RRPP Atualidades 2012/2

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RRPP Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 19 n° 34 - Porto Alegre, RS, Brasil - Dezembro 2012 Versão digital: www.rrpponline.com.br Atualidades OS MEDIADORES DO SÉCULO 21 RELAÇÕES-PÚBLICAS A comunicação organizacional chega ao infinito nas redes sociais, a consciência cidadã e as exigências do consumidor são outros desafios Único curso de Relações Públicas cinco estrelas do Brasil, pela segunda vez no Guia do Estudante, a PUCRS prepara o profissional exigido hoje

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Revista RRPP Atualidades - versão impressa 2012/2 - ano 18 - n° 36 - dezembro de 2012

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RRPPRevista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 19 n° 34 - Porto Alegre, RS, Brasil - Dezembro 2012

Versão digital:www.rrpponline.com.br Atualidades

OS MEDIADORESDO SÉCULO 21

Relações-públicas

A comunicação organizacional chega ao infinito nas redes sociais,a consciência cidadã e as exigências do consumidor são outros desafios

∆ Único curso de Relações Públicas cinco estrelas do Brasil, pela segunda vez no Guia do Estudante, a PUCRS prepara o profissional exigido hoje

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Não é mais novidade no ambiente corpora-tivo que Pesquisa é uma ferramenta importan-te para o planejamento de comunicação. É por meio dela que se obtém informações valiosas que auxiliam em todo processo de decisão de uma organização. Os levantamentos quantitati-vos e qualitativos contribuem no esforço plane-jado, organizado e aprofundado de estudar um determinado problema, a fim de colher dados relevantes e tornar uma informação precisa. A aplicação de pesquisa possui técnicas e proce-dimentos científicos para estudar determinados públicos, reduzem incertezas e fornecem dados de extrema relevância.

Cristiane Mallman é diretora de atendimen-to da agência Happy House Brasil e especialis-ta em pesquisas. A agência possui métodos de amostragem que ajudam as organizações que procuram por seus serviços, a resolverem pro-blemas de relacionamento com seus públicos ou na obtenção de informações precisas sobre eles.

Para exemplificar o contexto, Cristiane uti-lizou dois cases em sua palestra realizada em se-tembro, na Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para alunos de comunicação social.

O primeiro case apresenta dados de uma pesquisa de satisfação em relação à comunica-ção interna da organização Cargill Carnes Bra-sil. O segundo avaliou os efeitos das ações e do processo de comunicação em relação a transição do CEO Report da empresa Vale. Ambas as pes-

quisas puderam identificar pontos relevantes na comunicação interna de cada uma delas.

A mensuração de resultados levou as orga-nizações a tomarem decisões e realizarem ações

com maior foco, precisão e certeza de atingir os objetivos traçados. No caso da empresa Vale, Cristiane destacou as principais dificuldades en-frentadas na aplicação da pesquisa. Como a Vale possui unidades espalhadas por diversos países e um público muito extenso, a agência precisou fazer uma pesquisa Global em parceria com o Ibope para aplicar a pesquisa com menor mar-gem de erro.

A pesquisa global é considerado um diferen-cial da Happy House. No levantamento, os pú-blicos da Vale foram classificados em três cate-gorias, com a intenção de melhor especificar os resultados. A organização avalia como positivos os resultados obtidos.

Bons profissionais de Relações Públicas devem dominar essa ferramenta e usufruir de todos seus benefícios, visto que sua principal função dentro das organizações é intermediar relações. Atualmente, nada é mais útil que a pes-quisa para estudar públicos e levantar informa-ções sobre os eles que permitem agir com base em conhecimento e sabedoria.

Conclui-se que os profissionais de comuni-cação, junto dos gestores organizacionais, preci-sam buscar mensurar tais práticas de comunica-ção, sabendo que para isso existem as pesquisas como ferramentas geradoras de indicadores de sucesso.

Camila de Boer Ribeiro, Karina ZanottoCostardi e Manuela de Almeida Ferreira

Públicos

Como conviverna Cidade Baixa• AcessoaosupermercadodaRuaLimaeSilvaéprejudicadonastardesdedomingo

O bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, é conhecido pela fama de ser o local preferido dos boêmios. A quantidade, qualidade e histó-ria dos estabelecimentos acabam tornado esse um dos pontos mais movimentados da cidade. Próximo, encontra-se a maior área verde da cidade, um dos mais disputados espaços de la-zer dos finais de semana da capital, o Parque Farroupilha.

Famílias, grupos de amigos e diversas tri-bos são encontradas aos sábados e domingos confraternizando. Desta maneira, junto ao chi-marrão, ao lanche e ao passeio com animais de estimação, a música alta e bebidas alcoólicas se tornaram corriqueiras para os moradores e visitantes. A tranquilidade que o Parque e o bairro deveriam transparecer, em alguns pon-tos, não é a realidade. Jovens, em sua maioria menores de idade, são vistos ingerindo bebidas

alcoólicas e utilizando drogas.

Ao anoitecer, com a Redenção completa-mente escura, essa tribo se desloca para um dos pontos da Cidade Baixa, a Rua Lima e Silva, em frente ao supermercado Zaffari. O ponto não parece muito atrativo, mas, talvez, a real motivação é o fácil acesso às bebidas. O local descontraído e propício ao encontro de amigos acaba por ser utilizado de maneira nada ade-quada. Transtornos são recorrentes, jovens bêbados, drogados, em trajes inapropriados, cenas constrangedoras são rotinas de quem habita o bairro, em grande parcela idosos.

Essa prática perturba os moradores, afi-nal, o acesso ao supermercado fica parcialmen-te interrompido. Muitos habitantes se progra-mam para fazer suas compras em horários em

que a entrada do ambiente esteja livre. Mora-dores relataram se deparar com cenas de sexo no interior dos banheiros do estabelecimento, causando desconforto e constrangimento.

O Zaffari busca se proteger e deixar o aces-so fácil aos clientes. Segurança reforçada e barreiras são instaladas todos os domingos ao final da tarde. Segundo Dionei Valler, assessor de comunicação da rede, atitudes são tomadas para a proteção e conforto dos clientes, como rígida política de averiguação de idade dos compradores de bebidas alcoólicas e disposição de apenas um banheiro público para os clientes.

Clarissa Lerino, Pâmela Cyprianoe Patrícia Dias

∆ A frente do supermercado ferve nas noites de domingo

A importância da pesquisa para planejar a comunicaçãoANDRESSA MOREIRA/FAMECOS

∆ Diretora de negócios Cristiane Mallman

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O curso de Relações Pú-blicas da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS

foi classificado pelo segundo ano consecutivo como cinco estrelas na avaliação de cursos superiores rea-lizado pelo Guia do Estudante (GE) 2012 da Editora Abril. A publicação é tradicional pela pesquisa que reconhece os melhores cursos de todo o país, tendo colocado o cur-so de RRPP no topo da avaliação, alcançando a marca “Excelente”. Mais uma vez, foi o único curso do Brasil a receber a classificação de “excelência”.

O curso de RRPP na Famecos/PUCRS teve início em março de 1967, com a transformação da Es-cola de Jornalismo em Faculdade dos Meios de Comunicação Social (Famecos). Com um currículo úni-co de três anos, era possível esco-lher uma entre três especializações: Jornalismo, Publicidade/ Propa-ganda e Relações Públicas. Em 1970, conforme resolução do Con-selho Federal, o Curso de Comuni-cação Social foi reestruturado e as matrículas dos alunos ingressantes passaram a ser efetuadas nas dife-rentes habilitações.

“Desde o começo, o curso teve a sua frente profissionais capaci-tados, dedicados a formar novos comunicadores com visão ética, humanística, histórica e crítica que atendam às demandas do mercado de trabalho, além de acompanhar a evolução social, econômica, políti-ca e cultural da realidade nacional e internacional, com o apoio das novas tecnologias para qualificar o relacionamento entre as insti-tuições e seus públicos”, destaca a coordenadora do curso, professo-ra Cláudia Peixoto de Moura, gra-duada nas três áreas (PP, RRPP e Jornal) e doutora em Comunicação Social. Atualmente, são 110 alunos no turno da manhã e 297 à noite no curso de Relações Públicas.

A graduação em RRPP da Fa-mecos está focado no relaciona-mento institucional, que ocorre “no âmbito humano, digital e in-ternacional, visando formar profis-sionais diferenciados e preparados

para os desafios do cenário con-temporâneo”, assegura Cláudia.

Garantindo ainda mais des-taque, o curso é o único da Fame-cos que conta com publicações que formam uma coleção teórica. Em agosto deste ano, foi lançado o ter-ceiro título da série RP: Relações Públicas: Planejamento e Comuni-cação. A coleção tem outras duas edições, Relações Públicas: Quem sabe, faz e explica e Relações Pú-blicas: Construindo Relaciona-mentos Estratégicos, também or-ganizados pela professora Souvenir Maria Gracyk Dornelles, todos com ensaios produzidos por pro-fessores da Famecos.

Bruna RicardoMarcelo Jarros

Reconhecimento

5 estrelas pela segunda vezCurso de Relações Públicas da PUC é consagrado no Guia do Estudante pelo segundo ano consecutivo

Planejamento e comunicação, o novo livroOs alunos do curso de Rela-

ções Públicas da Famecos têm o privilégio de poder usufruir de pu-blicações escritas pelos professores da instituição. Até o corrente ano contavam com Relações Públicas: quem sabe faz e explica Volume 1 e Relações Públicas: construindo relacionamentos estratégicos Volu-me 2. Em 16 de agosto, o Volume 3 foi lançado, intitulado, Relações Públicas: planejamento e comuni-cação, com a mesma organizadora das edições anteriores, a professora Souvenir Maria Graczyk Dornelles, reúne textos dos autores, Ana Bas-ségio, Alessandra Almeida, Flávio Paim Falcetta, Jacques Walnberg, Maria Inês Möllmann, Souvenir

Dornelles e Vanessa Ourique Pur-per. A coletânea de textos aborda a importância do planejamento nas diferentes áreas de comunicação.

No dia 16 de agosto, os alunos da Faculdade de Comunicação da PUCRS foram brindados com duas seções de autógrafos no saguão do prédio 7, uma pela manhã e outra à tarde. Os interessados puderam adquirir seu exemplar, autografa-do, com carinho, pelos professo-res. Momentos como este tornam o período de estada na universidade ainda mais especial. É de grande valia termos o trabalho dos mestres da casa valorizados com estas pu-blicações, bem como proporcionar aos estudantes a oportunidade de

ter acesso a uma ferramenta de es-tudo e de trabalho onde importan-tes temas são abordados de forma prática, simples e com uma quali-dade ímpar.

A 58º Feira do Livro de Por-to Alegre, no dia 11 de novembro, às 15h, na Praça Central de Autó-grafos, recebeu os idealizadores deste projeto para uma sessão de autógrafos e confraternização por ocasião do lançamento do terceiro volume da obra.

Aos profissionais e estudantes que interessarem-se, os livros estão à disposição na Biblioteca Irmão José Otão, da PUCRS, no campus central e à venda em livrarias.

Denise Novakosky

∆ Professores Jacques, Vanessa, Maria Inês, Souvenir, Falcetta e Ana Basségio no lançamento da obra no saguão

ANDRESSA MOREIRA

FABIANO BRUM FONTOURA

∆ Alunos se preparam, também, para atuarem no espaço da web

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As relações humanas estão mudando e as pesquisas comprovam o surgimento de um novo perfil de consumidor: o cliente-cidadão. A po-pulação vem aprendendo a exercer seus direi-tos e deveres através do universo mercantilista. São pessoas preocupadas com sustentabilidade, relacionamentos e reputação; não acreditam mais em governos ou organizações, a fidelida-de pela marca se dá através da confiabilidade e não mais da melhor peça publicitária divulgada. Neste novo ambiente surge um mediador indis-pensável: o relações-públicas, capaz de trazer orientações politicamente corretas para o mar-keting e a publicidade.

A consultora em Comunicação e Gestão de Pessoas, Gisele Moraes de Souza, em entre-

vista para o RRPP Atualidade, afirma que “cada vez mais buscamos significado e experiências relevantes, até mesmo para comprar um sabão em pó ou escolher uma marca de café. Só há sig-nificado quando há consciência. Só assim, algo toma um sentido maior e pessoal”. O dono da Edelman, maior agência de Relações Públicas do Mundo, Richard Edelman, afirma que “na era da Reputação, RP terá mais valor que a Pu-blicidade”. Ele acredita que este é o momento do profissional saber identificar essa necessidade do mercado e trabalhar a reputação das empre-sas em torno desta realidade emergente. Jun-tando estas informações e confrontando com a realidade do dia a dia, percebe-se que finalmen-te o profissional de Relações Públicas começa a tomar seu espaço e ter suas atribuições reco-nhecidas pelo mercado. Não apenas isso, os pro-

fissionais também estão sabendo colocar-se de maneira estratégica e mostrar para que vieram.

O relações-públicas é o responsável pela gestão da comunicação, dele tem de partir toda a estratégia da organização, além de ter visão para dominar as mais diversas situações que ocorrem entre os públicos por ele gerencia-dos. “Conhecimentos sobre pessoas, relacio-namento e negociação, além de estudos sobre reputação, imagem e estratégias frente a crises qualificam este profissional. O RP deve ser o profissional responsável pela gestão de equipes, para que elas sejam treinadas para poder lidar com a complexidade dos dias de hoje”, reco-nhece Rosane Palacci Santos, publicitária e

professora da Famecos nos cursos de Relações Públicas e Publicidade.

