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1 A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO MÓDULO 11 • UNIDADE 1 A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO SAÚDE DA MULHER

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1A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

MÓDULO 11 • UNIDADE 1

A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

SAÚDE DA MULHER

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São Luís2014

módulo 11 • uNIdAdE 1

SAÚDE DA MULHER

A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOReitor

Natalino Salgado Filho

Vice-Reitor

Antonio José Silva Oliveira

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Fernando de Carvalho Silva

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - UFMADiretora

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COMITÊ GESTOR – UNA-SUS/UFMA

Coordenação Geral

Ana Emília Figueiredo de Oliveira

Coordenação Pedagógica

Deborah de Castro e Lima Baesse

Coordenação de Tecnologias e Hipermídias

Rômulo Martins França

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(CRB 13ª Região nº de Registro – 453)

REVISÃO ORTOGRÁFICAFábio Allex

REVISÃO TÉCNICACamila Carvalho Amorim

Claudio Vanucci Silva de FreitasFabrício Silva Pessoa

Judith Rafaelle Oliveira PinhoVinícius Mendes Albuquerque

DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINALMarcio Henrique Sá Netto Costa

ILUSTRAÇÕESCamila Santos de Castro e Lima

Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA

A Saúde da mulher e o Sistema Único de Saúde brasileiro/Ana Carolina Uruçu Rego Fernandes; Dayana Dourado de Oliveira Costa; Mayara Pereira; Paola Trindade Garcia (Org.). - São Luís, 2014.

40f.: il.

CDU 613.9-055.2

1. Saúde da mulher. 2. Sistema Único de Saúde. 3. Atenção primária à saúde. 4. UNA-SUS/UFMA. I. Amorim, Camila Carvalho. II. Freitas, Claudio Vanucci Silva de. III. Pessoa, Fabrício Silva. IV. Pinho, Judith Rafaelle Oliveira. V. Albuquerque, Vinicius Mendes. VI. Título.

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ApRESENTAçÃO

Discutir a saúde da mulher e o SUS tem por objetivo analisar o

contexto da construção de políticas de saúde e o papel da mulher na

sociedade brasileira.

Existem vários conceitos sobre saúde da mulher, perpassando de

concepções mais restritas, que abordam apenas aspectos da anatomia e

biologia do corpo feminino, até concepções mais ampliadas, que interatuam

com dimensões dos direitos humanos e questões relacionadas à cidadania.

Nesta unidade abordaremos a evolução histórica das políticas, bem como o

arcabouço político, jurídico e instrucional que trazem a temática saúde da

mulher em seu escopo.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Atuação da ESF na Atenção à Saúde da Mulher ................... 18Figura 2 - proposta de fluxo de atendimento da Saúde da Mulher em

ApS ........................................................................................... 19Figura 3 - Fluxograma para atendimento de atraso menstrual ........... 27Figura 4 - Fluxograma de atendimento de sangramento vaginal ....... 28Figura 5 - Fluxograma de atendimento de dor ao urinar ..................... 29Figura 6 - Fluxograma de atendimento de corrimento vaginal ........... 30Figura 7 - Fluxograma de dor/caroço na mama .................................... 31Figura 8 - Fluxograma para realização do exame de papanicolau ...... 32Figura 9 - Fluxograma de atendimento de dor no baixo ventre .......... 33

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 ................................................................................................................................8

1 A MULHER NO CONTExTO HISTÓRICO BRASILEIRO ........................8

1.1 Evolução histórica das políticas de Atenção à Saúde da

Mulher ..........................................................................................................................8

1.2 Situação sociodemográfica das mulheres brasileiras ....................11

1.3 pacto pela saúde ...................................................................................................14

2 SAÚDE DA MULHER NA ATENçÃO BÁSICA EM SAÚDE ...................17

2.1 Atribuições dos profissionais da Atenção na Saúde da

Mulher ..........................................................................................................................19

2.2 Atuação da Estratégia Saúde da Família para promoção da

saúde da mulher ....................................................................................................21

3 pLANEjAMENTO EM SAÚDE DA MULHER ..............................................22

4 ORGANIzAçÃO DA DEMANDA ESpONTÂNEA NA ApS ...................26

5 pMAq NO CONTExTO DA SAÚDE DA MULHER ....................................34

REFERÊNCIAS ......................................................................................................37

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8A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

UNIDADE 1

1 A MULHER NO CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO

1.1 Evolução histórica das Políticas de Atenção à Saúde da Mulher

A saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às questões relacionadas à gestação e ao parto. os programas materno-infantis, elaborados nas décadas de 30, 50 e 70, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares.

