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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ROGÉRIO NONATO DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE
MOSSORÓ/RN
MOSSORÓ/RN
2015
ROGÉRIO NONATO DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE
MOSSORÓ/RN
Monografia apresentada à Universidade
Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para
obtenção do título de bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.
Orientadora: Profa. Esp. Maria de Fátima
Torres Jácome.
MOSSORÓ/RN
2015
ROGÉRIO NONATO DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE
MOSSORÓ/RN
Monografia apresentada à Universidade
Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para
obtenção do título de bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.
Orientadora: Profa. Esp. Maria de Fátima
Torres Jácome.
Aprovado em _____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profa. Esp. Maria de Fátima Torres Jácome Orientadora
Universidade Potiguar - UnP
____________________________________________________ Prof. Esp. Francisco Uberlânio da Silva
Universidade Potiguar - UnP
_____________________________________________________ Maria da Conceição de Oliveira Fernandes
Arquiteta Convidada
DEDICATÓRIA
Primeiramente agradeço a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por
renovar a cada momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo
dessa jornada.
Aos meus pais Lindalva Bezerra de Oliveira e Raimundo Nonato de Oliveira que de
forma especial e carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de
dificuldades, preocupando-se até com os problemas pessoais pelos quais passei durante esse
período de construção do TCC. Obrigado por contribuir com tantos ensinamentos, tanto
conhecimento, tantas palavras de força e ajuda.
Quero agradecer também os meus irmãos Rodrigo Oliveira, Kaliane Oliveira e Katiane
Oliveira, que embora não tivessem conhecimento disto (do TCC) iluminaram de maneira
especial os meus pensamentos, a quem eu rogo todas as noites por fazerem parte da minha
vida.
À minha orientadora, prof. Maria de Fátima Torres Jácome, que acreditou em mim, que
ouviu pacientemente as minhas considerações partilhando comigo as suas ideias,
conhecimento e experiências e que sempre me motivou. Quero expressar o meu
reconhecimento e admiração pela sua competência profissional e minha gratidão pela sua
amizade, por ser uma profissional extremamente qualificada e pela forma humana que
conduziu minha orientação.
Ao professor Francisco Uberlânio e a arquiteta Maria da Conceição Fernandes, por
participarem de minha banca examinadora.
Aos docentes do curso de Arquitetura e Urbanismo, pela convivência harmoniosa,
pelas trocas de conhecimento e experiências que foram tão importantes na minha vida
acadêmica/pessoal. E contribuíram para o meu novo olhar profissional.
A todos os meus colegas do curso de A e U, que de alguma maneira tornam minha
vida acadêmica cada dia mais desafiante. Peço a Deus que os abençoe grandemente,
preenchendo seus caminhos com muita paz, amor, saúde e prosperidade.
A todos os professores, funcionários e alunos da UnP – Universidade Potiguar
(2015.2), que de uma maneira ou de outra contribuíram para minha formação pessoal.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus o nosso maior responsável por eu ter chegado até
aqui, por ter me dado força, disposição e motivação para enfrentar os desafios do cotidiano e
por ter me ajudado em todas as etapas da minha vida acadêmica. Sem ele nada disso seria
possível.
Aos meus Pais, por terem sempre me ajudado e apoiado. Pelo amor incondicional,
pela educação e cuidados dedicados. A toda minha família, pelo companheirismo e por me
fazer acreditar em um futuro melhor.
Ao grupo: Leomar Conrado, Ligiany Santos, Paula Sales, Larissa Nunes e Jéssica
Amorim que trouxe alegria de proporcionar os melhores momentos desses cinco anos de
minha vida, por toda paciência, ajuda, compartilhamento de ideias, por me dar suporte sempre
que preciso. Por me tornar um ser humano melhor e por ter feito valer a pena.
E por fim, aos meus queridos mestres e ex mestre, meu amigo Clayton César Pereira
Barreto e minha diretora Karisa Lorena do Carmo, a minha orientadora Maria de Fátima Torres
Jácome por ter transmitido seus conhecimentos e experiência e por ser mais que uma
professora, também amiga.
Aos meus amigos Carlos Ferreira e Rizonete Benigno que sempre estiveram presente
quando eu mais precisei, e por fim a todos aqueles que contribuíram direto ou indiretamente
para o meu aprendizado, o meu humilde e sincero agradecimento.
EPÍGRAFE
Tudo posso naquele que me fortalece.
Filipenses 4:13
APRESENTAÇÃO
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu País,
no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher
preferida. De curvas é feito todo o Universo - o Universo curvo de Einstein
Oscar Niemeyer
OLIVEIRA, Rogério Nonato de. ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL
RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE MOSSORÓ/RN. 2015. 118 f. TCC (Graduação) -
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharias e Ciências Exatas,
Universidade Potiguar - UnP, Mossoró/RN, 2015.
RESUMO
Mobilidade urbana sustentável envolve a implantação de sistemas sobre trilhos,
como metrôs, trens, bondes modernos, ônibus, com integração a ciclovias, esteiras
rolantes, elevadores de grande capacidade. Terminal Rodoviário é uma estação de
passageiros intermunicipais, interestaduais e internacionais, onde permitem que os
usuários de transportes rodoviários efetuem seus embarque e desembarque em um
lugar bem localizado e adequado para esses tipos de atividade, podendo estes serem
de natureza pública ou privada. O nosso anteprojeto a ser desenvolvido será de
natureza privada, levando em consideração o custo elevado para sua manutenção. O
atual terminal Rodoviário de Mossoró, apesar de sua recente reforma encontra-se em
péssimo estado de conservação. Com a proposta de projetar uma edificação de
acordo com exigências do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e ANTT
(Agência Nacional de Transporte Terrestre), cuja população mossoroense estivesse
necessitando; a possibilidade de construir e a identificação pelo assunto, decidiu-se
então ter como tema do trabalho de conclusão de curso o anteprojeto de um novo
terminal rodoviário para cidade de Mossoró/RN. A intenção desse trabalho é projetar
uma edificação esteticamente atrativa aos usuários e as pessoas que trafegam as
margens da BR 304, com dimensões adequadas e com real possibilidade de
construção. A elaboração do projeto e construção de uma rodoviária é notória para
cidade, principalmente por ser um dos contatos com os visitantes ao município.
Palavras-Chave: Mobilidade Urbana; Anteprojeto; Terminal Rodoviário.
OLIVEIRA, Rogério Nonato de. ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL
RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE MOSSORÓ/RN. 2015. 118 f. TCC (Graduação) -
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharias e Ciências Exatas,
Universidade Potiguar - UnP, Mossoró/RN, 2015.
ABSTRACT
Sustainable urban mobility involves implanting rail systems such as subways,
trains, modern trams, buses, integration with the bike paths, crawlers, large capacity
elevators. Bus station is a station of intercity, interstate and international passengers,
which allow road transport users to place their loading and unloading in a well located
and proper place for these types of activity, these can be public or private. Our draft to
be developed will be of a private nature, taking into account the high cost of its
maintenance. The current Bus Terminal Mossoro, despite its recent renovation is in
disrepair. With the proposal to design a building according to requirements of the DER
(Department of Highways) and ANTT (National Land Transportation Agency), whose
Mossoró population was in need; the possibility of building and identifying the subject,
then decided to have the theme of the course conclusion work the draft of a new bus
station for the city of Mossoró/RN. The intention of this work is to design an
aesthetically attractive building users and people who travel the margins of BR 304,
with suitably sized real possibility of construction. The project design and construction
of a road is notorious for the city, especially as one of the contacts with visitors to the
city.
Keywords: Urban Mobility; Draft; Bus Terminal.
LISTA DE FOTOS
Foto 1 - Portico de entrada do Centro Adm. Integrado Diran Ramos do Amaral....... 35
Foto 3 - Local destinado a embarque e desembarque de passageiros ..................... 36
Foto 4 - Estrutura de pilares do atual terminal Rodoviário ........................................ 37
Foto 5 - Lixo jogado a céu aberto por falta de local apropriado................................. 38
Foto 6 - Departamentos administrativo da Rodoviaria de Mossoró/RN ..................... 39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Caracteristicas gerais do município de Mossoró/RN ............................... 25
Quadro 2 - População de Mossoró por situação de domicílio. .................................. 25
Quadro 3 - Linhas de ônibus em funcionamento no município de Mossoró. ............. 27
Quadro 4 - Falta de limpeza, plartaformas semi descobertas, elevador interditado e
falta de limpeza. ........................................................................................................ 40
Quadro 5 - Rodoviária de Natal após 80% da obra concluída .................................. 41
Quadro 6 - Estrutura da Rodoviaria de Natal/RN ..................................................... 47
Quadro 7 - Estrutura do Terminal Rodoviario de Fortaleza/CE. ................................ 55
Quadro 8 - Estrutura metálica ................................................................................... 61
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa do RN enfatizando a cidade de Mossoró. ....................................... 23
Figura 2 - Mapa da mesorregião do Oeste Potiguar. ................................................ 24
Figura 3 – Primeiros delocamentos era feitos à cavalos. .......................................... 29
Figura 4 - Deslocamento de pessoas através de trêm .............................................. 30
Figura 5 - Primeira estação rodoviária do Brasil, em Belo Horizonte. ....................... 33
Figura 6 - Vista aérea do Aeroporto Internacional de Brasília/DF. ............................ 56
Figura 7 - Vista interna do Aeroporto Internacional de Brasília/DF. .......................... 56
Figura 8 - Perfis de aço dando leveza ao saguão de espera .................................... 58
Figura 9 - Estrutura metálica ..................................................................................... 60
Figura 10 - Estrutura metálica. .................................................................................. 62
Figura 11 - Dimensões apra deslocamento de cadeirantes ...................................... 76
Figura 12 - Terreno escolhido ................................................................................... 77
Figura 13 - Dimensões do terreno ............................................................................. 78
Figura 14 - Topografia do terreno .............................................................................. 79
Figura 15 - Cara solar ............................................................................................... 79
Figura 16 - Estudo de insolação e ventos ................................................................. 80
Figura 17 - Pricipais vias de acesso .......................................................................... 81
Figura 18 - A edificação e seu entorno ...................................................................... 82
Figura 19 - Setorização da edificação pavimento térreo ........................................... 86
Figura 20 - Setorização da edificação pavimento superior ........................................ 86
Figura 21 - Orgonograma pavimento térreo .............................................................. 87
Figura 22 - Orgonograma pavimento superior ........................................................... 87
Figura 23 - Fluxograma pavimento térreo ................................................................. 88
Figura 24 - Fluxograma pavimento superior .............................................................. 88
Figura 25 - Perspectiva do Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró/RN. ......... 89
Figura 26 - Perspectiva do Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró/RN. ......... 90
Figura 27 - Evolução volumétrica do Terminal Rodoviário para ............................... 91
Figura 28 - Evolução volumétrica do Terminal Rodoviário para ............................... 91
Figura 29 - Vista aérea da edificação ....................................................................... 92
Figura 30 - Estrutura em concreto armado aparente ................................................. 98
Figura 31- Estrutura em concreto armado aparente .................................................. 99
Figura 32 - Estrutura da cobertura em concreto armado aparente.......................... 100
Figura 33 - Marmoglass .......................................................................................... 101
Figura 34 - Piso intertravado ................................................................................... 102
Figura 35 - Piso intertravado ................................................................................... 102
Figura 36 - Esquadrias em alumínio e vidro ............................................................ 103
Figura 37 - Vedação em vidro vidro duplo insulado com Gás ................................. 104
Figura 38 - Palmeira imperial. ................................................................................. 105
Figura 39 - Palmeira Fênix ...................................................................................... 106
Figura 40 - Roseira onze horas ............................................................................... 107
Figura 41 - Árvore Nim ............................................................................................ 108
Figura 42 - Grama esmeralda ................................................................................. 109
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Estatística de embarques na rodoviária de Mossoró/RN. ........................ 28
Gráfico 2 - Estatística de desembarques na rodoviária de Mossoró/RN. .................. 28
Gráfico 3 - Dados obtidos sobre conforto térmico. .................................................... 42
Gráfico 4 - Dados obtidos sobre comunicação visual. ............................................... 43
Gráfico 5 - Informações prestadas aos usuários. ...................................................... 43
Gráfico 6 - Dados obtidos sobre segurança. ............................................................. 44
Gráfico 7 - Dados obtidos sobre limpeza. ................................................................. 44
Gráfico 8 - Dados obtidos sobre estacionamento. ..................................................... 45
Gráfico 9 - Dados obtidos sobre ambiente de trabalho. ............................................ 45
Gráfico 10 - Dados obtidos sobre iluminação natural. ............................................... 46
Gráfico 11 - Dados obtidos sobre ventilação natural. ................................................ 46
Gráfico 12 - Dados obtidos sobre segurança. ........................................................... 47
Gráfico 13 - Dados obtidos sobre conforto. ............................................................... 49
Gráfico 14 - Dados obtidos sobre comunicação visual. ............................................. 50
Gráfico 15 - Dados obtidos sobre informações prestadas. ........................................ 50
Gráfico 16 - Dados obtidos sobre segurança. ........................................................... 51
Gráfico 17 - Dados obtidos sobre limpeza. ............................................................... 51
Gráfico 18 - Dados obtidos sobre estacionamento. ................................................... 52
Gráfico 19 - Dados obtidos sobre ambiente de trabalho. .......................................... 52
Gráfico 20 - Dados obtidos sobre segurança. ........................................................... 53
Gráfico 21 - Dados obtidos sobre ventilação natural. ................................................ 53
Gráfico 22 - Dados obtidos sobre segurança. ........................................................... 54
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19
1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍCIO DE MOSSORÓ....................................... 22
1.1 CARACTERIZAÇÕES DO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ . 22
1.2 DADOS GERAIS .......................................................................................... 22
1.3 DEMOGRAFIA ............................................................................................. 25
1.4 ÁREA DE PRESERVAÇÃO ......................................................................... 26
1.5 TRANSPORTE PÚBLICO ............................................................................ 26
1.5.1 Transporte Intermunicipal .................................................................. 26
1.5.2 Transporte público Interestadual ....................................................... 29
2. TERMINAIS RODOVIÁRIOS .............................................................................. 29
2.1 O DESENVOLVIMENTO DOS DESLOCAMENTOS EM MASSA. ............... 29
2.2 ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS ........................................................................ 31
2.3 BELO HORIZONTE, A PRIMEIRA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DO BRASIL . 32
2.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ANTEPROJETO DO TERMINAL
RODOVIÁRIO DE MOSSORÓ .............................................................................. 34
2.5 RODOVIAS BR 304 E 116 ........................................................................... 35
3. ESTUDO DE CASO............................................................................................ 35
3.1 VISITA IN LOCO AO CENTRO ADMINISTRATIVO INTEGRADO DIRAN
RAMOS DO AMARAL – SETOR DO TERMINAL RODOVIÁRIO. ......................... 35
3.1.1 Estrutura ............................................................................................... 36
3.1.2 Estética ................................................................................................. 37
3.1.3 Circulação/Fluxos de pessoas ........................................................... 40
3.1.4 Área de maior e menor circulação de pessoas ................................. 40
3.2 VISITA IN-LOCO AO TERMINAL RODOVIÁRIO DE NATAL/RN ................ 41
3.2.1 Estrutura ............................................................................................... 47
3.3 VISITA IN LOCO AO TERMINAL RODOVIÁRIO DE FORTALEZA/CE ....... 48
3.3.1 Estrutura ............................................................................................... 54
3.4 ESTUDO FORMAL, AEROPORTO INTERNACIONAL JUSCELINO
KUBITSCHEK EM BRASILIA ................................................................................. 55
3.5 ESTUDO FORMAL, PARQUE DAS NAÇÕES OU GARE INTERMODAL DE
LISBOA .................................................................................................................. 60
3.5.1 Estruturas Metálicas ............................................................................ 61
3.5.2 Coberturas e Impermeabilização ........................................................ 62
4. LEIS PERTINENTES .......................................................................................... 62
4.1 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÃO DE MOSSORÓ ............................... 63
4.2 PLANO DIRETOR DE MOSSORÓ .............................................................. 73
4.3 NBR 9050/2015 - ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO,
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS. ......................................................... 74
4.4 LEI 427/89 .................................................................................................... 76
4.5 NBR - 9077 .................................................................................................. 76
5. ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL RODOVIARIO PARA CIDADE DE
MOSSORÓ/RN ......................................................................................................... 77
5.1 CONDICIONANTES PROJETUAIS ............................................................. 77
5.1.1 Aspectos Físicos do terreno escolhido ............................................. 77
5.1.2 A forma e suas dimensões ................................................................. 78
5.1.3 A conformação do terreno .................................................................. 78
5.1.4 Estudo de insolação ............................................................................ 79
5.1.5 Orientação quanto aos ventos ........................................................... 80
5.1.6 Os acessos/fluxos ............................................................................... 80
5.1.7 A relação com o entorno ..................................................................... 81
5.1.8 Programa de necessidades ................................................................ 82
5.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO ...................................................................... 89
5.3 EVOLUÇÃO DA PROPOSTA ...................................................................... 90
5.4 MEMORIAL DESCRITIVO ........................................................................... 93
5.4.1 Limpeza do terreno .............................................................................. 93
5.4.2 Locação da obra .................................................................................. 93
5.4.3 Movimento de Terra ............................................................................. 93
5.4.4 Fundações ............................................................................................ 94
5.4.5 Transporte e lançamento do concreto ............................................... 94
5.4.6 Adensamento ....................................................................................... 94
5.4.7 Desfôrma .............................................................................................. 94
5.4.8 Cura e proteção do concreto .............................................................. 94
5.4.9 Instalações ........................................................................................... 95
5.4.10 Água fria ............................................................................................... 95
5.5 MATERIAIS .................................................................................................. 95
5.5.1 Acessórios ........................................................................................... 95
5.5.2 Louças .................................................................................................. 95
5.5.3 Bancadas .............................................................................................. 95
5.6 ÁGUAS PLUVIAIS........................................................................................ 95
5.7 ESGOTO SANITÁRIO .................................................................................. 96
5.8 INSTALAÇÕES DE COMBATE À INCÊNDIO .............................................. 96
5.9 ELÉTRICAS ................................................................................................. 96
5.9.1 Materiais ............................................................................................... 97
5.9.2 Cabine de Alta Tensão ........................................................................ 97
5.10 TELEFÔNICAS ............................................................................................ 97
5.11 LUMINÁRIAS ............................................................................................... 97
5.12 SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFÉRICA
97
5.13 ESTRUTURA ............................................................................................... 98
5.13.1 Pisos ................................................................................................... 100
5.13.2 Esquadrias ......................................................................................... 103
5.13.3 Vedação .............................................................................................. 104
5.13.4 Revestimento ..................................................................................... 104
5.13.5 Forro ................................................................................................... 104
5.14 PAISAGISMO ............................................................................................. 104
5.15 RESERVATÓRIO DE ÁGUA ...................................................................... 109
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 111
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 112
APÊNDICE ............................................................................................................. 115
19
INTRODUÇÃO
Mobilidade urbana sustentável envolve a implantação de sistemas sobre trilhos,
como metrôs, trens, bondes modernos, ônibus, com integração a ciclovias, esteiras
rolantes, elevadores de grande capacidade. Se, ao longo dos séculos, a evolução dos
meios de transporte sempre esteve ao lado do desenvolvimento econômico, as
cidades estão revendo seus modelos e descobrindo alternativas e estratégias
sustentáveis de crescimento.