Um grande fenômeno na área de agências de comunicação aconteceu nos primeiros meses deste semestre: o relações-públicas Guilherme Alf, dono da Agência Todo Mundo RP, idealiza-dor da campanha “Todo mundo precisa de um RP”, difunde este seu sentimento em relação ao tema. Questionado de quem é o novo RP e quais suas preocupações e interesses, responde: “O RP é um profissional estratégico. É dele a res-ponsabilidade de gerenciar o relacionamento dos públicos com uma marca ou instituição. Ele é um profissional da comunicação em nível ma-cro, precisa dominar todo o cenário, entender, fazer a leitura do jogo. Mas aqui a gente entra num ponto importante: Os RPs precisam QUE-RER isso. Não adianta só ficar reclamando que ninguém valoriza, tem que FAZER. Tem que colocar a camisa de RP e ir pro mercado, lutar, debater, mostrar que somos os profissionais ca-pacitados para isso. A gente precisa aprender com os publicitários a jogar mais confete na nossa profissão. A gente precisa aprender com os jornalistas a ir atrás mais das coisas. Pra mim chegou a nossa hora, o mercado está pedindo

profissionais com a nossa qualificação.”Guilherme Alf vai mais longe, diz que o

RP precisa sair mais do escritório, sendo um profissional de comunicação que lida com pes-soas, logo, tem que se relacionar mais. “Vivemos na era das experiências, compartilhamentos, troca de experiências, se a gente não tiver na rua, na batida, na onda, vamos ficar para trás. Hoje o RP tem que ter smartphone, tem que es-tar em todas as redes sociais, tem que ler, tem que assistir palestra, tem que falar inglês, tem que se qualificar. E digo mais: temos que agra-decer todos os dias aos que fomentam toda essa comunicação on line, pois ela nos permite uma proximidade muito grande do consumidor e permite para TODOS. Logo, quem souber lidar melhor, quem estiver mais bem preparado, vai colher mais resultados!”, completa.

O mediador do consumidor• OprofissionaldeRRPPéomaispreparadoparaonovomercadoqueestásurgindo

O dono da Edelman, maior agên-cia de Relações Públicas do Mun-do, Richard Edelman, afirma que “na era da Reputação, RP terá mais valor que a Publicidade”.

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O dever de qualquer profissional é estar em constante aperfeiçoamento e em busca de conhecimentos e atualizações. Para o professor da Famecos, sócio-proprietário do Portal Gas-tronomia e executivo de Planejamento e Pros-pecção da Uffizi, Almir Freitas, “não existe

um novo RP. Sempre deveria existir um RP preocupado com a atualização no mercado de atuação, com as inovações impostas na comu-nicação e pelas mudanças sociais. É de um RP que se espera entender os movimentos sociais, as alternativas e canais para se falar com o con-sumidor. É de um RP que se espera PENSAR a comunicação”, chegou a hora de fazermos isto, de atingirmos este ideal.

A consultora em Comunicação e Gestão de Pessoas, Gisele Moraes de Souza, destaca a importância do RRPP ao longo de sua trajetó-ria profissional, a necessidade de estar sempre além e traçar estratégias. “Hoje o novo RRPP precisa desenvolver um olhar diferente sobre a relação entre as marcas, seu consumidor e a so-ciedade como um todo.” Ela observa que é o iní-cio de uma era, onde a consciência passará a ter mais importância. Gisele reforça a importância do autoconhecimento e identificação de valores para poder atuar com coerência na construção de marcas e empresas que atendam às expec-tativas deste novo público. “Quem souber lidar melhor, quem estiver mais bem preparado, vai colher mais resultados!”.

Como em qualquer profissão temos diver-sos perfis de profissionais, os que se contentam com o canudo e os que fazem a diferença antes mesmo de “pegá-lo”, cabe a você decidir qual deles quer ser, se qualificando ou não para estar à frente de sua organização.

Denise NovakoskyTati Cross

A pesquisa realizada pela MTV, no ano pas-sado, revela que 66% dos jovens utilizam pelo menos dois meios de comunicação simultane-amente. A rotina de jovens de classe média é composta por um engarrafamento de atividades e acaba por tornar a prática do Zapping carac-terística de uma geração. A necessidade de se comunicar simultaneamente, assimilando vá-rias tarefas, e o bombardeio de informações ao mesmo tempo são práticas que estruturam as novas tribos.

A expressão Geração Zapping, que tem ori-gem no inglês, se refere no ato de mudar cons-tantemente de canal, inaugurando um novo jeito de compreender as informações que são coloca-das na rede. O que diferencia as estruturas das gerações é a convivência com a abundância e a sobrecarga de informações. Pessoas acima de 30 anos acham o processo de trocar de mídias si-multaneamente estressante, muitos ainda pos-suem um pensamento conservador em relação à utilização das novas tecnologias emergentes.

Raphael Paulino Vizotto, analista de infra-estrutura na empresa Plugar Informações Es-tratégicas, na área de tecnologia da informação, observa que diversos estudos mostram que esse tradeoff constante nas mídias digitais aumenta o fluxo de informação de uma maneira brutal e desenvolve o raciocínio lógico, mas, em contra partida, aumenta a dificuldade em se concentrar em um único objeto. “Com tantos ‘itens’ na tela, as pessoas normalmente navegam em uma aba e passam para a próxima antes de chegar ao final do texto. Mesmo assim, é um ponto positivo ao meu ver. A tecnologia e o domínio dela para se manter informado é essencial. Excesso de infor-mação não existe, desde que ela seja útil”, pon-

dera Vizotto.O analista da Plugar detecta que a cada dia

que passa o conteúdo de informação na inter-net duplica e isso é muito mais do que se pode consumir. “Minha empresa em específico estuda maneiras de filtrar a informação de maneira au-tomática para que nossos clientes tenham aces-so apenas ao que é mais relevante para eles. Esse é um campo muito promissor e extremamente necessário. Dentro das ciências da computação, existe um campo especifico para isso chamado ‘Visão Computacional’, anualmente existe um evento global chamado EyeOFestival que reúne as maiores mentes do mundo no assunto, com o objetivo único de solucionar esse problema de excesso de informação que não consegue ser processada de maneira útil”, revela o profissio-nal da informação.

A cultura do consumo de informações esti-mula os jovens a estarem sempre se modifican-do. A troca constante de grupos que atualmente é valorizada, caracteriza um indivíduo que ab-sorve facilmente as novidades e sabe se adaptar aos novos contextos que são criados.

Uma geração que possui a disponibilidade de tantos meios deve aprender a filtrar a quali-dade das informações que serão absorvidas de fato. Os jovens estão desenvolvendo uma nova forma de pensar, o que naturalmente ocasiona uma agilidade mental na absorção das informa-ções. É necessário que haja consciência no con-sumo, identificando os perfis de cada indivíduo, algo inerente à idade ou gerações, cada um pos-sui sua maneira de lidar com as mídias e deve desenvolver seus próprios filtros, maximizando a utilização das novas tecnologias.

Hassann Samy e Karen Vieira

GERAÇÃO ZAPPING•Comoassimilaroengarrafamentodeinformações

cidadãoKAREN VIEIRA

∆ Público alvo a ser conquistado

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Se você já comprou pela internet, seja uma compra coletiva ou em lojas virtuais, você é um e-consumidor e faz parte de uma nova geração de clientes - mais exigentes e engajados. Os e--consumidores fazem parte do universo do e--commerce (Comércio Eletrônico, no qual a transação comercial é realizada através de al-gum equipamento, sendo mais usual uma ferra-menta com acesso à internet) e usam a web para ir além da compra.

Seguindo uma tendência mundial, aumenta em grande escala a adesão ao Comércio Eletrô-nico, no Brasil, principalmente nas regiões sul e sudeste. De acordo com o relatório publicado pela empresa de pesquisa Tendencias Digitales, em setembro de 2011, 59% dos internautas da América Latina compraram pela internet no último ano. Também em 2011, o comércio ele-trônico no Brasil faturou 18,7 bilhões de reais e, segundo pesquisas realizadas pela Forrester, o Brasil é o mercado mais avançado da América Latina, quando se trata de e-commerce, ultra-passando Argentina e México.

Neste cenário, diversas áreas da economia estão aderindo à cultura digital, já que o consu-midor é quem detém o poder de compra e di-reciona o caminho de diferentes segmentos de mercado. Também por esse motivo, o e-consu-midor se tornou mais exigente e deseja mais do que simplesmente comprar, pois pesquisa os melhores preços, busca mais informações so-bre o produto, se preocupa com a segurança na compra e entrega, além de exigir um bom aten-dimento em todas as etapas da compra.

Essa nova geração de consumidores está mais atenta, tem um perfil curioso e também deseja se relacionar com a marca. Sendo assim, pesquisa em diversas redes sociais a experiência e opinião dos clientes, além de querer saber da imagem da empresa perante seus públicos. De modo geral, os produtos mais consumidos nesse mercado são: equipamentos eletroeletrônicos, medicamentos, cosméticos e perfumaria, livros e o setor de moda (especialmente acessórios e vestuário).

Com a notável a exigência dos e-consumido-res e, ao mesmo tempo, o rápido crescimento do e-commerce, alguns profissionais da Comunica-ção estão aproveitando grandes oportunidades na área, em especial os relações-públicas.

Cristina Carvalho, relações-públicas forma-da pela Famecos, em 2010, é líder de Estratégia de Contas, no E-Commerce Group/SA (Grupo de empresas orientadas ao e-commerce) e trabalha no núcleo de Lojas Virtuais. Em entrevista para a revista impressa e digital RRPP Atualidades, ela fala de sua experiência neste novo mercado.

Quais as principais funções de RP que você exerce em seu trabalho?

Relacionamento com os clientes de lojas vir-tuais e atividades que envolvam diretamente o processo de atendimento. Traçamos estratégias voltadas ao e-commerce, buscando um bom de-sempenho dos nossos serviços.

Você acredita que é possível relacio-nar os públicos na web, somente com os conhecimentos adquiridos no curso?

O Curso de Relações Públicas explora muito pouco a área da Web, saímos da faculdade com uma noção básica do que é o relacionamento com o público através da Web. A cada dia sur-gem novos modelos de comunicação, isso fa-cilita uma interação com o seu público e essas ferramentas precisam ser mais exploradas pelo profissional de RP. Penso que é necessário ter esse aprendizado dentro da faculdade, buscar mais conhecimento nessa nova realidade, pois as empresas precisam de estratégias diferencia-das para conversar com seus públicos.

Que dicas daria para quem deseja atu-ar nesse nicho de mercado?

Indico cursos de Marketing Digital, Planeja-mento e Gestão Digital, além de cursos voltados ao e-commerce, com foco em Google Analytics e Adwords.

Você se considera uma e-consumido-ra? Quais as vantagens de fazer uma com-pra virtual?

Sim, assim que entrei no mercado de e--commerce não tinha ideia de como funcionava uma loja e os benefícios de realizar uma com-pra online. Com a correria do dia a dia, tenho a facilidade de comprar sem sair de casa ou até mesmo do trabalho. Claro, realizo uma análise

da loja onde estou comprando, verificando se ela é segura, se não possui reclamações em si-tes específicos, e quais formas de pagamento e de entrega que elas me oferecem, após isso não penso duas vezes!

Quais os principais desafios em traba-lhar com serviços da web (lojas virtuais)?

O maior desafio é a velocidade que a web nos oferece em relação às novas ferramentas de comunicação com o público, principalmente na área de e-commerce. Montamos uma loja com uma tecnologia e, daqui a seis meses, já existe uma nova. Também, existe o desafio junto aos clientes, que contratam um serviço acreditando que ele é igual ao mercado offline. É preciso ter muita cautela ao relacionar um trabalho offline com o online, pois o mercado brasileiro ainda se limita às novas tecnologias e muitos empreen-dedores ainda não conseguiram administrar a relação da empresa com o seu público na web. Também ocorre que muitas organizações colo-cam a loja no ar e acreditam que elas irão vender sem muito esforço e não é bem assim, precisa de planejamento, estratégia e foco nos resultados.

Com o constante crescimento do e--commerce, será um mercado explorado pelos profissionais da Comunicação?

Já é um mercado que está sendo explora-do, encontro muitos profissionais de Relações Públicas trabalhando com e-commerce, pois en-tendo que uma empresa precisa estar conectada ao mundo virtual. Hoje, uma loja física possui muitos gastos, enquanto ao adquirir uma loja virtual, os gastos são bem menores.

Carolina Cunha Fontoura

E-commerce também é lugar de RP•Comérciovirtualconquistaclientesejáémercadoparadiferentesprofissionais

∆ Cristina Carvalho conta sua experiência de Relações Públicas no E-commerce

CAROLINA CUNHA FONTOURA

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7Dezembro 2012 /RRPPAtualidades

É A SUA HORA RP!

•Oestudante,oestagiário,oprofissionaldeRelaçõesPúblicas,independentedaetapaqueestá,

deveserOusado & Astuto!

O objetivo é motivação. Algo instigante hoje no ambiente universitário é a des-motivação de futuros profissionais de

relações-públicas, justificada, por eles próprios, pelo excesso de teorias voltadas ao conhecimen-to, significados complexos e repetitivos em rela-ção à prática ou o que é um RP e a sua importân-cia no mercado. Como diz a escritora Lya Luft na sua obra de crônicas Pensar é transgredir: “Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.”

Os estudantes devem ser estimulados a não terem receio de pensar, eliminar dos seus con-ceitos somente pressuposições. A reflexão leva a absorção de tudo que a vida e as experiências oferecem, independente do ambiente em que es-tiverem, seja sala de aula, faculdade, casa e prin-cipalmente no emprego ou estágio em que foram colocados. O mercado é exigente, mas mais e muito mais que o mercado, o profissional deve ser exigente, criterioso consigo mesmo, compre-ender o seu verdadeiro papel e muito além de aprender o que é o relações- públicas, deve sen-tir-se este profissional. Para tanto, precisa esti-pular um foco, saber onde deseja atuar, objeti-vos que pretende alcançar e como conquistá-los. E para o sucesso no mercado é indispensável:

Argumentos. Qual é o sustento de Argumentos? Teorias, casos bem-sucedidos, estudos e experi-ências bem aproveitadas. Tomando como base teórica uma citação da professora e doutora Cleusa Scroferneker na disciplina de Comunica-ção Organizacional: “O Relações Públicas deve pensar sobre inteligência empresarial. Precisa-mos nos dar conta que o tarefeiro não tem mais lugar, devemos ter pensamentos proativos, or-ganizações precisam e estão mudando.”

A Gestora de marketing e negociação, pre-sente há 12 anos no mercado, Liliana Subtil de Andrade Malheiros, da empresa Dany Cosméti-cos, adverte sobre a necessidade de uma renova-ção interna, onde a empresa precisa se integrar neste novo mercado, para poder expandir suas ferramentas de comunicação, construir a identi-dade junto aos públicos e cumprir com excelên-cia as metas da organização.