Na década de 50, as ações de saúde sofriam forte influência dos chamados ‘Estados de Bem Estar’ (Welfare States), oriundos da Europa, que se direcionavam a grupos vulneráveis. No Brasil, especialmente em relação à saúde da mulher, o objetivo seria fazer das mulheres “melhores mães”, assim a maternidade era o papel mais importante da mulher na sociedade; a criação dos filhos era para a mulher o papel mais relevante em relação ao desenvolvimento econômico. Dessa forma, nesse período foram iniciadas medidas de combate à desnutrição e de planejamento familiar.

Na década de 1970 há um enfoque maior às

questões relacionadas à equidade, que foi tema na Conferência do Ano

Internacional da Mulher (1975) e do Plano da

Década da Mulher (1976 – 1985).

Os objetivos eram integrar as mulheres no processo de desenvolvimento, preocupando-se com sua autonomia política e econômica e com a redução da desigualdade com os homens.

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Pensando nessas e em outras questões, foi criado em 1975 o programa materno-infantil, que continha delineamentos gerais sobre proteção e assistência materno-infantil e buscava englobar cuidados ao período pré-concepcional, pré-natal, parto e puerpério. o programa tinha forte ação de organismos internacionais controlistas, como a Sociedade Civil de Bem Estar Familiar no Brasil (Bemfam) e, assim como todo programa vertical, fragmentado, reducionista e desarticulado de outras ações e propostas mais amplas, apresentou baixo impacto nos indicadores de saúde da mulher.

Na década de 1980, por sua vez, no auge do movimento feminista brasileiro, os programas iniciais destinados à saúde da mulher são fortemente criticados, uma vez que a mulher tinha acesso apenas a alguns cuidados de saúde no ciclo gravídico-puerperal, ficando sem assistência na maior parte de sua vida. Com forte atuação no campo da saúde, o movimento de mulheres

contribuiu para introduzir na agenda política nacional questões até então relegadas ao segundo plano, por serem consideradas restritas ao espaço e às relações privadas.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde criou, em 1984, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism), marcando, especialmente, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para escolha de prioridades neste campo. o Paism incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres (BRASIL, 1984).

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10A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

A partir de 1984, inicia-se a distribuição, pelas secretarias estaduais de Saúde, de documentos técnicos que iriam nortear as “Ações Básicas de Assistência Integral à Saúde da Mulher”. Em 2003, a área técnica de Saúde da Mulher identifica a necessidade de articular com outras áreas técnicas e de propor novas ações para a atenção das mulheres rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias, lésbicas, e a participação nas discussões e atividades sobre saúde da mulher e meio ambiente (BRASIL, 2011).

No ano de 2004, mais precisamente em 28 de maio de 2004, o

Ministério da Saúde propõe diretrizes para a humanização e a qualidade do

atendimento. Toma como base os dados epidemiológicos e as reivindicações

de diversos segmentos sociais para apresentar os princípios e diretrizes da

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.

No ano de 2011, o Ministério da Saúde, em parceria com diversos

setores da sociedade, em especial com o movimento de mulheres, o

movimento negro e o de trabalhadoras rurais, sociedades científicas,

pesquisadores e estudiosos da área, organizações não governamentais,

gestores do SUS e agências de cooperação internacionais, elabora o

documento com a 2ª reimpressão desta política que traz uma série de

diretrizes e objetivos gerais e específicos, tais como:

Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras,

mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso

aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde

em todo território brasileiro;

Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil,

especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos

grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie;

Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema

Único de Saúde (BRASIL, 2011).

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11A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

REFLITA COMIGO!

Quais são as ações de sua unidade que estão contribuindo para

o fortalecimento da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher?

Quais ações você considera como prioritárias para a

integralidade das ações direcionadas à saúde da mulher?

SAIBA MAIS!

Leia “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher:

princípios e diretrizes”, publicada pelo Ministério da Saúde em 2011.

Disponível em: http://goo.gl/YVlPuv.

1.2 Situação sociodemográfi ca das mulheres brasileiras

Considerando a diversidade que caracteriza o país, seja em relação às

condições socioeconômicas e culturais, seja em relação ao acesso às ações

e serviços de saúde, entende-se que o perfi l epidemiológico da população

feminina apresente diferenças importantes nas regiões brasileiras.

A Síntese de Indicadores Sociais 2002, do IBGE, apresenta os seguin-

tes dados: a população feminina ocupada concentra-se nas classes de rendi-

mento mais baixas - 71,3% das mulheres que trabalham ganham até dois sa-

A Síntese de Indicadores Sociais 2002, do IBGE, apresenta os seguin-

A população feminina brasileira foi projetada em 89.800.471 pessoas para o ano de 2003,

representando aproximadamente 50,77% da população total,

incluindo as crianças;

As mulheres em idade reprodutiva, ou seja, de 10 a 49 anos, são

58.404.409 e representam 65% do total da população feminina,

conformando um segmento social importante para a elaboração das

políticas de saúde.

