Revista [B+] - Edição 33
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novembro de 2015 • ano 6 • nº 33 • www.portalbmais.com.br
a revista da bahia
“O SÃO FRANCISCO ESTÁ MORRENDO, ESSA É A REALIDADE”, DIZ SECRETÁRIO DE INFRAESTRUTURA
R$ 9,90
Tiragem:10 mil exemplares
33
As três cidades são os polos de consumo da Bahia que mais vão crescer nos próximos dez anos.Como elas estão se preparando para esse desafio?
Nos trilhosAtraso na Fiol e Porto sul retarda economia
VAi deColAr?Aeroportos do estado recebem investimento
só em 2020Promessa da ponte até itaparica vai completar 50 anos
em oBrAso histórico do metrô de salvador
[especial] infraestrutura da Bahia
sumário
Galeria do leitorOnline e MuralFórum [B+]Bloco de NotasMídia +
[Capa] os desafios de feira,alagoinhas e santo antônioa crise no varejo hospital do subúrbio
[Especial]infraestrutura da bahia[C] armando avena:importância do investimento privadopara a bahia voar maisOs gargalos dos portosos caminhos para escoar a safrario são francisco: um gigante com sedeas novelas do metrô, da pontee da Enseada.
[C] Joaci fonseca de góes:a expansão da riquezaautos&motos
sabor: Cozinha em família [C] lali souza:um pedaço da frança em salvador[C] reinaldo sampaio:sem cultura, sem desenvolvimento
uma pergunta para frutos diasnotas de tec[C] marina rezende: a força das marcas
uma homenagem a José Carvalho
Conte aíarte
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expediente
[Conselho Editorial] César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho, Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques de Andrade Filho, Maurício Magalhães, Marcos Dvoskin, Masuki Borges, Reginaldo Souza Santos, Renato Simões Filho, Rubem Passos Segundo e Sérgio Nogueira
[Editor-chefe]Pedro Hijo ([email protected])
[Editor assistente]Renato Alban ([email protected])
[Repórteres]Lorena Dias ([email protected])Tede Sampaio ([email protected])
[Designer]Adna Novaes ([email protected])
[Projeto gráfico]Leandro Maia, Rafaela Palma e Gabriel Cayres
[Fotografia]Studio Rômulo Portela
[Revisão]Cristiane Sampaio
[Colunistas]Armando Avena, Astor de Castro, Fernando Guerreiro, Joaci Sampaio, Lali Souza, Marina Rezende, Reinaldo Sampaio, Roberto Nunes
A Revista [B+] não se responsabiliza pelas opiniões, ideias, conceitos e posicionamentos expressos nos publieditoriais, anúncios e colunas por serem de inteira responsabilidade de seus autores.
tiragem:10 mil exemplares
Revista [B+] edição 33Novembro de 2015
[Periodicidade] Mensal[Impressão] Grasb
CAPAAdna Novaes
A Revista [B+] pode ser lida no portalbmais.com.br, tablets, smartphones e encontrada nas principais livrarias e bancas de Salvador. Encontre a [B+] nos seguintes pontos de venda: Livraria Aeroporto; Livraria Cultura (Salvador Shopping); Livraria Leitura (Salvador Norte Shopping e Shopping Bela Vista); Livraria Rodoviária; Livraria Saraiva (Salvador Shopping, Shopping Barra, Shopping da Bahia e Shopping Paralela) e bancas selecionadas. A [B+] ainda é distribuída nos principais municípios do estado.
PONTOS DE VENDA
[Conselho Institucional] Antonio Coradinho (Câmara Portuguesa), Antoine Tawil (FCDL), Felipe Arcoverde (Abedesign-BA), João Pedro Bahiana, (AJE-BA), Jorge Cajazeira (Sindipacel), José Manoel Garrido Gambese Filho (Abih-BA), Laura Passos (Sinapro), Pedro Dourado (ABMP), Moacyr Maciel (Abap), Roberto Ibrahim (CRA-BA), Rodrigo Paolilo (Júnior Achievement) e Wilson Andrade (Abaf)
[Presidente]Rubem Passos Segundo ([email protected] )
[Diretor Geral]Renato Simões Filho ([email protected])
[Diretor de Publicações]Claudio Vinagre ([email protected])
[Diretora de Marketing]Bianca Passos ([email protected])
[Gerente Comercial]Ana Beatriz Sampaio ([email protected])
Reserva de anúncio [email protected] / 71 3012-7477
[Representantes]Brasília Karla Martins - Tel.: (61) 3226-2218 - [email protected] Feira de Santana Júlio Mendonça - Tel.: (75) 9955-5514 - [email protected] Ananias Gomes - Tel.: (85) 9987-1780 - [email protected] Recife Ceci Barroso - Tel.: (81) 8791-3780 - [email protected] Rio de Janeiro e São Paulo: Roberto Cathoud - Tel.: (11) 999089891 - [email protected]
Realização Editora Sopa de Letras Ltda.
Av. ACM, 2.671, Ed. Bahia Center, sala 1101, Loteamento Cidadela, Brotas - CEP: 40.280-000 - Salvador - Bahia - Tel.: 71 3012-7477
CNPJ 13.805.573/0001-34
expediente
Energia mais eficiente para o seu negócio.O gás natural é uma energia mais econômica, prática, eficiente e segura. Nos estabelecimentos comerciais, ele melhora o rendimento dos equipamentos e reduz expressivamenteos custos. Isso sem falar na praticidade do fornecimento contínuo que ele oferece.É por tudo isso que a Bahiagás vem investindo na ampliação da rede de atendimento,como a rede urbana em Salvador e a construção do Gasoduto Itabuna-Ilhéus que vai gerar mais desenvolvimento para o sul e extremo sul da Bahia. Já são 36 mil clientes utilizando o gás natural em todo o estado. É mais energia chegando para indústrias, comércios, residências e veículos da capital e do interior. Bahiagás. Mais energia para toda a Bahia.
Única
SAC : 0 8 0 0 . 0 7 1 . 9 1 1 1 | b a h i a g a s . c o m . b r
BG03015 - ANR 202x266mm Cozinha B+.indd 1 26/10/15 06:08 PM
editorial
Unanimidade entre os entrevistados desta edição, um diálogo mais fortalecido
entre o governo e a iniciativa privada é a grande aposta para acelerar a infraes-
trutura da Bahia e solucionar gargalos que o governo não conseguiria destravar
sem apoio. A Bahia é o estado com o maior número de Parcerias Público-Priva-
das (PPP) assinadas no Brasil, uma delas, o Hospital do Subúrbio, em Salvador, é
referência no setor de saúde e serve de modelo para outros estados.
A ampliação do investimento privado é bem-vinda quando algumas das
obras mais importantes para a aceleração da economia da Bahia são rodeadas
de capítulos. O Porto Sul, importante ferramenta na estrutura portuária do es-
tado, depende de uma série de fatores para ser viabilizado, entre eles, a Ferrovia
de Integração Oeste-Leste (FIol), que teve data de conclusão descumprida em
2013 e adiada para 2018. Além destas obras, ainda estão no papel a liberação da
concessão do aeroporto de Salvador e a continuidade das obras do Departa-
mento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Gargalos que contam
com a iniciativa privada para serem solucionados.
E os empresários nunca estiveram tão interessados em investir em infra-
estrutura. Mas, como bem diz o economista Armando Avena em sua coluna
na página 38, é preciso que o governo estabeleça regras claras e competitivas
para que isso aconteça.