A sustentação se legitima com citação da autora Margarida Maria Khroling Kunsch: “A comunicação organizacional precisa ser enten-dida de forma ampla e abrangente. [...]dentre uma visão que denominamos “comunicação organizacional integrada” que compreende a Comunicação Institucional, a Comunicação Mercadológica, a Comunicação Interna e a Co-

municação Administrativa” (KUNSCH, 2003, p.149). É a área que mais abrange a atividade do profissional no mercado e a sua importância, tudo está interligado com o sistema social orga-nização-públicos e o principal, relacionamento.

Sob a visão de uma estudante deslumbrada pela profissão, cursando o terceiro semestre e já presente no mercado, infere a certeza de que não devemos ser preguiçosos e práticos, desencade-ar a absorção de boa ambição, respeito, amor à profissão e partir do pressuposto de um gestor de comunicação, produtor cultural ou dono da sua própria agência de comunicação. Existe ampli-tude de escolhas, mas não de atitudes. Por isso, independente da área, seja dedicado à profissão, pois os resultados dependem da nossa disposi-ção em relação ao curso e busca de sucesso.

Contudo, sejamos ousados com conheci-mento e astutos ao buscar sabedoria e discerni-mento das etapas a serem enfrentadas, por mais mal pago que um estágio seja, submissão ao mercado. Vamos aceitar o começo como começo e não atropelar o tempo das coisas e propósitos. Arrisque, busque projetos, aproveite ao máximo oportunidades e principalmente seja proativo na busca de teorias e sustentações de argumentos. IrisleyneAlvesdoNascimento

Motivação

Pense à frente, faça a diferençaLiliana Malheiros, exemplar em gestão de

marketing e negociação, concedeu entrevista esclarecendo típicas dúvidas no curso de Rela-ções Públicas, com perguntas que nos levam a refletir sobre nossas frequentes interrogações.

O que você entende como Comunica-ção Organizacional?

É fundamental, clara, porque as pessoas tem que saber uma forma de todos numa or-

ganização terem a mesma visão, saberem das mesmas coisas, estar todo mundo em sintonia.

Qual a importância de um setor de comunicação numa organização?

Alguém deve se responsabilizar para a co-municação fluir de forma ordenada e clara a todo mundo, caso contrário, o RH vai comuni-car de um jeito, o Marketing de outro, cada um fazendo pouco e ninguém se responsabilizando

pela qualidade da comunicação.Qual o profissional hoje no mercado

mais apto para exercer a função de um gestor de comunicação?

Um administrador ou um profissional da comunicação social, o relações-públicas, que tenha conhecimento de comunicação e obtenha outros conhecimentos técnicos, pertinentes à própria função.

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Quem ainda pensa que brechó só tem roupa brega, sem condições de uso, está enganado. Hoje, os brechós de Porto Alegre possibili-tam aos diversos públicos experi-mentarem essa alternativa de con-sumo que anda bem na moda, além de ser uma atitude consciente de reutilização. A compra de roupas, objetos e acessórios usados, em ótimas condições de uso, está cada vez mais na cabeça dos porto-ale-grenses. “Preciso de algum aces-sório nada tradicional”, “quero um vestido vintage para não ficar nada usual nessa festa”, “estou pensando em looks dos anos 70 e 80 para um editorial de moda”. Esses e outros pedidos são o que fazem o consumo girar cada vez mais nesse mercado. Até mesmo a simples atitude de en-trar para olhar apenas o que tem a oferecer uma dessas lojas ougara-ge sale (termo utilizado nos Esta-dos Unidos).

No brechó Maria Sem Vergo-nha, no Bairro Bom Fim, o públi-co que frequenta a loja é B e C. A maioria das pessoas entra sem in-teresse de compra, se surpreende com alguma peça ou acessório e acabam levando, ou seja, conso-me. Há também os clientes que frequentam a loja há alguns anos e são fiéis no segmento. Solange Giacomo, a proprietária do brechó, deu uma aula de moda falando da

diferença entre o Retrô, Vintage e Casual. Retrô é relançamento de moda, o que foi “top” no passado é relançado como uma estampa ou pantalona. O vintage é uma peça original com no mínimo vinte anos de existência e o Casual são peças de alguns anos atrás que o pesso-al não tem mais interesse em usar ou deixar no guarda-roupa e acaba vendendo. Lembrando sempre que a peça oferecida em brechó é de ex-trema qualidade e ótimo estado.

No bairro Cidade Baixa, os bre-chós ficam perto dos bares, onde o público frequentador sempre dá uma passada para conferir o que há de novo. O preço das peças é bas-

tante em conta, o que gera muita rotatividade nas peças. Há diversi-dade de preços entre R$ 5 e R$ 60.

Na Avenida João Pessoa, onde existe uma grande concentração de brechós, a maior parte do público é composta de pessoas sem con-dições financeiras para comprar roupas novas e, assim, tem a possi-bilidade de adquirir peças baratas, além de móveis, carrinhos de bebês entre outros produtos sempre em ótimo estado.

Ângela Rolim, proprietária do brechó Nossa Senhora das Maravi-lhas, localizado no Bairro Moinhos de Vento, na Rua 24 de Outubro, destaca que o seu segmento é di-

rigido para o público que gosta de roupas de grandes grifes e não tem condições de comprar devido ao alto preço do mercado da moda. Ela diz que, mesmo sendo roupas de grifes, os preços são totalmente em conta, levando em consideração o seu criador. Serão oferecidas gri-fes como: Animale, Oskley, Alexan-dre Herchcovitch, Glória Coelho, Gucci, Salvatore, Arezzo e outros.

O brechó Balaio de Gato, loca-lizado na Rua São Carlos, no bairro São João, é direcionado a grupos teatrais e consultores de moda que desejam montar um look para algu-ma festa ou surpreender em algum evento social. Lá você encontra aparelhos eletrônicos antigos, más-caras, chapéus e uma grande varie-dade de roupas.

Quando se fala em brechó, vem à cabeça um lugar com roupas empoeiradas e velhas. No entanto, essa visão está sendo mudada a cada dia. Hoje o brechó é uma pos-sibilidade de reciclar tendências: o reaproveitamento que influencia no comportamento e no estilo das pessoas. Um lugar procurado antes apenas por pessoas de baixa renda é hoje endereço certo para quem quer buscar algo único.

Bruna Rosa,Cristiane Mallmann,

Greice Timm, Julya Bohne Michele Dillenburg

A cultura dos brechósModa

•Acadaararadescoberta,umanovidadeparalevar

Salto alto, você usa?O salto alto é considerado um

instrumento que demonstra por exce-lência toda a feminilidade da mulher. Este acessório é um dos mais comuns e indispensáveis nos guarda-roupas femininos, e é objeto de desejo de vá-rias mulheres por todo o mundo.

Desde sua primeira aparição na sociedade egípcia até os tempos de hoje, o salto alto já pas-sou dos pés masculinos para os femininos e já foi associado à nobreza e à luxúria.

Quando finalmente ganhou sua forma atual, o salto foi ligado diretamente a ilusão de deixar as pernas mais finas e longas.

Mas no uso do sapato de salto, nem tudo são

flores. Os saltos estão ligados a diver-sos problemas de saúde das pernas, pés e coluna.

Talvez por este motivo as mulhe-res estão cada vez mais preferindo usar sapatilhas, sandálias rasteiras e saltos mais baixo. Estes podem não

favorecer tanto o corpo feminino, mas trazem conforto e comodidade a quem está usando.

Se você ficou interessado e quer saber mais sobre a história do salto alto e problemas que o uso contínuo dele pode causar, acesse nosso site através do QR code ou www.rrpponline.com.br e veja a matéria completa.

Cristiane Mallmann e Flaubert Titton

∆ Vista interna Brechó Nossa Senhora das Maravilhas.

CRISTIANE MALLMANN

∆ Sapato Louboutin

DIVULGAÇÃO

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9Julho 2012 /RRPPAtualidades

Representaçãoou corrupção?•Eleaindaémotivodedúvidaparamuitos.CarolinaBahiacomentasobreaprofissão

A atividade de lobby passou a ser implan-tada de forma mais clara e objetiva no Brasil em 1988, com a nova Constituição orientando o desenvolvimento das atividades sociais, polí-ticas, econômicas e culturais. Embora ainda não definido e regulamentado, o lobbying é importante para que a sociedade participe de decisões, discuta propostas e defenda seus princípios.

Explicando melhor, lobis-tas são grupos de interesse ou grupos de pressão. A jorna-lista política Carolina Bahia, de Zero Hora, conta, através de e-mail, que eles estão por toda parte em Brasília e são interme-diários necessários, devido aos interesses econô-micos em jogo. São pessoas ou associações que procuram influenciar a política pública a seu favor. No Brasil, pela visão popular, o termo as-socia-se à corrupção, propina ou abuso de poder econômico. No entanto, como instrumento de trabalho, o lobbying é moralmente neutro, ser-vindo tanto para o bem quanto para o mal. “Nem todos são corruptores. Alguns estão no Congres-so para acompanhar os projetos de interesse de determinada empresa ou setor, conversando com parlamentares, tentando convencê-los de seus interesses”, revela a repórter.

É difícil eliminar a relação com política par-tidária no caso do Brasil. A clandestinidade da profissão ajuda aqueles que oferecem favores em troca de apoio, dando margem a interpre-tações de corrupção. “Há projetos de lei trami-tando na Câmara para regulamentar a atividade. Vocês podem imaginar o motivo pelo qual eles estão engavetados?”, ironiza a correspondente da RBS em Brasília.

Nos Estados Unidos, a profissão é legalmen-te reconhecida desde 1946 e aplicada fortemente tanto na política quanto na área organizacional. Na prática, a profissão é um comportamento tá-tico da organização. “Conversei com um lobista

que representava os interesses dos produtores de milho do Meio-Oeste junto ao Congres-so americano. Era assim que ele se apresentava. Não quer dizer que ele estivesse ofere-cendo aos deputados e sena-dores algum favor em troca de apoio, mas que estava ali

argumentando a favor de um setor”. Quando a prática acontece dessa forma, Bahia é legítima.

Lobby e Relações Públicas andam juntos, formam comunicação com os diversos públicos que interagem com a sociedade – entre os quais destacamos o poder público.

Bruna Ricardo e Marcelo Jarros

“Há projetos de lei tramitando na Câma-

ra para regulamentar a atividade. Vocês podem imaginar o motivo por

que estão engavetados?”

Lobby

MARCELO JARROS

Dados da Justiça Eleitoral apontam que-bra de paradigmas nas últimas eleições, com o aumento de votos nulos e brancos em todo o Brasil.

As eleições municipais de outubro de 2012 revelaram que aumentou o número de eleitores descontentes foi bem mais relevan-te nesta eleição e o fato foi comprovado nas urnas. O número de pessoas descontentes e votos brancos, por exemplo, foi mais do que o dobro do observado em 2008 e os nulos também aumentaram de modo significativo. Cerca de 35 milhões de pessoas, quase 25% dos brasileiros considerados aptos a votar decidiram por não escolher nenhum candi-dato nesta última eleição.

Com a estreia da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais de 2012, surgiu também a impossibilidade de apurar a quantidade exata de votos nulos, assim como as situa-ções em que algum candidato não recebeu um voto sequer. Isso ocorre quando o candi-dato está com o registro negado, porém ain-da pendente de análise na Justiça, ele fica em uma espécie de limbo. Seus votos são regis-trados, porém não aparecem na totalização porque entram na conta dos nulos. Com isso, muitos candidatos aparecem com zero voto na consolidação dos resultados.

Pesquisas de intenção de voto também são apontadas por cientistas políticos como aspectos determinantes de muitos eleitores que optam pelo chamado “voto válido”, que não necessariamente revela sua identidade política. Com base nos resultados das pes-quisas, geralmente o eleitor acaba desistindo do candidato em que acredita, pois não quer “perder” o seu voto e acaba optando por es-colher o que está mais próximo na disputa ou então se abstém de vez. Por isso, os cientistas acreditam que os candidatos que estão mal posicionados nas pesquisas costumam reba-ter os números, pois sabem a influência que eles podem exercer na escolha do eleitor.

O cientista político Frederico Henriques de Oliveira confirma que essa realidade foi percebida em todas as regiões do país. Na sua avaliação, esse aumento está relaciona-do com a representatividade dos partidos, que faz com que os eleitores relacionem as denúncias ou escândalos que envolvem de-terminados políticos com todo o ambiente partidário. “As pessoas não costumam se basear nas propostas partidárias, mas em determinadas figuras políticas, fazendo com que passem a desacreditar de todo o proces-so”, comenta.

Sabrina Feijó WünschCarolina Cunha Fontoura

O despertar daBela Adormecida

ARTIGO

SAIBA MAIS SOBREO PROJETO DE LEI

O projeto prevê cadastramento de até dois lobistas para cada organização ou en-tidade que, antes de atuarem, devem par-ticipar de um curso de seis meses com ins-truções de direito, ética e mecanismos de prestação de contas. Cada lobista deverá ter uma credencial, renovada anualmente. Pessoas que tenham atuado nos últimos 12 meses em órgãos públicos com o mesmo in-teresse do grupo representado, não podem atuar na profissão.

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10 RRPPAtualidades/Julho 2012

Todo evento requer um pla-nejamento prévio. Para garantir o sucesso é fun-

damental seguir o passo a passo. Um caso bem-sucedido é o Bat Miztvah, onde a participação da empresa Tratoon se deu em pro-duzir conteúdo utilizando ele-mentos 3d e 2d, imagem, som e luz.

O sócio da Tratoon e enge-nhar0 de produção Cristian Du-nin revela pontos de importân-cia em planejamento. São eles: a pesquisa e constante conversa com as partes interessadas. Ele conta que o primeiro contato foi com uma produtora de eventos muito interessada na parte de projeções, multiprojeções e pro-jeções mapeadas. “Inicialmente o cliente se interessou apenas pela parte de projeção, mas aca-bou conhecendo os nossos outros produtos (sonorização, ilumina-ção) e acabou fechando um pa-cote de som, luz e imagem para o evento. Como houve um estudo focado na necessidade do evento, não tivemos surpresas no proces-sos de criação e nem de execu-ção”, diz ele.

Mesmo não sendo os orga-nizadores da festa, eles se pre-ocupam muito com a busca por elemento que possam acrescen-tar em seu trabalho. No caso, o Bat Miztvah, a comemoração da maior idade religiosa de uma me-nina que ao fazer 12 anos se torna “filha do mandamento”, eles tive-ram que pesquisar e buscar esses elementos da cultura judaica e suas variações que mudam de acordo com o evento. Poderiam se ater às imagens, luz e som, es-perando dados prontos da equipe

de produção de eventos ou fami-liares, mas o interessante é fazer sua própria pesquisa e agregar as informações fornecidas pelos contratantes. Informou que hou-ve a necessidade de chegarem a uma solução adequada.