Quais são as ações de sua unidade que estão contribuindo para

o fortalecimento da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher?

Quais ações você considera como prioritárias para a

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12A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

lários mínimos, contra 55,1% dos homens, e a desigualdade salarial aumenta

conforme a remuneração. A proporção de homens que ganham mais de cinco

salários mínimos é de 15,5% e das mulheres é de 9,2%. No que se refere ao

trabalho doméstico, as mulheres dedicadas a essa atividade (19,2%) e que não

recebem remuneração (10,5%) é bem maior do que a dos homens (0,8% e

5,9%, respectivamente) para o ano de 2003 (IBGE, 2003). Veja a distribuição

das proporções no gráfi co abaixo:

Gráfi co 1 - Salário médio entre homens e mulheres.

Na publicação síntese de indicadores sociais do IBGE do ano de

2010, 30,3% dos trabalhadores de carteira assinada eram mulheres. Dados

importantes com relação a esse censo são referentes à violência contra

mulheres. A Central de Atendimento à Mulher (ligue 180) registrou, no ano

de 2009, 401.729 atendimentos, do quais 81,8% estavam relacionados à

violência doméstica e familiar, 92,5% das denúncias foram feitas pelas vítimas,

e em 68,7% dos casos o agressor era o cônjuge ou o companheiro (IBGE,

2010).

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13A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

outra modificação importante na situação social das mulheres

brasileiras foi que em 2012, aquelas com menos de sete anos de estudo

apresentaram um padrão de fecundidade extremamente jovem (o grupo de

20 a 24 anos de idade concentra 37,0% da fecundidade total). Já mulheres

mais instruídas, com tempo de estudo superior a oito anos, apresentam

declínio na fecundidade. os grupos de 20 a 24 e de 25 a 29 anos de idade

representam 25,0% e 24,8%, respectivamente, da fecundidade total

(IBGE, 2012).

No Brasil, a dimensão racial constitui um desafio à implementação

de políticas públicas, dada a distância existente entre os níveis de bem-

estar da população branca e da afrodescendente em todas as regiões do

país. A igualdade de gênero, raça e etnia impõe o reconhecimento dessa

dimensão da desigualdade social no Brasil. Essa situação é ainda mais

grave em se tratando das mulheres afrodescendentes. A realidade é

multifacetada e sua complexidade deve ser considerada na formulação de

políticas públicas.

As principais causas de morte da população feminina no Brasil são

as doenças cardiovasculares, destacando-se o infarto agudo do miocárdio

e o acidente vascular cerebral; as neoplasias, principalmente o câncer de

mama, de pulmão e o de colo do útero; as doenças do aparelho respiratório,

marcadamente as pneumonias (que podem estar encobrindo casos de Aids

não diagnosticados); doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, com

destaque para o diabetes; e as causas externas.

VAMOS PRATICAR?

Realize um trabalho de mapeamento em sua área,

identifi cando a situação social e as condições de saúde das

mulheres cadastradas em sua unidade. o ideal é que essa

construção seja coletiva, isto é, em conjunto com toda a

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14A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

equipe de saúde da família. Ao final, elabore um mural e exponha essas

informações em local visível a todos, na própria unidade. Esse material

subsidiará a construção de atividades norteadoras para a saúde da mulher de

sua unidade.

1.3 Pacto pela saúde

o documento das Diretrizes do Pacto pela Saúde em 2006 -

Consolidação do Sistema Único de Saúde, publicado na Portaria/GM nº 399,

de 22 de fevereiro de 2006, contempla o Pacto firmado entre os gestores do

SUS, em suas três dimensões: pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

Neste tópico, nos deteremos ao Pacto pela Vida, especialmente às

prioridades relacionadas intimamente à saúde da mulher. o Pacto pela Vida

consiste no compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades

que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. A

definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais,

estaduais, regionais ou municipais. os estados/regiões/municípios devem

pactuar as ações necessárias para o alcance das metas e dos objetivos

propostos.

A temática saúde da mulher se faz presente no Pacto pela Vida,

encontrando-se, segundo Brasil (2006), claramente listada no campo das seis

prioridades, dentre as quais, destacam-se:

Saúde do Idoso;

Redução da mortalidade infantil e materna;

Promoção da saúde;

Controle do câncer do colo do útero e da mama;

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15A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e

endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e

influenza;

Fortalecimento da Atenção Básica.

Consistem em objetivos e metas para o controle do câncer do colo do

útero definidos no Pacto pela Vida (BRASIL, 2006):

OBJETIVOS E METAS

• Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo do

útero, conforme protocolo, em 2006;

• Incentivo para a realização da cirurgia de alta frequência, técnica

que utiliza um instrumental especial para a retirada de lesões ou

parte do colo uterino comprometido (com lesões intraepiteliais

de alto grau) com menor dano possível, que pode ser realizada em

ambulatório, com pagamento diferenciado, em 2006.

