Revista Buildings Industrial
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BUILDINGS ANO 1 - EDIÇÃO 1 - 2º Semestre 2012 www.buildings.com.br Industrial
Buildings Lança Projeto IndustrialBanco de dados de condomínios de galpões é a nova ferramenta para analisar o mercado
Novo Portal Buildings, agora com dois mundos!O mercado imobiliário Industrial e Escritório em um único endereço, acesse buildings.com.br
Apresentação dos Aspectos TécnicosConheça as nomenclaturas e pontos relevantes
Centro Logístico EmbuLocalização Estratégica e Infraestrutura CompletaÀs margens da Rod. Régis Bittencourt e a 5 km do Rodoanel, o CLE facilita a estratégia logística das empresas
A Ocupantes é a primeira empresa brasileira de consultoria imobiliária a atuar exclusivamente em nome de usuários comerciais e industriais no Brasil e, por isso, pode defender plenamente os interesses de seus clientes em todas as negociações. É composta por profissionais preparados e com ampla experiência para conduzir negociações e obter os melhores resultados para empresas nacionais e multinacionais.
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É com enorme satisfação que disponibilizamos a nossa primeira Revista Buildings Industrial para todo o mercado. Depois de um longo e árduo trabalho, finalmente conseguimos compilar todos os dados e gerar um
conteúdo que seja de fácil entendimento e acesso para todos os que procuram informações desse mercado, que é novo pra todos nós.
Sob as orientações da Coordenadora de Pesquisa Patrícia Abreu, a equipe de pesquisa trabalhou exaustivamente para levantar todos os condomínios do estado de São Paulo. Foram percorridos mais de 6 mil quilômetros, em 62 municípios. Os pesquisadores visitaram mais de 200 condomínios para levantar o maior número possível de informações.
Cabe aqui, da nossa parte, um agradecimento mais do que especial a todos os players desse mercado. Muito obrigado aos gerentes dos condomínios, aos incorporadores, construtores e administradores por toda atenção que deram a nós. Um trabalho tão volumoso e feito com tanta precisão, só poderia ser possível com a ajuda de cada um de vocês.
Todo esse trabalho só teve êxito em tão pouco tempo graças à ajuda de todos os envolvidos e ao know-hall adquirido pelo Buildings em todos esses anos trabalhando no mercado de escritórios. E assim como disponibilizamos as informações do mercado corporativo pelo site e também pelo CRE Tool, as informações do mercado logístico e industrial também serão disponibilizadas em um novo portal e através de uma ferramenta personalizada exclusivamente para esse nicho, que é o Industrial Tool. Consulte-nos sobre essa novidade.
Espero que desfrutem de todas as informações da revista. Tenham uma excelente leitura!
Fernando Libardi
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Editorial
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“Depois de um longo e árduo trabalho,
finalmente conseguimos compilar todos os dados e gerar um conteúdo que
seja de fácil entendimento e acesso para todos os que
procuram informações desse mercado, que é novo
pra todos nós”.
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BUILDINGS
Diretor GeralFernando Libardi
Redação e RevisãoHablar Comunicação
Carmen Rey - MTB 41.922
Projeto Gráfico e Produção Fernando Libardi e Henrique Lima
Coordenadora de PesquisaPatricia Abreu
PesquisaAlex Oliveira, Edilson Viana, Jessica Lecca,
Kleber Silva, Ricardo Pereira e Tiago Fernandes
Consultores ComerciaisFernando Didziakas, Henrique Lima
e Roberto Perniciotti
Colaboraram nesta ediçãoAdriano Theodoro, Alfredo Schulthais, André Gavazza
Andrea Lima, Bruce Lorimer, Eduardo BoFernando Schillis, Francisco Ayres Vicentini
Jorge Thomaz Weil, Juliana Fernandes, Leandro AngelinoMarcel Monacelli, Marcos Alves, Mariana Schillis
Simone Santos, Stephen Tanenbaum e Thomas Govier
Impressão e AcabamentoMargraf Editora e Indústria Gráfica Ltda
Tiragem / PeriodicidadeEscritório - 10 mil exemplares / Trimestral (2012)Industrial - 10 mil exemplares / Semestral (2012)
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Dúvidas e sugestões, envie um e-mail para: [email protected]
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Levantamento das informações e dados da Pesquisa Industrial: 2012
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mais informações das ofertas do mercado imobiliário Industrial.
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Construções e Ofertas42
EntrevistaMarcel Monacelli
Marcel Monacelli comenta a realidade dos galpões e aponta as principais tendências do mercado industrial
MercadoBuildings lança Projeto Industrial
Banco de dados de condomínios de galpões é a nova ferramenta para analisar o Mercado
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Capa - Centro Logístico EmbuLocalização Estratégica e Infraestrutura Completa
Às margens da Rodovia Régis Bittencourt e a 5 km do Rodoanel, o CLE facilita a estratégia logística das empresas
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Técnica34Aspectos técnicos relevantes de um galpão
Sumário
Confira os Condomínios Industriais em Construção com Áreas Disponíveis e prontos para ocupação no Estado de São Paulo
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Estatísticas40Confira as faixas de preços pedidos de locação e dados do Portal Buildings.com.br
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012 19:55:08
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Capa
Em breve a cidade de Embu vai receber um dos Centros Logísticos mais bem equipados do estado. O município de
mais de 240 mil habitantes conta com diversos fatores facilitadores para as empresas interessa-das em obter maior fluidez em suas entregas, entre eles a localização, já que fica cerca de 23 km da capital paulista e fácil acesso ao Porto de Santos, principal do país. O Centro Logístico Embu (CLE) também está às margens da Rodo-via Régis Bittencourt, que alimenta o Mercosul. O empreendimento de 91.651,50 m² é formado por um conjunto de galpões com espaço para armazenagem, oferecendo ao usuário infraestrutura com administração e custos rateados. O projeto visa atender as necessidades logísticas, funcionais e opera-cionais de cada cliente, contribuindo para o melhor desempenho dos processos logísticos das empresas. Também há a preocupação com a qualidade do ambiente para os cola-boradores e com a segurança do espaço. O CLE é uma parceria entre a San-ca, empresa que atua no mercado desde 1977 e soma mais de 1 milhão de metros quadrados
de área construída e a GTIS Partners, um ges-tor de fundos de private equity focado no setor imobiliário. Além da expertise na construção de outros Centros Logísticos, a Sanca também será a responsável pela administração do em-preendimento. “A Sanca desenvolve e se des-taca por seus empreendimentos diferenciados no mercado, lançando novas ideias e conceitos, atendendo às necessidades de seus clientes e acompanhando as tendências”, afirma a analis-ta financeira da Sanca, Andrea Lima. O Centro Logístico Embu será en-tregue no começo do segundo trimestre de 2013, mas a empresa já possui outros cases de sucesso no ramo de construções industriais. O Centro Logístico Jaguaré, por exemplo, tam-bém foi desenvolvido para otimizar e baratear as operações logísticas e o CL de Itapevi, com 49.124,54 m² de área, entregue esse ano e to-talmente locado. Andrea comenta que antes de cada projeto há um amplo trabalho de pesquisa que avalia o porte e a necessidade de cada re-gião. No portfólio da Sanca estão ainda os Cen-tros Logísticos Jundiaí, Indaiatuba e Anhangue-ra, além de outros em desenvolvimento.
Localização A excelência operacional do sistema logístico é uma condição necessária para o sucesso e desenvolvimento de uma empresa. Sem planejamento, a entrega pode se tornar um problema no relacionamento com forne-cedores e parceiros, desestabilizando a repre-sentatividade da empresa perante o mercado. É preciso analisar também a realida-de brasileira. O país, que possui o maior territó-rio da América do Sul, tem quase toda sua costa banhada pelo oceano. No entanto, as operações de entrega no Brasil ocorrem pelas rodovias, que é o modal mais abrangente e flexível, pois permite a interligação entre as diferentes regi-ões da nação, mesmo as mais remotas. Pensar, portanto, em um Centro Logístico sem pensar em sua localização es-tratégica é inviável. O CLE está localizado na Rodovia Régis Bittencourt a 5 km do tre-cho norte do Rodoanel, que vai interligar as principais rodovias que chegam a São Paulo, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Imigrantes, Anchieta, Ayrton
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Centro Logístico Embu: Localização Estratégica e Infraestrutura Completa
Imagem ilustrativa do CLED
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Às margens da Rodovia Régis Bittencourt e a 5 km do Rodoanel, o CLE facilita a estratégia logística das empresas
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Senna, Dutra e Fernão Dias. O trecho norte agiliza o transporte de cargas tanto para São Paulo, quanto para o Porto de Santos que, atualmente, movimenta por ano mais de 60 milhões de toneladas de cargas diversas. Outro fator relevante é que, devido à locação privilegiada, não há pedágios no entorno, o que otimiza e barateia os custos agregando valor ao produto. Ainda é impor-tante ressaltar que a Régis Bittencourt per-mite o escoamento direto para os países do Mercosul, formado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A facilidade de acesso e a fluidez que o CLE possibilita é um diferencial na hora de evitar os gastos com vendas per-didas ou com replanejamento operacio-nal, considerando as importantes vias que atendem a região de Embu. O Centro Logístico Embu tem 600 metros de frente na rodovia, essa pro-ximidade viabiliza o acesso mais rápido de carretas ou outros veículos de grande porte, melhorando a segurança da carga e do cola-borador, além de facilitar a visualização do local pelo motorista.
