Revista Bahia Indústria
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Transcript of Revista Bahia Indústria
ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXII Nº 239 2015
Novas soluções para a iNdústria
Portfólio do SESI oferece novos serviços para apoiar a indústria na gestão de
riscos e do absenteísmo
NADA COMO COMEÇARUMA CARREIRA PROFISSIONALDE SUCESSOFAZENDO SUCESSO.O Sistema FIEB está comemorando 3 grandes
conquistas na Etapa Nacional do Prêmio IEL de Estágio.
Parabenizamos a todos que fizeram parte de mais
essa vitória, que valoriza o trabalho conjunto de
estagiários, professores e orientadores para o
desenvolvimento de carreira.
Para saber mais sobre estágio e outros produtos IEL acesse: www.fieb.org.br/iel.
Federação das Indústrias do Estado
da Bahia – FIEB
1º lugar na categoria Sistema Indústria.
Regiane do Carmo Batista
2º lugar na categoria Estagiário
Destaque (Estagiária Máquina de
Vendas - Cliente IEL).
Softwell Solutions em Informática
2º lugar na categoria Micro e Pequena
Empresa (Cliente IEL).
editorial
O custo da falta de prevenção
Uma empresa da área da construção civil precisava concre-
tar a laje de um prédio. Tudo estava pronto para o início
da operação quando se detectou que faltava às equipes que
iriam realizar o serviço um equipamento fundamental: as botas
de proteção. Teria bastado atrasar em algumas horas o início do
processo para comprar os equipamentos de segurança. Mas no
afã de realizar logo o serviço, o responsável autorizou a execução.
Produto corrosivo, o concreto acabou causando lesões graves
nos trabalhadores envolvidos, obrigando a empresa a lidar com o
afastamento dos profissionais. Além disso, a empresa foi autuada
e multada. Se bastariam R$ 200 para comprar as botas adequadas
para os trabalhadores, a empresa teve que arcar com um custo de
mais de R$ 200 mil. Os números são fictícios, mas o exemplo é
real e a proporção foi mais ou menos esta. O caso foi relatado por
Gustavo Nicolai durante um workshop sobre liderança e seguran-
ça no trabalho, ocorrido em julho, no Sinduscon-BA. Na ocasião,
falou para empresários do setor sobre o custo para as empresas
com acidentes de trabalho e afastamentos previdenciários.
O exemplo ilustra o impacto da falta uma política de Seguran-
ça e Saúde no Trabalho e o quanto uma orientação qualificada
pode levar uma empresa a ter ganhos de produtividade, a partir
da redução de acidentes e gerenciamento dos riscos, bem como
a reduzir os custos operacionais.
Para conscientizar os empresários e gestores de recursos
humanos quanto à necessidade de uma atitude preventiva no
ambiente laboral, o Serviço Social da Indústria (SESI) oferece
um portfólio de serviços diversificados em gestão de riscos. E,
a partir de dezembro, a entidade passará também a oferecer um
programa de Gestão do Absenteísmo, que irá ajudar as empresas
a reduzirem seus custos com afastamentos no trabalho.
Reconhecido pelos seus serviços de educação e promoção da
qualidade de vida, o que inclui, saúde, esporte, cultura e lazer,
o SESI lança-se a este novo desafio, ampliando sua atuação para
uma realidade em que as empresas terão cada vez mais respon-
sabilidades diante das implicações trazidas pelas exigências
previstas no e-Social.
Neste sentido, o SESI Bahia assume nacionalmente a condução
do programa de Gestão do Absenteísmo, que passará a fazer parte
do portfólio de serviços da entidade, com a disponibilização da
vários produtos às empresas. É esta face da atuação do SESI que
a reportagem de capa pretende mostrar nesta edição.
Reconhecido pelos seus serviços de educação e promoção da qualidade de vida, o SESI lança-se a um novo desafio, ampliando sua atuação para a gestão do absenteísmo
Trabalhador da indústria usa equipamentos de proteção individual
RafaEl MaRtInS/SIStEMa fIEB/aRquIvo
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE antonio Ricardo alvarez alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge Gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; Mário augusto
Rocha Pithon; Edison virginio nogueira Correia;
alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DIRETORES
TITULARES Eduardo Catharino Gordilho; alberto
Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles valente; Renata
lomanto Carneiro Müller; leovegildo oliveira de
Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose Rosario
lorenzo; theofilo de Menezes neto; José Carlos
telles Soares; angelo Calmon de Sa Junior; Jeffer-
son noya Costa lima; fernando alberto fraga; luiz
fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-
TORES SUPLENTES Mauricio toledo de freitas; Gui-
lherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas
Campêlo Waldomiro vidal de araújo filho; Cléber
Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marce-
lo Passos de araújo; antonio Geraldo Moraes Pires;
Roberto Mário Dantas de farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-
TRIAL Carlos Henrique Jorge Gantois; CONSELhO DE
ASSUNTOS FISCAIS E TRIbUTáRIOS Mário augusto
Rocha Pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR
angelo Calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-
MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Ser-
gio alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA Marcos
Galindo Pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO
E TECNOLOgIA José luis Gonçalves de almeida;
CONSELhO DE MEIO AMbIENTE Jorge Emanuel Reis
Cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRAbALhISTAS
Homero Ruben Rocha arandas; CONSELhO DE
RESPONSAbILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL Marconi
andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS
INDUSTRIAIS Eduardo faria Daltro; COMITê DE PE-
TRóLEO E gáS Humberto Campos Rangel; COMITê
DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria
ciEBPRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE
Jorge Emanuel R. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-
los antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE
Roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene
aparecida vilpert; Benedito almeida Carneiro filho;
Cleber Guimarães Bastos; luiz da Costa neto; luis
fernando Galvão de almeida; Marcelo Passos de
araújo; Mauricio lassmann; Paula Cristina Cánovas
amorim; Hilton Moraes lima; thomas Campagna
Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly felix Carva-
lho. DIRETORES SUPLENTES antonio fernando Suzart
almeida; Carlos antônio unterberger Cerentini; Dé-
cio alves Barreto Junior; Jorge Robledo de oliveira
Chiachio; fernando Elias Salamoni Cassis; José luiz
Poças leitão filho; Mauricio Carvalho Campos; Su-
dário Martins da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS
luiz augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. valen-
te; Roberto Ibrahim uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-
PLENTES felipe Pôrto dos anjos; Rodolpho Caribé de
araújo Pinho neto; thiago Motta da Costa
SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
antonio Ricardo alvarez alban.
SUPERINTENDENTE armando da Costa neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO antonio Ricardo a. alban.
DIRETOR REgIONAL luís alberto Breda
DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone Peter andrade
iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
antonio Ricardo alvarez alban.
SUPERINTENDENTE Evandro Mazo
DIRETOR ExECUTIVO DA FIEb
vladson Menezes
Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
Unidades do Sistema FIEB
SESI – SERVIçO SOCIAL DA INDúSTRIA
Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080
SENAI – SERVIçO NACIONAL DE APRENDIzAgEM INDUSTRIAL
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CIEb - CENTRO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA bAhIA
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sistema fieb nas mídias sociais
Editada pela Gerência de Comunicação Institucional
do Sistema fieb
CONSELhO EDITORIAL Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. COORDENAçãO EDITO-
RIAL Cleber Borges. EDITORA
Patrícia Moreira. REPORTAgEM
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PRESSãO Gráfica trio.
FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS
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tria_online
as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEB.
Coordenador do
Comam fala dos
desafios da
certificação
ambiental
CertifiCação ambiental
Programa de Estágio do Sistema FIEB é
reconhecido como melhor do país na
categoria Sistema Indústria por
valorizar o papel do estagiário e sua
contribuição para a organização
SiStema fieb reCebe Prêmio do iel naCional
Nova estrutura vai permitir a
ampliação em mais de 60% da
capacidade de atendimento com a
oferta de 2.600 vagas de cursos
técnicos, por turno, na região
Senai inaugura nova unidade em feira
sumário
8
Capa: gentilSet/Out.15
6
SESI lança, em dezembro, portfólio de serviços que amplia sua atuação em gestão do absenteísmo
geStão em Segurança e Saúde
16
22
anGElo PontES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
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6 Bahia Indústria
eNtrevista JOrge CaJazeIra
Por Emília ValEntE
O engenheiro mecânico Jorge Cajazeira era
coordenador de Qualidade da Suzano Papel
e Celulose quando foi escolhido para repre-
sentar o Brasil no comitê da International
Organization for Standardization (ISO), responsá-
vel pela criação da norma de gestão ambiental ISO
14000. Eram os anos 1990, e a sociedade estava ape-
nas começando a tomar consciência da extensão dos
impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento
industrial. Hoje, a certificação pela ISO 14000 é uma
prática consolidada mundialmente, sobretudo entre
as grandes empresas. Atual coordenador do Conselho
de Meio Ambiente (Comam) da FIEB e diretor da Su-
zano, Cajazeira continua atuando para disseminar a
ISO 14000. Nesta entrevista, ele fala sobre a implan-
tação do Sistema de Gestão Integrada pela FIEB, além
de outros temas na ordem do dia do debate sobre sus-
tentabilidade, como o licenciamento ambiental.
Você pode nos contar um pouco da história da ISO
14000? O que motivou a criação da norma?
Entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990,
houve uma série de acidentes ambientais graves.
Tivemos o navio da Exxon, que naufragou no Alas-
ca, gerando um grande derramamento de óleo; o
acidente nuclear de Chernobyl e, aqui no Brasil, o
caso da contaminação por Césio, em Goiânia. Es-
tes acidentes levaram a uma preocupação enorme,
porque todos eles foram resultado de má gestão. No
caso da Exxon, um comandante
tomou um porre e fez uma bestei-
ra. No caso do Césio, faltou uma
gestão adequada dos resíduos e,
em Chernobyl, houve um erro de
manobra do operador. Em todos
estes casos, os problemas pode-
riam ter sido evitados com medi-
das gerenciais. Daí surgiu a ideia
de escrever uma norma voltada
para a gestão ambiental.
que balanço o sr. faz da dissemi-
nação da ISO 14000 hoje?
É uma prática consolidada. No
mercado internacional, ela é como
um passaporte. Sem ela, você não
consegue vender na Europa nem
nos Estados Unidos. O mundo hoje
tem aproximadamente 1,5 milhão
de empresas certificadas pela ISO
14000, sendo que, no Brasil, te-
mos em torno de 2 mil empresas e
na Bahia cerca de 150. E o número
de certificações continua aumen-
tando. É claro que a velocidade no
começo era muito maior, mas hoje
são as pequenas e médias empre-
sas que a cada dia avançam mais,
“A adequação legal é o grande gargalo da certificação ambiental”
em especial, porque as empresas
grandes começam a requerer dos
fornecedores o certificado.
Ainda há, no entanto, um espaço
enorme para crescimento. A ISO
9000, por exemplo, tem um nú-
mero cinco vezes maior de certifi-
cados concedidos. Recentemente,
a ISO lançou uma nova versão da
14000, com avanços, como a ên-
fase na melhoria da comunicação
com as partes interessadas, que
não deve ser apenas reativa, mas
também proativa. A expectativa é
que esta nova norma possa contri-
buir para expandir ainda mais o
número de empresas certificadas.
qual a importância da decisão da
FIEb de implantar um Sistema de
gestão Integrada?