Nesta edição, mergulhamos no interior do estado para saber como Feira de
Santana, Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus estão se preparando para o cres-
cimento. Estes municípios são polos de consumo em ascensão e precisam se pla-
nejar para enfrentar este desafio e atender a essa demanda. O consumo se reflete
em diversos setores, como o da propaganda. Estão nessas cidades algumas das
principais agências de publicidade do estado e, claro, infindáveis oportunidades
de negócio. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap),
a verba de propaganda das empresas do interior cresce, enquanto a de Salvador
permanece estável. O mapa da mina aponta para fora da capital.
É com orgulho e com a parceria de uma equipe criativa e incansável que
apresento a primeira [B+] desde a nossa mudança de periodicidade. A partir
desta edição 33, você lerá o nosso conteúdo mensalmente no seu tablet ou nas
bancas. Além do conteúdo das próximas páginas, você também pode conferir
material extra no nosso canal no YouTube ([B+] TV), no site (portalbmais.com.
br) ou nas nossas redes sociais. Vamos em frente! Boa leitura.
De Mãos DADAs
Pedro Hijo, editor-chefe da revista [b+]
Os cantOs da capital
desafio lançado, desafio aceito. pedimos aos nossos leitores para publicar fotos que representam os melhores lugares de salvador. Confira!
galeria
Participe! Faça parte da próxima galeria do leitor! Basta postar uma foto em seu instagram e marcar com a hashtag #revistabmais.tema da próxima edição: detalhes do dia a dia da Bahia.
[01] @bcayres
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onlineemural
Comentários ed.32CAPA Como imPulsionAr sAlvAdor?
Comentárioda edição“Parabéns pelo desenho da capa. Genial!”,Filipe Barreto, pela fanpage
ElEs quErEm tE tirAr dE CAsA“Mais uma vez o nosso agradecimento a todos que fazem parte da produção desta maravilhosa revista que leva cultura, economia, empreendedorismo e inovação da Bahia a um novo patamar. Fico muito feliz em ver que ainda há pessoas valorizando e dando espaço às iniciativas do nosso estado”,
tássio noronha, pelo facebook
novo ProjEto nA PEnínsulA dE itAPAgiPE “Agora a península vai ficar linda!”,eliene freitas, pelo facebook
“Uma mais do mestre da consciência social, inteligência e criatividade, Antônio Caramelo”,roger hale, pelo facebook
“Caramelo em termos de ecologia é uma nulidade! Basta ver a reforma que ele fez na AAB. Não ficou uma árvore! Espero que ele tenha um projeto mais feliz para Itapagipe que contemple a arborização e o paisagismo!”,augusto Queiroz, pelo facebook
movimEnto ComErCiAl Em FEirA dE sAntAnA CAiu Em Até 70% Por CAusA dAs oBrAs do Brt“Como se já não bastasse a crise econômica que alguns insistem em negar. Talvez porque ainda não tenha atingido seus bolsos”,
Marcelo Oliveira, pelo facebook
“A PrinCiPAl ArmA no ComBAtE à violênCiA é invEstir Em PrEsídios”, dEFEndE EsPECiAlistA Em sEgurAnçA PúBliCA“Nos últimos tempos aqui no Brasil parece que há uma grande vontade de alguma parte dos políticos em aumentar a taxa de encarceramento. Um presídio que se proponha a reeducar prisioneiros pode ser sim uma grande arma contra a violência, mas a maior arma com certeza é a distribuição de renda. Esse especialista diz que a polícia de São Paulo é a que mais prende, mas esqueceu de dizer que é a que mais mata também. Está mais do que provado o desastre que é o encarceramento em massa feito ao redor do mundo e principalmente nos Estados Unidos. Se a segurança pública da Bahia está nas mãos de gente assim, o futuro será ainda pior”,
Oto Juan, pelo facebook
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eira
EditoriAl“Tolerância com o próximo? O soteropolitano possui zero de tolerância. Se não sabe identificar os problemas, não vai saber resolvê-los. Amo Salvador, mas acho que o problema é mais de ‘gente’ do que outra coisa”,anselmo Guimarães, pelo instagram
“Esse é o ponto: ‘pensar na cidade para o cidadão’. O turismo somente se fortalecerá se a comunidade for forte o suficiente”,Miroca Mira, pelo instagram
“Talvez parar de desconstruir a cidade e superfaturar obras seja um bom início. Abraçar Salvador e sua essência, revitalizar (o que é bem diferente de requalificar) e deixar a cidade pronta para os soteropolitanos. Fico triste em ver que as pessoas não entendem que quem gere de fato é o povo. Avante Salvador, levante!”, caroline castro, pelo facebook
“Moro em Salvador há pouco tempo e o caos que eu observo na cidade é de doer o coração. Só sobrevive aqui quem já conhece a cidade. A ausência de informações dos serviços é, na minha opinião, o pior problema de Salvador. Demonstra falta de planejamento, visão empreendedora, incompetência das esferas administrativas”,carolina dantas, pelo instagram
“Capital mais desejada pelos turistas no Nordeste é Fortaleza, com certeza”, Gabriel carvalho, pelo facebook
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dECorAção“Carybé traduziu a Bahia em régua e compasso! Palmas para esse gênio”,paulo dos reis, pelo twitter
“Que casa linda! Trabalho incrível! Parabéns pela reportagem!”, fernanda silva, pelo twitter
sABor“Adoro a forma como Gabriel Lobo cozinha! Superdescolado! Além da comida ser uma delícia!”,Gabrielle castro, por e-mail
o boêmio de Cara nova“Se realmente querem homenagear Oxum, despoluam o rio”,adriana Gouvêa dumas,pelo facebook
“O projeto assim é lindo, mas a realidade é bem outra, quando mostram o projeto da Barra todos ficaram maravilhados, ao término das obras a Barra ficou horrorosa para comerciantes, moradores e com cimento para todos os lados. Espero que o Rio Vermelho tenha mais sorte”,rosemary Barros, pelo facebook
“O Largo fica acanhado com este projeto novo. Se é Oxum, deve ser amarelo, não rosa. Não destruam o Largo da Mariquita, reconstruam com modernidade e o estilo de sempre. A Bahia tem um jeito que nenhuma terra tem! Esta proposta é feiosa, e quando o chão estiver sujo, vai ficar muito feia!”,salete costa aguiar, pelo site
a revista [b+] abre espaço para que você, leitor, dê a sua opinião, faça sua crítica ou sugestão sobre as nossas matérias. o que lhe agradou?o que poderíamos melhorar? Qual a sua dúvida? Queremos saber o que você tem a dizer para que o conteúdo da [b+] esteja sempre alinhado com o que você quer ler.
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quErEmos tE ouvir
foto: luciano oliveira
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As mAis CurtidAs Em nossA FAnPAgE
[01] “a principal arma no combate à violência é investir em presídios”, defende especialista em segurança pública[02] a cidade é nossa! iniciativas populares ressignificam espaço urbano da capital baiana[03] reforma no bairro do rio vermelho gera polêmica entre empresários e moradores [04] entrevistamos os dois candidatos à presidência da oab-bahia para saber quais são suas propostas[05] o que pode ser feito para melhorar o trânsito de salvador?
PArA BAixAras edições de todas as publicações do grupo [b+] estão disponíveis na versão digital (para ios e android). baixe as revistas no seu tablet e mantenha-se informado.
APoio PArA suPErAr A CrisE
[03]
[05]
[01] Rafael Vasconcelos, Renato Simões Filho, Marcus Cavalcanti e Tomas Anker; [02] Rômulo Garcia Machado e Josair Santos Bastos (Fieb); [03] Júlio Cézar Busato (Aiba); [04] Fernando Ferrero (Setur-BA), Claudio Vinagre (Grupo [B+]) e Antônio Sérgio Pedreira Franco Sousa (SeturBA); [05] Fernanda Regis (Braskem)
fórum[b+]
Em tempos de desaceleração econômica, a aposta para a
retomada da infraestrutura são as parcerias com a inicia-
tiva privada, como ficou claro no 29º Fórum [B+], realizado
no começo de novembro, na sede da Federação das Indús-
trias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador. Presente no
evento, o secretário de Infraestrutura do estado, Marcus
Cavalcanti, confirmou uma série de obras em transportes,
além de um investimento de R$ 800 milhões na ampliação
e requalificação dos aeroportos regionais.
