SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ … · Referente ao Projeto de Intervenção...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE, TURMA 2010
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
UNIDADE TEMÁTICA
QUE LUGARES SÃO ESTES? O ENSINO DE GEOGRAFIA E A ÁREA
CENTRAL DE CURITIBA.
Referente ao Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP)
ENSINO DE GEOGRAFIA E O CONCEITO DE LUGAR: POSSIBILIDADES
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
PROFESSORA NEUSA MARIA TAUSCHECK
PROFESSOR ORIENTADOR DRª OLGA LUCIA CASTREGHINI DE FREITAS
FIRKOWSKI,
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CURITIBA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
PÚBLICO-ALVO: ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTE EM
NÍVEL MÉDIO.
Curitiba
Agosto 2011
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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título:
QUE LUGARES SÃO ESTES? O ENSINO
DE GEOGRAFIA E A ÁREA CENTRAL DE
CURITIBA.
Autor Neusa Maria Tauscheck
Escola de Atuação Instituto de Educação do Paraná Professor
Erasmo Pilotto
Município de Atuação Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Orientador Profª. DRª. Olga Lucia Castreghini de Freitas Firkowski
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná
Disciplina/Área (entrada no PDE) Geografia
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Artes
Público Alvo Alunos do Curso de Formação de Docentes
da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental
Localização Rua: Emiliano Perneta, 92, Centro, Curitiba
Apresentação Trata-se de uma Unidade Didática que apresenta possibilidades de encaminhamento metodológico e transposição didática relativamente à proposta de trabalho desenvolvida no Projeto de Intervenção Pedagógica, o qual aproxima, para fins pedagógicos, os saberes geográficos como os conteúdos curriculares do Curso de Formação de Docentes. O objeto eleito para a Unidade é conceito de Lugar. Por meio de textos e sugestões metodológicas é oportunizado ao aluno aprofundar e vivenciar situações de ensino-aprendizagem sobre o ensino de Geografia.
Palavras-chave Ensino de Geografia, conceito de Lugar, praças de Curitiba
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SUMÁRIO
Apresentação ....................................................................................... 01
Mas afinal, o que é o conceito de lugar para a geografia? .................. 04
Ensino-aprendizagem de geografia e o papel do conceito de lugar na
construção “olhar geográfico” .............................................................. 07
A aula de campo como uma possibilidade teórico-metodológica: o aluno como observador dos lugares .................................................... 11
Encaminhamento metodológico do conceito de lugar: algumas sugestões de atividades ....................................................................... 15
Formas de sistematizar o conhecimento .............................................. 33
Referências .......................................................................................... 34
UNIDADE DIDÁTICA
QUE LUGARES SÃO ESTES? O ENSINO DE GEOGRAFIA E A ÁREA CENTRAL DE CURITIBA.
Então a prudente Penélope deu início a conversa:
“Estrangeiro, antes de mais nada quero perguntar-te: Quem és? Donde vens? Onde fica a tua cidade?
Onde moras teus pais?” (Homero)
1. APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática faz parte do projeto de intervenção: “Ensino de
Geografia e o conceito de Lugar: possibilidades teórico-metodológicas” que é
um dos quesitos exigidos no processo de realização do Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE -, ofertado pela Secretária de Educação do Estado
do Paraná, como política de Estado.
Nesta Unidade é apresentada a fundamentação teórico-metodológica das
atividades pedagógicas efetivadas por meio de um mini-curso sobre o ensino
da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental para os alunos do curso
de Formação de Docentes. O recorte teórico-metodológico do mini-curso tem
como foco de abordagem o conceito de Lugar por meio da aula de campo no
entorno do Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto,
localizado na Rua Emiliano Perneta, 92, Centro, Curitiba.
Figura 1- IEPPEP fotografia de Neusa Maria Tauscheck. 12/08/2011
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Localização da escola estadual: Instituto de Educação do Paraná
Professor Erasmo Pilotto
O tratamento dado as fontes pesquisadas apresenta uma metodologia
voltada para a representação do espaço vivenciado pelos alunos (o entorno da escola). A
concepção inicial de espaço vivido tem como uma das referências o autor Tuan. Este
autor teoriza sobre a construção na noção de espaço pela perspectiva humanista da
Geografia. O Lugar, o espaço vivido, o espaço geográfico e seu ensino passam a ser o
mote desta Unidade Didática. Como recorte geográfico foi escolhido seis praças da área
central da cidade de Curitiba, como forma de exercitar a análise geográfica por meio do
conceito de Lugar.
Para que haja o entendimento da importância do ensino do conceito de Lugar
pelos alunos do Curso de Formação de Docentes, faz-se necessário situações de
aprendizagens sobre a história da disciplina de Geografia e seus desdobramentos. Nesta
Unidade o conceito de Lugar é abordado por meio da concepção Humanística e Crítica
da Geografia. Estudos de autores como Tuan (1983), Milton Santos (1999), Callai
(1999), Vieira (2008), são os balizadores das reflexões teóricas sobre como a análise da
organização espacial requer de nós um conhecimento do Lugar enquanto conceito
geográfico.
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O exercício da observação do entorno da escola e das praças da área central
pelos alunos, sua reflexão e sistematização contribui para que o ensino da Geografia
esteja relacionado ao nosso cotidiano. Questionar a organização do Lugar que
vivenciamos e como o percebemos está presente nos princípios que norteiam a
alfabetização geográfica, sendo assim, estudar o Lugar é possibilitar ao aluno que este
comece a realizar a leitura do espaço geográfico.
As discussões realizadas nesta Unidade Didática são também
resultados do processo de pesquisa pessoal e da busca por uma produção
sobre o conhecimento teórico-metodológico do ensino de Geografia. A
pesquisa sobre o ensino da Geografia é, portanto , um olhar sobre a minha
prática, como professora da rede estadual desde o ano de 1993 nos cursos de
formação de docentes em nível médio, na perspectiva de sistematizá-la.
A relação com o ensino de Artes ocorre a partir do momento em que a
fotografia entra como uma aliada na compreensão de que os lugares, as
paisagens e o espaço geográfico são passíveis de diferentes formas de
registro. O uso de fotografias históricas cedidas pela Casa da Memória e as
atividades que estimulam o aluno a realizar o seu próprio registro fotográfico
são formas de possibilitar o ensino de Geografia mais criativo e reflexivo.
A escolha da relação com a Arte (uso da fotografia) tem como premissa
o fato de vivermos em uma sociedade imagética, na qual os alunos precisam
experienciar situações de aprendizagem, de modo a que a reflexão sobre o
registro da paisagem seja um momento de análise do pensamento geográfico
em específico do conceito de Lugar.
A temática desta Unidade Didática foi definida a partir da observação,
levantamento de informações via textos diagnósticos no qual a grande parte
dos alunos de curso de Formação de Docentes apresenta concepções variadas
do ensino de Geografia, e conhecimentos fragmentados da disciplina. Uma
aversão a disciplina ou mesmo uma visão de que a Geografia é menos
importante que outras disciplinas curriculares é constantemente observada nas
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falas dos alunos em sala de aula, nas avaliações e nos planos de aula que os
alunos elaboram para suas ações docentes.
Sendo assim, os objetivos da Unidade Didática estão relacionados as
seguintes questões: a) aprofundar conteúdos teóricos e metodológicos sobre o
papel do ensino de Geografia no Ensino Fundamental da Educação Básica
destacando o conceito de Lugar por meio do estudo do entorno do Instituto de
Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto, b) apresentar breve histórico do
ensino de Geografia na Educação Básica, c) apresentar subsídios sobre a
relação ensino-aprendizagem da Geografia no Ensino Fundamental.