A FIEB sempre pregou para as em-
presas a adequação às normas de
qualidade, tanto a 14000 quanto
a 9000. Então, eu costumo brin-
car, dizendo que está na hora de
a FIEB experimentar do próprio
veneno. Porque não dá pra ter in-
coerência entre discurso e ação. E
Bahia Indústria 7
João alvaREz/SIStEMa fIEB/aRquIvo
“ Hoje são as pequenas e médias empresas que a cada dia avançam mais (em relação à ISSO 14000), em especial, porque as empresas grandes começam a requerer dos fornecedores o certificado
a experiência vai ser importantíssima, porque a FIEB
vai servir de referência, de exemplo, e vai aproveitar
também para qualificar seus profissionais nesta área.
Na prática, quais os ganhos que a certificação traz
para as indústrias? há números que demonstram a
eficácia do sistema de gestão?
Todas as empresas que têm o sistema implantado são
obrigadas a demonstrar que há uma melhoria con-
tínua nos seus resultados. Além disso, as empresas
certificadas conseguem, em média, reduzir em 20% os
seus custos ambientais. Graças ao trabalho de gestão,
caem, por exemplo, o consumo de água e de energia.
qual o principal gargalo para uma disseminação mais
ampla da ISO 14000?
O gargalo no processo de certificação ambiental é,
sem dúvida, a adequação legal; a concessão das li-
cenças ambientais, das outorgas. Infelizmente, no
Brasil, e mesmo no exterior, a adequação legal não
é uma coisa simples e ainda há empresas que sequer
conhecem a legislação que lhes é aplicável.
Como o Comam tem atuado para auxiliar as empresas
no processo de licenciamento ambiental?
A FIEB realizou, em parceria com a Secretaria Esta-
dual de Meio Ambiente, um processo de revisão da
legislação ambiental pertinente do estado. É um pro-
cesso ainda não inteiramente concluído, mas um dos
principais avanços que ele proporcionou foi a simpli-
ficação do processo de licenciamento, que se tornou
mais ágil. Esta sempre foi uma demanda das empre-
sas, porque havia uma crítica recorrente de que o
processo era muito moroso e burocrático. Além disso,
a Gerência de Meio Ambiente e Responsabilidade So-
cial faz um trabalho importantíssimo de prestar as-
sessoria às pequenas e médias empresas na obtenção
das licenças. Recentemente, foi lançado, inclusive,
um manual de licenciamento voltado para este públi-
co. Fazendo um balanço da minha gestão à frente do
Conselho de Meio Ambiente da FIEB, acho que a sim-
plificação e agilização do licenciamento, dentro do
processo de defesa dos interesses legítimos da indús-
tria, tem sido uma das nossas maiores preocupações.
A segunda é dar um foco maior às pequenas e médias
empresas e a terceira disseminar a gestão ambiental:
tornar a ISO 14000 uma norma de fato praticada. Se
conseguir realizar estes três objetivos até o final do
meu mandado, ele já terá valido. [bi]
8 Bahia Indústria
João Paulo laCERDa/CnI
A Bahia se destacou na eta-
pa nacional do Prêmio IEL
de Estágio 2015. O Sistema
FIEB venceu na categoria Sistema
Indústria, tendo seu Programa de
Estágio reconhecido por valorizar
a participação e contribuição dos
estagiários na organização.
“Como educação é um dos
negócios do Sistema FIEB, acho
importante sermos premiados e
reconhecidos pelo destaque den-
tro do nosso negócio. O resultado
mostra a força que a Bahia tem no
cenário nacional”, destaca o supe-
rintendente de Desenvolvimento
Organizacional da FIEB, Paulo
Vianna, que enumera alguns dos
diferenciais do programa de está-
gio da instituição, como o manual
de orientações e as capacitações
para estagiários e supervisores.
Além disso, o Programa de
Bahia é destaque nacional no Prêmio IEl de EstágioEstado foi vencedor na categoria Sistema Indústria e ficou em segundo lugar nas categorias Pequena Empresa e Estagiário
Neirane
Egídio recebe
a premiação
em brasília
Estágio do Sistema FIEB prevê
orientações e feedbacks aos es-
tagiários, elaboração e execução
de projetos e comitê de estágio.
Entre os benefícios oferecidos aos
estagiários, estão seguro de vida,
vale-transporte, auxílio-refeição e
desconto no tratamento odontoló-
gico e no SESI Lazer. Esta foi a pri-
meira vez que o Sistema FIEB con-
correu ao Prêmio IEL de Estágio.
A Bahia também se destacou na
categoria Micro e Pequena Empre-
sa, com a Softwell Solutions em
Informática (2º lugar) e na catego-
ria Estagiário, com a estudante de
Engenharia Elétrica da Faculdade
Área 1, Regiane Batista (2º lugar).
A jovem desenvolveu um projeto
de adequação tarifária que redu-
ziu em R$ 70 mil, em menos de um
ano, os custos de energia da em-
presa na qual trabalha.
O superintendente do IEL,
Evandro Mazo, avalia que o prê-
mio é o reconhecimento do esforço
das empresas para aperfeiçoarem
seus programas de estágio e tam-
bém do trabalho desenvolvido pe-
la equipe do IEL para auxiliar as
empresas neste sentido. “Atuamos
para que o estágio seja um pro-
cesso de formação dos estudantes
com foco não apenas na função
desempenhada dentro da empre-
sa, mas também com uma forma-
ção complementar, principalmen-
te na área comportamental, prepa-
rando os jovens para o mundo do
trabalho”, ressalta.
Desde a criação do Prêmio IEL
de Estágio, a Bahia participou de
todas as edições, de acordo com
a gerente de Desenvolvimento de
Carreiras, Edneide Lima, que co-
memora a conquista do primeiro
lugar na categoria Sistema Indús-
tria. “Ser referência nacional co-
mo boa prática de estágio mostra
que estamos no caminho certo, de
investir na formação dos profis-
sionais. Nosso objetivo é formar,
cada vez mais, melhores profissio-
nais, contribuindo para a forma-
ção desses jovens”, pontua.
Realizada em Fortaleza, no
dia 29 de outubro, a cerimônia da
etapa nacional do Prêmio IEL de
Estágio reuniu representantes de
Federações de Indústria, empre-
sas, instituições de ensino e esta-
giários de 18 estados. [bi]
circuito
Bahia Indústria 9
Por Cleber borgeS
“É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer
nada”Mark zuckerberg (1984 - ...), empresário norte-americano, um dos fundadores do Facebook, questionando a tendência dos que criticam quem erra ousando
brasil está perdendo disputa por talentos Estudo do IMD, uma das principais escolas de negócios do mundo,
alerta que o Brasil está perdendo sua capacidade de desenvolver,
atrair e reter os talentos. O mais recente Ranking Global de Talentos
mostra que o Brasil caiu do 52º para o 57º lugar em uma lista que
mede a capacidade de 61 países de atender às necessidades
corporativas. A classificação é baseada em pesquisa com mais de 4
mil executivos. A pesquisa foca em três categorias – investimento/
desenvolvimento, atração e prontidão – que, por sua vez, são
derivadas de uma gama muito mais ampla de fatores, tais como
educação, aprendizagem, treinamento de funcionários, fuga de
capital humano, custo de vida, motivação, qualidade de vida,
competências linguísticas, remuneração, taxas e impostos.
Otimismo, pero no mucho“O navio do Brasil não está afundando”, afirmou o
ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, em recente visita
ao Brasil, quando minimizou o noticiário negativo na
mídia brasileira e lembrou que o futuro é moldado
pelas perspectivas de longo prazo. “Há uma boa
probabilidade de que, em cinco anos, vocês olhem
para trás e pensem: ‘porque me preocupei tanto?’”
Mas, apesar do tom otimista, observou que o país
precisa exercer maior protagonismo na interação
regional, inclusive devido à sua experiência na
superação de crises; e que precisa ser menos
dependente das exportações de commodities,
que, na visão de Clinton, criou distorções
na economia doméstica.
Ajustes e correções para superar criseReforma da Previdência, avanços no sistema
tributário, nas relações de trabalho e na regulação
das concessões. São pontos que a Confederação
Nacional da Indústria (CNI) destaca para que o país
mude o rumo do noticiário negativo e possa
trabalhar em um cenário mais amigável ao
investimento. Entende que o setor público deve se
comprometer com uma profunda melhoria do
ambiente de negócios no Brasil, pois a estabilidade e
a previsibilidade são condições fundamentais para o
crescimento. “O ajuste precisa ser rápido e cirúrgico
para minimizar os custos que o acompanham”, cita
o presidente da CNI, Robson Andrade.
Dólar deve chegar a R$ 4,40 em 2016Dentre as moedas mais relevantes do mundo, o Real
é a de pior performance em 2015 e não vai se
recuperar antes de 2019, segundo estimativa da
agência de notícias Bloomberg, a partir de pesquisas
com profissionais do mercado financeiro. Hoje, há
uma aparente calma do Real. "As oscilações de
preço estão diminuindo com ao declínio dos
clamores pelo impeachment da presidente Dilma
Rousseff. No entanto, analistas dizem que o
otimismo é exagerado e que a calma momentânea
não muda as perspectivas de longo prazo”, diz a
agência, que prevê o rebaixamento da nota de
crédito e uma recessão mais profunda no Brasil. O
Real já perdeu este ano 30% de seu valor frente ao
dólar, que deve atingir R$ 4,40 ao longo de 2016.
10 Bahia Indústria
sindicatos MaRCElo GanDRa/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
Os principais assuntos que impactam o dia a dia na indústria da construção no
Brasil e o futuro do segmento foram debatidos no 87º Encontro Nacional da
Indústria da Construção (ENIC). O evento foi realizado pelo Sindicato da
Indústria da Construção (Sinduscon-BA) e ADEMI-BA, de 23 a 25 de setembro, em
Salvador. O ENIC é o principal evento anual do setor e tem como objetivo trazer
soluções e novos entendimentos para um segmento em constante evolução. "O
ENIC atendeu às expectativas com o nível do conteúdo abordado nas palestras e
debates, e também com o local escolhido. O Cimatec aproximou a construção
civil do desenvolvimento e inovação tecnológica promovidos pelo SENAI",
destacou o presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos.
Sinduscon reuniu especialistas para discutir os temas do setor da construção
eniC debateu impactos da crise na construção
Panificadores mobilizados no interior O Sindicato Intermunicipal da
Indústria de Panificação e
Confeitaria (Sipaceb) tem
mobilizado panificadores em
encontros no interior do Estado.
Os dois últimos foram em Porto
Seguro (14.10) e Juazeiro (25.09).
Nas reuniões, os empresários
recebem orientação sobre
relações trabalhistas e é
nomeado um diretor regional.
Além disso, representantes do
SESI, SENAI, IEL, CIEB e Sebrae
apresentam seus serviços.
Sindpacel troca experiênciasO Sindpacel participou do 21º SINPEL – Simpósio
Intersindical de Negociações Coletivas das
Indústrias de Celulose, Papel, Papelão e
Artefatos, realizado em Curitiba, dias 17 e 18 de
setembro. Além da análise da conjuntura do
setor, também foram pautas da reunião as
negociações coletivas, o mercado nacional e
internacional, atualizações legislativas e seus
impactos, além do cenário atual financeiro do
País. “É um evento importante para alinharmos
estratégias, e traçar linhas de ações para as
próximas negociações”, enfatiza Jorge Cajazeira,
presidente da entidade.
