SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência de … · proporcionar momentos de hora...
Transcript of SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência de … · proporcionar momentos de hora...
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência de Educação
PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
FICHA CATALOGRÁFICA Título: TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
ENTENDER E FLEXIBILIZAR VAMOS COMEÇAR?
Autora Camila Aparecida Prade Conte
Disciplina/Área Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e
sua localização
Colégio Estadual Sagrada Família –
Ensino Fundamental e Médio.
Município da escola Campo Largo
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul
Professora Orientadora Jamile Cristina Ajub Bridi
Instituição de Ensino Superior UTFPR – Curitiba
Resumo Considerando a importância do desenvolvimento docente e da necessidade de troca de experiências com outros professores, desenvolvemos o referencial teórico para uma pesquisa sobre os resultados que a hora-atividade de estudo, mediada pelo pedagogo, proporciona no trabalho do professor, considerando que esta pode representar um importante instrumento de emancipação de seu trabalho e também do trabalho do pedagogo, por meio da leitura, estudo e discussões coletivas diante dos problemas encontrados no processo pedagógico do Colégio Estadual Sagrada Família. Com isso, o trabalho terá como objetivo responder o seguinte problema quais os caminhos para que a hora-atividade na escola seja um espaço de formação docente? Para responder tal problema realizar-se-á 6 encontros abordando a temática autorregulação da aprendizagem.
Palavras-chave Desenvolvimento Docente; Pedagogo;
Educação Básica
Formato do Material Didático Caderno Temático
Público Alvo Professores do Ensino Fundamental
Anos Finais e Ensino Médio.
Apresento aqui o material da Produção Didático-Pedagógica que será
desenvolvida no decorrer do Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE,
e implementada com a participação de professores do Ensino Fundamental e
Médio do Colégio Estadual Sagrada Família - Ensino Fundamental e Médio do
Município de Campo Largo, no Estado do Paraná, intitulada: A hora de estudo e
a hora-atividade do professor na escola: espaço de compartilhamento,
conhecimento e desenvolvimento docente, que tem como objetivo analisar e
proporcionar momentos de hora atividade, organizando de maneira planejada
para estudos coletivos, e troca de experiências para que contribuam para o
desenvolvimento docente, permitindo apropriação pedagógica.
Pretendemos na Intervenção Pedagógica estudar e discutir a importância
da hora-atividade do professor como momento de formação continuada e a fim
de proporcionar aos professores uma hora-atividade planejada e consistente que
reflita diretamente na sua prática docente. Será proposto, a partir de estudo e
análise da hora–atividade de estudo que já acontece na escola, mediada pela
equipe pedagógica, um programa específico que contempla seis encontros
presenciais sobre o tema autorregulação da aprendizagem.
Tendo em vista as conclusões de vários pesquisadores e também muitas
publicações na literatura internacional sobre o tema, pode-se compreender a
importância da intervenção junto aos processos autorregulatórios,
especialmente seu impacto significativo na motivação e rendimento escolar.
Para Rosário 2004, a autorregulação da aprendizagem envolve os
conceitos de motivação e cognição, enfatizando a sua inter-relação, segundo a
autora, apresenta um caráter motor que destaca a agência do sujeito como uma
condição necessária para o desempenho escolar. Todos os alunos podem
autorregular os seus processos de aprendizagem, todos são capazes sempre
que decidam, em diferentes níveis e graus autorregular sua motivação e
aprendizagem de acordo com a especificidade dos contextos (ROSÁRIO, 2004a,
p.25).
Entendendo que esse processo não é importante só para o aluno, que
também é importante que o professor domine-o, Rosário (2008) fala ainda da
importância do professor autorregular-se não apenas para andaimar o
investimento dos alunos no processo de autorregulação de sua aprendizagem,
mas especialmente para o próprio exercício da docência, pois ensinar envolve
sistematicamente escolha e controle, os dois pilares da autorregulação. (Rosário
et al., 2008, p.49,50).”
Tal tema justifica-se pela necessidade dos professores em estratégias
práticas que auxiliem diretamente na aprendizagem e no desenvolvimento
acadêmico do aluno e pela possibilidade de formar professores que planejam,
executam e avaliam suas ações pedagógicas de maneira intencional e
consciente e que com isso conseguem formar alunos autonomos no processo
de aprendizagem.
Esse programa será apenas um momento que fará parte de toda a
estruturação da hora-atividade de estudo de uma escola e servirá de objeto de
análise para este estudo.
O presente material foi organizado em formato de Caderno Temático,
composto por três Unidades Didáticas com orientações para se efetivar a hora-
atividade de estudo, bem como material de estudo para os seis encontros de
formação para a autorregulação da aprendizagem, que farão parte desta prática,
auxiliando pedagogos e professores na implementação da mesma nas escolas
e qualificando a prática já existente no Colégio Estadual Sagrada Família.
Este Programa de Formação será desenvolvido com professores do 8º
ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio, no período da manhã,
visando à promoção da autoregulação da aprendizagem do aluno a partir do
reconhecimento e promoção da autorregulação da aprendizagem do professor.
Será realizado semanalmente durante uma hora-atividade, previamente
organizada, com professores das disciplinas afins, para atender o maior número
de professores participantes. Terá duração de seis semanas, sendo que cada
semana será discutido um tema específico, que será dividido, para contemplar
todos os temas do material. Em cada dia da semana será atendido um grupo de
professores, sendo trabalhado o mesmo tema nos cinco dias da semana, para
que todos participem de todos os temas trabalhados.
Em cada encontro serão apresentados e discutidos os temas descritos na
sequência, a fim de ao final da formação os professores se apropriarem e
compreenderem a importância da autorregulação da aprendizagem e sua
utilização no dia a dia da prática pedagógica.
: A IMPORTÂNCIA DA HORA-ATIVIDADE DO PROFESSOR
COMO MOMENTO DE FORMAÇÃO CONTINUADA.
A AUTORREGULAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO
PROFESSOR.
A PROMOÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE AUTONOMIA DO
ALUNO PARA PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM.
1.1 – TEMA: A IMPORTÂNCIA DA HORA-ATIVIDADE COMO
ESPAÇO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
OBJETIVO: Compreender a importância da hora-atividade, bem como o que traz
a legislação do Paraná a seu respeito, entendendo-a também como espaço de
formação a partir dos desafios do cotidiano escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB no artigo n.º 67, item V
aponta de maneira clara que os sistemas de ensino deverão promover a
valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes inclusive nos
termos dos estatutos e nos planos de carreira do magistério público: período
reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga de trabalho.
O Paraná cumpriu seu papel quando da aprovação da Lei Estadual n°
13807, de 30/09/2002 e estabeleceu no seu art. 3°:
A hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções da docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação das aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local do exercício.