2. MAS AFINAL, O QUE É O CONCEITO DE LUGAR PARA A GEOGRAFIA?
As pesquisas a respeito do ensino de Geografia nos mostram que esta
área do conhecimento possui uma tradição curricular que pode ser associada
aos diferentes períodos históricos da educação brasileira. Vários aspectos
podem ser identificados sobre a abordagem teórico-metodológica do ensino de
Geografia a partir da sua produção científica e nas esferas das políticas
públicas. Os aspectos relevantes podem ser assim identificados: a) as políticas
públicas de âmbito federal (Parâmetros Curriculares Nacionais e Plano
Nacional do Livro Didático) e as políticas públicas de âmbito estadual (livro
didático público, projeto Folhas, elaboração das diretrizes curriculares
estaduais, portal dia-a-dia educação, biblioteca do professor e Programa de
Desenvolvimento Educacional), b) a produção e divulgação de livros e artigos
relacionados ao ensino de Geografia em diferentes perspectivas para
“legitimar” a chamada Geografia Renovada.
O acesso às pesquisas e informações sobre os aspectos teórico-
metodológicos do ensino de Geografia é ofertado ao professor via algumas
políticas públicas que resgatam a necessidade deste profissional buscar um
constante aprofundamento da sua prática pedagógica. Cabe aqui destacar que
a presente pesquisa, além de aprofundar os aspectos políticos e teóricos do
ensino de Geografia visa trazer no seu interior reflexões sobre as condições
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reais do acesso e aplicabilidade destas políticas e conhecimentos teórico-
metodológicos.
O ensino de Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental
avançou nas últimas décadas por meio da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96
que entrou em vigor no lugar da Reforma/lei 5692/71 que instituiu a disciplina
de Estudos Sociais. Neste período gerou-se nas escolas uma visão
reducionista desta disciplina, dando a ela um caráter moralizante da prática.
Eram oferecidas atividades de socialização que pouco contribuíam na
formação de um aluno crítico.
Atualmente o ensino de Geografia nos diferentes níveis de ensino está
associado a uma disciplina que oportunize ao aluno uma leitura crítica da
realidade. Segundo Callai: “O estudo da geografia insere-se neste âmbito, na
perspectiva de dar conta de como fazer a leitura do mundo, incorporando o
estudo do território como fundamental para que possa entender as relações
que ocorrem entre os homens, estruturadas em um determinado tempo e
espaço”. (CALLAI,1999, p .75).
Ensinar Geografia passa a ser um compromisso com um conhecimento
que vai além da memorização de nomes de fenômenos geográficos, um
conhecimento que torne o aluno um observador da paisagem que com o
exercício da observação busque ao longo da sua formação o entendimento da
organização do espaço.
Pensando neste exercício da observação, nos últimos dois anos efetivei
a proposta de elaboração, junto com meus alunos do 4º ano do curso de
formação de docentes, de um vídeo a partir da apresentação do conceito de
Lugar no ensino de Geografia.
O estudo do entorno do Instituto de Educação do Paraná Professor
Erasmo Pilotto, tinha como desafio a elaboração de um vídeo de caráter
socioambiental sobre o Rio Ivo que atravessa uma área central da cidade de
Curitiba e especificamente por passar uma galeria deste rio sob as edificações
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do colégio, causando mau cheiro e a presença indesejada de animais que
habitam os esgotos dos grandes centros urbanos. Usamos como um momento
de mobilização a vivência da aula de campo, percorrendo parte do percurso do
Rio Ivo. A produção do vídeo apresentou-se como um momento de síntese
relevante, pois, além do uso dos conceitos, percepções realizadas, a feitura
deste possibilitou aos alunos mostrar seus conhecimentos e criatividades sobre
a linguagem tecnológica de captação de imagens.
Nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, ao tratar do ensino de
lugar, afirma-se que “[...] adota-se o conceito de lugar, desenvolvido pela
vertente crítica da Geografia, porque por um lado é o espaço onde o particular,
o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes relevando
especificidades, subjetividades e racionalidades” (DCE, 2008, p.65). Desta
forma estudar o conceito de Lugar possibilita ao aluno criar uma relação
próxima e significativa sobre os conteúdos ensinados na Geografia.
Na proposta teórico-metodológica do ensino de Geografia das Diretrizes
Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba, há indicativos de se
trabalhar com o conceito de Lugar no Ensino Fundamental como forma de
construir a noção de espaço geográfico por meio do espaço vivido.
A sistematização da noção de espaço acontece em três níveis de compreensão: do vivido, do percebido e do concebido simultaneamente. Para iniciar o trabalho com o espaço vivido, utilizam-se referências locais, tais como a escola, a rua da escola, o entorno da escola, o bairro, sempre estabelecendo e ampliando relações com o geral, aqui entendido como outros espaços. (...).São instrumentais básicos do saber geográfico os conteúdos/conceitos: localização, orientação, distribuição e representação dos fenômenos socionaturais, paisagem, lugar, região, limite, território, nação e fronteira, além da alfabetização cartográfica, que instrumentaliza o estudante para ser, em primeira instância, mapeador ativo (alguém que constrói seus mapas) e, a partir daí, leitor de mapas oficiais. (DCC, 2006, p.116)
Sendo assim, o trabalho pedagógico com conceito de Lugar na disciplina
de Metodologia do Ensino de Geografia é um dos conteúdos fundamentais
para a formação dos profissionais que atuam com o aluno do ensino
fundamental.
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3. ENSINO-APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA E O PAPEL DO CONCEITO
DE LUGAR NA CONSTRUÇÃO DO “OLHAR GEOGRÁFICO”
O conceito de Lugar tem um papel relevante no ensino de Geografia,
pois tem como premissa questões relacionada à identidade e ao pertencimento
das pessoas aos diferentes locais que ocupam e que vivenciam ao longo de
sua vida. Ensinar este conceito passa pela constatação de que o aluno no
ensino fundamental tem por característica a curiosidade sobre os lugares que
freqüenta e que, na maioria das vezes, os adultos negam as informações que
contribuem na sua formação. Sendo assim, o ensino de Geografia pode
contribuir de forma significativa na formação do conceito sobre o lugar. Para
Hassler:
estudar o lugar em geografia significa compreender o lugar em que se vive além das condições humanas e naturais, buscando sua identidade com o lugar. É muito importante analisar os vínculos afetivos que ligam a determinados lugares, pois para a criança aquele é o único lugar conhecido, é onde ela se sente segura, ela é agente, ela sabe se localizar sabe dialogar sobre ele, pois ela o conhece é o seu lugar é o mundo em que ela vive e atua. (HASSLER, 2009, p.161)
Mas ao estudar o lugar é preciso entendê-lo na sua dimensão escalar,
na relação entre o local, o regional, o nacional e o global. O lugar manifesta a
sua relação com o global, afinal, não estamos isolados na complexa dinâmica
da sociedade. As interdependências das ações são reflexos de uma sociedade
globalizada.
Para Hassler, (2009, p.162) os PCNs contribuem no ensino da Paisagem
e do Lugar, pois traz em suas reflexões teórico-metodológicas questões sobre
a importância pedagógica de se trabalhar na Educação Básica com este
conceito tendo como referência: “[...] a paisagem mais próxima da escola, o
bairro ou até a própria cidade, uma área a ser visitada a uma certa distância,
ou uma imagem de paisagem, seja ela por foto ou outra forma representação
qualquer, tem-se a base concreta para a realização da prática escolar”.