Levando em consideração o local, estudaram qual seria o me-lhor lugar para utilizar uma pro-jeção diferenciada, o salão estaria bem decorado e seriam em torno de 350 convidados. Escolheram a parede com a melhor visibili-dade para todos os convidados e definiram as medidas que seriam consideradas para realizar uma multiprojeção. Tudo foi muito bem dimensionado para possibi-litar um grande impacto visual.

Usaram a internet para pes-quisar sobre a religião, bem como os elementos que usariam nas animações. Além disso, foram feitas três ou quatro reuniões com o cliente durante o processo de criação. Tudo foi acompanha-do pela produtora.

“A aceitação foi ótima, até mesmo porque vínhamos con-versando bastante com o cliente e produtora, visando entregar exatamente ou mais do que o es-perado”, destaca Cristian.

O Bat Mitzvah aconteceu no Plaza São Rafael no dia 1˚ de se-tembro, a Tratoon Cápsula Sono-ra tomou os cuidados necessários para um encaixe perfeito entre o conteúdo gerado, o que o tornou o evento ainda mais diferenciado. O resultado foi um espetáculo to-talmente personalizado.

Gissele Monassa, Jéssica Barbosa e

Sabrina Feijó Wünsch

EvEntos

ATENÇÃO NOS DETALHESDicas importantes para os pro-

fissionais que promovem eventos é estar atento em todos os detalhes e, principalmente, ter calma para planejar. A organização deve ser feita com antecedência, focando na execução, manutenção, atendi-mento, acolhimento, apoio e rela-cionamento, pontos onde a atenção deverá ser redobrada. A equipe não precisa hesitar em ter “plano B” e até “plano C”

As agências, para atender a di-versos públicos, devem estar pre-parados para uma variedade de assistências, como apresentação de negócios, demonstração de novos produtos e serviços, festas corpora-tivas e até eventos pessoais, como

preparação de casamentos, forma-turas, festas infantis, para amigos, churrascos e até eventos religiosos.

Para planejar uma celebração, é preciso ter foco, entender o pedi-do do cliente e saber fazer sugestões quando necessário. Reuniões, con-tatos com clientes e terceirizados exigem do produtor uma boa comu-nicação.

Toda a ação requer um lado racional, que é o planejamento, ele possibilita avaliar os melhores ca-minhos, e deixa um referencial para trabalhos futuros. Assim, da melhor forma possível os objetivos são an-tecipados e pré-definidos para que o resultado final seja memorável e recompensador.

Planejamento,a arma do negócio

TATI CROSS

DIVULGAÇÃO TRATOON

10 RRPPAtualidades/Julho 2012

∆ Tudo deve ser planejado nos mínimos detalhes, prevendo alternativas

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Quem procura por um estágio ou por uma vaga de emprego sabe que passar pelo processo seletivo pode ser algo desgastante. O candida-to gasta seu tempo, sua energia e até dinheiro para ir a entrevistas e dinâmicas, participando de processos demorados, várias vezes constitu-ídos por mais de uma etapa. Quando todas são finalizadas, é normal que o concorrente aguarde uma resposta dos recrutadores, porém, com fre-quência, isso não é o que acontece.

Rodrigo Viana, relações-públicas e analista de comunicação do Escritório de Carreiras, en-tidade ligada à PUCRS, faz uma crítica ao com-portamento de parte do mercado. Ele acredita que existem inúmeros motivos para a falta de retorno de algumas empresas. “A falta de tempo para responder a tantos candidatos, o esqueci-mento ou até mesmo a falta de interesse, devido à relação de poder entre a empresa e os candida-tos são alguns desses motivos”, revela Viana. Ele destaca que empresas que dão algum retorno aos seus candidatos tendem a ter uma imagem mais positiva frente aos seus públicos e lembra que “a imagem da organização deve ser zelada por todos os seus setores da empresa”.

Segundo Priscilla Aguiar, supervisora na Eccos Estágios, “independentemente da respos-

ta dada aos candidatos, retornar é sinal de pro-fissionalismo, demonstrando respeito a quem se dispôs a trabalhar na sua empresa”. Ainda de acordo com ela, “as empresas que fazem seleção precisam mudar seu posicionamento em relação a isso, é preciso planejar um tempo para dar al-gum tipo de resposta a estes candidatos após a

finalização de todos os processos”. O feedback das empresas é muito importan-

te, já que através dele o candidato poderá avaliar melhor o seu currículo, suas habilidades e suas consequências, não esquecendo que, um dia, o próprio candidato poderá tornar-se seu cliente.

Fabiano Brum Fontoura

“O mercado valoriza o que o aluno faz na faculdade”

Empresas costumam não responder aos candidatos

• Interessadosparticipamdeentrevistas,dinâmicaseficamsemsaberoresultado

Para evitar problemas, a PUCRS disponi-biliza o Escritório de Carreiras, que é opera-cionalizado pela Fundação Irmão José Otão (FIJO) e localiza-se no prédio 2 do campus.

A seguir, você confere uma entrevista com Rodrigo Viana, relações-públicas formado na Famecos e atual analista de comunicação do Escritório de Carreiras. Na conversa, Viana fala do projeto, dá dicas para ter um currículo melhor e fala sobre a sua visão de futuro para a área de Relações Públicas.

Você pode nos dizer qual o objeti-vo principal do Escritório de Carreiras? Quem pode utilizá-lo?

O Escritório de Carreiras da PUCRS é um serviço voltado para os alunos e diplomados da Universidade. Nosso principal objetivo é orien-tar e capacitar os participantes para o planeja-mento, gestão e aperfeiçoamento de suas carrei-ras e, assim, aumentar as chances de colocação em um mercado cada vez mais competitivo.

Quais são as primeiras orientações que vocês dão ao aluno que esteja com dificuldades em encontrar um estágio ou emprego na carreira pretendida?

Cada caso é muito particular. Alguns alunos

nos procuram com o objetivo de construir todo o seu planejamento de carreiras. Outros nos buscam para que possamos auxiliar na constru-ção do currículo ou então na preparação para processos seletivos. Mas, antes de tudo, nosso maior objetivo é trabalhar com o aluno a ideia de um comportamento exploratório e auto ge-rencial. A ideia de que o aluno é o dono de sua própria carreira.

Quais os diferenciais que o estudante de comunicação pode usar para montar um currículo melhor?

O mercado de comunicação valoriza muito o que o aluno faz dentro da faculdade. E isso é reflexo das diversas disciplinas com prática que o aluno tem de fazer. Trabalhos que se destacam podem ser incluídos em um portfólio ou mesmo no currículo. Mas, claro, todo currículo nada mais é do que um espelho de tudo o que o aluno efetivamente faz. É importante, antes, que o alu-no experimente sua futura profissão por meio de estágios, participe de congressos, cursos técni-cos ou mesmo os generalistas. Assim, maiores as chances de um currículo diferenciado.

O fato de você ser relações-públicas colabora na hora de ajudar os alunos em

suas questões junto ao Escritório de Car-reiras? Por quê?

Sim. A minha formação acadêmica me deu o suporte necessário para hoje poder ajudar os alunos em suas questões. Ministro um workshop de marketing pessoal que é bastante procurado pelos alunos, pois eles querem saber como cui-dar de suas imagens e como vender seu traba-lho. E, se falamos de imagem e marca pessoal, é inevitável que as Relações Públicas permeiem todo esse processo.

Como você vê o futuro do mercado de Relações Públicas no Brasil?

Bastante promissor. Mas acredito que quem dita o ritmo do mercado somos nós, os profis-sionais. Buscar e garantir nossos espaços nas organizações ou por meio de atividades empre-endedoras é o que vai ditar o tamanho de nossa presença. É fato que as organizações precisam e que profissionais competentes são muitos. É preciso, então, promover esse encontro.

Escritório de Carreiras PUCRSAv. Ipiranga, 6681– Prédio 2Fones: 51 3205 3141 | 51 3205 3124www.carreiraspucrs.com.br

FABIANO BRUM FONTOURA

∆ Rodrigo Viana, analista de comunicação do Escritório de Carreiras da PUCRS

11Dezembro 2012 /RRPPAtualidades

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12 RRPPAtualidades/Julho 2012

Famecos vence prêmio ABRP 2012•Formandaganhouconcursoqueincentivaaprofissão

Tatielle Neves Gastaldo, formada em agos-to/2012 pela Famecos (Faculdade de Comunica-ção Social) da PUCRS, foi a mais nova vencedo-ra do 30º edição do prêmio ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas), em São Paulo, levando o 1º lugar com sua Monografia de Gra-duação na categoria Responsabilidade Socioam-biental e Sustentabilidade.

Com o tema “Um Modelo de Relações Públi-cas para a Gestão Ambiental Estratégica: O De-safio de Construir um Futuro Sustentável”, seu trabalho de final de curso teve como orientador o professor Nelson Fossati.

Em sua monografia, Tatielle abordou os ca-ses das empresas Brasken e General Motors. Ela revela que optou pelo tema, porque poucos pro-fissionais haviam se aprofundado no assunto. “Mesmo estudando o que já aconteceu, é sempre válido, pois permite refletir sobre experiências e se preparar para acontecimentos futuros”, con-

clui a vencedora.O Concurso Universitário de Monografias

de Projetos Experimentais de Relações Públicas busca o desenvolvimento da categoria no âmbito acadêmico em nível de graduação, e assim for-talece experimentações e a reflexão entre jovens recém-formados.

O objetivo do prêmio da ABRP é estimular o aperfeiçoamento da formação acadêmica e reco-nhecer a excelência dos futuros profissionais de Relações Públicas, incentivando-os a apresentar o resultado de seus trabalhos de conclusão de curso.

Também busca dar incentivo aos futuros profissionais a aplicar de forma eficiente seus conhecimentos teóricos e práticos, de maneira que tenham a oportunidade de vivenciar tempo-rariamente uma agência de RP em formato job rotation, e conhecer suas funções.

Sabrina Feijó Wunsch

Quem já levou o troféu para casaNeste ano, pela quinta vez, alu-

nos da Famecos que concluiram o curso de Relações Públicas con-quistam o 1º lugar no concurso de monografias da Associação Brasi-leira de Relações Públicas (ABRP), prêmio de maior credibilidade do âmbito nacional da área.

A cerimônia foi realizada no te-atro do CIEE (Centro de Integração Empresa e Escola) em São Paulo. A data, 26 de setembro, não poderia ter sido melhor escolhida para a profissão, pois é o Dia Interameri-cano das Relações Públicas.

Neste ano, o evento completa sua 30º edição, e cada ano sobe o número de participantes. Em 2012, foram 130 trabalhos inscritos e 27 premiações (1º, 2º e 3º lugares) nas mais de 20 categorias de monogra-fia de graduação, incluindo entre elas o terceiro setor, setor priva-do, cultura, lazer, esporte, projeto de pesquisa, monografias, entre outras. A cerimônia contou com a presença de profissionais impor-tantes da área, como Margarida Kunsch e Carlos Eduardo Mestieri, que também foram homenageados no evento.

20071º Lugar: Categoria EmpresarialTema: “As contribuições das Rela-ções Públicas para a comunicação mercadológica hoteleira: A rede Plaza de Hotéis, Resort e Spa Bra-sil”.Autora: Ana Isaia BarretoProfessora Orientadora: Doutora Cleusa Andrade Scroferneker

20081º Lugar: Categoria Sócio - Am-bientalTema: “Relações Públicas e respon-sabilidade social do composto da comunicação integrada: estudo de caso Natura Cosméticos”.Autora: Elizangelem Mazzardo Marques VianaProfessora Orientadora: Doutora Cleusa Andrade Scroferneker

20091º Lugar: Categoria Comunicação EmpresarialTema: “A auditoria Virtual como (nova) modalidade comunicacional no sites/portais das universidade da região metropolitana de Porto

Alegre/RS”.Autor: Diego Wander Santos da SilvaProfessora Orientadora: Doutora Cleusa Maria Andrade Scrofer-neker1º Lugar: Categoria Valorização profissional em RRPP Tema: “Aproximação, estímulo, cognição e mente: ingrediente da sinérgia interação das ações de Re-lações Públicas e Neuromarketing”.Autora: Ana Paula Carneiro Costa Professora Orientadora: Mestra Susana Gib Azevedo

20101º Lugar: Categoria Monografia Empresas Públicas e PrivadasTema: “Possibilidades de Comuni-cação na Web: Os sites das peque-nas empresas de chocolate de Gra-mado”.Autora: Letícia Castilhos Professora Orientadora: Doutora Cleusa Maria Andrade Scrofer-neker

20121º Lugar: Categoria Responsabili-dade Socioambiental e Sustentabi-

lidade Tema: “Um Modelo de Relações Públicas para a Gestão Ambiental Estratégica: O Desafio de Construir um Futuro Sustentável”.Autora: Tatielle Neves Gastal-do Orientador: Prof. Nelson Costa Fossatti 2º Lugar: Categoria Setor PúblicoTema: “A apropriação das ferra-mentas de Relações Públicas para um novo perfil da mulher no cená-rio político: estudo de caso Dilma Rousseff”.Autora: Josiane Fajer MillmanOrientador: Prof. Nelson Costa Fossatti

∆ Tatielle, vencedora da 30ª edição

ARQUIVO PESSOAL

Monografias

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13Julho 2012 /RRPPAtualidades

Após se tornar graduada em Comunicação So-cial com habilitação em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul (PUCRS), Josiane Millmann, 23 anos, concorreu ao prêmio da Associação Brasileira de Re-lações Públicas (ABRP) na categoria de Monografia de Graduação – Setor Público. Ela conta, em entre-vista, como foi receber a premiação, detalhes sobre a escolha do tema e seus maiores incentivadores.

Quando iniciou o seu projeto da cadeira de Mo-nografia I, Josiane havia escolhido pesquisar sobre Psicologia do Consumidor, porém, percebeu que di-versos alunos haviam escolhido o mesmo tema e foi então que a poucos dias do término da cadeira, ela procurou a professora Glafira Furtado, demonstran-do o interesse em trocar o assunto de sua pesquisa. Naquele final de semana, entre diversas buscas pela internet, jornais, livros e noticiários, ela chegou então ao seu assunto ideal, “o que representava a presen-ça da primeira mulher no cargo político mais alto do nosso Estado e as ferramentas de Relações Públicas que poderiam ajudá-la a melhorar a execução de seu mandato”.