A esse respeito temos ainda, a Lei Complementar 103/2004 que trata do
Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica do
Paraná, garantindo no artigo 31 a hora-atividade para o Professor em exercício
de docência, correspondente a 20% (vinte por cento) da carga horária do seu
regime de trabalho. Estabelece ainda, em seu parágrafo único que a hora-
atividade deverá ser cumprida na escola, podendo ser cumprida fora da escola,
excepcionalmente, em atividades autorizadas pela Secretaria de Estado da
Educação, desenvolvidas no interesse da educação pública.
Em 03 de julho de 2014 aprovou-se a lei complementar 174/2014 que
concede a implantação da complementação da hora-atividade para 33% de sua
carga horária aos integrantes do cargo de Professor no exercício da docência da
Rede Estadual de Educação Básica do Paraná.
A respeito da organização da hora-atividade do professor na escola a lei
trata que:
Cabe à Direção, de acordo com a Instrução 02/2004 SUED a distribuição,
a sistematização, a verificação do cumprimento, assim como a fixação em edital
do quadro da distribuição da hora-atividade, para que a comunidade escolar
tenha acesso à informação e saiba da disponibilidade de horário de atendimento
do professor aos alunos e pais. Esta prática evitará as interrupções quando estes
se dirigem a escola em horário de aula. Essas ações por parte da Direção são
de extrema importância na organização da hora-atividade em função da melhoria
da qualidade de ensino e consequente sucesso do aluno.
A equipe pedagógica cabe pensar e coordenar as atividades coletivas
bem como acompanhar as atividades de estudo individual dos professores,
dando-lhes subsídios todas as vezes que se faça necessário.
Aos professores, durante a hora-atividade, aponta a Lei, cabe a ação de
planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas na sala de aula.
Esclarece ainda, que cabe aos Núcleos Regionais de Educação verificar
o cumprimento da presente Instrução, e ajudar quando necessário, na
organização e implementação do processo.
A hora-atividade pode se constituir em um espaço de formação
continuada, de acordo com Demo, esse pode ser um espaço onde cabem
propostas de formação continuada que se voltem para o “saber estudar”, saber
pesquisar e elaborar individual ou coletivamente suas sínteses e aprendizagens
(DEMO, 1991, p.191).
O autor ao apresentar os conhecimentos a serem abordados nos cursos
de formação continuada afirma que é preciso encontrar o correto ponto de
equilíbrio entre o conhecimento específico, verticalizado e a condição de
aprender além do estritamente disciplinar. Não se trata de dizer que o professor
é um “sabe-tudo”, mas alguém que tem a condição de enxergar a complexidade
do real, sobre o qual, vários olhares podem incidir, além do entendimento do
cruzamento entre os campos e áreas do saber.
Para Mizukami (2003, p. 74) “as oportunidades adequadas de
aprendizagem profissional – nas quais os professores possam vir a ter chance
de investigar; experimentar, consultar, avaliar – devem estar incorporadas à
organização de seu trabalho diário”. Diante desta afirmação, o autor afirma que
os professores precisam trabalhar com seus pares, sejam ou não de sua escola,
seja de forma presencial ou virtual, pois dessa forma podem compartilhar ideias,
conhecimentos, sucessos e fracassos e as formas de ensinar podem ser
inovadas, tornando-se agentes que aprendem pela organização à que
pertencem. “Há aprendizagem organizacional quando os membros experienciam
uma situação problemática e questionam, investigam e refletem em favor da
organização. O resultado desse dinamismo é a modificação das teorias-de-ação
em uso” (MIZUKAMI, 2003, p.81).
Kuenzer (2002) também chama a atenção para a necessidade de maior
unidade na formação continuada de professores, diante disso a autora afirma
que quando esta acontece na escola, de forma coletiva e articulada ao Projeto
Político Pedagógico, contribui para uma maior articulação entre as partes, ou
seja, entre as diferentes disciplinas que compõem o Currículo Escolar. A autora
evidencia ainda o fato de que nessas experiências, o professor desenvolve sua
identidade como profissional da escola e não apenas como especialista de sua
disciplina e que é nestes momentos de estudos coletivos que poderão surgir
iniciativas que permitam mudanças significativas no processo pedagógico.
Nóvoa (ano) em entrevista à revista Nova Escola, garante que o melhor
lugar para aprender a lecionar melhor é a própria escola. "A produção de práticas
educativas eficazes só surge de uma reflexão da experiência pessoal partilhada
entre os colegas"
Ao ser questionado como definir um bom programa de educação
continuada Nóvoa responde que o aprender contínuo é essencial em nossa
profissão. Ele deve se concentrar em dois pilares: a própria pessoa do professor,
como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.
Sem perder de vista que estamos passando de uma lógica que separava os
diferentes tempos de formação, privilegiando claramente a inicial, para outra que
percebe esse desenvolvimento como um processo. Aliás, é assim que deve ser
mesmo. A formação é um ciclo que abrange a experiência do docente como
aluno (educação de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário
(práticas de supervisão), como iniciante (nos primeiros anos da profissão) e
como titular (formação continuada). Esses momentos só serão formadores se
forem objeto de um esforço de reflexão permanente.
Ainda ao ser indagado sobre a forma que o governo pode agir para
melhorar a formação dos professores, Nóvoa responde que
ele deve criar as condições básicas, com infraestrutura e incentivos à carreira.
Só o profissional, no entanto, pode ser responsável por sua formação. Não
acredito nos grandes planos das estruturas oficiais. Esse é um processo pessoal
incompatível com planos gerais centralizadores. É no espaço concreto de cada
escola, em torno de problemas pedagógicos ou educativos reais, que se
desenvolve a verdadeira formação. Universidades e especialistas externos são
importantes no plano teórico e metodológico. Mas todo esse conhecimento só
terá eficácia se o professor conseguir inseri-lo em sua dinâmica pessoal e
articulá-lo com seu processo de desenvolvimento. Não quero tirar a
responsabilidade do governo, mas sua intervenção deve se resumir a garantir
meios e condições.
Para refletir...
Como utilizar o espaço da hora-atividade em favor de sua formação, diante do
conjunto de funções que lhes são atribuídas?
Você concorda com a afirmação de Nóvoa, quando diz que a escola é o melhor
espaço de formação, onde a experiência pessoal pode ser partilhada com os
colegas?
1.2– TEMA: A IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO DA PRÁTICA
OBJETIVO: Ressaltar a importância das formações no ambiente de trabalho,
para que sejam pensadas e problematizadas as práticas do professor
principalmente no interior da escola, diante da realidade vivenciada no dia a dia.
Ninguém começa a ser educador numa certa
terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce
educador ou é marcado para ser educador. A gente se faz
educador, a gente se forma, como educador, permanentemente,
na prática e na reflexão sobre a prática.
PAULO FREIRE
Muitos são os autores estudados que abordam a importância da reflexão
da prática, Nunes (2000), em suas pesquisas, apresenta a formação de
professores centrada na prática, pautada e pontuada por reflexões sobre o
trabalho da escola. As características principais desse tipo de abordagem de
formação, além de valorizarem as ações formativas no próprio ambiente de
trabalho do professor e sugerirem a articulação com o projeto pedagógico da
escola, elaborado e definido coletivamente, defendem que é preciso reconhecer
e valorizar os saberes de que os professores são portadores, planejando ações
diversificadas que correspondam às reais necessidades formativas do professor,
identificadas a partir dos problemas que vivenciam no exercício de trabalho
(NUNES, 2000, p. 69).
