Saúde e Trabalho-resumo
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7/24/2019 Sade e Trabalho-resumo
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SADE E TRABALHO
RESUMO PARA A PRIMEIRA PROVA
MEDICINA 2008-2
Apresentao da disciplina........................................................... 2
Mdico do trabalho ........................................................... ............ 2
Acidentes de trabalho ................................................................ ... 4
Ergonomia .................................................................................. .. 5
Distrbios osteomusculares relacionados ao trabalho ................. 6
Estresse ocupacional ........... ........................................................ 7
Biossegurana ....................................................... ..................... 11
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APRESENTAO DA DISCIPLINA
Medicina do trabalho: conceitos, competncias, empregabilidade,riscos ocupacionais, situaes de trabalho.
O objetivo geral da Medicina do Trabalho capacitar oprofissional de sade para promover qualidade de vida.
A Universidade visa a formao de um profissional que tenha:
Habilitao para conseguir que o trabalhador melhore osnveis de sade e qualidade de vida.
Conhecer o ambiente, as condies de trabalho dotrabalhador (biolgicas, sociais e psquicas).
Atravs de conhecimentos de medicina integral(preventiva e curativa), possa atender o trabalhadorcomo um todo, integralmente.
Um profissional assim necessrio hoje pois h um aumento dademanda por profissionais de sade do trabalho, h umcrescente aumento de mo de obra no estado (indstriaautomobilstica, eletrnica, informtica, confeco, agroindstriae servios)isto , h mais trabalhadores -, sem contar que uma exigncia legal a presena ou disponibilidade, por parte daempresa, de um mdico do trabalho capacitado.
NR4 - SESMT
NR7 - PCMSOMDICO DO TRABALHO
COMPETNCIAS BSICAS
1- Estudo do Trabalho: antecipar, reconhecer, avaliar oambiente de trabalho e os fatores de risco que possamcausar dano sadepropor mtodos de preveno.
2- Ateno Integral Sade dos Trabalhadores.
3- Formular, Implementar Polticas e Gesto da Sade noTrabalho: administrao e gerenciamento de servios,atividades pessoais, recursos fsicos, materiais e decomunicao.
4- Produo e Divulgao de Conhecimentos Tcnicos eCientficos no campo das relaes de sade-trabalho -Organizar a informao sobre sade.
5- Educao Permanente: saber estudar e aprender.
EMPREGABILIDADE
O campo de trabalho, hoje, para o profissional mdico dotrabalhado muito amplo. Abrange cargos, pblicos, privados, emsindicatos, etc.:
1- Em empresas publicas e privadas, atravs de concursoou contrato diretos, como prestador de servios ouassessoria tcnica.
2- Na rede pblica e privada de servios de sade,desenvolvendo ateno integral sade dos
trabalhadores, compreendendo aes de promoo eproteo da sade, preveno da doena, diagnstico,tratamento e reabilitao.
3- Em organizaes sociais e sindicatos de trabalhadores.
4- Em organizaes do Estado, particularmente no mbitodo Trabalho, da Sade e Previdncia Social, incluindo anormatizao, auditoria, inspeo e vigilncia da sade.
5- Em instituies de Seguro, publicas ou privadas (peritoprevidencirio): avaliao de incapacidade para otrabalho e concesso de benefcios.
6- Sistema Judicirio: mdico perito tcnico.
7- Para Empresas ou trabalhadores como perito assistenteem assuntos que envolvam acidentes do trabalho ou
doenas profissionais, insalubridade ou periculosidade.8- Em Universidades e Instituies de pesquisa.
EXEMPLO
Trabalhador da construo civil h 8 anos, gnero masculino,exercendo a funo de REPARADOR DE PONTES.
Refere dores musculares em MMII, MMSS e regio lombar;Cefalia frontal; Clicas abdominais generalizadas em perodosde 3/3 dias com durao de 2-3 hs, mais a tarde; Esquecimentode fatos recentes; Sensao de cansao aos exerccios detrabalho pesado.
Ao exame fsico, estado geral bom; PA 130x180; T 36,6C;Palidez de pele e mucosas; Amigdalas hipertrofiadas ehiperemiadas; Dentes em mau estado de conservao; Pulmeslivres pr crdio BRNF; Abdome: dor a palpao; RHA: presentes,flcido.
I - Suspeita de estado gripal e esgotamento fsico pelo trabalho
pesado. Medicado com Amoxilina 500 + complexo vitamnico,
repouso por 03 dias e bastante liquido.
II - Consulta ao mdico do trabalho da empresa
Aps trabalhar por mais7 dias os sintomas seagravaram. Ento sugeriu-se consultar o servio mdicoda empresa. Aps observar o trabalhador, ouvir suasqueixas e fazer exame fsico completo, suspeitou-se deDoena Profissional.
III- Observao do ambiente de trabalho
Trabalhadores realizam varias funes em meio anuvens de poeiras, fumaa, gases e nevoas de corcinzenta em uma ponte em recuperao;
Uso de ferramentas pneumticas, para remoo devigas, tintas e material de proteo do ao para pintura emaarico de oxiacetileno para corte de vigasdeterioradas.
Existe suspeita da ponte ter sido pintada com zarco(chumbo).
Medidas a serem tomadas nesse momento:
o a) Amostras de ar nas zonas de respirao dotrabalhador ao longo do tempo de trabalho;
o b) Hemograma/Plumbemia/Creatinina;
IV - Emisso de CAT
Percia Previdenciria.
V - Medidas de prevenoa) Engenhariaferramentas equipadas com aspiradores e
mascaras com respiradores;
b) Aps o trmino da jornada de trabalho, tomar banho ecolocar roupas limpas;
c) Pias para limpezas das mos antes das refeies;
VIExames peridicos de todos os trabalhadores em risco;
VIITratamento;
VIIIPerito judicialassistente do sindicato e da empresa;
IXMinistrio Pblico do TrabalhoDRT; Servio de Medicina eSegurana do TrabalhoPrefeitura, SEMAST.
Atente que as frases sublinhadas so algumas das
atitudes/funes a serem exercidas pelo mdico do trabalho.
Realizar exames mdicos ocupacionais (avaliao clinica,anamnese ocupacional, exame fsico e mental).
Conhecer princpios de patologia ocupacional (etiologia,fisiopatologia, diagnostico, preveno e tratamento).
Conhecer ambiente, condies de trabalho, riscosocupacionais (monitorizao ambiental)
Providenciar exames complementares e analisarresultados.
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FIGURA 1 O mdico do trabalho deve, atravs de seusconhecimentos, habilidades e atitudes, manter umequilibrio entre a sade/qualidade de vida dostrabalhadores e a produtividade da empresa, isto , omdico do trabalho tem o papel de agregar valores sociaise valores econmicos.
Atualmente, as empresas mantm mdicos do trabalho em seu
quadro de funcionrios por diversos motivos:1- Empregadores filantropistas;
2- Reduo do absentismo por doena;
3- Limitao da perda de tempo e dinheiro;
4- Presso do governo;
5- Presso sindical (dissdio coletivo);
6- Preveno de processos legais;
7- Colaborao do trabalhador X gestoresprioridade nasade e segurana;
8- Manuteno e criao de novos paradigmas em higienedo trabalho e ergonomia;
9- Primeiros atendimentos a pequenas leses, danos
causados pelo trabalho;10- Exames peridicos (Screening). Doenas crnicas (evitar
riscos ou corrig-los precocemente)
11- Profissionais treinados e reciclagem constante;
RISCOS OCUPACIONAIS
Probabilidade de ocorrncia de danos sade do trabalhadordependente de um fator de risco / agentes ambientais eocupacionais.
