Revista DiverCidades Verão e Fim de Ano 2014

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Nessa edição tem matéria sobre a situação ambiental da Lagoa de Imboassica, negócios de família, a nova onda do stand up paddle, mini wedding, macaenses que ganharam o mundo, decoração de casa de praia e muito mais. Macaé, com conteúdo de qualidade, se encontra nessas páginas.

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Palavra do Editor .................. 06

Entrelinhas Literárias .......... 10De tudo um pouco ................ 14 Pessoas & Negócios Anderson Siqueira ...................... 16

Kebab Store ................................ 18ATK Engenharia ........................... 20100% Vídeo ................................. 22Tchunga Marepunga ..................... 24Clinn’ Mama ............................... 26Sanduicheria Bem Natural ........... 28MAIS Adm. de Condomínios ..... 30

Top Dental ................................... 32Mom’s Macaé .............................. 34Tokyo Restaurante ....................... 36

Especial VerãoDecoração de casa de praia ........ 38Stand Up Paddle .......................... 42Look de verão para o trabalho .... 48A CidadeLagoa de Imboassica .................. 54Mini wedding ............................. 64Negócios de família .................... 70Macaenses pelo mundo .............. 76 PerfilArgentino e o Citröen 1951 ......... 82

PessoasTribo dos Malês ............................ 86

Receitas de FamíliaO bolo da família Lobo ............. 88

Leitor em Foco Joelma Celestrini ........................ 90

ÍNDICE 42

Expediente:A Revista DIVERCIDADES é uma publicação da Formato Publicidade com tira-gem de 7.000 exemplares, distribuição gratuita e dirigida aos consultórios mé-dicos, aos salões de beleza, às clínicas de estética e aos restaurantes de Macaé.

End: Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 270 - Sala 2 - Glória - Macaé/RJCEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000Direção geral e diagramação: Gianini CoelhoJornalista responsável: Leila Pinho - Reg. prof.: MTB/MG 14.017 JP

Colaboradores desta edição:Fernanda Pinheiro, Juliana Carvalho, Luciene Rangel e Raphael BózeoFotografia: Alle TavaresFoto da capa: Gianini Coelho

Publicidade:Gianini CoelhoTel.: (22) 3717-1000 - Cel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.comE-mail: [email protected] - facebook.com/grupodivercidadesObs: os artigos assinados publicados na revista são de responsabilidadedos seus autores.

STANDUP PADDLE

64 MINIWEDDING

70NEGÓCIOSDE FAMÍLIA

A equipe da DiverCidades, responsável por esta edição. Da esquerda para a direita:Alle Tavares, Leila Pinho, Gianini Coelho, Luciene Rangel,Juliana Carvalho, Fernanda Pinheiro e Raphael Bózeo

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estão conquistando as famílias e visitan-tes para ver o pôr do sol nas suas águas.

Diante do fato e da nova proposta editorial da revista com relação à cida-de, fomos a campo e fizemos nosso de-ver de casa. Ouvimos um pesquisador do Nupem, o Secretário do Ambiente, o Diretor Presidente da Esane, empre-sários e moradores para saber qual é a real situação das águas da Lagoa de Im-boassica. O resultado vocês conferem na matéria especial que estampa a capa da nossa edição de Verão e de Fim de Ano. Espero que gostem!

Para fechar o ano com chave de ouro, gostaria de fazer uma agrade-cimento especial a todos os leitores que participaram da nossa pesquisa de satisfação, em especial ao leitor Le-andro Abreu, que ganhou um final de semana no Ecoresort Serra Imperial, em São Pedro da Serra. Foi um passo muito importante para a revista, pois conseguimos traduzir em números, a real visão do leitor sobre o nosso produto. Também identificamos pon-tos que serão importantes na nova proposta editorial que começou a ser implantada ao longo deste ano e que será finalizada no ano que vem.

No mais, gostaria de desejar um Fe-liz Natal, com muita paz, saúde e amor para as famílias macaenses. Que a pros-peridade possa fazer parte das nossas vidas no ano de 2015.

Boa leitura!

Gianini CoelhoEditor-chefe

Basta somente um olhar para se apaixonar. Qualquer um que chegue no final de tarde nos quiosques da Lagoa, acaba se

encantando com o espetáculo do pôr do sol num dos mais belos cartões- -postais da nossa querida Macaé.

Foram décadas de descaso e emis-sões de esgoto neste importante ecossistema da nossa região. Mesmo assim, bastou a Estação de Tratamen-to de Esgoto do Mutum entrar em funcionamento, em 2013, começando

a tratar o esgoto dos bairros do seu entorno, para que a natureza come-çasse a reagir e dar sinais de melhoria na qualidade das suas águas.

É fato que a população aumentou o uso social da Lagoa, principalmente durante os fins de semana. Não se sabe se uma coisa foi consequência da ou-tra, mas todos estão usufruindo do seu potencial de lazer e recreação, com a prática de esportes como Stand Up Paddle, canoagem, kite surf e outros. Além dos charmosos pedalinhos, que

“A revista já me fez conhecer serviços que eu tinha interesse, mas tinha dúvida se valeria a pena. É uma revista muitíssimo interessante. Nem sabia que eram apenas quatro edições!

Poderiam até aumentar. Enfim, obrigada por disponibilizar o conteúdo que eu gosto muito e fazer pessoas como eu, que não são de Macaé conhecer um pouquinho mais dessa cidade!” - Raquel da Silva de Oliveira

ESPAÇO DO LEITOR

PALAVRA DO EDITOR

UMA LUZ DE VIDA NALAGOA DE IMBOASSICA

“A revista é ótima, assim como sua página na internet. Trazem conhecimento e informa-

ção de qualidade da nossa cidade e região, va-lorizando seus profissionais e a cidade em geral. ” - Maíra Prado

Envie seu comentário para:[email protected] facebook.com/grupodivercidades

Os pedalinhos dão um charme a mais nos dourados fins de tarde da Lagoa de Imboassica

Gia

nini

Coe

lho

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Outra amiga, Raquel, comentou que tinha sido reprovada na faculdade e queria ficar só com seus pensamen-tos. Pegou o livro, leu algumas poesias e chorou, chorou muito! “Era tudo que eu estava precisando”, desabafou. Agora, o livro fica guardado sob o seu travesseiro.

Um taxista que levou-me até o cen-tro da cidade, adquiriu um exemplar e, tempos depois, encontrou-me dizendo que o livro estava sendo para ele um aprendizado!

Pensei, agradecendo a Deus: “O propósito está sendo alcançado”, que é elevar a autoestima de todo ser humano.

Prezados amigos e nobres leitores, deixo para vocês uma das minhas poe-sias e desejo-lhes um Feliz Natal e um ano de 2015 repleto de saúde, paz e prosperidade.

FAÇA O BEM E NÃO OLHE A QUEM (Fatos baseados na vida real)

Conta-se, que um homemMuito humilde, batalhador,guerreiro, sensato e trabalhador! Ganhava a vida como catadorde papelão. Ia ele todos os diaspara a lida, ganhando a vidaCom a sua carroça! Avistou uma gráficaE entrou para pedirO seu ganha-pãoUm pouco de papelão! O dono, colocou-o para foraDizendo que nada tinhaPara lhe darQue ele fosse embora. Pouco depois, o rapazOuviu alguns gemidosQue vinham lá de dentroDo comércio,Do interior da loja. Voltou-se, e notou queO homem não estava bemPorém, como socorrê-lo? Já era fim de tardeO comércio fechandoEle ficou procurandoE não encontrouQuem o ajudasse! O que fez?Usou a sua carroça

Paz para o seu dia a dia

Como conduçãoPara atenderÀquele homem!E levá-lo ao médico.

O empresário se restabeleceuVoltou ao trabalhoE, tempos depois,Encontrou aquele humilderapaz! Que abaixo de DeusSalvou-lhe a vida!

Olá, amigo!! Venha comigoQuero lhe presentearCom um carro novo,Uma geladeira,Ou um televisorEscolha o que quiser!Pois tinha várias lojas Porém,O rapaz nada aceitouFalou: “Muito obrigado!”E o homemFicou sem entenderSem saber o que fazer! Como não aceita?Me salvou a vidaQuero lhe gratificarE te parabenizarPelo seu gesto O rapaz respondeu:Quero mais papelão!Pois vou venderE assim poder pagarA minha Faculdade!Que é a razãoDa minha felicidade! O homem admirado,Deu-lhe todo o papelãoQue tinha,Literalmente entusiasmadoPelo cidadão esforçadoQue viu! Anos mais tardeFoi convidado para a formaturaDaquele jovem!Modesto, simplesQue lhe deu a mãoDe todo o coração! Por esse motivo,Amados amigos, caros leitoresDevemos fazer o BEMSem olhar a QUEM!

Maria Madalena Oliveira é carioca, mas macaense de coração, mãe de família e adora escrever nos seus momentos de lazer.

Sinto-me Cidadã Macaense. Es-tou radicada em Macaé desde dezembro de 1982. Sempre gostei muito de escrever, po-

rém os compromissos roubavam-me o tempo.

Sendo mãe e pai do meu filho e filha (gêmeos) e mãe da minha mãe, os dias sempre foram muito corri-dos. As lutas.... só Deus sabe! Mas considero-me mais que vencedora, pela minha fé e amor ao próximo!

Tenho espírito de ajudar sempre a quem necessita, estendo a minha mão amiga para quem precisar de colaboração, pois tenho também uma mão generosa sempre me aju-dando, graças a Deus!

Lancei em junho deste ano, o meu 1º livro, na livraria Bookafé, o qual intitula-se “O Cotidiano inspira-do pela Fé” – Volume l; em breve, lançarei o Volume ll. Este é o primei-ro de uma série de muitos outros!

Encontrarás neste livro dicas para um bom estilo de vida.

Encontrei com uma amiga, Edile-ne, e fomos tomar um café. Contou--me que estava passando por um momento delicado em sua vida e en-tão, pegou o livro, desfolhou, lendo algumas poesias, e sentiu sua alma renovada e uma grande paz interior.

Madalena com o seu primeiro livro “O Cotidiano inspirado pela fé”

ENTRELINHAS LITERÁRIAS

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Inaugurado em setem-bro, o Boteco do Bigo-de traz um pouco do clima boêmio da Lapa

carioca para os Cavaleiros, em Macaé.

O bar segue o estilo de boteco no cardápio e na decoração. O destaque do menu fica por conta da Picanha do Bigode, com molho especial de quei-jo gorgonzola criado pela cozinheira da casa. Como em boteco não pode faltar cerveja gelada, nesse lugar há cerca de 30 rótulos. O Boteco do Bigode funciona de terça-feira a sexta, das 17h às 2h e aos sábados, das 12h às 2h.

BOTECO DOBIGODE

DE TUDO UM POUCO

O clima boêmio e o cardápio botequeiro tem movimentado as noites do bar

CAFFÉRETRÔ

O Caffé Retrô é um lu-gar que faz as pessoas se sentirem em outra época. A loja, inaugu-

rada em julho, fica na Avenida Rui Barbosa, 1345, é cheia de referên-cias das décadas de 1950 e 1960, com decoração inspirada nos ca-fés americanos e londrinos. Cha-ma muita atenção a rara torrada de Petrópolis, um pão servido com duas grossas fatias similar ao pão de forma, mas com sabor e textura bem diferentes.

Chocolates e balas Woonka também fazem a alegria dos fre-gueses. Isso sem falar que muitos itens de decoração expostos estão à venda como almofadas, louças e bolsas femininas, tudo no estilo retrô. O Caffé Retrô funciona de segunda a quinta-feira das 8h às

Nessa nova seção, a revista DiverCidades mostra programas interessantes para se fazer em Macaé, com passeios diferentes e dicas de como apro-veitar o que a cidade tem de bom. Nessa página

cabe isso e de tudo um pouco.

21h e, de sexta-feira a sábado das 8h às 22h. Em feriados, desde que não seja no domingo, a casa fica aberta das 8h às 21h.

Do chão ao teto, tudo no Caffé Retrô remete às décadas de 1950 e 1960

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através de próteses, coroas, restau-rações e aparelhos ortodônticos.

Anderson disponibiliza também todas as ferramentas necessárias para se fazer um melhor diagnós-tico para atender seus pacientes, promovendo o cuidado da saúde por completo.

Um problema odontológico pode ser o motivo daquela sua dor de cabeça

Qual a diferença entre bruxismo e briquismo? Bruxismo é o hábito noturno de apertar os dentes e ran-gê-los, enquanto o briquismo ocor-re durante o dia.

Anderson comenta que, para estes casos, o tratamento mais in-dicado costuma ser a utilização de placas de mordida, porém é um procedimento paliativo e para casos mais simples. “Para casos mais com-plexos, recomendo aparelhos reabi-litadores que, além de proteger os dentes, têm também a função de restabelecer o equilíbrio da masti-gação e da oclusão”, afirma.

Pode ocorrer, ainda, a necessida-de de uma reabilitação da oclusão do sistema mastigatório com o ob-jetivo do reequilíbrio da mastigação,

Dor de cabeça, enxaque-ca e dor no pescoço que parecem sem solução po-dem ser resolvidas após

um tratamento odontológico. Dores como essas podem ser causadas pelo estresse muscular ou mesmo emocio-nal, provocando até o funcionamento inadequado do sistema mastigatório.

Para solução, o cirurgião dentis-ta Anderson Siqueira defende que o problema pode ser resolvido, muitas vezes de forma simples, dependendo de um bom diagnóstico. Ele comen-ta que, em Macaé e região, surgem muitos pacientes com bruximo e/ou briquismo causados pelo estresse e ansiedade do mercado do petróleo. “Além das dores, na maioria dos ca-sos, ocorre também o desgaste den-tário”, comenta.

Por: Marianna Faria • Fotos: Divulgação

ANDERSONSIQUEIRA

PESSOAS & NEGÓCIOS

MacaéAv. Atlântica, 1980 - CavaleirosTel.: (22) 2772-0381

CamposRua 21 de Abril, 81 - CentroTel.: (22) 2723-4879www.smilex.com.br

Anderson realiza o diagnóstico e tratamento de problemas como bruxismo

O mau funcionamento do sistema mastigatório pode provocar dor de cabeça

Problemas como bruxismo e briquismo podem ser tratados

CRO/RJ: 30183

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Culinária árabe comjeito brasileiro de ser

bem escura, com o incrível aroma dos lúpulos ame-ricanos; a Roter Viena Marzen, da cervejaria Roter; uma german pilsener, da cervejaria Suméria; a Impe-rial Stout, da Schornstein e uma IPA, da Schornstein, premiada com medalha de ouro no Festival Brasilei-ro de Cerveja. “Dou preferência a rótulos brasileiros aqui no Kebab Store, acho uma forma de apresentar as várias cervejas artesanais de qualidade que nosso país oferece”, complementa Diego.

O restaurante conta também com um Clube da Cerveja, onde os cerca de 28 associados pagam uma mensalidade e têm direito a degustar duas cervejas exclusivas por mês. além de um desconto de 20% em toda a Carta de Cervejas Especiais. “Temos até 50 vagas no Clube, porque optamos por conhecer nossos associados e suas preferências. Eles apare-cem na hora que querem e conversamos sobre a cerveja do mês, características, sensações... É bem legal”, fala o empresário.

Raimundo da Silva Neto conheceu o Kebab por meio de um casal de amigos. Desde então, o analista de sistemas, de 48 anos, não abre mão do Mix Ke-bab Store e do Kebab de mignon ao alho. “É difícil definir o que eu mais gosto no Kebab. Tudo é muito bem feito, muito bem elaborado e pesquisado antes de ir para o cardápio. Sempre que vou, peço algo que ainda não experimentei e me surpreendo positi-vamente”, comenta.

Para quem ficou com água na boca, o Kebab Sto-re fica na orla dos Cavaleiros, 1788. Seu horário de funcionamento é de segunda-feira a sábado, a partir das 18 horas.

Quando o publicitário Diego Dias e sua mãe, Miriam Barbosa, resol-veram empreender em seu próprio negócio na cidade de Macaé, a primeira ideia foi investir em uma franquia de comida árabe já exis-

tente, mas acabaram decidindo por uma marca própria. “Conversamos internamente e resolvemos apostar em nós mesmos, foi daí que nasceu o Kebab Store”, recorda-se Diego.

Em 2012, ao abrirem suas portas ao público, a Chef Miriam montou um cardápio enxuto. Eram apenas nove tipos de Kebab, além de mais algumas porções, como kibe, falafel e sua famosa carne de cordeiro. “Minha experiên-cia com cozinha árabe foi adquirida meses antes de abrirmos. O nosso Kebab é especial, pois, além de produzirmos todos os molhos e pão que servimos, também quase não usamos gordura no preparo. Nosso pão folha é assado na hora e enrolado com o recheio totalmente criado por nós”, explica.

Hoje, entre as opções oferecidas em seu cardápio bem versátil estão a salada fatuche com hortelã, rabanete, pepino, limão e azeite de oliva; o caldo de frango com grão de bico ou de lentilha e o conhecido tabule. Para quem quer experimentar de tudo um pouco, opte pelo mix de pas-tas ou pelo mix Kebab, com seis mini kibes, três falafels e três kaftas acom-panhados por cheddar, catupiry, homus tahine e limão. Entre os Kebabs, merecem destaque o de filé mignon ao alho, o de cordeiro especial e um dos vegetarianos, de abobrinha ao pesto. “Nossa proposta não é a de um restaurante tradicional, com pratos substanciosos e com quantidade. Tam-bém misturamos um pouco da cozinha brasileira com a árabe e criamos pratos diferenciados, para atender a todo tipo de público”, fala Miriam.

Com o sucesso de seus dois anos de funcionamento, a dupla investiu em uma ampliação da casa, que mescla bom gosto e conforto para seus comensais. Em uma de suas paredes encontra-se a história do surgimento do carro-chefe da casa. “O Kebab era uma comida típica dos soldados. De-pois de uma batalha, eles saiam para caçar e faziam a caça em sua própria espada. Enrolavam a carne no pão pita e comiam”, completa.

CERVEJAS ESPECIAIS E CLUBE DA CERVEJA

Para quem quiser degustar seu kebab com alguma cerveja artesanal, a casa oferece cerca de 50 opções, quase todas brasileiras, entre elas, a Três Lobos, da cervejaria Backer; a Wensky Lobisomem, uma stout de cor

Por: Fernanda PinheiroFotos: Alle Tavares

KEBAB STOREOs empresários Miriam e Diego, mãe e filho, comemoram o sucesso dos dois anos do restaurante

Raimundo se sente em casa no Kebab, pelo acolhimento e atendimento

O restaurante passou por uma reforma este ano e dobrou seu espaço

PESSOAS & NEGÓCIOS

Av. Atlântica, nº 1788 Loja 08Macaé Palace - Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2765-7316 / 98857-8431facebook.com/kebabstore

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Construtora familiar faz 4 anos em Macaé

Com uma experiência de cerca de 30 anos no ramo de construção civil, o se-nhor João Batista Pinto Coelho, de 83 anos, é

responsável pela projeção e edifica-ção de mais de 24 prédios somente na cidade de Cabo Frio (RJ). Ele e seus três filhos estão à frente da ATK Construções e Serviços, uma constru-tora especializada na criação, desde a aquisição de terreno ao prédio fina-lizado, de edifícios residenciais. Com sua matriz em Cabo Frio e uma filial em Macaé, a ATK está prestes a entre-gar seu primeiro residencial na cida-de, mais especificamente no bairro da Imbetiba. A empresa familiar está em Macaé há cerca de 4 anos e, em sua carteira de projetos, conta com 10 construções somente aqui na cidade.

À frente da parte financeira da ATK está a filha caçula, Sabine Maria. O filho Luiz Felipe, do setor técnico, cria cronogramas de obras, faz orça-mentos e administra documentações. Já Augusto César, fica responsável por executar as obras e tirar os proje-tos do papel. “O senso comum acha que misturar trabalho com família não dá certo, mas entre nós isso não é verdade. Nossa família é uma excelen-te equipe de trabalho, meu pai faz as projeções, viabilidade econômica do negócio. Eu começo com o licencia-mento e levantamento de outras do-cumentações. Daí o projeto é lançado no mercado”, explica Felipe. Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

O Residencial Ferraz, na Imbetiba, foi o primeiro prédio a ser construído pela ATK em Macaé e está recebendo os acabamentos finais para ser entregue

O condomínio Helena Park, em Cabo Frio, onde nasceu a contrutora, há 30 anos

ATKConstruçõese Serviços Ltda.

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Seu pai o convenceu a voltar ao Brasil para ajudá--lo. “Voltei com meus filhos e viemos direto para Macaé”, comenta Augusto.

A empresa trabalha com a garantia de entregar o apartamento acabado de 20% a 30% abaixo do preço de mercado. Mensalmente, a ATK envia aos seus clientes um acompanhamento financeiro da construção. No site, o cliente pode acompanhar, diariamente, o passo a passo da obra. “O perfil de nossos clientes é classe A, por conta disso, nos preocupamos com os detalhes, criamos projetos de suítes amplas, em áreas valorizadas da cidade. O material é de primeira qualidade e, além disso, procuramos valorizar o comércio local, compran-do tudo para a obra em Macaé. Isso nos dá agili-dade de entrega, além de valorizar o mercado da cidade”, relata Luiz Felipe.