Também Pimenta (1999), resgata a importância de considerar a formação
própria do professor, num processo de auto formação e de reelaboração dos
saberes iniciais em confronto com sua prática vivenciada, haja vista que é neste
processo que os professores constituem seus saberes como prática, refletindo
na e sobre esta prática.
As mudanças e transformações da sociedade nas últimas décadas têm
interferido muito na escola e fazem com que cada vez mais sejam pensadas e
problematizadas as práticas do professor principalmente no interior da escola,
diante da realidade vivenciada no dia a dia.
Considerando que a docência deve ser uma atividade estruturada,
organizada e que atenda aos objetivos de um contexto de trabalho planejado
dentro de uma organização escolar embasada em normas e regras, o professor
deve estar atento a seguir este programa padronizado e coletivo, mas acima de
tudo, considerando as diferenças dos alunos.
O professor precisa ter consciência sobre a forma que transmite o
conhecimento aos alunos, se ele o torna acessível ou não a este aluno. O
trabalho do professor envolve um problema ético, que nem sempre nos damos
conta.
Segundo Sacristan (1991, p. 74),
A competência docente não é tanto uma técnica composta por uma série de destrezas baseadas em conhecimentos concretos ou na experiência, nem uma simples descoberta pessoal. O professor não é um técnico nem um improvisador, mas sim um profissional que pode utilizar o seu conhecimento e a sua experiência para se desenvolver em contextos pedagógicos práticos pré-existentes.
Também para Nóvoa (1997), “formação não se constrói por acumulação
(de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim por meio de um trabalho
de reflexividade crítica sobre as práticas e de construção permanente de uma
identidade pessoal”. Nesse sentido, o autor evidencia a necessidade de investir
na pessoa e valorizar o saber vindo das experiências.
Ainda, para o autor, “troca de experiências e a partilha de saberes
consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado
a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando”.
A legislação da rede pública Estadual, Diretrizes para o Ensino
Fundamental, em sua diretriz número 2 contempla uma citação de Moreira (2206,
p.30), em que o autor afirma da necessidade que se faça da escola um espaço
aberto de pesquisa, de construção e reconstrução do conhecimento, o que exige
que todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem assumam tal
compromisso com a pesquisa. Ao fazer com que isso aconteça na escola, o
professor torna-se o profissional intelectual da educação e o permite fazer da
sala de aula um espaço onde o contexto social seja debatido e analisado para
que possa ser compreendido e consequentemente identifique possibilidades de
melhoria e superação, passando de uma postura mais ingênua para uma postura
crítica a fim de lutar cada vez mais por uma educação de qualidade.
A sociedade atual está exigindo um profissional que busque construir-se
como intelectual pesquisador de sua própria prática e do conteúdo que
desenvolve o que reafirma a necessidade da formação continuada e em serviço
e de espaços dentro da própria escola para que isso de fato aconteça.
Para refletir...
Quais critérios você professor considera ao buscar formas de se atualizar?
Para você a reflexão sobre prática é fundamental para a melhoria do
ensino-aprendizagem?
1.1- TEMA: O QUE É AUTORREGULAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
OBJETIVO: Compreender o que é autorregulação da aprendizagem segundo
alguns autores e a importância de seu desenvolvimento na prática docente e nos
alunos.
“Aprender a aprender está embebido na tradição construtivista que
instiga o aluno a se responsabilizar pelo seu agir educativo, pela sua
aprendizagem (ROSÁRIO; ALMEIDA, 2005)”.
A autorregulação é o processo de regulação feito pelo aluno no processo
da aprendizagem, ou seja, todo o processo para aprender, desde a
responsabilidade de seu percurso até propriamente a aquisição da
aprendizagem.
De acordo com Zimmermann e Bandura (2004) a autorregulação da
aprendizagem não deve ser compreendida como aptidão mental. Ela configura-
se em um processo por meio do qual os alunos transformam suas habilidades
em competências acadêmicas.
Ainda segundo os autores, a partir da autorregulação, a aprendizagem é
cada vez mais encarada pelos alunos como uma atividade feita por si próprios,
proativamente, e não como algo que lhes ocorre reativamente em resposta ao
ensino. Os alunos que autorregulam a sua aprendizagem são proativos nos seus
esforços para aprender, porque o seu comportamento de estudo é guiado por
objetivos auto estabelecidos e por estratégias que o ajudam a alcançá-los.
Para Zimmerman (2000) a autorregulação ocorre a partir do momento em
que se fazem “representações gerais de si mesmo, seus sentimentos e ações
que são planejadas e adaptadas de maneira recorrente em função do que se
pretende atingir como objetivos pessoais” Segundo o autor, a autorregulação
também tem a ver com o que se acredita em torno de diversas situações que
podem originar dúvidas ou receios de acordo com o contexto que nos
encontramos.
Para este autor, a dimensão atribuída a autorregulação é proporcional ao
grau de interiorização do que subentende o conjunto das nossas ações. Com
efeito, se faz importante considerar que as estratégias da autorregulação quando
colocadas em evidência, na busca de objetivos, ativam o sistema de
recompensa. Para tanto, é essencial assinalar que, "torna-se mais fácil ajudar
um aluno a atingir seus objetivos do que o obrigar atingir os do professor”. O que
se apresenta no estudo dos autores é a importância da responsabilidade
partilhada no processo ensino-aprendizagem em que o aluno se vê envolvido
nos objetivos do seu processo de formação.
Na escola, os professores podem promover a competência dos seus
alunos para lidarem com as suas emoções e com as suas crenças de auto
eficácia ou hábitos de reflexão (fatores pessoais) por meio do incremento das
suas competências acadêmicas e dos seus comportamentos de autorregulação
(fatores comportamentais), e também alterando o ambiente da escola e da
estrutura de funcionamento das aulas, de modo a promover o sucesso dos
alunos (fatores ambientais). De fato, em virtude da natureza recíproca das
causas que movem o funcionamento humano, é esperado que os resultados
obtidos em um domínio conduzam a mudança em outros (ZIMMERMAN;
SCHUNK, apud ROSÁRIO, 2014).
A autorregulação se relaciona com o grau em que os alunos se sentem metacognitiva,
motivacional e comportalmentalmente participantes no seu processo de aprendizagem
(LOPES DA SILVA et al., 2004; ROSÁRIO, MOURÃO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA,
ET SOLANO, 2008), e também que os alunos que autorregulam sua aprendizagem
focalizam no seu papel agente, acreditando que o sucesso escolar depende, sobretudo,
do que construírem (BANDURA, 2001; ZIMMERMANN, 2002).