Esto, obviamente, relacionados ao trabalhador e ao ambiente detrabalho.
FSICOS: rudo, vibrao, radiao ionizante e noionizante, calor e frio (temperaturas extremas), presses
anormais; QUMICOS: poeiras, gases, vapores, lquidos, fibras;
BIOLGICOS: insetos, fungos, bactrias, vrus, etc;
ERGONOMICOS: repetitividade, m postura, fora fsicaem excesso.
DETERMINANTES DA SADE DO TRABALHADOR
A sade do trabalhador depende de fatores sociais - habitao,saneamento bsico, transporte, acesso aos servios de sade,alimentao, escolaridade -; econmicos; tecnolgicos;ambientais; e seguridade social.
Alguns fatores de risco so:
A precarizao do trabalhoperda dos direitos sociais e
trabalhistas. Legalizao dos trabalhos temporrios einformalizao do trabalho.
A terceirizaointensificao do trabalho e aumento dajornada de trabalho;
O aumento da exposio a riscos a sade, diminuiosalarial, descumprimento aos regulamentos de proteo
a sade, segurana. Aumento da estafa (cansao) fsicae mental, estresse, ansiedade e depresso.
O nexo tcnico ou causalestabelecer relao da causaou de nexo entre dano ou doena, individual ou coletivo,potencial ou instalado uma condio de trabalho.Condio bsica para implementao das aes desade do trabalhador.
RES. 1488 DO CFM DIRETRIZES PARAMDICOS QUE ATENDAM TRABALHADORES
Realizar exames ocupacionais de avaliao da sade do
trabalhador (histria mdica e exame fsico completo); Providenciar atendimento mdico de emergncia (ATLS);
Diagnosticar e tratar doenas relacionadas ao trabalho eacidente do trabalho;
Identificar fatores de risco;
Indicar EPI;
Implementar medidas educativas (palestras, folders,cartazes, intranet, etc);
Participar das Inspees e avaliaes das condies detrabalho;
Conhecer medidas preventivas da ordem coletiva eindividual;
Avaliar o potencial txico de substncias qumicas; Saber interpretar as normas e regulamentos legais e
cumpri-las;
Gerenciar as informaes epidemiolgicas em relao amortalidade, morbidade, incapacidade para o trabalhocom vistas a planejar, implementar e avaliar osprogramas de sade;
Planejar e realizar atividades em promoo de sade,priorizando os fatores de risco relacionados ao trabalho;
TRABALHADOR = Todas as pessoas que desempenham atividades para
o sustento prprio ou de seus dependentes, qualquer que seja a sua
insero no mercado de trabalho.TRABALHO= Garantia de sobrevivncia e fonte de prazer. O trabalho
fornece coisas essenciais p/ vida: contato social, amizades, desafios,
reconhecimento, exerccio intelectual/fsico.
TRABALHO IDEAL= Local onde predomina a confiana / cooperao /
solidariedade.
CLASSIFICAO DAS DOENAS SEGUNDO SUARELAO COM O TRABALHO (SCHILLING)
Categoria I - Trabalho comocausa necessria
Intoxicao porchumbo
Silicose
Doenasprofissionaislegalmente prescritas
Categoria II - Trabalho comofator de risco contributivoou adicional, mas nonecessrio
Doena coronariana
Doena do aparelholocomotor
Cncer
Varizes dos membrosinferiores
Categoria III - Trabalhocomo provocador de umdistrbio latente ou
agravador de doena jestabelecida ou adiciona,mas no necessrio
Bronquite crnica
Dermatite de contatoalrgico
Asma
Doenas mentais
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CONCEITOS
1- SADE OCUPACIONAL
Interveno nos processos de sade gerais e ocupacionais,visando obter nveis mais elevados de segurana, sade,produtividade e qualidade de vida;
2- MEDICINA DO TRABALHO
Atividade mdica ligada avaliao, manuteno, recuperao dasade do trabalhador atravs de princpios de medicina integral.
3- HIGIENE DO TRABALHO
a cincia dedicada ao reconhecimento, avaliao e controle dos
fatores ambientais, que possam produzir danos sade, ao bemestar dos trabalhadores e pessoas da comunidade;
4- SEGURANA DO TRABALHO
Cincia baseada na preveno de acidentes de trabalho.
ACIDENTES DE TRABALHO
No mundo, ocorrem anualmente cerca de 300 milhes deacidentes de trabalho e 160 milhes de casos de doenasocupacionais.
Todos os dias morrem, em mdia, cinco a seis mil trabalhadoresdevido a acidentes ou doenas relacionadas ao trabalho: o dobro
das baixas ocasionadas pelas guerras. (OMS)
FIGURA 2 - Brasil. Coeficiente de bitos devido aacidentes de trabalho.
CONCEITOS
o que ocorre pelo exerccio do trabalho, a servio da empresaprovocando leso corporalou perturbao funcional,resultando a morte, a perda ou a reduo, permanente outemporriada capacidade para o trabalho.
Equiparam-se legalmente ao acidente do trabalho, o acidente detrajeto, a doena profissional e a doena do trabalho.
ACIDENTE DE TRAJETO
1- No percurso da residncia para o local de trabalho oudeste para aquela, qualquer que seja o meio delocomoo, inclusive veculo de propriedade dosegurado.
2- Em viagem a servio da empresa, inclusive para estudoquando financiada por esta dentro de seus planos paramelhor capacitao da mo-de-obra, independentementedo meio de locomoo utilizado, inclusive veculo depropriedade do segurado;
DOENA PROFISSIONALSo aquelas produzidas ou desencadeadas pelo exerccio dotrabalho peculiar a determinadas atividades, em funo do riscoespecifico direto (exposio a agentes fsicos, qumicos ebiolgicos que agridem o organismo humano). Como soconsideradas tpicasde determinadas ocupaes, no h
necessidade de comprovao do nexo de causalidadecom otrabalho.
Exemplos de doenas profissionais
a) As leses por esforo repetitivo (LER)
b) Perda auditiva
c) Pneumoconiose
DOENA DO TRABALHO
So aquelas produzidas, desencadeadas ou agravadas porcondies especiais de trabalho. Por resultarem de riscoespecfico indiretoe serem consideradas atpicas, exigemcomprovao do nexo de causalidadecom o trabalho.Tambm so consideradas as doenas provenientes decontaminao acidental no exerccio do trabalho e as doenasendmicas quando contradas por exposio ou contato diretodeterminado pela natureza do trabalho.
Exemplos:
a) Alergias respiratrias provenientes de locais com ar-condicionado sem manuteno satisfatria, principalmentelimpeza de filtros e dutos de circulao de ar.
b) Estresse
OUTRAS FORMAS DE ACIDENTE DE TRABALHO
1- O acidente sofrido pelo segurado no local e nohorrio do trabalho, em conseqncia de:
a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado porterceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo dedisputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiroou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razo;
e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos oudecorrentes de fora maior;
2- A doena proveniente de contaminao acidental do
empregado no exerccio de sua atividade;
SITUAES EM QUE NO SER CONSIDERADOACIDENTE DE TRABALHO
a) fora da rea da empresa, por motivos pessoais, no dointeresse do empregador ou do seu preposto;
b) em estacionamento proporcionado pela empresa para seuveculo, no estando exercendo qualquer funo do seu emprego;
c) empenhado em atividades esportivas patrocinadas pelaempresa, pelas quais no receba qualquer pagamento direta ouindiretamente;
d) embora residindo em propriedade da empresa, estejaexercendo atividades no relacionadas com o seu emprego;
e) envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto norelacionado com o seu emprego.