Consistem em objetivos e metas para o controle do câncer de mama

definidos no Pacto pela Vida (BRASIL, 2006):

OBJETIVOS E METAS

• Ampliar para 60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo;

• Realizar a punção em 100% dos casos necessários, conforme protocolo.

Consistem em objetivos e metas para redução da mortalidade infantil

definidos no Pacto pela Vida (BRASIL, 2006):

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16A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

OBJETIVOS E METAS

• Reduzir a mortalidade neonatal em 5%;

• Reduzir em 50% os óbitos por doença diarreica e em 20% por pneumonia;

• Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para a qualificação da atenção às doenças prevalentes;

• Criação de comitês de vigilância do óbito em 80% dos municípios com população acima de 80 mil habitantes.

Consistem em objetivos e metas para redução da mortalidade mater-

na definidos no Pacto pela Vida (BRASIL, 2006):

OBJETIVOS E METAS

• Reduzir em 5% a razão da mortalidade materna, em 2006;

• Garantir insumos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto;

• Qualificar os pontos de distribuição de sangue para que atendam às necessidades das maternidades e outros locais de parto.

SAIBA MAIS!

Leia o manual “Diretrizes operacionais dos pactos pela vida em defesa

do SUS e de gestão”, publicado pelo Ministério da Saúde em 2006.

Disponível em: http://goo.gl/18IPCI.

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17A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

REFLITA COMIGO!

Quais dos objetivos e metas defi nidos pelo Pacto pela

Vida, relacionados diretamente à saúde da mulher, podem ser

facilmente executáveis na Atenção Básica pela

Equipe de Saúde da Família? Justifi que.

Quais ações de sua unidade estão atendendo à

humanização e à qualidade da atenção em saúde para as

mulheres?

2 SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

A Atenção Básica (AB) é sem dúvidas a porta de entrada da mulher

no Sistema Único de Saúde. Possibilitar ações de promoção, prevenção,

diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e coordenação do usuário na

rede são responsabilidades das equipes que atuam nesse nível de atenção.

A Equipe de Saúde da Família (ESF) deve estar preparada para acolher

a mulher no sistema de saúde, com uma proposta inovadora, multiprofi ssional

e humanizada, com o objetivo de dar resolutividade das ações e criar vínculo

da mulher com os profi ssionais da ESF. Acompanhe a seguir o esquema que,

segundo Gusso e Lopes (2012), ajuda a compreender melhor a atuação da ESF

na Atenção à Saúde da Mulher:

Quais dos objetivos e metas defi nidos pelo Pacto pela

Vida, relacionados diretamente à saúde da mulher, podem ser

facilmente executáveis na Atenção Básica pela

Quais ações de sua unidade estão atendendo à

humanização e à qualidade da atenção em saúde para as

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18A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

Figura 1 - Atuação da ESF na Atenção à Saúde da Mulher.

o acolhimento da mulher na UBS deve ser organizado e com distri-

buição de responsabilidades. Acompanhe a seguir uma proposta de fluxo de

atendimento da Saúde da Mulher em APS (GUSSo; LoPES, 2012):

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19A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Figura 2 – Proposta de fl uxo de atendimento da Saúde da Mulher em

APS.

2.1 Atribuições dos profi ssionais da Atenção Básica na Saúde da Mulher

• Atribuições comuns a todos os profi ssionais da equipe

SAÚDE• Acolher as usuárias de forma humanizada;• Conhecer hábitos de vida, condições e estratégias de saúde;

DA• Trabalhar em equipe, valorizando saberes e práticas;• Desenvolver atividades educativas, individuais ou coletivas;

MULHER• Prestar atenção integral e contínua às necessidades de saúde da mulher, articulada com os demais níveis de atenção, com vistas ao cuidado longitudinal (ao longo do tempo).

Fonte: Adaptado de: GUSSo, Gustavo; LoPES, José Mauro Ceratti (org.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

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20A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

• Atribuições específicas dos profissionais da equipe

• Atribuições do agente comunitário de saúde (ACS)

ü Realizar a integração entre a equipe de saúde e a população

adscrita, tratando sempre de possibilitar informações da

comunidade, principalmente de mulheres em situação de risco.

ü Desenvolver ações educacionais principalmente com respeito ao

controle dos cânceres do colo do útero e da mama.

ü Conhecer a importância da realização da coleta de exame

preventivo para detecção precoce do câncer do colo uterino e as

recomendações e as demandas para detecção precoce do câncer

de mama na população feminina de sua microárea.

ü Realizar o acompanhamento das mulheres que tenham resultados

do exame preventivo alterado, amostras insatisfatórias e sem

anormalidades para o acompanhamento periódico.