Incentivos Fiscais A cidade de Embu aprovou desde 2007 diretrizes que permitem incentivos fis-
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cais para catalisar o desenvolvimento eco-nômico e social do município, acelerando a chegada de novos empreendimentos à re-gião. Os benefícios são concedidos às em-presas que geram empregos aos moradores da cidade. O CLE, por ficar próximo ao cen-tro de Embu encontra, portanto, mão de obra farta e qualificada no próprio município. A prefeitura do local também ofe-rece ISS (Imposto sobre Serviço) de 2%, enquanto na cidade de São Paulo o valor chega a 5%. Por isso, a região é procurada por empresas que desejam diminuir o va-lor gasto com a carga tributária e realizar a chamada “Elisão Fiscal”, planejamento que utiliza métodos legais para diminuir o peso dos tributos no orçamento.
Infraestrutura e Segurança
O Centro Logístico de Embu via-biliza ambiente propício para funcionários e colaboradores. As ruas que percorrem os 62 galpões, divididos em quatro blocos, são pavimentadas, com previsão para tráfego pe-sado e com sistema de drenagem completo, com reservatório de retenção de 1000 m³, evitando inundações que possam impedir o traslado de caminhões no espaço. Andrea Lima explica que para a cons-trução do complexo as mais recentes tendências de mercado e também técnicas construtivas são estudadas pela empresa. “São utilizados exclusi-vamente materiais de construção de alta perfor-mance e mão de obra cuidadosamente treinada. Há um rígido controle de qualidade, acompa-nhado dos mais recentes métodos construtivos, técnicas e tendências de mercado”. A acessibilidade também foi levada em conta pela Sanca, por isso, o empreendimen-to possui estacionamento para visitantes. Para
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“A Sanca desenvolve e se destaca por seus
empreendimentos diferenciados no mercado,
lançando novas ideias e conceitos, atendendo as
necessidades de seus clientes e acompanhando as tendências”.
Andrea LimaAnalista Financeira da Sanca
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A 5 KM DO RODOANEL
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garantir a segurança, a portaria do complexo é blindada e tem controle de acesso monitora-do. Toda área do terreno, com 145.310,00 m², possui sistema de monitoramento com circuito fechado, e as imagens gravadas pelas câmeras de segurança são transmitidas em tempo real para a sala de monitoramento. Os blocos também possuem siste-ma de sprinklers para evitar prejuízos com eventuais focos de incêndio, prezando pela segurança dos funcionários e também dos produtos. Com o armazenamento de materiais facilmente inflamáveis, como caixas de pape-lão, este recurso se torna imprescindível. Ainda considerando o bem-estar do colaborador, o centro conta com um ambula-tório e um restaurante, importantes tanto aos
trabalhadores internos como para os trans-portadores que realizam a entrega ou retirada de uma carga. Ainda há no CLE uma sala de manutenção e estacionamento de carretas. Para evitar que as carretas fiquem pa-radas na rodovia esperando a entrada, dentro do complexo há uma área de staging com 29 vagas para caminhões ao lado da entrada onde pode aguardar e ser chamado para entrar no condo-mínio. O espaço evita, entre outras coisas, que os veículos fiquem suscetíveis a furtos e tam-bém eles não formem trânsito na rodovia.
Galpões O Centro Logístico Embu é divido em quatro blocos identificados como 100,
200, 300 e 400. Ao todo, o espaço é subdivi-dido em 62 galpões modulares. A área locável total é de 91.651,50 m², sendo 1.478,25 m² de área locável de cada galpão com possibili-dade de interligação entre eles, tornando a construção flexível de acordo com a neces-sidade de cada cliente. O pé-direito livre de cada galpão é de 12 metros, característica que segue um novo padrão de ter mais espaço de armazena-mento. O pé-direito é medido desde o chão até o ponto mais baixo da luminária ou sprinkler, ou seja, a área utilizável. Nos galpões, mais importante do que os metros quadrados são os metros cúbicos, para que se calcule a disponi-bilidade do empilhamento das cargas. Quanto maior a altura e a capaci-dade de armazenamento, melhor deve ser a resistência do piso. Para que este esteja apto a suportar as cargas, cada galpão possui piso nivelado a laser em 5 tf/m², atendendo as mais altas exigências técnicas. Com maior estabilidade e suporte os custos com manu-tenção são reduzidos e o trabalho não é pre-judicado pelo tempo ocioso. Os galpões também são equipa-dos com duas docas por módulo com pla-taformas niveladoras que oferecem mais agilidade na carga e descarga dos cami-nhões. As portas dos espaços são do tipo
Imagem ilustrativa dos Galpões
Ilustração artística da Planta do Empreendimento
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toldo de chapa trapezoidal, indicadas para estas operações logísticas. Cada galpão conta com seis vagas privativas para veículos e duas vagas para caminhões. Este é um diferencial que permi-te pensar nas operações logísticas de manei-ra mais ágil. Com o estacionamento interno o veículo passa a ser monitorado pelo siste-ma de segurança do local, o que possibilita mais eficiência ao processo.
Estrutura Office As operações logísticas não se resu-mem apenas a carga, armazenamento e des-carga de mercadorias. Por isso, entendendo a necessidade de uma estrutura de escritório em cada galpão, a Sanca pensou em um espaço Office, além de outras facilidades em todo condomínio para atender esta finalidade. Cada módulo conta com um espaço de recepção no piso térreo, sanitários e um espaço de acesso. No mezanino há um com-pleto espaço Office, também com sanitários próprios, para alojar os funcionários. O Centro Logístico Embu também oferece um sistema de telefonia instalado, permitindo a comunicação mais rápida, sem depender do sinal de telefonia móvel. Outro fator é que no mezanino há infraestrutura para instalação de aparelhos de ar condicionado.
Centro Logístico de Embu
O CLE será inaugurado no começo do segundo trimestre de 2013, contudo algumas unidades já estão pré-locadas. Além dos galpões é possível também locar blocos inteiros depen-dendo da necessidade de cada empresa. O bloco 400 fica mais próximo da entrada do complexo e o espaço de 14.782,50 m² compreende 10 galpões. O segundo bloco, 300, é o maior do CLE, com
uma área de até 32.521,50 m², onde estão dispostos 22 galpões. O bloco 200 é o segundo maior, com área de 25.130,25 m². Neste bloco são 17 galpões que, como nos outros, oferece a possibilidade de interligação. O bloco 100 possui 19.217,25 m² divi-didos em 13 galpões modulares. Nos blocos 100, 200 e 300 é possível realizar operações de cross-docking. A área total do terreno é de 145.310,00 m², deste total 91.650 m² é de área locável, com módulos a partir de 1.478 m² de área locável.
Fechando Negócio O CLE foi pensado para empresas farmacêuticas, operadores logísticos, empre-sas de eletroeletrônicos e de alto valor agre-gado, além de importadoras e showrooms. Também para aquelas que atuam no ramo do e-commerce, que em 2012 movimentou cer-ca de US$ 18,7 bilhões. O custo operacional dividido e as facilidades de estar dentro de um condomí-nio com infraestrutura de restaurantes, ves-tiários, segurança, estacionamento e salas de reunião são os atrativos do CLE. A Sanca disponibiliza aos futu-ros parceiros um telefone para que mais informações sejam levantadas e dúvidas devidamente sanadas. Aos corretores e parceiros interessados é possível falar com Shirley Cristina Neves ou Andrea Lima no telefone (11) 3246-3300 ou pelo e-mail [email protected]. Portanto, às empresas com visão de mercado e que prezam por uma estratégia lo-gística a fim de evitar gaps no relacionamento com clientes e com os colaboradores, o Cen-tro Logístico Embu se apresenta como um dos mais modernos e bem localizados complexos de galpões Classe A de São Paulo. n
Etapas da Obra
Interior do Galpão
Áerea da construção
Estrutura Metálica
Frente do CLE
Pré-moldado
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Entrevista
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Marcel MonacelliArquiteto pós-graduado em Desenvolvimento Imobiliário
– Real Estate – pela USP. Desde 1985, à frente da empresa Marcel Monacelli Arquitetura, realizou inúmeros projetos
de arquitetura de empreendimentos imobiliários como shopping centers, sedes corporativas, planejamento urbano,
centros logísticos, indústrias, entre outros.