Quadro 1- Modelo PLEA e estratégias de autorregulação da aprendizagem
Fonte: ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J.; GONZÁLEZ- PIENDA, 2007, p.55.
Diante das dificuldades enfrentadas no processo ensino-aprendizagem
hoje em nossas escolas, nos perguntamos muitas vezes como o sistema
educativo pode promover um ensino mais contextualizado, que prepare os
alunos para as diversas situações da vida, para além da escola.
A partir da produção científica, descobriu-se que os programas de
autorregulação da aprendizagem são muito eficazes e ensinam estratégias de
aprendizagem que capacitam os alunos a saber como aprender. E você
professor está disposto a saber mais? Para darmos sequência ao nosso estudo
utilizaremos as estratégias do livro Cartas do Gervásio ao seu Umbigo, (Des)
Venturas do Testas Estudar o Estudar, Testas o Lusitano e Sarrilhos do Amarelo.
TEMA: O PROFESSOR AUTORREGULADO
OBJETIVO: Compreender que o professor é o modelo para seus alunos e que
a autorregulação do professor faz com que o processo ensino-aprendizagem se
efetive com mais qualidade.
Para desenvolvermos nos alunos a motivação e consequentemente a
autorregulação da sua aprendizagem é necessário que nós professores, por
meio de retornos constantes e imediatos, transformemos o processo de auto
avaliação do aluno e sua relação com seus erros: “o professor e a instituição
escolar devem criar cenários positivos para que o aluno possa progredir e
construir uma percepção favorável de si mesmo, gerando emoções positivas e
encarando o erro como um desafio para melhorar e seguir em frente.”
(ZIMMERMAN, apud ROSÀRIO 2014)
Para Rosário (2004), na fase do planejamento precisa ser construído um
plano de realização das tarefas, o qual deve ser pensado a partir de um conjunto
de razões para aprender e as estratégias escolhidas para alcançar os objetivos
estabelecidos, ou seja, pensar o que se quer fazer e construir um plano para
guiar como e quando fazer. Abaixo descrito as estratégias que o livro Cartas do
Gervásio ao seu umbigo traz para a fase do planejamento:
Pensar antes ajuda no depois” é o principal aliado das verdadeiras estratégias,
a primeira lança de qualquer contenda ou batalha.
É importante que cada um se conheça a si próprio, os pontos fortes que podem
servir de apoio no ataque à tarefa, mas também as fragilidades próprias; por exemplo,
a desordem, a distração, a lentidão, o perfeccionismo... Esta reflexão permite identificar
os inimigos pessoais mais temidos – os distratores de estimação –, mas também ajuda
a antecipar como e por onde nos podem atacar, minando o nosso estudar e trabalhar.
Lembrai-vos de que a corda esgaça sempre pelo lado mais fraco.
Na natureza, os elementos encontram sempre um caminho para resolver os seus
problemas. A água serpenteia no meio das rochas e o ar irrequieto aponta a saída nas
escuras e profundas grutas. Oxalá superássemos os obstáculos com tanta elegância.
Deveis praticar constantemente para obter vitórias sem grandes desperdícios. O vosso
trabalho deve ser um conjunto harmonioso; os pormenores marcam a diferença. Todo
o ato tem um amanhecer. Se quiserdes conhecer o motivo de um entardecer pobre e
desalinhado questionai o seu atarantado amanhecer. Tudo isto parece difícil no início,
mas tudo o que é verdadeiramente valioso tem um inclinado começar.
A fase de execução para Rosário consiste em colocar o plano
estabelecido em prática, é a implementação de um conjunto organizado de
estratégias de aprendizagem a serviço da aprendizagem, ao controle e
monitoramento de sua eficácia, tendo como referência, as metas propostas no
planejamento. Descrição do livro para esta fase:
O plano de ataque à tarefa tem de ser concretizável, tem de ser realista, tem de
ser exequível. A execução do plano é importante, pois um exército em desordem facilita a vitória
do inimigo, tal como um estudo desatento e desalinhado conduz ao fracasso. Correr muito não basta para assegurar a vitória, sobretudo se o atleta correr no sentido contrário da pista…
Deveis treinar muito de modo a conseguir tomar decisões rápidas e sensatas no
combate às tarefas, antecipando as suas consequências no viver. Refletir, sem medo do que possa surgir, ajuda a muscular a elasticidade do nosso agir. Antecipar consequências dos atos a curto, médio e longo prazo é o segredo de qualquer estratégia.
Deveis praticar constantemente para compreender tudo isto com profundidade. O domínio da aplicação das estratégias de aprendizagem exige uma prática
persistente. Não há grandes louvores sem grandes dores. A antecipação dos movimentos e dos possíveis “senãos” ajuda na conquista do
objetivo. Forte não é aquele que enfrenta um pedregulho com uma pá, mas o que cava um buraco esconde o pedregulho, e ultrapassa o obstáculo. Se um distrator é mais forte do que tu, elimina-o, afastando-te dele.
Monitorizar os nossos passos, saber se estamos a executar o previsto e no
tempo previsto, evita surpresas desagradáveis. Quem, para guiar o seu agir, confiar apenas no instinto, nos encontros fortuitos e inconsistentes, e não confirmar a sua posição no terreno, pode desviar-se fatalmente do seu alvo.
Para que a seta abata a presa, o dedo tem de puxar a corda do arco na direção
que o olho indicar. Esperar pela presa no local certo é fundamental, apontar bem é importante, mas não chega; é preciso disparar. Boas intenções não geram bons resultados.
O que estou a fazer hoje me empurra para o meu objetivo? Do sentido da
resposta devemos retirar lições para o nosso agir. Para grandes males grandes remédios. Tendes de pensar em cada um dos vossos movimentos como uma oportunidade de imobilizar o inimigo. Os distratores, uma vontade esquálida, a enorme desorganização, as certezas de papel… – e alcançar os vossos objetivos. Não vos queixeis por tudo e por nada. Não vos percais a pensar no que não tendes, guardai antes as energias para o que precisais fazer para o teres.
Um precipício não se ultrapassa em dois movimentos, há sempre consequências em cada decisão. É impossível estar simultaneamente nos dois lados da ponte. Quem está lá, nunca estará satisfeito se quiser estar cá. E estar cá implica um percurso que é incompatível com estar lá. Quem corre entre as duas margens sem assentar, procrastina. Quem procrastina, desatina.
E por fim Rosário caracteriza a fase da avaliação no julgamento das
tarefas de aprendizagem, se estas estão acontecendo de acordo com o previsto,
analisando a relação entre o produto e as metas estabelecidas, equilibrando os
porquês. Os resultados desta fase de avaliação alimentam o planejamento de
novas tarefas, reiniciando assim o ciclo autorregulatório. O livro traz as seguintes
estratégias:
Deveis avaliar não só o produto final expresso na nota do exame, de um relatório,
de uma avaliação de um portfólio ou de um trabalho de projeto, mas também, e,
sobretudo, o processo de realização, analisando detalhadamente cada um dos passos
que conduziram ao resultado. Os oficiais da planificação devem propor um plano de
ataque à tarefa, pensando com detalhe nos seus recursos – objetivos, tipo de tarefa,
materiais necessários, datas de entrega. A sua tarefa termina com a execução de um
plano claro e legível, mas também exequível.
