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1 Relatório CTBio – Plano de Manejo da APA Tietê – 26-11-18
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA
Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas, Parques e
Áreas Protegidas
RELATÓRIO FINAL
PLANO DE MANEJO DA APA TIETÊ
26 de novembro de 2018
2 Relatório CTBio – Plano de Manejo da APA Tietê – 26-11-18
I – Apresentação
O presente Relatório sintetiza as informações do Plano de Manejo e as discussões
ocorridas no âmbito da CTBio/CONSEMA referentes a Área de Proteção Ambiental
– APA Tietê.
A Área de Proteção Ambiental – APA Tietê foi criada pelo Decreto Estadual n° 20.959, de 8
de junho de 1983, para proteger seus atributos representados por parte das Bacias
hidrográficas dos Rios Tiete, Sorocaba e Capivari, bem como os seus remanescentes
florestais e a fauna a eles associada.
Objetivos Gerais:
Combater a ameaça de degradação ambiental, bem como, a necessidade de
proteção de seus ecossistemas;
Aprofundar, de modo sistemático e com critérios ambientais, os planos de
desenvolvimento e crescimento de suas comunidades;
Explorar o potencial de seu relevante patrimônio ambiental e urbano;
Explorar características históricas e culturais das comunidades locais;
Explorar o potencial turístico do município de forma ambientalmente sustentável
A APA Tietê abrange área de 45.100 hectares, inserida nos municípios de Tietê e Jumirim –
Região Administrativa de Sorocaba e pertence a UGRHI 10 – Sorocaba/Médio Tietê e
UGRHI 5 – Piracicaba/Capivari/ Jundiaí – PCJ.
A seguir, no Quadro 1, é apresentada a ficha técnica da APA Tietê, e na Figura 1 o mapa de localização regional da UC.
Quadro 1. Ficha Técnica da APA Tietê
APA Tietê
Legislação Específica
Decreto Estadual nº 20.959, de 8 de junho de 1983
Grupo: Uso Sustentável Categoria: Área de Proteção Ambiental - APA Órgão Gestor: Fundação Florestal Responsável pela UC: Waldinir Gomes Moreira E-mail: [email protected] Conselho Consultivo: Instituído pela Resolução SMA 54 de 15 de maio de 2018.
Área da UC: 45.100 hectares Municípios abrangidos: Tietê e Jumirim UGRHi: 10 – Sorocaba/Médio Tietê e UGRHI
5 – Piracicaba/Capivari/ Jundiaí – PCJ. Situação Fundiária: A APA – Área de Proteção Ambiental – admite propriedades particulares dentro de seu perímetro e, portanto, não ha a necessidade de consolidação do domínio em nome do Estado.
Endereço: Avenida Comendador Pereira Inácio, 1112, Jd. Vergueiro – Sorocaba/SP – CEP:18030-005 Acesso à UC: O acesso à UC pode ser feito pela SP 300 – Rodovia Marechal Rondon ou pela SP 374 – Rodovia Presidente Castelo
Branco.
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II - Estrutura do Plano de manejo
O Plano de Manejo da APA Tietê foi elaborado entre agosto de 2016 e outubro de 2018,
pela empresa AmbGis – Consultoria em Meio Ambiente e Geoprocessamento Ltda., sob a
coordenação do Núcleo Planos de Manejo da Fundação Florestal. Os recursos para a
elaboração do mesmo foram destinados pelo FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos
Hídricos, criado pela Lei 7.663/91, no valor de 292.850,00 (duzentos e noventa e dois mil,
oitocentos e cinquenta reais)
O Plano foi desenvolvido com base no Termo de Referencia que subsidiou o contrato
firmado com a AmbGis e compreendeu 7 etapas, apresentadas a seguir:
1. Estruturação da Equipe Técnica e do Plano de Trabalho – esta etapa foi proposta
nos moldes dos Planos de Manejo anteriores à instituição do Comitê de Integração
dos Planos de Manejo.