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Comente como é o mercado de con-domínios industriais e quem são os empreendedores. O mercado de condomínios modulares construídos para logística é ascendente e tem, atualmente, uma de-manda muito superior à oferta. Ele é composto por investidores e empreende-dores desse mercado imobiliário e vem atraindo novos grupos para esse setor, tanto com participações como com em-preendimentos próprios, além de empre-sas estrangeiras já especializadas neste mercado logístico, tanto em seus países de origem como pelo mundo.
Como se define um produto imobili-ário logístico? Essa avaliação depende de uma série de questões que devem ser observa-das e a análise crítica leva em considera-ção a geografia do local, a geologia e as questões mercadológicas, entre outros. Quanto ao produto, temos ferramentas para definir a tipologia do empreendi-mento a ser concebido em função do uso e do destino imobiliário pretendido pelo incorporador ou usuário. Essas ferramentas auxiliam na definição do produto, tanto no dimen-sionamento quanto nos aspectos cons-trutivos e materiais, que servirão como base para o valor de mercado.
Quais são as características de um condomínio modular? Um condomínio modular se
caracteriza por módulos padronizados e dispostos de forma a criar flexibilida-de de ocupação. O conceito tradicional é identificado por uma rua central que diminui a porcentagem de área comum com edificação de ambos os lados. Outra forma é a implantação do condomínio com vias periféricas que possibilitam o uso com uma tipo-logia chamada cross-docking, ou seja,
uma linha operacional transversal ao módulo para operações de recebimen-to, armazenagem e expedição. Os módulos variam de acordo com o tamanho da área, das técnicas construtivas, do conceito de armazena-gem ou em função da demanda de merca-do configurado para empresas de peque-no e médio porte, que variam de 1.000 a 5.000 m² por módulo, e que necessitam de área administrativa, normalmente lo-calizada em mezaninos.
Como está esse mercado em São Paulo? Em função da geografia da ci-dade de São Paulo, da dificuldade de acesso e da falta de terrenos disponí-veis, as cidades vizinhas estão rece-
bendo este tipo de empreendimento. Os galpões logísticos precisam ser elabo-rados com uma qualidade melhor, em termos de espaço, estacionamento e segurança, que é um fator fundamental na concepção de um empreendimento. Portaria blindada, acesso com enclau-suramento do caminhão, restrição de acesso de pessoas no interior do em-preendimento, entre outras exigências, compõem este quadro. Temos como exemplo as manufaturas com alto valor agregado, que possuem grande fluxo de caminhões de pequeno porte e que po-dem entrar no núcleo urbano da cidade. Neste caso é indispensável uma maior exigência no quesito segurança. Outra situação é a dos condo-mínios logísticos de pequeno porte ou empresas de transformação, que além de uma logística de distribuição, agre-gam valor ao produto. Elas recebem, embalam, separam, fazem romaneio e entregam, ou seja, precisam de es-trutura para manipulação, não só para distribuição dos produtos. Este tipo de operação faz com que as empresas tra-gam, também, a parte burocrática para os galpões, que concentram não só o processo de logística, como também a parte funcional dos escritórios. Hoje, o percentual deste modelo, que era de 8 a 10%, está entre 15 e 20% do total da área. Quanto mais próximo do centro urbano ou de uma cidade de certo por-te, maior a sua capacidade administra-tiva para este fim, pois se torna uma
Marcel Monacelli comenta a realidade dos galpões e aponta as principais tendências do mercado industrial
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“Os galpões funcionam dessa forma, aluga-se
por metro quadrado e se opera em metro cúbico”.
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relação de custo-benefício em troca de locar um escritório separadamente e, como conseqüência, leva aos condomí-nios maiores exigências como a neces-sidade de terem restaurantes, estacio-namentos de veículos e facilidades de acesso através de transporte coletivo. Esses são fatores que fazem aumentar o valor para locação do imóvel.
Como é feita a negociação dos galpões? Existem pré-locações nesse mercado? Com relação à negociação nes-te tipo de mercado, a grande maioria dos galpões logísticos é construída por empresas que não vendem o imóvel. O empreendimento é locado apenas para o
usuário final, como num shopping cen-ter, onde o uso do imóvel é rotativo e, por isso, não é vendido para o ocupante. As pré-locações existem e ocorre da seguinte forma: um empreen-dedor faz antes um projeto, então pre-para o material de divulgação, como folder, que é distribuído de forma mui-to regionalizada, ou seja, acaba sendo divulgado por um agente imobiliário da própria região que loca antecipadamen-te. A pré-locação acontece por cerca de dois meses antes da entrega, pois é uma obra rápida, que costuma demorar em torno de oito meses para ser entregue. Várias empresas como SDI, MRV, Prologis CCP, Hines e Gr Pro-perties operam este tipo de empreen-
dimento, mas cada uma atende a um nicho, pois há também o mercado de condomínios para grandes operações logísticas, que usam aproximadamente 25.000 a 50.000 m², ou até mais, que são os chamados parques logísticos. Desta forma, é preciso distinguir cada modelo, como no caso de Cajamar, Ca-breúva e Embu, onde o foco é a gran-de rede que tem uma operação maior. Estas companhias possuem um fluxo de caminhões onde o parqueamenrto é necessário, diferente dos condomínios menores que possuem uma dinâmica mais veloz, caminhões menores e qua-se não há espera.
Com os terrenos mais próxi-mos à capital paulista com valores tão elevados, quais serão as próximas regi-ões a terem mais investimento? Mesmo com os valores altos, ainda vale a pena estar mais próximo de São Paulo por conta da demanda? A logística é uma atividade que tem dois polos de localização: ou está próxima do centro produtivo ou do centro de distribuição. Quando o condomínio logístico está próximo do centro produtivo, normalmente as áreas são maiores, pois ele recebe as merca-dorias em grandes quantidades, estoca mais e assim possui seu próprio pro-cesso, como a livre estocagem e outras operações muito mais complexas para otimização das distribuições. O proces-so é indispensável para que ele rece-ba, faça romaneio e destine a entrega de suas mercadorias. Neste caso, a área de picking é muito maior. Há ainda a empresa que trabalha como uma grande operadora, com produtos químicos, de alimentação ou eletroeletrônicos, entre
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“O mercado de condomínios modulares construídos para logística é ascendente e tem, atualmente, uma
demanda muito superior à oferta”.
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outros, que precisa distribuir para o centro vendedor e necessita de um sis-tema de entrega mais complexo, com varredura e horário. No estado de São Paulo os centros produtivos estão situados numa faixa média de 80 km da capital, como as regiões de Jundiaí, Campinas, Su-maré e Atibaia. Nestes locais existe um grande número de empreendimentos de logística de médio e grande porte. Há nas regiões de Cajamar, Barueri, Osas-co e São Paulo cerca de 60 centros lo-gísticos de pequeno porte formando um anel de 30 km ao redor de São Paulo e é onde acontece a maior concentra-ção. Porém, há deficiência de terrenos nestes locais e, portanto, a elevação do preço. Não se encontram terrenos maiores que 20 ou 30 mil m², por isso a conta não fecha e acaba prejudicando a possibilidade de surgirem novas obras de condomínios. Neste anel, analisando geogra-ficamente, temos o Rodoanel que já é integrado à área urbana de São Paulo e os valores dos terrenos estão altos. Temos, também, o grande anel que pas-sa por Campinas e toda aquela região que vai juntar Sorocaba a Jacareí. Este grande anel é um amplo mercado para logística, pois passa por grandes cen-tros produtores, como a região de Cam-pinas, Sumaré, Indaiatuba e Atibaia, e tem acesso às cidades em franco desen-volvimento, como Cabreúva, Itupeva e outras, além de passar por Viracopos, terceiro maior aeroporto em volume de carga do Brasil, ligar Sorocaba e a Rodovia Castelo Branco ao Vale do Pa-raíba, desembocando em Jacareí e no Porto de São Sebastião.