Simagran promove visita à Cachoeiro Stone fairCerca de 40 participantes, entre
diretores e representantes de
empresas, integraram a missão
técnica do Simagran-BA à
Cachoeiro Stone Fair 2015, uma
das maiores do setor no país, em
Cachoeiro do Itapemirim/ES, em
agosto. O objetivo foi estimular o
empresário a ter contato com
novas tecnologias e as tendências
de mercado. A missão teve o apoio
da FIEB.
Presidente do Moveba participa de encontroO presidente do Moveba, João
Schnitmann, participou, em
agosto, do 2º Intercâmbio de
Lideranças Setoriais da Indústria
Moveleira, realizado em Belo
Horizonte. A ação, que integra o
Programa de Desenvolvimento
Associativo, reuniu 18 presidentes
de sindicatos. O objetivo foi
fomentar a troca de experiências,
além de estabelecer uma rede de
contatos entre dirigentes sindicais
de todo o país.
Normas sanitárias são discutidas pelo Sincafé Empresários da indústria cafeeira
participaram da reunião regional
conjunta da Associação Brasileira
da Indústria de Café e do
Sindicato das Indústrias de Café
(Sincafé-BA), na FIEB, em agosto.
Na reunião, foram discutidas as
normas regulatórias de caráter
sanitário do setor. “As reuniões
são importantes para manter os
associados atualizados e
conhecerem o que fazer para
minimizar o impacto nas
empresas”, pontuou o presidente
do Sincafé, Antônio Almeida.
Bahia Indústria 11
Presidente do Sinprocim falou dos desafios para as empresas
MaRCElo GanDRa/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
valtER PontES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
Para discutir o mercado e soluções para o cenário
da indústria de produtos de cimento, o
Sinprocim-BA, promoveu, dia 14.09, na FIEB,
encontro com empresários. “A ideia foi apontar
caminhos que permitam mitigar o quadro de
crise”, afirmou o presidente em exercício da FIEB
na ocasião, Carlos Gantois. Para o presidente do
Sinprocim, José Carlos Soares, as empresas de
médio porte têm sofrido mais, pois não são
beneficiadas pelo Supersimples. “Uma das saídas
é capacitar gestores e funcionários e esta tem sido
uma das ações do sindicato”, afirmou.
PDA promove intercâmbios de lideranças da construção e gráficaPresidentes de sindicatos da indústria da construção de todo o país
participaram, em Manaus, dia 15.09, do 2º Intercâmbio de
Lideranças da Indústria da Construção. Os presidentes Carlos
Passos, do Sinduscon-BA, e Leovegildo Oliveira, do SICC,
representaram o setor baiano. Já no dia 18.09, em São Paulo, foi a
vez do 2º Intercâmbio de Lideranças da Indústria Gráfica. O
vice-presidente da FIEB e presidente do Sigeb, Josair Bastos,
participou do encontro. “A iniciativa estimulou a aproximação dos
presidentes dos sindicatos de todo o país”, destacou.
Workshop reúne produtores de sorvete
Produtores de sorvetes e picolés
estiveram reunidos no Workshop
de Implantação das Boas Práticas
nas Indústrias e Produtores de
Gelados Comestíveis, dia 23.09,
no SENAI Dendezeiros. A chefe do
setor de Alimentos da Vigilância
Sanitária, Kátia Rezack, alertou
sobre as exigências legais do
processo produtivo e sobre as
informações que devem constar
nos rótulos, em relação à origem
do produto, validade e
composição.
Sindipeças tem novo representante regional
A nova diretoria do Sindicato das Indústrias de
Laticínios (Sindileite-BA), eleita para o triênio
2015/2018, foi empossada no dia 26.09. O novo
presidente, o empresário Lutz Viana, assume no
lugar de Paulo Cintra. A solenidade foi realizada no
Gran Hotel Stella Maris, durante o encerramento do
6° Encontro Baiano de Laticinistas, promovido pelo
Sindileite, que comemorou, ainda, os quinze anos da
entidade. O governador Rui Costa participou do
evento e destacou a necessidade de apoiar e melhor
estruturar a cadeia láctea, desenvolver pesquisas e
organizar a compra, priorizando a indústria local.
Rui Costa, Luiz Viana e Paulo Cintra
Sindileite empossa nova diretoria
encontro empresarial aponta caminhos
O Sindicato Nacional da
Indústria de Componentes
para Veículos Automotores
(Sindipeças) tem novo
representante regional. O
diretor da Flex’N Gate,
Carlos Roberto Rezende, foi
nomeado para a Diretoria
Regional Bahia até 2016. O
Sindipeças atua no
fortalecimento do setor, com
foco em iniciativas para os
associados.
12 Bahia Indústria
Por Patrícia morEira
Ensino médio articulado amplia a oferta de vagas para 2016 com o lançamento de turmas em duas unidades, em Salvador e em vitória da Conquista
Há 15 anos, o Serviço Social
da Indústria (SESI) adota
um modelo educacional
diferenciado, o ensino
médio articulado, que associa
o ensino básico com educação
profissional. Estamos falando do
EBEP, metodologia implantada no
ano 2000 pelo SESI Bahia e que
hoje é replicada em toda Rede SESI
de Educação no país.
O sucesso da metodologia levou
o SESI a ampliar a oferta de vagas,
tanto na capital como no interior.
Desde o início deste ano o ensino
médio articulado passou a ser ofe-
Modelo de referência em educação
recido no município de Luís Eduardo Magalhães (120
vagas), no oeste da Bahia e, a partir de 2016, também
será oferecido na Escola Reitor Miguel Calmon (SESI
Retiro), com 240 vagas, e em Vitória da Conquista,
com 120 vagas.
A projeção do SESI Bahia é sair de 1600 alunos no
ensino articulado para 6 mil nos próximos seis anos,
como informa o superintendente do SESI Bahia, Ar-
mando da Costa Neto. “Temos um currículo voltado
para o mundo do trabalho, desenvolvendo, em todo o
período do ensino médio, habilidades e conhecimen-
tos específicos, com uma maior carga horária no ter-
ceiro ano e a inclusão de um quarto ano no SENAI”,
detalha o superintendente.
O sucesso do modelo educacional é atestado pelo
desempenho dos estudantes no mercado de trabalho
Bahia Indústria 13
O modelo de
ensino combina
atividades
práticas com o
conhecimento
teórico
fotoS MaRCElo GanDRa/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
com um percentual de 70% de inserção na indústria,
após a conclusão do curso técnico. “É um desafio
grande trabalhar com conteúdo formal e direcionar os
nossos adolescentes para o mundo do trabalho e, ao
mesmo tempo, desenvolver neles a consciência da éti-
ca para o trabalho”, acrescenta Armando Neto.
Os alunos do EBEP que chegam ao SENAI têm um
perfil diferenciado em relação ao aluno regular do
curso técnico, destaca Patrícia Evangelista, gerente
de Educação Profissional. “Isso reflete o trabalho in-
tegrado que SESI e SENAI desenvolvem voltado para
o Ebep”, acrescenta Patrícia.
Igor Esquivel, 17, aluno do 3º ano do Ensino Médio
da Escola Djalma Pessoa (SESI Piatã), já estava na
Rede SESI quando o EBEP foi implantado. Com o tes-
temunho de quem cumpriu toda a sua formação nas
escolas do Sistema SESI na Bahia, Igor faz um balanço
positivo. “A Rede SESI é muito preparada para orientar
os alunos. Como tive a oportunidade de estudar aqui
desde o Ensino Fundamental, pude acompanhar toda
a evolução. No Ensino Médio, a escola oferece progra-
mas que complementam a formação, como o Conexão
Mundo (programa de intercâmbio com os Estados Uni-
dos), além de incentivar a participação dos alunos nas
olimpíadas de química, matemática e física”, conta
Igor, que foi medalhista de bronze na etapa nacional
da Olimpíada Brasileira de Química de 2014 e medalha
de ouro da Olimpíada Baiana de Química de 2015.
rEfErêncIaDiretora da Escola Djalma Pessoa e gerente do SE-
SI Piatã, Cristina Andrade lembra que o estudante do
ensino articulado é estimulado a encontrar soluções
e a desenvolver sua capacidade de investigação e
percepção do mundo que o cerca. “Buscamos formar
estudantes capazes de encontrar soluções para a me-
lhoria da sociedade e para trabalhar com a perspecti-
va de inovação”, destaca Cristina Andrade, que par-
ticipou da implantação do ensino articulado na Rede
SESI e hoje presta, com sua equipe, consultoria sobre
o modelo para todo o país. “Sem descaracterizar o
Ensino Médio, na Escola Djalma Pessoa adotamos
métodos científicos que incluem a prática da investi-
gação, da pesquisa e da ética. Com isso, temos alunos
que sabem se posicionar e estão aptos a contribuir
quando são solicitados”, arremata Cristina.
A Escola Djalma Pessoa tem 1600 alunos cursando
o Ensino Médio, distribuídos em 44 turmas. A cada
ano são oferecidas 500 vagas para o primeiro ano,
sendo 380 reservadas aos alunos da própria Rede
SESI e as remanescentes abertas à comunidade. O in-
gresso se dá por meio de processo seletivo, que acon-
tece entre outubro e dezembro de cada ano letivo.
A escola é dotada de 14 laboratórios, incluindo o
de robótica, onde os estudantes têm a oportunidade
de se familiarizar com a tecnologia e desenvolver pro-
jetos de pesquisa nos desafios anuais do Torneio de
Robótica FLL, que é organizado em todo o Brasil pelo
SESI e tem a seletiva regional realizada no SESI Piatã.
A gerente de Educação do SESI Bahia, Cléssia Lo-
bo, lembra outro fator a ser considerado neste modelo
de ensino que é a baixa evasão. “O índice não chega a
3%, um percentual considerado exitoso, se comparado
com os índices nacionais e até do Estado. Em 2012, ape-
nas 51,8% dos jovens de até 19 anos haviam concluído
os anos finais da educação básica brasileira, segundo
dados do IBGE. No primeiro ano do ensino médio, o
índice de reprovação chega a 30%”, destaca Cléssia.
Diante dessa realidade e do sucesso do modelo arti-
culado, o SESI está apostando na ampliação do ensino
médio na sua rede na Bahia. “O Ensino Fundamental
já alcançou um grau de universalização muito positi-
vo, que está próximo ou passou dos 90%. Já o Ensino
Médio está longe disso e o SESI está investindo nes-
ta última fase da formação básica”, explica Cléssia.
“É nesta etapa que o jovem está mais próximo de se
inserir no mercado de trabalho e isso coincide com a
demanda industrial por pessoas com qualificação de
nível técnico”, disse a gerente de educação do SESI. [bi]
14 Bahia Indústria
Revolução no datacenterPor Emília ValEntE
Projeto desenvolvido com apoio do SEnaI Cimatec criou solução tecnológica inovadora, que aumenta a segurança nos datacenters da IBM
A IBM Brasil e a StoreID,
com apoio do SENAI Ci-
matec, anunciaram uma
tecnologia inédita no
mundo para gerenciamento auto-
matizado e seguro de dados arma-
zenados em fitas. Batizada de DNA
Tape, a solução será implementa-
da até o final do ano em oito sa-
las de data centers da IBM Brasil,
localizadas em Hortolândia, São
Paulo. A iniciativa é resultado de
pesquisas desenvolvidas ao longo
de cinco anos, viabilizadas com
recursos de US$ 3,5 milhões dos
parceiros envolvidos e da Embra-
pii (Empresa Brasileira de Pesqui-
sa e Inovação Industrial).