O presente trabalho de conclusão de curso – TCC, tem como área de estudo
PROJETO DE ARQUITETURA e como tema ANTEPROJETO DE UM NOVO
TERMINAL RODOVIÁRIO PARA CIDADE DE MOSSORÓ/RN.
Terminal Rodoviário é uma estação de embarque, desembarque e
embarque/desembarque1 de passageiros intermunicipais, interestaduais e
internacionais, podendo estes serem de natureza pública ou privada. São
denominados públicos aqueles pertencente as prefeituras ou estado, já os privados,
são aqueles que pertencem a uma empresa particular. O nosso anteprojeto a ser
desenvolvido será de natureza privada, levando em consideração o custo elevado
para sua manutenção.
A finalidade do anteprojeto de um novo terminal Rodoviário para Mossoró/RN
é de criar um espaço onde se inicie e finalize viagens para outras cidades. Ao estimar
o novo terminal Rodoviário levamos em conta a demanda de passageiros, assim como
adotamos uma previsão de crescimento populacional para atender a demanda daqui
a alguns anos, minimizando sua ampliação em um curto espaço de tempo. Serão
oferecidos no novo terminal de Mossoró, serviços comerciais, atendimento, áreas de
espera, lanchonetes, quiosques, restaurantes, caixa rápido, agência dos correios,
farmácia, entretenimento e outros.
Para escolha do novo terreno, levamos em consideração a oferta de fácil
acesso tanto dos usuários como também o tráfego dos ônibus. Com sua localização
as margens da BR 304 na altura do Km 39,5, os ônibus rodoviários não serão mais
necessários trafegar pelo centro da cidade, uma vez que a localização do terreno é
bem mais estratégica que a atual. Ultimamente em algumas cidades, as estações
1 Tipo de embarque e desembarque quando o ônibus vem de uma cidade para outra passando no terminal somente para esse fim.
20
rodoviárias são colocadas tão afastadas quanto possível do centro da cidade num
esforço de evitar congestionamento em horários de pico.
O novo terminal de Mossoró, será referência para cidades vizinhas, pois será
um espaço confortável, funcional, de fácil expansão e com características inovadoras
baseadas em aeroportos do Brasil. A elaboração deste anteprojeto tem como
finalidade adquirir um embasamento teórico sobre como se projetar esse tipo de
edificação. Para atingir esse objetivo foram realizados pesquisas e estudos de caso
através de sites de internet, livros, revistas, artigos científicos “visitas in loco”, estudo
de referências indiretos, dando assim um embasamento para que se projetasse um
terminal de maneira que proporcionasse aos usuários e moradores da cidade um local
agradável, de embarque e desembarque de passageiros.
O estado físico do terminal atual não é muito bom, pois foram somente
revestidos ou pintados para dá impressão de novo. A falta de limpeza e a insegurança
torna visivelmente pouco atrativa, sendo assim prejudicial ao município, pois muitas
vezes ele é o primeiro contato dos visitantes com a cidade. A criação de uma solução
funcional e esteticamente atrativa será o ponto principal para o desenvolvimento do
anteprojeto.
Na primeira etapa realizamos a coleta de dados, em busca de referências
bibliográficas, conceptualização e volumetria do novo terminal rodoviário.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento e consequentemente
resultado final do anteprojeto foram: Consultas em sites, artigos científicos, visitas “in
loco” nos terminais rodoviários de Natal, Fortaleza e Mossoró, visitas no DER/RN2,
visita ao órgão ANTT3, visita ao terreno escolhido para o novo terminal rodoviário, afim
de fazer estudos de insolação e ventilação, como também buscou-se as normas
vigentes no município para relacioná-las com a áreas de intervenção escolhida,
utilizando o código de obras e o plano diretor da cidade de Mossoró, usamos também
as condicionantes, o código de segurança e prevenção de combate a incêndio, a NBR
9050 referente a acessibilidade.
Na segunda etapa realizamos estudos de edificações semelhantes, a partir de
visitas “in loco” em 03 (Três) terminais rodoviários, que através de pesquisas com
usuários e funcionários podemos adequar o anteprojeto do novo terminal rodoviário
as condições desejadas dos usuários e funcionários.
2 Departamento de estradas de Rodagens do RN 3 Agência Nacional de Transporte Terrestre
21
Foi observado também, dentre outros, suas estruturas, acessos, circulação
disposição dos ambientes. Com as informações adquiridas, nas visitas, somadas a
conceituação teórica sobre o tema, foi definido o programa de necessidades para o
anteprojeto do novo terminal rodoviário para Cidade de Mossoró/RN.
Nesta etapa foi feito estudos de referência ao Aeroporto Internacional Juscelino
Kubitschek em Brasília, projetado pelo arquiteto Sérgio Roberto Parada e Associados,
e Terminal Intermodal Gare do Oriente Lisboa, com destaque para arquiteto e
engenheiro espanhol Santiago Calatrava, onde esse projeto foi elaborado para servir
a Expo98 e posteriormente seria o parque das nações, conhecido como Gare
Intermodal de Lisboa (GIL). É uma das estações ferroviárias e rodoviárias mais
importantes, garante interligações urbanas, nacionais e internacionais, centralizando
os vários meios de transportes presentes na área de Lisboa.
A terceira etapa envolve toda a conclusão do estudo preliminar, com o estudo
do terreno escolhido, a conformação do relevo, a orientação quanto ao vento e sol, os
acessos e seu entorno, a caracterização dos ambientes, a solução estrutural e
fluxogramas. A partir destes estudos, foram realizadas diversas propostas que foram
evoluindo até chegar na escolhida para ser desenvolvida.
Na quarta e última etapa do trabalho, realizamos o desenvolvimento do
anteprojeto, com ajustes do estudo preliminar. Também foram desenvolvidas
perspectivas e maquetes eletrônicas, foi elaborado o memorial descritivo e preparada
à apresentação da proposta. Com o intuito de garantir uma melhor organização do
trabalho, decidimos dividi-lo em seis capítulos seguindo uma sequência referente à
sua evolução.
22
1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍCIO DE MOSSORÓ
A história da cidade de Mossoró, hoje conhecida nacionalmente pelos seus
atrativos culturais e pelos grandes resultados econômicos que tem alcançado ao longo
dos últimos anos, é repleta de fatos curiosos que justificam o perfil do povo
mossoroense, que consegue crescer nas dificuldades e superar as barreiras,
buscando sempre dias melhores.
A nossa origem nos remete aos índios Monxorós, cujo perfil descrito pelo IBGE4
sem data é o seguinte: tinham estatura baixa, eram bastante ágeis, o formato da
cabeça era achatado e, o principal, eram hábeis guerreiros e silenciosos. Segundo
estudos do pesquisador potiguar Luiz Câmara Cascudo, citado pelo IBGE, as
primeiras penetrações na área do que hoje é o município de Mossoró teriam ocorrido
por volta de 1600. Cartas e documentos da época falavam sobre o encontro de
salinas, que foram exploradas pelos holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert
Smiente até 1644.
O distrito de Mossoró foi criado em 27 de outubro de 1842, conforme o IBGE,
através da resolução provincial de número 87. Em março de 1852, o distrito foi elevado
à categoria de vila. Tornou-se cidade somente em 9 de novembro de 1870, através
de lei provincial.
Até alcançar a atual formação, com aproximadamente três mil quilômetros
quadrados, Mossoró passou por diversas mudanças, incorporando e desmembrando
territórios.
1.1 CARACTERIZAÇÕES DO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO DE
MOSSORÓ
Mossoró está situada no interior do estado do Rio Grande do Norte, na região
Nordeste do Brasil. Pertence à mesorregião do Oeste Potiguar e à microrregião
homônima. A cidade fica entre as capitais Natal e Fortaleza (CE), distante 278 e 245
km, respectivamente.
1.2 DADOS GERAIS
O acesso ao município pode ocorrer através das rodovias federais 110, 304 e
405, além das inúmeras rodovias estaduais que interligam a maior cidade do RN com
as demais, além dos municípios situados nos estados vizinhos da Paraíba e do Ceará.
4 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
23
Limita-se ao norte com o estado do Ceará e o município de Grossos; ao sul com os
Municípios de Governador Dix-Sept Rosado e Upanema; ao leste com Areia Branca
e Serra do Mel; e a oeste com Baraúna. A seguir visualizamos o mapa do Rio Grande
do Norte com destaque ao município de Mossoró/RN (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
Figura 1 - Mapa do RN enfatizando a cidade de Mossoró.
Fonte: www.prefeiturademossoro.com.br
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sem data,
a área total do município é de 2.110,207 quilômetros quadrados, o que lhe dá o título
de maior município do estado do Rio Grande do Norte, em termos de extensão
territorial.
Conforme estudo divulgado em 2008 pelo IDEMA5, o relevo é
predominantemente plano com uma média de altitude de 100 metros. Sua formação
é composta pela Depressão Sertaneja/São Francisco, pela Chapada do Apodi, por
planícies fluviais e por depressões sub litorâneas. O estudo do IDEMA demonstrou
ainda que o município se encontra com 100% do seu território inserido na bacia
hidrográfica do rio Apodi/Mossoró. Os principais rios que cortam o território
mossoroense são o Rio Apodi e o Rio do Carmo. Quanto ao clima, a pesquisa
desenvolvida pela equipe do IDEMA, em 2008, constatou como muito quente e
5 Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte.
24
semiárido. O período chuvoso vai de fevereiro a abril. Em média, a temperatura é de
27,4 °C, atingindo 36,0 °C e 21,0 °C, máxima e mínima, respectivamente. Nossa
umidade relativa foi verificada em 70%. Segundo dados do INMET6, a temperatura
mínima registrada em Mossoró foi de 8,9°C, ocorrida no dia 21 de julho de 1981. Já a
máxima foi de 39,4°C, observada dia 16 de dezembro de 1974.
Ainda segundo o relatório do IDEMA, podemos encontrar no território
mossoroense três tipos de vegetação distinta. São: Caatinga hiperxerófila, carnaubal
e a vegetação halófica.
Mossoró está localizado no estado do Rio Grande do Norte, na mesorregião do
Oeste Potiguar e microrregião homônima, distante 281 quilômetros de Natal, capital
estadual, 237 quilômetros de Fortaleza, Ceará (capital estadual mais próxima) e 1977
quilômetros de Brasília, capital federal. Mossoró é o maior município em extensão
territorial do Rio Grande do Norte, e se limita com os municípios de Aracati (Ceará),
Tibau e Grossos a norte; Governador Dix-Sept Rosado e Upanema a sul; Areia
Branca, Serra do Mel e Assú a leste e Baraúna a oeste. (Figura 2).
Figura 2 - Mapa da mesorregião do Oeste Potiguar.
Fonte:www.google.com.br/maps
6 Instituto Nacional de Meteorologia
25
Quadro 1 - Caracteristicas gerais do município de Mossoró/RN
ÁREA: 2.110,207 Km²
Densidade demográfica: 123,76 hab./km²
Altitude da sede: 100 m
Ano de instalação: 1852
Distância à capital: 281 km
Microrregião: Oeste potiguar
Mesorregião: Oeste potiguar
Fonte: Censo IBGE/2014
Com os dados acima (Quadro 01), temos a área total do município de
Mossoró/RN que é de 2.110,207 km2. Ficamos a 281 km da capital Natal e lembrando
que nossa microrregião e mesorregião ficam ao oeste potiguar.
1.3 DEMOGRAFIA
A partir do quadro n° 02 é possível verificar que o maior número de habitantes
do município de Mossoró está concentrado na zona urbana, por apresentar o maior
crescimento populacional no passar dos anos em relação à população rural.
Quadro 2 - População de Mossoró por situação de domicílio.
2000 2010
População urbana 213.841 229.057
População rural 23.879 30.758
População total 237.720 259.815
Taxa de urbanização 1,19% 1,97%
Fonte: Censo IBGE/2000-2010
De acordo com a estimativa do IBGE, a população de Mossoró no ano de 2014
era de 284 288 habitantes, sendo este o dado obtido mais atualizado de acordo com
a prefeitura municipal de Mossoró.
26
1.4 ÁREA DE PRESERVAÇÃO
As matas ciliares, inseridas nas Áreas de Preservação Permanente (APP), são
de fundamental importância para a preservação da qualidade dos recursos hídricos,
minimizando os efeitos de erosão sobre o solo e, consequentemente, o assoreamento
dos rios. O uso e ocupação destas áreas acarretam riscos ao ambiente, sobretudo
aos recursos hídricos. As técnicas de geoprocessamento configuram-se, no cenário
atual, como uma ferramenta de análise de situações ambientais relevantes,
identificando áreas críticas e contribuindo para melhorar o gerenciamento da mesma.
As áreas com solo exposto ocuparam 310 ha, estando mais concentradas entre a
ponte Leste-Oeste e a barragem das Barrocas.
As áreas edificadas com maior expressão territorial localizam-se na ilha de
Santa Luzia, entre as pontes Castelo Branco e Jerônimo Rosado, ocupando 78 ha. As
áreas cobertas com vegetação compreenderam 70 ha, concentradas na área da
barragem de Genésio. Verificaram-se também as fontes de poluição hídrica, com
destaque para o lançamento de efluentes domésticos.
1.5 TRANSPORTE PÚBLICO
Em especulações feitas com usuários, a nova empresa não trouxe muitos
benefícios a cidade e sim alguns transtornos aos seus usuários, uma vez que houve
mudança de rota, falta de planejamento na implantação, carros quebrados com mais
frequência, paralizações por falta de pagamento de motoristas, etc.
A falta de ônibus urbano e o não cumprimento dos horários, faz com que a
população de Mossoró utilize seus meios de transporte para fazer seu deslocamento
diário. Tanto para o trabalho, estudos, como também para outros fins, deixando o fluxo
nas ruas bastante congestionados.