O preço dos terrenos tem se elevado e este fator, dentro de uma operação matemática, em termos de taxa de retorno, tem feito com que o valor do aluguel desses módulos em condomínio tenha também subido mui-to. Há quatro anos, por exemplo, um galpão logístico no raio de 20 a 30 km de São Paulo custava R$ 16/m², hoje pode custar até R$ 27/m². Assim, é co-locado em conta o preço do terreno, da construção e as exigências nas quali-dades técnicas, pois o que vem acon-tecendo é que o grau de exigência das
normas e dos ocupantes faz com que a qualidade do galpão melhore, como a questão da capacidade do piso e do pé--direito interno, aproveitando e otimi-zando ao máximo a cubagem que este galpão pode oferecer.
Porque a ocupação nestes condomí-nios é tão rápida e o que mais estas empresas procuram na locação des-tes empreendimentos? É eminente a desocupação dos locais industriais e logísticos de algu-mas regiões de São Paulo e cidades vizinhas por causa das limitações e da proximidade das áreas urbanas, como
nos arredores de Osasco, ABC, Barueri e Guarulhos, onde faltam espaços e o trânsito é intenso. Hoje, as restrições estão maiores como, por exemplo, a re-gião do Ipiranga e Avenida do Estado, que provavelmente será a próxima a ser esvaziada e “expulsa”, pois concen-tram empresas que, na grande maioria, são metalúrgicas e terão que sair devi-do a muitas restrições, como o horário de circulação e funcionamento, e vão precisar de novos espaços. Para que haja um custo-benefício, essas empre-sas terão que procurar outras regiões. Em relação ao que as empresas procuram, primeiramente é a moder-nidade em construções sólidas e bem feitas, que atendam a demanda delas. Por exemplo, o pé-direito que se ele-vou, antes era de 8 metros, hoje o mais usado é o de 12 metros e já estamos executando projetos com até 18 metros de altura para um processo de estoca-gem normal. A tecnologia das empilha-deiras, que anteriormente precisavam entre 3,5 e 4 metros de corredor, já oferece equipamentos com braços mó-veis, que não precisam ficar de frente para a estanteria e conseguem retirar um palet sem fazer manobra. Isso é uma forma de ganhar cubagem e vale o investimento nesta nova ferramenta. Quanto mais alta, maior a rentabilida-de. Os galpões funcionam dessa forma, aluga-se por metro quadrado e se opera em metro cúbico. Quando se sobe a al-tura da estanteria é concentrado maior peso no piso, incluindo outras questões como o aumento do índice de ilumina-ção natural e também artificial. Tam-bém há a preocupação com a extração do calor e ainda é necessário avaliar a
“A logística é uma atividade que tem dois polos de localização: ou está próxima do centro produtivo ou do centro
de distribuição”.
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Entrevista
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parte estrutural por conta do vento. As empresas que têm necessidade de gran-des operações logísticas, distribuição e recebimento adotam sistema de paleti-zação mecanizada (transelevador), que atingem até 40 metros de altura, e tal característica gera impacto nos fluxos de máquinas, veículos e pessoas. A tendência na construção são as estruturas e fechamentos laterais metálicos. Existem outros processos com estrutura pré-moldada e “tilt-up”. A velocidade de uma obra é algo que se contabiliza, pois o custo-benefício é todo calculado sobre o valor e tempo de obra, porque a operação da empre-sa deve ser colocada em marcha o mais rapidamente possível. Este mercado é relativamente novo. Você acredita que ele veio para fi-car e continuará com este grande crescimento? Este mercado, que atualmente tem uma demanda maior que a oferta, vai se estabilizar em algum momen-to e acredito que a qualificação dos empreendimentos será o grande dife-rencial na hora que esta demanda for atendida. Hoje temos um índice baixo de vacância, entre 4 e 10%, que den-tro deste mercado é praticamente zero. Os bons empreendimentos que tiveram um pensamento de longo prazo em ter-mos de qualidade e modulação, não só pensando na racionalidade e economia construtiva, mas também na ocupação que ela vai oferecer, serão os que se manterão, pois se você tem uma mo-dulação que é econômica do ponto de vista construtivo, porém não é rentável em relação à ocupação e ao uso, não é
um bom empreendimento. Mas este é um mercado em franco crescimento. Existem alguns locais que con-centram grandes construções, como a região de Sumaré. Isto fará com que esta oferta em excesso, num determi-nado momento, talvez diminua o valor de locação em relação a outras regiões. Temos hoje ali em torno 600 a 700 mil m² a serem ofertados e, provavelmente, a concorrência será bem acirrada.
O crescimento industrial e co-mercial faz automaticamente crescer a logística. Há pouco tempo se falava em shoppings centers sendo construídos apenas em cidades com quantidade su-perior a 350 mil habitantes e hoje, já há cidades que comportam um shopping e possuem apenas 100 mil habitantes, de-vido à alta de poder aquisitivo do local. Isto é um exemplo de que quando a de-manda cresce, é preciso aumentar tam-bém a infraestrutura de abastecimento, como no caso da mercadoria manufatu-rada. Mas, temos também as mercado-rias que ainda vão para a indústria, que precisam de local para logística. Exis-tem alguns polos industriais nos quais já estamos recebendo solicitação de áreas específicas, como de tecelagem, química ou manufaturados de grande valor agregado para áreas exclusivas de produção para um determinado segmen-to (cluster), que precisa ser nesta área. Toda a demanda se traduz em um mode-lo de construção para esta necessidade mais particular.
Quais são os aspectos mais relevantes de um galpão? Normalmente estes centros lo-gísticos são de uso exclusivo, bem seg-mentado e vasto. O mercado é amplo, temos uma gama grande de caracterís-ticas necessárias para cada necessidade. O empreendedor precisa analisar cada situação. No momento, os usuários se adaptam às construções próximas de São Paulo porque não há opções, mas exis-tem ramos de atividade que não podem se adequar desta forma. Referente à construção, há basicamente três tipos de processos:
“Este mercado vai se estabilizar em algum momento e acredito
que a qualificação dos empreendimentos será o grande diferencial na hora que esta demanda
for atendida”.
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pré-moldado, moldado in loco e estru-tura mista metálica. Normalmente, os usuários questionam como foi feita a obra, pois a utilização destes galpões contempla uma atividade mais bruta, com isso, todos avaliam os materiais que foram utilizados e como foi o an-damento da obra. A construção precisa ser robusta, ter uma elegância estética e, principalmente, deve atender a ne-cessidade de ocupação. Com relação à infraestrutura, o pé-direito deve ser de no mínimo 12 metros, e é preciso ter a preocupação com segurança desde a entrada no con-domínio até a entrada no galpão, com um controle de acesso rígido, através de portaria de identificação bem apare-lhada e com automação, controle de se-gurança no ponto da chegada e também distante, para que não ocorram ataques aos caminhões, salas de apoio como de reuniões, miniauditórios para treina-mentos, entre outros. Estes acessórios fazem parte de um condomínio considerado Classe A, que por ser mais estruturado, tam-bém oferece locais para dar suporte aos caminhoneiros com toda a infraestrutu-ra para alimentação, descanso, banhei-ros, etc. Existem até alguns que, além dos galpões, possuem um edifício co-mercial de apoio para suprir a demanda dos usuários. O estacionamento, tanto para caminhões como para veículos, também é importante. Já sobre o galpão propriamente dito, ele precisa ter uma metragem ade-quada, como uma doca para cada 700 m2 no mínimo, além das necessidades básicas como recepção, sanitários, e no-vamente a questão da segurança, como
combate a incêndio, através de saídas de emergência, sprinklers, etc. Outro fator relevante é o piso de pátio compatível com o peso das cargas mais pesadas, pois o arrasto dos caminhões é grande e na hora de fazer manobras, se não for um piso compactado, será danificado. O espaço de manobras é fundamental tam-bém, pois deve facilitar a dinâmica de carregamento e descarregamento. A localização de um empreen-dimento deve ser avaliada em relação
aos trajetos feitos pelos caminhões, para que estes não passem por muitos semáforos, não cruzem vilas, centros comerciais ou locais de muita mo-vimentação e, enfim, corram menos riscos e evitem incidentes. Este fator favorece a negociação até com a com-panhia de seguros, posteriormente, que avalia o trajeto a ser percorrido e os possíveis perigos.
Esse tipo de empreendimento aten-de às questões de sustentabilidade e preservação do meio ambiente?