CAUSAS DE ACIDENTE DO TRABALHO
Os acidentes de trabalho decorrem, basicamente, de duas causasprimrias: ATOS E CONDIES INSEGURAS, acidentes dotrabalho podem ainda decorrer por atos de terrorismo praticadopor terceiros, ou ainda originar-se de causas que escapam docontrole humano, como os tufes, terremotos, inundaes, etc.
Os atos inseguros so geralmente, definidos como causas deacidentes de trabalho que residem exclusivamente no fatorhumano, isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefasde forma contrria as normas de segurana, ou seja, a violao
de um procedimento aceito como seguro, que pode levar aocorrncia de um acidente.
Exemplos:
Agir sem permisso;
Brincar em local de trabalho;
Inutilizar dispositivos de segurana;
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Dirigir perigosamente;
No usar EPI;
No cumprir as normas de segurana, etc.
Condies inseguras so aquelas que, presentes no ambiente detrabalho, comprometem a segurana do trabalhador e a prpriasegurana das instalaes e dos equipamentos.
EXEMPLOS:
Falta de dispositivos de proteo
Ordem e limpeza deficientes;
Falha de processo e ou mtodo de trabalho; Excesso de rudo;
Piso escorregadio;
Iluminao inadequada;
Arranjo fsico inadequado;
Ventilao inadequada, etc.
Outras causas:
Operacionais: falhas de componentes materiais ouequipamentos, etc.;
Ambientais: mudana climtica, etc.;
Organizacionais: treinamento, construo da instalaes,etc.;
Pessoais: erros, problemas de sade, etc.
Tabela 1 - Relao de acidentes de trabalho conforme as causas
Atos inseguros - 86%;
Condies inseguras - 12%;
Elementos da natureza/situaes especiais 2%
AGRAVOS DE NOTIFICAO COMPULSRIA -PORTARIA GM/MS N. 777 DE 28 DE ABRIL DE
2004
I - Acidente de Trabalho Fatal
II - Acidentes de Trabalho com Mutilaes
III - Acidente com Exposio a Material Biolgico
IV - Acidentes do Trabalho em Crianas e Adolescentes
V - Dermatoses Ocupacionais
VI - Intoxicaes Exgenas (por substncias qumicas, incluindoagrotxicos, gases txicos e metais pesados)
VII - Leses por Esforos Repetitivos (LER), DistrbiosOsteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT)
VIIIPneumoconioses
IX - Perda Auditiva Induzida por RudoPAIR
X - Transtornos Mentais Relacionados ao TrabalhoXI - Cncer Relacionado ao Trabalho.
SINAN - Sistema de Informao de Agravos de Notificao
LEI 8213/91 ACIDENTE DE TRABALHO
Art. 22. A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o 1 (primeiro) dia til seguinte ao daocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridadecompetente, sob pena de multa varivel entre o limite mnimo e olimite mximo do salrio-de-contribuio, sucessivamenteaumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pelaPrevidncia Social.
CAT
A comunicao de Acidente de Trabalho (CAT) um formulrioque deve ser preenchido para:
1- Que o acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS;
2- Que o trabalhador receba o auxlio-acidente, se for ocaso, bem como os benefcios que gerarem esteacidente
3- Que os servios de sade tenham informaes sobre osacidentes e doenas, e possam direcionar aes para areduo de acidentes de trabalho e doenasprofissionais ou do trabalho.
4- O conhecimento dos servios de fiscalizao que vodesencadear uma ao de investigao para queacidentes semelhantes ou nas mesmas condies nose repitam.
Visa, acima de tudo, proteger o trabalhador quanto ao direito queter que receber, os socorros e as indenizaes nos casos emque vier a sofrer leses ou outras perturbaes funcionais em
conseqncia de acidentes de trabalho.Quando deve ser preenchida a CAT:
Em todos os casos de acidentes de trabalho (mesmocom menos de 15 dias de afastamento, sem afastamentodo trabalho e nos acidentes de trajeto).
Em todos os casos de (ou suspeita de) doenaocupacional profissional ou do trabalho.
Quem deve preencher a CAT:
O departamento de recursos humanos da empresa oresponsvel pelo preenchimento da CAT.
Na falta de comunicao por parte da empresa, elapoder ser preenchida pelo prprio acidentado, seusdependentes, pela entidade sindical competente, pelomdico que o assistiuou qualquer autoridade pblica,no prevalecendo, nestes casos, os prazos previstos emlei.
A falta de comunicao por parte da empresa no a exime da
responsabilidade da multa aplicada ao caso, conforme a lei. Os
sindicatos e entidades representativas das categorias podero
acompanhar a cobrana das multas que sero aplicadas pelo
INSS.
A CAT dever ser preenchida em seis (6) vias, assim distribudas:
1- Empresa
2- INSS
3- Sindicato da categoria predominante na empresa
4- SUS5- Acidentado ou dependente
6- DRT/ MTE
ERGONOMIA
A Ergonomia(ou Fatores Humanos) uma disciplina cientficarelacionada ao entendimento das interaes entre os sereshumanos e outros elementos ou sistemas, e aplicao deteorias, princpios, dados e mtodos a projetos a fim de otimizar obem estar humano e o desempenho global do sistema.
Hoje em dia, a palavra usada para descrever a cincia deconceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e no foraro trabalhador a adaptar-se tarefa.
A Ergonomia pode ser aplicada em vrios setores de atividade(Ergonomia Industrial, hospitalar, escolar, transportes, sistemasinformatizados, etc.). Em todos eles possvel existiremintervenes ergonmicas para melhorar significativamente aeficincia, produtividade, segurana e sade nos postos detrabalho.
Segundo a legislao, cabe s empresas cumprir e fazer cumpriras normas de segurana e medicina do trabalho. A NR 17discorre sobre a normatizao da ergonomia.
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parmetros quepermitam a adaptao das condies de trabalho scaractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo aproporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho
eficiente.
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17.1.1. As condies de trabalho incluem aspectosrelacionados ao levantamento, transporte e descarga demateriais, ao mobilirio, aos equipamentos e s condiesambientais do posto de trabalho, e prpria organizao dotrabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptao das condies de trabalhos caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, cabeao empregador realizar a anlise ergonmica do trabalho,devendo a mesma abordar, no mnimo, as condies detrabalho.
BREVE HISTRICO
Primeira Guerra Mundial: fisiologistas e psiclogos daInglaterra foram solicitados a contriburem com aindstria de armamentos, sendo criada a Comisso deSade dos Trabalhadores na indstria de munies.
Segunda Guerra Mundial: conjugao de esforo entre atecnologia e as cincias humanas. Fisiologistas,psiclogos, socilogos, mdicos, engenheiros-trabalharam juntos para resolver problemas decorrentesde equipamentos militares complexos. Vemos, aqui, odesenvolvimento da ergonomia.