2. Estruturação do Banco de Dados Geográficos (BDG) – Esta etapa se deu de forma
paralela à elaboração do Plano de Manejo, por meio da sistematização, organização,
análise e processamento dos dados georreferenciados.
3. Avaliação Estratégica – Elaboração da matriz SWAT – com a sistematização e
analise dos indicadores ambientais
4. Diagnostico Socioambiental – Esta etapa compreende a coleta de dados secundários
e levantamentos de campo dos meios: físico, biótico e socioambiental. Também são
desta etapa as duas Oficinas Participativas do Diagnóstico Socioambiental. Além
disso, foram colhidas contribuições por meio do portal eletrônico da SMA.
5. Zoneamento – A proposta incluiu também as diretrizes e normas para o uso e
ocupação do solo e foi desenvolvida com base na concepção adotada para a APA do
Rio Batalha, a partir de Matriz de Impactos Ambientais proposta pela CETESB e
aprovada pelo Comitê de Integração dos Planos de Manejo. Da mesma forma que o
Diagnóstico Socioambiental, a proposta do Zoneamento foi discutido em duas
oficinas participativas.
6. Sistema de Gestão – Esta etapa foi elaborada adotando-se a mesma concepção da
APA Rio Batalha e tendo como referencia o Diagnóstico Ambiental, o Zoneamento e
a Matriz Estratégica. A proposta foi discutida em duas Oficinas Participativas.
7. Apresentação e Aprovação do Plano de Manejo – Corresponde a quatro produtos:
Volume Principal, Resumo Executivo, Caderno Cartográfico do Diagnóstico e o
Caderno Cartográfico do Zoneamento.
É importante ressaltar que a partir da finalização do Diagnóstico Socioambiental, as etapas
de Zoneamento e o Sistema de Gestão foram desenvolvidas de acordo com a concepção
definidas no âmbito do Comitê de Integração dos Planos de Manejo, consolidada e
referenciada no Plano de Manejo da APA Rio Batalha.
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III – Diagnóstico Socioambiental
Os procedimentos metodológicos considerados na elaboração do diagnóstico
socioambiental contemplaram: pesquisa bibliográfica, coleta e tratamento de dados
estatísticos, levantamento de campo nos municípios de Jumirim e Tietê, interpretação,
análise e sistematização de todas as informações reunidas dos meios físico, biótico e
socioambiental.
Os módulos foram elaborados a partir de informações recolhidas em base de dados oficiais
das principais instituições de pesquisa de nível nacional e estadual, amplamente utilizadas
como suporte à análise e elaboração de políticas públicas, além de dados das instituições
municipais e outras organizações.
As informações primárias do meio biótico foram coletadas nos levantamentos de campo
realizados em outubro e novembro de 2016, por equipe multidisciplinar que, com roteiros
pré-determinados, utilizaram instrumentos de coleta que garantiram o rigor das informações
captadas na área de estudo.
A elaboração do diagnóstico socioambiental abarcou ainda realização de duas Oficinas
Participativas com o objetivo de identificar os problemas, causas e consequências da
situação da APA, em todos os aspectos, e a discussão e proposição das linhas de ação
para elaboração do zoneamento.
IV – Zoneamento
Para o zoneamento da APA Tietê foram considerados principalmente os resultados do
diagnóstico, como: cobertura da terra e uso do solo, biodiversidade e remanescentes de
vegetação (incluindo relações de conectividade entre fragmentos existentes) os vetores de
pressão, as situações de vulnerabilidade e de risco, os dados de qualidade das águas
superficiais, o patrimônio histórico cultural. Esses dados foram sistematizados a partir das
ferramentas de geoprocessamento e de processos manuais de interpretação assistida por
meio de bases geográficas e imagens de satélite de alta resolução, que permitiram a
delimitação dos polígonos das Zonas e das Áreas, em consonância com a concepção
adotada no âmbito do Comitê de Integração dos Planos de Manejo, descrito a seguir:
Zona é a porção territorial delimitada com base em critérios socioambientais e no grau
de intervenção previsto, que estabelece objetivos, diretrizes e normas próprias. São porções
mais extensas do território com características (momento presente e expectativa futura)
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mais homogêneas e predominantes. Indicam e orientam os usos e comandos de gestão
mais amplos e que devem predominar ao longo do tempo de vigência do PM. As zonas
definidas no Plano de Manejo somente poderão ser alteradas quando da revisão do Plano
de Manejo.