Para garantir o cumprimento do cronograma das obras, a ATK conta com uma equipe de obra de cerca de 120 funcionários, entre pedreiros, ar-madores e carpinteiros. O prazo de entrega dos prédios é, em média, de 36 meses.

“Já morei em Rondônia, fui madeireiro no Pará, fui pescador em Cabo Frio e restaurador na Es-panha. Hoje, adoro morar aqui, em Macaé. Criei, junto com minha família, relacionamentos sociais importantes, aqueles que te fazem dar valor ao lo-cal onde mora e trabalha”, finaliza Augusto.

Já em fase de construção, cinco prédios residenciais estão sendo erguidos pela ATK de Macaé. Todos bem espaçosos, com três suítes e em bairros nobres da cidade. Dois deles se-rão entregues ainda este ano.

“O Residencial Ferraz tem 130m², fica na Imbetiba e os moradores já poderão mudar-se no final de novembro. Em de-zembro, será entregue o Residencial Edgar Degas, localizado na Praia do Pecado. Ainda temos o residencial Claude Monet, nos Cavaleiros, que será entregue em abril de 2015. O Camille Pissarro, no bairro Vivendas da Lagoa, ficará pronto em julho de 2016 e o Georges Seurat, na Imbetiba, que será entregue em agosto de 2017”, comenta Augusto.

A filial macaense da construtora foi criada em 2011, quando o patriarca da família resolveu investir na cidade. Nesta época, o filho Augusto morava no norte da Espanha, ramo de restau-rações e reabilitações de palácios, castelos e igrejas antigas.

Ilustração em 3D do Residencial Claude Monet, nos Cavaleiros. 100m² com três suites e 2 vagas na garagem

Os irmãos Augusto César e Luiz Felipe Pinto Coelho estão à frente dos negócios da ATK em Macaé e já contam com 10 projetos em construção na cidade

O Residencial Edgard Degas, na Morada das Garças está entrando na fase de acabamento e tem previsão de entrega para o fim deste ano

MacaéRua Dr. Luís Belegard, 407 - Sala 601Imbetiba - Tel.: (22) [email protected] FrioRua Raul Veiga, 153 - Salas 303/304 Centro - Tel.: (22) 2645-4385www.atkconstrucoes.com.br

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A locadora mais completa deMacaé comemora o sucesso dos seis anos de existência e seprepara para se transformarem 100% Store

mes. “Na 100% Vídeo, o cliente não sai sem alugar filme. Temos quantidade, qualidade e atendimento personalizado para quem gosta de boas indicações”, garante Ciro. Outro diferencial é o preço. Num pro-grama de cinema, com duas pessoas, o gasto fica em torno de R$40 ou R$50 no caso de sessões 3D. Um filme de alta definição, em 3D, na 100% Vídeo pode ser alugado por apenas R$8,90 para toda a família. Clientes ouro pagam ainda menos, R$7,56. Enfim, uma infinidade de opções que irão garantir um bom momento de lazer, incluindo brinquedos para a garo-tada. E se, além de alugar, você quiser levar de vez o filme para casa? Não tem problema. Na 100% Vídeo você também encontra títulos seminovos à venda.

A comodidade que a loja oferece é tão grande que o cliente ainda pode reservar o filme por telefo-ne. “Basta ligar e reservar, o que vale inclusive para os lançamentos mais procurados”, informa Ciro, acres-centando que a loja comercializa ainda o pacote ‘Ví-deo Cheque Ouro’, com crédito de locação que dá 15% de desconto e estende o prazo de entrega. “Sem dúvida, disponibilizamos um serviço diferenciado em um ambiente diferenciado, visando o bem-estar e o máximo conforto do cliente”, revela.

E os apaixonados pelo cinema podem comemorar. O conceito da rede 100% Vídeo está se transformando e a previsão é de que, no ano que vem, os macaenses já possam contar com a experiência da 100% Store, que trará a ampliação da gama de produtos vendidos, incluindo mais games, livros e itens relacionados ao ci-nema, como pôsteres e objetos de decoração.

Quem já não se rendeu ao encanto de um bom filme para relaxar que atire a primeira pedra. Seja para rir, chorar, se assustar ou se surpreender, a sétima arte continua mantendo vivas emo-ções que afloram diante da telinha, em meio a enredos, trilhas

e belas interpretações. Fato é que as locadoras, apesar do impacto sofrido no mercado pela popularização da internet, continuam se fazendo presen-tes na vida de quem aprecia o sossego de um sofá e uma pipoca. Prova disso são os resultados que a 100% Vídeo tem a comemorar. Inaugurada em 2008, a loja conta com 30 mil clientes cadastrados e é sinônimo de sucesso até mesmo entre as outras lojas da rede Brasil afora.

A ideia de trazer a franquia para Macaé surgiu da necessidade de entre-tenimento identificada por Ciro Ken Jouti. “Morei um tempo em Macaé e depois fui estudar fora. Entre as idas e vindas, percebi que quando estava aqui tinha muita dificuldade em ter algo para fazer. Até para alugar um filme era difícil, as locadoras fechavam cedo, não funcionavam aos do-mingos e o número de títulos era reduzido”, afirma o empresário. Mas a chegada da 100% Vídeo trouxe uma mudança de paradigma na cidade e mostrou a existência da demanda reprimida que fez da franquia de Macaé um exemplo de êxito.

As razões para o sucesso são inúmeras. A locadora funciona 365 dias por ano, incluindo Natal e Ano Novo. O horário é flexível, das 10h às 23h. O acervo conta com cerca de 5 mil mídias, entre DVD, Blu-ray e Blu-ray 3D. Além dos gêneros mais conhecidos como romance, suspense e comédia, na 100% Vídeo os clientes ainda encontram documentários e seriados. E para os apaixonados por games, a loja também oferece aluguel de jogos dos Playstation 3 e 4.

Como grande diferencial de mercado, pode-se destacar também o aten-dimento personalizado por funcionários com grande conhecimento de fil-

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Alle Tavares

100% VÍDEO O empresário Ciro Ken Jouti fez da 100% Vídeo Macaé um case de sucesso da rede

A conveniência da loja tem tudo para uma sessão de cinema em casa

A locadora conta com acervo privilegiado: mais de 5 mil mídias

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Avenida Nª Sª da Glória, 2.179Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2772-2852facebook.com/100%videomacaeemail: [email protected]

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Avenida Nª Sª da Glória, 2.179Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2772-2852facebook.com/100%videomacaeemail: [email protected]

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Roupas lúdicas que dão asas à imaginação da criança e são, por si sós, uma incrível brincadeira. A marca Tchunga Marepunga, que vende roupas que são brinquedos, chegou a Macaé em outubro para encantar os pequenos e suas mães.

As peças infantis trazem o conceito de que a roupa da criança, inde-

pendente da ocasião, é uma espécie de brinquedo capaz de fazê-la viajar no universo da diversão, onde ela pode ser super-herói ou princesa. A loja, que fica no Macaé Palace, nos Cavaleiros, é feita para o uso da garo-tada. O chão imita gramado, as mesinhas e cadeiras são pequenas e, no provador, o espelho é para criança. Macaé é a primeira cidade do Brasil a receber uma loja da franquia Tchunga Marepunga. Em todos os outros lugares, a marca está presente em quiosques.

“A criança brinca, mas quem está ali é o Batmam, é a princesa. Ela

entra na brincadeira e tudo fica mais divertido”, fala Márcia Britto, uma das sócias da Tchunga Marepunga de Macaé. Junto com ela, Carmem Berti e Fernanda Peçanha, também sócias, administram a loja. “Não tem aquela coisa de querer a roupa para uma ocasião especial mais. É pra toda hora”, conta Fernanda. “Outra coisa legal é que vendemos peças separadas, assim a mãe pode fazer uma composição da forma que achar melhor”, diz Carmem.

As mercadorias da loja atendem crianças de 0 a 8 anos, meninos

e meninas. Um dos diferenciais da Tchunga Marepunga dá para perce-ber tocando os tecidos. Todas as peças são confeccionadas para dar conforto e praticidade para os pequenos. Assim, eles brincam sem sentir incômodo algum.

Nova loja de roupas infantis de Macaé surpreende a garotada com peças que são uma grande brincadeira Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Avenida Nossa Sª da Glória, 1.789 - Loja 21Macaé Palace - Cavaleiros - Macaé/RJTel: (22) 2773-5319/ 78345023 e 23*50229www.tchungamacae.comfacebook.com/tchungamacae

Além disso, há vasta linha de roupas lúdicas in-cluindo moletons, camisetas, bodies para bebês, looks de festa e moda praia com proteção UV. E a brincadeira não para por aí. Também tem acessó-rios como capas, máscaras, tranças, bolsas, arcos, coroas, laços, braceletes, cintos, etc.

A moda é estilizada e tem sempre algum tema

de personagem infantil. Nos cabides das meninas, têm várias peças inspiradas na Branca de Neve, Rapunzel, Ariel, Ana do desenho Frozen, Bela Adormecida, Minnie, Malévola, Peppa Pig, Fadas e Monster High. Já para os meninos, tem Homem Aranha, Capitão América, Batman, Robin, Super- -Homem, Woody, Buzz Lightyear, entre outros.

MODA PRAIA DIVERTIDA O lazer na água fica muito mais divertido com

a moda praia Tchunga Marepunga. Tem sunguinhas coloridas de super-herói, biquínis que lembram as cores da mulher maravilha e muitas opções. A toalha-capa é uma sensação. O modelo tem capuz e alças na parte da toalha que fica próxima do alcance das mãos. Quando a criança passa as mãos por dentro da alça, a toalha ganha um efeito de capa e vira a brincadeira perfeita para os pequenos incorporarem seus personagens prediletos.

TCHUNGAMAREPUNGA

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As crianças sentem na pele que as roupas da marca são muito confortáveis

As peças da moda praia são perfeitas para curtir o verão no melhor estilo super-herói ou princesa

As sócias Carmem, Fernanda e Márcia são as primeiras do Brasil a abrir uma loja da franquia Tchunga Marepunga e Macaé foi a cidade escolhida

Márcia N

eves

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Clínica da mastologista KarinaSchueler faz procedimento quepermite diagnosticar o câncer de mama antes de ser palpável

OUTRAS FUNÇÕES DO ULTRASSOM GUIADO

Além de fazer a biópsia, o aparelho tem outras aplicações. Mulheres com dor por causa dos cistos na mama podem se beneficiar com a punção. O equipamento atua retirando o lí-quido dentro dos cistos, o que contribui para o alívio da dor. Também auxilia pacientes que fa-rão cirurgia. O ultrassom guiado faz a marcação pré-operatória introduzindo um fio metálico no nódulo impalpável. Essa ação facilita o trabalho do cirurgião porque indica a localização exata a ser operada, tornando a cirurgia mais preci-sa. Além disso, o diagnóstico através da biópsia guiada permite ao médico um melhor planeja-mento para o tratamento do câncer.

ATENDIMENTO CLINN’ MAMA

A Clinn’ Mama realiza consultas para qual-quer tipo de enfermidades relacionadas à mama. A clínica faz atendimentos particulares e para pessoas conveniadas à Unimed, Petro-bras e Amil.

A detecção precoce do câncer de mama é importante alia-do da mulher. Um dos mé-todos que auxilia no diagnós-tico é a biópsia guiada por

ultrassonografia, que retira o material da mama onde há suspeita da doença para depois enviá-lo a análise.

Na Clinn’ Mama, da mastologista Karina Crespo Schueler de Macedo, o equipamento de biópsia guiada por ultrassom ajuda pacientes com casos suspeitos. O procedimento, minima-mente invasivo, leva apenas 30 minutos para ser feito. A mulher recebe anes-tesia local e o acessório chamado de “pistola” introduz uma agulha dentro da mama por onde é retirado o frag-mento. Com a amostra, é possível afir-mar se o nódulo é benigno ou maligno.

Um dos benefícios, em relação a outros métodos, é não precisar passar por cirurgia. Além de ser rapidamente liberada, a paciente pode retornar às suas atividades diárias, normalmente.

A própria Karina realiza o ultras-som e a biópsia guiada. Além de ser

Por: Leila PinhoFotos: Alle Tavares

médica especialista em mamas, possui experiência em imagem da mama. Ela tem especialização e experiência no segmento, além de ter o certificado de área de atuação em mamografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diag-nóstico por Imagem (CBR). “O procedi-mento faz a coleta do material da lesão suspeita, antes mesmo de ser palpável, contribuindo para a detecção precoce, que é de extrema importância já que as chances de cura são maiores no início da doença”, afirma Karina.

A aposentada Sônia Batista Mattoso, de 71 anos, fez a biópsia por ultrassom no ano passado. “Notei meu seio diferente, liguei para a Dra. Karina que identificou uma lesão e logo fez o exame. Este apa-relho foi de muita importância porque foi tudo rápido. Ela fez a biópsia e descobriu o câncer”, recorda Sônia.

Muito religiosa, a aposentada con-ta que confiou em Deus e levou tudo com serenidade. Depois de já ter pas-sado pelo tratamento, ela afirma estar bem. “Se tiver algo diferente, procure um médico. Não deixe pra depois. Se eu não tivesse ido logo a Dra. Karina, poderia até ter morrido”, alerta Sônia.

Uma das poucas mastologistas que atua em Macaé, Karina Schueler consulta qualquer tipo de enfermidade na mama

CLINN’ MAMA

Tropical PlazaAv. Rui Barbosa, 698Sala 703 - Centro - MacaéTel.: (22) 2772-5357

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Sônia Mattoso descobriu o câncer de mama por meio da biópsia guiada por ultrassom

A biópsia guiada por ultrassom permite diagnosticar nódulos suspeitos de câncer de mama

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Tropical PlazaAv. Rui Barbosa, 698Sala 703 - Centro - MacaéTel.: (22) 2772-5357

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Lanchonete nosCavaleiros oferececardápio variado de comidas saudáveis para o cliente fazer a combinação que quiser

Comida saudável, saborosa e com muitas opções para satisfazer a preferência de cada cliente é o que oferece a Sanduicheria Bem Natural, nos Cavaleiros. D e frente para o mar, localizada na Avenida Atlântica esquina com a Rua Joaquim

da Silva Murteira, a lanchonete vende sanduíches, tapiocas, crepes, saladas, omeletes, açaí, caldos, sucos, vitaminas e, ainda, um delicioso sorvete.

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

O casal Raphael e Viviane, proprietários do Bem Natural, oferece alimentos fresquinhos e selecionados para refeições saudáveis na orla dos Cavaleiros

SANDUICHERIABEM NATURAL

O crepe, feito na hora com ingredientes à escolha do cliente, é uma ótima opção de lanche rápido

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bores. Feito de forma artesanal, o sor-vete vendido na sanduicheria é livre de gordura hidrogenada e tem muito mais sabor de fruta.

DOS SUCOS TRADICIONAIS AOS EXÓTICOS

Sucos tradicionais, verdes, detox, exó-ticos e vários outros são feitos no Bem Natural. Para quem fica indeciso com tantas opções, a lanchonete indica algu-mas como mamão com abacaxi e couve; laranja com limão, couve e gengibre; etc. Dá para fazer combinações bem diferen-tes e experimentar sabores inusitados.

CARDÁPIO INTELIGENTE

A Sanduicheria Bem Natural lançou recentemente uma novidade inteligente e muito útil para seu público, o cardá-pio sugestivo. Funciona assim: o menu apresenta algumas opções de refeições prontas e mostra qual é o benefício e o valor nutricional de cada uma. O bene-fício nutricional indica para que tipo de objetivo aquela refeição é recomendada como, por exemplo, melhor para pós--treino, bom para controle de colesterol ou controle de peso, etc. Já o valor nutri-cional informa a quantidade de calorias.

A Sanduicheria Bem Natural fica aberta de domingo a domingo e ainda faz entregas em diversos bairros de Macaé, das 17h às 23h. Vale a pena provar essa comida saudável que é puro sabor.

da lanchonete. “A equipe está sempre disposta a atender os meus pedidos, in-dependentemente do horário em que chego. Às vezes, chego faltando 1 mi-nuto para a loja fechar e sinto que sou tratado como se não houvesse horário para fechar”, fala Iuri.

Os donos do estabelecimento, o casal Raphael Bortoni e Viviane Mace-do, adotam o conceito de comida sau-dável na prática, em todo o processo de preparação das refeições. “Tudo é feito na hora e a gente prioriza a me-lhor forma de aproveitar os nutrientes dos alimentos. Nos sucos e vitaminas de fruta, não usamos a polpa e sim, a fruta. Fica muito mais gostoso e na-tural”, fala Raphael. “A nossa ideia é que a pessoa fique à vontade para montar a refeição do jeito dela. Nós damos uma sugestão se nos pedirem, mas fazemos qualquer combinação ao gosto do cliente”, explica Viviane.

Pra refrescar no verão, há também um delicioso sorvete com diversos sa-

O sanduíche é vendido no peso e tem em torno de 30 opções de recheio e três tipos de pães. Além das sugestões da casa, o consumidor pode montar a refeição de acordo com o que mais gos-tar. Já a tapioca, o crepe e a omelete têm valores fixos, mas os recheios também são de livre escolha. O preço de cada refeição comporta determinada quan-tidade de recheio e se o cliente quiser incrementar mais, paga pelos acrésci-mos. Simples, bem feito e personalizado. De uma maneira geral, os outros itens do cardápio, como saladas e sucos, se-guem a mesma lógica de “monte você mesmo”.

O operador de cabine Mudlog, Je-tro Souto Jácome, de 39 anos, adora poder montar seu próprio sanduíche. “A qualidade dos alimentos é excelen-te, sem falar na higiene em que são manipulados. A diversidade de produ-tos para escolher e o uso de frutas em vez de polpa me chamaram a atenção”, diz. O professor universitário Iuri Bas-tos, de 34 anos, elogia o atendimento

Av. Atlântica, s/nº, esquina com a Rua Joaquim da Silva Murteira (ao lado do Subway) - CavaleirosMacaé/RJ - Tel.: (22) 2765-5812 facebook.com/SanduicheriaBemNatural

A qualidade dos produtos e diversidade de alimentos chamaram a atenção de Jetro

Feito de forma artesanal, o sorvete tem sabores exóticos eé vendido no peso

A combinação da tapioca com o suco forma uma refeição nutritiva e saborosa

A omelete do Bem Natural é muito apreciada por quem pratica musculação

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Rua Dr. Júlio Olivier, 295 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2762-7135 / 2759-2769Cel.: (22) 98833-7135www.maiscondominios.com

“A administradora é de vital importância para o bom andamento do prédio e re-solução de problemas. Nós temos área de lazer, sala fitness, salão de festa, três elevadores, etc. Sem o trabalho deles, eu não teria condições de ser síndico porque há muitas coisas a fazer”, fala Gerson.

CARTÃO MAIS DE BENEFÍCIOS

De olho nas necessidades dos condô-minos, a empresa lançou, recentemente, o Cartão Mais de vantagens. Quem reside em locais administrados pela Mais recebe o cartão que dá acesso a descontos em vários estabelecimentos de Macaé conve-niados como salões de beleza, restauran-tes, loja de móveis, etc. Cada morador recebe o seu.

Quem vive em condomínio onde tudo funciona bem pode não imaginar o tra-balho que dá pra fazer as

coisas entrarem no eixo. Mas o síndico certamente sabe do empenho e esfor-ço exigidos para o bem-estar de todos.

Em Macaé, a Mais Administração de Condomínios está demonstrando, há 4 anos, o quanto essa tarefa pode ficar mais fácil com suporte especializado. É um verdadeiro remédio para a dor de cabeça dos síndicos, conforme a cria-tiva ação promocional divulgada pela empresa sugere. Há quem pense que esse tipo de serviço é só para emitir boleto e pagar contas. Pois se engana. A Mais atua dando amplo auxílio para quem zela pelo interesse comum dos condôminos.

A empresa faz todo o gerenciamen-to de conjuntos residenciais que envolve serviços como elaboração de regimen-to interno, contratação e treinamento de funcionários, contabilidade, cotação de preços, inspeção permanente, e muitos outros. A administradora tam-

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Com suporte especializado da empresa,o síndico ganha parceiro que facilitaa gestão de prédios e condomínios.Os benefícios são sentidos pelos moradores

bém dá suporte 24 horas e atua em situações emergenciais. O contato com o síndico é próximo, direto e rápido, sendo feito com reuniões presenciais, por meio de ligação telefônica, e-mail e até WhatsApp. O resultado dessa par-ceria é a preservação do patrimônio, o combate ao desperdício e um ambiente funcional, regular e mais saudável para todos os residentes.

“Trabalhamos com dois pilares de gestão: o financeiro e o operacional. A responsabilidade é grande e as tarefas são muitas. Procuramos minimizar os problemas e o nosso diferencial é a for-ma de gerir, atender o cliente e o nosso comprometimento com a solução”, fala Juliana Andrade, a proprietária da Mais Administração de Condomínios.

Diversos portes de conjuntos resi-denciais são atendidos, desde os que têm casas até os prédios com grande número de moradores, como é o caso do Macaé Central Park, localizado na Praia Campista.