Seu envolvimento com o tema foi de total entrega e em apenas um final de semana ela já havia reunido o material necessário para mostrar à professora Gla-fira, que a questionou sobre como não havia pensa-do nisso antes. Nesta conversa, Glafira indicou três professores de extrema competência para orientá-la, entre eles um professor exigente, que cobra muito dos alunos e que estaria sempre ali a apoiando durante o trabalho, Nelson Fossatti. Ela conta que Glafira o definiu como “um pai” e foi exatamente como ele foi visto por ela durante sua pesquisa, pois foi além de um profissional dedicado e competente, um pai, ami-go, mestre, pessoa humana, sensível, incrível, além de toda a admiração que ela já possuía por ele.

Iniciaram então a busca por um trabalho extenso, mas ao mesmo tempo com um conteúdo genial e ins-tigante. Resgataram toda a história da construção da

mulher na sociedade, desde quando ela era subordi-nada ao homem, quando conquistou o direito ao voto, ingresso nas universidades, no mercado de trabalho, no cenário político, e enfim a chegada de uma mulher chegar ao topo do cargo mais alto de poder no cenário político nacional. “O que fez particularmente que ti-vesse mais orgulho das mulheres, e de ser mulher, por tudo que enfrentaram, batalharam e por chegar onde chagaram”, emociona-se.

Durante a pesquisa, Josiane destaca a dificuldade de encontrar referências para o tema de sua monogra-fia, pois se tratando de um assunto da atualidade que não havia sido explorado anteriormente, foi difícil encontrar livros ou artigos na internet que falassem exatamente sobre isso. Enquanto pesquisava, tornou--se assídua da Biblioteca Central Irmão José Otão, vista por ela como uma grande estrutura acadêmica montada pela universidade. “Também fiquei atenta aos noticiários de rádio, televisão e jornais”, revela.

Todas as cadeiras que fez, os trabalhos, provas e ensinamentos de grandes mestres do corpo docente da Faculdade a fizeram crescer, amadurecer e se tor-nar mais experiente como pessoa, como acadêmica e também como profissional, o que por consequência agregou muito na construção de sua monografia.

Josiane diz que quando se fala em Famecos, é tudo muito descontraído e divertido, por isso tantas pessoas de outros prédios fazem questão de ir passar os intervalos lá. Como recado final aos estudantes, conclama os ex-colegas que valorizem os professores, “este corpo docente incrível que a Famecos possui, de alto nível, qualificados, extremamente competente e que dêem valor a todas as cadeiras do seu curso,pois elas têm muito a agregar”. Em sua opinião, os alunos devem participar de eventos como o Set Universitá-rio, Famecos Sem Fronteiras, dentre outros, explorar os Laboratórios e a Biblioteca. “Conheçam o Campus, não se fechem, pois tudo tem a acrescentar, agregar e gerar experiências”, conclui.

Paola Dias Silveira

O maior incentivador, tanto a inscrever a monografia no Prêmio ABRP, como a enviá-la à presidenta Dilma Rousseff, foi o professor Nel-son Fossatti. O trabalho conquistou a Laurea como trabalho Destaque do Semestre e recebeu nota dez da banca de avaliação, formada pelos professores Glafira Furtado e Flávio Falcetta, além do orientador. A idéia futura da formanda, juntamente com o professor Nelson Fossatti, é trans-formar o trabalho um livro, no que foi apoiada pelo professor Falcetta, que salientou a importância da pu-blicação.

Apesar de uma pessoa crente que pode atingir sua metas, Josiane também é uma pessoa realista e con-ta que sabia estar concorrendo com pessoas do Brasil inteiro e que é claro que existiriam muitos trabalhos qua-lificados tanto quanto o seu ou até melhores, mas quando viu que esta-va entre os três finalistas, sentiu-se muito orgulhosa e lisonjeada, pois conseguiu chegar até este patamar, que é restrito para bons e poucos.

A primeira coisa que fez ao rece-ber a notícia de estar entre os finalis-tas foi ligar para o professor Nelson Fossatti que a parabenizou por ter sido dedicada e se envolvido tanto com o tema, propiciando um ótimo trabalho. Sua família e amigos fica-ram muito felizes por sua conquista, sempre dizendo que sabiam que ela tinha condições de conseguir.

Mesmo estando entre os três finalistas, ela não compareceu à premiação por pertencer à religião judaica e exatamente na noite do evento, ocorreu a cerimônia de Yom Kipur, data onde o povo judeu cele-bra o Dia do Perdão. Nesta data os judeus colocam na balança as coisas boas e ruins que aconteceram no ano que passou e agradecem por tudo que tiveram de bom. Como neste ano em especial, Josiane tinha muitas coisas a agradecer referentes aos objetivos alcançados e pelo reconhecimento acadêmico, além de ver seu traba-lho sendo publicado em uma Revista Eletrônica vinculada a PUCRS e com o auxílio do professor Nelson Fossatt, ter entregado a monografia à presi-dente Dilma Rousseff, obtendo como resposta uma carta, parabenizando-a e dizendo que o material ficaria guar-dado em seu acervo pessoal.

Dilma é tema premiado Destaca o apoio dosprofessores

MARCELO CAMARGO/ A BR

∆ Josiane Millmann escreveu monografia sobre a primeira mulher presidente e elogia a faculdade

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14 RRPPAtualidades/Julho 2012

PUCRS PARA SEMPREMesmo depois de forma-

dos, os alunos da PU-CRS não perdem vínculo

com a Universidade. Esse relacio-namento permanece por meio do Programa Diplomados, canal de comunicação que tem o objetivo principal de manter os egressos próximos da instituição, dos seus colegas, dos professores e da vida universitária.

São mais de 145 mil diploma-dos e, pensando na interação com cada um deles, a PUCRS iniciou uma política de acompanhamento em 2002. No ano de 2004, passou a ser incentivado, nas Unidades Acadêmicas, o registro de ações que incluíssem formados. Tam-bém foi desenvolvido um banco de dados com a finalidade de manter atualizadas as informações sobre ex-alunos e assim promover ações.

O Programa Diplomados or-ganiza reencontros de turmas,

divulga programas de trainee via mailing ou site, e – semestralmente – organiza o Momento Formandos, voltado àqueles que estão concluin-do o curso de graduação. Conta ain-da com o Cartão Diplomado, que identifica o egresso e o proporciona benefícios dentro da Universidade, como – por exemplo – desconto em eventos, entre outros.

Desde 2008, os diplomados têm um espaço físico à disposição, localizado no prédio 15, sala 131, térreo. Também é possível encon-trar informações pelo site www.pucrs.br/diplomados. O atendi-mento é feito pessoalmente, via e--mail ([email protected]) ou pelo telefone (51) 3353-4701. A equipe do setor está sempre pronta para esclarecer dúvidas e oferecer auxílio em questões referentes ao mundo PUCRS.Eduarda Cabreira, Rosele Sander

e Taiane Moura

Biblioteca Irmão José Otão:• Consulta local• Acesso a internet (para fins aca-dêmicos)• Empréstimo de salas de estudos individuais ou em grupo•Scanner para digitalização de imagens•Acesso com livros particulares nas dependências da Biblioteca• Acesso à rede wirelessDesconto nas atividades e no aluguel de quadras do Par-que Esportivo- Mediante apresentação do Car-tão Diplomados, o estacionamen-to do Parque Esportivo (acesso rua Prof. Cristiano Fischer) está disponível com o desconto equi-valente de alunoDescontosNo ingresso do Museu de Ciências e Tecnologia25% de desconto na aquisição de livros na Livraria EDIPUCRS10% de desconto em cursos de ex-tensão Desconto de 10% a partir da se-gunda mensalidade nos cursos de

especialização da PUCRS10% de desconto em todos os ser-viços pagos em dinheiro na Peo-ple Beauty AIESEC•Mediante apresentação do Car-tão Diplomados PUCRS, descon-to de 10% no valor das taxas da AIESEC aos diplomados PUCRS que passarem pela entrevista de seleção a admissão ao programa de intercâmbio da AIESEC. •Pré-requisitos a diplomados PUCRS que desejam participar do programa de intercâmbio da AIESEC são: a) Ter menos de 30 anos; b) Para intercâmbios pro-fissionais, terem transcorrido, no máximo, 2 anos após a perda de vínculo com a Universidade; c) Ter Inglês avançado. Despesas com teste de proficiência, visto, passaporte, passagens aéreas e outras despesas de viagem são de responsabilidade do diplomado.

Possibilidade de participa-ção em ações do Centro de Pastoral e Solidariedade

A diplomada Thais de Lima Soares, formada em Relações Pú-blicas pela Famecos em janeiro de 2011, fala sobre como tem usufruí-do dos benefícios do Programa Di-plomados.

Qual o maior benefício que o Programa Diplomados lhe proporcionou?

Poder estar sempre em contato com a Universidade, sendo cons-tantemente comunicada sobre as novidades da PUCRS que por mui-tos anos foi a minha casa. Sem falar nos benefícios que o cartão de Di-plomado proporciona a todos nós egressos da PUCRS.

Dentre os benefícios do Cartão Diplomados, quais os que você usufrui?

O que mais usufruo é a biblio-teca. Simplesmente ter acesso a este acervo maravilhoso é incrível. Esta, para mim, é a melhor vanta-gem, visto que mesmo depois de formada os estudos continuam, pois sempre estamos buscando o conhecimento.

O Programa Diplomados fez você sentir que a sua cone-xão com a PUCRS foi mantida?

Com toda certeza. As relações

são mantidas através dos e-mails e também do facebook, hoje um ca-nal explorado por quase todas as pessoas do Brasil. Também sei que, caso perca o contato com meus co-legas de faculdade, pelo Diploma-dos terei o apoio para realizar um reencontro, o que me conforta e me faz sentir valorizada por parte da PUCRS.

Como o Programa Diplo-mados contribuiu na sua deci-são de retornar à PUCRS?

O Programa Diplomados é o canal de comunicação dos egressos com a Universidade. É graças a este canal que eu retornei hoje como uma relações-públicas formada, e que já atua na área, para realizar um curso de pós-graduação, visto que também possuo a vantagem do desconto, proporcionado por meio do Programa Diplomados e seu car-tão. Enfatizo que o Programa Di-plomados faz com que os egressos da PUCRS sintam-se valorizados e motivados a continuar buscando esta Universidade, ao invés de ou-tras, para continuarmos os nossos estudos. Comigo foi assim e me or-gulho muito de poder retornar para esta casa.

Ela retomou o vínculo

ESPAÇO EXPERIÊNCIA

Vantagens do Cartão Diplomados:

•Universidadequermanterovínculocomos145mildiplomados

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15Julho 2012 /RRPPAtualidades

A foto é uma arte reprodutível. Não esta-mos mais nos séculos em que as obras de arte eram para as classes mais altas,

estudantes e burgueses. A foto, vista como pro-dução artística, se tornou uma representação visual mais acessível à massa e possível de ser vista em qualquer lugar do mundo.

Ela flagra, emociona e principalmente com-prova “instantes decisivos” na vida das pessoas, definição trazida por Cartier Bresson (fotógrafo do século XX), que decidiu encarar o mundo, le-vando consigo uma pequena câmera e descobrir com ela os situações da vida, do cotidiano, do tempo e dos locais que conheceu.

Suas fotos mostravam cenas inusitadas, es-pontâneas, mas “instante decisivo” seria aquele minuto que faz diferença e congelaria algo real-mente surpreendente. Onde um segundo a mais para apertar o botão e decidir bater a foto, seria o suficiente para perder uma grande cena.

O olhar fotográfico está presente em diver-

sos momentos no dia à dia, em telejornais, fil-mes, revistas, redes sociais. Todos são fontes e originam conteúdos/informações e fotografias, de cunho pessoal ou profissional.

Não utilizada para distração ou hobby, se tornou profissão e adquiriu técnica. Com a tec-nologia, sensibilidade e técnica para captar ce-nas, a fotografia passa a ser um item de valor e de reconhecimento como arte. Com efeitos di-gitais, retratos e perspectivas ganharam espaço nas ruas, em museus e exposições próprias para os admiradores desses momentos em todo o mundo.

O uso da imagem para comunicar está pre-sente nas três áreas da comunicação: Jornalis-mo, Publicidade e nas Relações Públicas.

A foto no jornalismo tem o interesse de comprovar um fato significativo, situações que ocorreram com pessoas públicas, com organiza-ções e com os cidadãos. Exemplos: atos de vio-lência contra a sociedade, uma festa municipal,

um político que foi flagrado desviando dinheiro.Na publicidade, o objetivo é de persuasão e

convencimento. Através de um briefing, a agên-cia irá contratar um profissional de fotografia que montar a cena na qual a mensagem será passada para transmitir o que a marca/organi-zação deseja. O intuito é divertir, chocar, horro-rizar ou emocionar.

Nas relações públicas, a foto é utilizada para documentar festas, treinamentos, reuniões, que ocorreram em locais públicos ou privados. Legi-timar as organizações, demonstrando com o que a empresa trabalha; quem trabalha (faz) e como fazem.

A indústria enxergou também um nixo de mercado para os amantes da fotografia, tornan-do essa técnica um item em acessórios de moda e de objetos para decoração em ambientes.

Aline Urbano, Flaubert Titon,Natália Soltis e Tiele Wingert

Comunicarem um

click

Em entrevista com a revista RRPP Atuali-dades, a profissional Flávia Quadros, formada em jornalismo pela UFRGS, professora no curso de Jornalismo e Relações Públicas da PUCRS e sócia da empresa Índice Foto, relatou sua opi-nião e visão sobre a influência da foto na área da comunicação e como está o mercado para os profissionais da área atualmente:

Hoje em dia a “manipulação digital” está em evidência. Você acredita que essa questão, atrapalha a credibilidade?

Acredito que a credibilidade, a partir da popularização dos recursos de manipulação na

era digital cria um deslocamento nos critérios de credibilidade. O que gera confiança não é o meio fotografia, mas a imagem da instituição no caso das relações públicas ou do veículo/empresa de comunicação no caso do jornalismo. A ética de um modo geral passa a ser o condicionante da credibilidade e não o simples fato de haver um registro fotográfico.