O plano final também deve ser avaliado relativamente a cada uma das suas
partes ou componentes. Após a última verificação, o plano final deve ser enviado aos
oficiais da execução.
Autorregular é assumir deliberadamente o governo do nosso agir. Deveis praticar
constantemente para alcançar a mestria do comportamento estratégico. É importante
avaliar e retirar consequências. Encobrir o erro é errar outra vez.
A seguir algumas estratégias para que você professor possa se autorregular:
Você é o modelo, é importante que os alunos te vejam como uma pessoa
confiante, para que eles sigam a sua liderança e se sintam seguros confiando
em você.
Estabeleça normas e regras, bem como consequências específicas para
quando as normas forem desrespeitadas. Sempre que as regras não forem
cumpridas, implemente as consequências de maneira consistente.
O Planejamento é fundamental e o objetivo dele é a parte mais importante. O
que você quer que seus alunos aprendam?
Crie um plano sólido para as suas aulas, que seja possível de ser desenvolvido
no tempo programado e que atenda o objetivo;
Escolha sempre um dever de casa que proporcione ao aluno construir os
objetivos da sua tarefa, para estimular o aluno a autorregular-se;
Faça sempre pequenas anotações, revise-as antes de dar suas aulas;
Se você tiver alguma dúvida com relação a algum conteúdo, volte-o estude-o.
É melhor revisar o básico em aula do que ensinar algo confuso ou errado e
quando se sentir seguro volte a tais conteúdos;
É importante avaliar constantemente para verificar a assimilação dos
conteúdos pelos alunos e também a eficácia de seu método.
Certifique-se de avaliar os planos de aulas regularmente para (re) elaborá-lo,
cobrir falhas no currículo e incorporar novas tecnologias.
http://www.scielo.br/pdf/pee/v18n3/1413-8557-pee-18-03-0401.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=LIYGxha7HOU
1.2- TEMA: MODELAGEM PELA EXPERIÊNCIA
OBJETIVO: Compreender que esse enfoque na aprendizagem se dá por meio
de observação ou exemplos e que se aprende, mediante exemplos e
experiências vicariantes, ou seja, pela capacidade de antecipar e estimar as
consequências dos comportamentos observados.
“Aprender não é algo que acontece aos alunos, é algo que ocorre em consequência dos comportamentos dos alunos.” (ZIMMERMAN, 1989).
De acordo com Rosário (2014), na perspectiva da teoria social cognitiva,
a autorregulação da aprendizagem desenvolve-se por referência ao contexto.
Isso significa no processo autorregulatório o poder do exemplo.
Zimmerman & Shunk (apud, ROSÁRIO, 2014) afirmam que aprendemos
muitas vezes de forma vicariante, isto é, observando outros diretamente ou suas
ações, por exemplo, no recreio, em filmes, na televisão, na internet ou por meio
da leitura de livros.
A modelação refere-se ao processo pelo qual os observadores
padronizam os seus comportamentos, crenças, estratégias e ações após a
performance dos modelos (SHUNK, 2000, apud ROSÁRIO 2014).
Bandura (1986) (apud ROSÁRIO 2014) afirma que a modelação
apresenta-se, assim, como um importante meio para desenvolver competências,
crenças, atitudes e comportamentos. Professores, pais, outros adultos e pares
servem de modelos poderosos para os educandos. Comportamentos,
verbalizações e até mesmo expressões de caráter não verbal dos modelos
significativos são tidos em consideração pelos observadores.
Os livros com narrativas de autorregulação contribuem muito, pois
apresentam um conjunto de estratégias e de processos de autorregulação da
aprendizagem, postos em prática. Para uma melhor compreensão por parte do
aluno seria interessante uma discussão e reflexão do professor com os alunos
sobre os diferentes cenários apresentados na história. A seguir um trecho do
livro Testas, o Lusitano, dirigido aos alunos do 9º ano:
A solidão da montanha ensinou-lhe que a vontade para realizar algo não pode ser
oferecida, nem vendida, e menos imposta. A vontade nasce da nossa cumplicidade
com a tarefa, aumentando à medida que conquistamos a sua confiança. Não
nascemos gostando da serra; aprendemos os seus trilhos, os ruídos, os odores, o
nome dos pássaros, observamos os esquilos, fugimos dos lobos, e, pouco a pouco,
aqueles rochedos começam a ser familiares. Descobrimos esconderijos com o nosso
apelido, vamos construindo uma história pessoal com as árvores, os riachos que lavam
os nossos sonhos e as encruzilhadas que escutam as nossas dúvidas. O nosso amor,
a nossa vontade de estarmos lá e de a conhecermos melhor, cresce. É assim na serra,
á assim na vida.
Na sua vida acadêmica, os estudantes acumulam experiências sobre
suas aprendizagens, tanto positivas quanto negativas e constroem expectativas
de eficácia sobre suas aprendizagens. É importante proporcionar momentos de
discussão e de reflexão que possibilitem a (re) organização destas experiências,
criando expectativas positivas e crenças de sucesso.
1.1- TEMA: A IMPORTÂNCIA DA AUTOEFICÁCIA –
ESTRATÉGIAS PONTUAIS
OBJETIVO: Compreender o que é autoeficácia e que esta pode influenciar
diretamente na obtenção de resultados positivos ou negativos dos estudantes.
A autoeficácia é considerada como uma crença que o indivíduo tem sobre
sua capacidade de desempenho em atividades específicas, envolvendo, para
isso, o julgamento sobre suas competências (ZIMMERMAN, 2000).
Considerando-se o domínio específico de interesse, segundo Bandura (1993), a
autoeficácia acadêmica refere-se à crença do estudante em sua capacidade de
organizar e executar ações referentes às atividades e exigências acadêmicas,
estando relacionada às habilidades cognitivas imbricadas na construção de
novos conhecimentos, levando em conta, inclusive, as mudanças tecnológicas
da atualidade (JOLY; PRATES, 2011).
Para Bandura (1993), os estudantes com alta crença de eficácia
acadêmica estão mais disponíveis para os estudos e são mais persistentes
diante dos desafios acadêmicos. Desse modo, mesmo que possuam modestas
habilidades para o desempenho, se acreditarem em sua capacidade, poderão
alcançar bons resultados.