1.5.1 Transporte Intermunicipal
A partir de uma visita realizada ao DER/RN (Departamento de Estradas de
Rodagens do RN) no dia 23 de abril de 2015, foi possível colher dados sobre as linhas
que operam partindo do município de Mossoró e em direção aos municípios de Natal,
Areia Branca, Macau, Assú, Itajá, Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Apodi, Pau dos
Ferros, Caicó, Lages, Macaíba, Parnamirim, Currais Novos e Severiano Melo e outras.
27
Juntamente com esses dados, obtivemos também os seus itinerários, bem como os
seus horários de partida. No total são 04 (quatro) empresas de ônibus fazendo o
transporte intermunicipal do município e estão devidamente cadastrados no DER/RN.
A empresa Viação Nordeste é a maior empresa que opera na cidade como
transporte intermunicipal ligando Mossoró a Capital Natal, vejamos no quadro de n°
03 as linhas que estão cadastradas junto ao DER/RN em pleno funcionamento.
Quadro 3 - Linhas de ônibus em funcionamento no município de Mossoró.
CÓDIGO DA LINHA RAZÃO SOCIAL NOME DA LINHA EXTENSÃO
135-154 VIAÇÃO NORDESTE Mossoró-Natal (Executivo)
285 km
135-153 VIAÇÃO NORDESTE Mossoró-Natal (Convencional)
285 km
135-152 VIAÇÃO NORDESTE Mossoró-Natal via Assú, Lages, Macaíba,
Parnamirim (Pinga-pinga)
285 km
115-038 EXPRESSO CABRAL Mossoró –Macau via Assú, Itajá, Ipanguaçu,
Alto do Rodrigues.
220 km
130-187 VIAÇÃO JARDINENSE
Mossoró-Caicó 198 km
130-210 NOVINHO Mossoró-Currais Novos. 214 km
Fonte: DER/RN
Em visita ao DER/RN que fica no próprio terminal rodoviário de Mossoró,
fizemos um levantamento do número de passageiros embarcando e desembarcando
em Mossoró nos dias de semana e nos finais de semana, esses dados deram-se a
partir dos horários de chegada e partida dos ônibus.
Os dados abaixo nos mostra a quantidade de embarques e desembarques de
passageiros no terminal rodoviários durante a semana, lembrado que em feriados
prolongados e datas comemorativas esses dados chegam a triplicar.
Embarques diários de terça à sábado – 300
Embarque no domingo –600
Embarque na segunda - 450
Desembarque de terça a sábado – 230
Desembarque no domingo – 350
Desembarque na segunda – 620
28
Gráfico 1 - Estatística de embarques na rodoviária de Mossoró/RN.
Fonte: Acervo do Autor
Gráfico 2 - Estatística de desembarques na rodoviária de Mossoró/RN.
Fonte: Acervo do autor
Analisando os gráficos 1 e 2 acima, percebemos que a quantidades de
passageiros embarcados de terça à sábado e superior ao desembarque nos mesmos
dias, já a quantidade de passageiros embarcados do domingo chega a ser 5,83%
maior que seu desembarque e nas segundas feiras o desembarque é 7,25% maior
que o embarque.
300
600
450
Embarque
Terça à sábado Domingo Segunda
230
350
620
Desembarque
Terça à sábado Domingo Segunda
29
1.5.2 Transporte público Interestadual
No terminal rodoviário de Mossoró, contamos com as empresas: Viação
Nordeste, Guanabara, Cia. São Geraldo de Viação, Politur e Transbrasil que operam
no transporte Interestadual de passageiros, abrangendo todo território nacional.
2. TERMINAIS RODOVIÁRIOS
2.1 O DESENVOLVIMENTO DOS DESLOCAMENTOS EM MASSA.
Até o século XVIII a maioria dos deslocamentos de pessoas acontecia através
dos mares e rios. Os transportes terrestres se realizavam principalmente a cavalo
como mostra na figura 3 abaixo.
Figura 3 – Primeiros delocamentos era feitos à cavalos.
Fonte: www.wikipedia.orgs
A Revolução Industrial proporcionou um transporte mais eficaz com alternativas
capazes de satisfazer o então crescente deslocamento populacional, destacando o
trem com mostra na figura 4 abaixo.
30
Figura 4 - Deslocamento de pessoas através de trêm
Fonte: www.passadicovirtual.blogspot.com
Os principais portais erguidos para atender essa nova modalidade, destinavam-
se ao transporte de mercadorias. Aos poucos, passageiros passaram a fazer o mesmo
trajeto, porém em vagões descobertos.
Nesse período, surgiram os sistemas de transporte em massa, dando origem a
uma nova arquitetura designada por “Estações”, com vistas para a otimização dos
deslocamentos de passageiros.
Durante a II Guerra Mundial, várias estações foram destruídas na Europa, como
a Gare Montparnasse de Paris. Além dessas estações, muitas outras também foram
destruídas.
No bombardeio que assolou Londres durante a guerra, o que sobreviveu da
Estação de Euston foi somente o acesso principal: o frontão em estilo dórico, que
posteriormente também foi destruído num ato de vandalismo. Com tanta destruição
na Europa, surge então o interesse por uma arquitetura específica para estações
ferroviárias.
No pós-guerra, a austeridade dos engenheiros fazia com que estes se
preocupassem mais com os custos e a velocidade das construções, do que com as
edificações em si. Os arquitetos, por sua vez, preocupavam-se em atribuir
funcionalidade em seus projetos.
31
As primeiras estações ferroviárias possuíam estruturas rudimentares e tinham
também o intuito de proteger os passageiros. Suas dimensões eram definidas em
função das locomotivas a vapor, ou seja, precisavam ser muito altas para permitir que
a fumaça das locomotivas não abafasse a estação. As estações de trem foram
absorvendo outras necessidades de seus viajantes e no decorrer do Séc. XIX,
passaram a ter novas funções que viessem proporcionar maior conforto aos seus
usuários. As longas e demoradas viagens que exigiam espera em paradas
intermediárias, levaram ao surgimento de hospedarias para passageiros.
Com o desenvolvimento da máquina, os trens ganharam velocidade e foram
incorporados vagões com novos usos tais como cafeteria e restaurantes, que
proporcionava aos passageiros maior conforto e rapidez da própria viajem, pois não
era mais necessário fazer tantas paradas e interrupções. Como as próprias
locomotivas passaram a prestar esses serviços a bordo, os espaços destinados a
esses serviços, nas estações, foram readaptados.
A América do Norte viu seu crescimento acompanhar a própria urbanização e
se desenvolver a partir dela, onde a arquitetura das estações ferroviárias era muito
diferente da arquitetura europeia. Quando Washington DC passou a ser a capital dos
Estados Unidos, a cidade ganhou a Union Station7, estação essa que foi considerada
a maior estação ferroviária do mundo, com 234 metros por 105 de largura.
2.2 ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS
Entende-se por Estação Rodoviária uma área construída e coberta que se
presta aos deslocamentos de passageiros, efetuados por ônibus ou veículos
equivalentes. Estes deslocamentos podem ser intermunicipais e interestaduais, o que
pressupõe uma rede viária de rodovias conectando cidades e regiões. Para a análise
de uma estação rodoviária não se pode negar os fatos urbanos, uma vez que a cidade
é o local de transferência entre uma viagem urbana e uma viagem interurbana. O
edifício não pode ser visto isoladamente, deve-se considerar sua inserção na cidade,
observar as vias de acesso, os meios de transporte local e o entorno. Remetendo a
estudos específicos sobre estações, procuramos nos deter aos principais fatos
históricos, políticos e antropológicos que levaram a implantação destas estações, não
estendendo ao ideal da cidade ou às utopias urbanas.
7 Estação usada em conjunto por diversas companhias de estrada de ferro.
32
O transporte rodoviário interestadual de passageiros no Brasil é um serviço
público essencial responsável por uma movimentação superior a 140 milhões de
usuários/ano. O serviço interestadual em especial, é responsável por quase 95% do
total dos deslocamentos realizados no País. Para um país com uma malha rodoviária
de aproximadamente 1,8 milhões de quilômetros, sendo 146 mil asfaltados (rodovias
federais e estaduais), a existência de um sólido sistema de transporte rodoviário de
passageiros é vital.
No Brasil existe um considerável número de deslocamentos de passageiros,
seja ele em busca de melhores condições de trabalho, seja com intenção de lazer e
descanso. A mecanização das zonas agrícolas e o desenvolvimento industrial são os
principais responsáveis pela criação das cidades dormitórios, que provocam um
grande número de viagens intermunicipais.
Além desses fatores, a pulverização das Universidades em todo o país é mais
um fator que contribui para o aumento desses deslocamentos. Sabe-se que a maior
parte destes deslocamentos se realiza através de ônibus. Mesmo existindo outros
locais de embarque, tais como pontos de embarque, a maioria dos deslocamentos
acontece nas estações rodoviárias. Estação rodoviária requer diversas
especificidades para elaboração de projetos, com particularidades locais envolvendo
a configuração urbana da cidade. As estações rodoviárias compõem uma rede que
envolve além da cidade, uma região.
Esses edifícios devem facilitar e orientar o movimento e deslocamento dos
passageiros. Deve-se considerar sua relação com a cidade. O acesso em massa a
uma cidade acontece através de edifícios emblemáticos que compõem a paisagem
urbana. Nas décadas de 1950 e 1960, a preocupação com os edifícios de estações
acontecia apenas em relação aos aspectos funcionais. Já na década de 1970,
arquitetos e engenheiros desenvolveram tecnologias para execução de grandes vãos
traduzindo novas respostas arquitetônicas a estes edifícios.
2.3 BELO HORIZONTE, A PRIMEIRA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DO
BRASIL
Na década de 40, os jornais anunciaram que Belo Horizonte seria a primeira
capital do País a ter uma estação rodoviária com a centralização de todo o serviço
rodoviário.
33
A primeira Estação Rodoviária do Brasil foi inaugurada, em junho de 1941, atrás
da Feira de Amostras, de frente para a avenida do Contorno, no Governo Benedito
Valadares.
Figura 5 - Primeira estação rodoviária do Brasil, em Belo Horizonte.
Fonte: www.google.com.br/search
Na figura 5 acima, temos a rodoviária de Belo Horizonte, onde sua construção
foi realizada pela Secretaria de Agricultura, tendo como secretário Israel Pinheiro,
futuro governador do Estado que construiria a Rodoviária atual.
A Estação Rodoviária era um prédio de dois andares com uma pista coberta
por marquise, onde havia espaço para dez ônibus.
A partir dessa construção, ocorreram outras mudanças no serviço de transporte
rodoviário, como a numeração das poltronas e maior rigor no cumprimento de
horários, na vistoria dos ônibus e passagens vendidas.
Em meados da década de 50, a estação antiga já não tinha condições mínimas
de atendimento para a elevada movimentação de passageiros. Eram 500 auto-ônibus,
160 linhas de menor percurso, sendo necessário improvisar uma plataforma em área
cedida pela Central, na rua Aarão Reis. Não comportava, portanto, o alto volume de
ônibus e passageiros. Para amenizar o problema até a construção da nova
Rodoviária, em1965, o DER construiu à rua Curitiba, entre as avenidas Oiapoque e
Contorno, uma estação provisória de embarque de passageiros.
34
“As estações podem ser apenas locais de passagem, onde não
há o controle dos horários de partida. Neste último caso
podemos denominá-las de estações terminais ou simples
terminais. As estações onde ocorrem o início e o fim de viagens
são efetivamente pontos terminais de viagem. Nas estações de
início e fim de viagens, o tempo de permanência dos ônibus
nas mesmas é maior, pois são controlados os horários ou
intervalos entre atendimento e consequentemente, uma área
maior do que as estações de passagem”.(Ferraz & Torres,
2004:255) apud CÂMARA, Gabriela Arruda, anteprojeto de um
Terminal Rodoviário para o município de Nova Cruz- RN.
Para proposta do anteprojeto do Novo terminal rodoviário para Mossoró/RN,
deu-se a partir de Mossoró não ser mais contemplado com o terminal rodoviário, e sim
com um ponto de apoio para embarque e desembarque de passageiros sem conforto
e segurança para seus usuários e funcionários.
2.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ANTEPROJETO DO TERMINAL
RODOVIÁRIO DE MOSSORÓ
O anteprojeto do novo terminal rodoviário para cidade de Mossoró/RN é uma
estação privada destinada aos viajantes com ou sem serviço de bagagem, que tem
como objetivo iniciar e finalizar as viagens para outras cidades.
Os usuários do novo terminal serão compostos basicamente por:
Passageiros que irão efetuar o embarque e desembarque seja ele de qualquer
natureza;
Os acompanhantes dos passageiros;
Funcionários que trabalharam no edifício, na administração, nos guichês, os
motoristas e etc.;
Pessoas do próprio município que irão fazer uso dos lanchonetes, restaurantes,
café, boliche e etc.
Para o desenvolvimento do anteprojeto do novo terminal rodoviário de Mossoró/RN
foi indispensável a visita em outros terminais rodoviários. (Natal e Fortaleza), como
também no atual terminal rodoviário de Mossoró, para que fosse possível a
elaboração de um programa de necessidades que suprisse as necessidades da
população mossoroense. Relacionamos todos os cômodos, ambientes e elementos
35
arquitetônicos previstos no edifício, organizando-os de uma maneira lógica, que seja
de fácil acesso tanto para os usuários quanto para os ônibus, além de garantir conforto
aos seus frequentadores.
2.5 RODOVIAS BR 304 E 116
De acordo com a governadora Rosalba Ciarlini em parceria em o governo
Federal, a obra de duplicação da BR-304 - que liga Natal à Mossoró – deveria ser
iniciada no ano de 2014.
A BR-304 é um eixo importante tanto para o Ceará, quanto para o Rio Grande
do Norte. Ela se conecta com a 116 e 101.
3. ESTUDO DE CASO
3.1 VISITA IN LOCO AO CENTRO ADMINISTRATIVO INTEGRADO
DIRAN RAMOS DO AMARAL – SETOR DO TERMINAL RODOVIÁRIO.
O atual terminal rodoviário de Mossoró está localizado em um terreno que
pertence ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, o mesmo passou por uma
grande reforma, integrando em uma única edificação 03 órgãos distintos como mostra
a figura 01.
Foto 1 - Portico de entrada do Centro Adm. Integrado Diran Ramos do Amaral.
Fonte: Acervo do autor
Depois da reforma no prédio do terminal Rodoviário Diran Ramos do Amaral
iniciada em 2013 e término em 2014, o mesmo passou a ser chamado de Centro
36
Administrativo Integrado Diran Ramos do Amaral, deixando de ser rodoviária de
Mossoró a ser apenas um ponto de apoio para embarque e desembarque de
passageiros. (Foto 03).
Foto 2 - Local destinado a embarque e desembarque de passageiros
Fonte: Acervo do autor
Encontra-se concentrado em um mesmo prédio, três (03) órgãos estaduais, o
DETRAN, identificado pela cor verde, Central do Cidadão identificado pela cor rosa e
Rodoviária identificado pela cor laranja como mostra na figura 03 acima.
3.1.1 Estrutura
O prédio do atual Centro Administrativo Integrado, onde lá encontra-se o
terminal Rodoviário de Mossoró, apoiado em pilares redondos e distribuídos de forma
aleatória em todo o edifício, possui sua estrutura revestida com pastilhas de tamanho
5x5 em 3 tonalidades, azul (que identifica como sendo pertencente ao DETRAN), rosa,
( que identifica como sendo pertencente a Central do Cidadão e laranja (como sendo
pertencente a Rodoviária), como mostramos na foto 3 abaixo.
37
Foto 3 - Estrutura de pilares do atual terminal Rodoviário
Fonte: Acervo do autor
3.1.2 Estética
O prédio participa arquitetonicamente da harmonia do conjunto em relação as
edificações existentes no seu entorno, apesar de ser com dimensões bem maiores
que as demais, o terminal possui uma volumetria em formato triangular.
O terminal Rodoviário de Mossoró não vemos a preocupação em garantir aos
seus usuários e funcionários um local com bom tratamento, deixando a desejar em
todos os aspectos, limpeza, policiamento, falta de manutenção, falta de casa de lixo,
deixando os resíduos a céu aberto com mostra a foto 5 abaixo.
38
Foto 4 - Lixo jogado a céu aberto por falta de local apropriado
Fonte: Acervo do autor
Com ambientes bem distribuídos, mas sem funcionamento, o setor da
rodoviária de Mossoró conta com salas de fiscalização, sala administrativa, sala de
comunicação (nunca usada), sala de polícia civil e militar (usada por apenas 1 mês),
juizado de menores (nunca usada), copa, administração geral (nunca usada) e Wc’s
acessível, como mostra a foto 6 abaixo.