Área é a porção territorial destinada à implantação dos programas e projetos prioritários
de gestão da Unidade de Conservação, em conformidade com as características, objetivos e
regramentos da zona sobre a qual incide. São porções menores do território que indicam,
dentro das Zonas, onde irão ocorrer os programas e projetos prioritários de gestão. Podem
ter seus limites remarcados em revisões parciais do Plano de Manejo e devem dar mais
agilidade à gestão.
Conforme o SNUC, as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) não dispõem de
Zonas de Amortecimento, devendo circunscrever seus estudos e propostas de
zoneamento e ações ao território interno ao seu perímetro
Foram duas as tipologias de zonas definidas para o zoneamento proposto para a APA Tietê,
a saber: Zona de Uso Sustentável (ZUS) e a Zona de Proteção dos Atributos (ZPA),
conforme é possível visualizar no Quadro 2 e na Figura 1.
Zona Descrição Objetivos Dimensão
(ha)
% do total
da UC
Zona de Uso Sustentável
É aquela em que os atributos naturais
apresentam maiores efeitos de intervenção humana.
Possui significativa quantidade de nascentes e afluentes dos rios Tietê e Capivari e fragmentos de vegetação em uma matriz antrópica, de ocupação e
usos diversificados do solo, com destaque para culturas
diversas e a cultura de cana-de-açúcar. No território da ZUS se
encontram os núcleos urbanos dos municípios de
Tietê e Jumirim.
Compatibilizar os diferentes usos existentes no território e
minimizar os impactos negativos sobre os recursos
ambientais
30.533 68 %
Zona de Proteção dos
Atributos
É aquela que concentra os elementos sociais e/ou
ambientais relevantes para a proteção dos atributos
que justificaram a criação da APA.
Envolvem alguns dos principais canais hídricos,
incluindo partes e afluentes dos rios Capivari e Tietê. A ZPA também contempla as
Proteger as áreas de alta relevância socioambiental, visando a conservação dos atributos que justificaram a
criação da APA, seja a biodiversidade, os recursos hídricos, a beleza cênica e o patrimônio histórico-cultural.
14.567 32%
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áreas relativas à Zona de Vida Silvestre – ZVS,
estabelecida no Artigo 4º do Decreto Estadual 20.959 de 8 de junho de 1983 de
criação da APA
TOTAL 45.100 100%
Obs. As dimensões e percentuais são aproximados.
Quadro 2: Zonas da APA Tietê.
A Zona de Uso Sustentável abrange áreas antropizadas intercaladas pela
significativa quantidade de nascentes e afluentes do Rio Tietê e Capivari e fragmentos de
vegetação nativa e diversas culturas, especialmente a cana de açúcar. Nesta zona se
encontram os núcleos urbanos de Tietê e Jumirim.
A Zona de Proteção dos Atributos, abrange as áreas mais relevantes para a
conservação, incluindo os maiores fragmentos de vegetação nativa conectados às Áreas de
Preservação Permanente –APPs dos principais rios da região, como Rio Tietê e Capivari e
as áreas caracterizadas como Zona de Vida Silvestre (ZVS), definidas no decreto de criação
da APA.
Além das duas zonas homogêneas, o Plano de Manejo traz também a delimitação
das Áreas, que são espaços que se sobrepõem às Zonas. Na APA Tietê foram definidas
três Áreas (Quadro 3). Da mesma forma que os demais Planos de Manejo, nesta APA as
Áreas não foram dimensionadas, pois devem ser flexíveis e serão delimitadas e mapeadas
durante a implantação do Plano de Manejo.