Perodo ps-guerra: o interesse nesse novo ramo do
conhecimento cresceu rapidamente -> na Europa eEstados Unidos. Foi fundada a Ergonomics ResearchSociety-Inglaterra, em 1949 e aInternational ErgonomicsAssociation (IEA), em 1961 que atualmente representa aassociao de mais de 40 pases (dentre eles o Brasil ABERGO1983).
OBJETIVOS DA ERGONOMIA
A finalidade da ergonomia transformar o trabalho de forma a
contribuir para que as condies de trabalho atendam as necessidades
psicofisiolgicas do trabalhador.
A ergonomia baseia-se em muitas disciplinas em seu estudo dosseres humanos e seus ambientes, incluindo antropometria,biomecnica, engenharia, fisiologia e psicologia.
Antropometria: dimenses e propores do corpo; Postode trabalho, ferramentas; Tabelas antropomtricas.
Biomecnica: aplicao das leis da mecnica ao corpo.Postura, tenses sobre as articulaes e msculos.
Fisiologia: fadiga, carga de trabalho.
Psicologia: sentido do trabalho, satisfao
Administrao: organizao do trabalho: jornada, turnos,tempos e ritmos, etc.
Outras: engenharia, desenho industrial, eletrnica,informtica, etc.
PRINCPIOS DE FISIOLOGIA
O gasto energtico no trabalho limitado e tarefas pesadasexigem perodos de descanso.
PRINCPIOS DA BIOMECNICA
1- As articulaes devem estar em posio neutra;
2- Movimentar a carga prxima ao corpo;3- Evitar flexo do corpo para frente, tores, inclinar a
cabea, movimentos bruscos;
4- Estimular alternncia de postura e movimentos;
5- Restringir a durao de esforo muscular esttico epriorizar pausas curtas e freqentes.
LEVANTAMENTO DE CARGAS
Carga mxima de 23 kg em condies ideais;
Carga prxima ao corpo;
Altura da carga de 75 cm do cho;
Possibilidade de segurar a carga com as duas mos(alas);
Possibilidade de escolha da postura;
No deve ocorrer toro do tronco;
A freqncia do levantamento no deve exceder 1lev./min;
O PAPEL DO MDICO NA ERGONOMIA
O mdico deve atender o paciente de forma integral.
A histria ocupacional e conhecimento dos fatores de riscoocupacionais so fundamentais para o diagnstico e tratamentoadequado do paciente, trabalhador, em qualquer especialidademdica.
DISTRBIOS OSTEOMUSCULARESRELACIONADOS AO TRABALHO
uma sndrome clnicacaracterizada por dor crnica,acompanhada ou no por alteraes objetivas e que se manifestaprincipalmente no pescoo, cintura escapular, e/ou membrossuperiores em decorrncia do trabalho.
O termo L.E.R. (Leses por Esforos Repetitivos) vem sendosubstitudo por D.O.R.T. (Distrbios OsteomuscularesRelacionados ao Trabalho). A substituio que ocorre porque otermo L.E.R. supe que a pessoa tenha um machucado, estejalesionada, j o termo D.O.R.T. admite que os sintomas podemaparecer nos braos, ombros, cotovelos e mos, sem que apessoa esteja lesionada ou machucada. Muitos utilizam os doistermos juntos: "LER/DORT".
LER/DORT abrangem diversas patologias, sendo as maisconhecidas a tenossinovite, a tendinite e a bursite, entre outrasque atingem milhares de trabalhadores. O conceito bsico deque se tratam de alteraes e sintomas de diversos nveis deintensidade nas estruturas osteomusculares (tendes, sinovias,articulaes, nervos, msculos), alm de alterao do sistemamodulador da dor. Esse quadro clnico decorrente do excessode uso do sistema osteomuscular no trabalho.
O termo LER muito genrico. No faz referncia sobre queestrutura foi acometida.
LER- monocausalidade
DORT - multicausalidade (diversos fatores )
CAUSAS DE LER-DORTA LER ou DORT so as manifestaes de leses decorrentes dautilizao excessiva, imposta ao sistema msculo-esqueltico, eda falta de tempo para recuperao.
Os fatores de risco no so necessariamente as causas diretasdas LER - DORT, mas podem gerar respostas que produzem as
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LERDORT. Os fatores de risco no so independentes,interagem entre si e devem ser sempre analisados de formaintegrada. Envolvem aspectos biomecnicos, cognitivos,sensoriais, afetivos e de organizao do trabalho.
Fatores determinantes:
1-
Biomecnicos
a. Exigncia de uso exagerado da fora
b. Posturas inadequadas durante o trabalho
c. Compresso mecnica e/ou vibraes
d. Movimentos repetitivos de grupos musculares
2-
Fisiolgicos
a. Doena do tecido conjuntivo
b. Hormonais
c. Gnero (incidncia F>M)
d. Defeitos congnitos
e.
Diabetes
f. Estrutura osteoarticular
g.
Obesidade
h. Gravidez
i.
Estado geral comprometido
j.
Problemas visuais3- Psicolgicos
a.
Atitude negativa em relao a vida
b. Perfil psicolgico
c.
Desprazer dentro e fora do trabalho
d. Discriminao dos colegas lesionados
e. Estresse
f.
Repercusses sociais
4- Hbitos/atividades extra-trabalho
a.
Hobbies
b. Atividades domsticas
c.
Tabagismo
d. Alcoolismo
e. Famlia
5-
Organizao do trabalho
a. Modelo de gesto
b.
Horas extra
c. Incentivo produtividade
d. Ritmo imposto pelo supervisor
e.
Gargalo de produo
f. Presso temporal
g.
Falta de programao
h. Absentesmo
i.
Estilo gerencial/liderana
j. No cumprimento das pausas regulares
6- Variabilidade da atividade,
a.
Monotonia
b. Carga e ritmo do trabalho
c.
Exigncias cognitivas
d. Trabalho real x trabalho prescrito
7- Condies fsicas e ambientais
a. Layout
b.
Mobilirio e equipamentoc.
Conforto trmico
d. Conforto acstico
LESES MAIS FREQUENTES NOS MMSS
Para a realizao de todo o seu potencial, uma estruturasupercomplexa de nervos, tendes, ossos e articulaesinteragem numa rea pequena, passando os tendes porroldanas naturais, numa relao de tal proximidade que, se porum lado permitem esse potencial, por outro confere grandevulnerabilidade s leses.
1- Punho:
o Tenossinovite de flexores de punho e dedos,
o Tenossinovite dos extensores do carpo e dedos,
o Doena de Quervaineo Sndrome do tnel do carpo.
2- Cotovelo:
o Epicondilites.
3- Ombro:
o Tenossinovite do bceps,
o Tendinite do msculo supra-espinhoso.
4- Pescoo:
o Fibromialgia do trapzio e doesternocleidomastideo.
MECANISMOS NATURAIS DE RECUPERAO DA
INTEGRIDADE DAS ESTRUTURASPausas
Todas as situaes de esforo esttico, ou isomtricolevam a fadiga muscularas pausa servem para lavar,escorrero cido ltico do msculo.
Movimentos altamente repetitivosas pausas dotempo suficiente para que os tendes retornarem aestrutura normal.
A lubrificao dos tendes pelo lquido sinovial tambm favorecida durante as pausas, evitando o atrito entre ostendes e suas bainhas sinoviais
Efeitos Hormonais
Durante o sono - liberao do STH (hormniosomatotrfico ou do crescimento ) - reparao dasestruturas lesadas
PREVENO DE LER-DORT
Identifique tarefas, ferramentas ou situaes que causamdor ou desconforto.
