote, v.1, p.1-5.
PUJOL, M., LÓPEZ-BÉJAR, M., PARAMIO, M.T. 2004. Developmental competence
of heifer oocytes selected using the brilliant cresyl blue (BCB) test. Theriogenology,
v. 61, p. 735-744.
PTAK, G.; LOI, P.; DATTENA, M.; TISHENER, M.; CAPPAI, P. 1999. Offspring from
one-month-old lambs: studies on the developmental capability of pre-pubertal
oocytes. Biology Reproduction, v. 61, p. 1568 – 1574.
RAMALHO-SANTOS, J.; AMARAL, S. 2013. Mitochondria and mammalian
reproduction. Molecular and Cell Endocrinology, v. 379, p. 74-84.
RHO, G. J.; WU, B.; KAWARSKY, S.; LEIBO, S.P.; BETTERIDGE, K. J. (1998).
Activation regimens to prepare bovine oocytes for intracytoplasmic sperm injection.
Molecular Reproduction Development, v. 50, p. 485-492.
ROCA, J.; MARTINEZ, E.; VAZQUEZ, J. M.; LUCAS, X. 1998. Selection of immature
pig oocytes for homologous in vitro penetration assays with the brilliant cresyl blue
test. Reproduction Fertility Development, v.10, p.479-85.
RODRIGUEZ-GONZALEZ, E.; LOPEZ-BEJAR, M.; VELILLA, E.; PARAMIO, M. T.
(2002). Selection of prepubertal goat oocytes using the brilliant cresyl blue test.
Theriogenology, v. 57, p.1397-409.
68
ROMAR, R.; COY, P.; RATH D. 2012. Maturation conditions and boar affect timing
of cortical reaction in porcine oocytes. Theriogenology, 78, 1126-1139.
SANTOS, D. B.; SCHIAR, V.P.P.; RIBEIRO, M. C. P.; SCHWAB, R. S.; MEINERZ,
D. F.; ALLEBRANDT, J.; ROCHA, J.B.T.; NOGUEIRA, C. W.; ASCHNER, M.;
BARBOSA, N. B. V. 2009. Genotoxicity of organoselenium compounds in human
leokocytes in vitro. Mutation Research, v. 676, p. 21-26.
SPIKINGS, E.C.; ALDERSON, J.; JOHN, J. C. S. 2007. Regulated mitochondrial DNA replication during oocyte maturation is essencial for successful porcine embryonic development. Biology of Reproduction, v. 76, p.327-335.
TAKAHASHI, Y. AND FIRST, N. L. 1992. In vitro development of bovine one-cell embryos: influence of glucose, lactate, pyruvate, amino acids and vitamins. Theriogenology 37, 29-32.
TAKAHASHI, M.; SAKA, N.; TAKAHASHI, H.; KANAI, Y.; SCHULTZ, R. M.; OKANO, A. 1999. Assessment of DNA damage in individual hamster embryos by comet assay. Molecular Reproduction, v. 54, p. 1-7.
TORNER, H.; GHANEM, N.; AMBROS, C.; HÖLKER, M. TOMEK W.; PHATSARA,
C.; AEM, H.; SIRARD, M-A; KANITZ, W.; SCHELLANDER, K.; TESFAYE, D. 2008.
Molecular and subcellular characterization of oocytes screened for their
developmental competence based on glucose-6-phosphate dehydrogenase activity.
Reproduction, v. 135, n.2, p. 197-212.
TSAI, P.-S.; HAEFTEN. T. V.; GADELLA, B. M. 2011. Preparation of the cortical
reaction: Maturation- Dependent migration of SNARE proteins, clathrin and
complexin to the porcine oocyte’s surface blocks membrane traffic until fertilization.
Biology of Reproduction, v. 84, p. 327-335.
UHM, S. J.; GUPTA, M. K.; KIM, T. LEE, H. T. 2007. Expression of enhanced green
fluorescent protein in porcine- and bovine-cloned embryos following interspecies
somatic cell nuclear transfer of fibroblasts transfected by retrovirus vector.
Molecular Reproduction Development, v.74, p.1538–47.
VANDAELE, L. 2008. Thesis, ISBN: 978-90-586-4150-2, chapter 5.2, p.109-23.
WANG, Q.; SUN, Q. Y. 2007. Evaluation of oocyte quality: morphological, cellular,
and molecular predictors. Reproduction Fertility and Development, v. 19, p.1-12.
WATSON. A. J. 2007. Oocyte cytoplasmic maturation: a key mediator of oocyte and
embryo developmental competence. Journal of Animal Science, (Supp13), p. 85.
WONGSRIKEAO, P.; OTOI, T.; YAMASAKI, H.; AGUNG, B.; TANIGUCHI, M.; NAOI,
H.; SHIMIZU, R.; NAGAI, T. 2006. Effects of single and double exposure to brilliant
cresyl blue on the selection of porcine oocytes for in vitro production of embryos.
Theriogenonology, v. 66, p.366-72.
69
WONGSRIKEAO, P.; OTOI, T.; TANIGUCHI, M.; KARJA, N. W. K.; AGUNG B.; NII,
M.; NAGAI, T. 2006. Effect of hexoses on in vitro oocyte maturation and embryo
development in pigs. Theriogenology, v. 65, p. 332-343.
WU, G. M.; SUM, Q. Y.; MAO, J.; LAI, L.; MCCAULEY, T. C.; PARK, K.W.;
PRATHER, R. S.; DIDION, B. A.; DAY, B. N. 2002. Hight development competence
of pig oocytes after meiotic inhibition with a specific M-phase promoting factor kinase
inhibition, Butyrolactone. Biology of Reproduction, v. 67, n.1, p. 170-177.
YOSHIDA, M.; CRAN, D. G.; PURSEL, V. G. 1993. Confocal and fluorescence
microscopic study using lectins on the distribution of cortical granules during the
maturation and fertilization of pig oocytes. Molecular Reproduction and
Development, v. 36, p. 462-468.
YOSHIOKA, K.; SUZUKI, C.; TANAKA, A.; ANAS, I. M.; IWARA, S.; 2002. Birth of
piglets derived from porcine zygotes cultures in a chemically defined medium.
Biology Reproduction, v. 66, p. 112-19.
ZHANG, X.; WU, X. Q.; LU, S.; GUO, Y. L; MA, X. 2006. Deficit of mitochondria derived ATP during oxidative stress impairs mouse MII oocyte spindles. Cell Research, v.16, p.841-850.