Atualmente, 70% dos empre-endimentos que desenvolvemos bus-cam certificações ou se preocupam com questões ligadas à sustentabilidade. An-tes de iniciarmos um projeto, fazemos uma análise detalhada na área de im-plantação, que é o terreno, neste caso. Quase sempre esbarramos em questões ambientais e temos que ade-quar o projeto às normas de preserva-ção de matas, cursos d’água, nascentes, permeabilidade, tratamento de efluen-tes, entre outros, e esses quesitos, quando bem observados, qualificam ainda mais o empreendimento. Sugerimos outros conceitos sustentáveis, como a retenção de águas pluviais para o reuso em sanitários e manutenção, soluções alternativas de energia para iluminação de pátios e aquecimento de água, pisos drenantes, tintas especiais, etc, que vão ao en-contro de certificações como LEED e AQUA, exigidas pelo usuário final.
O que será tendência para esse mercado? A grande tendência está nos centros logísticos industriais, comer-ciais e bem segmentados. Devido à fal-ta de espaços, será necessário explorar áreas mais distantes, onde a mistura com a urbanidade não ocorra, assim estes centros se tornarão os chamados Business Park. São cidades construídas com todas as características para suprir as necessidades dos usuários, com ho-téis, área para alimentação, estaciona-mento, parqueamento para caminhões, entre outros. n
Entrevista
“Devido à falta de espaços, será
necessário explorar áreas mais distantes, onde a mistura com a
urbanidade não ocorra, assim estes centros se tornarão os chamados
Business Park”.
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11 2344-2999 • www.fulwood.com.br [email protected]
• Localização privilegiada: Km 59 da Rod. dos Bandeirantes (fácil acesso à Rod. Anhanguera);
• Ocupação fl exível de 27.322m2 divididos em 19 módulos de 1.438m2 cada;
• Paredes corta fogo entre galpões;
• 3 docas por galpão;
• Pé Direito de 12 m livres;
• Vagas para caminhões, automóveis, motos e bicicletário;
• Escritórios, refeitório e auditório.
• Localização Privilegiada: Próximo ao entroncamento das Rod. Pres. Castello Branco com a alça de acesso à Rod. Raposo Tavares;• Ocupação fl exível de 24.640m2 divididos em 7 módulos de 3.520m2 cada;• Possibilidade de expansão: 10.560m2 com entrega prevista para maio/2013;• 4 docas por galpão;• Pé Direito de 12 m livres;
• Vagas para caminhões, automóveis e motos;
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• Heliponto homologado.
Master e Sorocaba Business Parks:os melhores condomínios industriais/ logísticos já estão prontos para locação.
Tudo o que se espera de projetos Fulwood está aqui: localização privilegiada, fácil acesso, módulos fl exíveis com múltiplas opções de metragens, piso com capacidade para 5 ton/m2, segurança 24h, CFTV, proteção perimetral e concertina.
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BUILDINGS LANÇA PROJETO INDUSTRIAL
Banco de dados de condomínios de galpões é a nova ferramenta para
analisar o mercado
O mercado de galpões industriais e logísticos tem demonstrado um crescimento acelerado no estado de
São Paulo, consolidando-se em regiões de até 100 km de distância da capital. Embora esse conceito não seja novo, foi apenas re-centemente que passou a ser de grande im-portância. Conforme o Buildings levantou, o primeiro condomínio logístico industrial foi entregue em 1997, na cidade de Barueri. Nos 10 anos seguintes, esse segmento cresceu de maneira gradativa, mas apenas em 2007, o estoque de condomínios industriais e comer-ciais começou a ganhar mais espaço graças ao crescimento mais estável da economia brasileira, formando, assim, um cenário de expansão das empresas e investidores inte-ressados pelo mercado local, principalmen-te próximo aos grandes centros comerciais, como é o caso de São Paulo. Deste período em diante as ativida-des neste segmento mudaram e, com leis que restringem a circulação de caminhões pela cidade, cada vez mais as empresas têm inte-resse em encontrar pontos bem localizados para ampliar suas atividades logísticas. Mas apesar da forte demanda e do significativo aumento de estoque, a disponibilidade des-tes locais ainda é pequena. Ainda de acor-do com o levantamento do Buildings, hoje a procura por este tipo de empreendimento é grande e esse cenário de oferta insuficiente deve perdurar pelos próximos cinco anos.
A importância do projeto para
o setor industrial
Para oferecer dados concretos e imparciais sobre esse mercado de condo-
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nos permitiu identificar e demarcar os con-domínios em todas as regiões. Passando a primeira etapa, o desafio agora era conse-guir o contato de cada um deles para que pudéssemos visitá-los”, explica. A decisão de montar um banco de dados industrial foi tomada no final de 2011, diante da necessidade que o merca-do imobiliário industrial apresentava por informações precisas, isentas e abrangen-tes. “Muitos incorporadores, investidores e imobiliárias nos questionavam quando ma-pearíamos os condomínios industriais com o mesmo critério já utilizado no mercado de escritórios. Assim, após uma avaliação
“Trata-se de uma excelente iniciativa, acreditamos que um banco de dados do setor industrial pode auxiliar na decisão do incorporador para identificar as demandas do mercado, estratégia de localização, área a ser incorporada, valor de
locação, municípios e rodovias em desenvolvimento, etc. Para os locatários, acreditamos que possa ser um meio interessante
para decidir e identificar oportunidades”.
Mariana Schillis e Fernando SchillisSócia-gerente e Gerente Comercial da Fullwood
“Consultores imobiliários dependem de pesquisas independentes de boa qualidade para oferecer um serviço excelente para seus clientes e o
Buildings vem suprir exatamente isto no que diz respeito a condomínios industriais. Apesar da maior parte das demandas dos clientes das
consultorias ser por galpões fabris grandes e terrenos industriais fora de condomínios industriais, o trabalho do Buildings é um marco na história
de pesquisa do Estado de São Paulo, pois disponibiliza informações úteis e críticas sobre todos os condomínios industriais do estado de São Paulo em alguns cliques. Isto agilizará todo o processo de busca e fechamento para todos que trabalham com transações imobiliárias e tudo que agiliza este
processo diminui o custo Brasil. Isto é muito bom para todos”.
Bruce LorimerSócio-diretor da Ocupantes Corporate Real Estate
mínios industriais, o Buildings, referência em dados imobiliários do mercado corpo-rativo de escritórios, dá mais um passo e agora expande sua atuação. O projeto para o setor industrial teve início com a con-tratação de uma equipe especializada e o mapeamento de 62 cidades. A coordena-dora do projeto, Patrícia Abreu, comenta como foi essa fase inicial. “O nosso maior desafio nessa primeira etapa da pesquisa foi mapear todas as regiões do estado de São Paulo que pudessem ter condomínios industriais. Uma vez definidas as regiões, usamos uma ferramenta de geoprocessa-mento, desenvolvida pelo Buildings, que
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estratégica e financeira, vimos que chegou o momento de tomar a decisão e dar iní-cio ao projeto”, comenta o sócio-diretor do Buildings, Fernando Libardi. Com o crescimento dos condomí-nios industriais, o mercado ficou carente de informações atualizadas. Assim, para suprir esta deficiência na organização e unificação desses dados, o Buildings disponibilizará os principais aspectos de interesse do merca-do, como estoque total, taxa de vacância, atividade construtiva, valores de locação e características técnicas dos condomínios.
Desafios da pesquisa Durante a pesquisa, a equipe do Buildings superou diversas barreiras.
Após a primeira etapa de mapeamento dos condomínios, o próximo passo foi
“Outro desafio foi apresentar o projeto aos principais players deste mercado e conseguir mostrar que assim como hoje o Buildings é referência no mercado corporativo, também será referência no mercado industrial e logístico”, explica a coordenadora do projeto. Outra grande tarefa foi agendar reuniões com os administradores e pro-prietários dos condomínios e estabelecer uma relação de confiança para poder vi-sitar cada local. A partir daí, o processo de pesquisa começou a ganhar corpo e a equipe conhecimento sobre o mercado. Segundo Patrícia Abreu, a troca de ex-periências com os profissionais de cada
“Assim como aconteceu no Office, acreditamos que será muito benéfico para nós, prestadores de serviços, uma vez
que nos proporcionará velocidade no conhecimento das informações e destacará a importância dos serviços agregados
como atendimento, estudos, previsões, relacionamento e transparência na condução dos negócios”.
Adriano TheodoroDiretor da NAI Dworking
“Temos as melhores expectativas para o banco de dados industrial do Buildings, pois irá nos auxiliar em diversos
aspectos, como nas demandas e nos novos empreendimentos”.
Alfredo SchulthaisDiretor comercial da Ello Industrial
expor o projeto para as grandes em-presas do mercado logístico e indus-trial quanto a confiabilidade dos dados.