Faa revezamento nas tarefas.
Procure aprender outras tarefas que exijam outros tiposde movimento.
Faa pausas obrigatrias de 10 minutos a cada 50minutos trabalhados, evitando ultrapassar 6 horas detrabalho dirio de digitao.
Auxilie na identificao das posies incorretas eforadas no trabalho. Ao mesmo tempo, procure darsugestes sobre o que fazer.
Procure conhecer os recursos de conforto do seu postode trabalho.
Procure adotar as posturas corretas.
Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco,espreguice-se, faa movimentos contrrios queles datarefa.
As leses dos membros superiores ocorrem quando a intensidade dos
fatores causadores de leso maior que a capacidade de recuperao
do organismo.
ESTRESSE OCUPACIONAL
O estresse ocupacional refere-se aos estmulos do ambiente detrabalho que exigem respostas adaptativas por parte dotrabalhador e que excedem sua habilidade de enfrentamento;estes estmulos so chamados de estressores organizacionais.
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A caracterizao de um fenmeno de estresse depende dapercepo do indivduo em avaliar os eventos como estressores,portanto o cognitivo tem papel importante no processo que ocorreentre os estmulos potencialmente estressores e as respostas doindivduo a eles, sendo capaz de perceber e avaliar demandas dotrabalho como estressoras que excedendo a sua habilidade deenfrentamento causam no sujeito reaes negativas a nvelpsicolgico, fisiolgico e comportamental. Um trabalhador querelata a existncia de excesso de trabalho pode no consider-locomo prejudicial, mas como positivo e estimulante, devidocaractersticas situacionais e pessoais que interferem nojulgamento do indivduo.
Estresse significa experimentar situaes que so percebidas como
ameaadoras a nosso bem estar fsico ou psicolgico. Essas situaes
so chamadas de estressores e as reaes das pessoas a elas so
denominadas de resposta ao estresse.
Essa reao adaptativa quando se pode fugir ou atacar reao
ao agressor, mas pode tornar-se inadequada (sendo causa de
comprometimento da sade) quando o estressor crnico ou
incontrolvel.
FATORES ESTRESSORES
Falando em estresse como um todo, alguns fatores se destacamcomo fatores estressores:
Eventos traumticos (catstrofes, guerras, acidentes)
Mudanas na vida (perda do emprego, novo emprego,casamento, separao, perda de um ente querido)
Situaes da vida diria
Intrnsecos ao prprio indivduoforma como lida com assituaes (personalidade, experincias vividas).
Identificam-se dois grandes tipos de causas de estresse notrabalho, organizacionais ou extraorganizacionais, que podem serpotenciadas por diversos antecedentes: variveis sociais (como ocrescimento, a instabilidade econmica, ou a taxa dedesemprego), bem como certas caractersticas organizacionais(como a dimenso, a tecnologia, o nmero de nveis hierrquicos,ou o grupo ocupacional a que se pertence). Estes antecedentesfazem aumentar a probabilidade da existncia de estressores nasorganizaes.
ESTRESSORES ORGANIZACIONAIS
Existem uma grande variedade de fatores estressantes,nomeadamente as caractersticas do papel, as caractersticas datarefa, o estilo de liderana, as relaes de trabalho, a estrutura,o clima organizacional e as condies fsicas de trabalho.
1- Caractersticas do papel
O papel dos trabalhadores na organizao foi extensamenteestudado, tendo vrios estudos concludo que a ambiguidade e oconflito do papel, bem como a sobrecarga ou sub-utilizaoconstituem fontes significativas de presso. As exigncias depapis mltiplos resultantes do conflito trabalho/famlia constituemtambm fontes de estresse, caso das mes trabalhadoras quetm que conciliar o apoio aos filhos com as exigncias do
trabalho.2- Liderana
A liderana, particularmente os comportamentos de orientaopara a tarefa e considerao, bem como a influncia do lder e aforma como essa influncia utilizada, tem igualmente sidoconsiderada como um estressor. Os estilos de liderana
autoritrios e autocrticos tm sido associados a sintomas deestresse entre os subordinados, bem como a falta deconsiderao pelas necessidades, atitudes e motivaes dosempregados. Tal como Karasek referiu no seu modelo, a falta deatitude de deciso contribui significativamente para as percepesde estresse ocupacional.
3- Relaes de trabalho
As relaes de trabalho insatisfatrias provocam estresse comconsequncias importantes devido ao seu efeito crescente, queintensifica a condio inicial. Estas necessidades derelacionamento esto relacionadas com a necessidade de
aceitao e reconhecimento, por parte dos colegas, superiores ousubordinados.
4- Estrutura e Clima organizacional
Certas caractersticas como a centralizao, formalizao, polticade tomada de deciso, abertura de comunicao, justiaorganizacional e tipo de ocupao podem ser causadoras deestresse. De forma idntica, o desemprego e a m qualidade doemprego esto claramente associados com o nvel de bem-estarpsicolgico, assim como a insegurana de emprego se podetornar to traumtica como a prpria perda de emprego.
5- Condies fsicas
O barulho, o calor, a vibrao, o espao, a privacidade ou aexistncia de agentes patognicos tm sido empiricamente
relacionados com percepes de estresse ocupacional, afetandonegativamente o desempenho.
ESTRESSORES EXTRAORGANIZACIONAIS
As ocorrncias da vida, por si s, podem ser importantes fontesde presso. Dezenas de circunstncias da vida (individual, familiarou social) podem induzir nveis mais ou menos elevados deestresse e, assim, provocar problemas na sade fsica epsicolgica. Mas os inmeros fatores do cotidiano podem tambmadquirir um estatuto altamente estressante quando numasequncia incessante (como tratar do desempenho dos filhos naescola, responder a um inspetor das Finanas, conflito com osvizinhos, trnsito, etc.).
Temos que compreender que os fatores organizacionais e extra-organizacionais se e interpenetram. Os problemas do cotidianoextra-laboral no ficam fora da organizao, e os problemas degnese organizacional no se podem congelar no seio daorganizao.
Trs caractersticas dos eventos que os levam a serempercebidos como estressores:
Possibilidade de ser controlado. Ex.: demisso doemprego.
Previsibilidade. Ex.: parente prximo que est doente.Seu estado de sade agrava-se aos poucos, dandotempo para a famlia se preparar para a perda at amorte.
Grau em que o evento desafia a capacidade do indivduoe o seu autoconceito. Ex.: Semana de provas para oestudante.
REAES PSICOLGICAS AO ESTRESSE
Distinguem-se trs tipos de respostas ao estresse: fisiolgicas,psicolgicas e comportamentais. Estas respostas estointerrelacionadas.
FISIOLGICAS
Estas respostas incluem sintomas cardiovasculares (por exemplo:hipertenso, aumento das pulsaes, elevada presso arterial ouaumento do colesterol), sintomas gastrointestinais (por exemplo:lceras gstricas e duodenal), dores de cabea, sinusite,reumatismo e alergias, aumento das catecolaminas,corticoesteroides e cido rico, para alm da contribuio para oaparecimento ou evoluo do cancro.
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PSICOLGICAS
Os sintomas psicolgicos mais frequentes resultantes do estresseocupacional so a baixa satisfao e baixo envolvimento com otrabalho, tenso, ansiedade, depresso, fadiga psicolgica,frustrao, irritabilidade e burnout (esgotamento). Estasrespostas podem estender-se a respostas comportamentais, comconsequncias para o indivduo como para a organizao.