“Temos as obras do contorno de Lauro de Freitas,
que já estão em curso, além da duplicação da BR-415,
entre as cidades de Ilhéus e Itabuna”, disse o gestor
estadual. Ainda segundo Cavalcanti, uma priorida-
de é o Programa de Recuperação e Manutenção de
Rodovia (Premar II), que terá início em 2016 e será
financiado pelo Banco Mundial e Banco Europeu de
Investimentos. Cavalcanti ainda adiantou que o início
das consultas públicas junto à iniciativa privada para a
construção da nova rodoviária de Salvador se dará este
mês, seguindo o modelo de concessão.
Mestre em economia e especialista em Políticas
Público-Privadas (PPP), Tomas Anker destacou alguns
exemplos bem-sucedidos de parcerias do tipo na Bahia
que contaram com o apoio técnico da Internacional Fi-
nance Corporation (IFC), instituição do Banco Mundial.
“No Brasil, existem mais de 80 contratos de PPP. Com
esse investimento, além das obras serem concluídas
de forma mais rápida, o governo economiza”, pontuou,
mencionando que a Bahia se destaca como um dos
estados pioneiros nessa prática em grandes atividades
de infraestrutura, como o metrô que vai ligar Salvador
a Lauro de Freitas e o emissário submarino.
[01]
Participação da iniciativa privada na infraestrutura do estado é defendida no 29º Fórum [B+]
[04]
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+ no site:veja fotosdo evento
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[06] Rosalvo Peixoto (Deten Química); [07] Rosana Garcia (Oi); [08] Vitor Rodrigues (Pipetech Tubos); [09] Rafael Valente (Civil); [10] Renato Mendonça (Performance Auditoria); [11] Ailton Cardoso (Procuradoria Geral do Estado); [12] Fábio Oliveira (Bahia Norte);[13] Luís Fernando Queiroz (Associação Comercial da Bahia); [14] Fernando Imbassaí (Odebrecht - OAS); [15] Frutos Dias Neto (CDL Salvador); [16] João Custódio (Grupo TPC); [17] José Macedo (Imbassay Participações); [18] Ermiro Neto (Fiedra Advocacia); [19] Marcos Galindo (MGL Construções);[20] Genivaldo Barbosa, Daniela Biscarde, Marco Amigo e Herbert Oliveira (Crea).
[20]
ISO9001:2008 71 3261-1314
QUEM SE DEDICA A VOCÊ ESTÁ SEMPRE DE PORTAS ABERTAS
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reeleito presidente da associação brasileira de agências de viagens da bahia (abav) em outubro, José alves encara um dos momentos mais críticos já vividos pelo setor de turismo. Com a alta do dólar, os donos de agência tiveram que reorganizar seus negócios e apostar nas viagens domésticas e disputar com grandes operadoras. abaixo, o presidente comenta os planos para o próximo biênio.
como a abav está lidando com a crise?A associação passa por um grande teste de sobrevivência.
Estamos todos muito preocupados. A alta do dólar nos atingiu
em cheio. Nós estávamos vendendo muitos pacotes de viagem
internacional e, de uma hora para a outra, tivemos que replane-
jar toda a estrutura de venda e comercial para focar no mercado
nacional. Isso pegou muita gente de calça curta porque não há
uma rapidez de planejamento que atenda com perfeição sem
gerar prejuízo. A demanda para o nacional é limitada e a gente
compete com as grandes operadoras nacionais que se preparam
com muita antecedência.
Quais são os planos para reverter esse quadro? Quero chamar a responsabilidade, buscar alternativas para que os
nossos associados continuem na pegada de crescimento, porque as
dificuldades estão só começando. O que queremos é que os donos
de agência estudem seus negócios, enxuguem seus custos. Neste
momento, eles precisam ficar na frente do balcão, o dono precisa
acompanhar tudo, retomar o negócio, atender o cliente mesmo.
esse contato pessoal é uma saída para a crise?Eu acho que esse é o aspecto positivo de tudo isso. Porque nada
substitui o grande profissional. Como o dono está próximo ao clien-
te, ele vai atendê-lo muito melhor. Um contato muito mais pessoal
do que qualquer compra de passagens feita pela internet, por exem-
plo. O cliente vai se sentir muito melhor de estar sendo atendido
pelo dono. Eu luto para que as agências não percam a motivação.
Agro
Café da Chapada Diamantinaé campeão depremiação nacionalO café produzido por Antonio Rigno de Oliveira na
Chácara São Judas Tadeu, em Piatã, no centro sul da
Chapada Diamantina, foi campeão do Cup of Excellence
– Pulped Naturals 2015, principal concurso de qualidade
do café-cereja despolpado do Brasil. Os vencedores
ganharam o direito de participar de um leilão
internacional de café em dezembro deste ano. Das 364
amostras inscritas, 22 foram selecionadas e cinco eram
da Bahia. O café da família Rigno obteve a chancela de
café presidencial por obter nota superior a 90 pontos.
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Turismo
“A Abav passa por um teste de sobrevivência”
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Ensino supErior
Obras sOciais irmã Dulce terá faculDaDeDe meDicinaO conselho da Universidade do Porto, em Portugal,
aprovou a implantação da Faculdade de Medicina
nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador.
A instituição portuguesa será a mantenedora
do curso, que deve ser viabilizado no período de
dois anos. O local das instalações ainda não foi
definido. Neste mês, a superintendente das Osid,
Maria Rita Lopes Pontes, viaja a Portugal para
assinar o protocolo de instalação da faculdade.
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blocodenotasCulTurA
movimento propõe iniciativas para aquecer mercado editorial baianoEscritores e editores baianos estão se mobilizando em
busca do aquecimento do mercado editorial do estado.
A falta de circulação dos livros produzidos na Bahia é
a principal reclamação do grupo, responsável por um
abaixo-assinado que propõe mais incentivos por parte
do governo. “A nossa proposta é colocar em discussão o
tema para que tanto a iniciativa pública quanto a privada
fiquem atentas a isso”, afirma o editor Fernando Oberla-
ender, um dos líderes do movimento. Segundo Fernando,
uma audiência pública deverá ser realizada ainda este
mês na Assembleia Legislativa da Bahia (ALB), além da
criação de um projeto de lei a fim de promover o fortale-
cimento do mercado editorial baiano.
simplifiCA BrAsil
Campanha da Abrasel pede país mais “simplificado”mais pessoas frequentando as ruas, bares e restaurantes. menos burocracia e desemprego. esse é o desejo da campa-nha “simplifica brasil”, idealizada pela associação brasileira de bares e restaurantes (abrasel). “a campanha é um ma-nifesto da entidade para que o cidadão possa aproveitar o espaço urbano”, afirma luiz henrique do amaral, presidente-executivo da associação. para a abrasel, os problemas dos bares e restaurantes refletem em outros setores e precisam ser solucionados.