Entretanto, ao ensinar o conceito de Lugar tem-se claro que este é
resultado de estudos que tratam de resignifica-lo, tornando assim um
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instrumento a mais de análise da complexidade espacial. Na história da ciência
geográfica duas concepções de Lugar são claramente abordadas. Estas
concepções fazem parte do debate epistemológico da Geografia Humanista e
da Geografia Crítica (Renovada). Importante destacar que são debates
historicamente tratados de forma antagônicos, porém nesta Unidade Didática,
de forma breve, é destacado o que se distancia neste debate e o que iremos
aproximar no aspecto metodológico. Procurando assim mostrar que a
transposição da didática de saberes de uma ciência exige o conhecimento
sobre como estes saberes podem dialogar sem que os mesmos se diluam em
práticas pedagógicas conflitantes no âmbito epistemológico. Pensar o conceito
de Lugar para a Geografia Humanista e para a Geografia Crítica, segundo
Viera (2008) nos remete a compreensão de que este conceito se difere, porém
dois aspectos aproximam o debate “O primeiro deles é que na abordagem do
lugar é preciso ultrapassar a simples noção de localização geográfica e o
segundo se refere à necessidade de conceber o lugar como um espaço que
tem a ver com a cultura e com a existência de quem habita”.
A discussão inicial presente nesta Unidade Didática sobre a Geografia
Humanista, a Geografia Crítica e o tratamento teórico-metodológico que cada
uma dá ao conceito de Lugar, remete a escolha de autores como Tuan e Milton
Santos, por serem estes identificados em pesquisas como dois expoentes
destas concepções.
O conceito de Lugar é comumente relacionado a uma porção do espaço
terrestre em que as pessoas localizam os fenômenos geográficos. Para Tuan
(1983, p.65), o espaço é qualquer porção da superfície terrestre que é amplo,
desconhecido, temido e rejeitado. O Lugar recortado afetivamente emerge da
experiência e é um “mundo ordenado e com significado”.
Os geógrafos humanistas afirmam que o Lugar é aquilo que está
diretamente relacionado com as emoções pessoais, podendo ser a casa, a rua,
o bairro, a cidade ou a nação. Está assim intimamente associado à identidade.
Para a maioria das pessoas o lugar é o local das experiências cotidianas. O
espaço para Tuan (1983, 61), o lugar é fechado, intimo, humanizado. Sendo
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assim, o caráter de subjetividade está presente no conceito de Lugar tratado
por Tuan. O Lugar está diretamente relacionado com a existência das pessoas,
aos seus valores, o que torna este conceito algo importante na perspectiva,
humanista afinal, a construção do real, é também permeada de histórias
pessoais e de vivências.
O Lugar para os humanistas, portanto, pode ser estudado sobre duas
abordagens, como localização e como um artefato único. Artefato único para
Tuan refere-se ao fato de que o Lugar é estudado como aquele que engloba as
experiências e as aspirações do ser humano. É a partir desta abordagem que o
Lugar passa a ter uma possibilidade concreta de ser trabalhado no Ensino
Fundamental, permitindo ao aluno o exercício do pensamento geográfico tendo
como referência a reflexão sobre o seu espaço de vivência.
Para a chamada Geografia Crítica o Lugar está relacionado a uma
análise complexa da organização espacial, na qual este conceito deve ser
pensado dentro de uma perspectiva de escalas geográfica, ou seja, no fato de
que há inter-relações entre as diversas esferas da sociedade. O Lugar pensado
isoladamente gera uma visão reducionista da organização espacial. O conceito
de Lugar remete ao entendimento da relação entre o local e o global e,
possibilita que a análise espacial ocorra de forma mais complexa na qual as
interações entre os objetos presente no espaço possam ser resignificados e
compreendidos. Santos ao tratar do Lugar afirma que
Cada lugar é a sua maneira, o mundo. (...) Mas também, cada lugar, irrecusavelmente imerso numa comunhão com o mundo, torna-se exponencialmente diferente dos demais. A maior globalidade corresponde uma maior individualidade. (...) A história concreta do nosso tempo repõe a questão do lugar numa posição central, conforme, aliás, assinalado por diversos geógrafos. (...) Impõe-se, ao mesmo tempo, a necessidade de, revisitando o lugar no mundo atual, encontrar os seus novos significados. Uma possibilidade é dada através do cotidiano. (...) Esta categoria da existência presta-se a um tratamento geográfico do mundo vivido que leve em conta as variáveis de que nos estamos ocupando neste livro: os objetos, as ações, a técnica, o tempo. (SANTOS,1999, p.252)
Sendo assim, Milton Santos chama a atenção para o fato de que ao
pensarmos o conceito de Lugar devemos fazê-lo em uma lógica de um mundo
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globalizado. Em uma sociedade que cada vez mais se caracteriza pela
existência do meio técnico-científico-informacional em que o Lugar e a sua
identidade possuem uma dinâmica que extrapola a visão dualista da análise do
espaço. O Lugar e sua relação com o global. Esta complexa relação se dá de
forma dialética e não de forma mecânica.
Em uma perspectiva crítica de análise do espaço, é preciso entender
que cada Lugar é ao mesmo tempo objeto de uma dada razão global e de uma
razão local convivendo dialeticamente. O Lugar é, e representa o mundo, ele
não é algo isolado e sim carregado de relações, reflexos de uma organização
social maior. Porém, a especificidade de cada Lugar é algo a ser destacado. As
diferentes manifestações culturais, por exemplo, podem e devem ser
representativas de um processo histórico no qual o elemento de uma cultural
local esteja presente nestas manifestações.
Para Veira (2008) a princípio há dois pontos que aproximam a vertente
Humanista e Crítica do pensamento sobre o Lugar: a) é preciso ultrapassar a
simples noção de localização geográfica e b) é necessário conceber o lugar
como espaço que tem a ver coma cultura e com a existência de quem o habita.
O conceito de Lugar tratado desta forma epistemológica exige, portanto,
uma nova maneira de desenvolver o seu ensino. Esta nova maneira deve ter
como elementos norteadores o entendimento de que o Lugar remete, para
além de sua localização, ao conhecimento de cultura, de identidade, de
paisagens, de objetos e da temporalidade que permeiam a organização do
espaço.
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4. A AULA DE CAMPO COMO UMA POSSIBILIDADE TEÓRICO-
METODOLÓGICA: O ALUNO COMO OBSERVADOR DOS LUGARES
VIVENCIADOS.
Para ensinar e aprender conceitos geográficos no caso específico desta
Unidade Didática o conceito de Lugar, a atividade pedagógica denominada
aula de campo possibilita aos professores momentos significativos de
aprendizagem. Sendo assim, realizar atividades pedagógicas que oportunizem
ao nosso aluno da Educação Básica experienciar o “olhar geográfico” é um dos
papéis do professor de Geografia. A aula de campo é, dentre outras atividades
pedagógicas, uma das mais relevantes no processo ensino-aprendizagem
desta área do conhecimento. Na literatura especilaizada sobre o ensino de
Geografia é abordado de forma enfática a importância o trabalho “in loco” como
forma de problematizar, vivenciar e sistematizar os conceitos estudados em
sala de aula.
Ensinar conceitos geográficos nos remete, portanto, à reflexão sobre
como nossos alunos apreendem o real. Nesta esfera do debate cabe aos
educadores de uma forma geral pensar sobre a aprendizagem em específico
sobre o homem e o conhecimento no âmbito epistemológico.
Sendo assim, destaca-se, que a formação de conceitos é algo complexo
e possui uma gama de explicações a partir de diferentes abordagens
epistemológicas. Nesta Unidade Didática as bases teóricas da aprendizagem
estão atreladas a educação progressista 1 e de maneira geral a abordagem
sócio-histórica.2
A aula de campo dentro de uma abordagem sócio-histórica traz
questões relacionadas: a) a necessidade do envolvimento direto do aluno com
o objeto de estudo, b) ao seu conhecimento prévio sobre o que será estudado,
c) ao aprofundamento do conhecimento científico produzido sobre os conceitos
geográficos em questão, e d) a revisão de conceitos pré-estabelecidos gerando
2 Expressão relacionada a teoria da aprendizagem presente nas obras de Vigotski..
12
assim movimento. A busca de novas situações de aprendizagem faz com que o
aluno e o professor percebam que a construção do conhecimento é dinâmica.