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empresa e a pesquisa de campo foi fun-damental para a compreensão integral do projeto. “Entender o segmento industrial também foi muito importante para nosso crescimento, pois a cada reunião conse-guíamos adquirir know how e compre-ender como cada projeto foi planejado, desde sua incorporação e construção, até o momento da locação”, avalia. A próxima etapa foi levantar as particularidades, características técnicas
de cada módulo visitado, valores e disponi-bilidade dos condomínios para que o banco de dados começasse a ganhar forma. Enquanto a pesquisa de campo era executada, outra equipe de analis-tas do Buildings desenvolvia um sis-tema exclusivo para agrupar todas as informações apuradas. “Contamos tam-bém com uma equipe de programado-res, que montava um sistema moderno e de fácil manuseio, enquanto estáva-mos na rua captando informações, para que pudéssemos cadastrar todas essas
“As expectativas são muito positivas, pois o crescimento desse mercado é proporcional à sua divulgação e compreensão deste
por outras partes interessadas, sejam inquilinos, fundos de investimento ou investidores”.
André GavazzaGerente de incorporação da GR Properties
informações coletadas”, conta a coor-denadora do projeto.
Dados do mercado
Depois de percorridos 6.000 km em 62 cidades, apenas no estado de São Paulo, o Buildings pôde constatar a dimen-são desse mercado. Foram levantados dados de 164 condomínios prontos para ocupação, com um estoque total de 5.493.075 m². A atividade construtiva de 1.944.387 m², com 35 condomínios sendo
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Rodovia Anhanguera na região de São Paulo
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“Este banco de dados vai suprir uma lacuna com respeito ao tamanho deste mercado e quanto à tipologia dos produtos oferecidos. A área a ser construída, o pé-direito, a largura,
a execução de marquises e de docas nos dois lados, etc. Tudo isto vai contribuir para que proprietários e inquilinos possam
falar a mesma língua na hora de negociar”.
Eduardo BoSenior Property Management Director da Hines South America
erguidos e 62 em fase de projeto, compro-va o forte aquecimento e a expansão de um mercado que não para de crescer. A taxa de vacância de 13,32% (731.488 m² dispo-níveis), também mostra a alta procura por este tipo de empreendimento. Entre os condomínios visitados, o Buildings obteve preços pedidos de lo-cação que vão de R$ 11/m² a R$ 38/m² por mês, e variam de acordo com a pro-ximidade da capital paulista. Jaguariúna, por exemplo, por estar mais distante de São Paulo, é uma das cidades com preço pedido de locação mais atraente, já Ba-rueri e Cotia, possuem os preços mais elevados. Campinas é uma região que concentra diversos empreendimentos desse tipo, com preços pedidos variando entre R$ 12/m² e R$ 35/m². As mudanças na economia tam-
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Região de Barueri
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bém têm seu papel na alteração dos valores pedidos, como apontou Shulthais. “O pre-ço médio tem subido nos últimos anos e já que a demanda continua forte, a tendência é que siga aumentando antes de estabilizar. Em 2010, os valores de locação dispararam devido ao bom momento do país. Em São Paulo os alugueis fechados em condomí-nios industriais e logísticos foram de R$18/m² para R$25/m² por mês, em Alphaville chegou a R$30/m² em 2011. Estes preços se mantiveram até julho do mesmo ano, depois sofreram uma ligeira queda, graças
à desaceleração da economia. Já em 2012, os alugueis se estabilizaram, chegando en-tre R$23/m² e R$25/m²”, explica. A tendência é que este mercado continue sofrendo valorização, já que a demanda está aquecida e a economia bra-sileira tem passado por um bom período. “A lei da oferta e da procura vale para o mercado imobiliário industrial assim como para todos os mercados. Se a tendência é de crescimento, o preço deve acompanhar este movimento”, analisa Adriano Theodoro.
Previsões Acompanhando essa expansão do mercado, outras regiões se tornarão polos de condomínios industriais. As regiões próximas a São Paulo estão sa-turadas, quase não se encontram mais terrenos disponíveis e os que ainda existem sofrem supervalorização. “O mercado levará ao surgimento de no-vos eixos, tais como Regis Bittencourt e Vale do Paraíba, em São Paulo, onde novos empreendimentos serão entre-gues em 2012 e 2013. Investidores de olho no crescimento de massa de regi-ões como o Nordeste, Norte e Sul di-
“A expectativa é positiva, pois este é um mercado que ainda não possui tantas referências e análises históricas. O
Buildings, seguindo o mesmo padrão de qualidade estabelecido na base de escritórios, estará contribuindo para o
desenvolvimento do mercado industrial/logístico brasileiro”.
Leandro AngelinoCoordenador de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Colliers
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“A iniciativa é bastante positiva, uma vez que poderemos ter centralizadas as informações. O conhecimento desses dados é fundamental para melhor especificação de produtos, definição
da localização de implantação desses empreendimentos e, portanto, facilitar a divulgação do portfólio que existe e em
desenvolvimento para todo o setor industrial”.
Francisco Ayres VicentiniDiretor técnico da GR Properties
Av. Jaguaré na região de São Paulo
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dados consistentes e precisos. Gostaria de agradecer a todos que direta ou in-diretamente participaram deste projeto que hoje, graças a essas colaborações, está se tornando realidade”, comemora Patrícia Abreu. n
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versificam suas carteiras além do eixo SP-RJ e já começam a busca de terre-nos para incorporação nessas regiões”, completa Simone Santos. Seguindo essas transformações, o Buildings pretende expandir sua atu-ação no mercado industrial alcançando outros estados. “Nosso primeiro passo foi mapear todos os condomínios do es-tado de São Paulo. Nosso plano agora é cobrir outros estados, como Rio de Ja-neiro, Santa Catarina e Minas Gerais”, expõe a coordenadora do projeto. Angelino reforça as previsões e aponta fatores relevantes para o duradouro mercado de condomínios de galpões. “Este
“A unificação destas informações servirá de ferramenta para o mercado. Esperamos que ajude os investidores e desenvolvedores,
como a Retha, a ter um panorama mais amplo”.
Juliana FernandesÁrea de desenvolvimento da Retha
“O mercado como um todo é carente de dados. Por conta disso, acreditamos na importância da pesquisa do Buildings, que poderá proporcionar ao mercado dados tão valiosos”.
Simone SantosDiretora de Serviços Corporativos da Herzog Imóveis Comerciais e Industriais
é um mercado que veio para ficar, pois acompanha a tendência mundial de otimi-zação da cadeia produtiva. Especialmente em países em desenvolvimento acentuado, como é o caso do Brasil, a eficiência logís-tica e redução de custos ao ocupante é uma questão cada vez mais primordial”, conclui. Essa iniciativa do Buildings, de desenvolver um banco de dados indus-trial, amplia o conhecimento do merca-do e cria uma extensão de um trabalho que já é referência no mercado de es-critórios. Após 10 meses de pesquisa, já é possível ver os resultados positivos e o projeto pode ser considerado um su-cesso. “Nosso objetivo é suprir a falta de informação desse mercado e abas-tecer todos aqueles interessados com
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Técnica
O mercado de condomínios indus-triais passou por uma mudança significativa nos últimos anos,
impulsionando uma melhoria nos aspec-tos técnicos que fazem parte dos galpões. Atualmente, as empresa se tornaram mais exigentes e os condomínios precisam cumprir alguns requisitos relativos à se-gurança, dimensões e outras facilidades, para atender às necessidades de armaze-nagem, carga e descarga de produtos de forma adequada. Estas exigências valori-zam o espaço e são um diferencial, já que os usuários finais priorizam locais com infraestrutura apropriada para otimizar os negócios da empresa.
Entre as principais características técnicas de um empreendimento industrial algumas são fundamentais como:- Pé-direito;- Capacidade de resistência do piso;- Quantidade de docas;- Cross-docking (docas em pelo menos
Aspectos técnicos relevantes de um galpão
duas laterais do galpão);- Pátio de manobras;- Estacionamento para caminhões;- Sprinklers.
Pé-direito Essa característica é fundamental para os ocupantes que precisam de mais es-paço de armazenagem, já que, diferente de outros empreendimentos, nos condomínios industriais é considerado o metro cúbico e não o metro quadrado. Além disso, nessas construções, o pé-direito deve compreen-der o espaço do ponto mais baixo da lumi-nária ou boca de sprinkler até a superfície do piso, e não da viga ou telhado até o piso. Antes, os galpões tinham pé-di-reito entre 6 e 8 metros, mas com o aumen-to da demanda e exigências dos ocupantes, esse patamar aumentou e a maioria dos empreendimentos atualmente têm mais de 9 metros, chegando até 14 metros. De acordo com Leandro Angelino, coordena-
dor de pesquisa e inteligência de mercado da Colliers, atualmente os condomínios considerados Classe A são desenvolvidos com pé-direito livre entre 11 e 12 metros. Segundo dados do Buildings, entre os galpões visitados, 20% possuem pé-direito mais baixo, de 6 a 8 metros, 39% têm de 9 a 10 metros e 40% seguem as tendências e possuem pé-direito de 11 a 14 metros. O Condomínio Caldeira, localizado em Indaiatuba ao lado das fá-bricas da GM, Toyota e Jhon Deere, com
“As operações que movimentam cargas muito
pesadas não conseguem verticalizar o estoque e,
portanto, operam bem em pisos com 6 ton/m²”.
