Samambaias

16
1 Um guia para idenficar as espécies. 4ª Região_2 Associação Paulista Leste

description

um guia para identificação de especies

Transcript of Samambaias

1

Um guia para identificar as espécies.

4ª Região_2

Associação Paulista Leste

2

3

4

5

6

7

Estrutura das briófitas

Essas estruturas são chamadas de rizóides, caulóides e filóides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas das plantas que estão presentes a partir das pteridófitas. Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.

Aliás, uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos condutores de nutrientes. Por isso, a água absorvida do ambiente é transpor tada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.

Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.

Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por exemplo, possui vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados.

Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.

8

A samambaia é uma planta inteiramente tóxica, sendo que sua brotação é a parte mais perigosa ao gado, mesmo quando dessecada, também conserva sua toxidez por muito tempo. Seus princípios tóxicos mais conhecidos são:

Tanino: considerada uma substância com atividade carcinogênica. Ptaquilosídeo: capaz de produzir tumor intestinal, mamário e de bexiga em ratos exper imentais Canferol: é um flavonol, considerado um carcinogênico. Aquilídeo: possui também atividade carcinogênica.

9

Descrição–visíveisemcampo:Adultos: geralmente sobre pedras (A), às vezes epífitotrepadorouterrestre,comcercade 60 cm de altura, mas podem chegar até 90cm.Folhas:férteiseestéreisdiferentes na forma. Folhas estéreis: 8 - 15 pares de pinas (D). Pinas estéreis: alternas (E), com as margens crenuladas a serreadas (F) e base levemente assimétrica (G). Folhas férteis: apenas 1 por indivíduo, grossas, menores que as estéreis, 3 - 8 pares de pinas (B). Rizoma: rastejante. Soros: castanhos, recobrindo toda a superfície inferior da folha (C).

Descrição – visíveis em laboratório: Escamas do rizoma com 4 - 6 mm de comprimento e 1 - 2 mm de largura, escuras e inteiras.

Dicas de campo: Pode ser reconhecida pelas pinas longas e espaçadas, pelo rizoma rastejante e pelas folhas férteis com 3 - 8 pares de pinas mais estreitas doquenasfolhasestéreis.Podesercon- fundidacomB.lindigii,porémestaúltima é em geral maior, possui mais folhas por indivíduo, mais pinas por folha e a folha fértil com mais pares de pinas.

Ecologia e distribuição: É relativa- mente rara. Cresce no sub-bosque de florestas densas, em áreas bastante úmidas.NaREBIOUatumã,crescesobre pedrasepróximaaosriachos,formando grandespopulações.Amplamentedistri- buída, ocorre desde o sul do México até o Paraguai e Norte da Argentina.

Observaçãosobreonomedaespécie: Apalavraserratifolianonomedaespécie refere-se às margens das pinas que são serreadas.Atraduçãoliteraldolatimpara o português seria “folhas serradas”.

10

Descrição–visíveisemcampo:Adultos: epífitos, eretos, cerca de 60 cm, mas podem chegar até 1,2 m (A). Folhas: inteiras, em forma de uma elipse alon- gada (D), margem irregular, levemente serreada a inteira (C), férteis e estéreis semelhantes na forma. Nervuras: as secundáriaslivres,paralelas,fazendoum ângulo de 70º com a nervura principal da folha (visível na foto B). Caule: for- mando uma densa massa de raízes de cor marrom e aspecto esponjoso, que se aderem ao tronco. Soros: lineares, acompanhando a nervura da pina do centro em direção às margens da folha (B), com indúsio.

Descrição – visíveis em laboratório: As escamas que recobrem o caule são castanho-avermelhadas e suas células possuem paredes espessas.

Dicas de campo: Pode ser distingüido por por ser epífita, possuir folhas intei- ras, pelas margens da folha serreada e pelos soros alongados, formando linha paralelas no meio da folha (B). Asseme- lha-se a A. stuebelianum e a A. pearcei (na forma com folhas inteiras), ambos com pecíolo mais evidente, uma massa de raízes mais esponjosa. A textura da folha é como a de couro.

Ecologia e distribuição: É comum. Cresce no sub-bosque de florestas densas, freqüentemente entre 1 a 10 m de altura, sobre árvores próximas aos cursos d’água. Ocorre desde o sul dos E.U.A. (Flórida) até o Paraguai e Argentina, inclusive em ilhas do Caribe (Antilhas, Trinidad e Tobago) e do Pací- fico (Galápagos).

Observaçãosobreonomedaespécie: A palavra serratum no nome da espécie refere-se à borda serreada da margem da folha, apesar da margem desta espé- cie não ser claramente serreada.

11

12

Descrição–visíveisemcampo:Adultos: com cerca de 1 m de altura, mas podem chegar até 1,4 m (A). Folhas: agrupadas, com20-40paresdepinas;pinadoápice maiordoqueasdemais(B).Folhasférteis e estéreis semelhantes na forma. Pinas: opostas e alongadas (C), 4 - 15 cm, com as margens serreadas. Nervuras: livres, paralelas.Soros:grandes,formandoduas linhas,umadecadaladodanervuraprin- cipal da pina (D). Indúsio se projetando em direção à nervura principal.