Como o profissional de RP pode inse-rir foto no seu trabalho?

A fotografia é um importante meio de per-suasão. Lida diretamente com as emoções do observador e tem uma riqueza simbólica que pode torná-la um aliado fundamental do profis-

sional de RP não apenas como meio de informa-ção, mas também para motivar equipes, integrar colaboradores e transmitir valores.

Como esta o mercado para os fotogra-fos? Onde tem trabalho?

O mercado está bastante aberto. As oportu-nidades existem, mas é importante que o futuro profissional saiba definir em que nicho tem mais aptidão para atuar. Há muitas oportunidades de estágio, que são uma excelente maneira para aprender e se relacionar com profissionais.

Do que um aluno de RP, Jornal e PP precisa pra ser um excelente fotógrafo?

Saber observar, criatividade e disciplina.

TIELE WINGERT

Importante meio de persuasão

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16 RRPPAtualidades/Julho 2012

Hoje em dia a informação é dinâmica e seus possuidores sentem a necessidade de expô-la. Nesse ritmo, os blogs estão sendo cada vez mais utilizados como fonte de pesquisa e instrução. Uma ferramenta para agregar conhecimento. Neles o blogueiro expõe e compartilha informa-ções e experiências vividas. Constrói uma inte-ração social, através de um novo e revolucioná-rio meio de comunicação. Unindo a teoria com a prática, e muitas vezes deixando exposto nas entrelinhas um sentimentalismo. Refletindo ati-vidades pessoais para o coletivo.

As plataformas possuem modelos diferentes de design, mas ainda assim incentivam a capaci-dade criadora do blogueiro. E de criação e criati-vidade algumas blogueiras já provaram que en-tendem. Um grupo de blogueiras e aficcionadas por esmaltes contaram um pouco sobre como é o compromisso delas com os vidrinhos e com as seguidoras. Todas já colecionavam esmaltes antes de começar a escrever, muitas já fotogra-favam suas nail arts e divulgavam no Flickr, tinham vontade de compartilhar seus conheci-mentos e experiências com mais interessadas. De um modo geral, elas começaram a participar dos blogs, ou criar os seus, a partir de incentivo de amigas que conheceram suas coleções. “Des-de que comecei a colecionar sentia vontade de escrever sobre, mas não tinha coragem de criar um blog, depois que conheci a Isah (que divide o blog comigo) e ela colocou muita pilha, aca-bamos criando o Vaidosas Club, hoje cuido dele com muito carinho,” relata Patrícia Bandrão.

Grande parte das mu-lheres reclama que muitas manicures deixam a desejar, faltam opções de cores e, em muitos casos, as clientes sa-bem muito mais sobre no-vidades e técnicas diferen-ciadas do que a profissional que as atende. As ‘esmaltólatras’ do Esmaltchê, como é chamado o grupo de amigas e blogueiras, não têm esse problema. Elas desistiram do salão e fazem suas próprias nail arts, em casa, no tra-balho, na rua, nos encontros, onde estiverem... Isso não é um problema para elas. Como qual-quer atividade, ninguém nasce sabendo fazer as unhas, foram anos de treino, aperfeiçoamento de técnicas e misturas de cores inimagináveis até aqui.

Nesse grupo tem blog para todos os gostos, tem meninas que atualizam periodicamente e sem falta, outras quando conseguem, como con-tou a blogueira Mariana Joner, do blog Esmalte é tudo de BOM: “Meu blog é feito nas horas va-gas, se tenho tempo, eu escrevo, se não tenho, eu desencano, não posso deixar ser a atividade mais importante, pois não me traz nenhum retorno fi-

nanceiro.” A maioria dos blogs possui mais de uma autora. Márcia Lima explicou que no Unha de Verniz são três meninas, não há um assun-to determinado para cada uma postar, a quan-tidade de posts também é livre. No blog Moda na Mão, Michele Correa explica que a função é diferente: são quatro integrantes, as postagens

são diárias, muitas programadas com antecedência e a prioridade são os posts com as últimas no-vidades. Outra prioridade são os posts de esmaltes nacionais, já que possuem o maior público e os leitores têm mais acesso. Mas uma coisa é comum a todos os

blogs: a inspiração não segue um padrão, vem de qualquer lugar, a qualquer momento. E exige que elas se desdobrem para encontrar sempre o melhor ângulo, melhor iluminação, para que as fotos sejam sempre o mais fiéis possíveis, já que o objetivo é mostrar o esmalte nas unhas.

Eis que surge a dúvida: o que é e de onde veio o Esmaltchê? Michele Correa responde: “O Esmaltchê é um grupo de amigas. Surgiu da ne-cessidade de pessoas de se encontrar e falar so-bre o assunto. O grupo era chamado de Esmal-tólatras gaúchas e existia na rede social Flickr que é uma espécie de galeria de fotos comparti-lhada. Quando eu achei este grupo, percebi que elas queriam se encontrar para conversar sobre o assunto, mas o encontro nunca acontecia. Dei um jeito de unir outras blogueiras e o grupo do Flickr. Quando nos unimos se formou o Esmal-

tchê. Mas o que se pode conversar sobre esmal-tes? Muita coisa. O RS, até receber uma coleção nova, demorava no mínimo dois meses. Fizemos disto o foco do encontro, para trazer a atenção das marcas ao pólo comercial do Rio Grande do Sul. Hoje em dia temos muito maior variedade de esmaltes nas lojas e preços competitivos.”

O grupo é aberto a qualquer pessoa que quei-ra participar, mas que cumpra um pré-requisito: amar esmaltes. Normalmente a indicação é feita por algum membro do grupo. Deise Garay, do Unha de Verniz, conta o que elas fazem quando se encontram. “Todo mês tem um encontro na casa de uma das gurias, com comidinhas gosto-sas e esmaltes, muita conversa e risadas, fotos e alegria! A relação entre as participantes é bem distinta: as mais antigas são mais íntimas, mas as novas ficam muito à vontade entre elas.”

Apesar do amor comum pelos vidrinhos ter sido o fator principal a reuni-las, a amizade se sobrepõe sempre. O Esmaltchê possui duas re-des sociais ativas, o Flickr – onde tudo começou – e o Facebook, principal ponto de contato entre elas. “Convivemos todos os dias na rede, conver-samos, fazemos compras coletivas de esmaltes, lógico, trocamos nossas experiências e fortalece-mos o nosso vínculo, que já ultrapassa dois anos. Somos amigas de esmaltes e de verdade, claro, que cada uma dentro das afinidades”, explica Michele Correa, do blog Moda na Mão.

Bruna Fernandes Rosa, Julya Bohn, Keise de Leone Marques

e Paola Dias

Eu quero esseEsmaltchê!

“Sinto uma faltadanada do Esmaltchê quando não consigo falar com as gurias!”

DIVULGAÇÃO

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17Dezembro 2012 /RRPPAtualidades

Qual a sua cerveja favorita?A galera já não se contenta mais com

qualquer cerveja, reunir o pessoal e to-mar uma pilsen qualquer já não faz mais sentido. Agora o assunto está em pauta e é cada vez mais natural encontrar jovens na faixa dos 20 anos debatendo sobre cer-veja, seus tipos, teores alcoólicos e seus acompanhamentos ideais (natural, já que dizem ser a cerveja a bebida mais popular do mundo, perdendo apenas para a água e para o chá).

Entendeu quando leu a palavra pil-sen, mas não entende nada quando ouve falar em lager, ale, ou stout? Então fique tranquilo que vamos dar algumas dicas para não se sentir perdido nas conversas entre amigos, ou diante das prateleiras no supermercado:

Família Lager – cervejasde baixa fermentação

Conhecidas por serem o tipo de cer-veja mais consumido no mundo, são de baixa fermentação, de maioria douradas e filtradas. Seu nome tem origem na pala-vra alemã lagern que significa armazenar (seu processo de maturação obriga que a cerveja seja armazenada em temperatu-ras baixas por longos períodos de tempo).

Pilsen: cerveja leve, dourada, bri-lhante, é a mais consumida no Brasil e tem teor alcoólico entre 3% e 5%. Original da cidade de Pilsen na República Tcheca.

Dunkel (escuro, em alemão): Cerve-ja escura feita de maltes torrados, baixo corpo e de paladar seco. Original da Ale-

manha tem teor alcoólico geralmente en-tre 4% e 7%.

Bock: cerveja escura e avermelhada, mais encorpada, aroma maltado e teor alcoólico entre 6% e 9%. Original da Ale-manha.

Rauchbier: são cervejas defuma-das, típicas da cidade de Bamberg, na Alemanha. Teor alcoólico normalmente entre 4% e 7%.

Família Ale – cervejasde alta fermentação

Costumam ser cervejas bastante aro-máticas, com bastante presença de sabor e, em alguns casos, teor alcoólico mais elevado.

Weizenbier, Weissbier ou Weiss: cervejas de trigo, geralmente claras e opacas, normalmente não filtra-das e altamente refrescantes. Teor alco-ólico entre 5% e 6% e é original do sul da Alemanha.

Stout: malte torrado, cerveja escu-ra, médio amargor, dotadas de forte sa-bor de chocolate, café e malte torrado, é original da Inglaterra e tem alto teor alco-ólico, variando entre 8% e 12%. A repre-sentante mais famosa desse tipo de cerve-ja é a Guinness (fica a dica!).

Pale Ale: cerveja originalmente in-glesa, de coloração âmbar, baixo-médio corpo e saboroso amargor, com gradua-ção alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem com as cervejas Pilsen (du-rante a Segunda Guerra Mundial), por-

tanto têm seguem a mesma característica de suavidade.

Família Lambics – Cervejas de Fermentação Espontânea

Não levam adição de fermento em sua fórmula, e a fermentação ocorre pela ação de leveduras existentes no ar. São originais de uma região conhecida por Vale do Senne, no entorno de Bruxelas, onde existem os microorganismos de-sejados para a fermentação. Costumam ser cervejas bastante ácidas, com toques azedos e amargos, por isso, muitas delas levam a adição de frutas em sua compo-sição.

Faro: cerveja lambic com adição de açúcar, leve e sem a acidez característica das outras Lambics. Seu teor alcoólico chega a 5%.

Geuze: combinação de cervejas lambic, geralmente menos ácidas e mais balanceadas, algumas assemelhadas ao champagne. Seu teor alcoólico normal-mente está entre 5% e 8%.

Kriek: cerveja lambic com adição de cerejas durante o período de maturação em barrica. Teor alcoólico por volta de 5%.

Agora você já conhece os tipos de cer-veja, mas não fique só na teoria, se já tem mais de 18 anos prove cada uma e descu-bra sua preferida! Com moderação.

Cristiane Mallmann, Greice Timm e Michelle Dillenburg

Profissão: Mestre CervejeiraE quando um hobby, um dis-

curso rotineiro na roda de amigos entre um final de semana e outro se torna profissão? Talvez daí tenha surgido a profissão Mestre Cerve-jeiro, que é a especialização nessa bebida tão consumida no mundo inteiro: a cerveja!

Apesar de não consumir ne-nhum tipo de bebida alcoólica, Li-ziane Golombiewski trabalha há 15 anos com bebidas e conta um pou-co mais sobre sua rotina cervejeira no Mulligan Irish Pub.

Você fez algum curso para se especializar em cervejas?

Sim! Eu era bartender e tra-balhava com Coquetéis, após tro-car de local de trabalho, tive que

aprender, pois o bar era especiali-zado em cerveja. Cursei no Domms a faculdade de mestre cervejeiro, e no Cordon Bleu, módulo de cozi-nha contemporânea com harmoni-zação de cervejas.

E como foi vivenciar essa ascensão da cerveja na vida das pessoas, qual a maior di-ferença de lá pra cá?

Há quinze anos, as cervejas de rótulos especiais não eram vendi-das. Trabalhava-se só com Stella Artois e agora já são mais de 200 rótulos. Inicialmente o interesse era maior das pessoas mais velhas, pois elas iam para a Europa e estas pessoas buscavam os rótulos. Ago-ra o interesse já está na geração Y.

Uma pergunta básica que até imagino a resposta: você gosta de trabalhar com cerve-jas, essa era a profissão que queria?

Trabalho no que amo, então não tenho pretensão nenhuma de mudar de profissão! E sobre tra-balhar com isso e não beber tenho uma teoria: o melhor técnico de natação era tetraplégico, portan-to para mim ser mestre cervejeira sem beber é a mesma coisa.

E qual é a mais pedida?Mesmo com todo o interesse

dos jovens em cervejas, o chope pil-sen ainda é o mais pedido no bar, e dos rótulos especiais a Paulaner Weiss é a mais pedida.

Degustação

∆ Lisiane: feliz com sua profissão

ARQUIVO PESSOAL

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18 RRPPAtualidades/Dezembro 2012

Redes sociais enfrentam ditadurasUma das palestras interna-

cionais do 25º SET Universitário aconteceu na quarta (19) e teve como convidada Leila Nachawati, professora da Universidade Carlos III de Madri e colaboradora do ca-nal árabe Al-Jazeera. A espanhola, mediada pelo professor Eduardo Pellanda, falou sobre as vozes dos cidadãos em contextos de repres-são.

Filha de pai sírio, a jornalista começou dando exemplos de países onde as redes sociais e a internet foram usadas por cidadãos comuns

para protestar contra seus regimes de opressão e a favor dos direitos humanos. Bahrein, Palestina, Síria, Arábia Saudita e China foram os países usados por Leila para exem-plificar nações onde a liberdade de expressão é uma utopia.

Segunda a ativista, os proble-mas do Bahrein não têm sido muito noticiados no Ocidente devido ao pouco interesse da mídia em estre-mecer relações com um dos prin-cipais fornecedores de petróleo do mundo. Já na Palestina, onde há décadas ocorre um conflito com os israelenses, Leila conta que o Face-book é visto como milagre, já que através dessa plataforma os pales-tinos estão podendo encontrar fa-miliares separados pelos tumultos.

No caso da Síria, Leila relata que a população viu no YouTu-be uma grande oportunidade de manifestar-se, já que, à falta de li-berdade de expressão, esta seria a única maneira de mostrar ao mun-do a real situação vivida por eles. Já na Arábia Saudita, os cidadãos usam a web como ferramenta para demonstrar seu descontentamento com os direitos femininos no país, onde as prerrogativas das mulheres são praticamente nulas. A profes-

sora de Madri mostrou uma cam-panha onde mulheres clamam pelo direito de tirar carteira de motoris-ta, direito exclusivamente masculi-no neste país do Oriente Médio.