39
Foto 5 - Departamentos administrativo da Rodoviaria de Mossoró/RN
Fonte: Acervo do autor
Presenciamos também a falta de limpeza do terminal, banheiros interditados,
ausências de placas informativas e não contempla com sistema de som.
O atual prédio do terminal rodoviário conta apenas com 01 restaurante que
funciona 24h, porém sem estrutura para atender os clientes, 02 lanchonetes e 01
banca de revistas.
Os passageiros que precisam permanecer por mais tempo no terminal
Rodoviário, não são contemplados com nenhum atrativo, tendo que permanecer no
próprio prédio.
O atual terminal Rodoviário de Mossoró está inserido em um terreno, que
apesar de permitir reformas e ampliações, o mesmo foi usado para agregar outros
órgãos estaduais. Mesmo com a recente reforma e ampliação o atual terminal
rodoviário permanece com os problemas já existentes, destacando a falta de
40
policiamento, limpeza, acessibilidade, plataformas semi-descobertas, falta de
conforto, dentre outros problemas como mostramos no quadro 4 abaixo.
Quadro 4 - Falta de limpeza, plartaformas semi descobertas, elevador interditado e falta de limpeza.
Fonte: Acervo do autor
3.1.3 Circulação/Fluxos de pessoas
A circulação é feita em um curto espaço, elas se deslocam até os guichês de
passagem para adquirirem seus bilhetes e dirigem-se ao salão de espera afim de
efetuarem seus embarques para o destino desejado.
Acessos
O acesso das pessoas ao terminal Rodoviário dar-se pela BR 304, com vias
ligadas ao estacionamento, que por sinal não existe árvores para fazer sombra e com
isso fica totalmente descoberto. Para chegar até a rodoviária, o acesso acontece pelo
lado direto do prédio, onde encontramos um salão de espera com apenas 20 cadeiras
para atender toda demanda.
3.1.4 Área de maior e menor circulação de pessoas
A área de maior circulação do terminal rodoviária é no salão de espera, no
restaurante e lanchonetes, no salão de espera aguardam para seus embarques e no
restaurante e lanchonetes por ter TV´s, o único entretenimento para ocupar o tempo
de espera.
41
3.2 VISITA IN-LOCO AO TERMINAL RODOVIÁRIO DE NATAL/RN
O terminal Rodoviário de Natal, projetado pelo arquiteto Airton de Vasconcelos,
foi inaugurado no ano de 1981. Na época de sua implantação houve polêmicas, pois,
parte dos natalenses achavam a cidade da esperança um bairro distante.
Segundo a socicam8, no ano de 2010 o terminal rodoviário passou por uma
reforma, após a empresa citada ganhar a licitação para administrar por 30 anos, e
após sua reforma ganhou o nome de Complexo Severino Tomaz da Silveira.
Até a data de 02 de junho de 2015, conforme informações do diretor da
Socicam, o Sr. Rodrigo as obras já estavam com 80% concluída sendo visivelmente
mostrada no quadro 5 abaixo.
Quadro 5 - Rodoviária de Natal após 80% da obra concluída
Fonte Acervo do autor
Observando o quadro de fotos acima foi perceptível observar que o interior e o
exterior do terminal de Natal em fase de conclusão, faltando apenas o desembarque
municipal para finalização da obra.
Em pesquisa realizada com os usuários e funcionários do terminal Rodoviário
de Natal, apesar da recente reforma ouviu-se alguns pontos negativos.
8 Empresa de administração de terminais rodoviários de cargas e de passageiros.
42
Foram ouvidos 15 funcionários e 15 usuários do terminal rodoviário de Natal,
onde perguntou-se sobre: Conforto térmico, comunicação visual, informações
prestadas, segurança, limpeza, estacionamento, ambiente de trabalho, iluminação,
ventilação e segurança, onde mostraremos através de gráficos de n° 3 a 12 tipo pizza
os resultados obtidos de acordo com nota de 0 a 10, onde as respostas obtidas entre
0 e 3 temos como resultado “bom, de 4 a 7 temos como resultado “ótimo” e de 8 a 10
temos como resultado “Excelente” .
Segue abaixo pesquisa realizada com 15 usuários do terminal rodoviário de
Natal/RN.
Perguntou- se aos passageiros com relação ao conforto do terminal após sua
reforma qual nota eles dariam:
Gráfico 3 - Dados obtidos sobre conforto térmico.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a comunicação Visual do terminal
após sua reforma qual nota eles dariam:
13%
34%53%
Conforto Térmico
Bom Ótimo Excelente
43
Gráfico 4 - Dados obtidos sobre comunicação visual.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a Informações (balcão de
informações) do terminal após sua reforma qual nota eles dariam:
Gráfico 5 - Informações prestadas aos usuários.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a Segurança do terminal após sua
reforma qual nota eles dariam:
7%13%
80%
Comunicação Visual
Bom Ótimo Excelente
0%20%
80%
Informações Prestadas
Bom Ótimo Excelente
44
Gráfico 6 - Dados obtidos sobre segurança.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a limpeza do terminal após sua
reforma qual nota eles dariam:
Gráfico 7 - Dados obtidos sobre limpeza.
Fonte: Acervo do autor
Segue abaixo pesquisa realizada com 15 funcionários do terminal rodoviário de
Natal/RN
Perguntou- se aos funcionários com relação ao estacionamento do terminal
após sua reforma qual nota eles dariam:
7%
33%
60%
Segurança
Bom Ótimo Excelente
0%0%
100%
Limpeza do terminal
Bom Ótimo Excelente
45
Gráfico 8 - Dados obtidos sobre estacionamento.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação ao ambiente de trabalho, atende
as necessidades após sua reforma, qual nota eles dariam:
Gráfico 9 - Dados obtidos sobre ambiente de trabalho.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a iluminação do terminal após sua
reforma qual nota eles dariam:
20%
27%53%
Estacionamento
Bom Ótimo Excelente
47%
20%
33%
Ambiente de traballho
Bom Ótimo Excelente
46
Gráfico 10 - Dados obtidos sobre iluminação natural.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a ventilação natural do terminal
após sua reforma qual nota eles dariam:
Gráfico 11 - Dados obtidos sobre ventilação natural.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a Segurança do terminal após sua
reforma qual nota eles dariam:
20%
33%
47%
Iluminação
Bom Ótimo Excelente
73%
20%
7%
Ventilação Natural
Bom Ótimo Excelente
47
Gráfico 12 - Dados obtidos sobre segurança.
Fonte: Acervo do autor
No terminal rodoviário de Natal/RN após sua reforma e agora administrada pela
empresa socicam obtivemos alguns resultados excelentes conforme gráficos acima.
O quesito ventilação natural aparece com 73% bom, que não é um percentual
agradável, e 7% excelente, já o quesito segurança aparece com 87% de resultado
bom e apenas com 7% de excelente. A limpeza aparece com 100% de aprovação
pelos usuários e funcionários do terminal.
3.2.1 Estrutura
O Terminal Rodoviário de Natal, denominado de complexo Severino Tomaz da
Silveira, possui uma volumetria horizontal, pilares retangulares dispostos com uma
modulação de 12 em 12 metros e sua estrutura em concreto armado aparente de
acordo com o quadro 6 abaixo.
Quadro 6 - Estrutura da Rodoviaria de Natal/RN
Fonte: Acervo do autor
87%
6%7%
Segurança
Bom Ótimo Excelente
48
3.3 VISITA IN LOCO AO TERMINAL RODOVIÁRIO DE FORTALEZA/CE
O terminal Rodoviário de Fortaleza Eng. João Thomé, projetado pelo arquiteto
Marrocos Aragão, foi inaugurado no ano de 1973, no antigo bairro da Gameleira, hoje
o conceituado bairro de Fátima, vejamos a fachada o terminal rodoviário de Fortaleza
na foto 6 abaixo.
Foto 6 - Terminal Rodoviário de Fortaleza.
Fonte: Acervo do autor
Em visita ao terminal no dia 05 de junho do ano corrente, não obtivemos muitas
informações pois o administrador do terminal Rodoviário não estava presente por
motivo de saúde, em visita a cabine da ANTT, fiz algumas perguntas de suma
importância para o projeto, valorizando ainda mais nossa pesquisa.
Em 1999 a Rodoviária de Fortaleza também foi privatizada pela empresa
socicam, passando por reformas para melhor atender aos usuários e funcionários,
segundo informações obtidas pelo funcionário Luiz Carlos, diariamente passa pelo
terminal cerca de 8.000 passageiros com embarque, desembarque e
embarque/desembarque, operando cerca de 200 linhas de ônibus e 35 empresas para
todo o território Brasileiro.
49
Em pesquisa feita com os usuários e funcionários do terminal de Fortaleza
podemos perceber a opinião dos funcionários e usuários através de gráficos n° 13 a
22 abaixo.
Segue abaixo pesquisa realizada com 15 usuários do terminal rodoviário de
Fortaleza/CE.
Perguntou- se aos passageiros com relação ao conforto do terminal rodoviário
qual nota eles dariam:
Gráfico 13 - Dados obtidos sobre conforto.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a comunicação visual do terminal
rodoviário qual nota eles dariam:
46%
27%
27%
Conforto
Bom Ótimo Excelente
50
Gráfico 14 - Dados obtidos sobre comunicação visual.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação ao serviço de informações do
terminal rodoviário qual nota eles dariam:
Gráfico 15 - Dados obtidos sobre informações prestadas.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a segurança do terminal rodoviário
qual nota eles dariam:
40%
33%
27%
Cominicação Visual
Bom Ótimo Excelente
34%
33%
33%
Informações
Bom Ótimo Excelente
51
Gráfico 16 - Dados obtidos sobre segurança.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos passageiros com relação a limpeza do terminal rodoviário
qual nota eles dariam:
Gráfico 17 - Dados obtidos sobre limpeza.
Fonte: Acervo do autor
Segue abaixo pesquisa realizada com 15 funcionários do terminal rodoviário de
Fortaleza/CE.
Perguntou- se aos funcionários com relação ao estacionamento do terminal
qual nota eles dariam:
27%
27%
46%
Segurança
Bom Ótimo Excelente
33%
40%
27%
Limpeza do terminal
Bom Ótimo Excelente
52
Gráfico 18 - Dados obtidos sobre estacionamento.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação ao ambiente de trabalho, atende
as necessidades, qual nota eles dariam:
Gráfico 19 - Dados obtidos sobre ambiente de trabalho.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a iluminação, atende as
necessidades, qual nota eles dariam:
20%
40%
40%
Estacionamento
Bom Ótimo Excelente
34%
53%
13%
Ambiente de traballho
Bom Ótimo Excelente
53
Gráfico 20 - Dados obtidos sobre segurança.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a ventilação natural, atende as
necessidades, qual nota eles dariam:
Gráfico 21 - Dados obtidos sobre ventilação natural.
Fonte: Acervo do autor
Perguntou- se aos funcionários com relação a Segurança, atende as
necessidades, qual nota eles dariam:
13%
34%53%
Iluminação
Bom Ótimo Excelente
27%
33%
40%
Ventilação Natural
Bom Ótimo Excelente
54
Gráfico 22 - Dados obtidos sobre segurança.
Fonte: Acervo do autor
Levando em consideração que foram entrevistados 15 usuários e 15
funcionários, onde as notas de 0 a 3 seria bom, de 4 a 7 seria ótimo e de 8 a 10 seria
excelente.
O terminal rodoviário de Fortaleza/CE após sua reforma e agora administrada
pela empresa SOCICAM obtivemos resultados excelentes, destacando o quesito
segurança que aparece com 46% de aprovação dos usuários e funcionários, já o
quesito iluminação destaca-se com 53% de aprovação, diferente de Natal que apenas
7% dos usuários e funcionários disseram que o quesito segurança estava ótimo.
3.3.1 Estrutura
O terminal Rodoviário de Fortaleza tem sua estrutura em concreto armado
aparente, pilares robustos, dispostos em 10 e 10m e cobertura em forma de cone,
dando ao terminal um diferencial em sua estrutura como mostra no quadro 7 abaixo.
40%
40%
20%
Segurança
Bom Ótimo Excelente
55
Quadro 7 - Estrutura do Terminal Rodoviario de Fortaleza/CE.
Fonte: Acervo do autor
Os terminais rodoviários de Natal e Fortaleza, como foi possível observar nas
visitas “in loco”, são edificações que variam muito de tamanho, dependendo do fluxo
de passageiros e consequentemente a quantidade de ônibus em circulação pelo
terminal.
Desta forma podemos dimensionar os ambientes do novo terminal rodoviário
para Mossoró.
De um modo geral os terminais rodoviários são locais de fluxo intenso de
pessoas, desta forma são destinados espaços aos comerciários e serviços, afim de
garantir uma melhor comodidade aos usuários.
Em todos os casos estudados, a estrutura fica aparente, não havendo preocupação
em esconder seus elementos.
3.4 ESTUDO FORMAL, AEROPORTO INTERNACIONAL JUSCELINO
KUBITSCHEK EM BRASILIA
Com o intuito de desenvolver o anteprojeto de um terminal Rodoviário para
Mossoró com as mesmas características de um aeroporto, foi feito um estudo formal
no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek em Brasília, permitindo estabelecer
critérios quanto a cobertura, vedação e fluxos que sejam utilizados no nosso
anteprojeto.
Projetado pelo arquiteto Sérgio Roberto Parada e Associados, como
veremos nas figuras 6 e 7 o trabalho de construção do aeroporto, iniciado em 6 de
56
novembro de 1956, durou pouco mais de seis meses e demandou o desmatamento
de uma área de 1 334 000 m², terraplanagem de 178 500 m², base estabilizada de
40 900 m², revestimento de 73 500 m² e serviços topográficos, de localização e
nivelamento. A pista estava projetada para 3 300 m, mas a primeira etapa possuía
apenas 2 400 m de extensão e 45 m de largura. O terminal de passageiros foi
construído em madeira e serviu à cidade até 1971.
Figura 6 - Vista aérea do Aeroporto Internacional de Brasília/DF.
Fonte: www.skyscrapercity.com
Figura 7 - Vista interna do Aeroporto Internacional de Brasília/DF.
Fonte: www.skyscrapercity.com
57
Em 1990 o Aeroporto Internacional de Brasília começou a ganhar a forma atual.
A primeira etapa foi inaugurada em 1992. Incluiu a construção do viaduto de acesso
ao terminal de passageiros e a cobertura metálica, num total de 11 726 m². O satélite,
edifício circular para áreas de embarque e desembarque, foi inaugurado em 1994, na
segunda etapa, quando foram entregues também uma parte reformada no corpo
central do terminal de passageiros e nove pontes de embarque.
Nesta época, entrou em operação no aeroporto o Sistema Integrado de
Tratamento de Informação Aeroportuária (SITIA), que possibilitou a automação no
controle de diversas atividades. Brasília foi o primeiro aeroporto da América Latina a
receber este sistema. A conclusão da terceira etapa das obras ofereceu aos usuários
uma nova área de embarque e desembarque internacional, um terraço panorâmico,
um finger e uma praça de alimentação 24 horas. A reforma alcançou uma área de
17 285 m², com a instalação de uma galeria com fontes, jardinagem e espaço para
exposições.
Após a concessão à iniciativa privada, foram inauguradas duas novas áreas de
embarque: o Píer Sul, com 11 novas pontes de embarque e o Píer Norte, com 8 novas
pontes. Aumentando assim, a capacidade do aeroporto de 16 milhões de passageiros
para 21 milhões por ano.
Segundo Parada 2008, o partido arquitetônico resultante dessa série de
condicionantes foi inovador em termos de infraestrutura aeroportuária existente no
Brasil. Consiste num sistema misto, formado pelo corpo central linear e dois satélites
(norte e sul), ligados por corredores aéreos. O bloco central é dimensionado para
abrigar todo o apoio operacional de embarque e desembarque. Os serviços se
distribuem em quatro pavimentos, com circulação vertical privativa em dois volumes
laterais e junto às áreas de check-in. O grande terraço panorâmico, estendeu-se
também a trechos já edificados, na faixa voltada para o pátio de aeronaves. Esse
espaço, caracterizado como aero shopping, abriga quatro salas de cinema, praça de
alimentação, setor de entretenimento e galeria comercial, entre outros equipamentos.
A visão panorâmica de 360 graus permite observar dali o pátio de aeronaves, as pistas
de pouso e decolagem e a área frontal de recepção e desembarque de passageiros,
além do skyline de Brasília. A nova cobertura do terraço panorâmico, desenhada com
grandes planos curvos e soltos, recebeu telhas metálicas zipadas e forro em chapa
de aço corrugado, desenvolvido especificamente para a obra. “Composta por vigas
planas e perfis I soldados com seção variada. A estrutura metálica está apoiada em
58
perfis de aço que convergem para os pilares de concreto”, explica o engenheiro Luís
Gustavo Farah, 2008, da CPC Estruturas, empresa responsável pelo projeto e
execução das estruturas metálicas. Os apoios tubulares esbeltos dão a sensação de
leveza estrutural e valorizam a dinâmica espacial desejada como podemos ver na
figura 8 abaixo.