O conceito geográfico dado como algo pronto acaba pouco favorecendo na
aprendizagem e tornando a escola um espaço pouco atrativo. Sobre a aula de
campo cabe destacar questões levantadas por Fantin e Tauscheck:
Contudo, não podemos reduzir o raciocínio geográfico à pura observação e descrição da paisagem, mas sim pensar criticamente a realidade na qual estamos inseridos. A análise dessa realidade exige do professor-pesuisador uma observação de descrição qualitativa e, em algumas situações, uma análise quantitativa. (...) A questão é: Como metodologiacamente é viável operacionalizar esse encaminhamento tão eficaz no ensino e pesquisa em Geografia? Como evitar os mais diferentes argumentos para a sua Não realização no cotidiano escolar? (FANTIN e TAUSCHECK, 2005, p.379)
Uma proposta interessante de aprendizagem relacionada com a aula de
campo, é o denominado “Guia de Percurso Urbano”3. Esta proposta de trabalho
no ensino de Geografia tem como principal característica ser uma espécie de
folder que irá auxiliar o turista ou o morador com informações sobre
determinados lugares, trazendo mapas, fotos e dados sobre determinados
trajetos da malha urbana e seus equipamentos técnicos. Para o professor
interessa perceber que este material pode se tornar um recurso pedagógico
para os diferentes níveis de ensino por meio de sua exploração via aula de
campo e leitura cartográfica.
Para a autora desta proposta o “Guia de Percurso Urbano” é um recurso
a mais para compreender a cidade como um fenômeno sociocultural e
imagético. No artigo citado, a autora apresenta as seguintes atividades a serem
desenvolvidas: a) observação sistemática orientada da paisagem, b) a
descrição de informações, c) desenvolvimento da capacidade intelectual para
selecionar, ordenar e organizar informações, d) o registro das informações de
forma criativa (croquis, maquetes, desenho, produção de textos, fotografias,
figuras, etc), e) a oportunização da busca de fontes que expliquem as formas e
funções da paisagem (do trecho selecionado), f) a problematização dos
fenômenos observados por parte do grupo/aluno, g) a identificação das 3 SCHÄFFER N. O.,GELPI A.
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transformações que ocorreram no trajeto percorrido – aproximações com a
história, h) a localização e reflexão sobre significados de monumentos, prédios
singulares – papel histórico e enquanto patrimônio da comunidade.
O “Guia de Percurso de Urbano” é uma atividade pedagógica que
possibilita tanto os aspectos cognitivos quanto afetivos da aprendizagem ao ter
como referência a observação direta da paisagem, a pesquisa e o
envolvimento e entrosamento dos alunos e professores na sua efetivação.
Esta atividade tem como princípio balizador, a definição de “elementos
integradores” que sobressaem no lugar a ser observado e pesquisado. No caso
de nossa Unidade Didática, o estudo do entorno do colégio por meio das
praças centrais é considerado o elemento integrador. Sendo assim, nas
orientações do “Guia de Percurso Urbano” destaca-se os seguintes objetivos:
a) identificar as funções urbanas presentes no trajeto, em destaque o fato que
nosso entorno é a área central de Curitiba e suas praças centenárias, b)
exercitar o manejo cartográfico do lugar (área central), os fluxos e fixos da
paisagem, seus objetos/elementos culturas e naturais, c) desenvolver a
capacidade crítica de observar, refletir e sistematizar as informações obtidas.
Ao pensar todo trabalho da aula de campo, é importante ao professor
estabelecer algumas ações que garantam a qualidade e a segurança dos
resultados. De forma geral a aula de campo tem três momentos bem definidos:
1) A PREPARAÇÃO, na qual é necessário, estabelecer qual o objetivo da
atividade (relação com conceitos e conteúdos geográficos), obter informações
necessárias sobre o lugar a ser conhecido, possíveis agendamentos em
espaço que possui horário e atividades pré-estabelecidas, portanto, uma
logística que passa por situações como: autorização dos pais, da direção da
escola, atenção a caso de alunos menores de idades, orçamento para o
deslocamento, etc.,
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2) A ATIVIDADE “IN LOCO”, na qual deve ser previsto os horários, a
postura dos alunos em lugares públicos e privados, a observação orientada,
possíveis entrevistas, autorização para fotografar e realizar anotações, e,
3) A SISTEMATIZAÇÃO das informações observadas e registradas como
forma de organizá-las por meio de relatórios, exposições fotográficas,
seminários, no qual os alunos e o professor poderão socializar com a
comunidade escolar os resultados da aula de campo realizada.
A aula de campo, muitas vezes é vista como uma atividade que exige
um grande esforço dos professores, e nem sempre é bem aceita pela direção
da escola e da equipe pedagógica e mesmo dos pais, pelo fato de expor os
alunos a situações que possam fugir de um controle vigente na escola, pelo
fato de em alguns casos ter um custo financeiro, para a escola ou para o aluno,
ou pelo fato de ocasionar a necessidade de um novo arranjo na prática escola
cotidiana. Desta forma, a saída adequada para estas situações é o debate
pedagógico e a garantia da aula de campo compor o Projeto Político e
Pedagógico da Escola. A partir do momento que esta atividade seja valorizada
de fato como uma das várias atividades pedagógicas a serem oportunizadas
pela escola, o professor de Geografia e das demais áreas do conhecimento,
passam a ter condições de pleitear a sua realização.
De um modo geral a realização da aula de campo é um dos momentos
pedagógicos no qual os alunos apresentam um grande envolvimento, reflexões
e sínteses significativas na construção do conhecimento geográfico.
A partir das informações de caráter teórico-metodológico apresentadas
até o momento, passamos a desenvolver algumas sugestões de atividades que
estão diretamente relacionadas tanto ao conceito de Lugar, objeto de pesquisa
pedagógica, desta Unidade Didática, quanto ao uso da aula de campo no
ensino deste conceito. Estas atividades não estão organizadas por níveis de
ensino, portanto, podem ser adaptadas pelo professor a partir de seus
interesses e necessidades.
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5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO CONCEITO DE LUGAR:
ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES.
ATIVIDADE Nº 1:
As atividades que você aluno irá realizar agora possuem como objetivo
discutir e aprender mais sobre um conceito importante para o ensino da
Geografia e também importante para a nossa vida. O conceito de LUGAR.
Afinal, diariamente nos deslocamos por lugares conhecidos e muitas vezes
também precisamos ir a lugares que não conhecemos tão bem. Nestes nossos
encontros falaremos mais do deslocamento por lugares vivenciados e mais
especificamente sobre o ENTORNO do Instituto de Educação do Paraná
Professor Erasmo Pilotto. Esta necessidade de deslocamento em geral é feita
automaticamente, pouco OBSERVAMOS o que compõem os lugares. O que
Milton Santos chama dos fluxos e fixos da PAISAGEM. Bem, parece ser algo
óbvio, e simples, e é... porém... o que vamos exercitar é o que chamamos de
“OLHAR GEOGRÁFICO”. Mas antes de avançar nesta discussão vamos fazer
um exercício de caráter pessoal. Para isto você precisa apenas usar da sua
memória e um pouco da sua imaginação e criatividade e dos conhecimentos
prévios a respeito do conceito de LUGAR, de AULA DE CAMPO/ESTUDO DO
MEIO e do ENTONO da nossa escola, para realizar que o segue abaixo:
1. Para você o que significa o conceito de LUGAR?
2. Como você se sente quanto precisa ir a um Lugar desconhecido?
3. Você conhece alguém que é bom em se localizar nos lugares? Como
você percebe estes conhecimentos?
4. Em qual Lugar você gosta de estar? Você o conhece bem? Como ele é?
Descreva de forma breve suas características.
