Schumpeter Concorrência não é o contrário de monopólio. – Concorrência como processo ativo:...
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Schumpeter
• Concorrência não é o contrário de monopólio.– Concorrência como processo ativo: empresas
buscam lucros de monopólio temporários através de inovações em processos, produtos, organização, mercados.
– Concorrência como processo passivo: difusão da inovação elimina lucros extraordinários.
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Penrose• Diversificação: caminho privilegiado de crescimento
das empresas• Formas e Vantagens da Diversificação
– Ingresso em outros mercados: reduz a vulnerabilidade da demanda
– Inovação: gera lucros de monopólio• Custos de adaptação e inovação:
– Investimentos em P&D– Investimentos na promoção de vendas– Investimentos na criação de base tecnológica: máquinas,
processos, conhecimentos, matérias primas.
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Penrose
• Inovação: Recombinação dos Recursos
– Revela potencialidades inexploradas na empresa
que geram vantagens competitivas
– Permite a empresa aproveitar, sucessivamente, as
áreas mais próximas de sua especialização.
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Nelson e Winter
• Enfoque evolucionário da análise
microeconômica
– Empresas: estratégias de inovação produzem
mutações.
– Mercado é considerado como o ambiente que
seleciona as mutações.
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Competitividade• Padrão de concorrência de cada mercado
– Forma de competição dominante em cada atividade: custo, diferenciação de produtos, capacidade de resposta, capacidade tecnológica e inovação.
– Orienta estratégias de investimento em capacitação.
• Empresa competitiva: possui estratégia coerente com os padrões de concorrência.
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Competitividade• Fatores determinantes da competitividade
– Estruturais: Pré-condições para a operação das Empresas
• Mercado• Configuração da indústria
– Empresariais: Capacitações diferenciadas das Empresas definidas por suas estratégias
• Gestão• Produção• Vendas• Inovação
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Economia Brasileira desde 1990
• Reformas institucionais a partir de 1990.
– Fim das restrições ao investimento estrangeiro.
– Diminuição das barreiras tarifárias e não-tarifarias
às importações.
– Privatização das industrias e serviços públicos.
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Economia Brasileira desde 1990
• Política Macroeconômica– 1990-93: crise economia, alta inflação, cambio
desvalorizado– 1994-98: Controle da Inflação, Cambio Valorizado.
• 1994-95: Forte crescimento econômico• 1996-98: Baixo crescimento econômico.
– 1999-2008: Cambio Flutuante. • 1999 e 2002: baixo crescimento econômico.• 2002-2008: retomada do crescimento econômico.
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Produtos Básicos
• Padrão de concorrência: vantagens de custo
• Fatores Estruturais da competitividade
– Mercado: Oligopólio Homogêneo
– Configuração Industrial:
• Economias escala (internacionalização)
• Acesso preferencial a insumos
• Logística coordenada através de TI.
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Produtos Básicos
• Fatores Empresariais da competitividade– Gestão: capacidade de prever o comportamento
do mercado– Produção: coordenação do fluxo contínuo através
de TI– Vendas: acesso as redes de distribuição e clientes
preferenciais.– Inovação: aquisição de tecnologia
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Produtos Básicos no Brasil• Setores Siderúrgico, Papel e Celulose, Cítricos:
Aumento da escala através de F&A resultou em redução do custo unitário.– Siderurgia: privatização e investimentos em modernização
da capacidade.
• Mercado externo: produtos de baixo valor agregado.
• Mercado Interno: Avanço para produtos de maior valor agregado.
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Produtos Básicos no Brasil• Êxito na Reestruturação: aumento da escala e
modernização reforçam competitividade baseada no baixo custo dos insumos e da mão-de-obra.
• Desafio da inovação: utilizar capacitação adquirida no mercado interno para aumentar valor agregado das exportações.
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Bens Duráveis• Padrão de Concorrência: Diferenciação de
Produtos • Fatores Estruturais da Competitividade
– Mercado: Oligopólio Diferenciado.– Configuração da indústria
• Economias de escala em diferenciação (internacionalização).
• Desverticalização e articulação com fornecedores de componentes.
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Bens Duráveis• Fatores Empresariais da competitividade
– Gestão: previsão do comportamento do mercado, coordenação dos departamentos através de TI.