Ansiedade
Desnimo
Depresso
Apatia
Enfraquecimento cognitivo (problemas de ateno, memria,concentrao, organizao do pensamento lgico)
COMPORTAMENTAIS
Relacionam-se com a degradao do papel funcional, em termosde menor desempenho, aumento da taxa de acidentes de trabalhoe de erro, e maior consumo de lcool e drogas no trabalho.Podem tambm traduzir-se em comportamentos agressivos, taiscomo o roubo e o vandalismo, ou em comportamentos de fuga,como o aumento de absentismo e greves. A nvel mais pessoalpode levar a comportamentos prejudiciais para a sade, como
tabagismo e consumo de cafena.CARGA DE TRABALHO
FSICA, PSQUICA E MENTAL
Existe uma variedade de definies ou conceitos de carga, queem geral aborda: a forma de atuao, os esforos fsicos, pressotemporal, a prescrio da tarefa, o desgaste do trabalhador, e osaspectos emocionais e afetivos vivenciados por ele.
CARGA FSICA
Posturas (sentado, em p)contrao muscular estticaou dinmica.
Movimentos de partes do corpo (movimentos repetitivosde membros superiores)
Deslocamentos (andar, correr)
Fora muscular (levantar carga), e outros.
CARGA MENTAL OU COGNITIVA
Atividades que exijam do trabalhador:
Percepo
Ateno
Tratamento de informaes
Raciocnio
Memria Tomada de deciso (sob presso de tempo), e outros.
CARGA PSIQUICA
So atividade que despertem ou que exijam do trabalhador:
Sentimentos
Afetos
Emoes
Motivao
Experincias vividas A forma de andar a vida
O ideal que haja um equilibrio entre as exigncias do trabalho eas capacidades fsicas e psicolgicas do trabalhador.
FIGURA 3 - A tarefa a ser executada regulamentada de acordocom os objetivos e sistema de produo que determinada
empresa adota. Essa regulao importante e determina ummodo operatrio que, por sua vez, o que vai influenciar na
produo da empresa e na sade do trabalhador.
O modo operatrio leva em considerao os seguintes aspectos:
Os objetivos impostos pela tarefa: normas,
procedimentos, padres de qualidade e de quantidade; Os meios de trabalho: instalaes, mquinas,
equipamentos, ferramentas e manuais;
Os resultados produzidos: nvel de produtividadealcanada;
O estado interno do trabalhador: o seu estado de sade,motivao momentnea, satisfao (em relao aotrabalho e a sua vida pessoal).
A noo de carga de trabalho pode ser interpretada, ento, como a
margem de manobra que o trabalhador dispe, num determinado
momento, e que lhe permite alcanar os objetivos pr-estabelecidos;
quanto a regulao da tarefa flexvel.
EFEITOS DO ESTRESSE NO ORGANISMO
REAO DE LUTA OU FUGA
Hormnio Liberador de corticotrofina (CRH)
ACTHH. Corticotrfico
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CortisolFgado -Glicognio
Ativao do SN Autnomo
NE (Elevao da FC e PA)
Aumento do suor e Tnus muscular
Aumento da taxa metablica
Aumento da FC
Dilatao das pupilas
Aumento da Presso Arterial (PA)
Aumento da taxa respiratria (FR)
Tenso dos msculos
Liberao extra de acar pelo fgado (glicognio)
Efeitos do estresse crnico:
Predisposio:
o HAS
o Arritmias
o IAM
o Morte sbita
o Distrbios do humor (sade mental)
o Reduo da resposta imunolgica
o DORT, etc.
ESTRESSE E A SADE MENTAL
OMSos transtornos mentais menores acometem cercade 30% dos trabalhadores
Transtornos mentais graves, cerca de 5 a 10%.
INSS - no Brasil, auxlio-doena, por incapacidadesuperior a 15 dias e aposentadoria por invalidez, portranstornos mentais, com destaque para o alcoolismocrnico, ocupam o terceiro lugar entre as causas dessasocorrncias (Medina, 1986).
A vigilncia em sade do trabalhador deve considerar a
multiplicidade de fatores envolvidos na determinao das doenasmentais e comportamentais relacionadas ao trabalho. Em algunscasos, so de natureza qumica, em outros, relacionados sformas de organizao e gesto do trabalhou mesmo da ausnciade trabalho e em muitos casos decorrem de uma ao sinrgicadesses fatores.
Fatores a serem considerados:
Clima organizacional (respeito, confiana, cooperao...)
Absentesmo
Conflitos interpessoais no trabalho e fora dele
Tempo e ritmo de trabalho
Presso da superviso ou chefia
Outros (comentar...)
TRANSTORNOS MENTAIS Rel. ao Trab. -PORTARIA/MSN.1.339/1999
Demncia em outras doenas especficas (F02.8)
Transtorno orgnico de personalidade (F07.0)
Alcoolismo crnico (relacionado ao trabalho) (F10.2)
Estado de estresse ps-traumtico (F43.1)
Neurastenia (inclui sndrome de fadiga) (F48.0)
Sensao de estar acabado (sndrome de burn-out,sndrome do esgotamento profissional) (Z73.0)
E outros...
PREVENO DO ESTRESSE
Os programas de gesto de estresse podem ser individuais ouorganizacionais. O programa individual destina-se a ajudar as
pessoas que j esto a sofrer de estresse, enquanto que oorganizacional atua numa perspectiva mais preventiva, reduzindoos estressores, reais ou potenciais.
As estratgias de gesto de estresse so classificadas pela suadiferenciao ao nvel da interveno (primria, secundria eterciria). Os programas organizacionais enquadram-senormalmente nas intervenes primrias, enquanto que asindividuais se dividem pelas secundrias e tercirias, podendohaver uma sobreposio j que no existe uma exclusividade decategorias.
PRIMRIAS
As intervenes primrias tm um carcter organizacional, estas
se orientam pelo princpio de que as consequncias negativas doestresse podem ser combatidas atravs da eliminao, oureduo, das fontes de estresse do ambiente de trabalho,minimizando as presses colocadas sobre os empregados.
Para melhor satisfao das necessidades dos empregados, aimportncia das intervenes primrias colocada na mudanado ambiente fsico ou scio-poltico.
Exemplo dessas intervenes a reestruturao de unidadesorganizacionais, as mudanas no processo de tomada de deciso(exemplo: introduo de uma maior participao dosempregados), o enriquecimento funcional (permitindo maiorautonomia e controle dos empregados sobre o desempenho dassuas tarefas), a reorganizao das linhas de autoridade, oredesenho do layout fsico, o estabelecimento de um sistema de
compensao com maior equidade. No entanto h algumasintervenes primrias mais dirigidas aos empregadosindividualmente ou em grupo, como o desenvolvimento dacompetncia de gesto individual do estresse ou programas depreveno da sade (incluem check-ups mdicos ou promoo doexerccio fsico).
Preveno do estresse ocupacional
Melhorias na organizao do trabalho
Favorecer a o crescimento pessoal, enriquecendo a tarefa.
Papis bem definidos e condizentes com as condies detrabalho
Possibilidade de desenvolvimento profissional e na carreira
Reconhecimento Suporte social e outros.