Figura 8 - Perfis de aço dando leveza ao saguão de espera
Fonte: www.skyscrapercity.com
Em reforma, a estrutura do edifício foi mudada de concreto para aço - tendo em
vista a agilidade no processo construtivo - sem descaracterizar o desenho inicial da
arquitetura. Painéis pré-moldados de concreto aparente, até então utilizados apenas
nas fachadas, foram adotados também nos vazios internos que dão continuidade aos
espaços anteriormente construídos em estrutura de concreto aparente moldado in
loco, como aqueles sobre o mal comercial do saguão de embarque. Esses vazios
receberam passarelas de blocos de vidro em pontos específicos, projetadas para que
a transposição se faça sem impedir a passagem da luz natural.
Para privilegiar a ventilação cruzada, na parte superior dos caixilhos e nos
grandes sheds formados pela transposição das coberturas metálicas foram aplicadas
venezianas imóveis de vidro laminado incolor, com 14 milímetros de espessura, 1.250
milímetros de comprimento e 400 milímetros de largura. Essas chapas estão fixadas
em perfis especiais estruturados, ancorados na estrutura metálica. Para proteger a
fachada da incidência solar direta, foram adotados beirais e esquadrias inclinadas.
59
As fachadas do primeiro pavimento do corpo central e do satélite norte
possuem inclinação de 45 graus para o interior do edifício. No segundo piso do bloco
central, onde se encontra o terraço panorâmico, ela se desloca 20 graus em direção
ao exterior da construção. Nesse trecho, devido às grandes dimensões das
esquadrias, foi adotada uma estrutura metálica para dar sustentação à caixilharia.
Composta por pilares treliçados e perfis tubulares de seção circular, a fachada
recebeu acabamento de superfície com pintura intumescente na cor branca. O projeto
das estruturas metálicas foi executado com perfis de aço estrutural USI-SAC 300, de
alta resistência à corrosão atmosférica.
As fachadas receberam caixilhos compostos por vidros de 14 milímetros,
laminados com duas películas de PVB e colados em perfis de alumínio com silicone
structural glazing. Nas salas de embarque os vidros são fumês e no terraço
panorâmico a escolha recaiu sobre os incolores. Segundo Gilberto Kreiseler 2008,
diretor presidente da Pro-Alumínio, empresa responsável pela execução das
fachadas, para atender às dimensões dos vãos - com 1.250 milímetros x 4.600
milímetros de altura - foram desenvolvidos perfis especiais, com dois milímetros de
espessura, bitolas de 60 milímetros de largura e profundidades de 120 e 150
milímetros. Aqueles com profundidade de 150 milímetros foram aplicados nos vãos
maiores, que não tinham a sustentação da estrutura metálica. Os perfis de alumínio
receberam acabamento adonisado (revestido por oxidação anódina) natural fosco
classe A23.
A caixilharia foi fixada com ancoragens especiais e sistema composto por
peças de aço inoxidável. No lado terra, os quadros eram aplicados na estrutura do
edifício; no lado ar (no trecho do terraço panorâmico), a fixação foi feita na estrutura
metálica. Gaxetas de EPDM nas juntas entre quadros garantem a estanqueidade.
O estudo formal referente ao aeroporto internacional de Brasília, permitiu
estabelecer critérios quanto a volumetria e elementos a serem usados no anteprojeto
do novo terminal rodoviário para Mossoró.
O anteprojeto do novo terminal de Mossoró contará com um hall de entrada
com 2 pavimentos e um mezanino duplo para melhor mensuração dos usuários,
contará também com um amplo corredor envidraçado dando acesso as plataformas
de embarque e desembarque.
60
3.5 ESTUDO FORMAL, PARQUE DAS NAÇÕES OU GARE
INTERMODAL DE LISBOA
Idealizada pelo arquiteto Santiago Calatrava, esta estação é a principal sala de
visitas ferroviária de Lisboa. Concluída em 1998, para atender aos visitantes da então
EXPO98, serve hoje ao Parque das Nações, sendo um ponto terminal de interligação
com o Metrô e garante interligações urbanas, nacionais e internacionais, centralizando
os vários meios de transporte presentes na área de Lisboa. Globalmente, a estação,
se distingue como uma peça arquitetônica única, e um marco para a cidade. As partes
que formam a estação são: o sistema de cobertura, que dá proteção às plataformas
de passageiros, e a laje ou sistema misto de suporte das plataformas e arcos como
mostra a figura 9 abaixo.
Figura 9 - Estrutura metálica
Fonte: metalica.com.br
A referida estação foi fundada sobre 15 estacas de concreto de 90 cm de
diâmetro, se estrutura em forma de uma ponte, cujas lajes de 30cm de espessura
suportam os carris e os cais dos comboios. A ponte é uma estrutura em concreto
composta por um vão central de 34m, dois intermédios de 51m e outros dois de 42,50
e com uma largura de 80m.
61
O tabuleiro da mesma é misto de concreto na zona comprimida superior, assim
composto: uma parte por lajes de concreto armado de 8m de largura para suporte
das vias, de 65cm de espessura no centro e 60cm nos extremos; e por outro lado,
uma laje nervurada, composta por vigas longitudinais ocas de concreto armado, que
servem também para canalização de instalações e vigas transversais que suportam a
estrutura arborescente que forma a cobertura do cais.
3.5.1 Estruturas Metálicas
A cobertura do cais da estação de comboios é formada por uma estrutura
metálica arborescente, construída em aço A-42 laminado em forma de tubos e chapas
planas secionados em elementos que se soldam uns com os outros, formando um
esquema de ramificações regular. As estruturas arborescentes têm todas uma forma
quadrada e apoiam-se nas vigas transversais que unem os pórticos metálico.
A estrutura é composta de 15 "árvores" metálicas, termo denominado pelo autor
do projeto conforme vemos abaixo no quadro 8, com 15x4 suportes para quatro partes
iguais em cada suporte, obtendo-se assim 240 partes totalmente iguais, para facilitar
a fabricação em série.
Quadro 8 - Estrutura metálica
Fonte: metalica.com.br
As coberturas onduladas metálicas têm como revestimento, vidro laminado de
6+6mm com butiral intermédio translúcido. Nelas foram previstas a instalação de água
e luz para a sua manutenção, onde mostramos na figura 10 abaixo.
62
Figura 10 - Estrutura metálica.
Fonte: metalica.com.br
3.5.2 Coberturas e Impermeabilização
Nas lajes de fundo, previu-se uma impermeabilização mediante telas
elastoméricas, colocadas entre a brita e o concreto, abaixo do nível freático. Para as
uniões "laje-muro de suporte", foram usados cordões selantes de neopreno hidrófilo
de 25mm de largura e 7mm de espessura.
4. LEIS PERTINENTES
art. 56. As edificações destinadas ao uso não residencial e ao uso misto
devem atender, além deste código, às disposições legais, especialmente:
Código Municipal de Meio Ambiente de Mossoró;
Normas de Segurança Contra Incêndio do Corpo de Bombeiros;
Normas Regulamentadoras da Consolidação das Leis do Trabalho;
Plano Diretor do Município;
Normas de acessibilidade;
O estudo da legislação vigente no local é de fundamental importância para a
realização do projeto, que tem por objetivo identificar limites e concessões á área em
que está inserida o terreno estudado.
63
O projeto do novo terminal Rodoviário foi elaborado, fundamentado e norteado
dentro das normas legais vigentes em nosso país, bem como pelo Código de Obras e
Postura de nossa cidade, o Plano Diretor e demais leis que seguem abaixo.
4.1 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÃO DE MOSSORÓ
O Código de Obras, Edificações e Posturas rege todo o município legalizando
e disciplinando todo o espaço territorial. O mesmo norteia e dá diretrizes a todos as
construções proporcionando uma cidade com espaços favoráveis de habitação,
meios de circulação, trabalho e lazer de forma harmoniosa em conjunto com a
preservação e conservação da paisagem natural e das edificações de valor histórico
e cultural.
O Código de Obras, Posturas e Edificações do Município de Mossoró mostra
a classificação conforme o tipo de obra a ser executada, se ela é de uso residencial,
não-residencial ou se é mista. E como nesse caso o empreendimento em questão é
de uso não residencial devemos nos orientar sobre a exigência de diversas leis e
normas.
DO SISTEMA VIÁRIO DE TRANSPORTES E MOBILIDADE
Art. 38. Com objetivo de garantir o direito de locomoção urbana e reduzir o tempo de
deslocamento entre a habitação e o local de trabalho, ficam estabelecidas as
seguintes diretrizes: I – definir a rede estrutural do município; II – estabelecer controle
de velocidade nas vias principais; III – ampliar o sistema viário, com indicação das
melhorias necessárias na estruturação viária existente, com a finalidade de redução
dos congestionamentos nos corredores do sistema viário urbano; IV – definir
corredores exclusivos para transportes públicos de passageiros; V – definir locais para
estacionamento de veículos próximo às áreas centrais, com a finalidade de evitar
congestionamentos na área central; VI – elaborar projeto específico para usos que
gerem impacto no tráfego; VII – estimular o uso de transporte coletivo; VIII – dotar o
município de locais de paradas de transportes coletivos; IX – definir rotas para
transporte de cargas pesadas ou perigosas; X – firmar convênios com órgãos federais
e estaduais com objetivo de controle e licenciamento dos veículos, de forma a
promover ações de fiscalização; XI - definir critérios para a concessão de transporte
públicos, táxi, moto-taxi e vans.
64
§ 1º. A Área Especial de Proteção do Cone de Aproximação do Aeroporto – AEPCA
corresponde ao perímetro delimitado pela projeção do cone de aproximação de pouso
das aeronaves, bem como pela área de propagação de ruídos de acordo com a
legislação específica do Ministério da Aeronáutica. Mapa nº 04, Anexo 2
§ 7º. A Área Especial de Transito Urbano corresponde ao polígono fechado destinado
ao controle do tráfego de acesso e circulação no centro comercial da cidade conforme
Mapa nº 05, Anexo 2.
DOS PARÂMETROS DE USO, OCUPAÇÃO E DO PARCELAMENTO DO SOLO
Seção I Do uso do solo
Art. 49. O uso do solo fica classificado em:
I – Residencial; II – não-residencial; III – misto.
§ 1º. Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar ou
multifamiliar para constituição de habitação permanente ou temporária.
§ 2º. Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das atividades
industrial, comercial, de prestação de serviços e institucional.
§ 3º. Considera-se uso misto aquele constituído por mais de um uso, residencial e não
residencial ou por mais de uma atividade não residencial na mesma edificação
Art. 50. Todos os usos e atividades poderão se instalar na Macrozona Urbana, desde
que obedeçam às condições estabelecidas nesta Lei, determinadas em função: I – da
característica das zonas; II – do objetivo do planejamento; III – do nível de incômodo.
Art. 51. Os usos e atividades deverão atender aos requisitos de instalação definidos
em função do nível de impacto decorrentes de sua potencialidade como geradores de:
I – incômodo; I – impacto de vizinhança.
Parágrafo Único: considera-se impacto o estado de desacordo de uso ou atividade
com os condicionantes locais, causando reação adversa sobre a vizinhança, tendo
em vista suas estruturas físicas e vivências sociais
CAPÍTULO IV DOS PARÂMETROS DE USO, OCUPAÇÃO E DO PARCELAMENTO
DO SOLO
65
Seção I
Do uso do solo
Art. 49. O uso do solo fica classificado em:
I – Residencial; II – não-residencial; III – misto.
§ 1º. Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar ou
multifamiliar para constituição de habitação permanente ou temporária.
§ 2º. Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das atividades
industrial, comercial, de prestação de serviços e institucional.
§ 3º. Considera-se uso misto aquele constituído por mais de um uso, residencial e não
residencial ou por mais de uma atividade não residencial na mesma edificação.
Art. 50. Todos os usos e atividades poderão se instalar na Macrozona Urbana, desde
que obedeçam às condições estabelecidas nesta Lei, determinadas em função: I – da
característica das zonas; II – do objetivo do planejamento; III – do nível de incômodo.
Art. 51. Os usos e atividades deverão atender aos requisitos de instalação definidos
em função do nível de impacto decorrentes de sua potencialidade como geradores de:
I – incômodo; I – impacto de vizinhança.
Parágrafo Único: considera-se impacto o estado de desacordo de uso ou atividade
com os condicionantes locais, causando reação adversa sobre a vizinhança, tendo
em vista suas estruturas físicas e vivências sociais.
Subseção I Dos usos geradores de incômodo
Art. 52. Para fins de avaliação do nível de incômodo gerado devem ser observados os
seguintes fatores: I – poluição sonora: geração de impacto causada pelo uso de
máquinas, utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares no entorno próximo; II
– poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de partículas provenientes do uso
de combustíveis nos processos de produção ou lançamento de material particulado,
inerte ou não, na atmosfera acima dos níveis admissíveis; III – poluição hídrica:
efluentes líquidos incompatíveis ao lançamento na rede hidrográfica ou sistema
coletor de esgotos ou poluição do lençol freático; IV – geração de resíduos sólidos:
66
produção, manipulação ou estocagem de resíduos sólidos, com riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública; V – vibração: impacto provocado pelo uso de
máquinas ou equipamentos que produzem choques repetitivos ou vibração sensível,
causando riscos potenciais à propriedade, ao bem-estar ou à saúde pública; VI –
periculosidade: atividades que apresentem risco ao meio ambiente e à saúde, em
função da produção, comercialização, uso ou estocagem de materiais perigosos,
como explosivos, gás liquefeito de petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e equiparáveis,
conforme normas técnicas e legislação específica. VII – Impacto de trânsito:
problemas gerados pelo transito excessivo de veículos automotores.
Subseção II
Dos empreendimentos de impacto
Art. 53. Os empreendimentos de impacto são aqueles que possuem usos ou
atividades que possam causar impacto, alteração no ambiente natural ou construído,
sobrecarga na capacidade de atendimento de infraestrutura básica, sejam eles
construções públicas ou privadas, residenciais ou não-residenciais.
Art. 54. São considerados empreendimentos de impacto: I – as edificações não
residenciais com área construída igual ou superior a 2.000 m² (dois mil metros
quadrados) II – os empreendimentos residenciais multifamiliar com mais de 50
(cinquenta) unidades; III – empreendimentos de uso industrial de natureza poluidora;
IV – qualquer empreendimento não-residencial que tenha capacidade potencial de
reunir simultaneamente mais de 200 (duzentas) pessoas; V – qualquer
empreendimento destinado a abrigar atividades de lazer e entretenimento, tais como:
clubes, cinemas, teatros, auditórios, bares, boates, restaurantes e similares; VI –
empreendimentos que ocupem mais de uma quadra ou quarteirão urbano. VII – locais
de exploração e extração de petróleo, sal marinho e calcário. VIII – empreendimentos
que gerem transito excessivo de veículos automotores.
§ 1º Para aprovação de conjuntos habitacionais com mais de 100 unidades
autônomas, deverá ser exigida do empreendedor a implantação concomitante das
seguintes obras de infraestrutura: I – pavimentação das vias; II – sistema natural ou
construído de drenagem de águas pluviais; III – sistema de abastecimento d’água; IV
– sistema de esgotamento sanitário coletivo ou autônomo; V – rede de distribuição de
67
energia elétrica com sistema de iluminação pública; VI – equipamentos comunitários
para esportes e lazer;.
§ 2º. Considera-se empreendimento residencial multifamiliar, a edificação ou conjunto
de edificações, destinadas ao uso residencial, composto de unidades autônomas,
implantadas sobre terreno comum, dotado de instalações comuns, nos termos da lei
específica.
§ 3º. As obras relativas às edificações, instalações e áreas comuns nos condomínios
devem ser executadas simultaneamente com as obras das unidades autônomas.
§ 4º. A aprovação dos projetos de condomínio pelo Município está condicionada à
apresentação dos projetos técnicos relativos às obras de infraestrutura.