– Produção: automação flexível baseada na microeletrônica.
– Vendas: marca, comercialização.– Inovação: desenho de produtos com novos
atributos.
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Bens Duráveis no Brasil• Automóveis
– Montadoras: investimentos em nova capacidade para atualizar linha de produtos e aumentar produtividade.
– Autopeças: empresas nacionais adquiridas por empresas estrangeiras.
– Mudança na relação entre fornecedores e montadoras: Condomínios, importação de componentes.
• Eletro-Eletrônicos de consumo: – Investimento em nova capacidade para atualizar linha de
produtos.– Empresas nacionais adquiridas por empresas estrangeiras.– Aumento da importações de componentes.
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Bens Duráveis no Brasil
• Êxito na Reestruturação
– Investimentos na modernização produtiva e renovação da
linha de produtos utilizando tecnologia e componentes
importados
• Desafio da inovação:
– Desenvolver industria nacional de fornecedores.
– Incentivar multinacionais a realizarem o esforço de P&D
no Brasil.
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Produtos Tradicionais
• Padrão de concorrência: capacidade de resposta
• Fatores Estruturais da Competitividade
– Mercado: segmentação por nível de renda.
– Configuração da Industria: escala (equipamentos e
insumos, diversificação, exportação) ou
aglomeração.
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Produtos Tradicionais
• Fatores Empresariais da Competitividade– Gestão: Capacidade de criar novos segmentos e
responder a demanda destes segmentos.– Produção: controle de qualidade, flexibilidade.– Vendas: formas de comercialização.– Inovação: design, renovação da linha de produtos.
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Produtos Tradicionais no Brasil
• Têxtil e calçados:– Investimento em automação flexível, novas técnicas de
organização e ampliação da linha de produtos
– Surgimento de aglomerações e translado para o Nordeste
• Calçados: competitividade internacional baseada no custo da mão de obra.
• Têxtil: se dirige ao mercado interno
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Produtos Tradicionais no Brasil
• Êxito na Reestruturação: Automação flexível e
ampliação da linha de produtos aumentam
capacidade de criar segmentos e responder a sua
demanda
• Desafio da inovação: utilizar flexibilidade para inovar
em desenho, criando novos segmentos e
aumentando o valor agregado das exportações.
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Setores Difusores de Progresso Técnico
• Padrão de concorrência: inovação.
• Fatores Estruturais da competitividade
– Mercado: segmentação conforme necessidades
especificas.
– Industria: interação com usuários, importância
dos sistemas de C&T e das aliança entre empresas
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Setores Difusores de Progresso Técnico
• Fatores Empresariais da Competitividade– Gestão: integração entre P&D, produção e
comercialização– Produção: desenho de equipamentos– Vendas: criação de mercados e comercialização de
empresa e empresa– Inovação: P&D, desenho de equipamentos,
soluções tecnológicas.
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Setores Difusores de Progresso Técnico no Brasil
• Informática e Equipamento para Telecomunicações:– Investimentos em capacidade produtiva– Aquisição das empresas nacionais por estrangeiras– importação de componentes
• Fabricantes de bens mecânicos:– Novas técnicas de organização– Especialização da carteira de produtos, redução da
produção local e aumento das importações– divisão de trabalho entre empresas locais (baixa
capacidade tecnológica) e estrangeiras (alta complexidade)
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Setores Difusores de Progresso Técnico no Brasil
• Reestruturação problemática: – Capacidade limitada de inovação.– Especialização em montagem em informática e
equipamentos de telecomunicações.– Regressão do setor de bens mecânicos.
• Desafio: Desenvolver Sistema Nacional de Inovações– Estimular interação entre empresas, universidades
e centros de pesquisa.
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Reestruturação Industrial no Brasil
• Reestruturação defensiva: importação de tecnologias, equipamentos, técnicas organizacionais e insumos para reduzir custos e renovar linha de produtos
• Alta instabilidade Macroeconômica limita investimento em novas instalações e em P&D.
• Desafios: – Aproveitar melhora do cenário macroeconômico para
investir em novas instalações e em inovações.– Recombinar capacitações e recursos para gerar inovações
que permitam a obtenção de lucros de monopólio temporários.
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