De acordo com Bandura (1986), quatro são as fontes que dão origem a
essas crenças: as experiências de êxito, experiências vicárias, persuasão verbal
e indicadores fisiológicos. Elas podem atuar de forma independente ou
combinada. Em função delas os alunos chegam a avaliar seu grau de eficácia
tanto no início de qualquer tarefa como ao longo de sua execução, a cada
segmento ou parte do trabalho. A seguir estão descritas as quatro fontes:
Experiências de êxito: esta é a fonte mais importante e normalmente
imprescindível. Em poucas palavras, êxitos continuados em tarefas similares
proporcionam informação ao aluno de que poderá dar conta de uma nova tarefa
e, vice-versa, fracassos repetidos dão origem a um senso mais pobre de
autoeficácia. Assim, no decorrer de uma tarefa, a constatação de que está dando
conta de cada parte, proporciona ao aluno informação convincente de que tem
capacidades de prosseguir com êxito. Entretanto, um fracasso eventual após
uma série de sucessos terá pouco impacto sobre as crenças positivas de
autoeficácia a, enquanto que um único sucesso em meio a uma história de
fracassos provavelmente pouco influenciará no aumento dessas crenças
(SCHUNK, 1989).
Experiências vicárias: a observação de colegas que conseguem bons
resultados sugere a um aluno que ele também pode dar conta de desafios
semelhantes e assim se motiva a iniciar as tarefas. Por outro lado, se ele verificar
que seus pares não estão tendo sucesso, facilmente concluirá que ele também
não terá êxito, caso se julgue de nível semelhante ao deles. A previsão, em tal
caso, é de que deixará de empenhar-se na tarefa.
Persuasão verbal: Os alunos podem também desenvolver a autoeficácia
quando, de alguma forma, lhes for comunicado que eles têm as capacidades de
realizar a tarefa em questão. Entretanto, tais informações serão realmente
convincentes se partirem de uma pessoa que goze de credibilidade e,
principalmente, se houver a comprovação pelos fatos. Assim, poderá ter um
efeito positivo inicial ouvir a frase “Vamos lá! você tem tudo para conseguir!”,
mas a crença de autoeficácia imediatamente entrará em declínio caso as
tentativas resultarem em fracassos.
Estados fisiológicos: como os sintomas de alta ansiedade, quando percebidos
pelo indivíduo, sinalizam vulnerabilidade e assim levam a julgamento de baixas
capacidades numa dada situação.
As Crenças de Auto-Eficácia e o seu Papel na Motivação do Aluno. José Aloyseo Bzuneck disponível em https://www.uky.edu/~eushe2/Pajares/Bzuneck2.pdf, acesso em 20/11/16
Para tanto, a autoeficácia esta estritamente ligada a trocas e influências
constantes entre as pessoas, o ambiente e nosso mundo psicológico.
Escolhemos determinadas atividades e descartamos outras, o que potencializa
nossas escolhas é a crença na nossa autoeficácia.
1.2- TEMA: ESTABELECIMENTOS DE OBJETIVOS
OBJETIVO: Elencar estratégias a partir do livro Cartas do Gervásio ao seu
Umbigo sobre como estabelecer objetivos para que o professor compreenda e
coloque em prática na sua ação docente e com isso motive seus alunos a
também estabelecerem seus objetivos, propondo atividades que proporcionem
isso.
A seguir serão elencadas estratégias para o estabelecimento de objetivos,
descritas no Livro Cartas do Gervásio ao seu umbigo e readaptadas para o dia
a dia da escola.
Os objetivos conduzem e motivam o comportamento, eles podem ser
caracterizados com o que o sujeito deseja conscientemente alcançar. Eles
influenciam a motivação e a aprendizagem, orientando e dirigindo os
comportamentos.
Todos os comportamentos são guiados por objetivos, a sua eficácia
depende da sua intenção e diante disso eles devem ser concretos, realistas e
avaliáveis, isso que irá fazer com que seja despertada a motivação e a
concentração na tarefa.
Passos para o estabelecimento de um objetivo:
Identificação de um objetivo;
Estabelecimento do plano para alcançá-lo;
Implementação de um plano;
Acompanhamento dos progressos;
Avaliação do resultado.
Os objetivos de longo prazo devem ser divididos em objetivos de curto prazo
para facilitar a sua operacionalização e concretização. É importante elencar e
priorizar os vários objetivos que guiam a nossa vida. Eles podem estar orientados
para a mestria.
Os alunos que estabelecem este tipo de objetivos procuram desenvolver
competências, melhorar o seu trabalho e aprender, comparando-se sempre
consigo próprios. Os objetivos também podem estar orientados para a
realização, o que significa a focalização na demonstração pública de
competência por comparação com os demais, esforçando-se para evitar o
fracasso.
Uma vez desenhados os objetivos e o plano concreto de realização, é
importante antecipar os obstáculos que possam dificultar o cumprimento destes
objetivos. Após listar estes obstáculos, é importante pensar em estratégias que
possam ultrapassá-los. No quadro a seguir os cinco modos em que os objetivos
influenciam a realização segundo (LOCKE; LATHAM, 1990 apud ROSÁRIO
2004):
Esforço – Os objetivos dirigem o comportamento e o esforço do sujeito no sentido de
alcançá-los.
Duração e persistência – Um objetivo ajuda o sujeito a dirigir e a manter os seus
recursos nesse sentido até o alcançar.
Direção da atenção – O estabelecimento de um objetivo ajuda à concentração na tarefa
e a combater os distratores que competem com a realização da tarefa.
Planeamento estratégico – Um objetivo encoraja o estabelecimento de um plano
concreto para alcançá-lo.
Ponto de referência – Quando o “ponto de chegada” está referenciado e o sujeito
recebe feedback sobre a sua localização pode decidir o que fazer para o alcançar.
Propostas de atividade com os alunos para exercitar o estabelecimento
de objetivos: Discutir o conceito de objetivo:
“um objetivo é aquilo que os alunos desejam conscientemente alcançar, e que, por isso, dirige o seu comportamento. Os objetivos podem estar orientados para a mestria (…). Mas, os objetivos também podem estar orientados para a realização...”
Pensar numa tarefa concreta e num objetivo determinado, relacionado com
a mesma, e atribuir a cada passo do estabelecimento de um objetivo uma
nota de 1 a 5 de acordo com a dificuldade na sua execução. Elencar
soluções para as diferentes dificuldades encontradas. Poderemos discutir
os resultados no próximo encontro.
1.3TEMA: ORGANIZAÇÃO DO TEMPO - PROCASTINAÇÃO
OBJETIVO: Elencar estratégias a partir do livro Cartas do Gervásio ao seu
Umbigo sobre como fazer com que os alunos organizem seu tempo, bem como
o professor compreenda e coloque em prática na sua ação docente a
organização do tempo, motivando seus alunos a também se organizarem,
propondo atividades que proporcionem isso.
Os alunos podem assumir o controle das suas vidas começando por
controlar o seu tempo. Os alunos que gerem mais eficazmente o seu tempo
apresentam melhores resultados acadêmicos.
Para que isso ocorra eficazmente é necessário o aluno tomar consciência
do tempo gasto e do tempo perdido, num dia, numa semana, num semestre, isso
é fundamental para tomar decisões.
A organização do tempo às tarefas do dia-a-dia deve levar em
consideração a priorização dos objetivos. Um dos problemas principais na
gestão do tempo é a baixa competência dos sujeitos na priorização das tarefas.