46,99 %Foi quAnto os BrAsilEiros rEduzirAm os gAstos Em ComPrAs no ExtErior Em sEtEmBro dEstE Ano, nA ComPArAção Com mEsmo mês do Ano PAssAdo. Dados do Banco Central
“somente a adoção de uma nova política de desenvolvimento econômico específica para o nordeste poderá resolver problemas crônicos e permitir um crescimento contínuo e sustentável da região”, João martins, presidente da Confederação da agricultura e pecuária do brasil (Cna)
CEnTro AnTigo
Ruas e avenidas do ComéRCio e Calçada seRão RequalifiCadasA nova etapa do Plano de Reabilitação do Centro Antigo
de Salvador vai contemplar as principais vias do Comércio
e da Calçada. As obras, autorizadas no mês passado pelo
governo do estado, contemplam 55 ruas e avenidas, com o
objetivo de melhorar a mobilidade e a acessibilidade na re-
gião. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em
12 meses. No total, o projeto possui investimento de R$ 124
milhões, que serão aplicados em 267 vias do Centro Antigo,
que corresponde a 11 bairros da capital.
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No futuro, o plástico fará carros ainda mais leves, mais seguros e que emitirãomenos CO2 no ambiente.
A inovação traz o futuro. E o futuro passa pela químicae pelo plástico.
A indústria petroquímica é uma das maiores aliadas das inovações da indústria automobilística. Com o uso do plástico, carros serão cada vez mais leves, mais seguros e emitirão menos CO2 no ambiente. Para a Braskem, inovar é a melhor maneira de atuar em um mundo que precisa, cada vez mais, de boas ideias para se perpetuar. Plástico Verde, Desafio de Design Odebrecht Braskem e Braskem Labs são exemplos de produtos e projetos da Braskem que, através da química e do plástico, ajudam a melhorar a vida das pessoas.
Para saber mais, acesse: www.braskem.com/inovacao
blocodenotas
vão usar 13º salário para pagar dívidas, segundo dados da associação nacional dos executivos de finanças administração e Contabilidade (anefac). a pesquisa foi realizada com 1.037 consumidores de todas as classes sociais.
O ministro Aloizio Mercadante se reuniu com secretários da
Educação dos estados do Nordeste para discutir a elaboração
de um programa específico para a região. Segundo ele, 22%
das crianças no Brasil não aprendem a ler e escrever até os
oito anos de idade e as regiões mais afetadas são as mais
pobres. “Estamos conscientes de que o país precisa desen-
volver uma educação de qualidade. A Bahia é um estado que
tem muita consciência e que tem um compromisso com a
educação, e o MEC será parceiro em todas as suas iniciativas”,
disse o ministro durante o encontro que aconteceu no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), no mês passado.Cerca de 4,5 quilômetros da Via Metropolitana Camaçari
-Lauro de Freitas seguem em fase de terraplanagem. Já os
outros oito quilômetros da via, que servirá como alterna-
tiva de acesso rápido ao litoral norte, ainda passam por
levantamento técnico para execução do projeto. A nova
ligação entre a rodovia CIA-Aeroporto (BA-526) e a Estrada
do Coco (BA-099) terá extensão total de 11,2 quilômetros. A
ordem de serviço para a execução das obras, por meio de
parceria público-privada, foi assinada em janeiro. A obra é
executada pela concessionária Bahia Norte, com investi-
mento de R$ 220 milhões.
Com oportunidades em diversos bairros de salvador e da região metropolitana, a semana m² apresentou boas condições para aqueles que buscavam a realização do sonho da casa própria. Com descontos de até 35%, isenção de impostos e imóveis com preços a partir de r$ 150 mil, o evento, organizado pela associação de dirigentes de empresas do mercado imobiliário (ademi-ba), contou com a participação de 35 incorporadoras. ao todo, o evento comercializou mais de 100 unidades e registrou 40 mil acessos no site, movimentando r$ 25 milhões.
EduCAção
ministro dA EduCAção disCutE ProjEto PArA o nordEstE
ViA CAmAçAri-lAuro dE frEiTAs
Via de acesso rápido ao litoral norte ainda segue em fase de terraplanagem
CAsA própriA
Semana M² movimenta mercado imobiliário
13º sAlário
3 de cada 4 brasileiros
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TECnologiA
AgendA CulturAl BAhiA gAnhA ApliCAtivoA Agenda Cultural Bahia terá todo o conteúdo disponibi-
lizado para celulares e tablets por meio de um aplicativo
mobile. Desenvolvido para iOS e Android, o app foi lança-
do no início de novembro. Pelo celular, o usuário poderá
descobrir quais são os eventos que serão realizados no
raio de pesquisa escolhido, além de poder montar uma
agenda pessoal, reservar eventos para amigos.
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Nova imagem.Novos destinos.Novos aviões.E isso é só o começo.
Cada detalhe conta.
Evoluir, querer melhorar a cada dia... está em nosso DNA. É parte de nossa �loso�a. A mudança na imagem é o primeiro resultado visível. Para conseguir que a experiência de voar seja diferente e única cada detalhe conta!
Para maiores informações (71) 3347-8899 | (11) 3876-5607www.aireuropa.com
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Air Europa _B+ _ED33.pdf 1 27/10/2015 11:21:07
depois de cinco anos da aquisição da perini pelo grupo chileno Cencosud, o empresário espanhol pepe faro inaugura nova delicatessen na capital baiana. Com investimento de r$ 3,5 milhões, o almacen pepe está instalado num prédio de 300 m², na avenida paulo vi, na pituba. a loja é um showroom de produtos importados pela Carballo faro, que pertence à família do espanhol. Conversamos com pepe faro sobre a nova empreitada.
Qual a perspectiva de crescimento desta nova loja?Nós montamos a loja, mas o futuro a Deus pertence. Não é bem uma
delicatessen, é mais um showroom. Nas lojas dos outros a gente não
pode expor nossos produtos, fizemos uma para conseguir fazer isso.
O almacen pretende promover cursos, assim como a perini? Sim, a partir de janeiro. A pretensão é fazer uma escola de gastronomia
dentro da loja. Temos um andar só para isso. Teremos também um som-
melier atendendo os clientes, já que o nosso forte é o vinho.
uma pergunta que não quer calar: a famosa coxinha com catupiry ganhará uma nova versão?Não (risos). Mas queria deixar claro que a Perini ainda continua sendo a
minha paixão. É a minha amante, nunca vou deixar de amá-la.
prêmio
Avatim é eleita “Empresa do Ano” Com sede em Ilhéus e mais 55 lojas espalhadas
em 17 estados brasileiros, a Avatim, empresa
especializada em cosméticos, foi eleita a Empresa
do Ano na premiação Lide Empreendedor, do
Grupo de Líderes Empresariais. A empresária
Mônica Burgos, sócia e fundadora da Avatim, foi
capa da Edição nº 12 da Revista [B+].
EmprEEndEdorismo
uEFs PromovE sEmAnA dE EmPrEEndEdorismoVoltada para estudantes de ensino técnico, graduação e pós-gradu-
ação, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) promove
a Semana Global de Empreendedorismo (SGE) durante os dias 6, 7,
14, 18 e 28 de novembro. Durante a programação, os participantes
serão desafiados a apresentar propostas de negócios e assistirão a
palestras com líderes empresariais.
VArEjo
CRiadoR da PeRini lança showRoom de PRodutos imPoRtados em salvadoR
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o governo subiu os valores-limite para imóveis que podem ser contratados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. nas regiões metropolitanas do nordeste, norte e Centro-oeste, o valor máximo passou a ser de r$ 180 mil. antes, o teto para cidades com mais de um milhão de habitantes nesses locais era de r$ 170 mil. Já nas regiões metropolitanas de são paulo, rio de Janeiro e do distrito federal o aumento foi maior, de r$ 190 mil para r$ 225 mil. É o primeiro reajuste desde 2012. as regras, aprovadas pelo Conselho Curador do fundo de garantia por tempo de serviço (fgts), valem para beneficiários das faixas mais elevadas de renda beneficiadas pelo programa e devem estar disponíveis até o final do ano. em setembro, o governo já havia anunciado corte de despesas no programa habitacional para direcionar parte delas ao fgts.