Juliana FernandesÁrea de desenvolvimento da Retha
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galpões de 1.500 m² a 4.000 m², é um exemplo de empreendimento com pé--direito mais alto, com 14 m.
Capacidade de resistência do piso
A capacidade de carga do piso está diretamente relacionada ao pé-direito, pois quanto maior a altura, mais espaço de armazenamento e peso a ser suportado. Segundo Juliana Fernandes, do setor de desenvolvimento da Retha, a capacidade mínima ideal é de 6 ton/m² de carga dis-tribuída. “As operações que movimentam cargas muito pesadas não conseguem ver-ticalizar o estoque e, portanto, operam bem em pisos com 6 ton/m²”. A grande maioria dos galpões levantados pelo Buildings, cerca de 80%, possui capacidade do piso de 5 a 6 ton/m², porém ainda existem mais de 13% com 3 a 4 ton/m², e há também novos empreendi-mentos que atendem necessidades maiores de peso para estocagem, apenas 7%, com capacidade do piso de 7 a 8 ton/m². Entre os condomínios industriais levantados pelo Buildings, o LOG Papa João Paulo, localizado em Guarulhos, próximo ao Aeroporto de Cumbica, com área locável de
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14.000 m², possui capacidade do piso de 8 ton/m², além de ter concreto nivelado a laser.
Quantidade de docas A quantidade de docas necessá-rias em um galpão varia de acordo com o tipo de operação, pois, hoje, a prioridade nesse mercado está cada vez mais no flu-xo de materiais e menos na estocagem dos produtos, ou seja, os galpões se tornaram menos estáticos e mais dinâmicos. O correto dimensionamento de docas deve ser de uma para cada 500 m², porém em alguns galpões, ainda se utiliza a regra de uma doca para cada 1.000 m² de área construída, como comenta Angelino. “O mercado utiliza o padrão de uma doca para cada 500 m², embora na atual conjun-tura a maioria das operações são eficientes com uma doca a cada 1.000 m²”. Entretanto, de acordo com o le-vantamento do Buildings, mais da metade dos galpões (51%) possui uma doca para cada 500 a 1.000 m², 23% ainda têm uma para acima de 1.000 m² e 27% apresentam uma doca para até 500 m². Para Juliana Fernandes, a quan-tidade de docas propicia maior flexibili-dade na operação e menor movimentação
interna do produto. Por isso, alguns ocu-pantes optam por empreendimentos que oferecem mais agilidade no processo lo-gístico, como é o caso do Ory Business Park, localizado em Jundiaí, que oferece uma doca para cada 566 m². O condomí-nio possui 8 módulos com metragens a partir de 2.585 m² e a quantidade de do-cas varia de 3 a 5 por galpão.
Cross-docking
O cross-docking é uma caracte-rística adicional, que otimiza a transfe-rência de mercadorias através da entrada
“A necessidade de cross-docking é muito mais
importante para operadores logísticos do que para uma
operação fabril, um lado sendo a entrada de produtos e do
outro a saída”.
Thomas Govier
Diretor Sênior da Ocupantes Corporate Real Estate
“O mercado utiliza o padrão de uma doca para cada 500 m²,
embora na atual conjuntura a maioria das operações são eficientes com uma doca a
cada 1.000 m²”.
Leandro Angelino
Coordenador de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Colliers
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Técnica
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de produtos por uma das laterais do gal-pão e saída pela outra. Ou seja, o galpão com cross-docking tem docas em ambas as laterais. O sistema permite uma opera-ção de rápida movimentação de produtos acabados para expedição entre fornece-dores e clientes, podendo reduzir drasti-camente o tempo que os produtos perma-necem estocados. Como aponta a pesquisa do Buildings, esse aspecto técnico não é ne-cessário a todo galpão industrial, mas ape-nas para determinados ramos de atividade que exigem distribuição de produtos com elevados índices de giro, como concorda Thomas Govier, diretor sênior da Ocupan-tes Corporate Real Estate. “A necessidade de cross-docking é muito mais importante para operadores logísticos do que para uma operação fabril, um lado sendo a entrada de produtos e do outro a saída”. Entre os condomínios levantados, 86% não pos-suem cross-docking. Um dos poucos exemplos de condomínios industriais que oferece esse sistema é o Cajamar Industrial Park, com
quatro galpões distribuídos em mais de 113 mil m² de área locável.
Pátio de manobras Para facilitar a dinâmica de cir-culação de caminhões nas docas e vagas, o pátio de manobras deve ser estrutural-mente dimensionado para o volume de tráfego que terá que suportar de acordo com o tamanho dos veículos que irão des-carregar os produtos. Segundo Francisco Ayres, diretor técnico da GR Properties, o pátio precisa ser desenvolvido para evitar o excesso de manobras, diminuindo assim os danos no piso. “Por se tratar de veículos grandes, ca-minhões e carretas, é fundamental que as áreas de manobras sejam bem desenvolvi-das, de maneira a permitir a entrada e saída das docas e vagas com poucas manobras desses veículos. Com isso teremos uma melhor conservação do pavimento e conse-quentemente menor manutenção”, ressalta. O tamanho destes espaços muda conforme as atividades da empresa e a
movimentação de caminhões que ela exi-ge, como pontua Juliana Fernandes. “A largura do pátio de manobras pode variar de acordo com a vocação do empreendi-mento. Para uso exclusivo de logística de alto fluxo, por exemplo, adotam-se pátios com largura de 36 m (para uma única nave, termo normalmente utilizado para significar ‘galpão’) e 56 m quando se tem duas naves com docas frente a frente. Pá-tios mais estreitos são projetados para o uso industrial (manufatura)”. Como comprova o levantamento do Buildings, esse item é fundamental para o funcionamento de um condomínio indus-trial, pois, entre os galpões pesquisados, 85% possuem pátios de manobra. Já para os outros 15% restantes que não possuem pátio, a opção é fazer as manobras na pró-pria rua, utilizando a doca. Localizado em Jundiaí, próximo ao aeroporto da cidade, o Delta Empre-sarial Park, composto por sete galpões de 8.000 m² cada, em um terreno de 157.500 m², é um exemplo de empreendimento que possui área para manobras adequada para
“A segurança dos condomínios logístico-industriais é hoje uma das grandes pautas do setor e em atendimento a
esta demanda são utilizados itens como portaria e sala de
controle de imagens blindadas, portões de acesso com sistema de eclusas e dilaceradores de pneu, controle perimetral em torno de toda a propriedade e
CFTV”.
Francisco Ayres VicentiniDiretor técnico da GR Properties
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sua estrutura logística, com um pátio que possui cerca de 50 m de largura.
Estacionamento para caminhões
Outro aspecto importante para a logística de uma empresa é oferecer vagas de estacionamento para os cami-nhões. Angelino comenta que a defici-ência desse quesito pode acarretar pro-blemas no trâmite logístico. “É um item de extrema importância na estrutura dos atuais condomínios. Em uma operação consolidada, o número insuficiente de vagas de espera pode influenciar negati-vamente a logística da empresa”. Além disso, esta especificação traz benefícios para os usuários, como maior eficiência operacional, facilidade em adotar planos de entregas para elimi-nar o tempo de espera e descarregamento,
disponibilidade para conferir mercadorias e mais segurança para as cargas e motoris-tas. “O estacionamento externo organiza a circulação de carretas para acesso ao em-preendimento, evitando o trânsito causado pelas manobras e cruzamentos de fluxo. O estacionamento interno dá mais segurança ao usuário, pois a carreta passa a ser moni-torada pela segurança durante o tempo de espera para carga/descarga”, complementa Juliana Fernandes. Os condomínios melhor estrutu-rados seguem a regra de uma vaga a cada 1.200/1.500 m² de armazenagem. De acor-do com os dados do Buildings, 52% dos empreendimentos industriais possuem es-tacionamento para caminhões. Com quatro galpões distribuídos em uma área locável de 76.726 m², o Distri-bution Park Cajamar, localizado à margem da Rodovia Anhanguera e próximo ao Ro-doanel, é um bom exemplo de galpão com estrutura adequada para espera de cami-
Técnica
nhões, oferecendo 138 vagas de estaciona-mento, ou seja, uma vaga para cada 556 m².