Para gerir o tempo é importante estabelecer um horário de estudos, mas
também um planejamento, o mais abrangente possível, de tarefas a realizar
durante a semana.
É necessário realizar uma lista de coisas a fazer, isso irá auxiliar para uma
melhor gestão do tempo.
Os alunos devem conhecer os seus principais distratores internos e
externos (o que mais lhes tira a atenção) e atuar para que estes não
comprometam a realização das tarefas.
A procrastinação é o adiamento sucessivo das tarefas e está relacionada
com um padrão de baixo controle associado a uma má gestão do tempo,
irresponsabilidade, mas também existe o medo de falhar e à ansiedade.
Para lidar com a procrastinação, podem ser utilizadas algumas estratégias
tais como: a melhora da gestão do tempo, aumentar a atenção e a concentração
na tarefa, dividir os objetivos, fazendo que se tornem mais fáceis de se alcançar,
redução da ansiedade, modificação do padrão dos pensamentos irracionais.
Propostas de atividade com os alunos pra exercitar a organização do tempo:
Discutir com os alunos a importância de se fazer uma lista semanal de
coisas a fazer e da necessidade de priorizar as atividades para aumentar
a eficácia e diminuir o desperdício de tempo;
Ensinar a elaborar horários semanais/diários;
Propor uma atividade do conteúdo e orientar o aluno que para uma
determinada tarefa e solicitar que estabeleça um tempo limite para a
realização da mesma, a fim de aumentar o comprometimento com a
tarefa, e treinar o estabelecimento de objetivos proximais.
1.4 TEMA: LEITURA E ANOTAÇÃO
OBJETIVO: Elencar estratégias a partir do livro Cartas do Gervásio ao seu
Umbigo sobre como fazer com que os alunos leiam e anotem, bem como o
professor compreenda e coloque em prática na sua ação docente a leitura e
anotação, motivando seus alunos e propondo atividades que proporcionem isso.
Quando é despertado no aluno o interesse pela leitura consequentemente
estes recorrem a estratégias de aprendizagem para promover a melhor
compreensão do conteúdo aprendido, estabelecem metas para as suas leituras
de acordo com os seus objetivos, organizam os conteúdos e o material de
aprendizagem, construindo um significado pessoal, monitoram a qualidade da
sua compreensão à medida que leem.
É importante motivar e orientar os alunos quanto aos sublinhados,
sumários, esquemas e mapas de ideias, pois estes são estratégias de
aprendizagem que visam organizar e transformar o material de aprendizagem,
exigindo um papel ativo do aluno.
Também outra estratégia é elaborar questões durante a leitura, pois esta
orienta a atenção no sentido de encontrar as respostas e ajuda a aumentar a
qualidade da compreensão.
Sublinhar os textos à medida que se vai lendo não é uma estratégia efetiva
de aprendizagem, mas sublinhar é um processo de tomada de decisão, que
configura uma escolha sobre o que é mais importante no conteúdo e o que é
complementação.
Fazer anotações envolve atividade em três momentos: antes, durante e
depois da aula, mas também antes, durante e depois da leitura de um texto ou
de assistir a um filme.
A revisão das anotações apresenta duas funções principais: O processo,
que é a concentração da atenção no material com o fim de compreender o fio
condutor da exposição, da narração ou da ação presenciada. O produto, que é
a realização dos apontamentos e sua utilização como uma ferramenta para a
organização e posterior revisão da informação.
O professor deve estar sempre sinalizando aos alunos o que é mais importante
no conteúdo, texto ou filme.
Os alunos precisam compreender que nas anotações, não precisa se
escrever tudo, mas sim notas com palavras próprias e se necessário pode-se
recorrer às abreviaturas.
É fundamental que o aluno conheça e controle seus distratores internos e
externos que competem com as anotações.
Dicas para as anotações:
Escrever questões-espelho a que as anotações pessoais respondam.
Escrever um sumário que descreva o tema ou as ideias principais da
aula/texto.
Apontar dúvidas das anotações feitas para esclarecimento posterior com o
professor ou com os colegas.
Depois da aula, logo que possível, é importante corrigir as anotações e
completá-las.
Propostas de atividade com os alunos para melhorar a leitura e anotação:
Realizar uma discussão com os alunos diante da eficácia das ações propostas
de leitura e anotação e frente aos desafios encontrados pelos alunos a partir da
realidade vivenciada na sua disciplina:
Que estratégias posso utilizar para melhorar a minha compreensão leitora?
Os professores falam tão rápido que não os consigo acompanhar, o que
devo fazer?
Escrevo mal e com alguns erros ortográficos, o que não me facilita as
anotações, o que posso fazer?
1.5 TEMA: PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO
OBJETIVO: Elencar estratégias a partir do livro Cartas do Gervásio ao seu
Umbigo sobre como fazer com que os alunos processem e armazenem as
informações de forma que a aprendizagem seja armazenada na memória de
longo prazo.
O processamento da informação descreve como os sujeitos obtêm,
transformam, armazenam e aplicam a informação.
A memória é um sistema que armazena blocos de informação que pode
ser utilizada posteriormente. Estruturalmente, a memória é constituída por vários
sistemas: inclui a memória sensorial, a memória de curto e a memória de longo
prazo. Não há aprendizagem sem focalização da atenção.
Sugestões para melhorar a atenção:
Praticar, esforçando-se para concentrar a atenção nas tarefas e não só no
contexto da sala de aula;
Reduzir a competição de tarefas secundárias com a tarefa principal;
Priorizar e por ordem nos pensamentos e ações que afastam da realização
da tarefa;
Combater os distratores internos e externos;
Estudar num ambiente que favoreça o trabalho, se necessário, modifica-lo;
Fazer intervalos para recarregar as energias, evitando a dispersão da
atenção;
Descansar e se alimentar adequadamente;
A aprendizagem envolve o armazenamento da informação na memória de
longo prazo, ela é armazenada na memória de longo prazo através da relação
entre significados. Para incrementar o poder da memória, é fundamental
relacionar a nova informação com o que já é conhecido pelos alunos.
A aprendizagem significativa – na qual as informações e conteúdos estão
ligados com um significado, facilita o armazenamento e posterior recuperação
da informação.
Para manter a informação na memória de curto prazo basta repetir a
informação sem interrupção, mas para a enviar para a memória de longo prazo,
é necessário recorrer a estratégias de elaboração que ajudem a ligar a
informação a outros conteúdos já armazenados na memória de longo prazo.
As estratégias de organização da informação e elaboração da informação
requerem construção de esquemas, mapas de ideias, explicações e
questionamentos.
A forma como a informação é organizada e elaborada influencia a
qualidade do processamento da memória, uma vez que é difícil compreender um
material de aprendizagem confuso e desorganizado.
Para melhorar o funcionamento da memória:
Agrupar a informação solta em unidades com significado.
Codificar significativamente a informação organizando o conteúdo, ligando-
o a conceitos sólidos já armazenados na memória de longo prazo.