Desenvolvida pela StoreID, a
plataforma DNA Tape é composta
por softwares, hardwares (scanner, portais e torres
de detecção) e etiquetas de identificação por radiofre-
quência (RFID), que são inseridas nas fitas de dados
de servidores e storages. A solução permitirá a auto-
matização de todos os processos de gestão de infor-
mações realizados nos oito datacenters da IBM Brasil
em Hortolândia, onde a empresa mantém 150 mil fitas
com os dados de empresas clientes.
“Essa tecnologia pode ser considerada uma revo-
lução para a segurança dos centros de dados. Não há
Bahia Indústria 15
Yan Medeiros,
mentor
estratégico
do projeto de
tecnologia
Data center e
sala de controles
da IbM brasil
nada semelhante em outras partes
do mundo. Com o DNA Tape, con-
seguiremos reduzir o número de
pessoas e processos envolvidos
na tomada de decisão sobre movi-
mentos e operações monitoradas
no data center e garantir que o
maior patrimônio de nossos clien-
tes, os dados, estejam disponíveis
em uma plataforma de gestão ope-
racional, logística e transacional
online, em tempo real e com maior
controle”, comenta Julio Cesar do
Carmo, gerente de Identity and Ac-
cess Management da IBM Brasil.
SEgurança E agIlIdadEOs principais ganhos propor-
cionados pela tecnologia são em
segurança, controle e agilidade.
Com as etiquetas RFID, é possível
identificar rapidamente e de forma
precisa e segura a localização de cada fita e seu conte-
údo, facilitando o acesso dos funcionários aos dados,
sempre que há demanda dos clientes. A ferramenta
também permite o monitoramento remoto do deslo-
camento dos tapes, a gestão remota dos inventários e
a realização de tarefas online e em tempo real.
Por meio das torres de detecção instaladas nos
acessos de cada sala de data center e com a imple-
mentação da etiqueta RFID nos tapes, um sinal so-
noro e luminoso é disparado caso uma pessoa tente
sair com um tape sem a prévia autorização. Além dis-
so, as etiquetas contam com uma cola especial para
que as mesmas não sejam removidas. Esta solução
proporciona maior controle de incidentes internos e
externos.
“Temos muito orgulho em desenvolver essa tecno-
logia inovadora no Brasil em conjunto com a IBM e o
SENAI. Para fazer a gestão de um inventário com 50
mil tapes, eram necessários quatro profissionais, tra-
balhando por oito dias em turno de oito horas; agora,
o mesmo serviço pode ser feito em apenas duas horas
por um único profissional, o que permite que esses
profissionais sejam alocados para outras atividades-
-chave da gestão de dados”, explica Flávio de Olivei-
ra, diretor de Inovação e Sistemas Aplicados a Radio-
identificação da StoreID.
Para o SENAI Cimatec, que atuou como mentor es-
tratégico no desenvolvimento da tecnologia, o projeto
representa um case de sucesso. “O DNATape é uma
prova do potencial de retorno que as empresas brasi-
leiras têm ao investir em inovação”, afirma o gerente
do Instituto SENAI de Tecnologia em Eletroeletrôni-
ca, Yan Pedreira de Medeiros. [bi]
fotoS: IBM/DIvulGação
MaRy MElGaço/CoPERPHot/SIStEMa fIEB
16 Bahia Indústria
Serviço Social da Indústria apresenta em dezembro novo portfólio de
serviços que tem como foco a gestão do absenteísmo, uma solução alinhada
com as exigências do e-Social
Por Patrícia morEira
cada ano, milhares de trabalhadores são
afastados do trabalho em razão de aci-
dentes ou doenças. Os afastamentos por
doença ocupam o 8º lugar na literatura
científica entre as causas mais frequentes
de absenteísmo. A principal consequência
é a geração de custos para o trabalhador, as
empresas e o setor público. Para se ter uma
ideia do que isso representa, em 2012, a
Previdência Social desembolsou R$ 4,5 bi-
lhões com a concessão de 5 milhões de benefícios, dos quais, 86,7%
eram previdenciários, 6,7% acidentários e 6,6% assistenciais. Com
a tendência de alteração da curva de envelhecimento populacional
e aumento da idade média da população ativa para os próximos 20
anos, a perspectiva é também de elevação no índice de absenteísmo
nas empresas, causado, entre outros, por doenças osteomusculares
e fatores psicossociais.
Foi este cenário que motivou o Serviço Social da Indústria (SE-
SI) a lançar o Programa de Gestão do Absenteísmo, uma inicia-
gESTãO DO AbSENTEíSMO
SESI lança portfólio em
afastamentos no trabalho para o governo federal,
o que impacta no Fator Acidentário de Prevenção
(FAP). Com os novos serviços, o SESI estará ofere-
cendo soluções para ajudar as empresas a fazerem a
gestão do absenteísmo e do próprio FAP, de manei-
ra que ela possa controlar seus custos e melhorar a
produtividade de suas equipes de trabalho.
O superintendente do SESI lembra a importância
de as empresas acompanharem as mudanças que es-
tão por vir. “O SESI está estruturado para esta nova
realidade, mas as empresas precisam tomar conhe-
cimento do que vem por aí, pois o governo vai ter
um grande Big Brother. Se estas informações sobre
afastamentos e acidentes de trabalho forem passa-
das com falhas ou mal geridas, a empresa poderá
pagar caro”, alerta Armando Neto, lembrando que
a medida atinge diretamente as médias e grandes
empresas.
atuação Em SStNa área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST),
o SESI tem equipe especializada para assessorar as
empresas em todas as Normas Regulamentadoras
(NR). O foco é auxiliar a empresa para tornar o am-
biente de trabalho mais seguro e saudável e melho-
rar a competitividade. As ações preveem soluções
para atendimento às NR, incluindo consultoria no
gerenciamento de riscos, visando, entre outros,
atender a NR-12, que trata da segurança no traba-
lho em máquina e equipamentos. Esta é uma das
que afetam especialmente as pequenas indústrias,
tendo em vista que o não atendimento implica em
pesadas multas que podem inviabilizar o pequeno
negócio industrial.
O SESI também tem no seu portfólio serviços de
consultoria como o Modelo SESI em SST (NR-7, NR-9
e NR-18), que trata as questões de segurança e saúde
no trabalho de forma integrada. Também atua com
atividades de prevenção, a exemplo do PPRA – Pro-
grama de Prevenção de Risco Ambientais (NR-9), e
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO). Outro serviço de consultoria é o Sistema
de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde no
Trabalho, que disponibiliza ferramentas e serviços
tiva do Departamento Nacional
da entidade, que é coordenada
nacionalmente pelo SESI Bahia.
O programa será lançado, no dia
9 de dezembro, em Salvador. Com
isso, o SESI busca ampliar seu
portfólio de serviços e reforçar a
parceria com as indústrias baia-
nas, tornando-se cada vez mais
uma referência para o segmento
industrial.
“O SESI é hoje o principal
parceiro da indústria baiana, ofe-
recendo serviços em consultoria
e assessoria no atendimento das
Normas Regulamentadoras, o que
inclui soluções em Segurança e
Saúde no Trabalho (SST)”, destaca
o superintendente do SESI Bahia,
Armando da Costa Neto. “Esta-
mos buscando cada vez mais di-
recionar os serviços de qualidade
de vida do SESI para a gestão de
riscos e gestão do absenteísmo, o
que inclui o redimensionamento
do portfólio”, acrescenta.
De acordo com o superinten-
dente do SESI, o lançamento do
Programa de Gestão do Absente-
ísmo vem somar-se a estas inicia-
tivas, mas com foco na orientação
das empresas para lidar com as
situações de afastamento e reabi-
litação do trabalhador. “Estamos
pensando no futuro, na normati-
zação e fiscalização decorrente do
e-Social. Para isso, estamos prepa-
rando nossos colaboradores para
prestar este serviço às empresas,
para que elas possam fazer uma
melhor gestão dos afastamentos
dos seus empregados”, destaca.
O e-Social prevê que as em-
presas enviem informações sobre
Bahia Indústria 17
18 Bahia Indústria
de assessoria técnica que incluem treinamento e
consultoria.
“O SESI dispõe de um portfólio de serviços aderen-
te aos desafios das empresas, com ênfase na promoção
de um ambiente de trabalho seguro e saudável, pos-
sibilitando a redução de custos e aumento da produ-
tividade dos trabalhadores. Por meio de uma equipe
multidisciplinar, formada por engenheiros, médicos,
enfermeiros, ergonomistas, fisioterapeutas, dentistas,
analistas e técnicos, oferece soluções integradas para
atender às demandas das indústrias baianas na área
de SST”, destaca o gerente de Qualidade de Vida do
SESI Bahia, Amélio Miranda.
Estas soluções integradas incluem ainda ativida-
des de Análise Global das Condições Ergonômicas do
Trabalho e o apoio para a implantação do Programa
de Gestão em Ergonomia na Empresa, atendendo às
exigências da NR-17. As empresas também contam
com serviços especializados de consultoria em Ergo-
nomia para Acessibilidade e Adequação do Ambiente
de Trabalho para Inclusão de PCD (portadores de de-
ficiência) e Reabilitado. João alvaREz/SIStEMa fIEB/aRquIvo
Armando Neto
explica que
o SESI bahia
vai coordenar
o programa
nacionalmente
A engenheira de segurança do SE-
SI Bahia, Maria Fernanda Lins,
lembra que o papel da gestão de
riscos é reduzir os acidentes, do-
enças ocupacionais e custos das
empresas com SST, a partir do ma-
peamento de todas as situações pe-
rigosas do ambiente laboral, prio-
rizando-se as mais graves e imple-
mentando medidas que reduzam a
possibilidade de o trabalhador se
acidentar, adoecer, ausentar-se ao
trabalho ou vir a óbito.
“O empresário precisa inserir
os investimentos em SST no pla-
nejamento estratégico do seu ne-
gócio, de forma que possa direcio-
nar recursos ao que é prioritário
para os seus empregados e para a
saúde financeira da organização.
Trata-se de uma ação preventiva”,
analisa a engenheira. “Essa ferra-
menta, possibilita à empresa iden-
tificar preventivamente situações
de grave e iminente risco para os
trabalhadores, que poderão ser
constatadas pelo auditor fiscal do
Ministério do Trabalho e Emprego,
no momento de sua visita e causar
o embargo e a interdição de um
processo produtivo ou de toda a
empresa”, alerta.
De acordo com o último Anu-
ário Estatístico da Previdência So-
cial, referente aos dados de 2013,
foram registrados no INSS 717,9
mil acidentes do trabalho, sendo
77,32% acidentes típicos, 19,96%
acidentes de trajeto, 2,72% doen-
ças do trabalho. As doenças de
trabalho tiveram maior incidência
na faixa de 30 a 39 anos.
Na distribuição por setor de atividade econômica,
a indústria responde por 45,48% dos acidentes. De
acordo com a Classificação Internacional de Doenças
(CID), aquelas com maior incidência nos acidentes de
trabalho foram ferimento do punho e da mão, fratura
ao nível do punho ou da mão e traumatismo superfi-
cial do punho e da mão com, respectivamente, 9,59%
6,91% e 4,84% do total.