5. Na escola, tanto o Instituto de Educação, quanto a(s) escola(s) que você
já estudou foi realizado uma atividade pedagógica relacionada a aula de
campo/estudo do meio? Descreva de forma breve o lugar(s) visitado(s) e
o que mais marcou nesta experiência.
Agora vamos falar do Instituto de Educação e do seu ENTORNO.
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6. Há quanto tempo você estuda nesta escola?
7. Você já conhecia esta escola antes de vir estudar aqui?
8. Quanto você veio a primeira vez sozinho para a escola foi fácil localizá-
lo?
9. Represente por meio do desenho o trajeto MINHA CASA-
ESCOLA/INSTITUTO DE EDUCACÃO (título do seu mapa), destacando
o bairro onde mora até o bairro do colégio, o que te chama a atenção
neste trajeto.
10. Por fim, descreva e represente por meio do desenho o ENTORNO do
Instituto de Educação do Paraná.
ATIVIDADE Nº 2:
O uso de plantas baixas do Centro de Curitiba:
Material: Planta do bairro onde está localizada a escola, lápis, lápis de cor, papel
vegetal.
Procedimentos: Os alunos em duplas ou individualmente, em posse da planta do
entorno da escola devem seguir o seguinte roteiro:
1. Colocar o papel vegetal sobre a planta do entorno da escola, prende- la com fita
adesiva, pelas duas pontas de cima.
2. Contornar com lápis preto as ruas e as quadras do entorno da escola.
3. Localizar e identificar a escola com lápis colorido.
4. Localizar e identificar as ruas mais próximas da escola, que formam as quadras
próximas, com lápis colorido.
5. Escrever o nome das ruas que estão próximas à escola.
6. Utilizar símbolos gráficos ou pictóricos para localizar e identificar as
construções e elementos da paisagem.
7. Elaborar um título para a planta baixa.
8. Elaborar uma legenda.4
4 Atividade reelaborada baseada em: Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretária Municipal da Educação. Caderno pedagógico – Geografia. Curitiba, 2006. (Cadernos Pedagógicos, 1) p. 34.
17
ATIVIDADE Nº 3:
Na configuração urbana das cidades, as praças são destaques tanto na
sua estrutura, nas formas, funcionalidade e como elementos que traduzem os
processos históricos, as transformações observadas na paisagem.
As atividades que são realizadas aqui devem oportunizar uma reflexão
sobre a importância das praças como espaços públicos, que por meio de suas
múltiplas funcionalidades são espaço ricos de análises geográficas.
Questões iniciais como: Quais as praças que você tem sua cidade? Em
seu bairro há praças? Como elas são? Há infra-estrutura adequada a sua
comunidade? Como o poder público faz sua manutenção? A comunidade
freqüenta? Em quais horários?
Nesta Unidade Didática, o recorte geográfico da área central da cidade
de Curitiba, por meio da organização espacial de seis praças centenárias:
Praça Rui Barbosa, Praça General Osório, Praça Zacarias, Praça Carlos
Gomes, Praça Tiradentes e Praça Eufrásio Correia. Cada uma destas praças
públicas da área central da cidade possui uma multiplicidade de funções.
Porém, todas possuem como proximidade, serem freqüentadas por um grande
número de pessoas. Em algumas, a característica principal do seu uso é ser
um ponto de parada em outras, a de ser uma via de passagem, de acesso as
diversas ruas da área central e, todas possuem como característica a oferta de
pontos de ônibus para os mais diferentes bairros da cidade, o que caracteriza a
Praça Rui Barbosa como um “terminal de ônibus a céu aberto”.
Todas as seis praças, por meio das suas localizações, apresentam a
funções turísticas (museus, igrejas, casarios antigos, monumentos históricos) e
algumas possuem no seu entorno uma série de estabelecimentos comerciais.
No livro “Praças de Curitiba: Espaços verdes na paisagem urbana” podemos
conhecer como estes lugares foram criados e recriados ao longo da história da
cidade de Curitiba.
18
De forma breve, podemos perceber que as praças são elementos fixos
da paisagem que contribuem para a resignificação do Lugar a ser observado e
pesquisado.
Tendo como referência estes questões iniciais sobre as praças vamos
estudar sobre as praças na área central de Curitiba:
1. Segundo o livro “Praça de Curitiba: Espaços verdes na paisagem
urbana”, a construção das praças de Curitiba são reflexos de um
processo histórico e das transformações da cidade. Um aspecto
interessante nestas transformações está relacionado ao fato das praças
da área central da cidade estar dentro dos modelos europeus. Nesta
Unidade Didática traremos um trecho do texto inicial do livro
anteriormente citado como uma forma de mostrar a necessidade do uso
de “textos informativos” como forma de trabalhar com os alunos da
Educação Básica textos presentes em diferentes obras.
Sendo assim, ao ler o texto abaixo organize com seu professor e
colegas as seguintes questões:
1.1. Qual a origem do Texto? Ou seja, foi organizado por um órgão público
ou é um texto jornalístico? Esta informação é relevante em qual
sentido?
1.2. Quais palavras, expressões vocês não conhecem?
1.3. Quais ideias/informações apresentadas vocês consideram interessantes
para compreender a organização espacial relacionadas às praças da
área central de Curitiba.
Campos ermos, pantanosos e desnivelados. Tal era a paisagem desoladora das áreas hoje ocupadas pelas praças de Curitiba, na segunda metade dos Oitocentos. Entremeados com o casario que gradualmente se estendia pelos limites urbanos, esse campos serviam de passagem para os transeuntes e de pasto para os animais. Ocasionalmente, abrigavam campanhias circenses e de touradas, que visitavam a cidade. Este quadro começou a se modificar no fianl do século XIX e início do XX (...) as mudanças estruturais que começavam a ser implantadas em Curitiba,(eram) semelhantes às que ocorriam nas principais capitais brasileiras. Pretendia-se atribuir à urbe uma aparência de
19
progresso e civilidade, segundo o modelo francês de urbanização, o qual priorizava espaços amplos, arejados e arborizados. Contribuíram para pôr em prática esse projeto o crescimento da economia paranaense, com a exportação de erva-mate, fortalecendo os cofres públicos, e as inovações nas técnicas de construção civil trazidas pelos imigrantes alemães. (...) Sanear e embelezar tornou-se o mote das gestões públicas. Umas das mais eficazes foi a do engenheiro Cândido de Abreu, de 1913 a 1916. (...) Esta publicação, que priviligia algumas das pricipais praças de Curitiba, pretende abordar a evolução urbana as distintas formas de ocupação que marcaram esse espaço ao longo do tempo.(“Praça de Curitiba: Espaços verdes na paisagem urbana”)
2. O uso de fotografias para o ensino de Geografia é fundamental pois
possibilita ao professor e ao aluno, vivenciar por meio de imagens as
diferentes paisagens geográficas. Vocês terão logo abaixo uma série de
fotografias cedidas pela Casa da Memória (Fundação Cultural de
Curitiba) que serão usadas com fins didáticos.
O objetivo desta atividade refere-se a atividade de leitura de imagens, é
importante ao observar e analisar as fotografias relacionar as conclusões
à temática desta Unidade Didática. Portanto, nas atividades que seguem
estão presentes fotografias históricas das praças da área central de
Curitiba e uma foto recente, as quais possibilitam ao aluno conhecer um
recorte da paisagem em determinados momentos da história de Curitiba.
2.1 As duas fotografias (figura 2 e figura 3) seguintes foram retiradas do
mesmo ponto (Edifício Garcez, localizado na esquina da Rua XV e da
Rua Voluntários da Pátria), sendo assim, ao fazer a sua leitura, pontue
os elementos culturais e naturais presentes na paisagem representada e
assim, descreva as mudanças ocorridas não só no desenho urbanístico
da Praça General Osório quanto no seu entorno.
