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    1/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Novembro/2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice Draw

    Ano 4 | N 16 |Novembro 2010

    Revista

    Artigo | Dica | Tutorial | e muito mais...

    Como ns:Oferecemos suporte tcnicoespecializado e treinamento dequalidade para Software Livre

    Comunidade BrOffice.orgMarca presena na VII Conferncia Latino

    Americana de Software Livre

    Comit paraDemocratizao da

    InternetMostra o panorama atual da

    Incluso Digital no Brasil

    Escritrio aberto:

    Modelo de monografia paraevitar dores de cabea nahora de finalizar adissertao

    Saiba como:TJDFT desenvolveu sistema queautomatiza gerao dedocumentos

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
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    2/47Edio Especial | Outubro | 20102| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista

    ndice || entrevistaTJDFT desenvolve sistema de controlede processos BrOffice e outrastecnologias livres

    05

    | artigo

    Incluso Digital: Uma etapa com os

    dias contados?

    09

    | novas tecnologias

    BrOffice: ferramenta de construopara novas tecnologias

    12

    | dicas rpidas

    Dicas rpidas 14

    | como ns ...

    ... damos suporte tcnico 16

    | reportagem

    Fundo de Penso SERPROS migra paraUbuntu Linux e BrOffice

    18

    Contagem regressiva paraLatinoware 2010

    23

    | cultura

    Redblade - Episdio 06: Acidente 25

    Dica de Filme: Jogo de espies 27

    | escritrio aberto

    Escritrio aberto 33

    | escritrio aberto

    Resumo do ms 46

    | tutorial

    Expresses regulares no BrOffice 28

    | dicas

    Aplicao prtica do BrOffice Calc 35

    Desenhando diagramas no BrOfficeDraw facilmente com a extensoDiagram

    37

    O Navegador 40

    Diagramando um folder com BrOffice Draw 43

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
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    3/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Novembro/2010

    |editorial

    stamos fechando essa edio da revista em meio ao alvoroo

    dos preparativos para um dos maiores eventos de tecnologia do

    pas, a Conferncia Latino Americana de Software Livre, conhecidacomo Latinoware. Outro assunto que vem ocupando as mentes e

    redaes no Brasil a sucesso presidencial e o que o resultado

    pode afetar nos mais variados setores. Em nosso caso, o que

    importa mesmo que o Pas possa continuar investindo e

    apostando em solues nacionais, que inclua digitalmente todas as

    pessoas.

    Voltando a falar sobre a Latinoware, a comunidade BrOffice.org vai

    marcar sua presena apresentando palestras e ficando disposio

    para sanar dvidas sobre a comunidade e a suite livre mais usada

    no mundo.

    s vsperas do lanamento da verso estvel do LibreOffice,

    previsto para o ms de novembro, essa ser uma grande chance de

    falar com representantes, no Brasil, da The Document Foundation.

    Na matria de capa mais um case vitorioso de migrao para

    BrOffice. O Fundo de Penso fundado pelo Serpro, Servio Federal

    de Processamento de Dados, fez a opo de migrar todas as suas

    mquinas para Ubuntu e BrOffice. Estamos contando tudo sobre os

    preparativos, sobre as resistncias, sobre o treinamento e mudana

    de comportamento do usurio.

    Um artigo escrito a seis mos, pelo pessoal do CDI Campinas,Comit para Democratizao da Internet, Andr, Helena e Patrcia,

    nos traz um panorama da Incluso Digital no Brasil com nmeros

    que demonstram que o pas pode atingir o seu objetivo em 2017.

    Mas ser que a tarefa de Incluso Digital estaria cumprida? a

    reflexo que o artigo faz.

    Na seo Como Ns, algumas dicas sobre suporte tcnico para

    ferramentas livres, sobretudo, o BrOffice. E por falar em dicas, a

    edio est repleta de dicas e um tutorial muito interessante sobre

    expresses regulares no BrOffice. O autor do tutorial dispensa

    comentrios. Julio Neves um reconhecido especialista em shellscript e um colaborador da comunidade BrOffice.org.

    Boa leitura!!

    EE

    Colaboradores desta edioRedao:Andr Lus BordignonCarlisson GaldinoCsar BrodHelena WhiteJulio NevesLuiz OliveiraPatrcia NobrePedro CiracoRochele Prass

    Dicas | Dicas Rpidas | Tutorial:Ccero Pinho CunhaClvis Tristo TraduoLuiz OliveiraMarcelo MassaoRenata MarquesRubens QueirozRui Ogawa

    Diagramao:Duilio NetoEliane DomingosRenata MarquesRui Ogawa

    Reviso:Clvis TristoFtima ContiLuiz OliveiraRenata MarquesRicardo Pontes

    Capa:Duilio Neto

    Edio:Luiz [email protected]

    Revisora responsvel:Vera Lcia Cavalcante [email protected]

    Jornalista responsvel:Luiz Oliveira Mtb.31064

    Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho | [email protected]

    Coordenadora Revista BrOffice.org:Eliane Domingos de [email protected]

    Escreva para a Revista BrOffice.org:[email protected]

    Edies anteriores: www.broffice.org/revistaO contedo assinado e as imagens que o integram so de inteiraresponsabilidade de seus respectivos autores, no representandonecessariamente a opinio da revista BrOffice.org e de seusresponsveis. Todos os direitos sobre as imagens so reservados aseus respectivos proprietrios

    O que o BrOffice o produto, ferramenta de escritrio multiplataforma, livre, em bomportugus, desenvolvido sob os termos da licena LGPL, compostopor editor de texto, planilha de clculo, apresentao, matemtico ebanco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalhapara a difuso do SL/CA no Pas.

    DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice, editor de texto, planilhaeletrnica, apresentao e, diagramao. A reproduo do materialcontido nesta revista permitida desde que se incluam os crditos aosautores e a frase: Reproduzido da Revista BrOffice.org www.broffice.org/revista em local visvel.

    O BrOffice.org declara no ter interesse de propriedade nas imagens.Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivosautores/proprietrios.

    O contedo da Revista Broffice.org est protegido sob a licena Crea-tive Commons BY-NC-SA, disponvel no www.creativecommons.org.br.

    Esta licena no se aplica a nenhuma imagem exibida na revista, epara utilizao delas obtenha autorizao junto ao respectivo autor.

    http://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistahttp://www.creativecommons.org.br/http://www.creativecommons.org.br/http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revista
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    4/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Novembro/2010

    Arquiv

    opessoal

    Conhecendo os colaboradores |

    Conhecendoalgunscolaboradores

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    5/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Novembro/2010

    entrevista|

    TJDFT desenvolve sistema deTJDFT desenvolve sistema decontrole de processos usandocontrole de processos usando

    BrOffice e outras tecnologias livresBrOffice e outras tecnologias livres

    Google

    Por Rochele Prass

    Marco A. S. Reis - Especialista em sistemas ditribudos, arquiteto de software no TJDFT onde

    desenvolve frameworks para os sistemas internos, alm de ser professor de linguagem de

    programao. Seus principais interesses envolvem inteligncia artificial e processamento de

    linguagem natural.

    O Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios TJDFT est implantando um sistema de controle de processos,

    a partir de uma soluo que utiliza o BrOffice em um dos mdulos centrais do sistema de controle de processos jurdicos, o

    SISTJWEB. Ao todo, o projeto atende a 110 usurios. O desenvolvimento contou com 20 profissionais, entre

    programadores, analistas e gerentes de projeto.

    Conforme explica Marcos Reis, da Subsecretaria de Desenvolvimento de Sistemas do rgo, a ideia surgiu da necessidade

    de atualizao dos sistemas do tribunal para a plataforma web e da necessidade de automatizar esse processo. Ele explica

    que os usurios esto,tradicionalmente, acostumados a simplesmente abrir um programa e editar o seu texto.

    Entretanto, pondera, em uma organizao como o TJDFT, em que circulam milhes de textos todos de altssima

    importncia, gerar manualmente todos esses documentos demanda um esforo muito grande. Se houvesse a

    possibilidade de automatizar esta atividade haveria um ganho muito grande tanto na produtividade quanto na padronizao

    dos documentos, diz. Para se ter uma ideia, com a tecnologia desenvolvida, o rgo produz atualmente uma mdia de 500

    atos por dia, o que d um volume de aproximadamente 10 mil documentos por ms.

    A sute de escritrio aberta foi escolhida para esta finalidade, justamente por ser compatvel com tecnologias abertas e com

    formatos utilizados na internet. Isso porque possui uma interface de programao (API), que se chama Uno (de Universal

    Network Objects), permitindo que os desenvolvedores utilizem todas as funcionalidades da ferramenta dentro de um

    sistema. Assim, o sistema poderia criar um documento de texto, adicionar novas linhas, formatar pargrafos, criar tabelas,mudar o estilo da fonte e todas as demais opes disponveis sem que o usurio precise abrir a ferramenta. Na entrevista a

    seguir, Marco Reis detalha o projeto:

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.broffice.org/revista
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    6/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    Arquivopessoal

    TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass

    entrevista|

    Pode detalhar o funcionamento da soluo?