Nas doenças do trabalho as mais incidentes foram
lesões no ombro, sinovite e tenossinovite e dorsalgia,
com 21,91%, 13,56% e 6,36%, do total, conforme dados
do Anuário Estatístico da Previdência Social (2013). O
entendimento dos especialistas do SESI é que a coleta
de dados e a gestão dos riscos e da informação são as
bases para o sucesso na redução de acidentes, doen-
ças, absenteísmo e óbitos nos ambientes de trabalho.
“As empresas precisam conhecer sua realidade, seus
quantitativos de acidentes/doenças, em quais setores
eles acontecem e quais são mais graves. Somente com
informação é possível planejar investimentos mais as-
sertivos”, ressalta Maria Fernanda.
Gestão de riscos é ferramenta estratégica
Bahia Indústria 19
20 Bahia Indústria
Desde 1999, a empresa Comolim-
pa Indústria Química Ltda, de Vi-
tória da Conquista, contrata o Mo-
delo SESI em Segurança e Saúde
no Trabalho (SST). De acordo com
a analista de SST e Conservação
Ambiental da empresa, Cleonice
Maria da Silva, o serviço do SESI
é uma referência.
“A empresa foi uma das pio-
neiras na contratação do Modelo
SESI e estamos muito satisfeitos
com o serviço prestado”, destaca
Cleonice, que faz o acompanha-
mento do programa, que inclui
SST, ergonomia e acompanha-
mento dos aspectos ambientais
da produção. “Temos excelentes
resultados por conta dessa par-
ceria com o SESI, que dispõe de
profissionais especializados e é
sempre uma referência perante os
órgãos de fiscalização. Conside-
ramos que a parceria com o SESI
nos permitiu crescer com uma
base sólida”, acrescenta Cleonice.
Entre as ações implementadas
na Comolimpa estão modifica-
PROGRAMA SESI
o Que ÉO Programa SESI de Gestão do Absenteísmo é constituído de serviços de assessoria e consultoria que visam apoiar as empresas industriais na identificação das questões relacionadas ao absenteísmo e sua gestão.
serviços oFereCidos diagnóstico situacional•Contempla a avaliação e a classificação do nível de organização da empresa em relação às práticas de gestão do absenteísmo e indicação das melhores soluções. Gestão dos afastamentos •Consultoria e assessoria para regulamentar a entrega e recebimento de atestados e declarações de comparecimento;•O objetivo é a redução do tempo de afastamento e eventuais agravamentos e/ou recidivas e encaminhamentos desnecessários à Previdência Social (INSS), que podem impactar no Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
Gestão de nexos previdenciários•Consultoria e assessoria na gestão sobre os nexos técnicos previdenciários NTP (Nexo Técnico Profissional ou do Trabalho e Nexo Técnico Epidemiológico).
Gestão do Fap•Consultoria e assessoria na gestão do Fator Acidentário de Prevenção (FAP): detalhamento do impacto financeiro relacionado à ocorrência de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais nas empresas; produção de informação estratégica relacionada à prevenção de acidentes.
Gerenciamento epidemiológico•Consultoria e assessoria às empresas que precisam conhecer o perfil dos seus afastamentos para definir e priorizar as soluções mais adequadas capazes de reduzir ou neutralizar as fontes geradoras de acidentes e afastamentos.
ções no processo produtivo, com
a redução da exposição dos traba-
lhadores aos agentes ambientais,
a partir do monitoramento Am-
biental (elaboração de Laudos);
implementação do programa de
EPIs (equipamento de proteção
individual); adaptação dos espa-
ços às normas regulamentadoras,
constituição da CIPA e acompa-
nhamento das ações, além da rea-
lização de programas de educação
continuada para SST.
O superintendente Regional do
Trabalho, Severiano Alves, ressal-
ta o reconhecimento do trabalho
do SESI perante os órgãos de fis-
calização, em especial no que diz
respeito às Normas Regulamenta-
doras (NR). “Quando uma indús-
tria passa pela orientação técnica
do SESI ou do SENAI, a tendência
é que elas evitem irregularidades
e tenham uma adequação melhor
a estas exigências”, observa.
O SESI atua em todo o estado,
disponibilizando seus serviços de
assessoria e consultoria. [bi]
Empresa atesta a qualidade dos serviços prestados
Sinalização
voltada para
a prevenção
de acidentes
João alvaREz/SIStEMa fIEB
Bahia Indústria 21
conselhos
FIEb realiza visita técnica a Fábrica do grupo boticárioMembros do Conselho de Responsabilidade Social
(CORES) e de outros Conselhos Temáticos da FIEB
realizaram, no dia 21.10, visita técnica à fábrica de
produtos cosméticos e perfumaria do Grupo
Boticário, em Camaçari, com o objetivo de conhecer
as práticas socioambientais e o processo produtivo
da empresa. No relacionamento com a comunidade,
o Grupo desenvolveu um programa de capacitação
profissional aberto e gratuito para a população de
Camaçari e São Gonçalo dos Campos, realizado em
parceria com SENAI e com apoio do BNDES,
contribuindo para o processo de inclusão social da
comunidade local, por meio da inserção no mercado
de trabalho.
Situação dos portos é tema do II Fórum bahia EconômicaRealizado na FIEB no dia 16/10, o II Fórum Bahia
Econômica/Prospectando o Futuro discutiu novos
investimentos, ampliação da infraestrutura do
estado, estratégias de competitividade, além de
analisar a economia brasileira. Um dos painéis do
evento destacou assuntos relacionados aos portos,
tais como mecanismos de incentivo à cabotagem,
investimentos públicos x privados, gestão dos portos
organizados, acesso aos portos da Baía e o projeto
Porto Sul. A mesa redonda com esta temática contou
com a participação do coordenador do Conselho de
Portos da FIEB, Sérgio Faria, e de Demir Lourenço,
que representou o Tecon Salvador. “Na
oportunidade, discutimos pontos estratégicos para o
setor produtivo”, disse Faria.
Visando melhorar a atuação dos representantes
externos da FIEB, foi realizado, em 14.10, o
Workshop Técnicas de Representação nas Atividades
de Defesa de Interesses. Promovido pela
Coordenação de Conselhos Temáticos, a atividade foi
conduzida pelo analista de Relações
Governamentais da CNI, Luciano Barbosa. Ele
apresentou técnicas para melhorar a comunicação, a
atuação como negociador e as atividades de
representação. O evento foi aberto pelo presidente da
Federação, Ricardo Alban, que destacou a
importância do papel das representações externas:
“Os representantes externos são os grandes
captadores das informações que podem auxiliar a
FIEB na condução de suas ações institucionais em
defesa dos interesses da nossa indústria e dos
nossos sindicatos”, observou o presidente.
representantes externos participaram de workshop
Ricardo Alban
falou na
abertura do
workshop
MaRCE
lo G
anDRa/C
oPER
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IStE
Ma f
IEB
Frente Parlamentar da MPE toma posseTomou posse, na Assembleia Legislativa da Bahia, dia 20.10, a Frente
Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Presidido pelo deputado
Eduardo Salles, o grupo de discussão conta com dois representantes da
FIEB: o 1º vice-presidente, Carlos Gantois, que preside o Conselho
Consultivo; e o presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia
(CIEB), Reginaldo Rossi, como representante da sociedade civil no
Conselho. A vice-presidência ficou a cargo do deputado estadual Sandro
Régis e o diretor-superintendente do SEBRAE, Adhvan Furtado, participa
como representante da sociedade civil no Conselho Executivo. A Frente
foi lançada com o objetivo de debater temas referentes ao segmento e
defender os interesses dos empresários de pequeno porte.
HaRolDo aBRantES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
22 Bahia Indústria
Por CaroliNa meNdoNça
Em solenidade que reuniu políticos, dirigentes
do Sistema FIEB, presidentes de sindicatos
da indústria e empresários, foi inaugurada,
em 16 de outubro, a ampliação do SENAI de
Feira de Santana. Com 20 salas de aula e um labo-
ratório de Logística, o novo prédio, batizado com o
nome do ex-prefeito do município, Joselito Falcão de
Amorim, vai possibilitar o aumento do número de
alunos da unidade de 1.600 para 2.600 por turno,
um acréscimo de mais de 60% na sua capacidade de
atendimento.
“A Bahia ainda tem muitas desigualdades regio-
nais e Feira de Santana é o marco de um trabalho
iniciado há três anos com foco no resgate do interior
do estado”, afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Al-
ban, que dedicou a inauguração ao ex-presidente da
casa, Carlos Gilberto Farias, falecido em 2014.
Alban citou também a reconstrução da unidade do
SESI de Feira de Santana, cuja primeira etapa deve
ser entregue em fevereiro de 2016, além da implan-
tação de um núcleo do IEL no município. O diretor
regional do SENAI, Luís Breda Mascarenhas, ressal-
tou que a unidade de Feira atende 18 municípios da
região central - incluindo a segunda maior cidade
baiana -, que vem crescendo os últimos anos. “Feira
tem uma presença industrial expressiva, com 710 em-
presas e 25 mil postos de trabalho que requerem qua-
lificação e aprimoramento profissional. Nosso papel é
atender esta demanda”, pontuou.
Aluno do quarto módulo do curso técnico em Lo-
gística do SENAI, Michael Douglas Borges, 21, come-
mora a instalação de um laboratório para as aulas
expaNsão No iNteriornovo prédio do SEnaI feira amplia capacidade de atendimento em mais de 60%
práticas. “Influencia muito na qualidade do curso.
Acaba servindo como um estágio porque a gente
consegue exercitar metodologias e adquire experi-
ência”, analisou.
dIa do EmPrESárIoA inauguração do novo prédio do SENAI em Feira
de Santana foi marcada pela realização do Dia do Em-
presário da Indústria da Região Central, uma iniciati-
va que integra o Programa de Desenvolvimento Indus-
trial (PDI) da CNI, com foco nas micro, pequenas e mé-
dias empresas. O evento também faz parte das ações
do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA).
Na abertura do evento, o 1° vice-presidente da
FIEB, Carlos Gantois, e o vice-presidente da insti-
tuição, Edson Nogueira, ressaltaram a importância
do associativismo no setor industrial, considerado
muito baixo na Bahia (aproximadamente 15% das
empresas), e reforçaram a necessidade de ações que
fomentem o desenvolvimento no interior do estado.
“É preciso apoiar os empresários que, com todas as
dificuldades, são os que mais empregam e geram ren-
da”, disse Gantois.
A programação contou com a presença do econo-
mista e consultor da CNI, Eduardo Velho, que apre-
sentou a palestra “Os Impactos da Política Econô-
mica e do Cenário Financeiro Internacional sobre a
Indústria e Comércio e a Gestão de Investimentos em
2015/2016”.
O especialista em mercado financeiro falou dos
cenários atual e futuro da economia brasileira. Velho
acredita que o país ainda terá, em 2016, um período
Bahia Indústria 23
fotoS anGElo PontES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
de crise, alta de inflação e desem-
prego, mas que existem oportu-
nidades de melhoria na estrutura
econômica com aumento de com-
petitividade, ativos mais baratos
e mudança no patamar da taxa de
câmbio impulsionando o ajuste de
contas externas.
Já os cenários para a indústria
da região central foram tema da
palestra do assessor da Gerên-
cia de Estudos Técnicos da FIEB,
Carlos Danilo Almeida. Ele apre-
sentou indicadores do setor, que
concentra 16% do PIB do estado,
apontou os segmentos de maior
expressão (Construção, Couros e
Calçados e fabricação de Alimen-
tos), além destacar as vantagens
logísticas de Feira e dos municí-
pios vizinhos. “A região é o mais
importante entroncamento ro-
doviário da Bahia e do Nordeste.