Gerson Caravaca é o síndico deste edifício que possui 108 apartamentos.

Juliana Andrade, proprietária da Mais, há 4 anos atendendo diversos portes de prédios e condomínios em Macaé

MAIS Administraçãode Condomínios

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Gerson reconhece a importância do trabalho da Mais para o bem-estar dos moradores do Macaé Central Park

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na preparação dos músculos da boca do paciente que vai fazer implante dentário e no tratamento ortodônti-co. A substância ajuda no relaxamento da musculatura da mastigação, o que favorece e ajudar a adaptação ao uso de próteses dentárias e na evolução da movimentação dentária, realizada du-rante o tratamento ortodôntico.

Assim como acontece quando usado para fins estéticos, pela medici-na, a Toxina Botulínica na odontologia também tem duração de 4 a 6 meses e precisa ser reaplicada para continui-dade do bom resultado.

Toxina Botulínica (Botox®) é usadapor dentistas em tratamento da dore estética do sorriso

insulina – e com alto grau de satisfação relatado pelos pacientes.”

A Toxina Botulínica também é usada para casos de disfunção de ATM e dor orofacial. Para os casos de bruxismo, aju-da tanto os pacientes que apertam quanto os que rangem os dentes. A substância é aplicada de cada lado da face, nos princi-pais músculos da mastigação para fazê-los perderem a força excessiva. “É um trata-mento inovador que vem apresentando resultados excelentes, ideal em alguns ca-sos para quem não se adapta à placa pro-tetora nos dentes”, observa Márcia.

Para a estética do sorriso, a Toxina Botulínica também é utilizada. Aqueles pacientes que ao sorrirem, mostram a gengiva em excesso – conhecido como sorriso gengival – em alguns casos podem livrar-se da cirurgia de correção fazendo o uso da toxina. Uma pequena aplicação no músculo, responsável por tracionar o lábio superior para cima, impede que ele suba e, mantendo-se no lugar, expondo menos a gengiva. “A melhora do quadro é notória”, diz a dentista.

A Toxina Botulínica é muito útil, ainda,

Pensando na satisfação dos seus clientes e inovando sempre, a clí-nica Top Dental oferece mais uma terapia que auxilia no tratamento

de problemas estéticos de saúde bucal.

A Toxina Botulínica, o conhecido Bo-tox®, famoso por disfarçar rugas de ex-pressão no rosto, é utilizada também no tratamento odontológico para a resolu-ção de alguns casos de dores de cabe-ça de origem odontológica, tratamento do bruxismo e sorriso gengival, dentre outros. “A Toxina Botulínica é mais um recurso terapêutico de que a odonto-logia dispõe”, afirma a dentista Márcia Coutinho, especialista em Ortodontia, Odontologia do Trabalho e com capaci-tação na aplicação da Toxina Botulínica.

A especialista explica que a Toxi-na Botulínica age paralisando o mús-culo que se encontra em hiperfunção, devolvendo-lhe o estado de normalida-de. O procedimento é seguro e não há nenhum comprometimento motor da boca. “É um tratamento simples, efi-ciente, feito em poucos minutos com agulha fina – como a usada para aplicar

Por: Marianna FariaFotos: Divulgação

TOP DENTAL

A aplicação da Toxina Botulínica é um procedimento rápido, realizado em poucos minutos

A melhora do sorriso gengival é notável após aplicação da Toxina Botulínica

A dentista Márcia Coutinho apresenta mais um tratamento inovador

CRO/RJ: 30183

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Tropical Plaza ShoppingAv. Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766E-mail: [email protected]/vianaclinicaodontologica.vianaConvênios: Petrobras / Amil / Bradesco

Ana Paula Viana/CRO RJ -33031

Por: Márcia Coutinho - CRO/RJ: 32015 • Fotos: Alle Tavares

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Tropical Plaza ShoppingAv. Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766E-mail: [email protected]/vianaclinicaodontologica.vianaConvênios: Petrobras / Amil / Bradesco

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primento um pouquinho maior que a de trás. Como a barriga suspende um pouco o tecido, essa diferença iguala a barra da roupa. Além disso, há peças próprias para amamentação com botões e tecidos trans-passados. São super práticas.

CALÇA JEANS COM PALA É SUCESSO

A roupa mais vendida da Mom’s é a cal-ça jeans com pala. Com elasticidade diferen-te do jeans comum, essa peça acompanha o crescimento do corpo e tem modelagem que valoriza a mulher. A pala de elástico no cós comporta bem a barriga e ajuda a sus-tentar o peso. Não era pra menos. A calça é super confortável e pode ser usada durante toda a gestação. É a peça curinga das grávi-das que alia bem-estar com beleza.

Em novo endereço, a marca continua provando que beleza, conforto e funcionalidade vestem melhor a gestante

a qualidade das roupas da Mom’s, assim como a variedade. “Gosto de roupa que veste bem, tem bom corte e que valo-riza a barriga. Tinha maior dificuldade de achar roupa pra grávida, em Macaé, assim. Na Mom’s, as roupas são super confortáveis, vestem bem e têm mode-los mais moderninhos”, fala Sarah.

A funcionalidade das roupas é outro item que merece destaque. Muitas são adaptadas para as transformações que o corpo da mulher sofre. Tem peças, por exemplo, onde a parte da frente tem com-

Já conhecida pelas mamães de Macaé, a loja Mom’s de moda para gestante entrou no seu sétimo ano de aniversá-rio com novidade: a mudança de ende-

reço. Agora, a Mom’s funciona na Rua do Sacramento, pertinho da Praça Veríssimo de Mello. A alteração trouxe uma grande vantagem para as consumidoras da marca. Para clientes em compra, a primeira hora de estacionamento é grátis. E o estacio-namento particular fica em frente à loja. Conforme explica a proprietária da Mom’s Macaé, Janaína Barreto, o benefício é con-cedido para dar mais comodidade às ma-mães que não têm tempo a perder.

A loja vende roupas específicas para grá-vidas, alinhadas com as tendências da moda e com qualidade na confecção. O conforto é prioridade nas peças da Mom’s. Afinal, o bem-estar da gestante se estende também ao bebê. “Essa fase mexe muito com a mu-lher e, às vezes, ela se sente desconfortá-vel por causa de tanta mudança. Quando a cliente acha uma roupa que a valoriza e é confortável, ela se encontra”, diz Janaína.

Tem peças para todos os gostos e oca-siões como calça social para ambientes mais formais, vestidos alegres para mo-mentos mais descontraídos, pijama, bata, short, calça jeans, saia, camisetas, etc. “As blusas de frase fazem muito sucesso entre as mamães: ‘It’s a boy’, ‘It’s a girl’, ‘Mãe do ano’ e outras que elas adoram”, conta Janaína. A grávida de primeira viagem Sa-rah Tanus M. Vianna, de 32 anos, aprova

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

MOM’S MACAÉEm novo endereço, a Mom’s beneficia as clientes com a primeira hora de estacionamento grátis

Calça jeans com pala é a peça mais vendida da Mom’s

A proprietária Janaína Barreto acredita no conforto e qualidade como diferencial da marca

Rua do Sacramento - nº12 - Loja 1 - Centro - Macaé/RJ(Próximo ao Solar da Praça) - Tel: (22) 2762-1805www.moms.com.br - facebook.com/Mom’smacaé

A médica Sarah aprova a qualidade das peças

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Rua do Sacramento - nº12 - Loja 1 - Centro - Macaé/RJ(Próximo ao Solar da Praça) - Tel: (22) 2762-1805www.moms.com.br - facebook.com/Mom’smacaé

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Criatividade, leveza efrescor da culináriaoriental com um toqueespecial do chef, parasatisfazer clientes exigentes

Peixes, legumes, arroz, soja, macarrão, chá e frutas. Os sete pilares que sustentam a culinária oriental ostentam fibras e baixo teor de gorduras. A culiná-ria japonesa, por exemplo, é super rápida e ultra suave. Em vez de torrar e assar, os japoneses cozi-

nham a vapor, grelham, refogam, cozinham em fogo baixo ou fritam rapidamente em fogo alto. Todo o ocidente, inclusive o Brasil, já entende os benefícios de adotar alguns preceitos dessa cozinha, mas o empresário Rafael Gonçalves Ferreira, dono do restaurante Tokyo, vai além. “É claro que a questão da saúde está relacionada a essa cozinha, mas hoje, o brasilei-ro procura por um restaurante oriental também pelo sabor dos pratos. Temos fregueses que nos visitam pelo menos duas vezes na semana”, explica.

Localizado na praia dos Cavaleiros, em Macaé, o restau-rante foi inaugurado em março de 2013 com uma proposta diferente: investir na criatividade. Rafael e sua esposa, a tam-bém empresária Munique Paula Miranda Ferreira, buscaram seus profissionais nos grandes centros urbanos, como RJ e Niterói, e os treinaram com consultorias e palestras.

O resultado veio logo. Diariamente, a equipe de sushimans cria novos pratos como o sashimi de salmão com tempero es-pecial furikaki, gergelim e pimenta biquinho, servido em uma taça de Martini com gelo colorido ou o salmão makimono leve-mente grelhado, ao molho de sementes de coentro recheado com hadock, pepino e cream cheese.

A estética e a criatividade que o Tokyo vem mostrando em seus pratos encantam os olhos e satisfazem o paladar. Para manter a qualidade alta, Rafael não congela, armazena, nem estoca os produtos marítimos.

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

A orla dos Cavaleiros, vista do salão do Tokyo, inspira quem senta para provar as delícias orientais

RESTAURANTE TOKYO

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Rafael e Munique: casal unido para garantir qualidade dos produtos e bom atendimento

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“Compramos o peixe ainda vivo, limpamos e já servimos. A cidade tem sorte de poder contar com um ótimo Mercado de Pei-xes e, é lá, que fazemos nossas aquisições de pescado”, enfatiza.

A equipe, com cerca de 25 funcionários, oferece diariamen-te em seus preparos Salmão, Atum, Namorado, Dourado, Ti-lápia e peixe Prego. No cardápio, que está passando por uma repaginada, os clientes podem optar pelo carro-chefe da casa – o rodízio, que custa R$ 54,90 para os homens e R$ 49,90 para as mulheres. Nessa opção, o comensal pode se servir em réchauds expostos com lula empanada ou grelhada, camarão alho e óleo, polvo, harumake, entre outros pratos. Nas mesas são servidos yakissoba, robata (um espetinho japonês de fran-go, carne ou camarão), o Especial do Chef, prato criado na hora pelo sushiman e ainda mais de 100 itens.

Para quem prefere o serviço a La Carte, a casa conta com combinados trazidos nas famosas barcas japonesas que servem de uma até seis pessoas, temakis e ainda opções ocidentais, como o filet mignon à moda Tokyo, com bambu germinado e molho madeira, risotinho de açafrão com batatas fritas e mo-lho madeira, risotinho de shitake, legumes salteados e molho de camarão e alcaparras.

“Venho de Belo Horizonte e cheguei em Macaé como todo mundo, para trabalhar, em 2006. Depois que conheci minha esposa, que nasceu em Macaé, aprendi a gostar da cidade e hoje, com meus três filhos, vejo que a qualidade de vida que encontro aqui é ímpar. Nosso sonho de montar o próprio ne-gócio no ramo de culinária oriental é uma realidade com o Tokyo e, por conta disso, valorizamos e buscamos o que há de melhor para nossos clientes e amigos. Damos treinamento e consultorias nutricionais e de adequação para toda a equipe, sempre para manter a excelência ”, completa Rafael.

Frequentador do restaurante desde sua inauguração, o co-lunista social Kelvin Karvalho dá valor à variedade, bom gosto e elaboração dos pratos servidos. “Nunca gostei desses fast foods japoneses, onde as comidas ficam expostas nos buffets e você nem sabe quando aquilo foi realmente feito. No Tokyo, por mais que tenham réchauds, você vê a comida sendo prepa-rada e colocada na hora. No rodízio, o sushiman sempre nos surpreende com um Prato do Chef diferente, testando nosso paladar, é incrível”, elogia o colunista.

O Tokyo, com 190 metros quadrados, oferece em seu salão 100 lugares e funciona de segunda a sexta-feira, das 18h às 24h e sábado e domingo, das 12h às 24h.

Av. Atlântica, 2.762 - Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2763-9153www.tokyoculinariaoriental.com.brfacebook.com/TokyoCulinariaOriental

A orla dos Cavaleiros, vista do salão do Tokyo, inspira quem senta para provar as delícias orientais

O restaurante oferece um bufê diferenciado para quem procura uma alimentação mais saudável

A apresentação dos pratos é um diferencial do Tokyo

O cardápio do Tokyo conta com sobremesas exclusivas que encantam

Kelvin Karvalho: “o sushiman vive testando nosso paladar aqui no Tokyo”

Pratos do chef surpreendem clientes e são criações diárias

Equipe reunida: comprometimento e dedicação ao cliente

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pelo conforto e pela estética. A deco-ração deve ser pensada de uma forma que alinhe o gosto do proprietário à uma história de vida, uma experiência, à personalidade de quem ocupa aquele ambiente. Por isso, tente não criar um ambiente “da moda”, mas sim um que gere conforto e bem-estar. Se você tem talento para trabalhos manuais ou co-nhece um amigo artesão, vale aí a reci-clagem de móveis de família ou adquiri-dos em brechós. Num tempo em que tudo se assemelha, ter um diferencial de bom gosto dentro de casa pode ser um grande ganho.

“A pior coisa que tem é entrar na casa de alguém e se sentir em uma vitri-ne de loja de decoração, com objetos e cores que não te passam nada. Por isso, ao começar com o processo de deco-rar a minha casa daqui de Búzios, tive o cuidado de criar um ambiente para me encontrar!”, explica Giovanne Fin.

O empresário do ramo de constru-ção civil veio do Espírito Santo com a família há 18 anos e se apaixonou por Macaé. Por conta de seu trabalho, mora em um apartamento no bairro Parque Valentina Miranda. Apesar de ter 120 m² bem divididos em três quartos, cozinha,

Para agregar frescor ao ambiente, co-res claras nas paredes como verde claro e azul esverdeado podem ser combina-dos com tons neutros ou amadeirados. Mas, caso deseje projetar algo de alegre, cores pulsantes como uva, violeta e sua-ves tons de amarelo em algumas paredes ou objetos também estão em alta.

Entre as tendências de 2014, os es-pecialistas indicam esquecer uma casa com decoração certinha, projetada nos mínimos detalhes. Versatilidade é a pa-lavra da vez: aproveite o que você já tem para realizar pequenas mudanças. Para obter o máximo de conforto, opte por criar ambientes serenos.

Para aqueles inseguros, com medo de errar na mão, é válido optar por uma decoração clássica. Os móveis apa-recem em tons mais claros, pouco im-pactantes, de dimensões mais ajustadas ao tamanho do ambiente, prezando

Casas na praia exigem boacirculação de ar e móveisresistentes à maresia

Casa de praia lembra descan-so, descontração, aconche-go e paz. Por conta dessas lembranças imediatas, deco-rar uma casa de praia é uma

tarefa gostosa, principalmente, porque é nela que você e sua família irão viver momentos de lazer. Ao escolher que estilo seguir quando for reformar ou apenas repaginar a decoração de sua casa de veraneio, é preciso ter o cui-dado de escolher objetos, material e cores que transmitam exatamente es-sas sensações. Seriedade e compromis-so da cidade não combinam com esse ambiente, isso é fato. Já a praticidade de um tecido impermeável ou de um piso mais rústico em pedra tem tudo a ver, até porque seus filhos irão entrar correndo pela sala com os pés sujos de areia e sentar, despretensiosamente, no seu sofá, e não vale a pena se descabe-lar de frente para o mar.

Por: Fernanda PinheiroFotos: Alle Tavares

Deck com detalhes em ladrilhos hidráulicos e janelões para circulação de ar: reforma com a “cara” do dono Giovanne

ESTILO E ACONCHEGOCOM OS PÉS NA AREIA

DECORAÇÃO

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O arquiteto Marcelo Machado utiliza sua especialização em Atlanta (EUA), dando dicas aos clientes ansiosos por uma reforma rápida

Giovanne Fin na sua casa em Geribá: reencontro consigo mesmo entre livros, música e arte

sala e varanda, Giovanne se sente prisioneiro. “Aqui no bairro existem muitas obras, isso me incomoda muito”, continua.

Para reencontrar o prazer do bem-estar que uma boa casa proporciona, Giovanne comprou, em 2009, uma residência na cidade de Armação de Búzios, RJ. “Queria uma casa com a mi-nha cara, bem personalizada mesmo. Então, optei por habitá-la antes de reformar. Fiquei cerca de dois anos observando cada detalhe dos cômodos, percebendo o que não gostava e o que gostava”, complementa.

Quando decidiu reformar, chamou o amigo e arquiteto Mar-celo Machado. Especializado em design de interiores pela Bau-der College, em Atlanta, EUA, o arquiteto observou a escala e proporção de toda a área construída para criar o projeto de Gio-vanne. “Tenho um pouco de psicólogo dentro de mim. Sempre quando algum cliente me procura para reformar e decorar um ambiente, primeiro tento minimizar a ansiedade que as pessoas costumam ter de entrar na casa e já querer colocar tudo abaixo, mudar tudo, sem conhecer e entender primeiro como a casa funciona. Nesse projeto do Giovanne, nós dois juntos sentimos o ambiente para aproveitar o máximo dele.”

E assim foi. Marcelo colocou portas e janelões de vidro para aumentar a circulação de ar e dar a impressão de maior pro-fundidade. Criou um belo jardim de inverno e usou uma cor vibrante na parede de fundo, atrás de belos vasos de plantas. Na cozinha, o arquiteto optou por criar um ambiente integrado e trocou a parede por uma bancada de silestone vermelho, um mármore industrial. Como o telhado conta com um pé direito bem alto, optou por usar telhas brancas e deixá-las aparentes. Nas paredes, todas brancas, foi utilizada uma textura especial que deu um efeito ondulado. A iluminação é um capítulo à par-te. Usando muitas lâmpadas de LED, Marcelo criou vários am-bientes por meio de diversos nichos de luz.

A decoração da casa de Giovanne inspira arte. Nas paredes, a arte Naif de Emerenice Tamanini, uma obra abstrata do ma-caense Jojó e uma bela fotografia de sua autoria. Suas mesas e cadeiras são assinadas pela Latoog Design, com acabamentos que lembram o calçadão de Ipanema e Copacabana, além de serem revestidas com tecido impermeável. Na sala, nada de TV. O que tem em abundância são livros, muitos livros. Matisse, Andy Warhol e Kandinsky não saem de sua mesa de centro.

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famosas de decoração e arquitetura. Ela tem suas paredes pintadas de cores vibrantes e segue a linha de arquitetura mexicana e mediterrânea, sem quinas entre as paredes. Com estilo rústico, o piso é de pedra São Tomé, ladrilho hidráulico e cimento queimado. Já o telhado é todo de piaçava. “Essa casa respira alegria. Sempre estamos todos juntos aqui, nossa família é bem gran-de. Quando meus sogros começaram a construí-la, pedimos ao arquiteto que ela transmitisse essa vibração, anima-ção que temos quando estamos todos reunidos. Acho que, por ser nosso amigo, o João captou direitinho!”, co-menta Fabiana.

O projeto, inteligente e sustentável, preservou todas as árvores nativas do terreno, e acabou por agregar maior valor e movimento ao espaço. A famí-lia aproveitou móveis de brechós, com tecido impermeável e estilos distintos, o que acabou fornecendo ainda mais descontração. Para as quatro crianças da família, esse detalhe faz toda a di-ferença, já que não precisam se preo-cupar caso cheguem da praia e sentem molhadas no sofá!

A empresária Adriana Fragoso, pro-prietária da loja de decoração Mercado

Para completar o projeto, lindas plan-tas cedem frescor ao espaço. “Tenho uma imensa palmeira mexicana chama-da Pata de Elefante, um Lírio da Paz gi-gante e duas árvores da felicidade, que não podem faltar!”, brinca Giovanne.

Objetos naturais e artesanais são grandes apostas de acessórios de de-coração para a casa de praia, pois tra-duzem a identidade brasileira e estão em alta. Para os mais ousados, mate-rial reaproveitável e fibras são ótimas pedidas! Use objetos decorados com peixes, redes, barcos, conchas, tape-tes leves e bem coloridos. É diverti-do usar elementos resgatados do mar para decorar estantes e mesas. Mas lembre-se de dosar os itens para que o ambiente não fique exagerado.

Foi exatamente desta maneira que Sylvinho Mussi e Fabiana Quintella Mussi Lopes pensaram ao começar a decorar a casa de praia da família. Cada peça encontrada na sala tem uma his-tória e foi adquirida de algum artesão da região, como as luminárias de bambu vindas de Rio das Ostras e os barcos de pesca em miniatura expostos nos quar-tos e no teto da ampla sala de estar. A casa, em Búzios, foi construída em 2002 e projetada pelo arquiteto João Uchôa, responsável por alguns projetos famo-sos como a antiga boate e bar Guapo Loco, no Rio de Janeiro.