    A gerao de Atos Processuais uma das

    funcionalidades principais do SISTJWEB, o sistema de

    controle de processos jurdicos utilizado no TJDFT. Pode-se dizer que o corao do sistema. O BrOffice

    utilizado por meio de acesso via Sockets para fazer a

    mesclagem dos documentos, substituio dos parmetros

    e, finalmente a gerao de um PDF para ser assinado

    digitalmente.

    Este servio deve estar on-line 24 horas e 7 dias por

    semana. A alta disponibilidade conseguida utilizando

    diversos servidores virtualizados para responder s

    centenas de requisies dirias. Para realizar o

    balanceamento da carga entre os servidores, foi criadoum componente que responsvel por dividir as diversas

    requisies (so centenas de documentos gerados

    diariamente). Quando algum dos servidores fica

    indisponvel, a equipe de suporte notificada por e-mail.

    Por se tratar de um ponto crtico do tribunal, foi criada

    uma ferramenta para monitoramento e gerenciamento do

    status dos servidores, que no podem parar.

    Nos ltimos 10 anos, tivemos aNos ltimos 10 anos, tivemos a

    popularizao da internet e ospopularizao da internet e osaplicativos deveriam ser migradosaplicativos deveriam ser migrados

    para esse novo cenrio, livrando opara esse novo cenrio, livrando o

    usurio da necessidade de ter ousurio da necessidade de ter o

    software instalado em cadasoftware instalado em cada

    computador.computador.

    Como funciona, neste caso, a certificao digital equal a sua importncia para a segurana das

    informaes contidas nos documentos?A certificao digital essencial para este tipo de

    documento, j que os atos gerados fazem parte de

    processos judiciais. Cada usurio possui um token

    (espcie de pen drive que contm um certificado digital

    com valor jurdico, emitido por uma autoridade

    certificadora). No sistema, o usurio seleciona os

    documentos que deseja assinar, e clica no respectivo

    boto de assinatura. Neste momento, a aplicao usa a

    sute de escritrio para gerar o documento final,

    encaminha para um applet Java que l o certificado dotoken e solicita a respectiva senha do usurio. O

    documento assinado , ento, encaminhado de volta para

    o servidor que armazena este documento em um servidor

    de arquivos.

    Quais foram as necessidades e solicitaes deusurios que motivaram o desenvolvimento dosistema? Poderia citar exemplos de situaes edificuldades que eles enfrentavam antes daimplementao?

    Os sistemas legados tinham limitaes tcnicas e

    funcionais, demandando muito esforo para manuteno.

    Num primeiro esforo de migrao, uma parte desses

    sistemas foi migrada para Visual Basic, passando do

    antigo terminal utilizado nos anos 1980 para o desktop

    que durou toda a dcada de 1990. Nos ltimos 10 anos,

    tivemos a popularizao da internet e os aplicativos

    deveriam ser migrados para esse novo cenrio, livrando o

    usurio da necessidade de ter o software instalado em

    cada computador. Por se tratar de um tribunal, a geraode documentos jurdicos a principal funcionalidade dos

    sistemas internos. Tais documentos possuem cabealhos

    e rodaps pr-definidos, alm de existirem modelos para

    cada tipo de ato (Ofcio, Mandados, Decises etc),

    mudando apenas o teor deste documento. Alm disso, os

    modelos deveriam funcionar como espcies de malas

    diretas, em que parmetros poderiam ser definidos (como

    nmero e classe do processo, nome das partes, data da

    distribuio etc) e seriam substitudos no momento da

    assinatura digital do ato. Este o papel da sute.Quais so as funcionalidades que a tecnologiapermite e de que modo melhoram o dia a dia dos

    usurios?

    A soluo consiste basicamente em um editor de textos

    web que serve como interface com o usurio. Aps

    digitado o texto - uma deciso do juiz, por exemplo, a

    aplicao envia esses dados em formato HTML para que

    o BrOffice formate o documento com o seu respectivo

    modelo e adicione os demais componentes como

    cabealho e rodap. Uma vez que o documento estejapronto, gerado um PDF que ser assinado digitalmente.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    7/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass

    entrevista|

    Em que fase da implementao o projeto encontra-seatualmente?

    Aps implantao da soluo nos juzos da Vara de

    Execues Penais (VEP) e da Vara de Execues Penaise Medidas Alternativas (VEPEMA), como projeto-piloto,

    est sendo avaliada estrategicamente a expanso do

    sistema para os juizados especiais de Fazenda Pblica

    ou para as Varas Criminais, o que deve representar um

    crescimento de cerca de 25% na quantidade de usurios,

    j num primeiro momento.

    Quais so as metas e prazos?

    A meta a expanso do sistema para todo o TJDFT, tanto

    na primeira quanto na segunda instncia. O prazo para a

    expanso, no que tange 1 Instncia, ainda aguardadefinio por parte da Corregedoria da Justia. Quanto

    2 Instncia, o prazo previsto Janeiro/2012.

    Quanto tempo de desenvolvimento?

    Foram sete meses de desenvolvimento at a implantao

    do piloto nos juzos da Vara de Execues Penais VEP e

    da Vara de Execues Penais e Medidas Alternativas

    VEPEMA. Com a ampliao de escopo decorrente da

    implementao de novas funcionalidades, visando

    expanso do sistema, o desenvolvimento constante,

    inclusive atendendo determinao da AdministraoSuperior do TJDFT de que toda nova necessidade seja

    implementada no mbito do SISTJWEB.

    Pode explicar o tipo de informao que circula nosatos processuais, bem como a importncia dapreservao desses dados para o andamento dos

    trabalhos do rgo?

    As informaes constantes dos atos processuais so, em

    grande parte, despachos, decises, sentenas judiciais,

    mandatos de priso e soltura, proferidas pelos rgos do

    Poder Judicirio, tratando-se de informao crtica,

    imprescindvel operacionalidade da instituio.

    Trata-se de uma aplicao crtica... Pode dar umexemplo de problemas que no podem ocorrer deforma alguma e que prejuzos trariam s atividades do

    rgo?

    Uma vez assinados, os documentos no podem ser

    alterados. Isso garantido a partir da prpria assinatura

    que possui no s o PDF, como tambm os dados do

    certificado emitido por autoridade certificadora. O ato

    judicial a materializao da atividade-fim da instituio,ou seja, representa, de fato, o produto esperado pelo

    cliente do TJDFT. Nesse sentido, a indisponibilidade dos

    servios responsveis pela gerao e assinatura dos

    atos, em ltima anlise, impediria a prestao da

    atividade jurisdicional por parte do magistrado, frustrando,

    assim, os anseios de toda a sociedade. Basta pensar em

    uma situao em que o magistrado no pode emitir um

    mandado de priso urgente porque o sistema est fora do

    ar. Da mesma forma, no aceitvel que algum continue

    preso porque o sistema no permite a emisso de um ato

    que possibilite a liberdade.

    Est sendo avaliadaEst sendo avaliada

    estrategicamente a expansoestrategicamente a expanso

    do sistema para os juizadosdo sistema para os juizados

    especiais de Fazenda Pblicaespeciais de Fazenda Pblica

    ou para as Varas Criminais, oou para as Varas Criminais, o

    que deve representar umque deve representar um

    crescimento de cerca de 25%crescimento de cerca de 25%

    na quantidade de usurios, jna quantidade de usurios, j

    num primeiro momento.num primeiro momento.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    8/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass

    entrevista|

    Dentre as solues tecnolgicas possveis para estademanda, quais foram as razes da equipe de TIbuscar solues em software livre?

    A economia de recursos certamente importante, umavez que estamos tratando de oramento pblico. Nesse

    sentido, a plataforma Java se mostrou aderente s

    necessidades do tribunal. Alm da economia,

    escalabilidade (a possibilidade de crescimento do nmero

    de usurios atendidos) e segurana, a linguagem Java

    relativamente fcil de aprender e tem boa produtividade.

    O mais importante que hoje temos produtos grtis com

    a mesma qualidade dos concorrentes pagos.

    Conseguimos atender aos clientes com solues criativas

    e elegantes sem precisar pagar por licenas, muitas

    vezes com preos proibitivos, principalmente em se

    tratando de Brasil.

    Existe uma estimativa de economia em recursosfinanceiros atravs do uso de software livre?

    O ambiente de desenvolvimento do TJDFT

    essencialmente constitudo de ferramentas livres, como

    Eclipse, iReport e Tomcat, mas no h um estudo formal

    sobre os recursos economizados com essa iniciativa.

    Houve dificuldades tcnicas para tal

    desenvolvimento? Quais e como foram superadas?

    A maior dificuldade foi a escalabilidade, pois no incio do

    projeto foi definido apenas um servidor BrOffice, que era

    acessado via rede para fazer a gerao dos documentos.

    Com o passar do tempo, aumentou muito a quantidade de

    usurios que preparavam e assinavam documentos

    simultaneamente. Isso tornou necessrio um controle

    maior dos servidores, com balanceamento de carga e

    controle de erros caso algum processo estivesse fora do

    ar. Hoje o sistema est no ar, em produo com seis

    servidores BrOffice dedicados apenas para o sistemaSISTJWEB.

    No que se refere aos usurios, quais so os

    procedimentos adotados?