Dicas de campo: Pode ser reconhecido porsuasfolhasgrossas,comasmargens serreadas e pelas pinas articuladas com a raque, visíveis como círculos marrons na base do pecíolo (detalhe foto C).

Ecologia e distribuição: Érelativamen- te comum. Cresce em em solos enchar- cados em áreas abertas e arenosas. Em áreas com estação seca pronunciada, as folhas perdem as pinas, deixando expostas as cicatrizes circulares que correspondem à região de inserção das pinas na raque. Na REBIO Uatumã, ocorre geralmente em áreas alteradas como margens de estradas do entor- no, formando grandes populações (A). Ocorre desde o sul dos E.U.A. (Flórida) até o Paraguai e norte da Argentina, inclusive em ilhas do Caribe (Antilhas e Trinidad).

Observação sobre o nome da espécie: A palavra serrulatum no nome da es-pécie ser efere à margem das pinas for-temente serreadas.

13

evoluíram a partir de um mesmo ancestral comum, um dos critérios para definir grupos biológicos. Na realidade, o ancestral comum desses grupos também é o ancestral das plantascomsementes.Aclassificação das plantas vasculares sem sementes tem sofrido mudanças recentes e atualmente são reconhecidos dois

Folhascférteis e estéreis podem ser bem

Parecidas ou bem diferentes (além das

Estruturas reprodutivas) e asimilarida-

de pode ser um caráter que ajuda na

identificação da espécie.

Samambaias e licófitas incluem to- das as plantas que apresentam as características descritas acima. No entanto, a reunião de todas as espé- cies com tais semelhanças morfoló- gicas em apenas um único grupo é reconhecidamente uma classificação que chamamos de “artificial”, uma vez que nem todas as espécies

Báculos (folhas jovens, se desenrolando),

protegidos por escamas (A, B) e por pêlos (C).

A) Cyathea lasiosora, B) Lomariopsis prieuriana

e C) Hemionitis rufa.

14

Descrição – visíveis em campo: Adul- tos:epífitos,pendentes(A).Folhas:com até de 2,5 cm de comprimento, nascem agrupadas e são parcialmente recorta- das,folhasférteiseestéreissemelhantes na forma. Caule: com densa massa de raízes que se aderem ao tronco de ár- vores (B). Soros: alaranjados, em linhas bifurcadas, acompanhando as nervuras (C), sem indúsio.

Descrição – visíveis em laboratório: As escamas do caule são brilhantes; os soros possuem paráfises avermelhadas, finas e compridas e os esporos são triletes.

Dicas de campo: Pode ser reconhecida peloformatodafolhabifurcada(A),pelo pequenotamanhoepelossoroslineares e alaranjados (C). São pequenos, mas muito comuns. Para encontrá-los, é necessário olhar bem próximo aos tron- cos das árvores, especialmente troncos levemente inclinados.

Ecologia e distribuição: É comum. Cresce em troncos deárvoresemflores- tas densas, geralmente a menos de 2 m de altura. Ocorre desde o sul do México atéosudestedoBrasil,inclusiveemilhas do sul do Caribe.

Observaçãosobreonomedaespécie: Apalavrapumilanonomedaespéciese refere ao pequeno porte que a planta apresenta.

15

Descrição–visíveis em campo:

Adutos: terrestres ou sobre pedras, com cer-ca de 50 cm de altura (A), mas po-dem chegar até1m,inteiramente recobertos por pêlos brancos e compridos(C).Folhas: pinadas, com5-12 pares de pinas férteis e estéreis semelhan-tes na forma, porém as férteis mais compridas. Pinas: com a base em forma de coração, com cerca de 4 cm de comprimento, pinado ápice maior do que as demais (B). Pecíolo: longo, com até 25 Cm comprimento. Soros: formando linhas levemente curvadas desde a nervure central da pina até a margem, às vezes bifurcados (D), sem indúsio.

Descrição – visíveis em laboratorio: Ápice do rizoma recoberto por escamas castanho-claras ou aver-melhadas, brilhantes e filiformes.

Dicas de campo: A características-

mais marcante da espécie são os

pêlos brancos compridos recobrindo

todo o individuo. Quando férteis, os soros lineares, levemente curvados eàs vezes bifur-cados são uma boa dica.

Ecologia e distribuição: É rara. Ocor- re em áreas abertas e pedregosas. Na REBIO Uatumã, foi encontrada apenas uma população em uma pe-quena área de pedras e dossel aber-to. Os indivíduios encontrados na REBIO do Uatumã possuem a base das pinas em forma de coração, uma característica diferente da maioria dos demais indivíduos conheci- Dos desta espécie. Ocorre desde o sul do México até a Bolívia, nas Gui-anas e norte do Brasil e nas Grandes Antilhas.

Observação sobre o nome da

epécie: A palavra rufa no nome da espécie se refere aos pêlos avermelhados que recobrem todas as partes da planta.

16

Fonte Bibliográfica

Apostila Botânica Pronta

Guia de Samambaias 2008

Botânica—aula 2 prof. M.Sc. André Walsh Monteiro

Módulo Botânica III prof. Hubertt Lima Verde

Imagens retiradas da internet

Este material poderá ser distribuído e reproduzido gratuitamente.