§ 5º. São também considerados empreendimentos de impacto, as seguintes
atividades, independentemente da área construída: I – shopping center; II – centrais
de carga;
III – centrais de abastecimento; IV – estações de tratamento; V – terminais de
transporte; VI – transportadora; VII – garagem de veículos de transporte de
passageiros; VIII – cemitérios; IX – presídios; X – postos de serviços, com venda de
combustível; XI – depósitos de gás liquefeito de petróleo (GLP); XII – supermercados
ou hipermercados; XIII – estações de rádio base; XIV – autódromos, hipódromos,
parque de vaquejadas, praças esportivas, estádios e ginásios; XV – empreendimentos
sujeitos à apresentação de estudo prévio de impacto ambiental; XVI – hospitais com
mais de 20 (vinte) leitos e clínicas médicas, dentárias e laboratórios de análises
clínicas com mais de 10 (dez) salas; XVII - escolas com mais de 300 (trezentos) alunos
por turnos. XVIII – depósitos de materiais de construção XIX – oficinas automotivas
XX – serrarias XXI – Centro comercial com mais de 10 (dez) lojas XXII – Igrejas,
templos ou edificações com fins religiosos; XXIII – outros empreendimentos que a
critério do órgão licenciador, através de justificativa técnicas estejam obrigados a
apresentação de estudos de impactos.
Art. 55. Para fins de análise dos empreendimentos de impacto são considerados usos
geradores de interferência no tráfego, as seguintes atividades: I – geradoras de carga
e descarga; II – geradoras de embarque e desembarque; III – geradores de tráfego de
pedestres; IV – caracterizadas como polos geradores de interferência de tráfego.
68
§ 1º. A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo órgão
municipal competente.
§ 2º. Os parâmetros para enquadramento como gerador de interferência no tráfego e
as exigências da análise técnica serão definidos pela legislação municipal.
Art. 56. Os empreendimentos classificados como geradores de impacto de vizinhança
deverão apresentar justificativa técnica escrita ao Poder Público municipal, com
propostas de adequações viáveis, elaborado por profissional habilitado.
Parágrafo Único. A justificativa técnica de que trata o caput deverá obrigatoriamente
informar: a) a demanda de serviço de infraestrutura urbana; b) verificação da
capacidade disponível do sistema viário da vizinhança para absorver o fluxo gerado
pelo empreendimento; c) estimativa de eventual redução de velocidade do fluxo de
tráfego no entorno imediato do empreendimento, principalmente no que concerne aos
veículos pertencentes à frota de transporte coletivo regular; d) demanda de
estacionamento veicular gerada pelas atividades realizadas no empreendimento; e)
verificação ou demonstração da disponibilidade de vagas de estacionamento, internas
ao lote ou nas vias públicas próximas, tendo em vista o atendimento de demanda
gerada pelo empreendimento; f) verificação da alteração produzida pelo
empreendimento nas condições de segurança de tráfego, tanto de veículos
automotores quando de pedestres, inclusive soluções técnicas adotadas para o
acesso veicular ao lote; g) descrição de condições de melhoramento na infraestrutura
viária pública considerada como adequada para minimizar os eventuais impactos
negativos do empreendimento sobre a fluidez e segurança do tráfego; h) estimativa
de fluxo de veículos privados adicionais ao sistema viário da vizinhança pelo
empreendimento, levando em conta os períodos críticos de trânsito; i) fluxo de
pedestres e pessoas; j) nível de incômodo sonoro e ambiental.
Art. 57. A análise da justificativa técnica apresentada pelo empreendedor ao Poder
Público Municipal deverá ser analisada no prazo de 60 (sessenta) dias, importando o
silêncio da Administração na aprovação do projeto, cabendo ao interessado o
pagamento das taxas e emolumentos devidos em função da expedição do alvará. §
1º. O órgão municipal competente deverá emitir parecer quanto à aprovação do
empreendimento e eventuais alterações em seu projeto ou na infraestrutura pública,
visando a mitigação dos impactos previstos.
69
§ 2º. O Poder Público Municipal poderá exigir do empreendedor a implantação das
melhorias na infraestrutura urbana, como condição para aprovação do projeto.
Art. 58. A instalação de empreendimentos de impacto no Município está condicionada
à prévia aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
Seção II
DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA MACROZONA URBANA
Art. 59. São parâmetros urbanísticos reguladores da ocupação do solo: I – coeficiente
de aproveitamento; II – taxa de ocupação; III – taxa de permeabilidade do solo; IV –
recuo; V – gabarito; VI - garagens e estacionamentos.
Art. 60. São fixados parâmetros urbanísticos para toda a área urbana, conforme
prescrições urbanísticas definidas no Quadro 02 do Anexo 1.
Subseção I
SUBSEÇÃO II DA TAXA DE OCUPAÇÃO
Art. 64. A taxa de ocupação do solo estabelece a relação da projeção horizontal da
área da edificação sobre a área do lote, expresso em percentagem; TO = AP/AT,
sendo TO : Taxa de ocupação do solo AP : área de projeção horizontal da edificação
AT : área total do terreno
Art. 65. A taxa de ocupação máxima das edificações no terreno é definida nos
Quadros 2 a 10 Anexo 1, de acordo com o uso do imóvel.
Art. 66. No caso de pavimento em subsolo, deverão ser observados os índices
urbanísticos previstos nos Quadros de 2 a 10 do Anexo 1;
Parágrafo Único: Será considerado pavimento em subsolo aquele que aflore no
máximo 1,50 m acima do nível natural do terreno.
Subseção III
DA TAXA DE PERMEABILIDADE
70
Art. 67. A taxa de permeabilidade do solo consiste na divisão da área da parcela do
lote ou gleba que permite a infiltração de água pela área toda do lote ou gleba,
expresso em percentagem.
Art. 68. A taxa de permeabilidade mínima das edificações no terreno é definida no nos
Quadros 2 a 10 Anexo 1, de acordo com o uso do imóvel.
Subseção IV
DOS RECUOS
Art. 69. Os recuos são distâncias medidas entre o limite externo da projeção horizontal
da edificação e a divisa do lote.
§ 1º. Os recuos mínimos estabelecidos, considerando os usos, para todos os terrenos
do município são: a) frontal: de 3,00 m; b) Lateral: de 1,50 m; c) Fundo: de 1,50 m. §
2º. O recuo frontal é medido em relação ao alinhamento do logradouro público.
§ 3º. Quando se tratar de lote lindeiro a mais de um logradouro, os recuos que dão
para estes logradouros serão considerados como recuo frontal.
§ 4º. O recuo lateral é medido em relação à divisa lateral do lote, desde que haja
abertura de janelas ou se faça eirado, terraço ou varanda; caso não haja aberturas, o
recuo é opcional.
§ 5º. O recuo de fundo é medido em relação à divisa de fundo do lote, desde que haja
abertura de janelas ou se faça eirado, terraço ou varanda; caso não haja aberturas, o
recuo é opcional.
§ 6º. As edificações construídas, dentro do perímetro urbano, anterior as datas de
publicação desta lei poderão manter os recuos atuais em reformas e ampliações,
desde que não haja agravamento da situação e que se respeite os recuos fixados
nesta lei, quando estes apresentarem aberturas, varandas, terraços e eirados.
§ 7º. Em caso de demolição das edificações citadas no §6º que compreenda mais de
70% da edificação existente, os parâmetros urbanísticos desta lei deverão ser
obedecidos na nova edificação.
71
§ 8º. Para efeito de recuo não deverá ser considerado como construção: Guaritas,
casas de lixo e gás, além dos pavimentos de garagem em subsolo.
§ 9º. Os pavimentos de garagens devem atender ao recuo frontal, sendo dispensado
os recuos laterais e de fundos no térreo.
Art. 70. Nas edificações verticais os recuos laterais e de fundos deverão ser
adicionados pela fórmula abaixo: Rad = Rface + H /10, em que: Rad - é o recuo a ser
obedecido; H - é a altura do prédio, contando do nível da soleira do pavimento térreo
até o ponto mais alto da cobertura para as edificações com mais de 3 pavimentos,
considerando o 1º pavimento como o térreo; Rface - é o recuo previsto para aquela
fachada de acordo com o § 1º do artigo 69.
§ 1º. O recuo adicional será obrigatório após o terceiro pavimento, podendo o primeiro
(térreo), o segundo e o terceiro permanecerem com o recuo estipulado no §1º do art.
69.
§ 2º. Para efeito do cálculo do recuo adicional, as sobrelojas e mezaninos serão
considerados como pavimento, independente do pé direito adotado.
Art. 71. Os usos diferenciados e de impacto que possam provocar incômodo ao seu
entorno poderá apresentar necessidade de recuos adicionais compatíveis com o seu
grau de incômodo, conforme Estudo de Impacto de Vizinhança e ou ambiental,
previstos nos artigos 53 e 54 desta Lei.
Parágrafo único. Quando se tratar de lote lindeiro a mais de um logradouro, o gabarito
G será calculado em relação a cada logradouro, sendo determinado o de menor valor.
Art. 74. Na Área Especial de Proteção do Cone de Aproximação do Aeroporto, o
controle de gabarito deve observar também às determinações contidas na legislação
aeronáutica específica, com base no Mapa nº 04 das Zonas Especiais e Quadro 3 do
anexo 1, desta Lei.
Subseção VI
DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS
Art. 75. Garagens e estacionamentos são, respectivamente, edificações e áreas
cobertas ou descobertas destinadas à guarda de veículos, de acordo com as
72
especificações constantes nesta Subseção. § 1º. Garagens e estacionamentos
comerciais são os prédios e áreas destinadas predominantemente à prestação de
serviços de guarda de veículos, sem prejuízo dos serviços afins.
§ 2º. Garagens e estacionamentos gerais são prédios e áreas destinadas à guarda de
veículos, tais como lotação, micro-ônibus e ônibus.
§ 3º. Nas edificações multifamiliar, de comércio, serviço e de atividades especiais, as
garagens e estacionamentos são os espaços destinados à guarda de veículos com
função complementar à atividade.
§ 4º. Excetuando-se os prédios residenciais, todas as garagens e estacionamentos,
incluindo estacionamentos em via pública, deverão prever espaços com localização
privilegiada para veículos automotores de pessoas portadoras de deficiência física.
Art. 76. Todo projeto de construção deverá apresentar local para estacionamento de
veículo na área do lote, na proporção de: I – residencial unifamiliar: a) no mínimo uma
vaga por unidade familiar com área construída acima de 80,00 m².
II – Residencial multifamiliar: a) no mínimo uma vaga por unidade familiar.
III – Não-residencial: a) comércio e serviços: uma vaga para cada 80,00 m² de área
construída ou fração desta; b) indústria: de acordo com o estudo de impacto de
vizinhança e ambiental.
§ 1º. No uso misto as vagas deverão ser calculadas de acordo com a área destinada
para cada uso, considerando o caput deste artigo e garantindo no mínimo uma vaga.
§ 2º. A previsão de vagas para guarda de veículos, estabelecida nos incisos deste
artigo, pode ser atendida em outro local, distante no máximo 100m (cem metros) da
edificação, conforme regulamentação específica que garanta a vinculação entre as
duas edificações.
§ 3º. Os imóveis com estacionamento permanente ou garagens com 10 vagas de
veículos ou mais deverão apresentar dentro do lote, área para manobra de veículo,
carga e descarga.
§4°. Nas edificações existentes não serão necessárias as adequações do número de
vagas em caso de reformas e ampliações.
73
§5°. Em caso de demolição das edificações citadas no §4º que compreenda mais de
70% da edificação existente, os parâmetros urbanísticos desta lei deverão ser
obedecidos na nova edificação.
§6º. Para fins de aplicação das regras deste artigo, considera-se a seguinte
área demandada para cada categoria de veículo: I – veículos leves (carros de
passeio): 12,50m² e 2,5 x 5,00 m II – veículos médios (vans, caminhonetes e
similares): 18,00 m² e 3,00 x 6,00 m III – veículos pesados (ônibus e caminhões):
28,00 m² e 8,00 x 3,50 m
4.2 PLANO DIRETOR DE MOSSORÓ
DA FINALIDADE E ABRANGÊNCIA
Art. 1º. Esta Lei, em atendimento ao artigo 182 da Constituição Federal, do
Capítulo III da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade – e
do art. 56, inciso IX da Lei Orgânica do Município de Mossoró, institui o Plano Diretor
de Mossoró.
Art. 2º. O Plano Diretor é o instrumento básico da política de expansão urbana e
desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental, determinante para os
agentes públicos e privados que atuam no Município. § 1º. O Plano Diretor é parte
integrante do processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, a Lei
de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporar as diretrizes e
prioridades nele contidas.
§ 2º. O Plano Diretor do Município deverá observar os seguintes instrumentos: I –
planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social; II – planejamento da microrregião de Mossoró;
III – Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade.
§ 3º. Além do Plano Diretor, o processo de planejamento municipal compreende: I –
disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; II – zoneamento ambiental;
III – plano plurianual; IV – diretrizes orçamentárias e orçamento anual; V – gestão
orçamentária participativa; VI – planos, programas e projetos setoriais; VII – planos de
desenvolvimento econômico e social.
74
Art. 32, O manejo das águas pluviais deverá, através de sistemas naturais ou
construídos, possibilitar o escoamento eficaz das águas de chuva, de modo a
propiciar segurança e conforto aos habitantes e edificações existentes nas áreas
urbanas.
Parágrafo único. Para atendimento do objetivo previsto no caput, deverão ser
priorizadas medidas não estruturais, tais como:
Intensificação da arborização;
Construção de pavimentação permeável;
Utilização dos canteiros centrais, praças, jardins, canalização e correção de
córregos como receptores dos escoamentos superficiais;
Adoção de áreas permeáveis para a retenção das águas provenientes de
precipitações pluviométricas no próprio lote, atendendo no mínimo, o previsto
no artigo 35 desta lei.
Art. 35. Com finalidade de garantir a drenagem natural das águas pluviais, os
imóveis situados na área urbana devem resguardar a taxa de permeabilidade de
20% (vinte por cento) sobre a área total do terreno.
4.3 NBR 9050/2015 - ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO,
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS.
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
Objetivo
Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados
quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas
diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a
ajuda de aparelhos específicos, como: próteses, aparelhos de apoio, cadeiras
de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistidos de audição ou
qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais.
75
Esta Norma visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas,
independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou
percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente,
edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos.
o Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem
a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as
reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender
ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis.
o Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser
tornados acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada
acessível.
o As edificações residenciais multifamiliar, condomínios e conjuntos
habitacionais devem ser acessíveis em suas áreas de uso comum, sendo
facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações unifamiliares.
As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível.
o As entradas e áreas de serviço ou de acesso restrito, tais como casas de
máquinas, barriletes, passagem de uso técnico etc., não necessitam ser
acessíveis
LARGURA PARA DESLOCAMENTO EM LINHA RETA DE PESSOAS EM CADEIRA
DE RODAS
A figura 11 mostras dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de
pessoas em cadeiras de rodas.
76
Figura 11 - Dimensões apra deslocamento de cadeirantes
Fonte: NBR 9050
Obs. A largura mínima para a transposição de obstáculos isolados com extensão
acima de 0,40 m deve ser de 0,90 m.
4.4 LEI 427/89
A Lei 427/89 diz que toda edificação pública, com área igual ou superior a mil
metros quadrados, em construção ou que vier a ser construído no município de
Mossoró deve conter, em lugar de destaque ou fazendo parte integrante do mesmo,
obra de arte, escultura, pintura, mural ou relevo escultórico de autor preferencialmente
residente no município. A referida lei destaca ainda que a obra de arte terá que ser
executada com material duradouro, caso esteja na área externa da edificação.
4.5 NBR - 9077
A NBR 9077 atende normas definidas pelo Corpo de Bombeiros que busca
estabelecer critérios para dimensão das saídas, para em caso de incêndio as
pessoas possam sair dos edifícios sem dificuldades, protegendo sua integridade
física, dando acesso aos bombeiros para combate ao fogo e retirada da população
em total segurança, ou seja, esta norma visa proporcionar à maior quantidade
possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de
77
mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente,
edificações.
5. ANTEPROJETO DE UM NOVO TERMINAL RODOVIARIO PARA
CIDADE DE MOSSORÓ/RN
5.1 CONDICIONANTES PROJETUAIS
5.1.1 Aspectos Físicos do terreno escolhido
O terreno escolhido para o anteprojeto do novo terminal Rodoviário para
Mossoró está localizado as margens da BR 304 precisamente no Km 39,5 e faz
fronteira com os bairros Alto da Conceição, Alto de São Manoel, Bom Jesus e Planalto
13 de Maio. Sendo o terreno de fácil acesso aos usuários e aos ônibus, pois fica às
margens da BR 304 entre as saídas para as capitais Natal e Fortaleza (Figura 12).
Figura 12 - Terreno escolhido
Fonte: google.maps.com
Com a localização do terreno para o anteprojeto do novo Terminal Rodoviário
para Mossoró, não será mais necessário o tráfego de ônibus pelo centro da cidade,
pois a mesma favorece os fluxos pela BR 304 tantos com destino a Natal como para
Fortaleza e cidades circunvizinhas.