HABiTAção
Imóveis do Minha Casa, Minha Vida vão custar até R$ 180 mil no Nordeste
Para Mônica, o prêmio representa o reconhecimento do empenho dela
e do sócio César favero em criar produtos de alta qualidade
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mídia+
verba de propaganda das empresas no interior cresce, enquanto permanece estável na capital, diz abap bahiapor RENATO ALBAN
na Carona do CresCimento
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Um computador, um profissional e nenhum
cliente. Assim começou a agência de publici-
dade Design Print, em Santo Antônio de Jesus,
no Recôncavo baiano. Passados 16 anos, a em-
presa tem um prédio de seis andares, 28 profis-
sionais e 32 clientes. Essa trajetória ascendente
se tornou comum em regiões do interior da
Bahia com economias em expansão.
“Houve um crescimento do volume de in-
vestimento nos principais veículos do interior
no primeiro semestre, enquanto nas capitais
ele se manteve estável”, diz o presdiente da
unidade baiana da Associação Brasileira de
Agências de Publicidade (Abap), Moacyr Ma-
ciel. Segundo ele, as agências do interior estão
se estruturando melhor nos últimos anos e
aproveitando o crescimento do municípios.
No oeste do estado, a agência Carambola
Comunicação tem se beneficiado da expansão
do agronegócio na região. Desde que a empre-
sa foi fundada, em 2004, em Barreiras, a po-
pulação da vizinha Luís Eduardo Magalhães
quadriplicou. A prefeitura do município é um
dos principais clientes da agência, segundo a
sócia-diretora Aline Macêdo.
Com uma equipe de 12 pessoas, a Caram-
bolaCom tem o trabalho de apresentar a
empresários a função de uma agência de
publicidade e propaganda. “O cliente entende
a necessidade da propaganda para a venda
de produtos e não das marcas. Ainda estamos
engatinhando”, afirma Macêdo.
O desafio de convencer o empresariado do valor da propaganda também
foi enfrentado pela Design Print no Recôncavo. “Quando começamos, tinha
campanha que era uma faixa de rua pintada à mão”, lembra Sandro Carvalho,
sócio da agência, que surfou no crescimento das empresas da cidade. “Come-
çamos a atender a um laboratório farmacêutico daqui quando tinha cinco
funcionários e, hoje, ele tem 1.200.”
Em Feira de Santana, o convencimento dos empresários da necessidade da
propaganda já não é a grande dificuldade das agências de publicidade. “A própria
rádio e a televisão faziam o trabalho quando inaguramos, mas criamos uma
gama de clientes e os empresários foram percebendo a importância das propa-
Aloysio Barros, Sandro Carvalho e Fábio Michel são sócios da Design Print, agência de Santo Antônio de Jesus
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gandas”, diz André Mascarenhas, dono da Arte-
Capital, que completa 25 anos e já foi indicada
ao Profissionais do Ano, da Rede Globo.
Para Mascarenhas, o maior problema do
mercado publicitário no interior, incluindo
Feira, é a valoração do conteúdo pelas próprias
agências. “Elas têm de aprender a mostrar a im-
portância do trabalho para o cliente. Têm de ter
boas equipes, e isso é caro”, afirma o empresário,
que também é vice-presidente do Sindicato das
Agências de Propaganda da Bahia (Sinapro).
A filiação a sindicatos e associações pode
ser um caminho para as agências se estrutura-
rem. “Queremos filiar as principais empresas
do interior do estado”, diz Moacyr Maciel,
presidente da Abap, que não tem associadas
no interior do estado, apesar de afirmar –,
observar e assistir o mercado em toda a Bahia.
A Sinapro, por sua vez, tem 31 associadas no
interior, de 61, no total.
A sindicalização foi um processo impor-
tante para a Lado B Propaganda, em Teixeira
de Freitas. Dessa forma, fechar parceria com
agências da capital e captar clientes nacionais
com ações em três planos: país, capitais e in-
teriores. “Passamos a atender a grandes cam-
panhas na ponta, com a linguagem regional.
Esses projetos trouxeram para as pequenas
empresas da região a filosofia [da propagan-
da]”, diz Leonardo Pereira, sócio-diretor da
agência, fundada há oito anos.
Para estar em organizações, como a
Sinapro ou a Abap, no entanto, há algumas
exigências, como a estruturação da agência,
com todos os departamentos: atendimento,
planejamento, criação, produção, mídia, fina-
o maior problema do mercado publicitário no interior é a valoração do conteúdo pelas próprias agências
lização gráfica e administrativo-financeiro. Outro requisito é ter um quadro de
profissionais qualificados, o que é difícil para algumas agências do interior.
Em Barreiras, a sócia-diretora da Carambola Comunicação fez um garimpo
em nível nacional para montar sua equipe, formada por profissionais de São
Paulo, Salvador, Brasília e da própria região. “É uma colcha de retalhos”, brinca
Aline Macêdo. A competição com agências sem estrutura e, portanto, com um
custo de funcionamento mais baixo também é um desafio apontado pelas em-
presas de propaganda, que são levadas a baixar o preço dos serviços.
Essa baixa de preços se torna ainda mais perigosa à sobrevivência das agências
durante a crise econômica. Segundo o vice-presidente do Sinapro, a crise imobili-
ária foi o que mais afetou as agências, seguida da crise automobilística, especial-
mente em razão da diminuição da venda de motos. Ainda assim, ele afirma que o
investimento em propaganda em relação ao faturamento das empresas se mante-
ve ou até subiu. O problema, claro, é que as empresas estão faturando menos.
Ainda assim, alguns polos de crescimento se mantêm no interior. No primei-
ro semestre, a Lado B fez uma campanha de um empreendimento imobiliário
no extremo-sul que teve todos os 160 lotes vendidos em 22 dias. Enquanto isso,
em Barreiras, a CarambolaCom faz campanhas semanais para uma rede de
varejo local em pleno crescimento. E, em Santo Antônio, a Design Print segue
atendendo às indústrias locais na cidade, que já tem terreno para ganhar o
segundo distrito industrial.
Os bons resultados vêm de um trabalho longo, de estruturação das agências,
criação de um mercado profissional no interior e captação de clientes. Na visão
dos próprios sócios, as agências vivem agora o teste de fogo. As empresas de
propaganda que conseguirem demonstrar a importância do fortalecimento da
marca a seus clientes e aquelas que propuserem saídas criativas ao empresaria-
do para se destacar nesse momento sairão ainda mais fortes da crise.
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Feira de santana, Alagoinhas e santo Antônio de Jesus são os municípios baianos onde o consumo vai crescer mais nos próximos dez anos; no entanto, para aproveitar o ciclo de crescimento, precisam se organizar, resolver entraves na infraestrutura e investir em planejamentopor RENATO ALBAN
elas estão preparadas para crescer?
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Indústria, mercado consumidor e posicionamento geográfico. Este é o
tripé que torna os comércios dos municípios de Feira de Santana, Ala-
goinhas e Santo Antônio de Jesus os mais promissores da Bahia nos
próximos dez anos, de acordo com pesquisa da consultoria empresarial
McKinsey. As três têm polos industriais em expansão, atraem moradores
de cidades vizinhas e ficam no cinturão de crescimento da capital (como é
chamada a área em torno de Salvador com distância de, no máximo, 200 km).
O que hoje é potencial pode, no entanto, se provar uma armadilha. Para
fugir disso, os municípios têm de resolver problemas na infraestrutura
que podem impedir um ciclo virtuoso de crescimento.