ü Realizar busca ativa para rastreamento de mulheres de sua

microárea para detecção precoce dos cânceres do colo do útero e

de mama (GUSSo; LoPES, 2012).

• Atribuições do enfermeiro

ü Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo

e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares

e prescrever medicações, conforme protocolo ou outras

normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal,

observadas as disposições legais da profissão.

ü Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de

referência de média e alta complexidade respeitando fluxos

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21A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

de referência e contrarreferência locais e mantendo sua

responsabilização pelo acompanhamento dessa usuária.

ü Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de

enfermagem.

ü Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais

necessários para a realização das ações propostas (GUSSo; LoPES,

2012).

• Atribuições do médico

ü Realizar consulta médica, coleta de exame preventivo e exame

clínico das mamas.

ü Avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico.

ü Emitir prescrição do tratamento medicamentoso, quando

necessário.

ü Encaminhar, quando necessário, as usuárias a serviços de

referência de média e alta complexidade, respeitando fluxos de

referência e contrarreferência locais e mantendo responsabilização

pelo acompanhamento dessa usuária (GUSSo; LoPES, 2012).

2.2 Atuação da Estratégia Saúde da Família para promoção da saúde da mulher

Após compreender o contexto histórico de surgimento e desenvol-

vimento das políticas de atenção à saúde da mulher, neste tópico faremos o

exercício da construção do papel da equipe da ESF para a saúde da mulher,

por meio do planejamento de ações na direção da construção de protocolos

de cuidados.

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22A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO 22

Para toda e qualquer atividade de linha de cuidado na Atenção Básica

se faz necessário o planejamento de atividades. Na ESF isso não é diferente.

Planejar não signifi ca improvisar. o planejamento refere-se a uma preparação

e organização sistemática do que se irá fazer, no qual se deve acompanhar sua

execução, reformular decisões já adotadas, redirecionar sua execução, se ne-

cessário, e avaliar o resultado durante todo o processo e ao fi nal. Na equipe da

ESF, o planejamento deve ser uma atitude permanente e não apenas pontual.

3 PLANEJAMENTO EM SAÚDE DA MULHER

Com relação às ações de saúde, o planejamento participativo mostra-

se mais adequado, uma vez que envolve diversos atores. Dessa forma, plane-

jar é condição necessária para que as ações possam ser desenvolvidas de for-

ma mais qualifi cada, gerando benefícios efetivos à população. Vale ressaltar

que um dos princípios do planejamento participativo refere-se à fl exibilidade

que permite a reformulação das ações planejadas durante sua execução.

Pensando nesses aspectos, neste primeiro momento você deve rea-

lizar um diagnóstico situacional das condições de vida e saúde das mulheres

de território.

Questões norteadoras do diagnóstico situacional para saúde da mulher:

ü Qual o número de mulheres maiores de 10 anos e

sua distri buição por faixa etária?

ü Qual sua origem e para onde vão quando se

mudam de seu território?

ü Quais as principais estratégias de sobrevivência

dessas mulheres?

ü Quantas são chefes de família?

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23A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

ü Quais suas principais ocupações e o que fazem para se sustentar?

ü Quanto recebem pelo trabalho realizado?

ü Qual sua escolaridade?

ü Quais as principais causas de morbidade das mulheres de seu território

e/ou município?

ü Quais as principais causas de óbito das mulheres do seu território e/

ou município?

VAMOS PRATICAR?

Que tal, a partir dos dados e informações levantadas,

fazer uma tabulação e apresentá-la por meio de tabelas

e gráfi cos? Com base nesses dados e na observação do seu

cotidiano, elabore uma estratégia de atuação adequada para o

diagnóstico realizado, respeitando o fl uxograma do planejamento

aqui apresentado. Cada profi ssional da equipe deve contribuir

com atividades coletivas e/ou individuais que respeitam seu

campo e núcleo de atuação. Assim, deverá ser preenchida

uma planilha contendo as ações de cada profi ssional.

Discuta essa planilha com seus colegas de trabalho e veja

divergências e convergências de cada proposta.

o processo de trabalho das ESF é caracterizado, dentre outros fatores,

pelo trabalho interdisciplinar e em equipe, pela valorização dos diversos

saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva,

e pelo acompanhamento e avaliação sistemática das ações implementadas,

visando à readequação do processo de trabalho, independentemente da área

estratégica de atuação em questão (oLIVEIRA; FoNSECA, 2007).

Propomos neste momento oferecer subsídios/bases por meio da

problematização para construção de protocolos de cuidados que possam

garantir: atenção ao planejamento familiar, ao ciclo gravídico puerperal e ao

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24A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

climatério. Nesse sentido, ofertaremos direcionamentos para essa construção,

entendendo que ela é coletiva e singular a cada região, estado ou município

onde for estabelecida. Para melhor compreensão, apresentamos questões

norteadoras, respeitando os seguintes blocos:

Planejamento familiar

• A comunidade conhece as atividades de planejamento familiar desenvolvidas pela equipe da ESF?