Hbitos de vida saudveis
SECUNDRIAS
As intervenes secundrias so dirigidas aos empregados,individualmente ou em grupo, e destinam-se a reduzir o impactodos estressores organizacionais, e no, a reduzir os estressores.
Tcnicas utilizadas nesta categoria passam pelo treino derelaxao, a meditao, o ioga, o desenvolvimento decapacidades de gesto de tempo ou de resoluo de conflitos.
No sendo uma soluo preventiva, este tipo de intervenes
apresenta algumas vantagens, nomeadamente a rapidez da suaimplementao, o desenvolvimento de uma maior flexibilidade dostrabalhadores e de novas competncias para lidar comestressores que no podem ser eliminados do trabalho.
A grande desvantagem passa pela possibilidade de se tornarapenas num atenuamento em situaes de estresse estrutural,
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sem que as causas sejam realmente analisadas, reduzidas eeliminadas. Com o tempo os riscos de exausto ou esgotamentomantm-se, com a agravante de implicarem a passagem de umaparte significativa da responsabilidade para os empregados,retirando-a da organizao ou da sua gesto.
TERCIRIAS
Esta interveno tem uma perspectiva de tratamento e no depreveno, dirige-se a pessoas com problemas de sade e debem-estar, em resultado do estresse ocupacional.
Recorre-se a programas de assistncia aos empregados, quetipicamente envolvem aconselhamento individualizado em termosde identificao dos estressores e estratgias de coping, bemcomo o diagnstico de potenciais efeitos negativos noutrasfacetas da vida, nomeadamente na familiar.
BIBLIOGRAFIA
Aula Prof Eliana Remor Teixeira
Site http://prof.santana-esilva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos_06_07/word/Stress%20Ocupacional.pdf
BIOSSEGURANA
NR32
Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer asdiretrizes bsicas para a implementao de medidas de proteo segurana e sade dos trabalhadores dos servios de sade,bem como daqueles que exercem atividades de promoo eassistncia sade em geral.
Para fins de aplicao desta NR entende-se por servios desade qualquer edificao destinada prestao de assistncia sade da populao, e todas as aes de promoo,recuperao, assistncia, pesquisa e ensino em sade emqualquer nvel de complexidade.
RISCOS BIOLOGICOS
Para fins de aplicao desta NR, considera-se Risco Biolgico a
probabilidade da exposio ocupacional a agentes biolgicos(vrus, bactrias, fungos e outros).
Os profissionais dos servios de sade esto mais expostos aosvrus HIV, HBV e HCV.
MANUAL DE CONDUTAS EMEXPOSIOOCUPACIONAL A MATERIAL BIOLGICO
O objetivo deste documento descrever os cuidados necessriospara evitar a disseminao do vrus da imunodeficincia humana(HIV) e dos vrus da hepatite B e C no ambiente de trabalho.
Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidospotencialmente contaminados devem ser tratados como casos deemergncia mdica, uma vez que as intervenes para profilaxia
da infeco pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciados logoaps a ocorrncia do acidente, para a sua maior eficcia.
HIV
O risco mdio de se adquirir o HIV de, aproximadamente, 0,3%aps exposio percutnea e de 0,09 % aps exposiomucocutnea. Esse risco foi avaliado em situaes de exposioa sangue; o risco de infeco associado a outros materiaisbiolgicos inferior, ainda que no seja definido. O risco detransmisso aps exposio da pele ntegra a sangue infectadopelo HIV estimado como menor do que o risco aps exposiomucocutnea.
Um estudo caso-controle, com o uso profiltico do AZT(zidovudina), demonstrou uma associao entre o uso de
quimioprofilaxia e a reduo de 81% do risco de soroconversoaps exposio ocupacional.
HEPATITES B E C
A probabilidade de infeco pelo vrus da hepatite B apsexposio percutnea , significativamente, maior do que aprobabilidade de infeco pelo HIV, podendo atingir at 40% em
exposies onde o paciente-fonte apresente sorologia HBsAgreativa. Para o vrus da hepatite C, o risco mdio de 1,8%;dependendo do teste utilizado para diagnstico de hepatite C, orisco pode variar de 1 a 10%.
No Brasil, a utilizao da vacina para hepatite B recomendadapara todos os profissionais de sade. Aps exposio ocupacionala material biolgico, mesmo para profissionais no imunizados, ouso da vacina, associado ou no a gamaglobulina hiperimunepara hepatite B, uma medida que, comprovadamente, reduz orisco de infeco.
importante ressaltar que no existe interveno especfica paraprevenir a transmisso do vrus da hepatite C aps exposioocupacional.
NORMAS DE PRECAUO32.2.4.2 - A manipulao em ambiente laboratorial deve seguir as
orientaes contidas na publicao do Ministrio da Sade Diretrizes
Gerais para o Trabalho em Conteno com Material Biolgico,
correspondentes aos respectivos microrganismos (CBS -MS)
Precaues Universais, atualmente denominadas PrecauesBsicas, so medidas de preveno que devem ser utilizadas naassistncia a todos os pacientes na manipulao de sangue,secrees e excrees e contato com mucosas e pele nontegra. Isso independe do diagnstico definido ou presumido dedoena infecciosa (HIV/AIDS, hepatites B e C).
Essas medidas incluem a utilizao de Equipamentos de ProteoIndividual (E.P.I.), com a finalidade de reduzir a exposio do
profissional a sangue ou fluidos corpreos, e os cuidadosespecficos recomendados para manipulao e descarte demateriais perfuro-cortantes contaminados por material orgnico.
1- EPIs
a. Luvas
b. Mscaras
c. Aventais
d. Botas
e. Alm disso -> lavar as moes antes e aps oatendimento
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2- Perfuro-cortantescuidados
a. Ateno durante a realizao do procedimento
b. No utilize os dedos como anteparo durante arealizao do procedimento
c. As agulhas no devem ser reencapadas ouretiradas da seringa
d. No utilizar agulhas para fixar papis
e. Todo material perfuro-cortante deve serdesprezado em recipiente resistente aperfurao e com tampa
f. Os recipientes especficos para descarte dematerial no devem ser preenchidos acima dolimite de 2/3 de sua capacidade total e devemser colocados sempre prximo do local onde realizado o procedimento.
CLASSIFICAO DOS AGENTES BIOLGICOS
A classificao dos agentes biolgicos, que distribui os agentesem classes de risco de 1 a 4, considera o risco que representampara a sade do trabalhador, sua capacidade de propagao paraa coletividade e a existncia ou no de profilaxia e tratamento.
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS EM CASODE EXPOSIO A MATERIAL BIOLGICO
Os procedimentos recomendados em caso de exposio amaterial biolgico incluem cuidados locais na rea exposta,
recomendaes especficas para imunizao contra ttano e,medidas de quimioprofilaxia e acompanhamento sorolgico parahepatite e HIV.
Exames do pcte. fonte Exames do pcte. vtima
Teste rpido HIV; Anti HIV
Anti HIV; HBsAg
HBsAg; Anti-HBs
Anti-HVC; Anti-HVC
Em exposies ao HBV que envolvam profissionais de sade imunes
(anti-HBs+), no h indicao de acompanhamento sorolgico e
nenhuma medida profiltica recomendada .