    H necessidade de treinamento no uso do sistema

    SISTJWEB. Esse treinamento inclui o mdulo de Atos,

    que possui as funcionalidades de preparao, remessa,

    alterao e assinatura desses documentos. O BrOffice

    utilizado de forma absolutamente transparente para o

    usurio final.

    Existe inteno de compartilhar a tecnologiadesenvolvida com outros rgos ou disponibiliz-lapara demandas semelhantes de outras instituies?

    Outros tribunais j utilizam produtos desenvolvidos pelo

    TJDFT. Normalmente, nossos sistemas so requisitados

    atravs de pedidos formais feitos administrao do

    TJDFT.

    Padres abertos de documentos, como o ODF, souma sada para instituies que precisam preservararquivos por longos perodos ficando disponveispara consulta e edio posterior?

    O CNJ (Conselho Nacional de Justia), rgo da

    administrao pblica responsvel pelo planejamento dojudicirio, publicou portarias indicando a inteno de

    utilizar cada vez mais solues abertas.

    Quanto tempo necessrio guardar os documentosdigitais segundo a legislao?

    Existe uma tabela de temporalidade e o perodo

    obrigatrio de armazenamento varia de acordo com cada

    tipo de documento.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    9/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Novembro/2010

    Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre

    Arquiv

    opessoal

    nathancolquhoun

    artigo |

    Incluso Digital:

    Umaetapacom

    os diascontados?

    LeonardoAugustoMatsuda

    s dados da ltima pesquisa

    TIC Domiclios 2009, que chegou a

    sua 5 edio, mostram a evoluo da

    posse e uso das tecnologias de informao

    e comunicao no Brasil. Ela nos d uma

    viso ampla da situao da incluso digital

    no pas. Olhando para os nmeros,

    podemos perceber que 27% dos domiclios

    j possuem acesso internet e 34%

    possuem computador. Mas, no podemos

    olhar somente os nmeros: precisamos

    ainda analisar a tendncia desse

    crescimento.

    Em 2005, tnhamos 13% de domiclios com acesso internet; em 2006, 14%; em 2007, 17%; em 2008, 20%; e em

    2009, 27%, considerando somente a rea urbana. Na rea

    rural, de acordo com a pesquisa, 24% dos domiclios tm

    acesso rede mundial de computadores. Com isso,

    podemos calcular o crescimento. Fazendo um exerccio de

    previso com a taxa mdia de 16%, podemos supor que o

    acesso internet pode atingir o ndice de 90% de domiclios

    em 2017, o que seria espetacular.

    No entanto, ser que a tarefa de Incluso Digital estaria

    cumprida com essa taxa de acesso? Para responder a essaquesto, precisamos definir o que incluso digital. J existe

    um consenso de que a incluso digital o acesso a toda

    infraestrutura para qualquer pessoa poder usar computador e

    internet, alm da oportunidade para obter conhecimentos

    bsicos para manuse-lo. Porm, consideramos essa

    definio muito limitada e apresentaremos a seguir os

    motivos.

    O

    Fazendo um exerccio de previso com a taxa mdiade 16%, podemos supor que o acesso internet pode

    atingir o ndice de 90% de domiclios em 2017

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    10/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    No podemos simplesmente pensar o tecnolgico e

    esquecer o aspecto pedaggico de como se apropriar da

    tecnologia. a educao e a conscientizao que iro

    mostrar os caminhos para que essa apropriao se d de

    maneira que o usurio a utilize como ferramenta para se

    emancipar, e no se subordine a ela, utilizando-a

    simplesmente como receptor de ideias, como acontece

    com a televiso. O mercado vaticina que o prprio avano

    da economia trar, inevitavelmente, a incluso dos

    excludos digitalmente. Se deixarmos o mercado tomar

    conta do processo, teremos novamente o poder

    hegemnico dominando, expandindo e consolidando os

    monoplios informacionais, subordinado dinmica

    empresarial do lucro.

    O professor Srgio Amadeu j nos alertou: O mercado,

    as foras da oferta, primeiro pensam em vender e ampliar

    as vendas de seus produtos e servios. Dificilmente a

    insero social ocorrer como uma externalidade positiva

    do cruzamento das curvas da oferta e da demanda

    produzidas pelas foras de mercado ou, tambm, por um

    ato voluntrio e consciente do empresariado srio e

    altrusta.

    A Internet nos proporciona ferramentas que aumentam o

    poder da democracia. Ela possibilita que qualquer pessoa

    possa publicar suas ideias e disponibilizar na rede.

    Podemos acompanhar mais de perto as aes de nossos

    governantes. Existem inmeras possibilidades para ler

    contedo, e no somente alguns poucos canais abertos

    como na televiso. Explorar essas alternativas e opes

    da Internet garantir seu uso democrtico.

    Alm disso, por essa caracterstica de ser extremamente

    democrtica, a internet pode levar a caminhos no to

    emancipadores como podemos sonhar. Sem umaproposta pedaggica clara de apropriao dessa

    tecnologia, podemos subutiliz-la e corremos o risco de

    no retirar o mximo dessa ferramenta para a construo

    da cidadania.

    Que fique claro aqui que no uma defesa de viso

    nica, mas sim da apresentao das vrias opes para

    que o usurio possa tomar a sua deciso sobre qual

    caminho seguir.

    O local de acesso um fator importante para

    conscientizar o usurio de como utilizar a rede. A

    pesquisa que citamos anteriormente mostra que 48% do

    acesso internet se d atravs das casas das pessoas,

    seguido pelos centros pblicos de acesso pago, as lan

    houses, que ficam com 45% dessa fatia. Os centros

    pblicos ficam com 4% dos nmeros.

    Portanto, percebemos que a escola e os centros pblicos

    de acesso gratuito (telecentros) somam juntos 18%, o que

    muito pouco. Nesses espaos, deveria haver um projeto

    pedaggico para a conscientizao sobre o acesso.

    Temos visto muitos projetos excelentes, mas,

    infelizmente, percebemos que ainda no so a maioria.

    Quando se fala em incluso digital, so propostas de

    acesso tecnologia sem um acompanhamento

    pedaggico que eduque a sua utilizao de uma maneira

    crtica e consciente. Se continuarmos nessa viso limitadapara a incluso digital, teremos novamente uma

    tecnologia sendo utilizada para controle social, e no para

    a construo da cidadania.

    Existem inmeras possibilidades para lercontedo, e no somente alguns poucos

    canais abertos como na televiso.Explorar essas alternativas e opes daInternet garantir seu uso democrtico

    Incluso Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre

    artigo |

    Local de acesso individual Internet

    Em casa 50%

    Centro pblico de acesso pago 44%

    Na casa de outra pessoa 26%

    No trabalho 22%

    Na escola 14%

    Centro pblico de acesso gratuito 4%

    No podemossimplesmente

    pensar otecnolgico eesquecer o

    aspectopedaggico de

    como se apropriarda tecnologia

    O local de acesso um fator

    importante paraconscientizar o

    usurio de comoutilizar a rede

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    11/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Novembro/2010

    Ao analisarmos a tendncia de avano do acesso ao

    computador e internet, percebemos que o maior

    potencial de crescimento nas classes sociais que

    usaram acessos pblicos. Somando ao projeto de

    abertura de 3 mil telecentros que o Governo Federal

    acaba de lanar, temos hoje uma grande oportunidade de

    trabalho. Teremos muito mais gente acessando. O que

    temos que garantir a qualidade desses acessos.

    Se continuarmos nessa viso limitadapara a incluso digital, teremos

    novamente uma tecnologia sendo

    utilizada para controle social, e nopara a construo da cidadania

    Para concluir, apresentamos aqui uma definio mais

    ampla, ainda em construo, do que seria a incluso

    digital: a disponibilidade de acesso rede mundial de

    computadores a todos aqueles que, com a utilizao

    dessa tecnologia, possam desempenhar qualquer

    atividade para a promoo humana, bem como acesso

    formao para esse acesso.

    Teremos muito mais gente acessando temos que garantir a qualidade

    desses acessos

    Formao essa, crtica e consciente, que contemple no

    somente a habilidade tcnica para o acesso, mas a

    formao de uma conscincia crtica para esse acesso,

    de forma que a emancipao do ser humano seja o

    principal objetivo. Quem sabe, num futuro no to

    distante, o povo possa se apropriar dessa tecnologia

    transformando-a conforme suas escolhas para a

    construo efetiva da cidadania?

    Incluso Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre

    artigo |

    Referncias1. Anlise dos Resultados da TIC Domiclios 2009: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdf

    2. Incluso Digital, Software Livre E Globalizao Contra Hegemnica:

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdfhttp://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdfhttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    12/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Novembro/2010

    Por Rochele Prass

    Tonz

    novas tecnologias |

    BrOffice:BrOffice:ferramentad

    eferramentadeconstruoconstruoparanovasparanovastecnologiastecnologias

    Novas formas de interagir com a mquina um dos

    tantos novos caminhos e desafios da informtica. H

    muito j no faz parte do universo da fico cientfica

    aparelhos que podem ser comandados pela voz ou pelo

    toque na tela, sem o uso de perifricos. O que poucagente sabe que, com um mnimo de recursos,

    conhecimento e muito software livre, possvel construir

    aparelhos semelhantes em casa mesmo e em pouco

    tempo.

    isso que mostram os desenvolvedores da tela

    multitoque, projeto apresentado aos visitantes do fisl11.