• Como têm sido desenvolvidas as atividades educativas relativas ao planejamento familiar?

• Como se dá a participação da equipe multiprofissional nas atividades relativas ao planejamento familiar?

• Como os usuários (as) participam da escolha dos métodos contraceptivos?

• Como é realizada a assistência nos casos de infertilidade conjugal?

• Como é tratada a contracepção de emergência em sua unidade?

• Existe disponibilidade contínua dos métodos contraceptivos para

os usuários de seu território e/ou município?

Ciclo gravídico-puerperal

• o cartão da gestante está sendo preenchido a cada atendimento em sua unidade?

• Como é realizado o acolhimento das gestantes que estão sob a responsabilidade de sua equipe?

• Como você e sua equipe têm prestado assistência à gestante e à puérpera?

• Quantas consultas estão sendo disponibilizadas para cada gestante?

• Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das gestantes pela sua equipe?

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25A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

• Como sua equipe tem desenvolvido as atividades educativas com

as gestantes e puérperas do seu território e/ou município?

Climatério

• Como tem sido a atenção de sua equipe às mulheres com distúrbios relacionados ao climatério em seu território?

• Como os sintomas do climatério têm sido tratados pela equipe?

• Como a sua equipe tem trabalhado na promoção da saúde das mulheres no climatério?

• Como tem sido o acompanhamento da saúde bucal das mulheres no climatério pela sua equipe?

Sugestões de atividades que devem ser realizadas pela equipe da ESF

• Grupo de ‘casais grávidos’;

• Grupos para melhor idade;

• Reuniões com a comunidade sobre planejamento familiar;

• Sistematização da oferta de métodos contraceptivos juntos aos usuários;

• Atividades permanentes de agendamento e realização da coleta do Papanicolau e exame físico das mamas.

IMPORTANTE!

Todos os profissionais devem saber que a atenção pré-natal e puerperal deve ser prestada pela equipe multiprofissional de saúde. As consultas de pré-natal e puerpério podem ser realizadas pelo profissional médico ou de enfermagem. De acordo com a Lei de Exercício Profissional de Enfermagem - Decreto Nº 94.406/87 -, o pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado pelo (a) enfermeiro (a).

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26A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

Atenção para o calendário de datas importantes relacionadas à saúde da mulher:

Mês Dia Evento

Março 08 Dia Internacional da Mulher

Abril 30 Dia Nacional da Mulher

Maio 28 Dia de Enfrentamento à Mortalidade Materna

Setembro

06

23

26

Dia Internacional de Ação pela Igualdade da Mulher

Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Meninas

Dia Mundial de Prevenção à Gravidez na Adolescência

Novembro 25 Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher

Desejamos que estas bases, seguidas da construção do seu estudo

e planejamento, possam trazer subsídios importantes para sua prática,

de modo que você e toda a equipe multiprofissional continuem atuando

como ativadores do processo de organização da assis tência integral à saúde

da mulher, instrumentalizados por linhas de cuidados e protocolos aqui

discutidos e fomentados.

SAIBA MAIS!

Leia: COELHO, Suelene; FRANCO, Yula Porto. Saúde da mulher. Belo Horizonte: Nescon, UFMG, Coopmed, 2009.

4 ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA ESPONTÂNEA NA APS

A organização do processo de trabalho é fundamental na APS,

possibilitando um acolhimento de qualidade, maior acesso das usuárias e

distribuição de responsabilidade para os profissionais de saúde.

A seguir, acompanhe alguns fluxogramas de acolhimento que ajudam

compreender melhor esta reflexão.

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27A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Atraso menstrual

Figura 3 - Fluxograma para atendimento de atraso menstrual.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: http://goo.gl/4e9wyq.

Figura 3 - Fluxograma para atendimento de atraso menstrual.

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28A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Sangramento vaginal

Figura 4 - Fluxograma de atendimento de sangramento vaginal.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: http://goo.gl/5LdymS.

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29A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Dor ao urinar

Figura 5 - Fluxograma de atendimento de dor ao urinar.

*Em situação de violência referir-se ao fl uxo de atendimento de casos de violência - rede ambulatória.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: http://goo.gl/r461Uv.

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30A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Corrimento vaginal

Figura 6 - Fluxograma de atendimento de corrimento vaginal.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p.Disponível em: http://goo.gl/9xwk71.

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31A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Dor ou caroço na mama

Figura 7 - Fluxograma de dor/caroço na mama.

*Em situação de violência referir-se ao fl uxo de atendimento de casos de violência - rede ambulatória.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p.Disponível em: http://goo.gl/QFWRMm.