Com 200m² e quatro suítes, a cons-trução já apareceu em algumas revistas

O casal Fabiana e Sylvinho Mussi se reúne com a família grande na bela casa, em Búzios nas férias e feriados

Brasil, foi enfática ao afirmar que a de-coração externa das casas de praia está passando por uma reformulação.

“Hoje em dia, as pessoas não procu-ram mais por espreguiçadeiras e mesas com cadeiras de piscina. Este ambiente está sendo usado com mais inteligên-cia, para uso de toda a família e amigos. Vendo móveis para o espaço gourmet da casa, ou espaço zen, com futons de aquablock, luminárias indianas e marro-quinas, bancadas altas, poltronas e jogos de bancos. Alguns continuam no estilo clássico, como azul e branco, mas vejo os macaenses aderindo ao floral com fundo azul, cores mais despojadas, como o verão brasileiro mesmo”, explica.

Adriana completa que móveis de madeira de demolição não são pró-prios para ambiente completamente externo, pois acabam estragando. “O ideal são aqueles feitos com eucalipto tratado, cuja produção é própria para aguentar o clima.”

A professora Andressa Barbosa Freitas Gonçalves e seu marido, o co-merciante Aluisio Gonçalves, compra-ram uma casa em Búzios no ano pas-sado. “Meus filhos – Letícia. com 16 anos, Geraldo, 14 e Gabriel, com 11

Detalhes da decoração vibrante e da iluminação

da casa da família Mussi, arquitetada por João Uchôa

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DICAS DE DECORAÇÃO

• Coloque cortinas de bambu nas portas, pois elas protegem a entrada de insetos na casa e dão um charme especial;

• Deixe os acessórios com jeito de praia, use objetos decorativos artesa-nais feitos com as conchas do mar;

• Coloque redes nas varandas, elas são excelentes para um bom descanso;

• Compre estofados em tecido im-permeável, como aquablock, vulcoro ou napa. Além de tudo, são mais hi-giênicos e fáceis de limpar;

• Use móveis que acompanhem o estilo escolhido por você;

• Pinte as paredes com cores agra-dáveis, que estejam de acordo com a sua preferência;

• Coloque tapetes feitos de fibras, cestos para completar a atmosfera e deixar o clima ainda mais relaxante.

com o local, bastante vidro para aprovei-tar a luz externa, mas sempre com uma simplicidade puxando para o requin-te. O importante é a casa ter a nossa cara!”, completa Andressa.

CUIDADO COM A MARESIA

Quem está perto do mar tem uma preocupação constante: corrosão cria-da pelo sal da chamada maresia. Por conta disso, arquitetos aconselham a utilizar vidros e madeira nos projetos e nos móveis. As aberturas também de-vem ser de madeira ou alumínio para evitar o desgaste. Quanto mais forem evitados móveis e utensílios de ferro ou metal, mais duráveis eles serão.

ESCOLHA DO REVESTIMENTO

Dê preferência a tecidos náuticos e fibras sintéticas no revestimento dos estofados. Assim, acaba-se com a pre-ocupação de molhar o sofá, por exem-plo. Os pisos devem ser de fácil manu-tenção e que não risquem com tanta facilidade em contato com a areia, como o porcelanato acetinado, suge-rido pelo arquiteto Marcelo Machado, ou até o cimento queimado, caso siga a tendência mais rústica.

anos – cobravam da gente um refúgio aos finais de semana. E a casa de praia veio para isso, serve para recarregar as energias. Sem horários, regras... Lá, nós recebemos amigos e aproveitamos melhor o tempo junto de quem ama-mos”, comenta.

A família, que mora em uma casa no Green Park, em Macaé, resolveu refor-mar a casa de Búzios, que fica na praia de Geribá e tem cerca de 230 m². Para isso, contrataram o arquiteto Pedro Barbosa, que criou um projeto com es-tilo mais praiano.

“A decoração de nossa casa em Ma-caé segue um estilo clean, que eu posso mexer com um simples toque. Já a de Búzios, não tem muito luxo e é bem aproveitada, sem a preocupação da en-trada de areia e água. Vou usar algumas cores suaves nos móveis para combinar

Andressa Gonçalves está reformando sua casa em Búzios e busca uma decoração simples, mas requintada

Mesa com corte a laser assinada pela Latoog Design: cadeiras representando cenas cariocas e marítimas. Personalidade e praticidade na casa de Giovanne Fin

“Hoje, os macaenses estão decorando mais suas casas de praia”, diz Adriana Fragoso

Móveis rústicos com estilo para ambientesexternos são encontrados na Mercado Brasil

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Uma rápida passada pela Praia dos Cavaleiros e a identidade de Macaé está à vista: belo visual, água de coco e espor-tes de verão praticados o ano inteiro: frescobol, futevôlei, surfe, bodyboard, skate, patins... E, recentemente, uma nova febre se instalou nas praias, rios e lagoas da cidade. O

Stand Up Paddle (SUP) chegou de mansinho e já conquistou um grande público. Quer tirar a prova de como isso é apaixonante? Basta olhar para o mar ou para a lagoa para ver alguém com remo, em cima de uma prancha deslizando no horizonte.

COMO VEIO PARAR NO BRASIL?

O Stand Up Paddle teve sua origem no Havaí, quando os nativos re-mavam em pranchas compridas para tirar fotos dos turistas que apren-diam a surfar. No início dos anos 2000, alguns havaianos investiram em pranchas e começaram a desenvolver o esporte.

No Brasil, a modalidade chegou por intermédio dos surfistas Jorge Pacelli e Haroldo Ambrósio, que trouxeram equipamentos mais moder-nos para cá. Este interesse foi crescendo no Brasil e se tornou febre nas praias do Rio de Janeiro, São Paulo, no sul do país e em lagos e rios de Brasília, até chegar a Macaé.

Há quem ache estranho. Como ficar em pé e ainda se equilibrar mesmo com ondas e vento forte? Um desafio que encanta quem par-ticipa, principalmente pelo visual. E mais. Te possibilita, literalmente, andar sobre as águas. Se alguém acha que é coisa de outro mundo, o professor da modalidade Aílton Figueiredo garante que é mais fácil do que se imagina. “É preciso ter vontade apenas. Uma pessoa consegue remar sem cair de primeira, vai aprendendo e pegando o jeito com o tempo. Mas, para praticar esse esporte, basta querer. É importante o equilíbrio, mas é fácil. Uma criança de 10 anos pode fazer, assim como um senhor de 70. A prancha vai de acordo com a evolução e o equilí-brio da pessoa”, conta o professor.

Macaé possui locais para a prática do Stand Up, como Praia dos Cavaleiros, Imbetiba, Lagoa de Imboassica (foto acima) e até o Rio MacaéA nova onda que toma

conta de Macaé

ESPORTE

STAND UP PADDLE

Glaúcia, Alex e os filhos, família unida no esporte

Por: Raphael Bózeo • Fotos: Alle Tavares

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Exemplo disso é o Procurador da República Flávio Reis que, com uma semana praticando, participou de uma pequena competição. Ele lembra que nem ficava em pé direito, mas foi o pontapé inicial para que as remadas se tornassem tradição em sua vida, normal-mente pela manhã. Pelo menos duas vezes por sema-na, ele inicia o dia no mar.

“Nem sei como eu participei daquela prova, foi mais para ser um estímulo. Você quer sempre melho-rar e isso faz com que você tenha metas e ultrapasse barreiras. Todo mundo que busca essas competições passa perrengue, mas isso é o de menos. É um espor-te especial e te deixa renovado. Costumo dizer que é de reflexão”, conta Flávio.

PROGRAMA FAMILIAR

Esse esporte pode virar, facilmente, um programa familiar. Não há restrições. O administrador Alex e sua esposa Gláucia Pinheiro encontraram no SUP um novo estilo de vida. Enquanto Alex Sant’Ana estava viajando para fora do país a trabalho, Gláucia fez uma aula experi-mental por aqui e, de prontidão, comprou uma prancha “escondida”. Após a iniciativa, ligou e avisou ao marido. Foi através dessa atividade que Alex perdeu 27 quilos em quatro meses. E é ali, em alto mar, que ele encontra o equilíbrio para tocar sua vida com serenidade.

“Eu volto renovado das remadas. Sempre que eu estou de mau humor, falo com ela para deixar eu ir remar. Às vezes, vou até o Mar do Norte e volto re-mando até a Imbetiba, fico umas duas horas no mar. A sensação de estar em um lugar que ninguém está é muito boa. Além disso, ficar em alto mar me permi-te uma reflexão, uma meditação, que me faz muito bem. Mudou a minha vida”, comenta Alex.

O procurador Flávio Reis, com sua prancha e remo. Ele já participou de competições no Rio de Janeiro e também em Búzios

O professor Aílton montou um espaço de apoio para os praticantes do esporte, nos Cavaleiros

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FOCO NAS COMPETIÇÕES

Enquanto Alex buscou uma nova diretriz para a vida pessoal, a esposa caminhou para as competições. Gláu-cia organizou o tempo no consultório de psicanálise e tratou de trabalhar sua mente olhando o mar. Se organizou e, após algumas competições pequenas, resolveu participar do W2, prova de 22km realizada entre Búzios e Cabo Frio, de alto nível.

Na ocasião, o desafio parecia mais difícil do que o planejado. Um cansa-ço grande chegou no meio da prova e ela pensou em desistir. Porém, a soli-dariedade de um competidor de outra categoria, o renomado Bob Araújo que abdicou da prova para ajudá-la, fez Gláucia concluir a etapa. Lado a lado, eles cruzaram a linha de chegada após 4 horas e meia. Ela chegou em último lugar geral, mas em primeiro na categoria dela, já que ninguém mais concluiu. Foi aplaudida por todos os participantes. Por fim, uma vitória da superação e do companheirismo.

“Eu já não aguentava mais, mas o Bob foi incrível e me ajudou psicolo-gicamente, me dando apoio. Me deu muita força e cheguei ao fim. Foi uma sensação incrível de chegar ao fim. Ele ganhou o troféu Fair Play por essa atitu-de, foi muito legal”, relembra Gláucia.

NAS ONDAS DO SURFE

O Stand Up também ganhou fãs entre os surfistas. André Tinoco, com mais de 20 anos de surfe tradicional, agora substituiu a prática pelo SUP. Agora, ele pega onda com a prancha e o remo, sensação que, segundo ele, exige muito mais do que o surfe tradicional.

“Tinha um certo preconceito com o Stand Up porque eu achava que pegar onda era com prancha mesmo normal. Depois que experimentei, vi como é le-gal. Desde que comecei a praticar, em

2013, eu só peguei onda com a prancha tradicional duas vezes. E pegar onda desta forma, exige muito mais. Pode parecer fácil, mas não é. É um desafio motivador”, conta André.

Outro surfista que aderiu à onda é Michel Teicher, executivo de uma empre-sa no ramo de petróleo. Ele surfa des-de a juventude e, há três anos, também rema com o SUP. Se o surfe ele praticava sozinho, o stand up foi uma forma de co-locar a esposa para acompanhá-lo.

“Tem uns três anos que pratico o SUP, sou surfista desde moleque. Velejo também, e quando começou a apare-cer o Stand Up, foi até uma forma de colocar a “Dona Maria” (se referindo a esposa Mônica) para fazer exercício também. O lance legal é ser acessível para qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. É um exercício excelente para o corpo e para a mente”, fala Michel, que costuma remar também em Búzios, nas praias da Ferradura e Rasa.

GRUPO DE PRATICANTES CRESCE

Em Macaé, um grupo de quase 200

pessoas troca mensagens e marca encon-tros para as remadas. Os locais mais usa-dos para a prática são as praias dos Cava-leiros e Imbetiba, a Lagoa de Imboassica e, ocasionalmente, o Rio Macaé.

Por questões de segurança, é reco-mendado para aqueles que estão come-çando sempre uma companhia para que não haja problemas. Além disso, algu-mas dicas são importantes.

“Tem que fazer uma boa hidratação no corpo, já que as pessoas ficam muito tempo no sol, usar o leach (corda que amarra na perna e fica presa a prancha) e o celular com uma capa à prova d’água. Isso faz com que evite riscos”, diz Aílton.

O esporte também não é barato. Para adquirir o material básico para a prática (prancha e remo), é necessário desembolsar, em média, R$ 3 mil. Outra opção para quem começa é o aluguel do material por um determinado período, que gira em torno de R$ 50, por hora. No mais, é aproveitar o horário de verão e a onda do Stand Up para começar a praticar um esporte de grande contato com a bela natureza de Macaé.

André Tinoco trocou os 20 anos de surfe tradicional pelo SUP. “E um desafio motivador”

Michel Teicher pratica o SUP há uns três anos e incentivou a esposa a acompanhá-lo

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Se a roupa diz muito sobre quem a veste, no trabalho fala mais ainda.Saiba como trazer toda a leveza do verão para o ambientecorporativo, sem perder a elegância

LOOK EM SINTONIA FINA COM O TRABALHOE O VERÃO

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Para a advogada Poliana Gorni, o tailleur é a roupa certa para passar credibilidade e reduzir a sensação decalor, no verão

MODA

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Sol a pino, verão a todo vapor e temperaturas altíssimas. Na estação mais quente do ano o guarda-roupa da mulher pede um refresco e peças mais

leves para passar o dia bem. Como grande parte da rotina feminina acon-tece enquanto ela trabalha, às vezes, pintam algumas dúvidas sobre o que vestir no verão nesta ocasião. Será que está muito curto? Essa blusa não está decotada demais? Vou de saia ou de calça? Short pode? Que tipo de sa-pato não dá pra usar?

Calma! Não é tão difícil se vestir de forma confortável e coerente com o verão e o ambiente de trabalho. Quem diz isso é a consultora de moda e perso-nal stylist Luisa Lovell-Parker, que atua no Rio de Janeiro. Luisa tem gabarito para falar do assunto já que foi estilista de marcas como Agilitá, Animale, Oh, Boy! e Sandpiper. Além disso, os artis-tas Maitê Proença, Deborah Secco, Ro-berta Rodrigues e José Mayer já foram assessorados por ela, como personal stylist. Atualmente, ela trabalha na mar-ca de moda praia Vix Swimwear.

Para Luisa, dois conceitos dão o ca-minho para acertar no look de verão para o trabalho. O primeiro é estar condizente com o local. “Isso vale in-

dependente do estilo da pessoa, seja ela ousada, sensual ou comedida. Acho que ambiente de trabalho pede traje mais discreto e o profissional precisa passar credibilidade”, diz.

E o segundo é procurar se vestir de forma harmônica e respeitar o formato do corpo. “Sugiro a mulher se ligar em regrinhas de anatomia e ter consciência sobre o próprio corpo. Sempre dou o exemplo da Adele, ela é super elegan-te. Não defendo a magreza, mas acho que a mulher precisa estar bem vesti-da de acordo com o corpo dela. Cada perfil físico aceita melhor um tipo de roupa”, pontua.

PEÇAS CURINGAS PARA O VERÃO

Embora não se aplique a qualquer atividade profissional feminina, já que cada uma tem sua especificidade, Luisa acredita que algumas peças de verão são curingas para tal finalidade. Se ti-vesse que apostar em uma produção, ela investiria nas blusas ou camisetas de seda em cores lisas, com pantalona bem leve e ampla que pode ser de vis-cose, de seda ou de linho.

“Um lenço bacana e colorido vai garantir o conforto se, por acaso, o

ar-condicionado do escritório estiver nas alturas. A estampa pode estar na calça pantalona ou no lenço, nunca em mais de um elemento. Para completar o look, uma bolsa saco ou uma linda bol-sa de palha sofisticada. Para calçar, ricas sandálias rasteiras ou uma anabela com salto de corda”, diz. Para complemen-tar o visual, Luisa sugere acessórios com personalidade que podem dar charme e modernidade, sem se descuidar do equilíbrio. Se o colar for mais marcante, o brinco deve ser discreto.

Para a estilista Luisa Lovell-Parker o primeiro passo para acertar no look é escolher uma roupa condizentecom o local de trabalho

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COM QUE ROUPA ELAS VÃO?

Três profissionais de Macaé, que atu-am em diferentes setores do mercado, também têm seus truques para ficar bem vestidas e ainda passar imagem positiva para os colegas e a empresa. São elas: Dilza Taranto, gerente de RH da Uni-dade da Bacia de Campos da Petrobras, a advogada Poliana Gorni, e Claudia Mandelli, diretora do colégio Aprovado. Além de dizerem o que pensam sobre a relação entre as vestes e imagem pessoal, elas contam para a DiverCidades qual é o visual preferido para trabalhar no verão.

POLIANA GORNI

Na área jurídica, a formalidade impera. Em ambientes como fóruns, escritórios de advocacia, as mulheres geralmente usam terninho. A advogada Poliana Gorni acha difícil se vestir no ve-rão para trabalhar, justamente por cau-sa da seriedade que a profissão impõe. Mas, encontra um jeitinho de ficar mais confortável sem perder a credibilidade, usando o tailleur. “Eu nunca sei como será o meu dia e preciso estar sempre bem vestida. Pode ser que eu precise de urgência despachar com o juiz ou com

Louise visitou, junto com os amigos do inter-câmbio, a London Eye (espécie de roda gigante que fica em Londres, na Inglaterra)

Dilza Taranto, da Petrobras, segue um estilo mais despojado e aposta nas cores para conferir mais leveza ao visual

Como Claudia Mandelli se movimenta muito no trabalho, a roupa confortável é primordial

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— A última moda não é moda para o ambiente de trabalho.”

A gerente acredita que o jeito como se veste passa uma mensagem de credi-bilidade, bom senso, bom gosto, com certa leveza. “Acompanho a moda, mas sou fiel ao meu estilo que é menos sisu-do e mais despojado. Acho que quando se ocupa o lugar de líder é preciso pas-sar confiança e segurança para a equipe e não estresse e tensão.”

Para ela, se vestir no verão é fácil, aliás, como em todas as outras esta-ções. Ela não abre mão do jeans, prin-cipalmente do estilo calça flare, e de blusas fresquinhas de alça. Os vestidos de comprimento um pouco acima do joelho são certos no guarda-roupa de verão dela, sejam liso ou estampado. O casaquinho é o traje que nunca sai da sala de Dilza, já que o local é refrigera-do. A produção mais usada por Dilza no verão é blusa de seda, calça jeans flare de lavagem intermediária, cinto largo, blazer, salto alto e acessórios discretos. O colorido dá uma leveza ao visual dela e a deixa mais acessível aos outros, o que aliás tem tudo a ver com quem trabalha gerindo pessoas.

CLAUDIA MANDELLI

A pedagoga Claudia Mandelli é di-

o promotor. Estou sempre de tailleur ou de terninho”, fala.

Poliana abusa das blusas de seda porque a ajudam a se sentir mais con-fortável no calor, sem perder a elegân-cia. Também adora saia de linho, blusas de organza, crepe e outros tecidos le-ves e mais refinados. O blazer é uma peça indispensável para a rotina dela. O look de verão eleito como o predi-leto da advogada é tailleur preto com blusa de seda alaranjada, scarpim de couro de cobra, relógio e óculos de sol para área externa.

DILZA TARANTO

A gerente de RH da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos da Petrobras, Dilza Taranto, tem o hábito de escolher a rou-pa de trabalho um dia antes, de acordo com o compromisso agendado. “Nos dias que preciso fazer apresentação para muitas pessoas ou tenho reunião importante procuro ter cuidado e usar algo mais sério, porque fico em evidên-cia”, conta. Levar em conta o impacto que a imagem pessoal causa também é tema visado pelas empresas. Dilza con-ta que, no início deste ano, a Petrobras trouxe a Glória Kalil a Macaé para falar sobre o jeito de se vestir para trabalhar. “Ela disse algo que achei interessante:

retora do colégio Aprovado e tem uma rotina bem agitada. Ela divide a aten-ção com os alunos, a equipe docente e de funcionários da escola e com os

“LOOK TOTAL MUITO JUSTO DE JEITO NENHUM. TENTE SEMPRE EQUILIBRAR AS PARTES DE CIMA COM AS DE BAIXO. O SEGREDO ÉHARMONIZAÇÃO DE VOLUMEE FORMA”LUISA LOVELL-PARKER

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look todo só com malha. Dê preferên-cia para usar esse tecido na camiseta.

Tem a seda também. Apesar de não ser muito fresca, é leve e fina. “A cal-ça ou pantalona de seda é uma ótima pedida. Considere ter pelo menos uma pantalona lisa e uma estampada discre-ta”, diz Luisa. Seguindo a linha têxtil, o li-nho merece atenção. É fresco, tem bom caimento, além de ser um tecido mais nobre. Muita gente torce o nariz para o linho porque amassa. Mas, saiba! O amassado provocado pelo uso do tecido de linho é natural e não simboliza deslei-xo, segundo a consultora de moda.

“A ÚLTIMA MODA NÃO É MODA PARA OAMBIENTE DETRABALHO”

GLÓRIA KALIL

pais. Para Claudia, vale a ponderação na escolha do que vestir. “Atendo dire-tamente pais e alunos e me considero como um cartão de visitas da equipe. Pra mim, a roupa tem que estar ade-quada com o local onde trabalho e conforto é prioridade. Levo em conta o bom senso pra me vestir e não uso nada que me pinica, aperta ou incomo-da”, fala Claudia.