Relação das Áreas da APA Tietê
Área Descrição Objetivos
Área de
Interesse para
a Conservação
É constituída pelos fragmentos de
ecossistemas naturais acima de 9 ha ou
menores de 9 ha quando em conexão às
APPs, tendo como referência o Mapeamento
dos Fragmentos no Estado de São Paulo de
2010, elaborado pelo Instituto Florestal.
Incidência: sobre ZUS e ZPA
Conservar os ecossistemas
naturais mais relevantes e
manter os processos ecológicos
por meio do estímulo ao
incremento de corredores
ecológicos e criação de outras
áreas protegidas.
Área de
Interesse para
Recuperação
É aquela caracterizada por ambientes naturais
alterados ou degradados, prioritária às ações
de mitigação e redução dos impactos
negativos, sobretudo a fragmentação
excessiva da vegetação remanescente,
desflorestamento de áreas limítrofes aos
Minimizar a degradação dos
recursos ambientais por meio do
estímulo à recuperação
ambiental. Ocorrem sobre as
ZUS e as ZPA.
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canais hídricos e processos erosivos mais
intensos, com indicação de fragilidade Alta ou
Muito Alta no Mapa de Fragilidade Ambiental.
Área de
Interesse
Histórico-
Cultural
É aquela caracterizada por territórios com
presença de atributos históricos, culturais
(materiais e/ou imateriais) ou cênicos
relevantes para o turismo e desenvolvimento
socioeconômico local. Compreende bens
tomados pelo CONDEPHAAT, IPHAN e
outros bens de interesse dos municípios.
Articular e fomentar ações de
desenvolvimento sociocultural,
reconhecendo esses territórios
como referências da APA.
Quadro 3: Áreas do zoneamento da APA do Rio Batalha.
Figura 1: Zoneamento da APA Tietê – Zonas e Áreas (Plano de Manejo, 2018)
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V- Programas de Gestão
Os Programas foram elaborados com base na concepção adotada para a APA Rio Batalha,
a partir da leitura do território, resultantes das etapas de Diagnóstico e Zoneamento e da
Matriz Estratégica discutidos e trabalhados coletivamente nas Oficinas Participativas
realizadas junto ao Conselho Consultivo e diversos atores da região.
Para o delineamento das ações e estratégias definidas nos respectivos Programas de
Gestão foram considerados os problemas centrais da UC, as características do território, as
normas e diretrizes estabelecidas no zoneamento (zonas e respectivas áreas).
Os programas de gestão propostos são:
Programa de Manejo e Recuperação, com o objetivo de assegurar a conservação da
diversidade biológica e as funções dos ecossistemas aquáticos ou terrestres, por
meio de ações de gestão e manejo dos recursos naturais;
Programa de Interação Socioambiental, com o objetivo de estabelecer, por meio das
relações entre diversos atores do território, os pactos sociais necessários para
garantir o objetivo da UC;
Programa de Proteção e Fiscalização, com o objetivo de garantir a integridade física,
biológica e cultural da Unidade; e
Programa de Pesquisa e Monitoramento, com o objetivo de produzir e difundir
conhecimentos que auxiliem a gestão da UC em suas diversas ações.
Programa de Desenvolvimento Sustentável: Incentivar a adoção de alternativas
sustentáveis de produção compatíveis com o atributo e com as demandas
socioeconômicas da população
Os Programas de Gestão serão executados no prazo de até cinco anos e a fim de facilitar o
entendimento da sequência lógica estabelecida, foram estruturados em uma matriz lógica,
composta por: (i) Objetivo Geral e (ii) Objetivo Estratégico, (iii) Ações, (iv) Atividades, (v)
Classificação das Atividades, (vi) Responsabilidades e Parcerias, e (vii) Cronograma.