Os entraves têm se agravado com o aumento populacional acima da
média das cidades. Enquanto o número de habitantes da Bahia aumentou
em 10,1% nos últimos dez anos, em Feira, Alagoinhas e Santo Antônio, o
crescimento foi de 17%, 11,7% e 18,7%, respectivamente. Somadas, as três
têm 122 mil pessoas a mais que tinham em 2005. Isso sem contar os mora-
dores das cidades vizinhas que vão apenas passar o dia nos municípios, a
chamada população flutuante. Essa expansão se refletiu no comércio, que
cresce em ritmo acelerado.
Os comerciantes dessas cidades foram favorecidos pelo aumento da
renda do baiano. Segundo o Pnad 2013, divulgado este ano, a população do
estado teve um aumento real da renda de 33,9% entre 2007 e 2013. Em Santo
Antônio, o crescimento fica exposto no boom do mercado imobiliário. Lá,
o lançamento de novos condomínios e loteamentos continua frequente e,
mesmo com a crise, tem provocado filas que duram até dois dias.
Em Alagoinhas, a instalação de redes nacionais de varejo e de franquias
tem provado que, além de um importante centro regional de bebidas, ela
já se tornou um dos maiores polos de consumo do estado. Já em Feira, o
desenvolvimento pode ser percebido no lançamento de grandes empreen-
dimentos. “Nos últimos dez anos, nossa capacidade hoteleira quase tripli-
cou. Além disso, estamos em implantação de quatro novos shoppings”, diz
o presidente da associação comercial do município, Marcelo Alexandrino.
Entidades empresariais e prefeituras das três cidades preveem que o
crescimento deve continuar nos próximos anos. Foi o que apontou também
a McKinsey em estudo do ano passado divulgado neste semestre. De acordo
com a consultoria, o ritmo de crescimento médio do interior da Bahia deverá
ser de 9% até 2024, superando o da capital, de cerca de 7%, e a média nacional,
que varia de 1% a 3%. O que a consultoria ressalta, no entanto, é que essas
taxas são referentes ao potencial de consumo, ou seja, não é garantido que o
desenvolvimento das cidades do interior será economicamente sustentável.
Melhorar a mobilidade urbana, organizar o comércio informal e reno-
var os planos de ordenamento são prioridades comuns às três cidades
destacadas pela pesquisa para que a chance de expansão gerada pelo au-
mento do consumo não trave em gargalos infraestruturais. “Essas cidades
ainda não têm a infraestrutura necessária”, diz Carlos Andrade, presidente
da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia
(Fecomércio). “Vamos reivindicar para o governo a criação de uma estrutu-
ra para o comércio nesses interiores”.
fonte: ibge
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A CidAdE dE um modAl sóSegundo maior entroncamento rodoviário do país, terceiro maior PIB da Bahia,
área de três polos industriais e, ainda assim, com problemas de infraestrutura
e logística. Feira de Santana é uma das principais cidades do interior do Brasil e
sofre para se tornar acessível por outros modais além do rodoviário.
“Precisamos fomentar os polos de logística, reforçando a chegada à cidade,
com os modais aeroviário e ferroviário, que não saem do papel”, diz Marcelo
Alexandrino, presidente da Associação Comercial de Feira. O problema é que
os dois modais citados por Alexandrino têm desafios a serem resolvidos.
Pouco depois de completar um ano de operação, o aeroporto de Feira per-
deu os voos comerciais diários. Agora, eles só acontecem uma vez por semana
(leia mais sobre o aeroporto de Feira na página 40).
Quanto ao modal ferroviário, as pretensões de tornar Feira um importante
entroncamento ferroviário parecem mais e mais distantes. Em 2013, em uma
audiência pública, o governo federal demonstrou interesse em criar uma rede
ferroviária ligando Feira a várias cidades e estados. Desde então, as discus-
sões sobre a passagem de trens pela cidade perderam força.
Enquanto os modais aéreo e ferroviário ficam em segundo plano, o go-
vernador Rui Costa anunciou, em junho, que a cidade deve ganhar uma via
expressa interligando as BRs 101, 116 e 324. Para Rui, a via pode solucionar o
problema das cargas que ficam presas no engarrafamento da cidade. As BRs
passam praticamente por dentro do município.
Para melhorar o transporte em Feira, a aposta do governo e da prefeitura
é a implantação do Sistema BRT, sigla para “ônibus de tráfego rápido”, em
inglês. Será o primeiro do estado, com custo estimado em R$ 87 milhões de
um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal. A ordem de serviço para as
obras do BRT foi assinada em junho pelo governador.
Já no mês seguinte, a implantação do
sistema foi paralisada pela Justiça, que
ressaltou o impacto ambiental que o BRT vai
provocar, devido à retirada de árvores para
ampliação das avenidas por onde o sistema
vai passar. Depois de nove dias, no entanto, a
liminar foi derrubada e as obras, retomadas.
No fim do mês passado, outra liminar
passou na Justiça, determinando multa de
R$ 5 mil para a derrubada de cada árvore
pelas obras do BRT. O secretário de Desen-
volvimento Urbano da cidade, José Pinheiro,
afirma que não há como prosseguir com as
obras respeitando a proibição. “Nós não va-
mos parar. Teremos de derrubar as árvores.
Agora mesmo em Salvador estão derru-
bando um monte de árvores para passar o
metrô”, diz Pinheiro.
Além do BRT, o poder público tem focado
na pavimentação de vias e rodovias para me-
lhorar a mobilidade urbana e a acessibilidade
de Feira, principais reclamações das entidades
empresariais da cidade. “Temos um déficit
muito grande de pavimentação de estrada. Só
no ano passado tivemos 1,4 milhão de metros
quadrados de vias pavimentadas na cidade. É
algo que não se nota porque a carência repri-
Feirade santana
Três polos industriais tornam Feira uma das cidades mais promissoras do estado
Capacidade hoteleira do município quase triplicou em dez anos
Cidade ainda não tem previsão para receber modal ferroviário Está prevista a construção
de um shopping para ambulantes em Feira
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mida que tínhamos era muito grande”, afirma
o secretário de Desenvolvimento Urbano.
A melhoria da mobilidade urbana é
urgente para que o crescimento de Feira não
seja travado. Uma obra que deve melhorar
o ordenamento da cidade é a construção de
um shopping popular por meio de Parceria
Público-Privada (PPP), com 1.800 blocos para
ambulantes. “Vai beneficiar os moradores e as
pessoas que circulam na cidade, porque vai
diminuir o número muito grande de ambulan-
tes que temos no centro da cidade”, diz Pinhei-
ro. As obras devem começar em dezembro.
Outra preocupação dos empresários da ci-
dade é o crescimento populacional sem orde-
namento. Nos últimos dez anos, a população
de Feira saltou de aproximadamente 530 mil
para 620 mil. Desde agosto, a Universidade
Federal da Bahia (Ufba) está trabalhando no
novo PDDU da cidade.
marcelo alexandrino, presidente da associação Comercial de feira
alagoinhasGrandes companhias de bebidas se instalaram na cidade por causa da boa qualidade da água
Unidades de redes nacionais de varejo atraem moradores de cidades vizinhas
Prefeitura instalou um camelódromo para organizar o comércio informal
Polo dE BEBidA, limão E HAmBúrguErAlagoinhas é famosa pela produção de limões, a maior da Bahia, e pela boa qua-
lidade da água, que vem do Aquífero de São Sebastião e atraiu grandes compa-
nhias produtoras de bebidas, como Brasil Kirin, Natural Gurt, Grupo Petrópolis
e San Miguel, a se instalarem na cidade, a 100 quilômetros da capital. Ao lado
das bebidas e dos limões, redes varejistas e grandes franquias se tornaram
peças importantes da economia do município.