Com estilo mais discreto, ela adora as pantalonas leves, vestidos um pouqui-nho acima do joelho, saias e blusas de alça. “Praticamente, aboli tecidos sintéti-cos. Gosto dos fresquinhos, confortáveis e com boa caída. Isso porque me movi-mento muito.” A produção predileta da diretora para o verão é vestido estampa-do um pouco acima do joelho, sandália de salto alto meia pata, brinco de argola e anel dourados, pulseira de tom claro, acompanhados de muita disposição.

NÃO COMBINA

Algumas peças podem comprome-ter o visual. Uma das principais ressalvas que Luisa faz é sobre a roupa colada no corpo. “Look total muito justo de jeito nenhum. Se você coloca calça skinny, a dica é usar uma camisa soltinha ou uma

bata. Tente sempre equilibrar as partes de cima com as de baixo. O segredo é harmonização de volume e forma.”

O shortinho costuma ser uma arma-dilha fácil. Um equívoco bastante fre-quente no verão é usá-lo com camiseta. “Short e regata para trabalho de jeito nenhum. Se você quer usar short, opte por um modelo mais soltinho e longo e use com blusa ou bata. Os de seda e alfaiataria são boas pedidas. Indico compor, no mínimo, com uma blusa de manga ¾ ou longa”, fala. Para a consul-tora de moda, a peça fica legal em locais mais despojados. Mesmo assim, ela in-dica usar shorts sempre mais soltinhos e mais compridos. Em ambientes mais formais, não combina.

PODE APOSTAR

Para suportar o tempo quente e conseguir trabalhar com conforto, os tecidos fazem toda a diferença. Por isso, separar trajes mais leves vai ajudar mui-to. Luisa tem dicas ótimas de algumas peças e composições. O voil de algodão e a malha são tecidos bem frescos e não podem faltar no guarda-roupa. Mas, vale uma ressalva quanto à malha. Tente har-monizar tipos de material, não monte o

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RAIO XDA LAGOADE IMBOASSICA

Foto aérea: feita com Dronepor André Garcia da Tripé Filmes

O início do tratamento de esgotoreacende a esperança da populaçãode ver a lagoa despoluída, apesar doslongos anos de degradação. Nesse cenário,a ocupação social surge com mais força

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

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MATÉRIA DE CAPA

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O início do tratamento de esgotoreacende a esperança da populaçãode ver a lagoa despoluída, apesar doslongos anos de degradação. Nesse cenário,a ocupação social surge com mais força

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Poucas cidades têm entre seus mais belos cartões-postais a in-crível paisagem de lagoa lado a lado com o mar. Em Macaé, a Lagoa de Imboassica imprime

esse retrato na retina ocular e afetiva dos que vivem na cidade ou, simples-mente, vêm a passeio ou a trabalho. É difícil não se tocar com o esplendor da natureza. Deve ser por isso que o es-petáculo do pôr do sol na lagoa parece ganhar plateia cada vez maior. Quem passa perto dos quiosques nos ensola-

rados fins de semana ou ao entardecer, nos dias úteis, nota como o lugar está sendo mais frequentado.

Por um lado, a observação superficial a olho nu mostra a beleza. Mas, se fosse possível mergulhar dentro desse corpo hídrico com uma lupa, a imagem vista seria bem diferente e retrataria águas turvas e muito lodo. Nesta reportagem especial, a revista DiverCidades propõe ir no fundo da Lagoa de Imboassica para trazer à tona o diagnóstico da qualidade

da água. Para contar essa história foi fun-damental ouvir o órgão público, a univer-sidade e a sociedade civil.

A fauna e a flora da Lagoa de Imboassica foram regis-tradas em um livro, lançado em 2008, pelos fotógrafos Rômulo Campos e Cláudia Barreto

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Segundo Mauro Pinho, atividades econômicas como oficinas de reparação são proibidas nos Cavaleiros

HISTÓRICO DE DESCASO, ABANDONO E POLUIÇÃO

O crescimento populacional e a habitação das áreas no entorno da la-goa, sem planejamento, trouxe graves consequências ambientais para esse importante recurso hídrico, tornan-do-o poluído. A principal causa foi o despejo de esgoto.

Historicamente, Macaé sempre so-freu com a falta de saneamento básico. Segundo informações da Prefeitura de Macaé, até janeiro do ano passado, o município sustentava o vergonhoso número de 0% de coleta e tratamento de esgoto. Isso significa que, nos bair-ros próximos, tudo que entrava nos canos da cozinha, do banheiro e da área de serviço das residências tinha como destino certo o belo cartão--postal. Foram muitos anos de lança-mento de efluente in natura.

Segundo explica o professor Mau-ricio Mussi Molisani, pesquisador do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (Nu-pem/UFRJ), a própria lagoa é capaz de transformar determinada quantidade de matéria orgânica de maneira a não interferir na qualidade da água. Os pei-xes e plantas aquáticas, por exemplo, se alimentam dessa matéria.

Porém, o quadro fica complicado quando o volume de dejetos ultrapassa certo limite. “Com cada vez mais gente

morando na bacia hidrográfica da lagoa e jogando nela o esgoto não tratado, começou a ocorrer o acúmulo de ma-téria orgânica e isso provocou uma mu-dança na composição química da água”, afirma Mauricio.

O Nupem/UFRJ faz a análise da água da Lagoa de Imboassica, levan-tando diversos parâmetros ambientais que fornecem um retrato da saúde do recurso. A avaliação funciona como um diagnóstico do corpo hídrico, além de indicar como estão suas condições sani-tárias e de balneabilidade.

A análise leva em conta a medição de alguns nutrientes como o nitrogênio. A matéria orgânica presente na água é transformada em componentes quími-cos como o nitrogênio e o fósforo. Por isso, de acordo com o pesquisador, me-dir o nitrogênio funciona como indica-dor da qualidade da água. Assim, a alta concentração de nitrogênio equivale à grande quantidade de esgoto.

Um estudo feito pelo Nupem, en-tre os anos de 1992 e 2002, revelou que, a partir de 1998, a quantidade de nitrogênio aumentou consideravelmen-te. “Nessa época, houve uma mudança brusca em parâmetros de qualidade da água. A partir de 1999, ocorreu algo que mudou a condição da lagoa”, escla-rece Mauricio. O professor acredita que o aumento da taxa de ocupação urbana nos bairros próximos pode ter provo-cado a alteração, devido ao acúmulo de esgoto na lagoa.

A ETE do Mutum recebe o esgoto de sete bairros do entorno da lagoa e tem capacidade para tratar 40 litros por segundo

IMPACTO DO TRATAMENTO

É fato perceptível, a qualquer cida-dão, que a Lagoa de Imoassica sofre com anos de degradação. Porém, um recente capítulo histórico da cidade está apontando cenário bem mais animador.

É que, desde 2013, entrou em fun-cionamento a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum, na região sul da cidade. Por meio de Parceria Público Privada (PPP), o município de Macaé fez uma concessão de 30 anos para a Ode-brecht Ambiental S/A operar o serviço de saneamento básico, com fiscalização

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Segundo o pesquisador Mauricio, do Nupem, o acúmulo de esgoto na lagoa provocou uma mudança na composição química da água

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E ISSO PROVOCOU

UMA MUDANÇA NA

COMPOSIÇÃO

QUÍMICA DA ÁGUA”

MAURICIO MOLISANI - NUPEM

da Empresa Pública Municipal de Sane-amento, a Esane.

A ETE do Mutum tem capacidade para tratar 40 litros por segundo e re-cebe o efluente oriundo dos bairros Mirante da Lagoa, Jardim Guanabara, toda a Praia do Pecado que contempla os bairros Morada das Garças e Viven-das da Lagoa, parte do São Marcos, Ca-valeiros e Praia Campista. “A ETE do Mutum é o que se tem de mais avança-do em tratamento de esgoto no Brasil”, afirma o diretor Presidente da Esane, Marcos Muffareg.

Segundo ele, grande parte do lan-çamento de esgoto doméstico foi redu-zida após o funcionamento da estação. Nos dois módulos da ETE, o esgoto passa por vários processos. A estação reproduz o processo natural de trans-formação da matéria orgânica, porém de forma muito acelerada. Os módulos realizam desde o tratamento primário, com remoção de sólidos grosseiros, até a fase (última) de desinfecção, que eli-mina por meio de raios ultravioletas os micro-organismos causadores de doen-ças. Após passar por todos os proce-dimentos, o esgoto tratado volta como água limpa para a Lagoa de Imboassica.

“O último dado mostra que esse efluente está saindo com 98% de efi-

ciência. Posso até chamar isso de água e não mais de esgoto. Significa que, de todo o esgoto que recebemos no Mutum, conseguimos remover 98% da carga orgânica, nitrogênio e fósforo. Isso resulta num efluente muito clarifi-cado”, fala Marcos Muffareg.

A PARTE QUE CABE À POPULAÇÃO

A coleta e o tratamento de esgo-to do subsistema Mutum solucionam a principal causa de poluição da lagoa. Porém, de nada adianta a estação fun-cionar se os moradores não ligarem suas residências à rede coletora. Embo-ra os bairros do subsistema Mutum já possuam rede coletora, nem todos os domicílios estão ligados.

A ligação da casa à rede pública de esgoto é uma responsabilidade do usuário, conforme dispõe o Decreto 070/2014. O morador que não liga sua residência está contribuindo para sujar, ainda mais, o corpo hídrico. E quem não cumpre a norma, após o prazo estabe-lecido no decreto, pode ser multado a partir de um salário mínimo por mês.

De acordo com os dados da Esa-ne, 50% dos domicílios do subsistema Mutum ainda não foram ligados. Entre os bairros, o Mirante da Lagoa é o que

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Márcia, Rebeca e Fred moram no Mirante da Lagoa e não sentem mais cheiro de esgoto

Gerson Martins acredita que a dragagem é a solução para a despoluição total da lagoa

possui maior percentual de adesão com 79% das residências ligadas. A Praia do Pecado fica em segundo lugar com 60% de ligações, seguida dos Cavaleiros e Praia Campista com 50%, São Marcos com 37% e Jardim Guanabara com 21%.

A dona de casa Márcia Buys, 48 anos, mora no Mirante da Lagoa. Ela conta que recebeu a notificação para ligar seu imóvel e cumpriu com a obri-gação. “Ligamos a nossa residência há pouco tempo. A gente via alguns mo-radores do Mirante resistirem a fazer a ligação, acredito que muito por causa da descrença no poder público. A gente ficava sem saber se aquilo era sério ou não”, conta Márcia.

O diretor presidente da Esane afir-ma que, depois dos moradores do Mi-rante serem notificados sobre o prazo para ligação à rede e ficarem cientes do

Segundo Marcos, da Esane, o último dado mostrou que o esgoto está saindo com 98% de eficiência

A foto mostra como o efluente entra na ETE (esquerda) e como sai (direita), com 98% de eficiência

valor da multa, a adesão teve aumento significativo. Em um mês, o número de ligações aumentou de 30% para cerca de 80%, no bairro.

Marcos Muffareg alerta que as ações para mobilizar a população ainda estão em andamento. “O trabalho do ‘Se Liga’ que estamos fazendo em con-junto com a Odebrecht para incentivar as pessoas ainda não foi concluído. Tem muita gente que ainda está lançando esgoto na lagoa. Há condomínios fa-zendo o despejo in natura, como é o caso do Vale dos Cristais”, diz Marcos Muffareg, da Esane.

QUAL A SOLUÇÃO PARA O ACÚMULO DE ESGOTO?

Importante passo para combater a causa da poluição já está em funciona-mento. Com a ligação dos domicílios,

menos dejetos são lançados na lagoa. Agora, é preciso olhar para o problema do passado e planejar ações que resol-vam o efeito causado pelo despejo de esgoto ao longo dos anos.

“Do ponto de vista dos parâme-tros químicos de análise da qualidade da água, a gente ainda não vê melhora nenhuma. E isso é óbvio porque é mui-to recente o funcionamento da ETE do Mutum. O negócio não é uma mágica. Temos muito tempo de acúmulo de resíduos que ainda liberam nutrientes, além do esgoto não tratado que ainda é lançado na lagoa e, inclusive, no Rio Imboassica”, pontua Mauricio.

Para o pesquisador do Nupem, al-gumas medidas deveriam ser tomadas como o ordenamento de ocupação da bacia hidrográfica da Lagoa de Imboas-sica, a revitalização do Rio Imboassica,

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Gia

nini

Coe

lho

A Lagoa de Imboassica é paisagem inspiradora para muita gente, assim como Márcia, que vê esse retrato da janela de sua casa

“PARA EXECUTAR

A DRAGAGEM, NÓS

TEREMOS QUE

FAZER A

INTEGRAÇÃO

ENTRE MACAÉ,

GOVERNO DO

ESTADO, NUPEM

E RIO DAS OSTRAS”

GERSON MARTINS - SEMA

a retirada do excesso de plantas aquáti-cas e a dragagem dos sedimentos enri-quecidos em esgoto do fundo da lagoa.

A técnica é usada para retirar mate-rial do fundo de corpos d’água. “Para executar a dragagem, nós teremos que fazer a integração entre Macaé, go-verno do estado, o Nupem e Rio das Ostras (já que a Lagoa de Imboassica e o Rio Imboassica, afluente da lagoa, estão na divisa entre Macaé e Rio das

Ostras). Acredito que a dragagem seja mesmo a solução, mas precisaremos ver qual tipo seria melhor. É necessário envolver todos os órgãos para discutir isso”, afirma o Secretário Municipal de Ambiente, Gerson Martins.

De acordo com Gerson, só depois que grande parte dos domicílios se liga-rem à rede coletora de esgoto do sub-sistema Mutum é que a retirada de sedi-mentos da lagoa poderá ser feita. Ainda

não existe um prazo para a realização da dragagem, mas ela já é considerada no planejamento de ações ambientais para os próximos anos.

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A novidade do pedalinho está levando muitas famílias a passearem na lagoa

Claudianne, do Quiosque Match Point, aposta nos shows para atrair mais pessoas no verão

Nos fins de semana é fácil encontrar muitas pessoas apreciando a beleza do pôr do sol na Lagoa

Gianini C

oelho

Gia

nini

Coe

lho

A MUDANÇA PELA ÓTICA DO USO SOCIAL

O inspetor de solda Carlos Frederi-co Buys, 55 anos, mais conhecido como Fred, e Márcia Buys são casados e têm uma ligação especial com a Lagoa de Imboassica. Eles amam o contato com a natureza e privilegiam a saúde e quali-dade de vida. Ele, ex-atleta profissional e praticante de vários esportes e ela, que já foi personal trainner, moram no Mirante da Lagoa, de frente para as águas, desde 2005. Para Márcia, abrir a janela do quarto pela manhã e se de-parar com a lagoa é inspirador. Os dois praticam esporte. Ele rema e faz Stand Up Paddle e ela pratica canoa havaiana e, às vezes, Stand Up.

Quando o casal foi morar no bairro, sentia um mau cheiro constante. Hoje, eles percebem as mudanças. “Alguma coisa, de fato, está melhorando. Não tem mais odor de esgoto perto da nossa casa”, fala Fred. “Antigamente, quando o Fred ia remar e tirava a rou-pa para colocar no tanque, o cheiro era muito ruim, era fedor de esgoto. Hoje, a roupa usada na lagoa já não tem mais cheiro”, fala Márcia.

É nas atividades de esporte e lazer que Fred conhece trechos da lagoa inexplorados pela maioria. “Quando eu entro no canal das Pedrinhas pare-ce que estou longe da civilização, me sinto entrando num portal. Dou muita carona pra peixe (risos), de tanto que eles pulam na prancha. Vejo lagartos, gaviões e garças lindas”, conta Fred.

Fred e Márcia estão esperançosos de ver a lagoa despoluída. “A gente vê os peixes pulando na lagoa. Ela está viva. Antes, a gente não tinha perspec-tiva de melhoria e agora estamos tendo até pedalinho. Sentimos que ela está co-meçando a revigorar”, diz Márcia.

A gerente administrativa do Quios-que Match Point, Claudianne Antero, sente, no dia a dia, que as pessoas estão aproveitando mais todos os atrativos do lugar. “Os clientes dizem que está melhorando e tem mais diversão. As pessoas têm falado bem e dito que não tem mais cheiro de esgoto e nem muito mosquito”, conta Claudianne. Segun-do ela, o movimento no Match Point está aumentando em relação ao ano passado. O quiosque promove shows

“QUANDO ENTRO

NO CANAL DAS

PEDRINHAS, PARECE

QUE ESTOU LONGE

DA CIVILIZAÇÃO.

DOU MUITA

CARONA PRA PEIXE,

DE TANTO QUE

ELES PULAM NA

PRANCHA. VEJO

LAGARTOS, GAVIÕES

E GARÇAS LINDAS”FRED BUYS - Morador do Mirante

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Os sócios Valério, Edilson e Josias, que alugam pedalinhos, caiaques e pranchas de Stand Up Paddle,notaram que mais pessoas estão frequentando a lagoa

de sexta-feira a domingo, a partir das 16h. Ela afirma que chega a atender, em média, 600 pessoas em um dos dias do fim de semana.

Uma novidade que tem levado mui-tas famílias de Macaé a passear no lugar é o pedalinho. Desde setembro, os só-cios Josias Caldeira Filho, Edilson Paes Tavares e Valério Aniceto Kira da Silva estão comercializando o passeio com

pedalinho. Além deste, eles também alugam prancha de Stand Up Paddle, caiaque e dão aula de kite surf. “Nós começamos com quatro pedalinhos, mas a procura foi tanta que compramos mais quatro”, fala Edilson. “Muita gente elogia dizendo que faltava atrativo as-sim. Temos clientes dizendo que estão resgatando a infância porque, há mais ou menos 20 anos, existia pedalinho na lagoa”, conta Josias.

A BALNEABILIDADE DA LAGOA

“A limpeza da lagoa precisa estabilizar pra gente ter mais confiança no que está sendo feito. Quero ter certeza mesmo que está limpa e ver os testes sendo feitos e mostrados pra população”, fala Márcia.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) faz o monitoramento da balne-abilidade das praias e da Lagoa de Im-boassica, em Macaé. Após a análise da

“A ETE DO

MUTUM É O QUE

TEM DE MAIS

AVANÇADO EM

TRATAMENTO DE

ESGOTO NO

BRASIL”

MARCOS MUFFAREG - ESANE

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quiosques e parte de integração de todo o calçamento da lagoa e seu en-torno”, adianta Gerson.

O desejo de milhares de moradores de Macaé é ver a preservação desse cor-po hídrico tão importante para a cidade. A população anseia em ocupá-lo para se divertir, interagir com a natureza, tomar banho nas suas águas e ver o local rece-ber a valorização e cuidado que merece: ambiental, social e urbanístico.

“Nosso sonho é isso aqui estar ur-banizado, com ciclovia, tipo como é na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Que-remos vê-la preservada, bem cuidada, até porque, isso também atrai mais pes-soas”, fala Josias, do pedalinho. “A lem-brança mais feliz da minha infância é da minha família tomando banho na Lagoa de Imboassica. Eu via o meu pé de tão limpa que a água era. Espero que isso volte porque tenho um sobrinho e dese-jo muito isso pra ele. Hoje, a lagoa é mi-nha ferramenta de trabalho e quero de coração, que isso volte a acontecer”, fala Claudianne, do Quiosque Match Point.

É consenso, entre todas as partes ouvidas na matéria, que a revitalização da Lagoa de Imboassica é uma necessi-dade real para a cidade: pesquisadores, poder público, empresários, morado-res do seu entorno ou os que fazem dela, seu local de lazer. Estamos es-perançosos para que os fins de tarde, que vêm encantando a todos, possam brilhar além da foto, na qualidade de suas águas e do seu ecossistema devida-mente recuperado e preservado.

De acordo com os testes de balneabilidade (outubro e novembro) do Inea e da Secretaria Municipal de Ambiente de Macaé, a Lagoa de Imboassica está própria para banho

Luiz

Bisp

o

“UMA DAS COISAS

PREVISTAS É

AUMENTAR O

CINTURÃO DA

CICLOVIA. A IDEIA

É INTERLIGAR

A LAGOA DE

IMBOASSICA

AO MIRANTE”

GERSON MARTINS - SEMA

coleta da água, são divulgados boletins indicando se o recurso hídrico é próprio ou impróprio para banho. A amostra é colhida em um ponto, localizado próxi-mo à Rua Amphilófilo Trindade. O órgão divulga dois boletins, a cada mês. No mês de outubro e no primeiro boletim de novembro, as coletas apontaram que a água está própria para banho. Até o fechamento desta edição da DiverCida-des, o Inea ainda não tinha divulgado o resultado do 2º boletim de novembro.

A Secretaria de Ambiente de Ma-caé está realizando o mesmo trabalho desde o dia 18 de outubro de 2014. Os dois órgãos se baseiam nos critérios de balneabilidade previstos na Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Porém, o órgão municipal faz a coleta em três pontos, uma vez por semana. Segundo explica Gerson Martins, em todas as quatro primeiras medições realizadas nos três pontos da Lagoa de Imboassica o resul-tado foi próprio para banho.