VI – Processo Participativo
A participação na elaboração do Plano de Manejo se deu desde o inicio do processo, por
meio da realização de sete Oficinas Participativas com grupos de trabalho formados por
representantes locais junto ao Conselho Consultivo da APA, após a sua estruturação e,
também por meio de consulta pública virtual no site da SMA, conforme consta no Processo
FF 1201/2013. A mobilização e participação social foram organizadas pelo gestor da UC e
pela equipe do Núcleo Planos de Manejo da Fundação Florestal.
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O Conselho Consultivo da UC foi formalmente instituído pela Resolução SMA n° 48 de
08 de maio de 2018 e os representantes foram designados pela Resolução SMA n° 54 de 15
de maio de 2018. No âmbito do SAP, o Comitê de Integração e as equipes técnicas das
instituições envolvidas se reuniram diversas vezes, até obtenção de consenso sobre a
proposta apresentada para cada etapa. A seguir é apresentado o histórico das oficinas
realizadas e uma síntese das mesmas no quadro 4.
.
Em 19 e 20 de outubro de 2016 foram realizadas em Tietê e Jumirim duas Oficinas de
Diagnóstico Socioambiental da APA, a partir dos estudos e levantamentos dos meios físico,
biótico e de uso e ocupação do solo, dos vetores de pressão, da legislação, programas, etc.
realizados pela AmbGis, com a participação da equipe técnica da Fundação Florestal e do
gestor da UC.
Em 24 e 25 de outubro de 2016, nos mesmos municípios, foram realizadas as Oficinas de
Zoneamento da APA. Nestas oficinas foi apresentada a versão preliminar dos mapas com
as zonas e as respectivas normas, dando inicio às manifestações e contribuições dos
participantes.
Após a consolidação dos dados e dos mapas do zoneamento pela AmbGis e Fundação
Florestal, em 11 e 12 de junho de 2018 foram realizadas duas Oficinas de Programas de
Gestão da APA em Tietê e Jumirim, resultando em novas contribuições e
adequações/alinhamento às propostas do Roteiro Metodológico do Comitê de Planos de
Manejo.
O Quadro 4 apresenta as datas das oficinas e o número de contribuições
(presenciais e virtuais) em cada uma das etapas.
data oficina Onde Contribuições
19 e
20/10/2016
Oficina de
Diagnóstico
Socioambiental
Tietê e Jumirim 49 contribuições, sendo
45 deferidas
24 e
25/05/2018
Oficina de
Zoneamento Tietê e Jumirim
65 contribuições, sendo
49 deferidas
11 e
12/07/2018
Oficina de
Programas de
Gestão
Tietê e Jumirim 32 contribuições, sendo
18 deferidas
16/08/2018 Devolutiva das
contribuições e Tietê
Aprovação do Plano de
Manejo pelo Conselho
Gestor da APA
Quadro 4 – Oficinas realizadas durante o Processo de Elaboração do Plano de Manejo
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Durante todo o processo, a Fundação Florestal manteve uma plataforma aberta, em seu
sitio eletrônico, com a proposta de cada etapa (diagnóstico, zoneamento, programas de
gestão), de modo a permitir a consulta e manifestação por meio virtual. Várias
manifestações foram recebidas e avaliadas – algumas foram incorporadas e outras não,
sempre com justificativa técnica.
Os conteúdos produzidos e as contribuições coletadas ficaram disponíveis para consulta
pública no Portal Eletrônico http://www.ambiente.sp.gov.br/consulta-planosdemanejo até 15
de julho de 2018 (Diagnóstico e Zoneamento) e 27 de julho de 2018 (Programas de Gestão).
Em 16 de agosto de 2018 foram apresentadas e discutidas as devolutivas das contribuições
do processo de consulta pública. Nessa reunião o referido conselho aprovou a proposta do
Plano de Manejo, assim como a minuta de Decreto.
No total - Diagnóstico, Zoneamento e Programas de Gestão - participaram cerca de 28
profissionais entre os técnicos da Fundação Florestal e da AmbGis.
A Figura 2 mostra o ambiente virtual de disponibilização e coleta de contribuições.
Figura 2: Ambiente virtual do processo de elaboração do Plano de Manejo, para disponibilização de arquivos e coleta de contribuições.