    Apesar de a tecnologia empregada ser diferente do j

    popular touch screen (encontrado em vrios aparelhos de

    telefone), o princpio o mesmo. possvel fazer essas

    coisas sem ter uma indstria gigantesca e proprietria,diz Gerson Tessler, que desenvolveu o projeto junto com

    um colega. Ao construir a tela multitoque, Gerson conta

    que uma das preocupaes era empregar tecnologias

    livres em cada um dos detalhes.

    Assista ao vdeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0

    E o BrOffice est l em cada pedao da telona interativa,

    para quem puder ver. Isso porque o Draw foi usado pelosdesenvolvedores como ferramenta de CAD para criar todo

    o design do projeto - desde a construo da estrutura da

    tela, quanto o projeto eletrnico. No Draw, foram

    especificadas dimenses e tamanhos, orientando como

    deveriam ser realizados os cortes em madeiras e outros

    materiais para a construo da estrutura.

    Alm disso, todo o clculo ptico da tela compilante, que

    conta com um sistema de captura e exibio de imagens,

    determinando os resultados do toque na, foi realizado

    pelo BrOffice Draw. Eu me senti mais confortvel, commuito mais velocidade e produtividade, diz Gerson ao

    falar sobre a escolha do Draw para a tarefa.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    13/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Novembro/2010

    Da deciso sobre fazer at a apresentao da tela que

    impressionou milhares de visitantes no fisl11, foram

    apenas 3 meses e meio (entre finais de semana e

    madrugadas), conta Gerson. No perodo, foramdesenvolvidas todas as aplicaes de demonstrao,

    desenho e construo da tela.

    A ideia de construir algo do tipo, entretanto, um pouco

    mais antiga: j fazia parte dos planos de Gerson desde a

    clssica apresentao da telona sensvel ao toque feita

    por Jeff Han na TDE. Em seguida, ele passou a integrar

    um grupo internacional que se dedica ao estudo e

    desenvolvimento de solues de informtica focadas em

    interfaces naturais, o NUI Group - naturaluser interface

    Group.

    Ao falar sobre tendncias tecnolgicas, Gerson explica: A

    interface multitoque traz de volta ao ser humano o que

    natural para ele: interagir com as mos. O desenvolvedor

    cita como exemplo uma das primeiras reaes de uma

    criana em frente a um computador: colocar a mo na tela

    para que a mquina tenha alguma reao.

    Outra preocupao que a dupla teve foi de tornar o

    projeto colaborativo e multidisciplinar: desenvolver esse

    tipo de tecnologia no s software, envolve hardware,

    envolve qumica, engenharia, eletrnica, diz Gerson. Os

    desenvolvedores, que se dedicam arquitetura do design

    de aplicaes e de interfaces do gnero, tambm j

    desenvolveram uma vitrine e um piso multitoque.

    BrOffice : ferramenta de construo para novas tecnologias | Por Rochele Prass

    novas tecnologias |

    Gerson Tessler apresenta a criao aos visitantes dofisl11

    Projeto chamou ateno de participantes e visitantes dofisl11

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    14/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Novembro/2010

    Por Luiz Oliveira

    dica rpida|

    Vamos utilizar o Slackbuilds para nos ajudar nessa tarefa.

    Primeiro baixe dois arquivos a partir do repositrio do

    Slackbuilds:

    Arquivo 01:ftp://ftp.broffice.org/stable/3.2.1/BrOOo_3.2.1_Linux_x86-

    64_install-rpm-wJRE_pt-BR.tar.gz

    Arquivo 02:http://slackbuilds.org/slackbuilds/13.1/office/broffice.org.tar.

    gz

    O arquivo nmero 01 o fonte e no arquivo nmero 02

    contm o script de instalao. Os comandos abaixo tem

    que ser executados como root. Descompacte o arquivo

    broffice.org.tar.gz com o comando:

    # tar -zxvf broffice.org.tar.gz

    Entre no diretrio broffice.org. Copie o arquivo fonte, n-

    mero 01, para dentro desse diretrio broffice.org.

    Agora s executar o script:

    #./broffice.org.SlackBuild

    Isso vai gerar um pacote para o Slackware que estar no

    diretrio /tmp:

    #installpkg /tmp/broffice.org-3.2.1_pt_BR-x86_64-

    1_SBo.tgzPronto. Tudo estar funcionando perfeitamente, inclusive j

    com o Vero instalado.

    Referncias:

    http://slackbuilds.org/repository/13.1/office/broffice.org/

    http://www.slackware.com/

    http://broffice.org/download

    Instalando oBrOffice noSlackware6413.1

    Traduo e adaptao Clvis Tristo

    Adicionar uma pitada de cor para fragmentos de cdigo em

    um documento do Writer pode torn-lo mais fcil de ler.

    Mas colorir o cdigo mo uma proposta bastante

    assustadora, especialmente se o documento contiver

    centenas de linhas.

    Figura 1: Colorindo um cdigo bash no Writer

    Felizmente, existe uma extenso para isso: COOoder [1]

    uma extenso que pode colorir automaticamente o cdigo

    em vrias linguagens de programao. A Figura 1 mostra a

    extenso em ao.

    Colorindocdigos com a

    extensoCOOoder noBrOffice Writer

    Instale a extenso, selecione o fragmento de cdigo que

    voc deseja colorir, pressione o boto COOoder na barra

    de ferramentas ou escolha

    Ferramentas | Suplementos | COOoder)

    selecione o idioma desejado e pressione OK

    COOoder baseia-se na GeSHi [2] sintaxe de marcao.

    Assim, a extenso pode lidar com todos os idiomas

    suportados pelo GeSHi. Isso inclui HTML, JavaScript,

    Python, Java, PHP, SQL, OpenOffice.org Basic, e muitos

    outros.

    Referncias:

    [1] http://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooder

    [2] http://qbnz.com/highlighter/

    Fonte:Linux Today

    Autor: Dmitri Popov

    http://www.broffice.org/revistahttp://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooderhttp://qbnz.com/highlighter/http://www.linuxtoday.com/news_story.php3?ltsn=2010-08-13-002-35-OS-DT-SWhttp://www.linuxtoday.com/news_story.php3?ltsn=2010-08-13-002-35-OS-DT-SWhttp://qbnz.com/highlighter/http://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooderhttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    15/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Novembro/2010

    Por Renata Marques

    dica rpida|

    Sabe aquele formulrio que seus funcionrios preenchem

    na mo e que voc sofre para entender a letra? Ou aquele

    outro que um arquivo de texto e que seu usurio

    desarruma todo durante o preenchimento? Resolva issocriando um formulrio PDF. Veja como fcil.

    Crie um arquivo no BrOffice Writer. Digite os campos do

    formulrio. Se quiser, pode utilizar uma tabela para auxiliar

    na formatao.

    V no menu Exibir > Barra de Ferramentas > Controle de

    Formulrios.

    Utilizando essa barra de ferramentas, insira os campos de

    formulrio mais adequados a cada tipo de campo.

    Voc pode tirar as bordas dos campos, clicando no campo,em seguida no cone controle da barra de ferramenta de

    formulrios e localizando a opo borda.

    Por Marcelo Massao

    Em muitas situaes, precisamos trabalhar com

    documentos ou planilhas que exigem a exibio de

    nmeros por extenso. Ex.: R$ 13,00 (treze reais). Existe no

    BrOffice uma extenso que permite fazer esta operao de

    maneira simples e rpida.

    Em primeiro lugar, faa o download em

    http://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxt e em

    seguida em Ferramentas Gerenciador de Extenses.Aps, localize onde e extenso foi salva e a adicione.

    Nmeros porextenso.

    Depois de instalada, a extenso ser exibida na barra

    superior estando pronta para ser utilizada.

    Exporte o arquivo como PDF e pronto! Veja como ficou.

    Para navegar entre os campos durante o preenchimento, atecla tab super bem-vinda!

    Para aplicar o recurso, basta selecionar o nmero e clicar

    no boto e o resultado ser a exibio por

    extenso do nmero selecionado.

    Criando umformulrio comBrOffice

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxthttp://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxthttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    16/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Novembro/2010

    Por Luiz Oliveira

    Arquiv

    opessoal

    como ns ... |

    ...damos

    suportetcnico

    flaivoloka

    Uma das crticas feitas ao modelo de negcios com Open

    Source a suposta falta de suporte tcnico. Para alguns

    entusiastas, no entanto, no bem assim.

    Em recente artigo publicado na Internet[1], Rodrigo

    Robles, desenvolvedor de sistemas, diz o seguinte sobre

    o assunto: paradoxal, mas para alguns softwares

    comerciais o suporte pior que o de seus concorrentes

    de fonte aberto. Mesmo voc pagando pelo suporte,

    alguns problemas podem no ser resolvidos pelo

    fornecedor. No caso dos softwares de fonte aberto fcil

    ter acesso a comunidade de desenvolvedores e obterrespostas tcnicas s questes mais complexas.