Esse sistema é a principal ligação
da RMS ao interior e conecta os
centros produtores aos portos de
Aratu e Salvador”, explicou.
Por outro lado, Almeida elencou
alguns dos gargalos para o cresci-
mento da atividade industrial na
região: pouca disponibilidade de
terrenos para instalação de novas
indústrias no Centro Industrial de
Subaé (CIS), a falta de Centro Lo-
gístico apropriado; a distribuição
irregular de energia elétrica; os
congestionamentos no anel de con-
torno que liga a BR 324 à BR 116 e a
inexistência de destino apropriado
para os resíduos sólidos. [bi]
Novo prédio
conta com 20
salas de aula e
um laboratório
de logística (ao
lado)
24 Bahia Indústria
Brincando com a tecnologiaPara muita gente, o Mundo SENAI foi uma oportunidade também de se divertir com o mundo da tecnologia. “Tudo aqui impressiona: tem muitas coisas inovadoras, muita tecnologia”, comentava, empolgado, o estudante Thomas Edson, 17 anos. Aluno de um curso técnico de Refrigeração e Climatização, Edson aproveitava o evento para experimentar um passeio por um simulador de operação de equipamentos. Semelhante a um videogame, com joystick, o aparelho – que é usado em atividades de treinamento – permitiu ao estudante ter a experiência de guiar uma escavadeira hidráulica.
as unidades do Serviço nacional da Indústria (SEnaI) abriram suas portas para a comunidade durante dois dias. veja como foi
Educação, ciência, tecnologia e inovação: oportunidades para
quem busca um lugar no mercado de trabalho, para quem quer
obter mais formação e qualificação profissional, ou está procu-
rando soluções empreendedoras para o seu negócio. Tudo isso
faz parte do universo do Serviço Nacional da Indústria e foi a es-
te universo que o Mundo SENAI deu acesso, nos dias 10 e 11 de setembro,
quando unidades da instituição em todo o Brasil abriram suas portas
para a comunidade.
Na Bahia, o evento foi ocasião para uma programação intensa e eclé-
-tica de palestras, minicursos, visitas guiadas, oficinas, exposições e
atrações artísticas e culturais que congregaram estudantes, professores,
pesquisadores, empresários e a comunidade em geral. Houve atividades
no SENAI Cimatec, em Piatã, nas unidades dos bairros Dendezeiros e
Lapinha, em Salvador, e nos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari,
Feira de Santana, Ilhéus, Barreiras, Juazeiro, Alagoinhas e Vitória da
Conquista. A seguir, alguns dos destaques do evento no SENAI Cimatec.
Por Emília ValEntE
volta ao mundo seNai
Bahia Indústria 25
fotoS MaRCElo GanDRa/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
apetite gourmetA moda dos food trucks também estacionou no Mundo SENAI. Entre uma atração e outra, os visitantes podiam saborear hambúrgueres, coxinha, yakissoba e outras iguarias, vendidas nas charmosas lanchonetes móveis, montadas em pequenos veículos adaptados.
oferta de vagas Quem buscava uma oportunidade de estágio ou emprego, aproveitou os serviços de orientação profissional e oferta de vagas disponibilizados por empresas de RH e entidades parceiras do SENAI. Marcaram presença no evento, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Serviço de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
laboratório abertoO SENAI Cimatec aproveitou o Mundo SENAI para inaugurar o seu Laboratório Aberto. O laboratório é um espaço aberto a empresas e pessoas físicas interessadas em desenvolver protótipos de produtos inovadores, utilizando a estrutura tecnológica da unidade. Para marcar a inauguração, houve uma palestra com o empreendedor e ativista do movimento maker (“faça você mesmo”), George Brindeiro, e também uma feira tecnológica com a apresentação de startups e protótipos
desenvolvidos na unidade. [bi]
olimpíada do Conhecimento Quem visitou o Mundo SENAI pôde ter uma amostra de como funciona a Olimpíada do Conhecimento, uma competição de educação profissional promovida pelo SENAI a cada dois anos. Como parte da demonstração do evento, um grupo de alunos de cursos técnicos do SENAI operava uma planta industrial em escala reduzida, explicando passo-a-passo para o público os detalhes do equipamento. “A automação é como uma extensão das mãos do trabalhador; o produto percorre toda a planta sem que a gente precise tocar nele”, ensinava, orgulhoso, Adonias Maia, 18 anos, aluno de Eletrotécnica.
sinfonia de plásticoEstudantes do Núcleo de Práticas Orquestrais do SESI/Neojibá se apresentaram para o público do Mundo SENAI utilizando instrumentos sinfônicos de cordas produzidos com canos de plástico PVC. A inovação é resultado de projeto Orquestra Plástica – Formação Musical para a Sustentabilidade da Neojibá, que envolve a capacitação de jovens no ofício de luteria.
26 Bahia Indústria
Funcionários do Sistema FIEB, alunos do SESI
e do SENAI, parceiros, dirigentes de sindica-
tos, empresários, trabalhadores da indústria e
familiares, participaram, no dia 4 de outubro,
de uma manifestação contra a ameaça de corte nos re-
cursos repassados ao Sistema S. Com o slogan MEXER
NO QUE DÁ CERTO, ESTÁ ERRADO, a mobilização
realizada pela Federação das Indústrias do Estado da
Bahia reuniu centenas no Farol da Barra, em Salvador.
De acordo com Ricardo Alban, presidente da FIEB,
o objetivo foi mostrar o impacto que a proposta do
governo federal – redução de 30% dos recursos dos
repasses – poderá trazer aos serviços oferecidos pelo
SESI e pelo SENAI. “Esta ameaça de corte é uma inco-
erência. Apresentamos à comunidade o que é o SESI e
o SENAI, o que fazem, por que fazem e por que dá cer-
to, seja na área da educação, cultura, formação pro-
fissional, tecnologia e inovação”, observou Alban.
O coordenador do Conselho de Relações Trabalhis-
tas da FIEB, Homero Arandas, elogiou a mobilização.
“Esse é um exemplo de que o empresário pode e deve
dialogar com a sociedade”. Juan Lorenzo, presidente
do Sindicado da Indústria de Sabões e Detergentes da
Bahia (Sindsabões) disse que a mobilização demons-
trou a importância do SESI e SENAI para a comunida-DIA sPor carolina mEndonça
Patrícia morEira
marta Erhardt
Manifestação em defesa do Sistema Indústria, organizada por colaboradores do SESI, SEnaI e fIEB, reuniu baianos
Bahia Indústria 27
anGElo PontES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB MaRCElo GanDRa/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
MaRCE
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anDRa/C
oPER
PHo
to/S
IStE
Ma f
IEB
de em geral, mas, principalmente,
para o desenvolvimento da indús-
tria e dos trabalhadores. “É inacei-
tável o governo pretender retirar
recursos que são muito bem geri-
dos, algo que deveria lhe servir de
exemplo”, afirmou.
Música e cultura fizeram parte
da programação. O Núcleo Orques-
tral do SESI fez uma apresentação
de música clássica. Alexandre Leão
e sua filha Silvia Leão, Mário Ulloa,
Juliana Ribeiro e Carlos Pitta foram
alguns dos artistas que embala-
ram a multidão, manifestando seu
apoio ao SESI, em especial ao Tea-
tro do SESI, que será um dos afeta-
dos com a redução de recursos, ca-
so aconteça. “Essa me parece uma
ideia incoerente. O governo deveria
aumentar 30% dos recursos, pois o
Sistema S, especialmente o SESI,
realiza um importante trabalho de
valorização da cultura”, observou
o ator Jackson Costa.
Para os adeptos de atividades
físicas, a opção foi aproveitar a
aula de Jump, uma das ações do
Programa de Saúde e Qualidade
de Vida do SESI. Segundo Arman-
do Neto, superintendente do SESI,
ações importantes na área cultu-
ral e de saúde e segurança do tra-
balhador serão afetadas. “Haverá
um corte importante em ações de
saúde e segurança, o que pode re-
verter os avanços na prevenção de
acidentes fatais”, garante.
Quem gosta de tecnologia vi-
sitou os estandes e unidades mó-
veis, das áreas técnicas do SENAI
– Vestuário, Eletrotécnica, Cons-
trução Civil, Panificação – e de-
monstração das Olimpíadas do Co-
nhecimento. Os equipamentos de
tecnologia avançada, como jogos
eletrônicos desenvolvidos pela en-
tidade, também atraíram adultos e
crianças. Luís Alberto Breda, dire-
tor regional do SENAI, lembrou o
importante papel da instituição na
capacitação e qualificação de mão
de obra, e o quanto o corte pode
afetar esse trabalho, bem como os
projetos de inovação.
O aplicativo desenvolvido por
Leandro Rocha, da área de Sof-
tware do SENAI Cimatec, mostrou
que a sociedade está preocupada.
A pergunta “Você apoia nosso mo-
vimento” obteve 100% de respos-
tas positivas.
Educação Gilcéia Sampaio, mãe de um
aluno especial do SESI Unidade
Itapagipe, se preocupa em garan-
tir a educação do filho Anderson
Rangel, pois, na escola, ele parti-
cipa do Núcleo de Práticas Orques-
trais, desenvolvido em parceria
com o Neojibá e de atividades es-
portivas, que contribuem bastante
para seu desenvolvimento.
Vanessa Araújo, aluna de Quí-
mica do SENAI Feira de Santana
está receosa quanto ao seu futuro
profissional. “Com a redução, mi-
lhares de pessoas vão ficar sem
capacitação. O SENAI sempre foi
bem visto e fazer um curso na
instituição torna nosso currículo
mais completo”. [bi]anGEl
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anGEl
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ontE
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Público tomou conhecimento dos serviços técnicos e tecnológicos oferecidos pelo Sistema FIEb
Arte e
educação são
serviços que
podem ser
afetados caso
o Sistema S
sofra corte de
recursos
28 Bahia Indústria
iNdiCadores Números da Indústria
INDúSTRIA TEM qUEDA DE 3,2% NA PRODUçãOBahia foi um dos 12 estados que registraram desaceleração na produção industrial, segundo pesquisa realizada pelo IBGE
A produção física da indús-
tria de transformação da
Bahia teve uma queda de
-3,2%, na taxa anualizada
fechada em agosto de 2015, contra
uma redução de 4,1% registrada
em julho. A Bahia ficou em 6º lu-
gar do ranking dos 14 estados que
participam da Pesquisa Industrial
Mensal Produção Física – Regio-
nal, do IBGE, na qual apenas dois
apresentaram desempenho positi-
vo: Mato Grosso (2,5%) e Espírito
Santo (1,2%).
Os outros estados registraram
resultados negativos: Amazonas
(-13,5%), São Paulo (-9%), Rio
de Janeiro (-8,8%), Minas Gerais
(-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,4%),
Ceará (-7,3%), Paraná (-6,7%), Santa Catarina (-5,2%),
Bahia (-3,2%), Pernambuco (-2,6%), Pará (-2,1%) e
Goiás (-0,9%).
Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas
cinco apresentaram resultados positivos: Veículos au-
tomotores (28,1%), Couro e calçados (4,1%), Celulose
e papel (2,8%), Produtos químicos (2,2%) e Borracha
e plástico (1,1%). Em sentido contrário, apresentaram
retração os segmentos: Equipamentos de informática
(-58,4%), Metalurgia (-19%), Refino de petróleo e bio-
combustíveis (-9,9%), Minerais não metálicos (-8%),
Bebidas (-6,3%) e Alimentos (-1,6%).
Na comparação de agosto de 2015 com igual mês
do ano anterior, a produção física da indústria de
transformação baiana apresentou crescimento de
3,4%. Seis dos 11 segmentos industriais da Bahia
apresentaram resultados positivos: Veículos automo-
tores (39,3% impulsionado pela maior fabricação de
automóveis); Bebidas (20,2%, aumento na produção
de cervejas e chope); Celulose e
papel (5,7%, maior produção de
pastas químicas de madeira); Ali-
mentos (4,8%, aumento na pro-
dução de cacau ou chocolate em
pó e manteiga, gordura e óleo de
cacau); Couro e Calçados (4,4%) e
Refino de petróleo e biocombustí-
veis (0,6%, aumento na produção
de óleo diesel e naftas para petro-
química).
Apresentaram resultados nega-
tivos: Equipamentos de Informá-
tica (-52,4%); Minerais não metá-
licos (-10,7%, menor produção de
cimentos “Portland”, massa de
concreto para construção, ladri-
lhos, placas e azulejos de cerâmi-
ca para pavimentação ou reves-
timento e argamassas ou outros
aglomerantes não refratários);
Produtos químicos (-2,6%, queda
na produção de polietileno de alta
densidade, policloreto 2 de vini-
la - PVC, etileno não saturado e
princípios ativos para herbicidas);
Borracha e plástico (-0,8%) e Me-
talurgia (-0,3%).
QuEda dE 5,95% no anoTendo em conta o acumulado
Bahia Indústria 29
JAN
JUL
FEV
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AB
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JUN
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DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015)
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2012
20142013
2015
nos oito primeiros meses do ano, em comparação a
igual período de 2014, verifica-se uma queda de 5,9%
na produção da indústria de transformação baiana.
Tal desempenho foi determinado pelos resultados dos
seguintes segmentos: Equipamentos de Informática
(-63,9%, com queda na produção de computadores
pessoais de mesa e gravador ou reprodutor de sinais
de áudio e vídeo - DVD, home theather e semelhan-
tes); Metalurgia (-19,2%, menor fabricação de barras,
perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingo-
tes, blocos e placas de aços ao carbono, vergalhões de
aços ao carbono e fio-máquina de aços ao carbono);
Refino de petróleo e biocombustíveis (-16%, menor
produção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasoli-
na automotiva e naftas para petroquímica), Minerais
não metálicos (-9,4%), Bebidas (-9,3%), Produtos quí-
micos (-3,6%, queda na produção de polietileno de
alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC),
amoníaco e ureia) e Alimentos (-3,6%, menor produ-
ção de farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou
refrigeradas e açúcar cristal).
Porém, apresentaram resultado positivo os seg-
mentos: Veículos automotores (34,1%, maior produ-
ção de automóveis e painéis para instrumentos de ve-
ículos automotores); Celulose e papel (3,8%); Couro e
Calçados (3,6%) e Borracha e plástico (0,6%).
O setor industrial (brasileiro e baiano) registra um
período bastante desaquecido, refletindo a conjun-
tura doméstica de retração econômica. Do ponto de
vista estadual, o desempenho negativo de agosto ain-
da é reflexo dos resultados negativos dos segmentos
de refino de petróleo e biocombustíveis, metalurgia
bahia: pim-pf de Agosto 2015
Indústria de Transformação 3,4 -5,9 -3,2
refino de petróleo e biocombustíveis 0,6 -16,0 -9,9
Produtos químicos -2,6 -3,6 2,2
veículos automotores 39,3 34,1 28,1
alimentos 4,8 -3,6 -1,6
Celulose e papel 5,7 3,8 2,8
borracha e plástico -0,8 0,6 1,1
metalurgia -0,3 -19,2 -19,0
Couro e Calçados 4,4 3,6 4,1
minerais não metálicos -10,7 -9,4 -8,0
equipamentos de informática -52,4 -63,9 -58,4
bebidas 20,2 -9,3 -6,3
Extrativa Mineral -7,7 -5,0 -4,6
vaRIação (%)
SETORES AgO15/AgO14 JAN-AgO15/ SET14-AgO15/ JAN-AgO14 SET13-AgO14
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
e minerais não metálicos. Por outro lado, cumpre re-
gistrar o movimento de recuperação do segmento de
Automóveis (+28,1% no acumulado do ano), após o
bem sucedido lançamento de novo modelo de carro
(além da operação de fábrica de motores).
Quanto às perspectivas para 2015, há poucos ele-
mentos para uma recuperação expressiva da indús-
tria nacional. A estimativa de mercado é de queda da
atividade industrial de 6,5% (relatório do Banco Cen-
tral) este ano, e de 0,29% em 2016. Alguns indicado-
res ilustram as dificuldades enfrentadas pela econo-
mia nacional: (i) inflação elevada; (ii) juros elevados;
e (iii) crescimento do desemprego. [bi]
30 Bahia Indústria
painel
Rodada de Negócios brasil Trade movimenta US$ 3,2 mi Empresas baianas, comerciais
exportadoras e empresas compradoras
da Bolívia, Colômbia e Uruguai
participaram da Rodada de Negócios
Brasil Trade, realizada nos dias 21 e
22.10, no Hotel São Salvador. Promovida
pela Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-
Brasil), em parceria com a FIEB, a rodada
movimentou cerca de US$ 3,2 milhões,
segundo dados da Apex-Brasil. A
expectativa é que os mais de 130
atendimentos realizados durante o
evento gerem mais de US$ 4,8 milhões
em negócios futuros. As empresas
baianas participantes do evento são
atendidas pelo Projeto de Extensão
Industrial Exportadora (PEIEX),
operacionalizado na Bahia pelo Instituto
Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o
Centro Internacional de Negócios (CIN).
anGElo PontES/CoPERPHoto/SIStEMa fIEB
Empresários de todo o estado participaram da rodada promovida pela Apex
Cooperação tecnológica une SENAI e bahiagás O SENAI e a Companhia de Gás da
Bahia (Bahiagás) assinaram um
protocolo de intenções para
cooperação e o intercâmbio científico
e tecnológico. Pelo acordo, as partes
vão avaliar a viabilidade de implantar
um sistema de cogeração com gás
natural nas instalações da Central de
Utilidades do Cimatec. A planta será
disponibilizada como showroom para
visitas técnicas e a realização de
cursos para formação de operadores.
Além disso, quando for implantado o
Cimatec Industrial, em Camaçari, o
SENAI Bahia tentará obter da ANEEL
apoio ao projeto para desenvolvimento
de pesquisa para construção de um
protótipo de turbina a gás de alto
rendimento.
Programa da ANP avalia pesquisas acadêmicasPesquisas de ponta em petróleo, gás
natural e biocombustíveis foram
apresentadas no final de setembro no
SENAI Cimatec durante o I Workshop
Anual de Avaliação do Programa de
Recursos Humanos da ANP. Iniciativa
do SENAI Cimatec, Instituto de
Geociências da UFBA e Escola
Politécnica da UFBA, o evento permitiu
ao público ter acesso a uma amostra dos
resultados dos estudos desenvolvidos
por alunos de graduação, mestrado e
doutorado das três instituições de
ensino com recursos da ANP e do
Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação. Na ocasião, também foram
selecionados os bolsistas que irão
representar a Bahia na reunião anual de
avaliação do programa da ANP.
Empresa baiana participa da Conferência Ethos 360°
As práticas sustentáveis da
empresa baiana Camisas Polo
foram compartilhadas na edição de
2015 da Conferência Ethos 360°,
realizada em setembro, em São
Paulo. O empresário Hari Hartman
apresentou a experiência da
indústria de confecção que atua há
20 anos no mercado. Entre as ações
de sustentabilidade adotadas
destacam-se o uso de energia solar,
a captação de água da chuva e a
instalação de maquinários mais
eficientes. A camisas Polo foi
vencedora do 11º Prêmio FIEB de
Desempenho Socioambiental,
promovido em 2014.
Bahia Indústria 31
GovERno Da BaHIa/DIvulGação
MISSãO EMPRESARIAl dA BAhIA • O presidente da FIEB, Ricardo Alban,
participou,ao lado do governador Rui Costa, entre os dias 5 e 10 de outubro, da
Missão Governamental/Empresarial da Bahia à Itália. Realizada pelo governo
do estado e FIEB, a iniciativa teve como objetivo promover a prospecção de
oportunidades de negócios e acordos de cooperação empresarial e institucional,
além de propiciar conhecimento de novas tecnologias e práticas de inovação,
gestão e governança de distritos industriais italianos, referência mundial de
politicas de apoio à inovação e uso intensivo de bases tecnológicas.
SESI e SENAI são parceiros do Projeto Ford EducaçãoCem estudantes da rede estadual de ensino do município de Camaçari foram selecionados para participar do Programa Ford de
Educação para Jovens, financiado pelo Ford Fund e realizado com a parceria do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Prefeitura de Camaçari e Governo do Estado. Durante seis meses, os estudantes
vão participar de uma capacitação, que prevê qualificação comportamental, a cargo do SESI, e técnica, a cargo do SENAI, com
foco em empregabilidade e ingresso no mercado. Ao final da formação, os 30 melhores alunos serão encaminhados para
trabalhar como aprendizes na Ford. O conteúdo pedagógico do SESI prevê aulas de inglês, formação pessoal e social, além de
orientações de saúde (qualidade de vida) e segurança no trabalho (SST). Já o SENAI ficará encarregado da formação técnica,
nos cursos de auxiliar administrativo, de manutenção mecânica, manutenção automotiva e de eletricidade.
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Ford vai preparar 100 jovens da rede estadual para o mercado de trabalho; o lançamento do projeto ocorreu em Camaçari
SESI participa de projetos educativos da CâmaraCinco estudantes do SESI Bahia foram
selecionados para participar da 12ª
edição do Parlamento Jovem Brasileiro,
que reuniu 78 estudantes de todo o país
em Brasília. A Bahia foi representada
por seis jovens parlamentares, cinco
deles estudantes da Escola Djalma
Pessoa, do SESI Piatã. Os selecionados
foram João Victor Docílio Pereira,
Catarina Fagundes Moreira, Érica de
Lima Góes, Fernanda Santos Conceição
e Ydson Cerqueira Amorim Júnior.
Já a professora do SESI Candeias,
Nadiclecia Jataraiba da Silva, foi uma
das seis selecionadas em todo o país
para participar do Câmara Mirim 2015,
iniciativa da Câmara Federal voltada
para professores do Ensino
Fundamental II.
32 Bahia Indústria
a Lei de recuperação Judicial após uma década de vigência
jurídico
Por BEtânia trindadE
A Lei nº 11.101/2005, que regula a
recuperação judicial, extrajudicial
e a falência de empresário e da
sociedade empresária, completa
neste ano uma década de vigên-
cia, cujo objetivo é possibilitar que
empresas que enfrentam dificul-
dades econômico-financeiras pos-
sam se reestruturar, promovendo
a preservação de suas atividades,
sua função social e o estímulo ao
crescimento econômico.