Além da informação da balneabi-lidade ser divulgada pela imprensa e ficar disponível no site das instituições ambientais, há uma placa afixada nas margens da lagoa, baseada nos testes mais recentes, que sinaliza se a água é própria ou imprópria para banho.

PROJETOS FUTUROS

A mesma transformação ocorrida na orla dos Cavaleiros, este ano, com a reconstrução do calçadão, abertura de ciclovias, entre outras coisas, pode

acontecer também nos arredores da Lagoa de Imboassica. Conforme expli-ca o Secretário de Ambiente, Gerson Martins, além do tratamento de esgoto, outros trabalhos, como a fiscalização ambiental nas indústrias, estão sendo feitos. O órgão está planejando várias ações por meio de um macro projeto para despoluição da lagoa, como revita-lização das nascentes do Rio Imboassica e do Canal do Mulambo.

“Nós queremos fazer um levan-tamento técnico junto aos órgãos de estudo da lagoa para estimular a rever-são do atual processo de degradação, através do aumento da troca da água entre o mar e a lagoa. Até porque, uma das principais características das lagoas costeiras, que é o caso da de Imboassica, é a sua comunicação com o mar”, afirma o secretário.

Outro item importante é o reorde-namento do uso da lagoa, que vai impli-car em novas normas sobre a utilização geral desse recurso hídrico, como por exemplo, regulamentar quais ativida-des esportivas serão permitidas e quais proibidas, quais serão as regras para ati-vidades de entretenimento, etc. Além disso, ações de reurbanização também serão contempladas no planejamento.

“Uma das coisas previstas é au-mentar o cinturão de ciclovia. A ideia é interligar a Lagoa de Imboassica ao Mirante da Lagoa. Também vamos usar um novo conceito de calçamento e de quiosques. Existe um projeto, em aná-lise, para remodelação de todos os

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A tendência americana decelebrar o casamentoapenas com um gruposeleto de familiares eamigos ganha cada vez mais força entre os casais, repletode detalhes personalizadose romantismo

Você já ouviu falar em mini wedding? Essas duas palavri-nhas: mini, pequeno e we-dding, do inglês, casamento, têm se tornado febre entre

as noivinhas mais antenadas e retratam muito bem essa tendência de realizar cerimônias mais intimistas e para pou-cos convidados.

Nascido nos Estados Unidos, o mini wedding é fruto da tradição americana de aproveitar o jardim ou quintal de casa para realizar uma festa. Seja pela possibilidade de agregar mais quali-dade ao evento, personalizar e criar detalhes, ou até mesmo pelo custo. O fato é que, no Brasil, onde festa, na maioria das vezes, é sinônimo de muita gente, as cerimônias grandiosas cedem, cada vez mais, espaço para as celebra-ções íntimas, mas nem por isso menos pomposas, como garante a designer de eventos Fabiana Kropf, da Sweet Glacê.

“Venho trabalhando com os mini weddings há, pelo menos, um ano e, neste tempo, este tipo de casamento tem sido o escolhido por 70% dos noi-vos que atendo. As vantagens são inú-meras, principalmente, pela capacidade de tornar o momento único e exclusivo, já que uma festa para no máximo 100

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Silvia Jardim

A cerimonialista Fabiana Kropf aposta no mini wedding como uma tendência que veio para ficar

Búzios foi o cenário escolhido para o casamentoluxuoso de Taís e Rafael

COMPORTAMENTO

convidados permite ao casal se dedicar e investir nos detalhes que causam en-canto. E isso, podemos obter usando elementos na decoração que remetam a algum laço de afetividade ou história do casal, uma escolha criteriosa do bu-ffet, flexibilidade na escolha do local, já que uma festa com esse porte se adapta facilmente a inúmeros ambientes e, é claro, a personalização que consegui-mos imprimir com diversos elementos, fazendo com que a festa fique, de fato, a cara dos noivos”, afirma.

A CELEBRAÇÃO EM ALTOESTILO DE TAÍS E RAFAELHá um ano morando juntos, Taís Reis

e Rafael Pinto sempre pensavam em um dia começar a planejar o casamento. Mas, com a notícia da transferência de Taís para a Holanda, o que era apenas uma ideia teve que ser colocado em prá-tica e com apenas um mês. Com a falta de tempo e desejando fazer uma festa mais elaborada, o mini wedding apare-ceu como solução perfeita para o casal.

“Seria impossível, nesse período, nos organizarmos para um evento maior. Logo, desde o início, decidimos que seria um mini wedding, apenas com a família mais próxima e os amigos em comum”, relata Taís que fez questão de enviar um

MINIWEDDING

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Taís e Rafael celebraram do jeito que imaginaram o tão sonhado dia do ‘sim’

Gia

nini

Coe

lho

“FOI UMA NOITE

MUITO ESPECIAL.

CONSEGUIMOS

CURTIR E TODOS

SE CONHECIAM.

FOI TUDO,

SIMPLESMENTE,

PERFEITO”

TAÍS REIS

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Para Taís e Rafael, outra vantagem do casamento para apenas 60 convi-dados foi o investimento que puderam fazer na cerimônia. O local da celebra-ção foi uma mansão na Praia de João Fernandes, em Armação dos Búzios, cidade que faz parte da história do casal, já que foi onde passaram o pri-meiro fim de semana juntos. O buffet também recebeu atenção especial, com bebidas de diferentes países, incluindo champagne francês e jantar com frutos do mar assinado por chef graduado. Todos esses detalhes agregaram valor ao evento e fizeram a alegria dos noi-vos e convidados. “Foi uma noite mui-to especial, conseguimos curtir e todos se conheciam. Foi tudo, simplesmente, perfeito!”, comemora Taís.

O CASAMENTO NO CAMPO DE PATRÍCIA E THIAGO

E foi no ritmo dessa quebra de tradicionalismo que o casal Patrícia Pacheco e Thiago Góes se casou. Ele, de tênis e terno. Ela, foi dirigindo o próprio carro para o casamento, vestida de noiva e teve como buquê um ramo de pimenta. Toda essa irre-verência pode ser retratada na ceri-mônia realizada ao ar livre, para 70 convidados, em janeiro deste ano, em um condomínio, em Macaé. A deco-ração, cercada de elementos rústicos, contou ainda com santinhos e objetos que o casal tinha em casa. Patrícia re-vela que participou ativamente de to-dos os detalhes, confeccionando ela

e-mail simpático aos amigos e familiares explicando as razões de não estarem sen-do convidados e esclarecendo que, se o casal tivesse oportunidade de fazer uma festa maior, eles estariam presentes.

Com a noiva às voltas com o pro-cesso de transferência na empresa, o acompanhamento dos preparativos do casório ficou por conta do noivo, que se dedicou e participou ativamente da escolha de cada detalhe. “Sou mui-to exigente e, por isso, fiz questão de acompanhar cada passo, da decoração ao buffet”, afirma Rafael.

Irreverência e romantismo foram as marcas do casamento de Patrícia e Thiago

O casamento no campo deu lugar a uma decoração rústico e chic com objetos pessoais do casal

mesma as lembrancinhas da festa. “A gente não conhecia como mini we-dding mas, desde o início, sabíamos que queríamos uma festa só para os familiares e amigos mais íntimos. Não foi difícil ajustar a lista de casamen-to porque quando você define bem como será a festa, as pessoas acabam entendendo. Para mim, foi uma expe-riência emocionante, o clima da festa foi mágico e todo mundo se conhecia. Tenho certeza que serviu de inspira-ção para outros casais, além de ter ficado na memória dos meus filhos”, relembra Patrícia, que contou com a participação dos três filhos do re-lacionamento anterior na cerimônia que, pensada também para os peque-nos, contou com um espaço infantil, com direito a buffet específico e mesa de guloseimas.

Thiago também comemora a es-colha deste modelo de casamento. “A gente pode curtir do início ao fim, bem à vontade, sem as preocupações que uma festa de porte maior talvez pudesse trazer”, garante o noivo.

O “SIM” EM FAMÍLIA DE ADRIELLEN E MARCUS

Eles se conheceram no trabalho e, pouco depois de iniciarem o namoro, resolveram se casar. De início, seria apenas um casamento simples no civil, mas, como a mãe da noiva, assim como a maioria das mães, não abria mão da festa, Adriellen Franca começou a pes-

“A GENTE NÃOCONHECIA COMO MINI WEDDING,MAS DESDE O INÍCIO,SABÍAMOS QUEQUERÍAMOS UMAFESTA SÓ PARA OSFAMILIARES E AMIGOS MAIS ÍNTIMOS”

PATRÍCIA PACHECO

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Arq

uivo

pes

soal

quisar uma maneira de fazer uma festa e encontrou na internet o mini wedding, que se encaixava perfeitamente no estilo e orçamento do casal.

“Li, em vários blogs, sobre o mini wedding e me identifiquei totalmen-

te com a proposta”, afirma Adriellen, acrescentando que o casamento em proporção menor foi o ideal ainda pela redução dos custos envolvidos no even-to. O noivo, apesar de nunca ter ou-vido falar neste tipo de festa, acabou embarcando na ideia da noiva.

E como ficam familiares e os ami-gos que não são convidados? Segundo Adriellen e Marcus Jesus, a definição de que seriam convidados apenas os familiares e, ainda assim, os mais ínti-mos, facilitou que a lista fosse fechada em apenas 50 pessoas.

A decoração leve e delicada ganhou destaque na cerimônia de dia do casal Adriellen e Marcus

O ambiente charmoso do restaurante Lucca foi o local ideal para a cerimônia intimista em família

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visual de eventos no Rio de Janeiro, afir-ma que a empresa tem recebido muitos pedidos de Macaé e que atende cada vez mais aos mimos e caprichos dos noivos quando o assunto é personalização, um dos traços marcantes dos mini weddings. “Como o evento tem um público mais reduzido, o casal acaba fazendo questão de torná-lo único em todos os detalhes”, afirma Cláudia, que oferece soluções gráficas personalizadas como pistas de dança, painéis, papelaria (convite, cardá-pio, etc.) e lembrancinhas.

A sofisticação e criatividade do tra-balho pode ser percebida em lembran-ças como caixas forradas com linho e nomes bordados, placas em pvc com mensagens divertidas que são utiliza-das durante a discoteca e peças arte-sanais. “O mini wedding já se tornou uma forte tendência no Brasil, fazendo com que o casal possa optar por am-pliar a qualidade do que oferece aos seus convidados, com produtos cada vez mais elaborados e caprichados”.

E se você se empolgou, fique aten-to aos prazos. Segundo Cláudia, para os convites mais elaborados e persona-lizados o prazo ideal é de seis meses, já que o material precisa ser entregue aos noivos para distribuição pelo menos dois meses antes do casamento. Para as lembranças, o prazo mínimo para enco-menda é de três meses.

Erico Gonçalves está treinando para participar do Rally dos Sertões pela quarta vez. Agora, em 2015, será na categoria Carros L-200 RS

Os filhos de Patrícia tiveram atençãoespecial na cerimônia. Na foto, dois deles aparecem com a meia- -irmã, Kloê Cardoso

Para Cláudia Haddad, a personalização é um dos traços mais marcantes que o mini wedding possibilita

“LI, EM VÁRIOS

BLOGS, SOBRE O

MINI WEDDING E ME

IDENTIFIQUEI

TOTALMENTE COM

A PROPOSTA”

ADRIELLEN FRANCA

“Os amigos que são amigos mesmo, entenderam o fato de não terem sido convidados. Mas nós adotamos alguns cui-dados, como evitar de ficar comentando sobre o assunto, até mesmo nas redes so-ciais, para não causar nenhum constrangi-mento”, declarou Marcus.

Para Adriellen, o casamento mais reservado saiu do jeito como ela espe-rava. “Escolhemos um restaurante super charmoso, de frente para a praia. O dia estava lindo. A decoração foi pensada nos mínimos detalhes e sem toda aquela tensão que uma festa maior traria. Du-rante a festa, os familiares puderam se confraternizar e celebrar conosco nossa felicidade. Outro diferencial marcante de ter uma lista mais seleta: todas as pessoas que convidamos vieram”.

DETALHES, CUSTOS EPLANEJAMENTOFabiana Kropf revela que os custos

envolvidos no mini wedding dependem da proposta da cerimônia e de quanto cada casal quer gastar. “Dependendo do formato, um casamento para 50 pessoas pode ser tão caro quanto um para 200. Tudo vai sair de acordo com o perfil do casal e do quanto o evento será personalizado”.

Cláudia Haddad, responsável pela Papel a la Carte, que atua há 10 anos no mercado de papelaria e programação

Caixa forrada em linho, com iniciais bordadas, é um exemplo de lembrança sofisticada e personalizada

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Com muito trabalho e harmonia nas relações, empresas de Macaé geridas por familiares desvendam a trilha do sucesso

NEGÓCIOS DE FAMÍLIA

Assim como a Sadia, a Ma-gazine Luiza, a Odebrecht, muitas empresas brasileiras nascem com uma caracte-rística em comum: a de se-

rem familiares. Pais, filhos, irmãos, es-posas, maridos, tios, sobrinhos, netos e agregados fazem coexistir dois laços: o afetivo e sanguíneo com o profissional. Trabalhar em família pode ser muito prazeroso, desafiador e rentável.

Em Macaé, três famílias S/A trilha-ram caminhos de muito aprendizado e descobriram autênticas fórmulas de sucesso; o JPavani, na área de varejo supermercadista, a Flash Print, no seg-mento de serviços de comunicação vi-

Por: Leila Pinho • Fotos: Allle Tavares

sual; e a Central de Aços, na área de comércio de suporte on e offshore si-derúrgico e naval.

“Trabalhamos de domingo a domin-go durante mais de 25 anos. Mamãe dormia no mercado e acordava no mercado. Se a gente fica perto é que as coisas andam”, fala o diretor do JPa-vani, Paulo Cezar Campos Pavani, filho dos fundadores do Pavani: Terezinha Campos Pavani e Joaci Pavani.

“Quando os filhos vieram para trabalhar conosco, a intenção era eu e o Jorge (marido) nos afastarmos, mas não conseguimos. A empresa se transformou num filho pra gente”,

conta Jussara Castro Pinheiro da Cos-ta, responsável pelo setor financeiro da Flash Print.

“Temos muito respeito pela hierar-quia e sabemos o quanto é importante respeitar a opinião do outro. Digo que nós somos o quarteto fantástico porque um complementa o outro”, diz João Guilherme Faria, gerente de vendas da Central de Aços, que administra a loja junto com o pai, a mãe e a irmã.

O QUE FAZ A FAMÍLIA S/A DAR CERTO?

De acordo com o Coordenador Re-gional do Serviço Brasileiro de Apoio às

Para a família Faria, da Central de Aços, respeitar a opinião do outro e a hierarquia é fundamental. Da esquerda para a direita: João Guilherme, Maria, João Faria e Marianna

MERCADO

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Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Norte Fluminense, Gilberto Soares, a realidade de Macaé não foge à regra do Brasil. “Na indústria de óleo e gás não é predominante. Mas, no comér-cio, a tendência é das empresas serem familiares. Talvez, por Macaé ser muito próspera e o nível cultural ser elevado, observo que as pessoas aqui estão mais preparadas”, fala Gilberto. O coorde-nador regional do Sebrae observa novo comportamento entre os profissionais.

“SUGIROMONTAR UM BOMPLANEJAMENTOESTRATÉGICO, ONDEFIQUE CLARO QUAL ÉA FUNÇÃO DE CADAUM, ASSIM COMOSEUS DEVERES ERESPONSABILIDADES”GILBERTO SOARES / Sebrae

Para ele, o perfil está mudando e mais pessoas, que antes desejavam ser em-pregadas, de uma grande corporação agora estão interessadas em abrir o próprio negócio. E pra começar, nada melhor do que a família.

Para Gilberto, algumas práticas são fundamentais para apontar o caminho do êxito. O equilíbrio entre o que é pes-soa física e jurídica é uma. A mistura de identidades entre os membros da família

que são gestores pode ser muito prejudi-cial. É preciso separar a mãe da adminis-tradora, por exemplo. Ter clareza sobre a questão financeira e saber a diferença entre o que é lucro da empresa e retira-da pessoal também é importante. “Sugi-ro montar um bom planejamento estra-tégico, onde fique claro qual é a função de cada um, assim como seus deveres e responsabilidades. Isso deve estar claro e descrito no papel”, diz. Respeitar a hie-

Em Macaé, as empresas familiares são mais comuns no comércio, segundo Gilberto Soares, do Sebrae

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A experiência fez a família Pavani atentar para o que é valor para o cliente e tornar isso um diferencial. Acima: Joaci, Terezinha, Paulo e Marcilene

rarquia e se capacitar continuamente são boas dicas, também.

PARA OS FARIA ...

Na Central de Aços, um intenso envolvimento com a empresa, liderado pelo Diretor João Faria, mais conheci-do como Faria, foi o fio que conduziu a esposa Maria Faria, do RH; o filho João Guilherme Faria, Gerente de Vendas; ea filha Marianna Faria Siqueira, Gerente Administrativa, a se apaixonarem pela gestão em família.

Quando Marianna e João ainda eram crianças, Faria os incentivava a conhe-cer e participar da loja. Assim, os dois cresceram se sentindo parte da Central de Aços e acabaram, naturalmente, por ajudar a administrar o negócio.

“Existe uma hierarquia que é respei-tada. Somos uma família unida e tam-bém somos profissionais. Estamos na empresa para trabalhar e ali o ambiente é formal e não nos chamamos como fi-lho, pai ou mãe”, conta Maria. Para ela, tão importante quanto ser dinâmica e ter cuidado no trato com os demais membros na condução dos assuntos corporativos, é exigir o melhor.

Para Marianna, a definição clara das funções de cada um colabora muito para a harmonia do ambiente. “Pra gente, o importante é o barco ser conduzido em uma só direção”, fala João Guilherme.

“NUNCA JOGAR

DINHEIRO FORA E

FAZER AS COISAS COM

SEGURANÇA. NÃO

TEMOS AMBIÇÃO DE

CRESCER COM

DINHEIRO DO OUTRO,

TEMOS A CULTURA DE

CRESCER COM

RECURSOS PRÓPRIOS”

PAULO PAVANI / JPavani

Júnior, Fabrício, Jorge e Jussara na Flash Print. A família Pinheiro da Costa domina todos os processos e consegue tocar o negócio sem susto, mesmo em momentos de imprevistos

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“DE VEZ EM

QUANDO, A GENTE

DISCUTE. É NORMAL

PORQUE SÃO

FORMAS DE PENSAR

DIFERENTE. MAS

ESTAMOS SEMPRE

TROCANDO IDEIAS”

JORGE COSTA / Flash Print

PARA OS PAVANI ...

Para a família Pavani, a receita do su-cesso passa por muito trabalho, há 40 anos. Vindos no ano de 1974 de uma fazenda em Sodrelândia, em Trajano de Moraes, os Pavani compraram um imó-vel em Macaé onde fizeram morada e ganha pão. A casa ficava em frente ao atual supermercado do Visconde de Araújo. O mesmo imóvel foi dividido entre a residência e a venda JPavani, as-sim nomeado por causa das iniciais do patriarca Joaci Pavani. O negócio era pequeno, comercializava arroz, ovos e outras mercadorias a granel e vendia fiado. Desde pequenos, Paulo e Luiz ajudavam os pais. A família se empe-nhou bastante, enfrentou dificuldades, persistiu, sem deixar de perder a espe-rança de um futuro melhor.

“Nunca jogar dinheiro fora e fazer as coisas com segurança. Não temos ambi-ção de crescer com dinheiro do outro, temos a cultura de crescer com recursos próprios”, fala Paulo. A experiência de Terezinha provou o quanto é importan-te estar sempre de olho no que é valor para o cliente. Ela recorda que, na época do lançamento do plano real, enquanto os mercados pequenos de Macaé nega-vam o ticket como pagamento das com-

pras, o JPavani aceitava. Muitas vezes, o supermercado estabelecia uma porcen-tagem pequena de lucro como forma de conquistar o consumidor e fazê-lo voltar na próxima compra.

Justo na década de 1990, quando a moeda se estabilizou com o plano real, é que o JPavani cresceu com mais for-ça. Em 2000, o supermercado fechou a pequena venda e abriu a grande loja onde hoje está o JPavani, no Visconde de Araújo. Depois disso, o supermerca-do da Ajuda foi inaugurado, em 2006. O fruto mais recente do esforço desta família está em construção do novo JPa-vani, que ficará na Avenida Evaldo Costa (antiga Ayrton Senna), perto da Igreja Santo Antônio. Ainda não há data para a inauguração, mas a família já adianta que quando a unidade nova ficar pron-ta, o atual supermercado que fica na Rua do Proletariado irá fechar.

PARA OS PINHEIRO DA COSTA ...

Na Flash Print, a família Pinheiro da Costa acredita muito que o afinco no trabalho, o respeito à hierarquia e a divisão entre os laços afetivos e o lado profissional norteiam para a prospe-ridade. Jorge Pinheiro da Costa, sócio majoritário, e sua esposa Jussara Castro

Pinheiro da Costa saíram de Campi-nas (SP) na década de 90 para morar em Macaé, quando decidiram abrir a Flash Print. Jussara conta que o início foi difícil e desafiador, exigindo do casal longas horas de dedicação. A serieda-de em cumprir os compromissos, um valor deles, foi replicada no negócio e surtiu bons efeitos.