    Empresas de segurana j comprovaram que as

    empresas produtoras de softwares de fonte fechado

    demoram para fazer correes de falhas de segurana,

    porqu esta ao implica em custo que no lhes traz

    benefcios imediatos.

    Polmicas parte, a comunidade BrOffice.org, desde o

    incio, se preocupou com essa questo e passou a

    oferecer vrias formas de suporte para o usurio e

    tambm para as corporaes.

    Projeto Documentao [2]

    Esse projeto tem o objetivo de fornecer apostilas e

    tutoriais produzidos pela equipe de documentao do

    BrOffice, ou vindas de contribuies da comunidade.

    Inclui tanto documentos originais quanto verses

    traduzidas para o portugus a partir de documentos em

    ingls, italiano, francs e espanhol. O grande destaque

    desse projeto est no incentivo para que usurios

    experientes colaborem enviando documentos para seremcompartilhados.

    Caso voc deseje colaborar, entre em contato com o

    coordenador do projeto, Gustavo Pacheco, atravs do e-

    mail gbpacheco_em_openoffice.org. Voc pode auxiliar o

    Projeto de Documentao atravs da traduo de

    documentos, do desenvolvimento de material informativo

    e da documentao de cases.

    Uma lista de perguntas frequentes tambm est

    disponvel no portal BrOffice.org[3]. E por falar em lista,

    uma das maneiras mais proveitosas de se conseguir umaajuda ou de ajudar algum com alguma dvida de

    http://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    17/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Novembro/2010

    BrOffice participando das movimentadas listas de

    usurios[4] e de desenvolvimento[5]. atravs dessas

    listas de discusso que os usurios e desenvolvedores

    trocam informaes, experincias, dvidas e solues.

    Uma outra forma de conseguir ajuda nos momentos mais

    difceis usar o sistema Rau-tu[6] e a coluna Dicas-l

    BrOffice.org[7], projetos mantidos pela Unicamp. O Rau-Tu um sistema de perguntas e respostas que abrangediversas reas de conhecimento, denominadas tpicos.

    Todas as perguntas j formuladas - e suas respectivas

    respostas - ficam armazenadas na base de dados do

    sistema. Assim, voc pode fazer uma busca para saber

    se j h uma resposta para a sua dvida. Caso a busca

    no solucione suas dvidas, basta inserir uma novapergunta. Em pouco tempo, algum colaborador ir

    respond-la. Para formular perguntas, assim como

    acessar o repositrio de perguntas e respostas, no

    necessrio se cadastrar. Se voc j utiliza o BrOffice e

    tem alguma experincia com ele, pode ajudar outros

    usurios que encontram dificuldade, inscrevendo-se como

    colaborador no Sistema Rau-tu[7].

    O objetivo da coluna Dicas-L BrOffice.org fornecer

    semanalmente artigos relacionados ao BrOffice, trazendo

    curiosidades da ferramenta, dicas de uso e tcnicasdiversas para auxiliar o usurio. Os dois projetos so

    mantidos pelo entusiasta Rubens Queiroz.

    Suporte Comercial:

    At aqui o usurio domstico pode ficar satisfeito e

    encontrar tudo que precisa para aproveitar as facilidades

    da sute livre mais usada no mundo. Entretanto, quando

    se trata de ambiente corporativo as coisas mudam defigura. Para Anita Sobreira, Analista de TI das Casas

    Andr Luiz, da cidade de Guarulhos, uma entidade sem

    fins lucrativos que cuida de pessoas com necessidades

    especiais, uma migrao eficiente passa pelo

    convencimento do Presidente da Empresa ou Instituio.

    Ela se diz bastante convencida sobre o aumento da

    produtividade a partir da migrao para Linux e BrOffice.

    Por esse motivo est escrevendo um projeto que

    pretende apresentar ao presidente da entidade.

    Outro caso bastante interessante de uma academia deartes marciais, em Campinas, cidade do interior do

    Estado de So Paulo, com apenas dois computadores. O

    scio proprietrio, Professor Leandro Romano, no

    pensou duas vezes, quando lhe foi apresentada a soluo

    como ns ... |...damos suporte tcnico | Por Luiz Oliveira

    [1] Uso de Sistemas de Fonte Aberto no Ambiente Corporativohttp://twixar.com/vRLdC

    [2]http://broffice.org/docs

    [3]http://broffice.org/broo/?q=faq_principal

    [6]http://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/

    [7] http://www.dicas-l.com.br/broffice/

    [4]Usurios

    Descrio: Esta lista onde os usurios trocam experincias,compartilham conhecimento e discutem os mais diversos assuntosrelacionados ao programa e comunidade BrOffice.Para assinar, envie um e-mail para:[email protected] cancelar a assinatura, envie um e-mail para:[email protected] postar mensagens, envie um e-mail para:[email protected] tambm pode ver o arquivo da lista, organizado por perodos detempo, ou ento fazer uma busca sobre um assunto especfico.

    [5]DevDescrio: Lista destinada a troca de informaes entre a equipe dedesenvolvimento do BrOffice.org. Assuntos relativos a traduo doprograma, compilao, criao de pacotes so discutidos aqui.Para assinar, envie um e-mail para: [email protected]

    Para cancelar a assinatura, envie um e-mail para: [email protected] postar mensagens, envie um e-mail para: [email protected] tambm pode ver o arquivo da lista, organizado por perodos detempo, ou ento fazer uma busca sobre um assunto especfico.

    Linux Ubuntu e BrOffice. Inicialmente, o principal

    argumento da empresa contratada para fornecer os

    equipamentos e softwares para a academia foi a

    economia e a segurana oferecida pelos softwares de

    cdigos abertos. O Professor Leandro confessa que no

    conhecia nem o Ubuntu nem o BrOffice, mas se diz

    satisfeito com a soluo e no pretende trocar to cedo.

    Ressalta ainda que se sente mais seguro em relao

    navegao na internet uma vez que no consegue

    monitorar os sites que os funcionrios entram.

    Mas nem tudo foi perfeito no incio. Segundo o Professor,

    as principais dificuldades foram com formatao de textos

    e planilhas e tambm com insero de senhas em

    arquivos sigilosos. Por esse motivo, a Academia Punho

    da Pantera, mesmo com apenas dois computadores,decidiu ter suporte tcnico especializado para no correr

    riscos desnecessrios.

    Algumas grandes empresas que j migraram para

    BrOffice, como o caso da Petrobrs, SERPROS e

    PetroS, pediram ajuda especializada dos consultores da

    BrOffice.org, sobretudo para solues em reas criticas e

    tambm para treinamentos e suporte tcnico programado.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/read.phphttp://twixar.com/vRLdChttp://broffice.org/docshttp://broffice.org/broo/?q=faq_principalhttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=usuarioshttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=usuariosmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=devmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=usuarioshttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=usuariosmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/http://broffice.org/broo/?q=faq_principalhttp://broffice.org/docshttp://twixar.com/vRLdChttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/read.phphttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    18/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Novembro/2010

    Por Luiz Oliveira

    Arquiv

    opessoal

    nathancolquhoun

    reportagem |

    Quando o assunto migrao de

    plataformas ou at mesmo mudanade tecnologias, a estratgia, o

    planejamento e o treinamento podem

    ser fundamentais para o resultado

    final. H estratgias, chamadas de

    verticais, baseadas em uma ordem da

    direo da empresa, de cima parabaixo, uma imposio, o que, s

    vezes, causa um certo

    constrangimento, uma reclamao

    generalizada pelos corredores da

    empresa, aumentando o rudo na

    rdio peo, mas tudo isso por causado medo do novo.

    Esse medo natural no ser humano como comprova

    estudos de neurocincia. Em artigo para a Revista

    BrOffice.org, edio 12, A Neurocincia e a Arte deSuperar Mudanas, o mdico Rogrio Luz Coelho sugere

    que as respostas parecem residir no modo como funciona

    o nosso crebro. Ele nos fala sobre sinapses e

    plasticidade neuronal, palavras complicadas que

    significam recursos do crebro para nos ajudar a adaptar

    a novas formas de pensar, viver e ver a vida . Ou seja,

    acabar com os efeitos colaterais das resistncias naturais

    s novidades.

    H empresas, no entanto, que preferem ter a participao

    dos funcionrios na etapa de planejamento diminuindo,

    com isso, o impacto que causaria a deciso feita de

    surpresa. O SERPROS preferiu o caminho do meio.

    Houve uma deciso da direo devidamente aprovada

    pelo Conselho Deliberativo, um estabelecimento de metas

    e um incentivo financeiro.

    A ideia de fazer uma migrao para software livre j

    estava no conselho da Instituio, mas a resistncia era

    muito forte a comear pela rea de Tecnologia da

    Informao e Suporte Tcnico. Participao ativa e

    comprometimento da direo, treinamento adequado e

    potencializao do recurso humano, atravs da

    valorizao profissional do funcionrio, so aspectos

    fundamentais desse projeto do SERPROS.