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Figura 2 - Foto cedida para fins didáticos por: Casa da Memória (Fundação Cultura de Curitiba).5
5 Informações Técnicas: (Nr. do Cadastro:FO, 5267/SN, 5261/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:Sim/Tema Principal da Imagem:Praca General Osório/Descricao da Imagem:Praca General Osorio, vista do alto do edificio Garcez, aparece a Rua Voluntarios da Patria, + ou - na dec. de 1920/Reproduzido por:CAMPOS, Marcos/Data da Reproducao:/1993/Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atribuicao Data da Imagem:Dec. de 1920/Colecao/Fundo:Fundo Casa da Memória/Forma de Aquisicao:Empréstimo/Material de Suporte:FOTO/Cromia:P/B/Codigo da/Rua:C994 / C011K/Data Entrada no Acervo:20/12/1994/Tesauros -1:PRACA OSORIO; CURITIBA - VISTA; CURITIBA - DEC. 1920/Arquivo Digital:v:\fotos \sn5261.jpg/ FOTO PUBLICADA EM:/Autor (da publicacao_1):Aparecida Vaz da Silva Bahls/Titulo (da publicacao_1):Praças de Curitiba, Espaços verdes na paisagem urbana/Titulo do Periodico_1:Boletim Casa Romario Martins /Local/Editor (da publicacao_1):Curitiba / FCC/Serie/Colecao (da publicacao_1):Memoria Urbanaq/Data (da publicacao_1):Setembro 2006/Volume (da publicacao_1):30/Numero (da publicacao_1):131/Pagina (da publicacao_1):34 Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS.
21
Figura 3 - Fotografia da Praça General Osório, retirada do edifício Garcez em 12/08/2011.
Fotografia de Neusa Maria Tauscheck.
2.2 As próximas fotografias representam diferentes momentos históricos das
praças da área central de Curitiba. Nestas fotografias as diversas
perspectivas possibilitam olharmos e conhecermos estas paisagens e
suas transformações. Ao ler as fotografias destaque o que caracteriza
cada uma destas praças, o momento histórico em que foram
fotografadas, como está caracterizado o entorno das praças. Procure
perceber alguns elementos integradores da paisagem que são comuns
em várias praças.
Após esta análise detalhada, debata com seu professor e colegas de
sala de aula, o que mais chamou a atenção, quais destas praças você conhece
(caso você more em Curitiba), e quais as principais mudanças urbanísticas
ocorreram.
Realize pesquisas na internet (site oficiais como o do IPPUC), em
produções escritas como livros e periódicos que tratem da temática em questão
e assim produza um texto que trate de sintetizar as informações obtidas. Ilustre
seu texto, com desenhos e fotos sobre a(s) praça(s) escolhida(s).
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Fotos selecionadas para ilustrar como as praças e seu entorno estavam
organizadas em determinada época e sensibilizar os alunos para observar,
fotografias atuais ou conhecer “in loco” as mudanças ocorridas nas praças da
área central de Curitiba:
A) PRAÇA GENERAL OSÓRIO:
Foto 1: Fonte: Casa da Memória de Curitiba6
6 Nr. do Cadastro:NG, 179/Acervo:Negativo p/b, 35 mm/Acesso ao Publico:sim/Tema Principal da Imagem: Praças/Descricao da Imagem:Praca General Osorio em 1914/Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atrib./Local da Imagem:Praca General Osório/Atribuicao Data da Imagem:1914/Colecao/Fundo:Fundo Casa da/MemóriaqForma de Aquisicao:Doação/Procedencia do Original:Doada pelo Sr. Augusto Conte/Nr. de Termo/Data:28171977/Material de Suporte:FOTO/Cromia:P/B/Negativos/Reprod.no Acervo:Negativo nº 834 [registro anterior]/Data Entrada no Acervo:16/05/1995/Tesauros-1:PRACA OSORIO; CURITIBA - DEC. 1910/Arquivo Digital:v:\fotos \ng179/FOTO PUBLICADA EM:/Autor (da publicacao_1):Aparecida Vaz da Silva Bahls/Titulo (da publicacao_1):Praças de Curitiba, Espaços verdes na paisagem urbana/Titulo do Periodico_1:Boletim Casa Romario Martins/Local/Editor (da publicacao_1):Curitiba / FCC/Serie/Colecao (da publicacao_1):Memoria Urbana/Data (da publicacao_1):Setembro 2006/Volume (da publicacao_1):30/Numero (da publicacao_1):131/Pagina (da publicacao_1):32/Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
23
Foto 2: Fonte: Casa da Memória de Curitiba - vista aérea da Praça Gen. Osório7
7 Nr. do Cadastro:FO, 4420/SN, 4413/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:sim/Tema Principal da/Imagem:Praca General Osório/Descricao da Imagem:Vista Aerea da Praca General Osorio, aparecendo o relógio/Fotografo:GROFF, Joao Baptista/Reproduzido por:FERNANDO AUGUSTO/Data da Reproducao:07/1994/Local/da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atrib. Local da Imagem:Praca General Osório/Atribuicao Data da Imagem:Final da decada 1920/Colecao/Fundo:Coleção Coimbra Bueno/Forma de Aquisicao:Cessão/Procedencia do Original:Fundacao Coimbra Bueno/Material de Suporte:FOTO/Formato:09 x 14 cm/Cromia:P/B/Tipo de Camera:Mamya/Tipo de Filme:120 mm/Conservac ao:Regular/Codigo da Rua:C994/Negativos/Reprod.no Acervo:FO 35 [SN 5341], FO 1405 [SN 1156]/Ind.Bib.Orig.Fotog./Arte:Originais pertencentes a Fundacao Coimbra Bueno - Rio de Janeiro/Data Entrada no Acervo:04/08/1994/Tesauros -1:CURITIBA -VISTA; PRACA OSORIO; ARQUITETURA URBANA/Arquivo Digital:v:\fotos \sn4413.jpg/ FOTO PUBLICADA EM: Autor (da publicacao_1):Aparecida Vaz da Silva Bahls/Titulo (da publicacao_1):Praças de Curitiba, Espaços verdes na paisagem urbana/Titulo do Periodico_1:Boletim Casa Romario Martins/Local/Editor (da publicacao_1):Curitiba /FCC Serie/Colecao (da publicacao_1):Memoria Urbana/Data (da publicacao_1):Setembro 2006/Volume (da/publicacao_1):30/Numero (da publicacao_1):131/Pagina (da publicacao_1):37/Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
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B) PRAÇA RUI BARBOSA:
Foto 3: Fonte: Casa da Memória - Praça Rui Barbosa8
8 Nr. do Cadastro:FO, 4635SN, 4629/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:NÃO/Tema Principal da Imagem:Praca Rui Barbosa/Descricao da Imagem:Praca Rui Barbosa, a esquerda o prédio do antigo quartel, a direita vemos o Hospital de Caridade e parte da Igreja Bom Jesus em abril de 1955/Fotografo:WISCHRAL, Arthur/Reproduzido por:CAMPOS, Marcos/Data da Reproducao:07/1993Local da Imagem/Município:Curitiba, PRAtribuicao Data da Imagem:abril de 1955/Colecao/Fundo:Coleção Ney Braga/Forma de Aquisicao:Cessao/Procedencia do Original:Acervo Ney Aminthas de Barros Braga/Material de Suporte:FOTO/Cromia:P/B/Tipo de Camera:Mamya/Tipo de Filme:120 mm/Anotacoes Anverso Imagem:B.I.[Praca Rui Barbosa, abril de 1955]/Codigo da Rua:C995/Historico de Exposicoes:" Pracas de Curitiba" 29/03/2005 a 26/06/2005/Legenda:Inicio das obras de paisagismo na praça, em abril de 1955. Coleçao: Ney Braga / Acervo: Casa da Memoria/Data Entrada no Acervo:15/09/1994/Tesauros -1:PRACA RUI BARBOSA; ONIBUS - PONTO; CURITIBA - VISTA; CURITIBA - DEC. 1950/Arquivo Digital:v:\fotos \sn4629.jpg/Autor (da publicacao_1):BENATTI, Antonio Paulo SUTIL, Marcelo Saldanha/Titulo (da publicacao_1):RUI BARBOSA, A praca na trilha do tempo/Titulo do Periodico_1:Boletim Informativo da Casa Romario Martins/Local/Editor (da publicacao_1):Curitiba. F.C.C./Data (da publicacao_1):Dez, 1996/Volume (da publicacao_1):23/Numero (da publicacao_1):119/Pagina (da publicacao_1):65/Autor (da publicacao_2):Gazeta do Povo/Titulo (da publicacao_2):Curitiba 309 Anos/Local/Editor (da publicacao_2):Curitiba, Gazeta do Povo/Data (da publicacao_2):2002/Pagina (da publicacao_2):10