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“SOMOS UMA

FAMÍLIA UNIDA E

TAMBÉM SOMOS

PROFISSIONAIS.

ESTAMOS NA

EMPRESA PARA

TRABALHAR. ALI O

AMBIENTE É FORMAL

E NÃO NOS

CHAMAMOS COMO

FILHO, PAI OU MÃE”

JOÃO GUILHERME / Central de Aços

“A gente trabalha sério. Cobramos quando tem que cobrar e separamos bem esse lado família, da empresa. Aqui (na Flash Print), o Júnior (Jorge Pinhei-ro da Costa Júnior – filho de Jussara e Jorge) me chama de Dona Jussara e fala Sr. Jorge (com o pai)”, conta. Para eles, ter o domínio dos processos é um grande diferencial. “Quando você

é dono precisa saber de tudo porque se o funcionário falta não tem proble-ma, assim não fica dependente de nin-guém”, diz Jussara.

TRABALHAR EM FAMÍLIA É BOM PORQUÊ ...

“Você sabe que tem pessoas que zelam pelo que você criou. De vez em quando, a gente discute, é normal por-que são formas de pensar diferentes. Mas estamos sempre trocando ideias”, fala Jorge da Flash Print. Para o filho dele, Júnior, a vantagem está na cer-teza do resultado. “Traz segurança. Eu trabalho para mim mesmo e se eu me empenhar em crescer, sei que vou co-lher bons frutos”, diz. Jussara também se sente mais tranquila. “O lado bom é saber que se eu sair é meu filho que vai gerir a empresa”, fala Jussara.

A Diretora Financeira do JPavani, Marcilene Amaral e Siqueira Pavani, esposa de Paulo, não pensa em fazer outra coisa que não continuar no su-permercado. “É muito bom ter todo mundo junto. Facilita a vida da gente, além de ser cômodo também”, diz Marcilene. Para Paulo, a harmonia é importante valor. “Tem equilíbrio, a gente conversa e se entende. Papai e mamãe são bem flexíveis e passaram isso pra gente”, diz Paulo.

Para Marianna, da Central de Aços, o prazer da convivência e de estar sem-

pre junto são grandes benefícios do tra-balho em família. “Pela liberdade, pela amizade e pela confiança. Pra mim, a fa-mília é a base de tudo”, afirma João. Já Maria, sente grande satisfação na Cen-tral de Aços e fica muito feliz em estar junto do marido e dos filhos.

O FUTURO

Muitos especialistas em gestão de empresas familiares apontam que a su-cessão é um período crítico. Algumas acabam não sobrevivendo depois que a segunda ou terceira geração assume o comando. Muitas vezes, a disputa pelo poder e a falta de harmonia entre os membros gestores acaba gerando uma divisão nos negócios.

No JPavani, há mais de 10 anos, o fundador Joaci deixou a administração nas mãos dos filhos, que vêm surpre-endendo ao mostrar que, na atual fase, sopram bons ventos. No supermercado, os administradores souberam conduzir a gestão de forma saudável, cada um con-tribuindo com a atuação na sua área.

Já na Flash Print e na Central de Aços, a primeira e segunda geração ainda convive na administração. Eles não estão muito preocupados em como será depois que os pais deixa-rem a liderança, mas estão cientes da responsabilidade e imbuídos do mes-mo compromisso da continuidade.

O novo supermercado JPavani (Av. Evaldo Costa) está em construção e ainda não tem previsão para inaugurar

Divulgação - J Pavani

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Macaé é como coração de mãe, recebe todos com respeito e carinho. Mas já perdeu algunsdos seus “filhos” parao mundo. Ouvimosalgumas dessaspessoas, quedividiram conosco suas históriase lembranças

“MACAENSES” PELO MUNDO AFORA

É rotina para o macaense, aliás, figura cada vez mais rara, cruzar com pessoas de ou-tros países e estados que encontraram na Princesinha do Atlântico, oportunidade. Mas essa é outra história. Vamos registrar

nesta edição de fim de ano, quando estamos cheios de emoções, bons sentimentos e recordações, his-tórias de alguns “macaenses” que deixaram essa terra em busca de sonhos e, por que não dizer, oportunidades.

A lista de possíveis entrevistados era enorme. Afi-nal, tem um macaense em cada canto deste planeta. Ficamos com algumas boas escolhas. Gente que viveu e que mantém vínculos familiares e de amizade com Macaé. Pessoas queridas, que deixaram boas lembran-ças e que estão sempre por aqui, para matar saudades ou, quem sabe, para confirmar que Macaé e os maca-enses têm lugar mais que especial em seus corações.

OUSADIA E SUCESSO

Josemar Ibrahim Penna é uma daquelas pessoas que sempre teve espírito aventureiro. Alegre e comunica-tivo, encontrou nos Estados Unidos seu caminho de oportunidades. Macaense, nascido e criado, Josemar cresceu no bairro Imbetiba. Instituto Nossa Senhora da

Por: Luciene RangelFotos: arquivo pessoal

A CIDADE

Família Penna em Boca Raton. Rosana, Tamara e Josemar

Glória (Castelo) foi sua escola da vida inteira e dentre as melhores lembranças estão as Gincanas Jovens e o grupo Grito de Fé.

“Após a formatura no Castelo fui para o Rio cursar Comunica-ção Social na Universidade Gama Filho. Em 1988, tive a oportuni-dade de fazer faculdade nos Estados Unidos, intercâmbio”, revela ele que, inicialmente, foi admitido na Universidade Estadual de Ohio, em Cleveland. Mas o frio o levou a buscar outro endereço, conseguindo transferência para a Universidade Estadual da Cali-fórnia, cidade de Hayward. Lá, se formou bacharel em Comunica-ção, com especialização em Relações Públicas. Logo após, concluiu mestrado e MBA na Universidade de Phoenix.

Tinha, então, o início de uma sólida carreira profissional. “En-trei no mercado contratado pela Alamo Rent A Car, na área de Recursos Humanos. Em 2000, fui transferido para a Flórida, cidade de Boca Raton, onde vivo ate hoje. Em 2002, fui contrata-do pela Advance Auto Parts como Gerente Regional de RH. Em 2005 fui para uma investidora imobiliária como diretor de RH, responsável pelos estados do Texas, Flórida e Geórgia. Em 2010, fui recrutado pela Southern Wine & Spirits, maior distribuidora de bebida alcoólica do país, onde atuo como vice-presidente de RH, estado da Flórida.”

A trajetória de sucesso foi regada a saudade e, alguns momen-tos, a lágrimas. “Cheguei nos Estados Unidos jovem, aos 20 anos. A adaptação não foi tão difícil, mas a saudade da família e dos ami-gos em Macaé era grande. Muitas vezes, no começo, escrevi cartas enquanto as lágrimas caiam no papel. Naquela época, não existia internet ou smartphone e o fax era algo recém-criado. A minha fa-

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Família Rimini em Milão. Juliana, Alberto e os filhos Luca e Pietro

cilidade com a língua inglesa foi funda-mental à minha adaptação”, recorda Josemar que, em uma de suas visitas a Macaé, conheceu Rosana Moreira, macaense, e que embarcou com ele nesta aventura. Da união, nasceu Ta-mara Penna, natural de Boca Raton, hoje com 11 anos.

Esse macaense de 46 anos, comple-tos em 5 de novembro, não rompe seus laços com Macaé, cidade que visita qua-se todo ano, já que ele e a esposa têm aqui familiares. Mas voltar a residir não

Família Cunningham em Houston. Rachel, Michael e os filhos Daniel e Thomas “CHEGUEI NOS

EUA JOVEM, AOS20 ANOS. AADAPTAÇÃO NÃO FOI TÃO DIFÍCIL,MAS A SAUDADEDA FAMÍLIA E DOS AMIGOS EM MACAÉ ERA GRANDE”JOSEMAR IBRAHIM PENNA

está em seus planos. “Estou muito bem instalado nos Estados Unidos e hoje não penso em voltar para Macaé. Espero, ao me aposentar, poder passar mais tempo curtindo a família e amigos de infância. Mas a minha filha é americana e sinto que meu lugar é aqui, perto dela.

OPORTUNIDADE E FAMÍLIA

“Cheguei aos 6 anos em Macaé, com a família vindo transferida de Vi-tória, meu pai trabalhava na Petrobras. Vivi em Macaé até os 14 anos, quando

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“LUCA E PIETRO,8 E 6 ANOS, FALAMITALIANO EPORTUGUÊS. OMAIOR SE DIVIDEENTRE TORCERPARA O BRASIL EA ITÁLIA. JÁ OMENOR, É 100%VERDE E AMARELO”JULIANA DE ALMEIDA RIMINI

nos mudamos para o Rio. Desde então, mesmo não morando na cidade, nunca deixamos de visitá-la. Sempre manti-vemos uma casa e hoje volto todos os anos para visitar minha mãe, irmã, famí-lia e amigos”, diz Juliana.

Essa poderia ser a história de cente-nas de pessoas que vieram para Macaé com a descoberta do petróleo. Mas não é a história de Juliana de Almeida Rimini, belo-horizontina, que mantém na cidade a mãe, a empresária Lilian Almeida, e a irmã, a arquiteta Eliana Nogueira.

Juliana deixou o Brasil para fazer mestrado na Suécia, onde conheceu Al-berto, seu marido. “Voltamos ao Brasil por quatro anos, mas a vontade de ter mais uma experiência no exterior falou mais alto. Alberto recebeu uma propos-ta de trabalho para voltar ao seu país, e nos mudamos em 2003 para Milão. Tra-balho até hoje para a mesma empresa brasileira, o que me garante conviver, pelo menos metade do meu dia, com brasileiros, e ter a facilidade de ir ao Bra-sil com frequência”, conta.

A cultura italiana, diferente de tan-tos outros países, é muito parecida com a do brasileiro, pelo menos no calor do povo, segundo destacou Juliana. “Eles nos adoram, então, não foi difícil me adaptar. O clima, apesar de no inverno ser, claro, muito frio para nós, traz a vantagem de poder curtir as montanhas nevadas e de poder apreciar melhor a primavera. A comida, nem se fala! Mi-nha única dificuldade foi ter sofrido de

colesterol alto durante os primeiros seis meses, graças aos tantos queijos que co-mia. Minha grande e maior dificuldade foi somente, realmente, a saudade da família e, no início, a ausência de ami-gos. Com o nascimento dos filhos e os tantos novos amigos que vieram, a vida é ótima, sempre muito corrida e cheia de alegrias”, compartilha ela, que cons-tituiu família e tem, na companhia do marido e dos filhos, uma vida à moda italiana. Aliás, sobre os filhos, o comen-tário foi dos mais apaixonantes.

“Luca e Pietro, 8 e 6 anos, falam italiano e português. O maior se divide entre torcer para o Brasil e para a Itá-lia. Já o menor é 100% verde e amare-lo”, envaidece-se.

O Brasil está em seus roteiros anuais de viagem, claro que com uma passadi-nha por Macaé, local de onde tem como lembrança a vida muito tranquila de ou-trora e que frequentar a praia ou brincar na rua antes de ir à escola era uma re-gra. Juliana estudou no Castelo, cursou inglês no CCAA, participou das feiras do Movimento Assistencial e de Integração (MAI) e do grupo Grito de Fé e se recor-da com muitas saudades de crescer com tantos amigos, se divertir de forma tão saudável, curtindo a praia ou as noites nos Cavaleiros ou na Imbetiba.

Quanto a voltar a morar em Macaé, ela deixa no ar e responde: “Hoje em dia não, mas... quem sabe?”

O AMOR BATEU NA PORTA

Ela estava quietinha em Macaé, sem planos de morar fora quando, quase sem

Família Brown em Buenos Aires. Ana Karla, Richard e os filhos Juliana, Caio e Eric

querer, o destino esbarrou numa mesa de bar acenando com novos rumos.

“Eu e Michael nos conhecemos no Abusos Tropicais, no dia dos professo-res em 1995, onde estava para celebrar a data. Eu não falava inglês, nem ele português, mas ele aprendeu rapidi-nho com uma professora ótima chama-da Denise Rangel. Casamos e tivemos dois filhos: Daniel, 13 anos e Thomas, 7 anos”, lembra Rachel.

E assim Rachel Frossard Cunningham deixou Macaé, sua terra natal, para acompanhar o marido irlandês. “Fomos para Houston em 1999, onde vivemos até 2005, depois passamos cinco anos na Nigéria e voltamos em 2010. Confesso que não foi difícil me adaptar, pois já fa-lava inglês quando me mudei para Hous-ton, mas senti falta de ver pessoas e an-dar na rua e da praia”, conta Rachel que, atualmente, cursa enfermagem e espera concluir em maio de 2015.

Rachel é macaense. Seus avós ma-ternos moravam na cidade e pais resi-diam no Rio, tendo mudado para Macaé quando ela tinha 8 anos.

“Meu pai abriu uma farmácia na av. Rui Barbosa, a saudosa Rua Direita. Mi-nha mãe era professora primária na rede estadual. Estudei no Colégio Estadual Matias Neto, no Castelo e completei o segundo grau no Colégio Estadual Luiz Reid. Morávamos na Imbetiba, onde meus avós residiam e onde minha mãe vive até hoje, na mesma casa. Macaé era uma cidade pequena, calma, onde todo mundo se conhecia. A Imbetiba era o

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“point”. Íamos à praia, voltávamos à noite para sentar na mu-ralha e tomar picolé da Sorriso.”, recorda-se Rachel, mencio-nando a antiga fábrica de sorvete com sede na av. Rui Barbosa (atual Drogaria Tamoio), mas que também tinha um ponto de venda no calçadão da Imbetiba.

Acompanhada pela família, Rachel vem ao Brasil todo ano, passando boas temporadas em Macaé, na casa da mãe.

Lembranças da cidade? Ela revela que são muitas. “Lembro com saudade das brincadeiras na rua e no quintal de Geraldi-nho (o fisioterapeuta Geraldo Barreto Monteiro Júnior), onde comíamos jambo, cajá, jabuticaba; os dias de praia na Imbetiba; os bailes pré-carnavalescos no Iate Clube e no Tênis Clube; as festinhas na piscina da casa de Daniela (a pediatra Daniela Sorage); os passeios à Ilha de Santana, onde passava o dia; as idas para a escola no ônibus do ‘Seu Humberto’ e na kombi de ‘Vera’; as gincanas jovens...”, delicia-se.

Segundo Rachel, viver novamente em Macaé não está no roteiro de sua vida, mas afirma fazer o possível para todo ano possibilitar aos filhos a oportunidade de viver a sua cul-tura e falar português.

VÍNCULOS ETERNOS

A família de Álvaro Dias Dutra e Maria Eny Rodrigues Dutra chegou a Macaé no fim dos anos 1970, num processo de transferência do Banco do Brasil. Desde então, o casal e as cinco filhas (Ana Karla, Simone, Aline, Cristiani e Camila) fazem parte da história desta cidade e têm Macaé como par-te de suas histórias.

O tempo passou, os caminhos foram diversos. Em co-mum... Macaé. Em meio à saudade e à felicidade, Eny e Álva-ro dividem a realidade de terem três, das cinco filhas, longe do lar. “É difícil e grande a saudade, mas somos felizes por sabermos que elas estão felizes”, disse Eny, ao mencionar a realidade de Ana Karla que, atualmente, mora em Buenos Aires; Cristiani, que está em Luanda; e Camila que, apesar da distância ser menor, está impossibilitada da convivência familiar, pois mora em Niterói.

FAMÍLIA MAIS QUE FELIZ

Ana Karla Dutra Brown casou-se em 1996 com Richard, razão de sua saída de Macaé e com quem tem Juliana, nascida em Toronto; Caio, Rio de Janeiro; e Eric, Paris. “Nosso primeiro país fora do Brasil foi a Colômbia, cidade de Yopal. Depois Peru, em Iquitos, quando então voltamos a Colômbia, desta vez em Bogotá. Seguimos para Houston, nos Estados Unidos, voltamos ao Brasil, onde moramos no Rio. Do Rio fomos para a Escócia, em Aberdeen. Da Escócia para França e agora Buenos Aires, onde já estamos há cinco anos”, relembra Ana Karla.

Desta última parada, ela conta que a adaptação foi muito fácil. “Os argentinos acham que representamos a felicidade e a adaptação das crianças foi ótima porque a escola as acolheu mui-to bem. Tenho excelentes amigas, de todas as partes do mundo, com culturas interessantes e diferentes da nossa e o melhor de tudo é que estamos muito perto do Brasil”, salienta ela, dizendo que vem ao país duas vezes ao ano.

A felicidade percebida pelos argentinos em brasileiros como Ana Karla revela-se, ainda mais, quando ela comparti-lha suas experiências.

“Minha família é linda. Tenho um marido maravilhoso e pai exemplar. Richard é canadense, adora o Brasil e o futebol, fala

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em Macaé para ganhar o mundo. Juntos, já estão na 3ª aventura estrangeira, com-partilhando vivências e possibilitando ex-periências às filhas Nathalia e Júlia.

Natural de Volta Redonda, casada com macaense e com filhas macaenses, Cristiani confessa que quando chegou a Macaé detestou a cidade. Ao longo dos anos, passou a amá-la a ponto de, dian-te de uma possibilidade de mudança, ela, as irmãs e a mãe não aceitaram.

“Batemos o pé e decidimos que Ma-caé seria o nosso lar. Crescemos frequen-tando a discoteca do Tênis Clube todos os domingos; a praia dos Cavaleiros; nata-ção na AABB com ‘Seu Fernando’ (onde conheceu o marido); estudei no Luiz Reid; participava da Gincana Jovem. Fins de semana na Imbetiba, Casa do Choco-late, Scooby, show do Léo, Paulo e Ivan... muita gente boa... muitos amigos. Tanta coisa boa! Deu saudade”, relatou ela.

O crescimento da cidade possibilitou oportunidades e foi numa dessas que os

bem a minha língua e gosta de Macaé. Juntos, temos Juliana (16 anos) que adora Macaé, praia e ama o Brasil; Caio (11), que adora praia, joga futebol e vô-lei e, se pudesse, moraria no Rio; e Eric (6), que ama praia e fica feliz quando faz calor. Pão de queijo e água de coco são unanimidades entre eles. Todos fala-mos português e inglês, já que temos a minha família brasileira e do meu mari-do canadense e, a essas duas línguas so-mamos o espanhol, pelo trabalho, pela escola ou pelo convívio social.”

Para Ana, as visitas constantes ao Bra-sil e a Macaé são o mais próximo que há, já que não pretende voltar a residir. Da cidade, que a acolheu, ela guarda boas lembranças. “O mar de Macaé é lindo!”

JUNTOS PELO MUNDO

Se conheceram quando pequenos e nem podiam imaginar o que o futuro os reservava. Cristiani Rodrigues Dutra Maciel e Gustavo Alexandre Fontanha Maciel partiram de uma história comum

Família Maciel em Luanda. Cristiani e Alexandre com as filhas Nathalia e Júlia

Álvaro e Eny com as filhas Aline, Camila, Ana Karla, Cristiani e Simone

“Maciel” partiram de Macaé para o mun-do. “Macaé cresceu, vieram empresas de petróleo, fui trabalhar na Halliburton, me casei com Alexandre que se formou em engenharia e começou a trabalhar na Transocean. Depois de um tempo, nas-ceu a Nathalia. Saí da Halliburton para ficar com ela, entrei na faculdade, fiz le-tras e, três anos depois, nasceu a Júulia. Alexandre recebeu uma proposta para morar nos Estados Unidos trabalhando na construção de uma plataforma. To-pei mais que de imediato, sempre tive o desejo de morar fora. O ano era 2006 e as meninas tinham 6 e 3 anos. Fomos para Houston, moramos em Sugar Land. Depois fomos para Cingapura, voltamos para o Brasil e agora estamos em Luan-da, na Angola”, relata.

A peregrinação rendeu boas experiên-cias. “Não tenho muita dificuldade em me adaptar, sou tranquila e as meninas tam-bém. Os primeiros dias são sempre mais complicados. Ainda não conhecemos nada, temos que nos adaptar à comida, ver as substituições. As crianças, geral-mente, ficam tristes por deixar para trás amigos, família, cidade, mas, aos poucos, tudo vai se ajeitando. Agora em Luanda, o clima é bem parecido com o nosso: quente no verão e friozinho no inverno. A alimentação é parecida com a nossa. A mandioca é muito usada, fazem tipo um pirão chamado funji que é comido com tudo. São pessoas alegres, sempre com um belo sorriso, impacientes no trânsito. Levamos horas para chegar a alguns luga-res que levariam, no máximo, 20 minutos. O povo é vaidoso, adora cores vibrantes e adornos, completa Cristiani.

Atualmente, Alexandre trabalha para a empresa Ensco, em Luanda e, nos pla-nos da família, está o Natal em Macaé, para alegria de Eny, Álvaro e das filhas que residem no Brasil, que terão mais um pouquinho dos “Dutra Maciel” por perto. Bom, pelo menos até eles terem a oportunidade de retorno, possibilidade não descartada.