    * Armando Frid, Diretor Presidente da SERPROS.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    19/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 19 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    Na tomada de decises estratgicas, nas empresas, o

    risco precisa ser calculado. No h espaos para

    aventuras. Uma das coisas que deve ser motivo depreocupao do Gestor de uma empresa o custo de

    informtica, ainda mais em nossos dias que o software

    est embutido em quase tudo. E para poder acompanhar

    essas contas preciso formao adequada. Essa a

    opinio do Diretor Presidente do SERPROS, Armando

    Frid, que chamou para si a responsabilidade de migrar

    85% das mquinas do Fundo de Penso que dirige. No

    caso especfico do BrOffice, a migrao ser de 100%.

    Com bastante segurana e firmeza misturada com sua

    tranquilidade peculiar na fala e nos gestos comedidos,

    Armando Frid explica que a principal motivao para a

    deciso sua longevidade na rea de informtica. Sou

    da poca em que o software era livre ainda, no custava

    caro, a gente comprava o hardware e o software vinha

    junto com a mquina. Alm disso, Armando lembra que

    acompanhou o surgimento do Software Livre no final do

    sculo passado e quando comeou a ser uma realidade

    dentro das organizaes.

    Funcionrio do Servio Federal de Processamento de

    Dados SERPRO, uma empresa pblica, vinculada ao

    Ministrio da Fazenda, cujo negcio a prestao de

    servios em Tecnologia da Informao e Comunicaes

    para o setor pblico, e considerada uma das maiores

    organizaes do setor, na Amrica Latina, alm de

    fundadora e principal patrocinadora do fundo de penso,

    SERPROS, Armando trouxe consigo a experincia de ter

    comandado as primeiras reas que incorporaram o Linux

    e tambm o OpenOffice.org. Ele lembra que estava na

    rea de logstica e gesto de pessoas quando lanou o

    desafio de modernizar a rea de informtica comprando

    novos equipamentos. Entretanto, deixou claro que sreceberia mquinas novas quem estivesse disposto a

    trabalhar com Linux. Com essa estratgia conseguiu

    atingir uma meta de 70%.

    J na direo do SERPROS, Armando Frid resolve tirar

    do papel o projeto que estava no Conselho Administrativo

    e aprov-lo, replicando o modelo j vivenciado no Serpro.

    Em sua opinio, a questo no necessariamente

    econmica, uma vez que no h necessidade de trocar a

    verso do sistema operacional Windows ou do MS Office.

    Entretanto, ressalta, que caso no efetue a troca desses

    softwares proprietrios acaba perdendo o suporte nas

    verses antigas. O fato que a troca de hardware iria ser

    feita de qualquer jeito para no aumentar os custos com

    manuteno. A economia, segundo Armando, est na

    possibilidade de trocar o hardware utilizando Software

    Livre.

    Outra coisa importante, na opinio dele, que a maioria

    dos gestores atuais assumiu que as pessoas sabem, porisso no se preocupam com treinamentos. Mas a

    realidade que cada vez menor o conhecimento

    daquilo que essas pessoas esto usando. Na verdade,

    se a gente pegar um profissional do mercado, ele usa 5%,

    uma pontinha do Iceberg, dos programas oferecidos em

    sutes para escritrios, por exemplo, diz Armando. Ele

    lembra tambm que nem sempre foi assim. No incio da

    revoluo tecnolgica e digital as empresas gastavam

    boa parte do oramento com treinamentos e cursos. Mas

    com o passar do tempo os gestores comearam aassumir que os funcionrios sabiam desenvolver os

    trabalhos com as ferramentas, e o pior, segundo ele, os

    prprios trabalhadores comearam a pensar que sabiam.

    O desafio encarado como uma oportunidade de voltar a

    treinar as pessoas com o objetivo de interromper o atual

    ciclo de empobrecimento no que diz respeito ao

    resultado do trabalho com softwares, por puro

    desconhecimento da ferramenta. O treinamento tem sido

    uma oportunidade para mudana de paradigmas, para as

    pessoas pensarem em software no enquanto custo, mas

    enquanto conhecimento, aprendizado, possibilidade de

    expandir os horizontes como profissionais, diz Armando.

    A parceria com a BrOffice.org foi acertada, segundo

    Armando, a julgar pelos constantes elogios que tem

    recebido, alm do fato que o SERPROS acaba cumprindo

    um importante papel social que o incentivo

    comunidade que desenvolve Softwares Livres no Brasil,

    combatendo a evaso de divisas, criando um crculo

    virtuoso atravs das possibilidades de potencializao

    das pessoas. D para perceber que aps as primeiras

    aulas h outro olhar em relao ao que est sendoproposto e um olhar de quem quebrou paradigmas, de

    quem superou suas resistncias, comemora.

    Arquivopessoal

    Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira

    reportagem |

    As pessoas mudam asorganizaes, mas asorganizaes tambmmudam as pessoas

    O caminho do meio nadeciso de migrao

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    20/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    Quando se refere importncia estratgica, Armando Frid

    diz que dentro do universo de entidades de previdncia

    privada, o SERPROS est sendo pioneiro, um modelo, e

    com isso est divulgando a experincia, apesar de ser

    uma empresa relativamente pequena no setor. Avalia

    ainda que parte da estratgia ultrapassa as fronteiras da

    empresa que preside medida que fomenta o mercado

    aumentando a oferta de profissionais capacitados e

    preparados para novos desafios.

    O critrio adotado na empresa na hora da deciso foi ter

    presente que haveria resistncias e isso deveria ser

    encarado como uma coisa normal. Antes de tudo, o

    relacionamento entre a empresa e os empregados, devia

    ser profissional. Pensando assim, a direo tratou de

    estabelecer alguns critrios para incentivar o cumprimentoda meta, atravs de um programa de distribuio de

    renda em funo de resultados do empregado. Na opinio

    de Armando, quando a organizao decide que quer a

    mudana, deve tambm criar elementos que motive mais

    as pessoas; a direo deve se envolver, estar presente na

    mudana, ser a primeira a adotar a nova tecnologia,

    liderar o processo, enfim. Considera esse relacionamento

    como uma via de mo de dupla. As pessoas mudam as

    organizaes, mas as organizaes tambm mudam as

    pessoas, conclui.

    O SERPROS uma entidade fechada de previdncia complementar

    que tem como finalidade bsica instituir e executar planos empresariais

    de benefcios previdencirios para os participantes empregados de

    suas patrocinadoras.

    O Serpro - Servio Federal de Processamento de Dados, empresa

    pblica vinculada ao Ministrio da Fazenda, fundou o Instituto SERPRO

    de Seguridade Social, em 01/10/1977. A partir de 1998 tornou-se

    SERPROS Fundo Multipatrocinado, estando autorizado a administrar

    planos para outras patrocinadoras e participantes, alm de sua

    patrocinadora instituidora, o Serpro.

    Atualmente a entidade possui duas patrocinadoras: o Serpro e o prprio

    SERPROS, possibilitando aos empregados das duas empresas serem

    participantes dos planos de benefcios oferecidos.

    Com mais de 30 anos dedicados ao bem-estar dos participantes, o

    SERPROS responsvel por administrar o futuro de cerca de 30.000

    vidas, entre participantes, beneficirios e designados.Misso, Viso e Poltica de Qualidade.

    Arquivopessoal

    Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira

    reportagem |

    O setor de informtica do SERPROS conta, atualmente,

    com sete pessoas, sendo trs delas para suporte tcnico

    e trs para desenvolvimento de sistemas, alm da

    gerncia do setor. Este departamento quem viabiliza, naprtica, a mudana exigida pela empresa. Mas, por

    incrvel que parea era um dos setores mais resistentes

    mudana. As dificuldades e resistncias eram tantas que

    o projeto acabou sendo esquecido. A argumentao

    contrria ia desde a falta de suporte especializado ao

    Linux na hora da implantao dificuldade de tirar o

    software proprietrio dos usurios. Antes de aceitar o

    software livre aceitamos a imposio da diretoria, lembra

    Mnica Exaltao Lasneau, Gerente de Informaes e

    Sistemas. Ela diz ainda que as resistncias comearam a

    se quebrar quando a diretoria estabeleceu a meta de 85%dentro do Plano de Participao por Desempenho PPD,

    o que na prtica significava um dinheiro extra; um

    incentivo mais que convincente.

    Software Livre muito mais queeconomia, uma questo de cidadania

    O treinamento acabou mostrando que o Ubuntu Linux e

    BrOffice no pior, nem melhor, apenas diferente. A

    participao no Frum Internacional de Software Livre -

    Fisl, evento organizado e realizado pelo Projeto Software

    Livre Brasil e pela Associao Software Livre.Org ASL,

    considerado o maior encontro de comunidades de

    software livre da Amrica Latina e um dos maiores do

    mundo, ajudou a equipe de informtica a entender umpouco o significado dessa ideia por trs da adoo do

    Software Livre. Mnica Lasneau conta que, no Fisl, ela

    pode entender que a questo do software livre muito

    mais do que simplesmente uma economia, mas uma

    questo de cidadania. Se recorda de uma palestra de

    Incluso Digital em comunidades ribeirinhas no interior do

    estado do Amazonas e conclui que seria impossvel fazer

    isso utilizando software proprietrio. A partir da, a equipe

    de informtica entendeu que era um caminho sem volta e

    comeou o trabalho. Um estudo sobre a viabilidade

    tcnica foi feito com o objetivo de colocar todos ossistemas rodando no Linux. A realidade era que todos os

    softwares e sistemas da empresa tinham sido feitos para

    rodar no Windows.

    rea de Suporte Tcnico,a ltima trincheira

    Mnica LasneauMnica LasneauGerente deGerente deInformaes eInformaes e

    Sistemas doSistemas doSERPROSSERPROS

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    21/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    No incio, a soluo encontrada para rodar grande parte

    desses sistemas foi o Wine, uma implementao livre

    das bibliotecas do Windows no Linux, no sendo portanto

    um emulador, pois ele no faz nenhuma emulao para

    executar softwares para Windows. Entretanto, no foi

    possvel rodar o principal sistema da empresa,

    desenvolvido especificamente para o sistema

    previdencirio. Ento, a sada foi rod-lo no Ubuntu Linux

    com o Virtual Box, uma mquina virtual caracterizada por

    simular um sistema operacional dentro de outro j em

    execuo. O aspecto negativo dessa soluo, segundo

    Mnica Lasneau, que h um aumento significativo de

    mquinas para administrar e dar suporte com a mesma

    quantidade de pessoas no setor.