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C) PRAÇA ZACARIAS:
Foto 4: Fonte: Casa da Memória - Praça Zacarias9
9 Nr. do Cadastro:FO, 1098/SN, 876/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:Sim Tema Principal da Imagem:Praca Zacarias/Descricao da Imagem:Praca Zacarias esq. com Doutor Muricy/Fotografo:WISCHRAL, Arthur/Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Data da Imagem:ro/mb/Deze/Forma de Aquisicao:Cessão/Material de Suporte:FOTO/Cromia:P/B/Anotacoes Anverso Imagem:Legenda no C.I.C.: "Praca Zacarias/Dezembro de 1936"/Codigo da Rua:C996/Data Entrada no Acervo:01/11/1996/Tesauros -1:PRACA ZACARIAS; CURITIBA - DEC. 1930; BONDE ELETRICO; AUTOMOVEIS; MUSEU DE ARTE COMTEMPORANEA/Arquivo Digital:v:\fotos\sn876.jpg//Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
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D) PRAÇA CARLOS GOMES:
Foto 5: Fonte: Casa da Memória - Praça Carlos Gomes10
10 Nr. do Cadastro:FO, 4430/SN, 4423/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:sim/Tema Principal da Imagem:Praça/Descricao da Imagem:Vista Parcial, em destaque a Praca Carlos Gomes, aparecem as ruas Pedro Ivo a direita a rua Jose Loureiro a esquina aparecem a Avenida Marechal Floriano e Monsenhor Celso. [data aproximada 1930]/Reproduzido por:FERNANDO AUGUSTO/Data da Reproducao:07/1994/Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atrib. Local da Imagem:Praca Carlos Gomes/Colecao/Fundo:Coleção Coimbra Bueno/Forma de Aquisicao:Cessão/Procedencia do Original:Fundacao Coimbra Bueno/Material de Suporte:FOTO/Formato:09 x 14 cm/Cromia:P/B/Tipo de Camera:Mamya/Tipo de Filme:120 mm/Conservacao:Regular/Codigo da Rua:PC07/Ind.Bib.Orig.Fotog./Arte:Originais pertencentes a fundacao Coimbra/Bueno - Rio de Janeiro/Data Entrada no Acervo:04/08/1994/Tesauros -1:CURITIBA - VISTA; PRACA CARLOS GOMES; ARQUITETURA URBANA; RUA PEDRO IVO; RUA JOSE LOUREIRO; RUA MONSENHOR CELSO;/AVENIDA MARECHAL FLORIANO PEIXOTO/Arquivo Digital:v:\fotos \sn4423.jpg/Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
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E) PRAÇA TIRADENTES:
Foto 6 : Fonte Casa da Memória Praça Tiradentes11
11 Nr. do Cadastro:FO5135/SN, 5129/Acervo:Negativo p/b, 120 mm/Acesso ao Publico:Sim/Tema Principal da Imagem:Praca Tiradentes/Descricao da Imagem:Praca Tiradentes, aparecem os bondes , ao fundo o Palacio Avenida, o Braz Hotel, a esquerda a Igreja Bom Jesus/Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atribuicao Data da Imagem:1942 Colecao/Fundo:Fundo Casa da Memória/Forma de Aquisicao:Cessão/Material de Suporte:FOTO Cromia:P/B/Anotacoes Anverso Imagem:B.S.[Praca Tiradentes]/Codigo da Rua:C999/Ind.Bib.Orig.Fotog./Arte:Registro anterior NG 384/Historico de Exposicoes:" Pracas de Curitiba" 29/03/2005 a 26/06/2005/Legenda:Vista da praça no inicio dos anos 40. Acervo: Casa da Memoria./Data Entrada no Acervo:18/11/1994/Tesauros-1:BONDE ELETRICO; PRACA TIRADENTES; CURITIBA - DEC. 1940; BONDE - PONTO; ILUMINACAO - PRACA; ARQUITETURA URBANA/FOTO PUBLICADA EM:/Autor (da publicacao_1):BERBERI, Elizabete / SUTIL, Marcelo Saldanha Titulo (da publicacao_1):Tiradentes, A Praca Verde da Igreja/Titulo do Periodico_1:Boletim Informativo da Casa/Romario Martins/Data (da publicacao_1):Jul. 1997/Volume (da publicacao_1):24/Numero (da publicacao_1):120/Pagina (da publicacao_1):35/Autor (da publicacao_2):CIFFONI, Ana Lucia / SUTIL, Marcelo Saldanha / BARACHO, Maria Luiza Goncalves./Titulo (da publicacao_2):Centro Historico: Espacos do passado e do presente./Titulo do Periodico_2:Boletim Casa Romario Martins./Local/Editor (da publicacao_2):Curitiba: FCC Data (da publicacao_2):marco/2006/Volume (da publicacao_2):30/Numero (da publicacao_2):130/Pagina (da/publicacao_2):111/Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
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F) PRAÇA EUFRÁSIO CORREIA:
Foto 7 : Fonte: Casa da Memória – Praça Eufrásio Correia12
12 Nr. do Cadastro:CR, 453/Acervo:Negativo colorido/Acesso ao Publico:Sim/Tema Principal da Imagem:Vista Aerea Descricao da Imagem:Vista aerea. Veem-se a antiga Estacao Ferroviaria, a praca Eufrasio Correia, as Avenidas Sete de Setembro, Silva Jardim e Iguacu, as ruas Lourenco Pinto e Barao do Rio Branco, o Hotel Tassi e a Camara Municipal./Local da Imagem/Município:Curitiba, PR/Atribuicao Data da Imagem:1993/Colecao/Fundo:Coleção Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba/Forma de Aquisicao:Doação/Quantidade:3/Material de Suporte:Negativos/Cromia:Cor/Tipo de Filme:135 mm Fuji/Data Entrada no Acervo:18/02/1998/Tesauros -1:CURITIBA - VISTA AEREA; CURITIBA - DEC. 1990/Arquivo Digital:v:\fotos\cr453/Fundação Cultural de Curitiba/DPC/Base FOTOS - Tema principal: Curitiba/Contém dados das bases MASAC, FCC e FOTOS
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ATIVIDADE Nº 4:
O jornal como forma de saber das informações sobre nossa cidade.
A partir da leitura da reportagem do Jornal Gazeta do Povo de
03/03/2011, debata com seu professor e colegas sobre:
1. Em quais lugares acontece a notícia?
2. Qual a ideia central da notícia?
3. Qual a relação entre a notícia e o nosso estudo sobre o conceito de
lugar em específico sobre a funcionalidade das praças nas grandes
cidades e do entorno? Que lugares são estes afinal? Qual o papel da
população e do estado na sua organização?
REPORTAGEM: “POLUIÇÃO SONORA”
JUSTIÇA DETERMINA FECHAMENTO DE BAR E TEMPLO EM CURITIBA
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou, em fevereiro, o fechamento do Wood’s Bar, no bairro Bacacheri, e da Igreja Mundial do Poder de Deus – Templo dos Milagres, na Praça Osório, ambos em Curitiba. As duas ações foram propostas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e têm relação com o barulho produzido nos locais, que atrapalhariam os vizinhos.