78
5.1.2 A forma e suas dimensões
O terreno possui uma forma retangular com dimensões de 427,84m, 827,32m,
251,23m, 92,04m, 515,15m com área total de 183.876,07m2, mostrado na figura 13
abaixo.
Figura 13 - Dimensões do terreno
Fonte: Acervo do autor
5.1.3 A conformação do terreno
O terreno possui uma área total de 183.876,07m², mas apenas 36347.479 m²
de área construída e com capacidade para ampliação conforme figura 14 abaixo.
79
Figura 14 - Topografia do terreno
Fonte: Acervo do autor
5.1.4 Estudo de insolação
Para elaboração da carta solar no programa SOL-AR, foram usados os dados
da cidade de Mossoró. Com o auxílio do programa, é possível identificar o período do
dia em que cada face do terreno escolhido sofrerá insolação de acordo com a figura
15 abaixo.
Figura 15 - Cara solar
Fonte: SOL-AR
80
5.1.5 Orientação quanto aos ventos
A direção dos ventos é predominantemente do Sudeste e vemos claramente
na figura 16 abaixo com o estudo de insolação e ventos.
Figura 16 - Estudo de insolação e ventos
Fonte: Acervo do autor
5.1.6 Os acessos/fluxos
O acesso dos ônibus no novo terminal para cidade de Mossoró foi
cuidadosamente pensado, tanto de quem vem na BR 304 sentido Natal/Fortaleza,
como também que quem vem no sentido inverso. Já os usuários e passageiros vindo
do centro da cidade ou bairros circunvizinhos pode usar a rua Manoel Antônio como
acesso ao terminal, evitando transtornos no trânsito como mostramos na figura 17.
81
Figura 17 - Pricipais vias de acesso
Fonte: Acervo do autor
Para certificar que os acessos foram escolhidos de maneira adequada foi
procurado um especialista no assunto junto ao DER/RN (em Mossoró), o engenheiro
civil Sr. Nilton Rêgo.
O acesso dos ônibus para as plataformas de embarque é realizado pelo lado
direto (as margens da BR 304), o acesso para as plataformas de desembarque é
realizado pelo lado esquerdo (direção do bairro planalto 13 de maio), os fluxos de
ônibus saindo do terminal rodoviário de Mossoró dar-se exclusivamente pela BR 304
com rumo as cidades de destino.
Os veículos particulares, taxis e os moto-taxis terão acesso pela rua Manoel
Antônio.
5.1.7 A relação com o entorno
As edificações próximas ao novo terminal rodoviário para cidade de Mossoró
são exclusivamente a PETROBRÁS, posto de combustível, alguns condomínios
residenciais e áreas verdes para serem habitadas no futuro onde mostramos na figura
18.
82
Figura 18 - A edificação e seu entorno
Fonte: Acervo do autor
5.1.8 Programa de necessidades
O programa de necessidade do novo terminal rodoviário para cidade de
Mossoró, foi definido nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem
tomados, pré-dimensionamentos, o partido arquitetônico e principalmente servir como
base para o desenvolvimento do projeto, obedecendo as orientações e seguindo as
normas vigente.
O Programa de Necessidades adotado é apresentado abaixo:
1. GUICHÊS:
2. ADMINISTRAÇÃO
3. ÁREA TÉCNICA
4. SANITÁRIOS PÚBLICOS
5. SEGURANÇA
6. ACESSOS
7. ABASTECIMENTOS
8. ESTACIONAMENTOS
9. RESTAURANTES
10. LANCHONETES
11. QUIOSQUES
12. BOLICHE
83
Para facilitar o entendimento listamos abaixo o detalhe de cada setor:
1- GUICHÊS
Compra de passagens
2- ADMINISTRAÇÃO
Balcão de informações
Gerência dos guichês
Gerência e segurança
Administrativo da Rodoviária
Sala de reuniões
ANTT
Copa
DER
Juizado de menores
Sala de fiscalização
Posto policial
Agência dos correios
Caixas rápido
Locadora de carros
Farmácia
Guarda volumes
84
3- ÁREA TÉCNICA
Casa de lixo
Casa de gás
Sala de som
4- SANITÁRIOS PÚBLICOS
Banheiros feminino e masculino
Fraldário e wc PNE.
Banheiro para funcionários
5- SEGURANÇA
Guaritas
6- ACESSOS:
Entrada/ saída principal
Pedestre
Embarque e Desembarque
7- ABASTECIMENTOS
Caixa d’água
8- ESTACIONAMENTOS
Taxi
85
Motos
Bicicletário
Carros
Vagas especiais
Ônibus
9- RESTAURANTES
Refeição
10-LANCHINETES
Lanches rápido
11- QUIOSQUES
Sorveteria
Artesanatos
Banca de revistas
12- BOLICHE
Entretenimento
Abaixo nas figuras 19 e 20 mostramos a setorização da edificação dos
pavimentos térreo e superior do anteprojeto do novo terminal Rodoviário para
cidade de Mossoró.
86
Figura 19 - Setorização da edificação pavimento térreo
Fonte: Acervo do autor
Figura 20 - Setorização da edificação pavimento superior
Fonte: Acervo do autor
Nas figuras 21 e 22 abaixo, temos o organograma dos pavimentos térreo
e superior, onde percebemos a distribuição de todos os setores sendo eles
administrativo, comercial ou público identificado por cores distintas.
87
Figura 21 - Orgonograma pavimento térreo
Fonte: Acervo do autor
Figura 22 - Orgonograma pavimento superior
Fonte: Acervo do autor
Nas figuras 23 e 24 mostramos os fluxogramas dos pavimentos térreo e
superior do anteprojeto, ligando todos os acessos possíveis dos funcionários,
passageiros e visitantes do novo terminal Rodoviário.
88
Figura 23 - Fluxograma pavimento térreo
Fonte: Acervo do autor
Figura 24 - Fluxograma pavimento superior
Fonte: Acervo do autor
89
5.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO
Segundo Neves (1998), adoção do partido na arquitetura contém, na
essência, as informações que ensinam o modo como percorrer o caminho que
leva ao ato de projetar. ”
Ao definirmos o partido arquitetônico da edificação, ficou fácil manter a
ideia do anteprojeto, fazer um terminal Rodoviário, aconchegante e com
estrutura e aspecto de um aeroporto. Com estrutura em concreto armado
aparente e design contemporâneo.
Definida a volumetria desejada para edificação, tipo de estrutura, altura
do pé direito, quantidade de pavimentos, conseguindo assim o efeito estético
desejado, deixando a edificação funcional, e com possibilidade de execução,
mostradas nas figuras 25 e 26 abaixo.
Figura 25 - Perspectiva do Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró/RN.
Fonte: Acervo do autor
90
Figura 26 - Perspectiva do Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró/RN.
Fonte: Acervo do autor
5.3 EVOLUÇÃO DA PROPOSTA
A ideia inicial era fazer o projeto do terminal Rodoviário sem muitas curvas
e traços, o desejo seria um projeto contemporâneo, mas com o decorrer das
pesquisas e estudos, viu-se a necessidade de um projeto mais ousado, algo que
causasse um impacto aos olhos as pessoas que trafegasse as margens da BR
304, com a evolução da proposta torna-se mais ousado o projeto onde
mostramos abaixo nas figuras 27 e 28.
91
Figura 27 - Evolução volumétrica do Terminal Rodoviário para
Cidade de Mossoró/RN
Fonte: Acervo do autor
Figura 28 - Evolução volumétrica do Terminal Rodoviário para
Cidade de Mossoró/RN.
Fonte: O autor
Em um primeiro momento foi estudado o terreno e seu entorno, a direção
dos ventos, os acessos dos ônibus quem têm como ponto de partida a capital
Natal e o estado do CE e PB.
92
Para garantir uma melhor circulação dos ônibus, tivemos que abrir uma
via arterial no próprio terreno, amplo estacionamento, e melhor locação dos
guichês de passagens, na figura 29 abaixo, mostramos uma vista aérea da
edificação.
Figura 29 - Vista aérea da edificação
Fonte: Acervo do autor
A entrada principal para os visitantes será feita pela rua Manoel Antônio,
onde terá acesso direto aos guichês de passagens. Depois de estudos, esta foi
a melhor localização dos boxes de vendas de passagens para contemplar os
passageiros que queiram comprar suas passagens antecipadas e não terem que
gastar muito tempo caminhando dentro do terminal, efetuando a compra com
maior agilidade.
Já os passageiros que necessitam comprar passagens momentos antes
do embarque, adquirem seus bilhetes e dirigem-se ao salão de espera localizado
no piso térreo do terminal. Já os passageiros ou usuários que queriam desfrutar
dos restaurantes do terminal, terá que se deslocar ao primeiro piso do prédio
usando tanto as escadas rolantes como também pelos elevadores panorâmicos
distribuídos na edificação.
93
5.4 MEMORIAL DESCRITIVO
5.4.1 Limpeza do terreno
Será efetuada uma limpeza completa do terreno, com remoção de entulhos,
e, quaisquer outros obstáculos à implantação do canteiro de obra.
Canteiro de obras e instalações provisórias
O canteiro da obra será cercado por gradil e alambrado e contará com
uma entrada para pedestres, e uma para caminhões e outros veículos. Haverá
um barracão provisório contendo: almoxarifado, depósito de ensacados
(cimento, cal, etc.), depósito de ferramentas, salas e sanitários para a
administração da obra. Também será construído refeitório, vestiário e sanitários
dimensionados de acordo com a norma NR-18 de Segurança do Trabalho para
os funcionários. Serão executadas instalações provisórias de água, esgoto e
energia. Serão seguidas todas as normas de prevenção de acidentes.
5.4.2 Locação da obra
A obra será locada segundo a técnica convencional de locação com
gabarito de madeira pintado, seguindo o seu perímetro e marcando-se os eixos
de pilares em duas direções.
5.4.3 Movimento de Terra
Serão utilizados equipamentos mecânicos tipo pá carregadeira para
escavação e nivelamento do terreno. Nos aterros e reaterros serão utilizadas
terras isentas de impurezas (detritos orgânicos). A compactação será feita
mecanicamente e/ou manualmente em camadas sucessivas de 20 cm. A retirada
de terra também será feita mecanicamente. As escavações para fundações
serão executadas manualmente.
A execução dos trabalhos de escavação obedecerá, no que for
aplicável, ao Código de Fundações e Escavações, bem como as normas da
ABNT pertinentes ao assunto
94
5.4.4 Fundações
As fundações serão realizadas de acordo com o projeto específico,
dimensionadas com os resultados da sondagem e planta de cargas realizadas
por firmas especializadas. O concreto a ser utilizado terá fck de acordo com o
especificado no projeto de fundações e será preparado mecanicamente em
betoneiras e/ou central de concreto.
Todos os serviços de fundações como sondagens, projetos e a execução
propriamente dita, serão executados por empresa especializada no ramo.
5.4.5 Transporte e lançamento do concreto
Antes do lançamento do concreto, as fôrmas deverão estar perfeitamente
limpas, isentas de resíduo de qualquer natureza.
O transporte e o lançamento do concreto serão feitos por métodos que
evitem a segregação ou perda dos constituintes do mesmo. O lançamento será
manualmente, por meio de carrinhos ou jericas, ou através de bombas
apropriadas.
5.4.6 Adensamento
Cada camada de concreto lançada será vibrada mecanicamente por meio
de vibradores de imersão. Deverão ser tomadas precauções para que não se
formem ninhos, não se altere a posição da armadura, nem se traga quantidade
excessiva de água à superfície do concreto ou ocorra a segregação da massa
do mesmo. A vibração não deverá permitir a segregação da nata de cimento e
deverá durar pelo menos 20 segundos para cada área de 30x30 cm.
5.4.7 Desfôrma
A deforma só será executada quando a estrutura apresentar a resistência
necessária para suportar seu peso próprio e as cargas adicionais. Será
necessária a utilização de reescoramento.
5.4.8 Cura e proteção do concreto
Serão providenciadas a cura e proteção adequada do concreto após seu
lançamento.
95
5.4.9 Instalações
Para a execução das instalações hidráulicas e sanitárias, incêndio,
elétricas e telefônicas serão utilizados projetos específicos elaborados por
profissionais habilitados.
5.4.10 Água fria
Todas as furações, rasgos e abertura em lajes, vigas ou outros elementos
estruturais necessários para passagem de tubulações, serão locadas antes da
concretagem. Para facilidade de desmontagem das canalizações, serão
colocados uniões ou flanges nas sucções de bombas de recalque, barriletes e
onde mais for necessário. Serão obedecidas as recomendações e normas dos
fabricantes, ABNT e Concessionária local (CAERN).
5.5 MATERIAIS
Os tubos e conexões serão executados em PVC rígido, soldável de uma
das marcas: Tigre e/ou Akros / Fortilit.
5.5.1 Acessórios
Os metais serão de uma das marcas Deca, Docol, Oriente, Esteves ou
Fabrimar, acabamento cromado, para todos os registros internos das instalações
hidráulicas do Residencial. Os ralos sifonados, os sifões das cubas, pias e
tanques serão cromados de uma das marcas Deca, Esteves, Oriente ou Docol.
5.5.2 Louças
As bacias sanitárias com caixa acoplada de cor branca, de uma das
marcas Celite, Deca, Incepa ou Ideal Standard nos banheiros da edificação.
5.5.3 Bancadas
Bancada de granito polido com cuba de louça de embutir de uma das
marcas Celite, Deca, Incepa ou Ideal Standard em todos os banheiros da
edificação.
5.6 ÁGUAS PLUVIAIS
Os tubos e conexões serão todos em PVC tipo esgoto série reforçada e
de uma das marcas: Tigre ou Akros / Fortilit.
96
As calhas serão em alvenaria e receberão impermeabilização com manta
asfáltica. As cumeeiras serão de fibrocimento.
As grelhas serão executadas em ferro chato, maciço e pintadas com
esmalte sintético na cor grafite da Ypiranga, Luckscolor ou Renner.
5.7 ESGOTO SANITÁRIO
Todas as instalações de esgoto primária e secundária serão executadas
rigorosamente de acordo com projeto específico e dentro das normas da
concessionária local (CAERN), fabricantes e ABNT. As caixas de inspeção de
esgoto e gordura terão dimensões de acordo com projeto hidros sanitárias, com
tampa de ferro fundido.
Todas as tubulações, sem exceção, serão executadas em tubos e
conexões de PVC rígido para esgoto de uma das marcas Tigre ou Akros / Fortilit.
Os ralos simples e sifonados serão de PVC, com grelha cromada de uma das
marcas: Tigre ou Akros / Fortilit. O tubo coletor predial será executado em PVC
das mesmas marcas.
5.8 INSTALAÇÕES DE COMBATE À INCÊNDIO
Serão executadas rigorosamente de acordo com as normas da ABNT e
projeto aprovado pela Prefeitura e Corpo de Bombeiros.
As tubulações serão executadas com tubos e conexões galvanizados da
marca Apolo, Tupy, H Mesh ou Fornasa.
As caixas de incêndio serão em chapa metálica (caixa e tampa), com
dimensões conforme indicado no projeto de incêndio, contendo mangueira,
esguichos, registro globo e outros, sendo a caixa e tampa pintadas com tinta
esmalte sintético. Os extintores serão do tipo: pó químico 6Kg, pó químico 4Kg
e CO2 6Kg, de acordo com o especificado no projeto de incêndio.
5.9 ELÉTRICAS
Na execução das instalações para luz e força serão observadas as
normas NB-3 da ABNT e as determinações da Concessionária local (COSERN).
97
5.9.1 Materiais
Os eletrodutos serão flexíveis de polietileno: serão utilizadas mangueiras
flexíveis de polietileno com parede de 2mm, em lajes e alvenarias.
Os condutores serão de cobre com proteção termoplástica de uma das
marcas Pirelli, Ficap, Nambei, Corfil ou Reiplás.
Interruptores, tomadas, placas e campainhas serão de uma das marcas
Primer, Pial, Siemens ou Iriel (como referência a linha Silentoc da Pial).
Disjuntores tipo quick-lag de uma das marcas G.E, Eletromar, Pial,
Siemens, Lorenzetti ou similar.
Centros de distribuição (quadro geral e secundário) serão em caixas
metálicas com porta de uma das marcas Olipê, Cemar, Internacional ou
Incomafer.
5.9.2 Cabine de Alta Tensão
Terá capacidade de acordo com o projeto elétrico, sendo o(s)
transformador(es) fornecido(s) pela concessionária local (COSERN).