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32A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Exame de Papanicolau

Figura 8 - Fluxograma para realização do exame de Papanicolau.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: http://goo.gl/CkPhfz.

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Dor no baixo ventre

Figura 9 - Fluxograma de atendimento de dor no baixo ventre.

*Em situação de violência referir-se ao fl uxo de atendimento de casos de violência - rede ambulatória.

Fonte: Adaptado de: CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fl uxos sob a ótica do risco/vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p. Disponível em: http://goo.gl/ngT7FW.

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34A SAÚDE DA MULHER E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

VAMOS PRATICAR?

Que tal, a partir dos fl uxogramas anteriores, construir junto com sua equipe uma proposta de organização do serviço em forma de fl uxogramas? Com base nesses fl uxogramas anteriores e na observação do seu cotidiano, elabore uma proposta de atuação adequada para a organização da demanda, respeitando a atuação de cada profi ssional.

5 PMAQ NO CONTEXTO DA SAÚDE DA MULHER

o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) surge com o objetivo de ampliar o acesso e garantir a melhoria da qualidade da atenção básica, com um padrão de qualidade nacional, regional e local, com ações diretas na Atenção Básica em Saúde (BRASIL, 2013).

A estratégia inicial do PMAQ é trabalhar um modelo de avaliação de desempenho dos sistemas de saúde, no âmbito municipal, estadual e federal, e dessa forma mensurar os possíveis efeitos de políticas de saúde com vistas a subsidiar a tomada de decisão, garantir a transparência dos processos de gestão do SUS e dar visibilidade aos resultados alcançados, além de fortalecer o controle social e o foco do sistema de saúde nos usuários.

Para avaliação do desempenho e monitoramento foram selecionados 47 indicadores, subdivididos em seis áreas estratégicas (saúde da mulher, saúde da criança, doenças crônicas, produção geral, doenças transmissíveis e saúde mental), alinhados aos programas estratégicos do MS (Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência), pactuados pelas três esferas de governo (BRASIL, 2013).

Esses indicadores foram classifi cados em:

a) Indicadores de desempenho: vinculados ao processo de certifi cação e que serão utilizados para a classifi cação das equipes, conforme o seu

desempenho;

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35A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

b) Indicadores de monitoramento: a serem acompanhados de forma

regular para complementação de informações sobre a oferta de serviços

e resultados alcançados por cada equipe, sem, no entanto, influenciar na

pontuação atribuída às EAB no processo de avaliação externa. Nos próximos

ciclos de implementação do programa, esses indicadores poderão ser

incorporados ao conjunto de indicadores de desempenho (BRASIL, 2013).

A Saúde da Mulher faz parte das seis estratégias contempladas pelo

PMAQ, tendo como indicadores de avaliação:

Quadro 1 - Indicadores para as equipes (ESF/EAB parametrizada) que utilizam

o Siab, 2º Ciclo do PMAQ.

ÁREA ESTRATÉGICA INDICADoRES DE DESEMPENHo

1. SAÚDE DA

MULHER

1.1 Proporção de gestantes cadastradas pela equipe de

atenção básica;

1.2 Média de consultas de pré-natal por gestante cadastrada;

1.3 Proporção de gestantes que iniciaram o pré-natal no

primeiro trimestre;

1.4 Proporção de gestantes com o pré-natal no mês;

1.5 Proporção de gestantes com vacina em dia;

1.6 Proporção de mulheres com exame citopatológico do

colo do útero realizado na faixa etária de 15 anos ou mais.

ÁREA ESTRATÉGICA INDICADoRES DE MoNIToRAMENTo

1. SAÚDE DA MULHERProporção de gestantes acompanhadas por meio de

visitas domiciliares.

Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. PMAQ Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade: manual instrutivo para as Equipes de Atenção Básica (Saúde da Família, Saúde Bucal e Equipes Parametrizadas) e Nasf. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 38 p. Disponível em: http://goo.gl/D6lpgN.

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36A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

SAIBA MAIS!

Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção

Básica (PMAQ), Brasília, DF, 2013. Disponível no link: http://goo.gl/l0sr85.

Apresentamos aqui ferramentas importantes que irão auxiliar no

trabalho relacionado, de forma direta ou indireta, à saúde da mulher. Além

de protocolos assistenciais, o conhecimento dos processos históricos que

resultam nas políticas atuais e os protocolos de gestão, mesmo que no âmbito

da unidade de saúde, são indispensáveis para que você possa compreender

como lidar com os principais agravos em saúde da mulher, tornando assim o

processo de trabalho mais eficaz.

Considerações finais

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37A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases

da ação programática. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1984.