    A equipe de informtica seguiu com o objetivo propostopela organizao, mas se deparou com outra dificuldade.

    A atualizao das mquinas para verses mais recentes

    do Linux e BrOffice foi feita manualmente, o que, segundo

    Mnica um fator que sobrecarrega a equipe dado o

    nmero reduzido de funcionrios.

    Atualmente 80% das mquinas j foram migradas para

    Ubuntu e 100% para BrOffice. At o final deste ano, ser

    tirado o pacote Office proprietrio de todas as mquinas.

    As aulas foram ministradas dentro do auditrio do

    SERPROS. Em todas as reas temos pessoas com ps

    graduao e cursos de extenso, explica Vnia.

    Entretanto, a situao no setor de Gesto, como em

    outros setores, tambm era de resistncia. Havia na

    empresa um quadro de 70 funcionrios, quatro estagirios

    e dois jovens do CAMP Mangueira uma entidade sem

    fins econmicos que tem como objetivo contribuir para a

    formao socioeducativa de adolescentes e jovens

    visando capacit-los para o mercado de trabalho. Vnia

    conta que no setor de Gesto tinha uma funcionria muito

    resistente mudana e sua alegao era que utilizava

    recursos indisponveis, em outros programas. Tudo isso

    reforava a ideia de que havia a necessidade de um

    treinamento amplo, geral e irrestrito.

    Como a direo estava muito empenhada nocumprimento da meta, todos os projetos de treinamento

    foram aprovados e com isso a empresa toda deve ser

    capacitada para trabalhar com Ubuntu Linux e BrOffice.

    Para se ter uma ideia disso, de 2009 para 2010, s na

    rea responsvel pelo parque tecnolgico, pela

    atualizao de sistemas e suporte tcnico, o valor de

    investimento em treinamentos dobrou.

    Para tentar captar os resultados e tambm fazer um

    planejamento para o prximo ano, Vnia, pretende se

    reunir com cada participante das turmas para saber o queacharam dos cursos, quais foram os benefcios, e se

    houve lacunas a ser preenchidas. Segundo ela, essas

    lacunas vo permitir fazer uma programao mais

    acertada em 2011.

    Arquivopessoal

    Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira

    reportagem |

    O setor de Gesto de pessoas ou administrao de

    recursos humanos cuida da associao de habilidades e

    mtodos, polticas, tcnicas e prticas definidas com

    objetivo de administrar os comportamentos internos e

    potencializar o capital humano. Para a Gerente de Gesto

    de Pessoas do SERPROS, Vnia Ferreira L. dos Santos,

    uma das razes da existncia do setor desenvolver

    habilidades e conhecimentos em toda a fora de trabalho.

    A deciso da empresa estabelecendo uma meta de 85%

    de implantao de Software Livre nas mquinas do

    SERPROS, decididamente, passava pelo setor de Gesto

    de Pessoas. Tradicionalmente, o setor incentiva os

    funcionrios a buscar especializaes, atravs de

    programa de treinamento continuado, que os ajudem em

    suas tarefas dirias. Como exemplo, Vnia cita duas

    turmas de MBA Master of Business Administration,

    formadas atravs do IDEAS, Instituto de Desenvolvimento

    e Estudos Aplicados Seguridade, uma sociedade civil,sem fins lucrativos, constitudo para ser um centro de

    pesquisa na rea de seguridade no pas, com destaque

    especial para o segmento de previdncia complementar.

    Treinamento:ingrediente essencial em

    todo processo de migrao

    Gesto de pessoas

    A partir do estabelecimento das metas pelo Diretor

    Presidente, Armando Frid, respaldado pelo Conselho doSERPROS, a Gerente de Gesto de Pessoas, Vnia

    Ferreira L. dos Santos, procurou logo uma forma de minar

    a enorme resistncia pela adoo do Ubuntu Linux e

    BrOffice.

    Vnia FerreiraVnia Ferreira

    Gerente de GestoGerente de Gestode Pessoas dode Pessoas doSERPROSSERPROS

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    22/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Novembro/2010

    Alm de despertar o interesse at dos usurios mais re-

    sistentes mudana, com o treinamento, as pessoas co-

    mearam a agir como multiplicadoras, comentando, fa-

    lando bem do Ubuntu e BrOffice para os funcionrios que

    ainda no tinham passado pelo treinamento, a ponto desurgir um questionamento na empresa a partir de tanto

    barulho: Que mgica essa que a instrutora est fazen-

    do que j est convertendo a cabea das pessoas para a

    nova realidade?. A resposta de Eliane Domingos objeti-

    va: No se trata de mgica, mas de mostrar, efetivamen-

    te, que a ferramenta funciona, que ela to boa quanto,

    ou at melhor que a opo proprietria. A partir do trei-

    namento em ferramentas livres os usurios se do conta

    que no sabem nem 10% dos recursos disponveis em

    sutes para escritrios, seja livre ou proprietria. Isso por-

    que nunca passaram por treinamentos, comenta Eliane,

    que conclui ainda, a partir desse dado, que esse tipo de

    treinamento proporciona aos usurios um melhor aprovei-

    tamento dos recursos, acelerando e aumentando a produ-

    tividade no trabalho cotidiano. Outra observao feita por

    Eliane Domingos sobre o treinamento em Ubuntu Linux, a

    partir de depoimentos dos prprios usurios, que alguns

    recursos do Ubuntu no existem nem no Windows 7, o

    mais recente Sistema Operacional da Microsoft, o que

    motivou ainda mais as solicitaes de instalao nos

    desktops.O que isso? A pergunta foi feita por um usurio que

    viu, estarrecido, pela primeira vez na vida, o Ubuntu

    Linux. A resposta da instrutora foi incisiva: Este ser o

    seu Sistema Operacional. Outro usurio apareceu do

    nada na sala de treinamento querendo falar urgente com

    a instrutora. Era um dos mais resistentes e resolveu ar-

    gumentar os seus motivos para no mudar de jeito ne-

    nhum para o BrOffice. Ele era um usurio avanado de

    editor de planilhas e no poderia ficar sem o Excel. Eliane

    Domingos explicou para ele que as funcionalidades da

    sute proprietria existiam tambm no Calc do BrOffice e

    ele acabou convencido disso aps o treinamento.

    Alm do treinamento bsico, est previsto um treinamento

    avanado do Calc ministrado por Olivier Hallot contem-

    plando funcionrios de reas especficas do SERPROS,

    notadamente do setor financeiro. H interesse tambm

    por um curso de Writer avanado. Analisando o estgio

    atual da migrao no SERPROS, Eliane Domingos afirma

    que at agora tudo tem dado certo e arrisca a dizer que

    para o sucesso absoluto da migrao haja necessidade

    de uma consultoria para ajudar na automatizao do pro-cesso de atualizao para novas verses evitando o tra-

    balho manual de mquina em mquina e um treinamento

    especfico para o pessoal do suporte tcnico focado no

    Linux avanado.

    Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira

    reportagem |

    A maneira encontrada por Vnia foi oferecer um

    treinamento para os funcionrios. Com esse objetivo em

    mente entrou em contato com a ONG BrOffice.org e

    marcou uma primeira reunio. Os consultores, Eliane

    Domingos e Olivier Hallot, ouviram quais as necessidades

    da empresa e a partir disso elaboraram oramentos de

    treinamento avanado de Ubuntu para o pessoal desuporte tcnico e treinamento de Ubuntu e BrOffice para

    desktop.

    No inicio do treinamento houve a necessidade de

    padronizar a instalao do BrOffice para a verso mais

    recente da sute. Na opinio de Eliane Domingos,

    instrutora nessa fase inicial de treinamento, essa ao era

    importante, uma vez que em muitas mquinas a verso

    instalada era a 2.0.4, uma verso que no contemplava

    uma srie de benefcios e outras tantas novas

    funcionalidades presentes na verso 3.2.1 do BrOffice. Noprimeiro dia de cada uma das duas primeiras turmas, os

    funcionrios ouviram do Diretor Presidente, Armando Frid,

    algumas palavras sobre a importncia da adoo de

    software livre e os motivos que levaram o SERPROS a

    tomar essa deciso, muito alm da simples economia

    com pagamentos de licena de uso de software

    proprietrio.