De acordo com o promotor de Justiça responsável pelas ações Sérgio Luiz Cordoni, o MP-PR ingressou com uma ação contra a casa noturna em 2006, com base em inúmeras reclamações de moradores da região em relação ao barulho produzido pela casa e pelos frequentadores que ficam no entorno do bar. Em primeira instância, o fechamento da casa já havia sido determinado, mas a casa recorreu e conseguiu uma liminar para garantir o funcionamento da casa. Por unanimidade, os desembargadores da 4ª Câmara Cível julgaram o recurso improcedente e determinaram o fechamento da casa. “A região é uma zona residencial e tinha um problema sério de perturbação de sossego”, diz Cordoni.
No caso da igreja, a ação foi proposta pelo MP-PR em dezembro de 2010, também com base em denúncias de poluição sonora. Segundo Cordoni, a igreja não possuía alvará de funcionamento, licença ambiental e certificado do Corpo de Bombeiros. “Nesse caso, ainda havia risco à integridade física de qualquer pessoa”, ressalta.
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Segundo o promotor, o MP-PR aguarda os representantes dos estabelecimentos serem intimados para os locais serem fechados. Não há previsão de quando isso vai ocorrer, já que depende dos trâmites do judiciário.
Outro lado
Em nota, o Wood's Bar Curitiba afirmou que a casa não foi notificada oficialmente da ação que trata do fechamento do local. A casa reitera que tem todas as documentações exigidas pelos órgãos oficiais. "Todos os laudos foram feitos e regularizados, incluindo os referentes à acústica da casa emitidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – único órgão capaz de auferir ruídos e fiscalizar eventuais problemas de poluição sonora", diz a nota.
Como o fechamento não é imediato, o Wood's Bar informa que abrirá normalmente na sexta-feira (4) e que a programação retorna no próximo dia 11 de março. No período de Carnaval a casa estará fechada.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato a Igreja Mundial do Poder de Deus e aguarda retorno.”
(http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1102576&tit=Justica-determina-fechamento-de-bar-e-templo-em-Curitiba - reportagem: 03/03/2011 – acessada em 15/08/2011)
ATIVIDADE Nº 5:
Aula de campo.
Material: Pranchetas, planta da área a ser estudada (sem nenhuma
informação, sem nomes de ruas ou estabelecimentos), fotografia aérea
(Google earth) máquina fotográfica, lápis, folhas sulfite.
Observação do entorno, levando em consideração aspectos como:
1. Reconhecer os aspectos mais relevantes que existem no entorno da
escola. Os aspectos sociais, econômicos, ambientais e políticos devem
estar relacionados aos pontos que serão observados;
2. Problematizar questões relacionadas à ocupação do espaço;
3. Registrar através de fotografias e desenhos com as respectivas
legendas.
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4. Uso da planta, que cada grupo vai receber, onde devem registrar: os
nomes das ruas que fazem parte do trajeto, principais estabelecimentos
comerciais, públicos e o que mais os alunos acharem conveniente.
ATIVIDADE Nº 6:
Elaboração de uma Carta Enigmática.
Material: papel sulfite, lápis, lápis de cor, canetinhas, régua.
Procedimentos: os alunos em duplas devem escrever uma Carta,
contando sobre o “entorno” observado durante a atividade de campo. Porém
deve ser uma Carta Enigmática, onde as palavras devem ser representadas
por pictogramas/símbolos.
ATIVIDADE Nº 7:
Apresentação de fotografias realizadas e escolhidas pelos alunos e
professor.
Destacar para os demais colegas as fotografias que cada aluno
escolheu como forma de representar suas percepções. Apresentar quais
elementos representados, quais descobertas foram realizadas e escolher as
mais representativas para elaboração de um título, de uma legenda que dê
significado a imagem.
ATIVIDADE Nº 8:
Seminário de Sistematização do Conhecimento .
Depois da elaboração das representações cartográficas, realizar uma
discussão sobre a forma de ocupação e organização do entorno da escola. Por
meio de aspectos como: atividades econômicas identificadas, tipos de
edificações, a circulação de mercadorias (vias de acesso, transportes), as
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transformações do espaço natural e possíveis conseqüências ambientais
(diferentes tipos de poluição).
ATIVIDADE Nº 9:
Registro dos resultados.
Através da exposição das fotografias, dos desenhos elaborados pelos
estudantes, produção de texto coletiva e/ou debate discutindo a relevância da
atividade desenvolvida.
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6. FORMAS DE SISTEMATIZAR O CONHECIMENTO
Por fim, ao observar, ler, analisar e pesquisar sobre estas 20 fotos
históricas da área central da cidade de Curitiba é importante você junto com
seu professor e colegas, criar situações de debate e de exposição das
descobertas sobre:
a) história urbana da cidade de Curitiba;
b) a função, a forma, a estrutura e o processo (modificações) ocorridas nas
seis praças estudadas;
c) Como podemos pensar nas melhorias destas praças;
d) Em seu bairro há praças? Qual a história delas? Como elas estão
organizadas?
e) Se em seu bairro não há praças ou espaços públicos de lazer de
encontro, como é possível construir uma? Qual nosso papel como
moradores deste bairro? Como o poder público, as associações de
bairro podem contribuir em um projeto urbanístico em nosso bairro?
Estudar a CIDADE é acima de tudo pensar o, Lugar, a Paisagem e o
Espaço Geográfico como algo em processo, em uma contínua reorganização.
As praças são, portanto, um recorte geográfico que pode trazer conhecimentos
e ações interessantes sobre a relação entre o espaço vivido e as influências
das várias esferas de poder e ação.
Pelo visto.....estudar o conceito de Lugar pode nos remeter a novas
descobertas e novos conhecimentos sobre a nossa cidade......
Boas descobertas geográficas para vocês.....
34
REFERÊNCIAS
Boletim Casa Romário Martins. Praça de Curitiba: espaços verdes na paisagem urbana. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, v.30, n.131, 2006. 200p. : Il. (Memória urbana) CALLAI, C. H. O estudo do município ou a geografia nas séries iniciais (in) CASTROGIVANNI, A. C. (Org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1999. CHAVELLARD, Y. La transposición didácica: Del saber sábio AL saber ensenado. 1 ed. Argentina: [s.n], 1991. FANTIN, M. E. NEVES, D. N. TAUSCHECK, N. M. Metodologia do ensino de geografia. 2.ed. ver., atual. e ampl. – Curitiba : Ibepex, 2010. FANTIN, M. E., TAUSCHECK, N. M.. Metodologia do ensino de geografia. In.: Paraná espaço e memória: diversos olhares histórico-geográfico / autores Scorteggna... [et al] ; organizadores Cláudio Joaquim Rezende, Rita Inicêncio Triches. – Curitiba : Editora Bagozzi, 2005. 408p. : Il; 23cm. HASSLER, M. L. Contribuição Geográfica para o estudo do lugar. Mercator - Revista de Geografia da UFC, Ceará, ano 08, número 16, p.157 – p.165, 2009. SANTOS, M. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. 3 ed. São Paulo : Hucitec, 1999. SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia: 2008. TUAN, YI-FU. Espaço e Lugar. São Paulo: Difel, 1983. SCHÄFFER N. O.,GELPI A. . Guia de percurso urbano. (IN) Geografia em sala de aula. Reflexões práticas. Porto alegre : UFRGS/AGB, 1999. SME, Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba – Geografia: 2006. VIEIRA, N. R. O desencontro teórico-metodológico entre geografia escolar e a geografia acadêmica: o conceito de lugar em questão. Revista Geografia e Pesquisa, UNESP, Ourinhos, vol.2, nº 2,jul./dez, 2008.