“Os direitos humanos na China são uma preocupação para todo o mundo, exceto para os chineses.” É com esta frase que Leila começa fa-lando sobre a China, onde ela conta que, em face da restrição do uso da internet no país, nem os próprios chineses têm a verdadeira noção do embargo aos seus direitos vividos por eles.

A jornalista mostrou vídeos de manifestações populares, vistos por ela como importante ferramen-ta de protesto dos cidadãos contra os regimes opressores. Por outro lado, ela conta que os vídeos são usados pelos próprios regimes para “caçar” os protestantes e diz que há casos de pessoas que já foram pu-nidas por aparecem nas gravações de manifestações. Para finalizar, a ativista fala sobre a neutralidade da mídia em alguns casos e diz que “a neutralidade beneficia apenas os mais fortes”, criticando a falta de atenção midiática em alguns países que vivem sob a repressão.

Fabiano Brum Fontoura

O 25º SET Universitário, ocor-rido no segundo semestre de 2012, na PUCRS, teve como finalidade estimular a troca de experiências entre alunos, professores e profis-sionais das áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Rela-ções Públicas, Produção Audiovi-sual, Cinema e Vídeo.

A abertura oficial ficou por conta da palestra “Transforman-do um sonho em um projeto de vida – Não Conta Lá em Casa/Multishow”, que contou com a presença de André Fran (jornalis-ta) e Leondre Campos (advogado), mediados pelo professor e cineasta Carlos Gerbase.

André e Leondre são criadores e apresentadores do reality show Não Conta Lá em Casa, exibido em um canal por assinatura. Com a ideia inicial de fazer um documen-tário de suas próprias experiências de viagem, eles se reuniram com Bruno Amaral e Felipe Melo, para documentar as viagens feitas para lugares nada comuns.

Sem conhecimento técnico em filmagem, edição e captação de imagens, o grupo de amigos saiu pelo mundo gravando suas viagens. Movidos pela vontade de conhecer novas culturas, chegar a lugares inalcançáveis e conhecer pessoas, embarcam com passaportes sim-ples, sem cadastro de imprensa, pois acreditam que a melhor forma de conhecer a realidade de um país é visitando-o como turista.

Eles relataram no SET todas as dificuldades iniciais para a re-alização desse projeto. Desde a apresentação para a televisão até a aceitação pelo canal Multishow. Contam que o programa teve gran-de aceitação, graças ao roteiro es-colhido pelo grupo, que “tem como destino de viagem lugares pouco conhecidos, com política rigorosa ou palcos de desastres naturais”, revela Fran. “Devido ao formato de apresentação e vocabulário usado, o programa atingiu a atenção de jovens e adolescentes, deixando-os a par dos assuntos mundiais”, des-taca Campos.

Clarissa Lerino, Patrícia Dias, Francieli Valdez,

Pâmela Cypriano e Vanessa Souza

25º Set UniverSitárioNão Conta Lá em Casa

∆ Leone Campos e André Fran debatem na abertura do SET, mediados por Carlos Gerbase

∆ Leila Nachawati

RENATA CAROLINA/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA

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19Dezembro 2012 /RRPPAtualidades

25º Set UniverSitário/ eSpecial

Mariana Santos a designer de animação e inte-ração do jornal The Guardian, esteve presen-te no último Set Universitário da PUCRS para

uma palestra sobre Processo criativo em projetos de visualização de dados – interação entre profissionais numa News Room (case The Guardian). Em entrevis-ta a nós concedida Mariana conta um pouco sobre sua trajetória desde sua saída de casa até o sucesso no The Guardian.

Nascida e criada na região do Algarve, em Portugal, mudou-se para Lisboa com 17 anos para cursar Ciên-cias e Matemática, tendo a disciplina de Arte como ex-tracurricular. Em seu primeiro ano na Escola de Belas Artes optou por Escultura, onde ficou conhecida como Mariana Parte Tudo, por ter partido muitas contrafor-mas de barro, espalhando gesso líquido pela Escola, de-cidiu mudar para Design de Equipamentos. Foi quando percebeu que sua qualidade era mesmo se comunicar e foi só então no terceiro ano do curso de design que candidatou-se para fazer design de comunicação, fa-zendo assim também as cadeiras que faltavam de co-municação.

Um currículo com referências diversificadas, des-de nadadora de alta competição à atriz e hospedeira de eventos , sua única certeza é de que queria estudar fora do País.

Tinha duas escolhas em mente, Finlândia ou Saint--Etinee, na França. Acabou indo para sua segunda op-ção. Já em terras francesas escreveu o livro “Se não acreditas em ti, acreditaras em que”, com tiragem de 2.000 exemplares. Para Mariana, essa transição fora do país foi muito importante: “Estes tempos difíceis fizeram-me perceber que gosto e passar por eles, pois saio deles mais forte e cada vez capaz de enfrentar qualquer tipo de adversidade.”

Sua carreira de designer gráfica começou como es-tagiaria na Universal Music, onde veio a ilustrar capas de Cds e graças ao olho e atitude de um colega apren-deu AfterEffects. Logo ao final do primeiro mês estava fazendo showreels para cantoras Maria Carey, Mika e para marca alemã Adidas. Porém, achava injusto rece-ber menos de 1.000 euros. “Ainda hoje acho que foi a melhor decisão que tive. Se não formos nos valorizar ninguém o fará”, disse Mariana. Assim, retornou a Por-tugal. Durante os seis meses que esteve em Lisboa cur-sou ilustração gráfica, curso oferecido pela Universida-de de Belas Artes e na parte da tarde ia para Almada aprender a tosar cães.

No meio do curso de ilustração começou a dar mais ênfase para a educação em nível digital, resolvendo assim, candidatar-se a uma vaga na escola de digital media em Estocolmo, Suécia, que na época custava em torno de 20.000 euros. Foi quando Mariana resolveu vender seu carro, trabalhou de manhã à noite na tosa de cães no Algarve e ainda pediu uma pequena ajuda ao banco para conseguir financiar totalmente seu curso. Já em Berlim foi a um recrutamento com mais de 500 pessoas e foi selecionada.

A próxima etapa foi Londres onde procurou o di-retor de tecnologia do The Guardian. Logo após uma conversa de quase duas horas, recebeu o convite para trabalhar, com a oferta de um salário mínimo. Após o primeiro mês, foi convidada a ficar na equipe e assim terminou seu mestrado em Hyper Island via skype e por e-mail.

Aline Urbano e Natália Soltis

CRIATIVAE OUSADA

ANDRESSA MOREIRA/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA

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20 RRPPAtualidades/Julho 2012

O encerramento do 25º SET Universitário foi marcado por uma palestra muito aguardada. O auditório se manteve lotado durante as quase duas horas de duração do debate comandado pelo locutor esportivo gaúcho de rádio Pedro Ernesto Denardin, o jornalista esportivo André Rizek que cobriu as Olimpíadas de Londres, o diretor-executivo da Sportv, Raul Costa Jr, que esteve no comando da cobertura do evento, e o publicitário porto-alegrense Márcio Callage.

Costa Jr destacou as dificuldades pelas quais passou. Todo o projeto foi desenvolvi-do por apenas oito pessoas, durante dois anos e meio, tudo para manter o sigilo absoluto da operação. “Para demonstrar o grau de sigilo do qual estamos falando, certa vez, em reunião com Roberto Irineu Marinho, presidente das organizações Globo, a equipe pensou em fazer

um vídeo sobre o projeto. Porém, a ideia foi des-cartada pois o vídeo poderia vazar na internet ou por meio de outros canais de comunição”, exemplificou. Contando com uma estrutura re-duzida, porém utilizando tecnologia de ponta, a chave da Sportv foi ser original, pensar diferen-te e acreditar no potencial da equipe e do proje-to, sem menosprezar os concorrentes de maior porte. Para atingir esse nível de diferenciação, foram aplicados truques como o “teletranspor-te”, utilizado para reunir no estúdio pessoas que que estivessem em locais isolados, dando a im-pressão de que todas estavam juntas no mesmo ambiente.

André Rizek falou sobre a importância de focar-se na ideia de não se tornar mais um tor-cedor brasileiro, e sim assumir, a função de co-municador da Copa do Mundo como um todo,

sem se posicionar a favor ou contra atletas ou seleções, tratanto a todos de forma homogênia.

Márcio Callage ressaltou que o Brasil é a bola da vez. No mundo inteiro, a atenção está voltada a nós e, segundo ele, essa é a hora de aproveitar para transmitir aos turistas que aqui estarão, uma imagem positiva do país, algo que possa ser construido de forma que as mudan-ças sejam contínuas e o trabalho ininterrupto. O publicitário se mostra confiante e otimista quanto à realização destes eventos que estão por vir, compreendendo que o clima festivo do qual o Brasil é comumente lembrado no exterior es-tará incorporado nestes eventos, o que tornará tudo não apenas uma grande festa, mas também um grande meio de comunicar a marca brasilei-ra para o mundo.

Pedro Rocha e Marlon De Leon

Aconteceu na terça-feira, 18 de setembro, a palestra “Ideias do tamanho da realidade”, mais uma das atrações internacionais do 25º SET Universitário. O peruano Roberto Espino Arias contou como é trabalhar com a publicidade de grandes empresas, como Nike, Pepsi e Coca--Cola, em Buenos Aires.

Mediada pelo professor Marcel Vieiro, a pa-lestra começou com um breve histórico da car-reira de Arias, que afirmou que “os argentinos adoram ideias”. Em seguida, foram apresenta-dos alguns de seus melhores comerciais: “O oti-mismo que contagia” para a Coca-Cola, “Basta 86” para a Nike, “Que voltem as lentas” para a Doritos, entre outras. Dentre os seus comerciais de grande sucesso está “Trenzas H2O”, que lhe rendeu o Leão de Ouro em Cannes 2011.

Os chamados “Big Ideas” são o tipo de co-mercial que Roberto mais gosta de elaborar,

com muito humor explica os quatro passos que ele utiliza para produzir uma grande ideia. O projeto e a qualidade do processo devem ser re-levantes e realistas, as marcas devem saber até onde podem chegar e serem humildes. “Procu-rar encontrar uma ideia nova e maravilhosa”, é mais uma dica de Arias.

Um exemplo é a curiosa campanha “Pecsi”, que mostra a realidade do público, de maioria argentina, que não consegue pronunciar corre-tamente a palavra Pepsi. As campanhas da Nike “Joga Bonito”, mostrando jogadores de futebol brasileiros fazendo lances esteticamente bo-nitos, e “Bairro Bonito”, na qual o bairro Boca Junior foi decorado com imagens de futebol, foram apresentadas como exemplos de sucesso.

Para finalizar, Roberto falou sobre a res-ponsabilidade social de uma marca e sobre a fidelidade entre ela e seus usuários. Para ele,

ideias com um sentido mais social, além do ma-rketing, podem solucionar um problema.

Tati Cross eGissele Todi Monassa

Ideias do tamanho da realidade

VERÔNICA ABDALA/ ESPAÇO

EXPERIÊNCIA

25º Set UniverSitário/ eSpecial

Encerramento em ritmo de Copa ∆ Márcio Callage, Raul Costa Jr, André Rizek e Pedro Ernesto Denardin debateram diante de um auditório lotado

MAURÍCIO AMARAL/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA

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21Julho 2012 /RRPPAtualidades

As “festas sem fim” têm atraído cada vez mais os jovens de distintas partes do mundo. A Rave, como é chamada, surgiu na década de 1960 e tem crescido mundialmente, fazendo com que, além de uma enorme festa atraente para seu público, tenha também se tornado um mercado de grandes lucros para investidores na área de eventos. As promoções normalmente ocorrem em sítios, galpões e lugares mais afas-tados das áreas urbanas. Lideradas por DJs que tocam músicas eletrônicas de todos os tipos du-rante muitas horas, contam ainda com artistas plásticos, visuais e performáticos.

No Brasil, a Rave surgiu na década de 1990. Hoje tem maior destaque no estado de Minas Gerais, onde os jovens vidrados em música ele-trônica tentam combater os preconceitos criados sobre estas festas, em função do uso de drogas.

Neste meio existem termos como: “Priva-te” (festas privadas), “Indoor” (em lugares fe-chados) e “Open Air” (em lugares abertos). Na festa Indoor, preferencialmente, os DJs tocam vertentes do House, como: Tech House, Pro-gressive House, Deep House e o Electro House.

Já no Open Air, executam vertentes do Trance, como: Psy Trance, Progressive Trance, Full on Morning, Full on Groove e outras.

Através do DJ Carlos Loreto, 23 anos, é pos-sível conhecer melhor este universo da música eletrônica, da carreira de DJ e do público das Raves. Ele conta em que profissionalmente atua desde o início de 2012, mas que sempre foi um frequentador das festas organizadas por grandes produtoras aqui no Rio Grande do Sul.

A vida de DJ não parece algo fácil, ele co-menta que depende de dedicação e ocupa muito do seu tempo. “Não basta apenas ter talento, é necessário também estar sempre atualizado, ter carisma e bons contatos no ramo, possuir bons contatos em redes sociais para que seu trabalho seja reconhecido”, explica Loreto.

Carlos Loreto acredita que o que atrai os jo-vens para as festas em que se apresenta são o es-tilo do público e o tipo de música, pois a e-music tem ganhado cada vez mais seguidores. Em sua maioria são jovens que buscam nas Raves a ideia de uma festa feliz, em contato com a natureza, a paz e a liberdade. Estes fatores seriam, para

ele, o que desperta a curiosidade dos jovens que ainda não as frequentam.

Durante as apresentações no palco, Loreto se sente no controle daquele instante e, o mais especial, pode passar a sua emoção através das músicas que seleciona e assim viver momento indescritível de privilégio único. Destaca a feli-cidade de tocar em festas frequentadas por ami-gos e pessoas queridas, pois estes apoiam muito sua carreira, bem como familiares que convivem com sua rotina corrida de dois empregos.