“A cidade vem se estabelecendo como polo educacional e, por isso, redes
direcionadas ao consumo jovem têm chegado aqui”, diz Benedito Vieira, presi-
dente do Sindicato do Comércio (Sincomércio). Além de unidades de franquias
de marcas como Subway e Bob’s, redes de varejo de móveis e eletrodomésticos,
como Insinuante, Casas Bahia e Magazine Luiza, também se instalaram na
cidade. Elas miram na população do entorno do município, que soma cerca de
400 mil pessoas em 22 cidades vizinhas.
O varejo de Alagoinhas deve ganhar mais força com a construção de um
shopping pela iniciativa privada e a reestruturação de um centro de abasteci-
mento pela prefeitura. O plano do Executivo municipal é montar um shopping
popular em parceria com a iniciativa privada para concentrar o comércio infor-
mal. O projeto ainda está em fase de avaliação. O comércio informal da cidade
começou a ser ordenado com a implantação de um camelódromo.
A construção do shopping popular pode desafogar vias e calçadas da
cidade, ainda com muitos ambulantes, mas a mobilidade urbana continua no
centro das reclamações do empresariado. A CDL, o Sincomércio e a associação
comercial do município se juntaram para elaborar um projeto para destravar
Alagoinhas. “Precisamos da abertura de novas avenidas e ruas e de alternativas
de estacionamento”, afirma Yure Carvalho Sousa, presidente da CDL municipal.
Até então, a prefeitura fez intervenções nos eixos de ligação do centro de
Alagoinhas com a BR-101, como as avenidas Joseph Wagner, São Luiz (Mangalô)
e Binário Central. O município também conseguiu aprovar um empréstimo de
cerca de R$ 40 milhões com o Banco de Desenvolvimento da América Latina
Cidade já engarrafa em horários de pico; CDL pede zonas azuis e mais vias
“precisamos Fomentaros polos de logística,com os modaisaeroviário e Ferroviário”,
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W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 31
capa
(CAF) para a construção de cinco novas aveni-
das e a requalificação de mais de 150 ruas.
Outra obra relevante para Alagoinhas
é a duplicação da Avenida Paulo Afonso
pelo governo estadual. “Também vivemos a
expectativa da duplicação da BR-101, que já
foi dada ordem de serviço”, diz a secretária de
Infraestrutura de Alagoinhas, Sônia Maria
Fontes. Quanto à demanda da CDL sobre
estacionamento, Fontes afirma que a demarca-
ção da zona azul está em análise, mas adianta
que ela só deve ser implantada quando forem
liberados os recursos do CAF.
Além da construção de vias e da criação da
zona azul, o empresariado também demanda
a renovação do PDDU. Com a verticalização
da cidade e a chegada de novos moradores em
busca de emprego ou para cursar faculdades
instaladas em Alagoinhas, a cidade corre o ris-
co de entrar em um processo de crescimento
desordenado. O novo PDDU está em avaliação
na Câmara de Vereadores.
A titular da Secretaria de Infraestrutura pondera, no entanto, que é difícil fugir
da expansão sem ordem. “O município por si só não tem recursos para investir nes-
sas áreas [de infraestrutura]. A velocidade da deliberação dos governos do estado
e federal fica sempre deficitária. Por isso os municípios sempre se desenvolvem de
forma desordenada”, afirma Fontes.
A CAPitAl do rECônCAvoFaculdades, hospital, clínicas, lojas e feiras são atrativos da capital do
Recôncavo baiano, como é conhecida a cidade Santo Antônio de Jesus. Com 47
municípios em volta, ela tem um comércio que alcança mais de 500 mil pessoas.
A população da cidade, de 100 mil habitantes, chega a aumentar entre 20% e
30% durante o dia por causa dos visitantes dos municípios próximos.
Ela ainda é um importante entroncamento rodoviário, com a convergência da
BR-101, que é a ligação com Salvador; da BA-026, conexão com o oeste do municí-
pio; e da BA-046, que liga com a Ilha de Itaparica. Essa última deve ganhar ainda
mais importância com a construção da ponte Salvador-Itaparica. Com ela, Santo
Antônio poderá se tornar uma importante rota de passagem das cargas movi-
mentadas pelo Porto de Salvador (leia mais sobre a ponte na página 44).
E o município é muito mais que uma parada rodoviária. Quem foi à cidade
há alguns meses pode ter se deparado, inclusive, com pessoas dormindo em
filas para comprar lotes de empreendimentos imobiliários. A maior procura
por moradias na cidade se deu, no entanto, nos últimos anos, quando operá-
rios da Enseada Indústria Naval se mudaram para o município com as famí-
lias. O movimento diminuiu com a paralisação das obras do empreendimento
(mais sobre a Enseada Naval na página 58).
A interrupção das obras afetou em cheio o município, segundo o vice-presi-
dente do sindicato do comércio varejista da cidade (Sinconsaj), Herivaldo Nery.
Dono de uma loja de material de construção e produtos agropecuários no muni-
cípio desde 1976, ele acompanhou o crescimento de Santo Antônio. “Era pequena
demais. Quando cheguei, tinha apenas três lojas do ramo em que trabalho. Hoje,
Muitas pessoas vão a Santo Antônio diariamente à procura do Hospital Regional e das clínicas médicas
Prefeitura criou regras para organizar venda de alimentos nas ruas, mas empresários pedem maior ordenamento de comércio informal
Benedito vieira, presidente do sincomércio de alagoinhas
“a cidade vem seestabelecendo comoum polo educacional”,
santo antÔnio de jesus32 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
tem 30. Comecei a trabalhar com três pessoas e
agora tenho 45 funcionários”.
A cidade tem atraído novos moradores em
função da força da indústria local, que já con-
ta com fábricas de empresas como Reconflex
e Bahia Vidros. Ainda este ano, a fabricante de
Município tem um distrito industrial e já tem terreno para a construção do segundo
Cidade vive um boom imobiliário, com filas que duram até dois dias para a compra de terrenos em novos loteamentos
Praça principal está em reforma, mas atraso na entrega das obras já chega a quase um ano
O município passa por processo de verticalização, mas, sem revisão PDDU, crescimento pode ser desordenado
genival deolindo, presidente da associação Comercial de santo antônio
calçados Ramarim prevê completar a cons-
trução de uma fábrica na cidade, gerando 700
novos empregos. Outra companhia, a Natulab,
laboratório farmacêutico fundado em Santo
Antônio, vai gerar até mil empregos diretos
e 2.400 indiretos até 2017 na inauguração de
duas novas linhas de produção.
A procura pelas vagas geradas pelas indús-
trias deve movimentar ainda mais o merca-
do de imóveis da cidade. “Esse crescimento
imobiliário sem uma revisão do plano diretor
pode provocar um problema futuro”, alerta o
presidente da Associação Comercial de Santo
pode gerar um problema”,
“esse crescimento
imobiliáriosem uma revisãodo plano diretor
Antônio, Genival Deolindo. O plano atual tem 12 anos. “Está ultrapassado.
Teremos problemas de trânsito, prejuízos ao meio ambiente e até empresas e
fábricas instaladas em locais indevidos”, diz Deolindo.
A entidade que ele representa acionou o Ministério Público (MP) para interce-
der junto à prefeitura da cidade para acelerar a revisão. O secretário de Infraestru-
tura de Santo Antônio, Domingos Matos, reconhece que o crescimento da cidade
foi desordenado e que o atual plano está defasado. “Vai ser aberto um processo de
revisão com participação popular”, afirma o secretário.