1- Acompanhamento sorolgicoa. Anti-HIV (EIA/ELISA) no momento do acidente e
aps 6 semanas, 3 e 6 meses da exposio.
o Caso o resultado do teste anti-HIV, nomomento de ocorrncia da exposio, sejapositivo o profissional acidentado deverser esclarecido que este resultado no sedeve ao acidente, mas que caracterizainfeco pelo HIV adquirida previamente exposio.
b. Os exames sorolgicos recomendados paratestagem do profissional acidentado devero utilizartestes imunoenzimticos convencionais (EIA,ELISA).
2- Indicao de antirretrovirais
a. A indicao do uso de antirretrovirais deve serbaseada em uma avaliao criteriosa do risco detransmisso do HIV em funo do tipo de acidenteocorrido e a toxicidade dessas medicaes. Excetoem relao zidovudina, existem poucos dadosdisponveis sobre a toxicidade das medicaesantirretrovirais em indivduos no infectados peloHIV.
b. O uso combinado de AZT com lamivudina (3TC) recomendado na maioria das situaes comindicao de uso de quimioprofilaxia. O uso deindinavir ou nelfinavir deve ser reservado para
acidentes graves e situaes em que hajapossibilidade de resistncia viral (paciente-fonte).
i. O uso habitual de AZT + 3TC estrelacionado:
o Ao fato destes medicamentosexistirem combinados emuma mesma cpsula epermitirem melhor adesopela facilidade do esquemaposolgico;
o Ao efeito profiltico dazidovudina descrito no estudocaso-controle em profissionaisde sade;
o A Lamivudina-ser um ITRNcom menor ocorrncia deefeitos adversos.
Exposio
ocupacional
de risco
para HIV
Teste
rpido dopaciente
fonte
Teste
reagente
1- Iniciar profilaxia
para HIV
2- Encaminhar
acidentado paraacompanhamento
clnico-laboratorial
Teste no
reagente
No iniciar
profilaxia
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Na dvida sobre o tipo de acidente, melhor comear a profilaxia e
posteriormente reavaliara manuteno ou mudana do tratamento.
INFECO PELO HBV
A vacinao pr-exposio contra a hepatite B a principalmedida de preveno de hepatite B ocupacional entreprofissionais de sade.
A vacina contra hepatite B extremamente eficaz e segura, induzttulos protetores em mais de 90% dos receptores adultosimunocompetentes. Os eventos adversos so raros e,usualmente, pouco importantes, tais como: dor discreta no local
da aplicao (3 a 29%), febre nas primeiras 48-72 horas aps avacinao (1 a 6 %); mais raramente, fenmenos alrgicosrelacionados a alguns componentes da vacina; e anafilaxia(estimativa de 1:600.000 doses). A gravidez e a lactao no socontraindicaes para a utilizao da vacina.
O esquema vacinal: 3 doses, IM Intervalos de zero, um e seis meses. (anticorpos protetores
com ttulos acima de 10 mUI/ml)
O perodo de incubao da hepatite B de 70 dias em mdia,variando entre 30 a 180 dias. Aproximadamente 30% dosprofissionais acidentados que se contaminam pelo HBVapresentam sintomatologia e 6 a 10% evoluem para acronicidade. Vrios marcadores virais podero ser utilizados nodiagnstico e acompanhamento da hepatite B. Nos casos de
soroconverso, o primeiro marcador sorolgico a aparecer oHBsAg, que pode ser detectado em 1 a 10 semanas aps aexposio e 2 a 6 semanas (mdia 4 semanas) antes dosurgimento de sintomas clnicos. O anticorpo anti -HBc totalaparece aproximadamente 1 ms aps o HBsAg.
MEDIDAS DE PROTEO
Medidas para o controle de riscos na fonte Medidas para o controle de riscos na trajetria entre a fonte
de exposio e o receptor ou hospedeiro
Medidas de proteo individual
CONTROLE DE RISCOS NA FONTE
Visam eliminar ou reduzir a presena dos agentes biolgicos no
ambiente de trabalho.
Reduo do contato dos trabalhadores do servio de sade,bem como daqueles que exercem atividades de promoo e
assistncia sade com pacientes-fonte.
Afastamento temporrio dos trabalhadores do servio desade com possibilidade de transmitir agentes biolgicos;
Eliminao de plantas presentes nos ambientes de trabalho;
Manuteno do agente restrito fonte de exposio ou aoseu ambiente imediato;
o Uso de sistemas e recipientes fechados
o
Enclausuramentoo Ventilao local exaustiva
o Segregao de materiais e resduos
o Recipientes adequados para o descarte demateriais perfuro-cortantes e outros
Eliminao de outras fontes e reservatrios (no permitiracmulo de resduos; higienizao, substituio ou descarte
de equipamentos, instrumentos, ferramentas e materiais
contaminados);
Restrio do acesso de visitantes e terceiros que possamrepresentar fonte de exposio;
CONTROLE DE RISCO NA TRAJETRIAVisam prevenir ou diminuir a disseminao dos agentes biolgicos ou
reduzir a concentrao desses agentes no ambiente de trabalho.
Planejamento e implantao dos processos e procedimentosde recepo, manipulao e transporte de materiais, visando
a reduo da exposio aos agentes;
Planejamento do fluxo de pessoas de forma a reduzir apossibilidade de exposio;
Reduo da concentrao do agente no ambiente:isolamento de pacientes, definio de enfermarias para
pacientes com a mesma doena, ambientes com presso
negativa, instalao de ventilao geral diluidora;
Procedimentos de higienizao e desinfeco do ambiente,dos materiais e dos equipamentos;
Procedimentos de higienizao e desinfeco dasvestimentas;
Implantao do gerenciamento de resduos e do controle
integrado de pragas e vetores.
MEDIDAS DE PROTEO INDIVIDUAL
Proteo das vias de entrada do organismo (respiratria,pele, mucosas) - por meio do uso de Equipamentos de
Proteo Individual - EPIs;
Implementao de medidas de proteo especficas eadaptadas aos trabalhadores com maior suscetibilidade:
gestantes, trabalhadores alrgicos, portadores de doenas
crnicas.
CUIDADOS IMEDIATOS
Cuidado locallavar a pele com gua e sabo; mucosa: comSF.
Orientaopaciente fonte e profissional exposto. Coleta de sangue do paciente fonte e do profissional exposto; Teste HIV (teste rpido) paciente fonte; PEP, se indicado - antes de 72 h.
REGISTRO DE OCORRNCIA DE ACIDENTE DETRABALHO
Os acidentes de trabalho devero ter um protocolo de registrocom informaes sobre avaliao, aconselhamento, tratamento eacompanhamento de exposies ocupacionais que envolvampatgenos de transmisso sangunea.
A comunicao do AT fundamental para o cumprimento de outros
itens a saber:
Medidas de proteo imediatas Medidas de atendimento e acompanhamento mdico dos
trabalhadores acidentados;
A emisso da CAT; A reavaliao do PPRA (Programa de Preveno de Riscos
Ambientais).
32.2.3.5 - Em toda ocorrncia de acidente envolvendo riscos biolgicos,
com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a
Comunicao de Acidente de Trabalho CAT.
32.2.4.11 - Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todoacidente ou incidente, com possvel exposio a agentes biolgicos, ao
responsvel pelo local de trabalho e, quando houver, ao servio de
segurana e sade do trabalho e CIPA.
BIBLIOGRAFIA
Aula Prof Eliana Remor Teixeira
Recomendaes para atendimento e acompanhamento deexposiao ocupacional a material biolgico: HIV e Hepatites B eC.
Manual de condutas em esposio ocupacional a materialbiolgico.