Estabelecer redes familiares. O princípio é simples: quanto melhor o
domínio de um tema, mais fácil será aprender e relembrar.
Definir pistas, quanto mais pistas forem estabelecidas entre o conteúdo a
aprender e o contexto onde a aprendizagem ocorreu, mais fácil será
estabelecer uma ligação e relembrar o conteúdo.
Propostas de atividade com os alunos para aprimorar o processamento da informação:
Listar as diferentes estratégias de organização da informação utilizadas
pelos alunos. Comparar e discutir as vantagens e as desvantagens na
utilização de cada uma delas.
Estudar um pequeno texto/páginas do conteúdo que está sendo trabalhado
relacionado com uma matéria familiar aos alunos e, no final, discutir as
estratégias para memorizar a informação utilizadas pelos alunos.
“Porque é que esquecemos?” discutir algumas estratégias e implicações
para o estudo pessoal.
1.6 TEMA: AVALIAÇÃO
OBJETIVO: Elencar estratégias a partir do livro Cartas do Gervásio ao seu
Umbigo sobre como fazer com que os alunos se preparem para a avaliação, a
partir das estratégias de aprendizagem utilizadas, bem como os professores
aprimorem sua prática, avaliando constantemente sua ação docente, a partir do
resultado das avaliações.
Os alunos precisam estar conscientes que na semana antes das
avaliações deve ser precedida por um estudo contínuo, evitando precipitações e
possibilitando a consolidação da informação aprendida.
A estratégia de preparação próxima das avaliações mais eficaz é a
antecipação e a resposta a possíveis questões. Os alunos devem incluir na sua
planificação do estudo um tempo para as revisões do conteúdo. Nesta fase
devem ser elaboradas e respondidas questões formuladas pelo aluno, a partir
das anotações.
A gestão do tempo é um elemento fundamental para a implementação do
plano de preparação próxima dos exames.
O dia anterior deve ser dedicado a rever anotações ou exercícios,
estabelecendo e fortalecendo ligações, não a estudar conteúdos pela primeira
vez. Nesta etapa, o aluno deve centrar-se na revisão de anotações, resumos,
esquemas ou exercícios já realizados durante o estudo anterior, tentando
fortalecer as ligações entre os conteúdos.
Tentar explicar os conceitos por palavras próprias ajuda a sedimentar os
conceitos, também pode ajudar recitar em voz alta definições, os diferentes
passos dados durante o processo de resolução de problemas.
Explicar a matéria a colegas ou responder a questões colocadas durante
uma sabatina de estudo ajuda a certificar-se do nível de compreensão dos
conteúdos estudados.
As estratégias de realização de exames são importantes, mas não
substituem uma preparação adequada.
A ansiedade é um sentimento normal durante as avaliações e pode
interferir no resultado do aluno, mesmo este tendo o conhecimento necessário
para responder a avaliação.
Os professores podem adotar algumas estratégias para baixar a
ansiedade dos alunos:
Organizar um folheto sobre a ansiedade frente às avaliações, com dicas
para controlá-la e trabalhar com os alunos antes das avaliações;
Falar sobre os comportamentos e conversas típicas que ocorrem entre
os alunos antes das avaliações e como lidar com estas situações.
E por fim, algumas estratégias para que a avaliação cumpra sua função segundo
Cipriano Luckesi:
Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida
como diagnóstico);
Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no
processo educativo (qualificação);
Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados
(planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os
respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa), avaliando sempre
o processo e não somente o resultado final.
Para refletir...
O ato de avaliar é muito mais exigente que o ato de examinar segundo Luckesi,
essa exigência muitas vezes gera resistência. Mas enquanto educadores
comprometidos com o trabalho docente e com o sucesso do ensino-
aprendizagem devemos repensar qual postura estamos tendo frente a avaliação
e frente ao trabalho docente, será que nós também não estamos sendo culpados
pelo fracasso escolar dos alunos?
Bandura, A. (1993). Perceived self-efficacy in cognitive development and
functioning. Educational Psychologist.
Bandura, Albert (1996). Social cognitive theory of human development. In T.
Husen & T. N. Postlethwaite (Eds.), International encyclopedia of education (2nd
ed.) Oxford: Pergamon Press.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação Continuada dos professores e a
prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1996.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº9.394/96, de 20 de
dezembro de 1996.
DEMO, Pedro. Desafios modernos para a educação. Brasília: IPEA, 1991 DP&A,
2002.
GIROUX, Henri A. Os professores como intelectuais da educação: rumo a uma
pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes
Médicas,1997.
KUENZER, Antônio Z. Trabalho Pedagógico: da fragmentação à unitariedade
possível. In: AGUIAR, Marcia; FERREIRA, Naura S. (Org.). Para onde vão a
orientação e a supervisão educacional. Campinas: Papirus, 2002.
LIBÂNEO, José C. Que destino os educadores darão à Pedagogia?. Selma G.
Pimenta (org.). Pedagogia, Ciência da Educação? São Paulo; Cortez, 1996
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 11 ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? Cortez, 2004.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti et al. Escola e aprendizagem da docência:
professores formadores. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 1, n. 1, dez. – jul.
2005-2006. In http://www.pucsp.br/ecurriculum. Acesso em 04/07/2016.
NÓVOA, Antonio. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA,
António. (Org.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote/IIE, 1997.
NÓVOA, Antomio. Entrevista: Professor se forma na escola. Disponível em
http://acervo.novaescola.org.br/formacao/formacao-continuada/professor-se-
forma-escola-423256.shtml. Acesso em 06/12/2016.
NUNES, Clarice. Anísio Teixeira entre nós: a defesa da educação como direito
de todos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 21, n. 73, 2000.
PARANÁ. Instrução nº 02/2004 - SUED - Superintendência da Educação de
27/02/04.
PARANÁ. Lei Complementar nº 103/2004 de 15/03/04. – Institui e dispõe sobre
o Plano de Carreira do Professor da Educação Básica do Paraná.
PARANÁ. Lei nº 13.807/02 – de 30/09/2002.
PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São
Paulo: Cortez, 1999.
JOLY, M. C. R. A.; PRATES, E. A. R. Escala de Motivação Acadêmica, Psico-USF, v. 16, n. 2, mai./ago. 2011.
ROSÁRIO, Pedro. Auto-Regular o aprender em sala de aula. In: ABRAHÃO,
Maria Helena Menna Barreto. Professores e Alunos. Porto Alegre: EdiPUCRS,
2008
ROSÁRIO, PEDRO. Capitanear o aprender: promoção da autorregulação da
aprendizagem no contexto educativo/ Pedro Rosário, Soely A. J. Polydoro – São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2014.
ROSÁRIO, Pedro. Estudar o Estudar: As (DES)venturas do Testas. Porto: Porto
Editora, 2004.
SACRISTÁN, Jimeno. Consciência e Ação sobre a Prática como Libertação
Profissional dos Professores. In: NÓVOA, António. (Org.). Profissão Professor.
Porto: Porto Editora, 1991.