O público da Rave normalmente é mais cor-dial que em outras festas, sempre cheios de esti-lo, alguns exibem corpos malhados com roupas mais provocantes e bastante coloridas, dançam com muita energia e interagem fácil com novos parceiros. Talvez por ser uma festa onde os limi-tes podem ser alcançados, além da liberdade e o cenário de lugares bonitos, rodeados por nature-za, a festa desperta a curiosidade de quem nunca frequentou e depois da primeira vez, é difícil que não exista, pelo menos, uma segunda.

Paola Dias Silveira, Julya Bohn,Keise de Leone e Bruna Fernandes

VIDA DE DJ E OUNIVERSO DAS RAVES

FELIPE LAZZERI CAMPOS

21Julho 2012 /RRPPAtualidades

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22 RRPPAtualidades/Julho 2012

Emoção

Sexta-feira é um dos dias mais aguardados da semana. E muitos jovens saem do trabalho ou da faculdade, pegam seus carros e vão dire-to para balada. Até aí tudo bem, não fosse por um motivo. Vários desses jovens acabarão por se encontrar em alguma sinaleira e, num ato de desafio, começarão a esquentar seus motores. E quando a luz verde acender, sairão acele-rando como se estivessem numa corrida de ver-dade, botando em risco suas vidas e a dos de-mais cidadãos que encontrarem pelo caminho.

É com o objetivo de que os jovens parem de praticar esse esporte proibido nas ruas de Porto Alegre que o Automóvel Clube do Rio Grande do Sul, há 15 anos, abriu as portas do Autódromo de Tarumã, em Viamão, do qual é proprietário, para a realização de rachas abertos para todos

os públicos e todos os modelos de automóveis. Sob o apoio da Polícia Rodoviária Estadual e da Brigada Militar, o evento é realizado toda sexta-

-feira e cerca de 3 mil pessoas comparecem ao autódromo.

Para atrair o público, além de disponibilizar a pista para os motoristas amadores acelerarem, também são realizados shows com pilotos profissionais, como a

apresentação do motoqueiro fantasma, além da clássica “cadeira elétrica”. Neste, dois pilotos fa-zem manobras, derrapando e riscando o asfalto, acompanhados por um carona que é sorteado entre a plateia. O estômago precisa estar prepa-rado, pois em alguns momentos o carro parece sair de controle ao rodar várias vezes na pista. Mas é claro que tudo faz parte do show.

A cada nova edição, o tema proposto muda.

Em algumas, o encontro é de Chevettes e Opa-las, então os donos de um veículo Chevrolet que quiserem ingressar no autódromo não paga a entrada. Em outras, o tema pode ser o clássico Fusca, ou então os poderosos motores V8, sem-pre utilizando da mesma estratégia de isenção da entrada como atrativo. E funciona bem, tan-to que o evento atrai milhares de pessoas sem contar com nenhuma campanha publicitária veiculada fora de seu site, sendo conhecido pela população por meio das sucessivas reportagens realizadas pelas mídias.

Mesmo parecendo uma competição, o espí-rito do evento é de atender a uma causa social, e a prioridade é mesmo a velocidade, tanto quanto a segurança, e sempre lembrando os fãs do auto-mobilismo, do slogan presente no evento: acele-rar nas ruas não está com nada.

Marlon de Leon e Pedro Rocha

MARLON DE LEON E PEDRO ROCHA

Pista é aberta para público

amador acelerar à vontade

RRPP AtualidadesPUBLICAÇÃO informativa e de reflexão do curso de Relações Públicas da Facul-dade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, avenida Ipiranga 6681, Porto Alegre, RS, Brasil.Versão Online: www.rrpponline.com.brE-mail: [email protected]: Ir. Dr. Joaquim ClotetVice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio Teixeira

Diretora da Famecos: Drª. Mágda CunhaCoordenadora do Curso: Drª. Cláudia MouraEdição: alunos de Produção de Mídia Im-pressa e Digital em RRPP.Professores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana Sandini.Alunos: Aline da Rosa Urbano, Bruna da Silva Ricardo, Bruna Fernandes Rosa, Camila de Boer Ribeiro, Carolina Cunha

Fontoura, Clarissa Vitor Lerino, Cristia-ne Mallmann Bordignon, Denise Ramos Novakosky, Eduarda da Silva Cabreira, Fabiano Brum Fontoura, Flaubert Tit-ton Pereira, Francieli Valdez dos Santos, Gissele Todi Monassa, Greice Cremonese Timm, Hassann Akmed Samy, Irisleyne Alves do Nascimento, Jessica Barbosa da Silva, Joyce M. Dias Vignochi, Julya Bohn dos Santos, Karen Vieira, Karina Zanotto

Costardi, Keise de Leone Marques, Ma-nuela de Almeida Ferreira, Marcelo Jar-ros, Marlon da Silva de Leon, Michelle Sena Dillenburg, Natalia de Oliveira Sol-tis, Pamela Garcet Cypriano, Paola Dias Silveira, Patricia Ruas Dias, Pedro Flores B. da Rocha, Rosele M. Sander, Sabrina Feijó Wunsch, Taiane Moura dos Santos, Tatiane Cross Silveira, Tiele Wingert e Vanessa Barcelos B. de Souza.

FÃS DE VELOCIDADEpisam fundo em racha legalizado

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23Julho 2012 /RRPPAtualidades

O Roller Derby é um esporte diferente, sobre patins, e está dan-do seus primeiros passos no Brasil. Aposto que você também pensou ‘Roller Derby, mas o que é isso?’. Apesar dessa confusão inicial, suas regras são relativamente simples: cada equipe possui cinco patina-doras, das quais apenas uma é ca-paz de marcar pontos, chamada de Jammer. Seu principal objetivo é dar o maior número de voltas nas rivais. As outras quatro são chama-das Blockers e elas são incumbidas da missão de impedir que a Jam-mer oposta passe e ajudar a sua a ultrapassar o Pack, como é chama-do o grupo das oito blockers juntas. É um esporte de contato e estraté-gia, exige força, velocidade, agilida-de e principalmente muito trabalho em equipe.

É uma prática independente,

no estilo DIY (Do It Yourself, Faça você mesmo), depende somente da força de vontade de seus pra-ticantes e simpatizantes para ser difundido e crescer. Nesse espíri-to algumas gurias de Porto Alegre se organizaram para fazer o Derby conquistar a capital gaúcha. Elas

fundaram o Wheels of Fire Roller Derby Club, coincidência ou não, o registro da equipe foi enviado dia 13 de julho, uma ‘Sexta-feira 13’. São quase 30 meninas no grupo e prometem fazer a coisa decolar.

Entre tombos e risadas, elas destacam a importância do ‘que-

rer’. Muitas das atuais ‘Derby Girls’ nunca haviam posto um par de pa-tins nos pés, hoje são verdadeiras patinadoras. Nessa equipe não se aceita ‘eu não consigo, eu não nasci pra isso’, elas afirmam que querer é poder e com muito treino pode-se fazer tudo em cima do patins.

Assim como todo esporte que busca reconhecimento, o Derby ainda passa por dificuldades, fal-ta de incentivo, mas o grupo não desanima. As gurias formam uma família, característica notável na maioria das equipes do Brasil, e ga-rantem que agora nada as segura. O Roller Derby acolhe quem quiser chegar, pessoas de todas as formas e estilos, é democrático, é dinâmi-co, é emocionante, é inacreditável!

Bruna Rosa, Flaubert Titton, Julya Bohn, Keise Marques

e Natália Soltis

O adeus como um saldo positivo

Quando entramos no Olímpico – que só po-deria completar seu nome com Monumental – temos a impressão de que nada além daqueles portões importa. A mente parece estar em paz. Dia de jogo do Grêmio é, e sempre será, sagra-do, o primeiro pensamento do dia já é voltado para o evento. Conforme o horário do jogo vai se aproximando, as sensações mais diversas vão se manifestando, até alcançar o clímax: a entrada no Estádio.

Em março de 2013 o torcedor acordará com uma sensação diferente: o suspense, a dor do adeus antecipada. A cidade se levantará mais se-rena. Entendo que as ‘borboletas no estômago’ que sentimos ao se aproximar do Largo Patrono Fernando Kroeff já não terão a mesma euforia. A falta da bandeira, de fundo azul celeste, a todo mastro balançando ao vento, será mais uma forma de adeus. O Olímpico é a cara da nação tricolor.

Porém, é fundamental recordarmos que a torcida já passou por um episódio bem seme-lhante. Quando deixamos o Fortim da Baixada,

em 1954, pelo Olímpico. Os motivos que levaram o Grêmio a deixar o Estádio da Baixada e cons-truir o Olímpico Monumental, são os mesmos que leva a migrar para a Arena. O crescimento do futebol brasileiro e mundial aceleraram as mudanças. Isto levou também ao desenvolvi-mento do Clube, que afirmou novas convicções: é necessário um estádio maior e mais moderno para acomodar todos os torcedores, recepcionar as grandes equipes do país e do exterior e para atender às exigências de preparação e treina-mento do time. O Fortim da Baixada foi inau-gurado em 4 de agosto de 1904, em uma partida entre os times titular e reserva do Grêmio. E, em 1909, foi palco do primeiro Grenal da história, com aproximadamente 2.000 torcedores e vitó-ria do Tricolor, com um placar de 10×0. Mas so-mente em 1910 iniciou a cobrança de ingressos, com a cerca de arame farpado.

As emoções que sentimos com o Olímpico serão as mesmas que sentiremos com a Arena, pois ela será a nossa nova casa. É difícil dar adeus, principalmente contra a nossa vontade

e quando os envolvidos somos nós, meros hu-manos sentimentalistas. Devemos, sim, sentir saudades do lugar que nos permitiu assistir e participar das maiores glórias e conquistas de uma nação. Mas devemos lembrar que a mudan-ça ainda nos permitirá entender como é efetiva-mente fazer parte de algo – algo bem maior. A Arena nos propiciará compartilhar dos mesmos sentimentos com um número maior de pessoas, deixarão de ser 45 mil e serão 65 mil gremistas, porém uma única voz, uma paixão.

Em breve não estaremos mais no local onde conquistamos nossas maiores glórias, mas ire-mos para um onde poderemos continuar esse legado e até superar maiores desafios. Portan-to, gremistas, sintam falta do eterno Olímpico Monumental, e migrem satisfeitos para a Are-na. Lembrem-se que o saldo ainda é positivo: a mudança é para o bem-comum, o melhor para o Grêmio, como uma nação.

Aline Urbano, Keise Marques,Natália Soltis e Tiele Wingert

WTF is Roller Derby?•Umesporteirreverente,quevaideixarvocêvidradoecurioso

FLICKR GRÊM

IO O

FICIAL

DIVULGAÇÃO

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24 RRPPAtualidades/Dezembro 2012

Como começou esse vício? André - O vício começou quando estava na

internet e vi que um novo seriado ia ser lançado. Procurei e vi que o nome da série era The OC. O vício começou assistindo o episódio piloto de The OC. E foi aumentando cada vez mais com o surgimento de novos seriados.

Diego - Começou quando eu comecei a ver 24 Horas na Globo. Eu vi a quarta temporada e depois quis ver as anteriores, pois a série me despertou um grande interesse. Logo que aca-bou a quarta temporada de 24 Horas na Globo, começou a passar Lost, eu comecei a ver tam-bém. Depois dessas, o vício só aumentou.

Tatiane - Desde pequena tinha um vício por desenhos animados e filmes, passava as tardes olhando televisão, até que conheci os seriados. Acho que o primeiro que assisti com frequência foi Um Maluco no Pedaço, mas a paixão e o vício começaram mesmo com The O.C.

O seriado influencia seu pensamento? André - Influencia em certos pontos, como

fazer refletir sobre as certas situações que apare-

cem na série, assim como situações que aconte-cem no cotidiano e são tratadas no seriado.

Diego - Muito. Quem nunca agiu como um personagem de seriado?

Tatiane - Acho que não, afinal, a grande maioria dos seriados que eu assisto é de ficção. Talvez eles ampliem meus horizontes na hora de ouvir uma música ou ler um livro.

Qual sua série preferida? André - A preferida é Entourage.Diego - Das que já acabaram é The OC., 24

Horas e Prison Break. Das que ainda estão no ar é Dexter, Game of Thrones, Pretty Little Liars e The Vampire Diaries.

Tatiane - The OC. sempre será a favorita. Hoje é Doctor Who .

Já desistiu de assistir alguma série? Qual o motivo?

André - Já desisti, pois certas séries não pa-reciam tão divertidas e interessantes após um tempo, como no início. Também desisti ao saber de certos acontecimentos futuros ao episódio

que assistia, preferindo terminar de assistir à série de uma maneira boa.

Diego - Desisti de ver Numb3rs. A série era legal, mas todos os episódios seguiam o mesmo padrão, acabei enjoando rápido. Só vi duas tem-poradas das seis que foram ao ar.

Tatiane - De Gossip Girl. A série tinha tudo para ser legal, mas perdeu o rumo, os perso-nagens começaram a perder a identidade que tinham, a história começou a ficar sem sentido.

Há também uma rede social voltada somen-te para séries, de todos os tipos. O nome da rede é Orangotag, na qual os usuários interagem en-tre si, trocam informações, opiniões, fotos e ví-deos sobre as séries. O usuário cria uma conta e adiciona suas séries favoritas em seu perfil, po-dendo trocar informações recebendo novidades e também vendo os novos episódios, que são dis-ponibilizados no site. Seriados são um mundo a parte, onde não há controle sobre emoções, sen-timentos ou personagens específicos. Os teles-pectadores choram, riem, sentem medo, raiva, enfim, vivem a vida dos personagens, e acabam reproduzindo na vida real os mesmo trejeitos forçados, como a face, a boca, os olhos, os ca-belos comuns nos personagens de séries para demonstrar sentimentos. É um vício bom, que alimenta o entretenimento, o tempo vago. Algo que não faz mal.

Francieli Valdeze Vanessa souza

O que poderia unir três jovens diferentes, com vidas diferentes, pensamentos e interesses diferentes? Uns diriam a música, outros o esporte, mas o que une esses três jovens é vício em comum. O que une André, 21 anos, Diego, 22 anos, e Tatiane, 18, é o vício por seriados. Os três são acompanhantes assíduos de diver-sas sequências de televisão, sofrem com elas, ficam irritados, enfim, passam, por todo tipo de emoção. São tão importantes que influenciam nossas vidas. Veja de que maneira:

ARQUIVO PESSOAL

Um vícioque nãofaz mal

SeriadoS