Sua criação, em substituição
ao Decreto-Lei nº 7.661/45, - que
se preocupava basicamente com
aspectos formais para declaração
da falência da empresa e já não
atendia à necessidade e à realida-
de empresarial -, teve como moti-
vação possibilitar a continuidade
da empresa em momento de crise,
dando-lhe chances de se reerguer,
permitindo a manutenção da fonte
produtora, do emprego dos traba-
lhadores e dos interesses dos cre-
dores, desde que os negócios da
empresa sejam viáveis no aspecto
econômico e financeiro, ou seja,
possam ser recuperáveis.
Segundo estimativa feita no
primeiro semestre, pelo Instituto
Nacional da Recuperação Empre-
sarial – INRE, desde o início da
vigência da lei, dos quase sete
mil registros feitos, apenas 5%
das empresas que entraram com
pedidos de recuperação judicial
voltaram a atuar como empresas
regulares. (www.inre.com.br)
Esse baixo índice de recupera-
ção pode ser atribuído a fatores
como: a inviabilidade do plano
de recuperação apresentado pelo
devedor em juízo; a dificuldade
de acesso ao crédito, o qual se
torna muito oneroso e até mesmo
inexequível para as empresas re-
cuperandas; recuperações judi-
ciais requeridas
tardiamente por
empresas, quan-
do já não pos-
suem condições
econômicas de
se restabelecer;
além do fato de
que a execução
do plano de re-
cuperação é mo-
roso, podendo
durar em torno
de 6 a 10 anos,
o que demons-
tra que após
uma década de
existência, mui-
tos pedidos de
recuperação ainda tramitam na
justiça.
Diante desse panorama, cons-
tata-se que do número total de
pedidos de recuperação judicial
pendentes de apreciação no ju-
diciário, certamente, muitas em-
presas não atingirão o legítimo
objetivo da lei, o que evidencia
a necessidade de alterações em
seus dispositivos para o futuro,
buscando torná-la mais eficiente
de modo a garantir, de fato, que
as empresas que se socorram à
recuperação judicial mantenham-
-se ativas e saudáveis econômica e
financeiramente.
Portaria sobre contratação de aprendizes é revogadaPor meio da Portaria MTPS nº
21/15 foi revogada a Portaria
MTE nº 1.288/15, que
estabelecia novas regras para
o cumprimento da cota de
aprendizagem nas empresas
cujas atividades
demandassem mão de obra
com habilitação técnica
específica e/ou que
prestassem serviços de forma
preponderante em ambientes
insalubres e/ou perigosos.
Dentre as regras revogadas
destacam-se: a) a
possibilidade de
cumprimento alternativo das
cotas através da contratação
de: a.1) empregados com
idade entre 16 e 29 anos; a.2)
jovens após o término do
contrato de aprendizagem,
cumprida a cota até os 29
anos de idade do menor
aprendiz admitido; b) a forma
de estipulação da base de
cálculo da quota de
aprendizes por empresa.
STF decide sobre atualização dos débitos trabalhistas Foi deferida pelo STF, no dia
14/10/15, liminar que
suspendeu os efeitos da
decisão do TST que afastou o
uso da TRD na correção de
débitos trabalhistas e
determinou a adoção do
IPCA-E. Com a decisão, os
débitos trabalhistas deverão
novamente ser atualizados
com base na TRD, até que a
questão seja julgada pelo STF.
betânia Trindade integra a equipe da gerência Jurídica da fIEB
Segundo estimativa feita no primeiro semestre, pelo inre, desde o início da vigência da lei, dos quase sete mil registros feitos, apenas 5% das empresas que entraram com pedidos de recuperação judicial voltaram a atuar como empresas regulares
Bahia Indústria 33
A definição de uma agenda para o segmento de
petróleo e gás, que permita a entrada de novas
empresas no setor e estimule a exploração do
insumo em terra foi defendida durante o seminário
Impactos Econômicos do Desenvolvimento da Explo-
ração de Gás Natural na Bahia, realizado no dia 23
de outubro, na sede da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB) em Salvador.
Na abertura do evento, o secretário estadual de
Infraestrutura, Marcus Cavalcanti lembrou que se
há um lugar no Brasil que reúne as condições para
a exploração de gás natural em terra, este lugar é a
Bahia. Cavalcanti destacou que a Petrobras nasceu
na Bahia; aqui há uma “inteligência técnica” na ex-
ploração de petróleo e gás em terra e existe pleno co-
nhecimento geológico dos recursos disponíveis.
Em razão disso, o governo do estado está fazendo
estudos para ampliar a malha de gasodutos e incen-
tivar a produção do gás natural no Recôncavo Baia-
no. “Estamos trabalhando para termos mais oferta e
mais consumo”, afirmou o secretário, no evento or-
ganizado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI) e a FIEB. Um dos investimentos cogitados pelo
governo do estado é a construção de um gasoduto li-
gando o Recôncavo a Barreiras.
De acordo com estudo apresentado pela CNI no
seminário, a Bahia tem duas bacias com grande po-
tencial de produção de gás natural: a do Recôncavo e
a de Tucano. Existem 21 campos em atividade no Re-
côncavo e seis na área de Tucano. Se essas duas ba-
cias receberem investimentos de US$ 9,1 bilhões nos
próximos 35 anos, a produção de gás natural no esta-
do aumentará dos atuais 2 milhões para 15,6 milhões
de metros cúbicos em 2050. Caso esses investimentos
se confirmem, a estimativa é que em 2022 sejam cria-
dos 1.500 empregos diretos e indiretos por ano na ex-
ploração e produção de gás natural. A partir de 2044,
com o crescimento da produção, serão abertos até 2
Investimento em gásnatural é estratégico Potencial das reservas na Bahia foi discutido no encontro, que debateu uma agenda para o setor e o acesso de novas empresas
Conselho de
Petróleo e gás
em reunião na
FIEb, realizada
em outubro
MaRCElo GanDRa / CoPERPHoto / SIStEMa fIEB
mil empregos diretos e indiretos por ano no setor.
Para o coordenador do Conselho de Petróleo e Gás
da FIEB, Humberto Rangel, a crise econômica que
o país atravessa e a revisão dos investimentos da
Petrobras abrem caminho para o Brasil reavaliar o
modelo de exploração e distribuição do gás natural.
“É a oportunidade de outros atores investirem nesse
mercado. Precisamos construir um mercado mais di-
nâmico”, afirmou Rangel. Segundo ele, o desenvolvi-
mento do setor na Bahia depende de preços competi-
tivos, garantia de abastecimento, um plano estratégi-
co de ampliação dos gasodutos e do equacionamento
de questões de licenciamento ambiental.
A diretora de Relações Institucionais da CNI, Mo-
nica Messemberg, afirmou que a oferta abundante
de gás natural a preços competitivos é indispensável
para a expansão da indústria e da economia brasilei-
ra. Mas o incremento da produção do gás depende
da implementação de uma agenda para o setor. Entre
as medidas propostas pela CNI estão: o aperfeiçoa-
mento dos processos de licenciamento ambiental, a
criação de incentivos para o setor e a redução da bu-
rocracia dos processos de licenciamento técnico. [bi]
livros
leitura&entretenimento
Cem anos da Teoria da Relatividade geralHá cem anos, Albert Einstein propôs a
Teoria da Relatividade Geral, que
revolucionou a física e fez com que a forma
de entender o espaço, o tempo, a luz e o
universo fossem mudadas completamente.
O autor e adorador do cientista, Jeremy
Bernstein, faz uma tradução dessa teoria e
de experimentos complexos do cientista
de forma simples e clara, reforçando,
também, como o físico alemão se tornou
um ícone da ciência.
Trajetória O historiador e conselheiro estadual de
cultura Aurélio Schommer, conta neste
livro a história do empresário José
Rosário, imigrante espanhol e fundador
da Indeba, uma das maiores indústrias
de higienização do país. O livro conta
detalhes dos seus 97 anos, desde sua
chegada à Bahia, nos anos 1930,
destacando sua persistência e visão
empreendedora que o ajudaram a erguer
várias empresas, em especial a Indeba
nos anos 1960.
Albert Einstein e as Fronteiras da FísicaJeremy BernsteinCompanhia das Letras184 p.R$ 34
Um homem e seu sonhoaurélio Schommer203 p.R$29,90
34 Bahia Indústria
gente do Choro na Varanda do SESIA temporada de roda de choro está aberta na Varanda do SESI
Rio Vermelho, com a apresentação do grupo Gente do Choro. A
cada noite a banda recebe um convidado especial. O grupo
surgiu em 2001, com a parceria de Carlinhos do Bandolim e
Pedrinho do Pandeiro, um forte apelo do bandolim como
instrumento principal, e composições de chorinhos como
“Choro em Copacabana” e “Me segura”. A ideia da formação
surgiu, inicialmente, como uma brincadeira musical de amigos
que se reuniam no bairro da Liberdade, que resultava em
animação e música. Atualmente, a banda prepara repertório
com composições exclusivas do Mestre Jacob do Bandolim.
DIvulGação
Legado de Da Vinci Importante artista renascentista, Leonardo Da Vinci deixou
um legado não só composto pela famosa Monalisa. Inventor
nato, o italiano deu vida a invenções que são úteis até hoje.
Com o advento da tecnologia, muitas dessas peças foram
criadas em colaboração com artesãos italianos e serão
apresentadas na exposição Da Vinci – A Exibição, que está em
cartaz em Salvador. Mais que uma mostra, a exposição é uma
aula de inovação e reúne 60 obras, sendo 44 interativas.
Dentre as peças interativas estão um carro a manivela e um
tanque. Também há espaço para as réplicas de pinturas como
a Santa Ceia e Monalisa.
Não perca Shopping Salvador, Piso L1, até 17.1.16. Av. Tancredo Neves, nº 3133. Ingresso: seg. R$ 20/R$10; ter a dom e feriados, R$ 30/R$ 15
Não perca Varanda do SESI, segundas, 20h, até 30.11. Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Couvert: R$ 20 (em espécie). Informações: (71) 99160-9140
show
exposiçãofERnanDo tavaRES/DIvulGação
Os crescentes custos com o presenteísmo e absenteísmo por motivo
de saúde, assim como a difi culdade do trabalhador afastado em retornar
para suas atividades laborais, demandam atenção constante. No atual
cenário da indústria brasileira, a prevenção e gestão são estratégias que
objetivam reduzir os custos, aumentar a produtividade e contribuir com
a qualidade de vida e satisfação dos trabalhadores. O SESI dispõe de
serviços direcionados ao apoio à indústria para alcançar esses objetivos.
QUER TORNARSEU AMBIENTEDE TRABALHOMAIS SEGUROE SUA EMPRESAMAIS COMPETITIVA?O SESI SABE COMO.
NORMAS REGULAMENTADORAS
DE SEGURANÇAE SAÚDE
NO TRABALHOATENDIDAS PELO SESI
NR 05 • NR 06 • NR 07NR 09 • NR 10 • NR 12 • NR 15
NR 16 • NR 17 • NR18NR 20 • NR 22 • NR 23 • NR 26
NR 33 • NR 35 • NR 36
ACESSE NOSSO SITE E SAIBA MAIS WWW.FIEB.ORG.BR/SESI
Bahia Indústria 35
Os crescentes custos com o presenteísmo e absenteísmo por motivo
de saúde, assim como a difi culdade do trabalhador afastado em retornar
para suas atividades laborais, demandam atenção constante. No atual
cenário da indústria brasileira, a prevenção e gestão são estratégias que
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