Saudades, reencontros, lágrimas, lembranças... situações que, até certo ponto, conflitam com alegria, sorrisos, abraços, experiências, mas que, ao mes-mo tempo, estão tão relacionadas. Cada um que parte, que fica longe, alimenta uma ausência deliciosa e que se torna ainda mais especial quando há a possi-bilidade do retorno. As histórias de Jo-semar, Rachel, Juliana, Cristiani e Ana Karla são provas disso, evidências que, tão bom quanto ir, é saber que há para quem e onde voltar.

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A paixão de um homem pelo seu carro

Seu Argentino é uma daquelas pessoas que assistem a programas de televisão sobre automóveis, comenta com quem estiver ao lado quando vê uma nova máquina pelas ruas e lembra, com muito ca-rinho, de quando trabalhava como motorista. É um autêntico apai-xonado por carros. Nas horas vagas, sempre se aventurou como

mecânico e garante que sabe mais do que muito profissional de oficina. Aos 83 anos, seu hobby - quase uma razão de viver - é cuidar diariamente da sua maior relíquia: um Citröen 1951 original, presente do filho Ricardo.

Não pense que ele é estrangeiro. Parece até apelido, mas é nome pró-prio mesmo. Argentino Gomes dos Santos nasceu em Macaé e é de famí-lia tradicional de pescadores. Como foi órfão cedo, não sabe o motivo do nome dado até hoje. Por que Argentino? Para ele, isso não é problema, virou uma espécie de mistério. Porém, quando o assunto é carro, ele des-venda todos os segredos. É o que mais gosta. Mexe em tudo, desmonta e monta peça por peça como se estivesse brincando de quebra-cabeça. “Só eu mexo no meu carro. Eu gosto de cuidar dele todo dia. Eu sempre fui um fissurado por carros, desde quando era bem pequeno. Já teve situa-ção que eu desmontei carros que nenhum mecânico queria fazer”, conta.

Foi por essa paixão que Ricardo resolveu presentear o pai, até para

dar uma ocupação para ele. Em muitas conversas com o irmão Carlos, eles lembravam de quando Seu Argentino dizia, com saudade, que tivera um Citröen na juventude. Foi assim que surgiu a ideia de levá-lo ao passado para viver o presente.

Uma grande busca começou, até que, em 2007, a compra aconteceu. O sonho começou a ser tornar realidade. Veio do sul do país, de mui-to longe e, completamente diferente do combi-nado. Compraram “gato por lebre”. Apesar do motor e as rodas serem originais, chegou sem disco de embreagem, com o para-lama amarrado com arame e uma série de defeitos. Mas se o ob-jetivo era que o pai ‘brincasse’ de ser mecânico, saiu melhor do que a encomenda.

“O objetivo da compra era que ele mexesse na mecânica, que sempre gostou, e também para se ocupar. Todo dia, ele vai lá e faz alguma coisa. Como o carro chegou bem acabado, ele teve mais tempo para cuidar”, lembrou Ricardo.

Seu Argentino se emocionou ao receber o presente, e brincou com o estado do carro quando o viu pela primeira vez: “Parecia o car-ro dos Flintstones”. A partir daí, começou a

SEU ARGENTINOE O CITRÖEN 1951

Argentino com o Citröen 1951, seu xodó, que levou sete anos para ser reformado, mas que, segundo ele, “ainda faltam algumas coisinhas para fazer”

Por: Raphael Bózeo • Fotos: Gianini Coelho

PERFIL

O estado do carro, quando chegou, era bem pior do que eles imaginavam e, por isso, deu muito mais trabalho

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Os detalhes do motor original, onde as portas se abrem para cima

saga pelas peças. Só serviam originais. Demorou anos para que os filhos con-seguissem algumas delas. Teve peça que precisou ser comprada em São Paulo e outras na França, em uma das viagens do Ricardo para a Europa. Enquanto isso, uma grande reforma na carroceria foi feita. Depois de sete anos, enfim, ficou pronto. Acabou aquele processo cansativo de reconstrução. Correto? Não para Seu Argentino. “Está quase pronto, sempre tem alguma coisa para fazer a mais”, conta.

Toda essa paixão fez Seu Argentino

“O OBJETIVO DA

COMPRA ERA QUE ELE

MEXESSE NA MECÂNICA,

QUE SEMPRE GOSTOU,

E TAMBÉM PARA SE

OCUPAR”RICARDO MOREIRA

O Citroën 1951 foi o primeiro carro com transmissão na dianteiraDetalhe do interior do carro, todo reformado

voltar no tempo. A cada momento ao lado do grande “companheiro”, uma recordação vem à cabeça. Uma das boas lembranças eram as constantes trocas de carro, todo ano, praticamen-te. Era comum ele pegar os três filhos homens e mostrar a nova aquisição. O problema era que ele não contava para a esposa antes, e ainda pedia segredo aos filhos. “Como esconder um carro novo da nossa mãe?”, lembra o filho Carlos, com bom humor.

Na juventude dos filhos, uma das brincadeiras preferidas era o kart. Seu

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então, a ociosidade da aposentadoria é mini-mizada com a paixão pelos carros. Quando pequeno, na década de 1940, fazia a mesma pergunta para si quando via os automóveis an-dando pelas ruas: “Como se faz isso andar?”

E ele nunca deixou de se perguntar. Agora, já depois dos 80, faz do seu Citröen um grande amigo, parceiro de todas as horas. Conta suas histórias e lembranças, e há quem acredite que consegue até sentir o coração do carro baten-do. Tenta desvendar cada detalhe que não co-nhece daquele amigo.

Eles se entendem. Se gostam. São cúmpli-ces. Não há dinheiro nenhum no mundo que possa separá-los. E ele garante: “Não vendo nem por um milhão de dólares”. Uma história de cumplicidade entre um homem e um carro, do Seu Argentino e o melhor amigo.

Argentino tinha um, era o me-cânico e fazia todos os ajustes. Um verdadeiro comandante, en-quanto os filhos guiavam. Uma brincadeira que poderia, nos so-nhos, chegar à Fórmula 1. Mas sem aquele líder para ditar as regras e se sujar de graxa, nada teria sentido. Moto também en-tra no pacote de paixões. A Har-ley Davidson ele tem até hoje. E continua muito bem cuidada, com o mesmo carinho.

Argentino trabalhou duran-te 23 anos na Cedae. Começou como motorista e chegou a che-fiar alguns setores na empresa. Se aposentou em 1992, como técnico de saneamento. Desde

Argentino com o filho Ricardo ao lado do seu presente reformado

“SÓ EU MEXO NO

MEU CARRO. EU GOSTO

DE CUIDAR DELE TODO

DIA. EU SEMPRE FUI

FISSURADO POR

CARROS DESDE

QUANDO ERA BEM

PEQUENO. ”

ARGENTINO

Argentino com sua esposa Carminha, companheira inseparável, na sua garupa

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partida a vivência pessoal de Marilene, que perdeu cinco pessoas de sua famí-lia vítimas de câncer. Uma delas foi sua irmã Maeli, que lutou nove anos contra um câncer de mama. Emocionada, Mari-lene relembra que foi em uma das visitas à irmã, no Hospital Álvaro Alvim, em Campos dos Goytacazes, que conheceu Celina, uma mulher que também sofria de câncer e que havia sido abandonada pela família. “O encontro com Celina me fez perceber o quanto há mulheres necessitadas, não só financeiramente, como também emocionalmente. Celina foi a primeira beneficiada, antes mesmo do projeto existir. Conseguimos tudo o que ela precisava para voltar para casa, incluindo uma acompanhante. Nesse momento, percebi que este primeiro caso podia ser formatado em um pro-jeto para ajudar tantas outras ‘Celinas’ que existem por aí”.

Atualmente, cerca de 50 mulheres são assistidas pelo projeto. Com a ajuda de parceiros e recursos arrecadados com os eventos realizados pela Tribo dos Ma-lês, como o “Boteco da Marilene”, mais de 250 mulheres foram atendidas com o banco de prótese, em que é possível reti-rar um sutiã especial feito para mulheres

carentes. “No início, éramos eu, minha filha Carla Ibraim e um grupo de amigos. Nós tínhamos o desejo de fazer algo que fosse além do discurso, algo que, efetivamente, mostrasse a importância de um trabalho social voltado para os negros da nossa cidade”, afirma Mari-lene, acrescentando que a sugestão do nome do movimento foi dada pelo seu sobrinho historiador, Ralph Luís Ibraim.

Com o tempo, o leque de atuação da instituição foi aumentando. Atual-mente, os trabalhos sociais se dividem em diferentes áreas, fazendo com que inúmeras pessoas possam ser benefi-ciadas nos projetos: “Mulheres Solidá-rias” (apoio a deficientes físicos); “Ai que frio!” (arrecadação de agasalhos); “Fome não tem cor” (festa de Natal realizada a cada ano em uma comu-nidade, com almoço e distribuição de presentes) e o mais recém-criado, “Mu-lheres em luta”, que consiste no apoio a mulheres com câncer de mama.

Este último teve como ponto de

Movimento em Macaé luta pelavalorização dos negros e seconsolida como um protagonista na promoção de solidariedade e apoio a pacientes com câncer

Em 1835, acontecia em Salva-dor, um movimento que ficou conhecido como a Revolta dos Malês, em que um grupo de negros islâmicos lutava contra

a discriminação racial e religiosa. Déca-das mais tarde, a história dessa luta ser-viria de inspiração para o nome de um novo movimento que nascia em Macaé, a Tribo dos Malês.

Criado em 2009, o Movimento Ne-gro Tribo dos Malês nasceu quase que por acaso. Inicialmente, a ideia era dar continuidade a um evento promovido no Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) em que, para comemorar o Dia da Consciência Negra, era realizado um desfile com ne-gros na sede do sindicato. Nascia, assim, o primeiro trabalho realizado pelo mo-vimento: o concurso da mais bela negra de Macaé. A presidente e fundadora, Marilene Ibraim, revela que a Tribo dos Malês nasceu com o objetivo de contri-buir para o resgate da autoestima dos negros e moradores de comunidades

Por: Juliana Carvalho • Fotos: divulgação

Marilene Ibraim encontrou na Tribo dos Malês uma forma de lutar contra o preconceito e contribuir para a sociedade

TRIBO DOS MALÊSSandra Wyatt é uma das apoiadoras do movimento e madrinha do projeto Mulheres em Luta

PESSOAS

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A conscientização é um dos focos de trabalho na luta contra o câncer de mama, que é feita com palestras em empresas da cidade

que precisaram retirar a mama. O “Mulheres em Luta” também atua com doação de perucas, faixas e tecidos para a cabeça.

Um diferencial do projeto é o acompanhamento realizado du-rante o tratamento, segundo Marilene, uma das etapas em que as pacientes ficam mais vulneráveis. “Contamos com o apoio de voluntários que se disponibilizam a acompanhar essas mulheres nas idas ao hospital para realização dos procedimentos. “É um envolvimento muito grande, mas a satisfação também vem na mes-

ma proporção. Quando a gente se dispõe a ajudar a quem precisa, a gente reconhece o nosso verdadeiro papel nesse mundo. Convivemos com muitas histórias que nos tocam porque, além do problema de saúde, há o problema social, mas é preciso buscar forças e seguir em frente”, revela Marilene, que concilia as atividades do movimento com a vida profissional como vendedora de roupas e bijuterias.

Outro foco realizado pelo “Mulheres em Luta” está na conscientização, já que a chance de cura do câncer de mama chega a 95%, se descoberto precocemente. “É preciso se tocar. A mulher precisa saber a importância de conhecer o seu corpo, de cuidar dele, de realizar o auto-exame periodicamente. Há inúmeras questões que ainda precisam ser revistas pelo poder público quando o assunto é realização de exames e tratamento, no entanto, é neces-sário que as pessoas priorizem sua saúde, seu bem-estar e a sua vida. Infelizmente, convivemos com muitas perdas, vidas que se vão e que poderiam ter sido salvas se tivessem descoberto o câncer desde o começo”, ressalta.

A Tribo dos Malês tem como padrinho o empresário Vandré Guimarães e como madrinha do projeto Mulhe-res em Luta, a terapeuta e fonoaudióloga Sandra Oliva Wyatt, além de contar com o apoio de entidades como a Maçonaria Macaense, Lions Clube e Tênis Clube, clas-sificado por Marilene como “quartel general” da Tribo, já que o local abriga reuniões e a realização de even-tos como o desfile do concurso A Mais Bela Negra de Macaé. O Movimento não aceita doações em dinheiro, mas as contribuições podem ser feitas com voluntariado e itens que auxiliem nas realizações do trabalho. No momento, entre as prioridades, estão: conseguir um motorista para realizar as viagens com os pacientes em tratamento e o combustível para o carro que realiza esse transporte. Quem se interessar em ajudar, pode entrar em contato pelo telefone (22) 99956-4574.

“Acredito que, em pouco tempo, estaremos alcan-çando nosso objetivo de irmos além do discurso de vítimas do preconceito. Estamos atuando em diferen-tes frentes, mostrando que é possível vencer inúmeras barreiras e fazer algo melhor para nossa sociedade”, finaliza Marilene.

O concurso A Mais Bela Negra de Macaé já se tornou tradicional na cidade, valorizando a autoestima da mulher negra

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de chácara localizada nos arredores onde hoje funciona a rodoviária in-termunicipal. Francisco Luiz Nogueira Lobo, conhecido como Chico Lobo, e Adelina Tavares Lobo tiveram oito fi-lhos, dentre eles, D. Maria.

Dos oito filhos que D. Maria e Sr. Joubert tiveram - Carlos Roberto, Re-gina Áurea, Ana Maria, Marisa, Rosân-gela, Joubert, Lúcia Maria e Lenise - a família frutificou e hoje tem 22 netos e 15 bisnetos. Alguns optaram, com o casamento, por tirar o sobrenome Lobo. Detalhe que praticamente passa despercebido, tamanho o respeito e a admiração que os Lobo têm da socie-dade macaense.

FAMÍLIA LOBOBolo da vovó é receitaque não pode faltar

Quem já foi a uma festa ou motivo na casa de algum membro da família Lobo sabe que o bolo de chocola-

te recheado de doce de leite é quitute indispensável. Hummm... e que delícia!

Pois são receitas como esta, do ‘Bolo da Vovó Lobo’ que a revista DiverCida-des começa a registrar e a compartilhar com seus leitores as delícias feitas com carinho pelas famílias macaenses. Afinal, acreditamos que o que é bom é para ser dividido e, em tempos de festejos de fim de ano, uma boa receita de bolo de cho-colate pode sim dar uma incrementada nas ceias e reuniões familiares.

Super simples, a receita chegou para a família há mais de 40 anos pelas mãos de Marisa, uma dos oito filhos do casal Joubert Júlio da Silva e Maria da Penha

Lobo da Silva. Mas, foi a matriarca da família, D. Maria, quem a eternizou, dando seu toque no recheio que, a princípio, era de brigadeiro, mas pas-sou a ser uma farta camada de doce de leite, preparado daquele jeitinho antigo e especial de cozinhar a lata de leite condensado na panela de pressão.

Não há evento familiar em que o bolo da vovó não faça parte do cardá-pio. As filhas, ao longo dos anos, foram inserindo e/ou alterando ingredientes. Mas a receita da vovó é, indiscutivel-mente, unanimidade que vem passando de geração a geração e que agora te-mos a grata satisfação de compartilhar.

FAMÍLIA LOBOTradicional em Macaé, a família

Lobo veio da Bicuda Grande há mais de 80 anos, instalando-se numa gran-

O bolo de chocolate está há mais de 40 anos na família

Por: Luciene Rangel • Fotos: Gianini Coelho

As filhas garantem o bolo em todos os eventos familiares, mesmo dando toques particulares. Da esquerda para a direita: Regina, Lúcia, D. Maria, Lenise, Marisa e Ana

RECEITA DE FAMÍLIA

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rechear com duas latas de leite condensado cozidas na panela de pressão. Sobre a calda, colocar lascas de chocolate meio amargo.

VARIAÇÕES DE SUCESSO JÁ EXPERIMENTADAS PELA FAMÍ-LIA:• Em forma de cup cake;• Com licor Pesseguete na mas-sa;• Recheios de musse de choco-late, de sorvete e doce de mo-rango;• Sem açúcar na massa.

E VAMOS AO BOLO DA VOVÓ LOBO:

INGREDIENTES• 5 ovos;• 8 colheres de sopa de achoco-latado;• 8 colheres de sopa de açúcar;• 8 colheres de sopa de trigo;• 125 gramas de margarina;• 1 pitada de sal;• 1 colher de sopa de fermento.

MODO DE FAZER• Bater tudo e colocar em forma untada com margarina e trigo.

RECEITA DA CALDA• 1 copo americano de leite;• 8 colheres de sopa de açúcar;• 125 gramas de margarina;• 4 colheres de sopa de achoco-latado.

DICAS DA VOVÓFazer duas receitas do bolo e

O bolo da vovó Maria, receita feita e compartilhada com amor

O recheio de doce de leite foi uma inovação de D. Maria

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tempo com o que não considera válido e condizente com a sua filosofia de vida. Ali-ás, Joelma vive uma fase de recomeço, de reinvenção. Filha de panificador e oriunda de uma família de cozinheiros, assumiu a gastronomia profissionalmente este ano, logo após o ingresso no curso de forma-ção de chefs de cozinha da Universidade Cândido Mendes. Atualmente, está à fren-te do Gampei, serviço de Personal Chef para eventos intimistas.

“Neste momento, Macaé é o meu lu-gar. Amo e, por enquanto, não me vejo longe daqui. Respeito e quero o bem da cidade, que me acolheu e que me propor-ciona tantas coisas boas”, destacou Joel-ma, que tem na perseverança e no positi-vismo fortes características.

JOELMA CELESTRINI:talento que se reinventa

2010; e Indonésia, em 2013.Músicas... “Como Dizia o Poeta”, de Vinícius de Moraes.Ritmos... Samba, Bossa Nova, MPB, Blues e Jazz. Dá água na boca... comida bem feita, cheirosa e bonita, independente do que for.Momento marcante... todos relacionados às ma-nifestações de carinho do meu filho. Isso é algo que me emociona muito.Não saio de casa sem... brinco e celular.Sinto-me realizada quando... vejo meu filho ser feliz com pequenas coisas.Projetos... A gastronomia é o meu projeto do momento e demandará boa parte da minha energia pelos próximos anos. Quero realizar muitas coisas neste sentido.Pensamentos... Vou citar uma parte da música que menciono acima e que tenho marcada em mim: “A vida só se dá para quem se deu”. Considero a disponibilidade para a vida um dos maiores segredos da felicidade.

Defeito: meus níveis de autocobrança são muito elevados. Preci-so ser mais amena comigo. Cor: verdeGosto de... me desligar do mundo e me conectar comigo mes-ma, meu filho e o meu marido. Isso me faz muito bem. Não gosto de... perder tempo. Filas de banco, longas esperas em consultórios médicos. Isso só serve para organizar bolsa e agenda telefônica.Família é... meu porto seguro. Tenho uma referência familiar muito concreta.Amizade é... querer bem sincero e respeito.No tempo livre gosto de... viajar, saber de assuntos que me interessam, me dedicar à casa e me permitir uma dose pequena (infelizmente!), mas necessária, de ócio criativo. Ocupo o tempo com... a família, o trabalho e os desdobra-mentos cotidianos.Livro especial... o último, que foi “Cozinhar - Uma história natural de transformação”, do Michael Pollan. Filme que me marcou foi... “Big Fish”, de Tim Burton, me tocou profundamente. Viagens que marcaram... Praia do Sono, em 2007; Paris, em

Sorriso largo, energia boa e uma felicidade que transborda. Joel-ma Celestrini é daquelas pes-soas que todo mundo gosta de ter por perto. Os motivos são

muitos, mas, certamente, o jeito comu-nicativo da jornalista, que vive uma fase de renovação ao se descobrir uma chef criativa, ousada e cheia de boas ideias, seja um dos maiores.

Natural de Linhares/ES, Joelma chegou a Macaé em 2007, ano de seu casamento com Paulo Barros, com quem tem o pequeno Francisco. Até então, nunca tinha vindo à cidade e as referências que tinha estavam rela-cionadas à indústria do petróleo e às lembranças do marido que passou a

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal

LEITORA EM FOCO

infância e a adolescência por aqui.

Macaé a recebeu de braços aber-tos. Foi aqui que, como jornalista, atu-ando, sobretudo, na área de petróleo, foi premiada duas vezes com o Prêmio Agência Petrobras (2011 e 2012).

“Gosto dos macaenses e das pes-soas que vivem aqui. Macaé é um lugar de gente do mundo. É notório que se trata de uma cidade com peculiarida-des no aspecto da convivência inter-pessoal. Independente disso fiz bons amigos, conheci pessoas que, logo que cheguei, principalmente, amenizaram a distância”.

Focada, ela procura não perder

À frente da Gampei, gastronomia é seu projeto atual de vida

Jornalista duas vezes premiada na área de petróleo

Família, seu porto seguro. Paulo, Francisco e Joelma

Realizando o sonho ao lado do chef José Hugo Celidônio

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