    O efeito do treinamento foi imediato. Embora a deciso

    fosse irrevogvel, os departamentos tinham a prerrogativa

    de solicitao junto ao setor de suporte. O que me

    assustou profundamente foi que os usurios em

    treinamento, comearam a pedir a instalao do Ubuntu e

    BrOffice para o suporte tcnico, aumentando muito a

    demanda do setor, revela Eliane Domingos.

    Arquivopessoal

    SERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, BiancaSERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, Bianca

    Andrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle BtesheAndrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle Bteshe

    e Vania Ferreira.e Vania Ferreira.

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    23/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Novembro/2010

    Por Csar Brod

    Arquiv

    opessoal

    nathancolquhoun

    reportagem |

    Keynotes alinhados, grade concluda, palestrantes definidos. Voc tem todos os motivos para estar em Foz do Iguau entre

    os dias 10 e 13 de novembro prximos. Mas no que consiste a construo de um evento deste tamanho? Qual o trabalho

    para se chegar at aqui? uma observao constante de tudo o que est acontecendo no mundo da tecnologia, em

    especial do software livre. ir mantendo e estabelecendo novos contatos com potenciais palestrantes, que vou conhecendo

    em outros eventos dos quais participo no mundo inteiro. Principalmente, manter os olhos e ouvidos abertos s sugestese, necessariamente, ter que dizer muitas vezes no". Esse posicionamento incmodo necessrio para quem coordena o

    temrio do Latinoware pela terceira vez.

    Agora vou contar um pouco da minha trajetria na Latinoware. Tudo comeou em 2003, quando eu organizei o primeiro

    Congresso Internacional Software Livre Brasil, em Curitiba. L conheci o Marcos Siraco e o Paulo Roberto Falco da Itaipu

    Binacional, o Julian Fagotti da Celepar e mais uma srie de outras pessoas que pensavam em organizar um grande evento

    latino-americano de software livre. Eu estava no meio de uma pesquisa que fazia para o ministrio de apoio ao

    desenvolvimento da Finlndia onde justamente levantava o que existia de projetos em software livre na Amrica Latina e

    tinha muitos contatos com as prprias pessoas que faziam parte da minha pesquisa ou me auxiliavam com ela. Boa parte

    dessas pessoas viraram palestrantes da primeira Latinoware, em 2004.

    De l para c a conferncia cresceu muito. Mas, a principal diferena em termos de organizao do temrio talvez tenhasido o fato de que, em 2004, tnhamos que buscar os palestrantes e em 2010 temos que selecionar dentre uma oferta

    imensa de pessoas que querem vir Latinoware, graas importncia e visibilidade conquistadas pelo evento.

    Contagemregressivapara

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    24/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    S como exemplo, tivemos a oferta de 250 palestras

    vindas pela chamada de trabalhos, a maioria delas de

    excelente qualidade. Tnhamos reservado o espao para

    20 e, afinal, abrimos para quase 40 palestras vindas desta

    chamada. Com isto, claro, tivemos que negar uma sriede outras propostas. Daria para fazer umas cinco

    Latinowares com todas as pessoas que se prontificaram

    para participar. Sinceramente, espero que possamos dar

    espao a todas elas em eventos futuros e, publicamente,

    peo desculpas por no haver espao para todas. Em

    muitos momentos - acho que a maioria deles - a seleo

    entre A ou B foi muito dolorosa. Foi como se tivssemos

    que formar de novo os Beatles e ter que escolher ou o

    John Lennon ou o Paul McArtney. Gostaria de passar o

    tempo inteiro no workshop de sade eletrnica parapases emergentes, mas ao mesmo tempo no quero

    perder as palestras sobre multimdia e as novas

    tecnologias para jogos e dispositivos mveis, alm de

    acompanhar a olimpada de robtica. Tambm quero ouvir

    tudo o que est no evento sobre redes sociais, governo

    eletrnico e, claro, acessibilidade. Eu quero ler de novo

    nas avaliaes que muito difcil de escolher entre uma

    palestra e outra para os participantes do congresso. Foi

    assim para ns que tivemos que selecion-las.

    Mesmo assim, fao duas recomendaes para os

    participantes na hora de selecionar as atividades na

    Latinoware. A primeira "tenha foco". Se voc est se

    iniciando no mundo do software livre, reserve um tempo

    para o minicurso Linux de A a Z e busque as palestrasmais voltadas para aquilo que voc tem necessidade no

    dia a dia: edio grfica, produo de textos, etc. Se voc

    um programador PHP, Python, Java, etc, h uma srie

    de palestras especficas nestas linguagens. Se voc est

    interessado em multimdia, a Latinoware aborda a

    produo de udio, vdeo, modelagem 3D e muitas outras

    coisas. Se o seu interesse o mundo dos negcios com

    software livre, no perca as palestras do pessoal do

    Gartner Group, os estudos de casos e as rodadas de

    negcios. Se voc da rea da sade, grude-se noworkshop internacional de sade para economias

    emergentes. Enfim, olhe a grade, selecione suas

    palestras preferidas e siga a sua prpria trilha. A segunda

    recomendao "divirta-se". A liberdade , antes de mais

    nada, algo prazeroso. Deixe um espao para circular pelo

    evento, visitar a feira e os estandes, conversar com as

    pessoas e tirar fotos com o Maddog! Aproveita que ele

    no cobra. Esperamos voc em Foz do Iguau!

    Arquivopessoal

    Contagem regressiva para o Latinoware 2010 | Por Cesar Brod

    reportagem |

    Participao da Comunidade BrOffice.orgPor Luiz Oliveira

    Este ano a presena da BrOffice.org no Latinoware est mais intensa. E no para menos, pois a comunidade tem muito

    a dizer a julgar pelos ltimos acontecimentos. A BrOffice.org uma das principais apoiadoras e patrocinadoras da The

    Document Foundation, tendo um dos seus diretores, Olivier Hallot, no Conselho da TDF. Ser uma oportunidade para

    sanar algumas dvidas sobre o LibreOffice e a relao intrnseca desse produto universal com o BrOffice, a sute deescritrios localizada para o portugus do Brasil. Alm disso, esto previstas vrias apresentaes com assuntos

    relevantes feitas por membros da comunidade BrOffice.org.

    Olivier Hallot vai falar sobre o case da Petrobras. Uma das maiores migraes para BrOffice que se tem notcia. Foram 90

    mil mquinas, afetando cerca de 100 mil funcionrios.

    Claudio Filho, coordenador geral da comunidade BrOffice.org, apresenta as estratgias de marketing para pases em

    desenvolvimento com foco no caso da BrOffice.org.

    William Colen, um dos principais responsveis do bem sucedido Corretor Ortogrfico para BrOffice.org CoGrOO, vai

    falar sobre programabilidade do BrOffice. No Minicurso de trs horas, William vai explicar que o BrOffice oferece uma rica

    interface de programao, permitindo desde a criao de aplicativos que faam uso dos seus recursos para executaralguma tarefa, at o desenvolvimento de sofisticadas extenses que incrementam as funcionalidades dessa sute deescritrio. Neste curso, William pretende exercitar a criao de diversos tipos de extenses Java para o BrOffice usando o

    plug-in para o NetBeans.

    http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista
  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    25/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Novembro/2010

    Por Crlisson Galdino

    nathancolquhoun

    cultura|

    imagem

    Sem controle por apenas uma frao de segundo, mas

    uma frao de segundo s vezes tempo demais. O

    carro desliza de lado e reencontra o trilho invisvel do

    asfalto. Ao virar para o lado oposto tentando desviar de

    um carro estacionado (, estou sendo irnico com o

    estacionado), perde novamente o contato e bate de

    lado. O impacto no nada sutil.

    - Todos esto bem? - O professor pergunta.

    - Vamos embora daqui, professor!

    - Mas esta porcaria no quer mais pegar!

    Richard fala para sairmos todos do carro. Especialmente

    para Jrg, que est entre ele e a porta possvel de se

    abrir. que o carro simplesmente colou na massa de

    carros que havia. Jrg e eu samos quase ao mesmo

    tempo. At para que o professor e Richard consigam

    tambm deixar o veculo.

    A cena aterradora. Acho que nem meio-dia ainda.

    Tudo parado, ou nem tudo. Tudo que deveria estar em

    movimento est parado e o que deveria estar parado se

    move. Carros e motos batidos nesse entroncamento. No

    h mais barulho de motores por aqui. Gritos ainda so

    comuns, mas no de maneira contnua. Vez ou outra

    ouvimos um grito distante, ou o som inconfundvel demais uma batida de carro.

    Dcada de 1990, quando a Magia volta Terra, trazendo caos. Redblade narra a jornada de

    um grupo de aventureiros por pases devastados. A histria acontece no mesmo mundo que

    Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas tem uma abordagem diferente...

    Episdio 06: Acidente

    Carros s correm

    Mortos, parados

    a regra do mundo

    Mas no levam a srio

    Caminham os que morrem

    Carros largados

    Aqui , no fundo

    Estranho cemitrio

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  • 8/7/2019 Revista BrOffice 016

    26/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Novembro/2010

    Arquivopessoal

    Carros destrudos..