Sprinklers É necessário projetar um sistema eficaz de combate a incêndio para evitar os riscos aos quais um galpão está sujei-to. E para garantir que estas especificações sejam atendidas, o Corpo de Bombeiros passou a emitir certificados que garantem a segurança do galpão, como o AVCB. “Para o caso de empreendimento modular, a le-gislação permite a entrega sem sprinklers, no entanto, o imóvel considerado ‘big box’ (galpão com um grande vão livre) deve obrigatoriamente contar com essa infra-estrutura para o recebimento do AVCB”, acrescenta Angelino. Segundo Juliana Fernandes a instalação do sistema de sprinklers pro-picia uma maior flexibilidade na divisão interna dos galpões e é visto de maneira
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Apesar de todas essas caracte-rísticas, cada segmento de atuação tem as suas particularidades e necessidades específicas. “As preocupações principais de quem busca um galpão industrial de-pendem se o cliente vai usar o imóvel para uma operação industrial/fabril ou para uma operação logística/armazenagem. No caso de operações logísticas, as ne-cessidades costumam seguir um padrão, enquanto que operações fabris dependem muito da linha de produção e tipo de ma-quinário que será instalado, ou até uma ponte-rolante”, comenta Govier. Eduardo Bo, diretor sênior de ad-ministração de propriedades da Hines Sou-th América também concorda. “As espe-cificações técnicas dos galpões dependem dos objetivos a que se destinam. Podem ser galpões para indústria pesada ou leve, para armazenagem própria, para centros de dis-tribuição, entre outros fins. Cada segmento tem as suas necessidades e especificações próprias”, conclui. n
“Esse é um mercado com muito potencial,
principalmente em regiões de fácil acesso e interligadas a rodovias, próximas a grandes projetos de infraestrutura, como aeroportos e portos,
ou regiões que devam sediar empresas âncoras, que
consequentemente atrairão outras empresas para a
região e que demandarão galpões para locação”.
Simone SantosDiretora de Serviços Corporativos da
Herzog Imóveis Comerciais e Industriais
positiva pelas seguradoras. “É importan-te que o galpão tenha o projeto aprovado junto ao corpo de bombeiros com classe de risco J4, que é o mais ‘exigente’ e aten-de quase todos os clientes. Dentro desse enquadramento se define a obrigatorie-dade ou não da instalação do sistema de sprinklers”, completa. Mesmo sendo um item de seguran-ça importante, entre os condomínios pesqui-sados pelo Buildings, apenas 19% apresen-tam esse sistema. Dentro dessa minoria está o Aurora Business Park II, com dois galpões em uma área locável de 52.226 m², que con-ta com uma segurança contra incêndio com-pleta de sprinklers, extintores e hidrantes. Outra medida importante para proteção contra incêndios é a adoção de portas corta-fogo, que têm como finalidade principal o fechamento ou divisão de áre-as de risco, impedindo a propagação das chamas. Estas devem estar sempre deso-bstruídas, sinalizadas e dotadas de certifi-cação de qualidade fornecidas pela ABNT e reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros, Contru e seguradoras. Além desses aspectos abordados,
outros itens são indispensáveis na hora de escolher um galpão. A segurança é uma ca-racterística imprescindível para a maioria dos ocupantes. “A segurança dos condo-mínios logístico-industriais é hoje uma das grandes pautas do setor e em atendimento a esta demanda, são utilizados itens como portaria e sala de controle de imagens blin-dadas, portões de acesso com sistema de eclusas e dilaceradores de pneu, controle perimetral em torno de toda a propriedade e CFTV”, expõe Ayres. Outro ponto bastante valorizado e fundamental para facilitar a logística das empresas é a localização do galpão, que precisa ter acesso rápido e estar próximo às principais rodovias que ligam as cida-des. “Esse é um mercado com muito po-tencial, principalmente em regiões de fácil acesso e interligadas a rodovias, próximas a grandes projetos de infraestrutura, como aeroportos e portos, ou regiões que devam sediar empresas âncoras, que consequen-temente atrairão outras empresas para a região e que demandarão galpões para lo-cação”, reforça Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog.
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Estatísticas
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Confira as faixas de Preços Pedidos de Locaçãoe dados do Portal Buildings.com.br Condomínios Industriais do Estado de São Paulo
Região Nº de Condomínios Estoque Total (m²) Área Disponível (m²) Taxa de Vacância (%)Faixa de Preço Pedido
de Locação (R$/m²/mês)
ABCD 7 227.390 27.760 12,21% 17,00
Barueri 36 813.057 59.407 7.31% 14,00 a 27,88
Bragança Paulista 4 210.843 24.050 11,41% 22,21
Cajamar 4 233.768 - - -
Campinas 32 997.747 142.268 14,26% 12,00 a 35,00
Cotia 12 287.031 22.464 7,83% 21,00 a 38,66
Embu 7 213.253 9.768 4,58% 18,00 a 20,00
Guarulhos / Arujá 13 486.915 81.708 16,78% 22,00 a 27,00
Jundiaí 21 832.317 43.633 5,24% 11,50 a 23,00
Ribeirão Preto 1 34.922 - - -
Rio Claro 1 19.100 4.200 21,99% -
São Carlos 1 25.000 - - 13,00
São José dos Campos 4 390.946 233.714 59,78% 14,50 a 16,00
São Paulo / Capital 15 523.572 22.363 4,27% 16,00 a 33,00
Sorocaba 6 191.684 57.289 29,89% 15,00 a 23,00
Taubaté 1 5.610 2.860 50,98% 14,00
Total 165 5.493.159 731.488 13,32% 11,50 a 38,66
Estatísticas
ABCD
Barueri
Bragança Paulista
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São Paulo / Capital
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Depois de um árduo trabalho com mais de 6 mil quilômetros per-corridos, pra nós do Buildings é
um grande prazer poder compartilhar com todos vocês as informações que captamos em todo esse tempo. Mapeamos todos os grandes po-los de São Paulo e levantamos imóveis em 16 grandes centros do estado. Ao todo são 161 condomínios industriais e logísticos prontos para ocupação. Des-taque para as regiões de Barueri e Cam-pinas, com 36 e 31 empreendimentos, respectivamente. Com um estoque total de 5.383.328 m², a taxa de vacância hoje está em 12,16%, ou seja, 654.702 m² es-tão vagos, esperando novos inquilinos. As maiores áreas vagas encontram-se em São José dos Campos (233.714 m²) e Campinas (142.268 m²), com taxas de vacâncias de 59,78% e 14,26%, res-pectivamente. No ABCD, a vacância é de 1,26% e em Cajamar já não há mais espaços disponíveis para locação. Com o iminente crescimento na demanda por espaços bem localizados e que tenham infraestrutura de primei-ra linha, os incorporadores passaram a
“Mapeamos todos os grandes polos de São Paulo e levantamos imóveis em 16 grandes centros do estado.
Ao todo são 161 condomínios industriais e logísticos prontos para ocupação.
Destaque para as regiões de Barueri e Campinas com 36 e 31 empreendimentos,
respectivamente”.
investir um grande volume de recursos para construir empreendimentos que atendam a essa demanda. Para atender a esse crescente mercado, atualmente existem 39 con-domínios em construção, totalizando 1.964.280 m² em plena atividade cons-trutiva. A maior concentração de empre-endimentos em obras está na região de Jundiaí, com 666.472 m², com previsão de entrega para 2013/2014. Além dos imóveis em cons-trução, ainda existem diversos empre-endimentos em projetos, são mais de 4.000.000 m² aguardando aprovações. Com as aprovações liberadas e entregas previstas, o mercado para 2014 irá do-brar de tamanho no estado de São Paulo. Em um cenário com tanta pro-cura por informações, o Buildings sai na frente ao compilar informações de todo o estado de São Paulo em um banco de da-dos de fácil interação e que possibilita a todos os players conhecer cada mercado e empreendimento. Espero que esta seja uma longa caminhada de crescimento e desenvolvi-mento do nosso trabalho. Minha equipe e eu estaremos sempre à disposição.
Patrícia AbreuCoordenadora de Pesquisa
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• Planejamento (Pré Construção)
• Licitação e Compras
• Gerenciamento de Construção
• Close-Out (fechamento e entrega de obra)
Qualidade no planejamento, na equipe e no dia a dia.Ocupantes Project Management
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