BRASIL. Presidência da República. Decreto Nº 94.406, de 8 de junho de

1987. Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre

o exercício da enfermagem, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 jun. 1987. Disponível em:

http://goo.gl/cHycTt. Acesso em: 12 jun. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes operacionais dos pactos pela vida em defesa do SUS e de gestão. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

(Série C. Projetos, Programas e Relatórios).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. PMAQ Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade: manual instrutivo para

as Equipes de Atenção Básica (Saúde da Família, Saúde Bucal e Equipes

Parametrizadas) e Nasf. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 38 p.

Disponível em: < http://goo.gl/iI9mW4>. Acesso em: 12 jun. 2014.

CAPoZZoLo, Angela Aparecida et al. (org.). 1º Caderno de apoio ao acolhimento: orientações, rotinas e fluxos sob a ótica do risco/

vulnerabilidade. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 167 p.

Disponível em: http://goo.gl/ZsRvPQ. Acesso em: 12 jun. 2014.

CoELHo, Suelene; FRANCo, Yula Porto. Saúde da mulher. Belo Horizonte:

Nescon, UFMG, Coopmed, 2009.

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GUSSo, Gustavo; LoPES, José Mauro Ceratti (org.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre:

Artmed, 2012.

IBGE. Síntese de indicadores sociais confirma as desigualdades da sociedade brasileira. 2003. Disponível em: http://goo.gl/QQ14jw.

IBGE. Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão. Síntese de

indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população

brasileira 2010. Estudos & Pesquisas, Rio de Janeiro, n. 27, 2010. Disponível

em: http://goo.gl/Vy8efI. Acesso em: 6 ago. 2014.

IBGE. Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão. Síntese de

indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população

brasileira 2012. Estudos & Pesquisas, Rio de Janeiro, n. 29, 2012. Disponível

em: http://goo.gl/kqB2H4. Acesso em: 6 ago. 2014.

oLIVEIRA, Celin Camilo de; FoNSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da. Práticas

dos profissionais das equipes de Saúde da Família voltadas para as mulheres

em situação de violência sexual. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 41, n.

4, dec.  2007. 

Leitura complementar:

BARRoS, A. C. S. D.; BARBoSA, E. M.; GEBRIM, L. H. Diagnóstico e tratamento do Câncer de Mama. Sociedade Brasileira de Mastologia,

Sociedade Brasileira de Cancerologia, Sociedade Brasileira de Patologia,

Federação Brasileira de Ginecologia e obstetrícia, 2001. (Projeto Diretrizes).

BARRoS, Sonia Maria oliveira. Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. Barueri, São Paulo: Manole, 2006.

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39A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

_____. _____. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 124 p. (Cadernos

de Atenção Básica; n. 13) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível

em: http://goo.gl/YheJyW. Acesso em: 13 jun. 2014.

_____. _____. _____. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília, DF: Ministério

da Saúde, 2010. 300 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de

Atenção Básica, n. 26). Disponível em: http://goo.gl/Td0fNY. Acesso em: 13

jun. 2014.

_____. _____. _____. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para

profissionais de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. 20 p. (Série

F. Comunicação e Educação em Saúde) - (Série Direitos Sexuais e Direitos

Reprodutivos - Caderno nº 3). Disponível em: http://goo.gl/eSm4xd. Acesso

em: 13 jun. 2014.

_____. _____. _____. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada:

manual técnico. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 163 p. (Série A.

Normas e Manuais Técnicos) - (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

- Caderno nº 5). Disponível em: http://goo.gl/MGw2oc. Acesso em: 13 jun.

2014.

_____. _____. _____. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa.

Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. 192 p. (Série A. Normas e Manuais

Técnicos) (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos - Caderno, n.9).

Disponível em: http://goo.gl/T6q6zh. Acesso em: 13 jun. 2014.

_____. _____. _____. Assistência em planejamento familiar: manual técnico. 4.

ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002. 150 p. (Série A. Normas e Manuais

Técnicos; n.40). Disponível em: http://goo.gl/TrSxQQ. Acesso em: 13 jun.

2014.

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40A SAÚDE DA MULHER E o SISTEMA ÚNICo DE SAÚDE BRASILEIRo

_____. _____. _____. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada

à mulher. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001. 199 p.

Disponível em: http://goo.gl/qiyk4s. Acesso em: 13 jun. 2014.

_____._____. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Falando sobre o câncer de mama. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, INCA, 2002. 66 p. Disponível

em: http://goo.gl/MKFuBT. Acesso em: 13 jun. 2014.

_____. _____. _____. Plano integrado de enfrentamento da feminização da epidemia de aids e outras DST. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007.

Disponível em: http://goo.gl/KJD9fp. Acesso em: 13 jun. 2014.

INCA. Ministério da Saúde. Controle do câncer de mama: documento consenso. Rio de Janeiro, RJ: INCA, 2004. 33 p.

Disponível em: http://goo.gl/JxtnpQ. Acesso em: 13 jun. 2014.