VII – Relato dos Trabalhos da CTBio
Em 17/10/2018, na 77ª Reunião da Comissão de Biodiversidade, Florestas e Áreas
Protegidas (CTBio) do CONSEMA, a Fundação Florestal fez a apresentação do Plano de
Manejo destacando os seguintes pontos: (i) objetivos da Unidade; (ii) as principais
características do Diagnóstico Ambiental, a proposta de Zoneamento com as normas e
diretrizes para cada zona da UC; (iii) as recomendações para as Áreas; (iv) descrição dos
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Programas de Gestão; e os anexos: (i) mapa do zoneamento; e (ii) conteúdo mínimo para
Termo de Compromisso para os empreendimentos de utilidade pública e outros
documentos. Nesta reunião a representante da Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo – CETESB foi designada como relatora deste Plano.
Após a apresentação feita pela Fundação Florestal, a representante da FIESP ressaltou a necessidade de incluir as recomendações da Deliberação CONSEMA 33/2018, referentes a Minuta de Decreto do Plano de Manejo da APA Rio Batalha:
I – Alteração da redação do seu Artigo 7º, inciso IV, alínea “b” – Adotar
medidas de controle e/ou erradicação de espécies exóticas de plantas ou animais com potencial de invasão aos remanescentes de ecossistemas naturais, conforme procedimento a ser estabelecido pelo Sistema Ambiental Paulista (acréscimo com o grifo da relatora)
Na Minuta de Decreto do Plano de Manejo da APA Tietê, o mesmo dispositivo corresponde ao Artigo 8º, Inciso IV, alínea “b”. II – Inclusão, na Ação 3 do Programa de Interação Socioambiental do Plano de Manejo, do seguinte item: “3.5. Promover cursos de formação e capacitação socioambiental dos conselheiros, comunidades e produtores da APA, de modo a viabilizar o efetivo entendimento sobre o Plano de Manejo (normas e programas de gestão).”
VIII – Considerações Finais
1. Os estudos e levantamentos dos meios físico, biótico e socioambiental tiveram inicio
em julho de 2016 e foram elaborados pela empresa AmbGis – Consultoria em Meio
Ambiente e Geoprocessamento Ltda., com recursos do FEHIDRO, no valor de R$
259.850,00. A referida proposta foi elaborada com a colaboração da equipe técnica
do Núcleo Planos de Manejo da Fundação Florestal, a quem coube fazer o seu
alinhamento às diretrizes e procedimentos advindos do Comitê de Integração dos
Planos de Manejo, instituído pela Resolução SMA nº 93/2017
2. Registra-se que o Plano de Manejo da APA Tietê não foi incluído no Projeto Piloto
(bloco 1 e 2) que está subsidiando a elaboração de roteiro metodológico do Sistema
Ambiental Paulista para Planos de Manejo do Estado de São Paulo. Entretanto, é
importante ressaltar que o mesmo foi adaptado ao referido roteiro que foi aplicado à
APA Rio Batalha, uma vez que os estudos e levantamentos da APA Tietê já estavam
concluídos.
3. A participação da sociedade possibilitou a divulgação dos trabalhos na região da
APA e o esclarecimento aos atores envolvidos e, dessa forma permitiu o
aprimoramento do Plano de Manejo. A participação se deu por meio das Oficinas
Participativas em reuniões com o Conselho Consultivo ampliado, e por meio de
portal eletrônico da SMA.
12 Relatório CTBio – Plano de Manejo da APA Tietê – 26-11-18
4. Diante do exposto, a Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas, Parques e
Áreas Protegidas – CTbio/CONSEMA manifestou-se favoravelmente à aprovação da
minuta de Decreto e do Plano de Manejo da APA Tietê, propondo encaminhamento à
Plenária do CONSEMA para a manifestação final.
São Paulo, 26 de novembro de 2018
ORIGINAL ASSINADO
Relatora: Iracy Xavier
Representante da CETESB no CONSEMA