5.10 TELEFÔNICAS
Obedecerão às prescrições das normas e determinação da ABNT e Brasil
Telecom. Serão instalados pontos em todo Terminal Rodoviário.
5.11 LUMINÁRIAS
Serão instaladas luminárias em toda a construção, as especificações
serão de acordo com o Projeto Elétrico onde deverão ser da marca Star, Intral,
Lumibras ou similar com reatores 2x40 watts de partida rápida da marca Intral,
Helfont ou Phillips e lâmpadas fluorescentes Osran, Phillips, Foxlux, Sylvania ou
similar de 40 watts, de acordo com o projeto específico.
5.12 SPDA - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA
ATMOSFÉRICA
Será instalado um para-raios em cada castelo d'água e dois no prédio
principal, do tipo Franklin Digitron (médio) de 04 (quatro) pontas, com corpo de
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ferro galvanizado, com raio de ação suficiente para proteção de toda edificação,
de uma da marca Orion, Magnet, Star ou similaroi.
5.13 ESTRUTURA
A estrutura escolhida para o desenvolvimento do anteprojeto do terminal
rodoviário foi em concreto armado aparente (figura 30 e 31), os pilares serão em
aço e as vigas também será em concreto armado dando a edificação uma rápida
execução e sem preocupação com revestimentos.
Os elementos responsáveis pela sustentação de um empreendimento
sejam de qual natureza for, é a sua base, o seu firmamento. Essa é a parte mais
importante onde deve-se ter bastante atenção e ser calculado e executado por
profissionais habilitados. A alma da Construção é a Estrutura em concreto
Armado.
Figura 30 - Estrutura em concreto armado aparente
Fonte: Acervo do autor
99
Figura 31- Estrutura em concreto armado aparente
Fonte: Acervo do autor
A cobertura do terminal foi um dos pontos mais fáceis de definir, pois
desde o princípio tínhamos ideia de trabalhar toda edificação em concreto
armado aparente e formato arredondado, não sendo necessário o uso de
coberturas especial, pois a própria estrutura já envolve toda cobertura onde
observamos na figura 32 abaixo.
100
Figura 32 - Estrutura da cobertura em concreto armado aparente
Fonte: Acervo do autor
5.13.1 Pisos
Com um anteprojeto ousado e seguindo o seguimento de alto padrão, foi
usado no piso o marmoglass na cor bege em todo edifício e nas áreas molhadas
foi usado o marmoglass na cor White.
Marmoglass é um material versátil, ideal para a criação de ambientes
exclusivos, proporcionando agradável observação. Comercializado com
dimensões de 2,42 x 1,22 x 1,8 cm. O resultado é um "Branco", proporcionando
brilho intenso, além da agradável tonalidade suave do "Bege" mostrado na figura
33 abaixo.
101
Figura 33 - Marmoglass
Fonte: http://dimagran.com.br
O piso do entorno será pavimento Inter travado para ambientes externos
levando em consideração os aspectos de uso, tais como: abrasão, tráfego de
pedestres, cadeirantes e intempéries. As principais características desse tipo de
pavimento são:
Superfície antiderrapante: o concreto proporciona segurança aos
pedestres, mesmo em condições de piso molhado.
Conforto térmico: a utilização de peças de concreto com pigmentação
clara proporciona menor absorção de calor, melhorado o conforto térmico
das calçadas.
Liberação ao tráfego: imediato, após a compactação final do pavimento.
Resistência e durabilidade: a elevada resistência do concreto confere
grande durabilidade à calçada.
Produto ecológico: os produtos à base de cimento podem ser totalmente
reciclados e reutilizados na produção de novos materiais. Isto ajuda na
preservação de jazidas de calcário e evita a saturação de aterros.
Diversidade de cores: as peças de concreto podem ser fabricadas com
uma ampla variedade decores e texturas.
102
Apresenta grandes possibilidades de ordem estética, uma vez que as
variações de forma e cor das peças assim o permitem. Vejamos figuras
34 e 35.
Figura 34 - Piso intertravado
Fonte: Acervo do autor
Figura 35 - Piso intertravado
Fonte: Acervo do autor
103
As peças de concreto são produzidas industrialmente em vibroprensas9
que proporcionam elevada compactação às peças, aumentando sua resistência
mecânica e durabilidade. Após a moldagem nas vibroprensas, as peças são
curadas em câmaras que mantém constante a umidade relativa acima dos 95%.
Isto garante a hidratação do cimento e proporciona menor absorção de água da
peça, que deve ser menor ou igual a 6%. O período de cura na câmara gira em
torno de 24 horas e a cura final no pátio depende de algumas condições
industriais, ficando entre 7 e 28 dias.
Portanto, as peças já chegam prontas à obra e o processo industrializado
garante ainda a uniformidade de cor, textura e das dimensões das peças.
5.13.2 Esquadrias
Com portas e janelas em alumínio e vidro fixo, a estrutura tem total
vedação com dimensões a serem definidas em projeto, vejamos modelos na
figura 36 abaixo.
Figura 36 - Esquadrias em alumínio e vidro
9 Moldes para confecção de blocos de concreto.
104
5.13.3 Vedação
Nas vedações será usado vidro duplo insulado com Gás, onde o mesmo
substitui o ar pelo gás no interior da câmara do vidro, possibilitando um
considerável ganho no isolamento acústico de frequências médias e altas, além
de apresentar um bom desempenho térmico, de acordo com a figura 37.
Figura 37 - Vedação em vidro vidro duplo insulado com Gás
Fonte: Acervo do autor
5.13.4 Revestimento
O revestimento utilizado no novo terminal rodoviário para cidade de
Mossoró é tinta branco neve lavável, exceto nas áreas molhadas (nos banheiros,
e nas cozinhas), cujo revestimento será em marmoglass na cor branco e bege.
5.13.5 Forro
Os ambientes que receberem lajes deverão ser rebocadas, emassadas e
pintadas. Já os vãos de circulação das plataformas serão em policarbonato.
5.14 PAISAGISMO
No entorno da edificação foi feita uma sugestão de espécie de palmeiras
que podem ser utilizadas, não descartando a preservação das árvores já
existente no terreno.
105
Na entrada da edificação foi sugerido, palmeira-imperial (figura 38)
(Roystonea oleraceae), pois destaca-se entre as palmeiras mais imponentes,
majestosas e notáveis.
Figura 38 - Palmeira imperial.
Fonte: pauloferreirapaisagismo.com.br
Complementando o jardim da entrada principal, foi sugerido a palmeira
fênix, (Figura 39) pois ela é ereta, de tronco simples, fina e elegante, por vezes
se estreitando na base. O crescimento é lento, atingindo de 2 a 4 metros de
altura e diâmetro do tronco em torno de 15 a 20cm, razão pela qual muitos a
chamam de mini palmeira. Planta dioica. Reproduz-se por sementes que a planta
feminina produz. Suas flores são amarelas e frutos vinho-escuros que são
apreciados pelos pássaros. As folhas são compostas pinadas de um verde
escuro brilhante e seu tamanho fica em torno de um metro a um metro e meio
de comprimento e os segmentos por volta de 20 centímetros em plano único.
106
Figura 39 - Palmeira Fênix
Fonte: www.jardineiro.net
Para fachada sugerimos uma roseira onze-horas (figura 40), pois é uma
das raras plantas suculentas que tem ciclo de vida anual. É também umas das
floríferas anuais mais apreciadas no mundo todo, pelo seu fácil cultivo e
abundante floração. Seus ramos são prostrados, macios, ramificados e
suculentos, muitas vezes avermelhados. As folhas são engrossadas, cilíndricas,
verdes, suculentas e dispostas alternadamente.
As flores terminais são muito grandes e vistosas, podem ser simples ou
dobradas e de diversas cores e mesclas, como o róseo, o branco, o laranja, o
amarelo, o vermelho, a púrpura, etc. Elas se abrem pela manhã e se fecham à
tarde, mas apenas em dias ensolarados. A floração ocorre nos meses mais
quentes.
Esta pequena herbácea, de 20 cm de altura, é muito versátil tendo uma
ampla aplicação paisagística. Ela é adequada a formação de maciços,
bordaduras e grupos irregulares, assim como adapta-se muito bem ao plantio
em vasos, jardineiras e cestas suspensas. É perfeita para acrescentar cor a
jardins de pedras, e pode ser planta em espaços bem pequenos como entre as
pedras do caminho ou em estreitos nichos em um muro rochoso. Pode também
107
servir como forração, revestindo taludes, mas não suporta o pisoteio. Atrai
abelhas.
Devem ser cultivadas sob sol pleno, em solo fértil, bem drenável e
enriquecido com matéria orgânica, com regas periódicas. Tolerante a seca e a
baixa fertilidade do solo, mas floresce melhor quando fertilizada. Durante as
regas, deve-se evitar molhar os botões e as flores, que se danificam com
facilidade. Multiplica-se por sementes postas a germinar na primavera, como
mostra figura 40.
Figura 40 - Roseira onze horas
Fonte: www.ehow.com.br
No estacionamento, sugerimos o nim, por ser uma árvore que se adequa
a nossa região, sua copa é grande e faz bastante sobra para os carros e motos.
Azadirachta indica (figura 41), mais conhecida como neem (ou nim), é
uma árvore do sudeste da Ásia e do subcontinente indiano. É uma árvore de
clima tropical, que pode ser cultivada em regiões quentes e solos bem drenados;
ela é resistente à seca, tem crescimento rápido, copa densa e pode alcançar até
20m de altura. O neem tem capacidade para suportar condições extremas de
calor e poluição da água, melhora a fertilidade do solo e reabilita terras
degradadas. Além disso, essa árvore desempenha um papel importante no
108
controle da erosão do solo, na salinização e prevenção contra os efeitos de
inundações.
Figura 41 - Árvore Nim
Fonte: nimdaindia.zip.net
Complementado o jardim da edificação sugerimos a grama esmeralda
(figura 42), pois ela possui folhas estreitas e médias, cor verde-esmeralda e
estolões penetrantes, que enraízam facilmente, suas principais vantagens são:
Forma um perfeito tapete de grama pelo entrelaçamento dos estolões
com as folhas. Grande beleza;
Folhas macias e resistentes ao pisoteio.
Principais indicações: Grama Esmeralda é ideal para jardins residenciais,
áreas industrias, casa de praia e campo, playground e campos esportivos em
geral, sempre a pleno sol.
Com origem japonesa, foi no Brasil que a grama esmeralda ganhou
grande destaque e se tornou a variedade de maior sucesso em vendas. Por ser
uma variedade de fácil manutenção ela se tornou a grama mais produzida e
vendida por aqui, com grande beleza e ótimo custo benefício a grama esmeralda
pode se dizer que se tornou a "escolhida" pelo povo brasileiro.
109
Figura 42 - Grama esmeralda
Fonte: http://www.gramasparaiso.net
5.15 RESERVATÓRIO DE ÁGUA
O reservatório de água foi dimensionado para atender o fluxo de
pessoas em um dia de bastante movimento. Foi feito uma estimativa do seguinte
número de pessoas e de quantidade de água que gastam durante o dia.
Número de funcionários diários = 100 funcionários, gastando em
média 50 litros por dia.
100x50 = 5.000 litros
Número de passageiros e visitantes = 2.500, cada um gastando em
média 5lts por dia.
2.500x5 = 5.000 litros
O número de refeições diárias que o restaurante oferecerá é de 500,
e é estimado que gaste 15lts de água para cada refeição.
500x15 = 7.500 litros
Para as lanchonetes estimasse que serão servidos 600 lanches
diários, que para cada lanche gaste 2 lts de água.
600x2 = 1.200 litros
Para manutenção dos jardins aumentaremos sua capacidade em 20%
110
De acordo com o código de segurança e prevenção contra incêndio e
pânico do estado do Rio Grande do Norte, as edificações com área construída
superior a 750m2 necessitam de instalações contra incêndio com 4 hidrantes.
Para cálculo é considerado como se 2 hidrantes funcionassem simultaneamente
durante 30 minutos, cada um com vazão de 180l/min. todo esse volume de água
calculado, que é de 10.800 litros terá que ficarem no reservatório superior.
180x2x30 = 10.800 litros (10,8m3)
Somando-se a quantidade de água diária estimada gasta pelos
funcionários (5.000litros), pelos passageiros e visitantes (5.000 litros), no
restaurante (7.500 litros), e nas lanchonetes (1.200 litros), temos um total de
18.700 litros (18,7m3).
Será considerada uma reserva de 3 dias, assim tem-se 56,1m3 como
volume total. Porém deste valor só é necessário que a metade dos 18.7m3 ou
seja 9,35m3 fique no reservatório superior. Assim no mínimo o reservatório
superior terá 9,35m3 mais 18,7m3 (reserva de incêndio), com um total de 28,05m3
mais 10% destinados para manutenção do jardim, então a capacidade final do
reservatório superior é de 30,85m3, o restante (25,24m3) ficará no reservatório
inferior.
111
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é o desfecho de 5 (Cinco)
anos de dedicação e empenho ao curso de Arquitetura e Urbanismo, onde
abordamos de forma teórica e arquitetônica um terminal Rodoviário para
Mossoró, visando a rápida expansão da cidade. O terminal hoje existente serve
somente de suporte para embarque e desembarque de passageiros. O principal
objetivo foi projetar um terminal Rodoviário para cidade de Mossoró onde
pudesse receber passageiros e turistas de vários regiões do mundo (tanto com
embarque e desembarque, com conforto aos usuários. A metodologia que
utilizamos se desenvolveu a partir de um estudo feito ao novo terreno, do
programa de necessidade, entrevistas com os usuários, das legislações
pertinentes e dos aspectos conceituais e projectuais, chegando assim a um
resultado esperado.
Assim o resultado final do anteprojeto reflete muito bem todo processo
conceptivo, dentro de um exercício acadêmico de graduação, onde tem-se a
oportunidade de exercitar todos os conhecimentos adquiridos durante o curso.
112
REFERÊNCIAS
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Terminal Rodoviário para o município de Nova Cruz- RN.
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<www.antt.gov.br>. Acesso em: 22 maio 2015.
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Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência, espaço mobiliário e
equipamentos urbanos. 2ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2015
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arquitetos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2009.
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ECYCLE. Disponível em: <www.ecycle.com.br/.../1955-neem-nim-arvore-india-
indiano-beneficios-...>. Acesso em: 10 out. 2015.
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FORTALEZA NOBRE (Fortaleza/ce) (Ed.). Terminal Rodoviário Engenheiro
João Tomé. Disponível em:
<http://www.fortalezanobre.com.br/2012/05/rodoviaria-engenheiro-joao-
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113
GARCIA, Jorge Raul. Construir como Projeto: Uma Introdução à materialidade
Arquitetônica. Porto Alegre: Masquatro Editora Ltda e Nobuko S.a, 2013.
GARE INTERMODAL DE LISBOA (Org.). Gare Internodal de Lisboa.
Disponível em: <GARE INTERNACIONAL DE LISBOA (Portugal) (Org.). Gare
Internacional de Lisboa. Disponível em:>. Acesso em: 13 jun. 2015.
HOLANDA, Armando. Roteiro para Construir no Nordeste. Recife: UFPE, 1996.
MOBILIZE: Mobilidade Urbana sustentável. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/sobre-o-portal/mobilidade-urbana-sustentavel/>.
Acesso em: 11 out. 2015.
MOSSRÓ/RN. PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ. (Org.). História de
Mossoró. Disponível em: <http://www.prefeiturademossoro.com.br>. Acesso
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de Janeiro: Editora Olympio, 1979.
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<http://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/sergio-roberto-parada-arquitetos-
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PREFEITURA MUNICIAPL DE MOSSORÓ. Plano Diretor do Município de
Mossoró. Lei complementar nº 012/2006. Mossoró,RN: Prefeitura Municipal de
Mossoró,2006.
114
PREFEITURA MUNICIAPL DE MOSSORPO. Código e Obras, Posturas e
Edificações do Municipio de Mossoró. Lei Complementar n° 47, de 16 de
Dezembro de 2010. Mossoró, RN: Prefeitura Municipal de Mossoró, 2010.
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Universidade/ufrgs, 1998. (Rev. Amp.).
SOCICAM (Org.). SOSICAM. Disponível em: <www.socicam.com.br>. Acesso
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<www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle>. Acesso em: 24 abr. 2015.
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escola carioca, levantamento e notas. 2002. 313 fl. Dissertação (Mestrado).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
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APÊNDICE
Perpestiva volumétrica do novo Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró
Fonte: Acervo do autor
Perpestiva volumétrica do novo Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró
Fonte: Acervo do autor
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Perpestiva volumétrica do novo Terminal Rodoviário para cidade de Mossoró
Fonte: Acervo do autor