Enquanto o plano não é revisado, a cidade começa a passar por uma verticali-
zação, mesmo com um código de obras defasado. Ainda assim, Deolindo acredita
que Santo Antônio está no período de equilíbrio, em que os problemas de
infraestrutura ainda não travam o desenvolvimento do comércio, chamado pelos
lojistas de “comércio mais barato da Bahia”.
Apesar da propaganda, o preço baixo está também relacionado ao comércio
informal, que toma conta de calçadas e praças da cidade. “A gente vem cobran-
do da prefeitura o ordenamento desse comércio de rua e ela vem atendendo”,
diz o presidente da associação comercial. Segundo o titular da pasta de Infra-
estrutura, a organização do comércio informal é uma das prioridades da atual
gestão, que já criou regras para a venda de alimentos nas ruas.
Outra reclamação constante dos empresários que a prefeitura tem tenta-
do solucionar é a condição das vias da cidade. As duas principais ações em
andamento na área de mobilidade urbana são a pavimentação da Avenida 29
de Maio, que está ligada a várias vias da cidade, e a requalificação da praça
central, a Padre Matheus. Essa última, no entanto, já era para estar pronta
desde dezembro, mas sofreu atraso devido à queda na arrecadação munici-
pal, causada pela crise econômica. A nova previsão é que seja finalizada no
início do próximo ano.
Já a Praça São Benedito teve as obras paralisadas depois de a empresa
responsável abandonar a construção. Segundo a Secretaria de Infraestrutura,
ela deverá ser licitada novamente em breve. [B+]
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santo antÔnio de jesusW W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 33
comércio
A crise econômica que afetou diretamente o bolso dos consumidores baianos
também tem tirado o sono dos varejistas. Com a proximidade do fim do ano,
a expectativa é que o comércio em salvador apresente uma redução que gira
em torno de 5% no número de vendas, em comparação com o mesmo período
de 2014, como afirma o presidente do sindicato dos Lojistas do Comércio do
estado da Bahia (sindilojas), Paulo Motta. A previsão é baseada no desempe-
nho do varejo em outras datas comemorativas ao longo do ano, como Dia das
Mães, Dia dos Namorados, são João e, mais recentemente, Dia das Crianças.
Ainda de acordo com Motta, no acumulado do ano, a redução chega a 12%, o
que torna negativa qualquer projeção para dezembro.
A situação pode ser ainda pior para os comerciantes dos shopping centers da
capital baiana, já que este será o primeiro Natal depois do início da cobrança pelo
uso dos estacionamentos nestes estabelecimentos. De acordo com o gerente da loja
elementais do shopping Bela Vista, Diego stos, desde junho, quando foi implantada
a tarifa, houve uma redução de 45% no número de vendas. “No momento, a asso-
ciação dos lojistas está agindo para que o shopping realize ações de marketing mais
agressivas. A intenção é atrair novamente as pessoas para os shoppings”, diz stos.
soluçõEs CriAtivAsNa tentativa de chamar a atenção dos consumidores que estão mais
cuidadosos quando o assunto é gastar dinheiro, alguns lojistas criaram
neM cOM a aJuda de papai nOellojistas de shopping preveem que as vendas de fim de ano diminuam 5% em comparação a 2014por tede SAmpAio
estratégias para driblar a crise financeira
e compensar a ida a esses centros comer-
ciais. No salvador shopping, o restaurante
Mariposa decidiu diminuir R$ 6, referentes
ao valor cobrado pelas primeiras horas de
estacionamento, das contas das pessoas que
consumirem acima de R$ 45. A ideia, diz o
diretor de marketing do restaurante, Thiago
Matos, é manter o movimento. “esse tipo de
promoção é pensada para facilitar a vida dos
clientes diante do cenário econômico atual”.
Promoções parecidas foram criadas em
outras lojas do shopping, como a Limits e a
Rock & Ribs. segundo o coordenador regio-
nal da Associação Brasileira dos shopping
Centers (Abrasce) na Bahia, edson Piaggio,
não existe nenhum impedimento para que
as lojas façam esse tipo de promoção. “É algo
normal e não acontece apenas em salvador.
A maior parte dos [lojistas dos] shoppings
nos outros estados também realiza ações
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34 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
como essa”, conta Piaggio. No shopping Pa-
ralela, a própria gestão do estabelecimento
decidiu isentar clientes da taxa de estaciona-
mento no horário do almoço, entre 12h e 14h,
para quem gastar mais que R$ 15. Já no Bela
Vista, foi criado um cartão pré-pago para
quem quiser deixar o carro no local. os cré-
ditos são de R$ 40, R$ 80 e R$ 120 e custam
R$ 36, R$ 68 e R$ 84, respectivamente.
o presidente da Associação dos Lojistas
do salvador shopping (ALss), Humberto
Paiva, admite que ações como as do Mariposa,
Paralela e Bela Vista são comuns, mas afirma
que não é a cobrança pelo uso dos estaciona-
mentos que está fazendo as vendas despenca-
rem. “É uma crise generalizada. A cobrança é
apenas mais um fator”, opina. segundo o presi-
dente, os lojistas do salvador shopping devem
se preparar para uma queda em torno dos 7%
em relação às vendas de fim de ano de 2014.
grAndEs mArCAs FECHAm lojAs nA CAPitAlredes como toulon, sandpiper e King market não estarão mais presentes nos corre-dores dos shopping centers baianos. a informação foi confirmada pelo presidente da alss, humberto paiva, que chama a atenção desse não ser um fato isolado no estado. “essas lojas estão sendo fechadas em todo o brasil. no caso da King market, que é uma marca de salvador, o problema foi com a alta do dólar, já que a grande maioria de seus produtos é importada”. para reverter esse cenário os shoppings da capital apostam nas vendas do fim de ano. no shopping barra, o investimento na campanha de natal foi de r$ 3,45 milhões. a expectativa da administração do barra é que as vendas nesse período cresçam 8% em comparação ao ano passado.
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nAtAl mAgro Em ContrAtAçõEs a crise também não é boa para os trabalhadores temporários que esperam encontrar nas festas de fim de ano uma oportu-nidade de emprego. de acordo com o presidente do sindilojas, a maior parte dos lojistas está mais preocupada em manter o quadro de funcionários do que em novas contratações, já que apenas em 2015 o comércio na bahia já fechou cerca de 18 mil postos de trabalho. “se as vendas estão em baixa, não há motivos para as empresas onerarem ainda mais a sua folha de pagamento”. o presidente da alss não é tão pessimista. segun-do ele, o número de trabalhadores contratados pode crescer em até 10% em relação ao quadro atual. “ainda assim, não é bom, já que ano passado aumentamos o nosso quadro em 30%”, conta.
HOspital dO suBúrBiO terá nOvO cOntratO para aumentar atendimentOunidade tornou-se referência de parceria público-privada (ppp), modalidade de concessão que é aposta do governo para alavancar saúde pública do estado por LORENA DIAS
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ario
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O Hospital do Subúrbio conquistou no mês passado o quinto prêmio da
instituição, primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil na área da saúde,
em cinco anos de operação. Dessa vez, foi premiado pelo Instituto Qualisa de
Gestão (IQG). Por causa do bom serviço que tem ofertado, a demanda pela uni-
dade é alta e supera a capacidade de atendimento. Para regularizar a situação, o
hospital deve ter o contrato com o governo revisado ainda este ano.
A instituição de urgência e emergência passou por uma ampliação de 25% de
leitos da unidade em 2012, para tentar se adequar à demanda. Atualmente, ele pos-
sui mais de 300 leitos e tem atendido até 200 pacientes por dia. No início da opera-
ção, ele chegou a exceder a capacidade de atendimentos diária. Hoje, ele continua
atendendo mais pessoas do que está previsto em contrato com o governo.
Os pacientes excedentes são transferidos para outros hospitais, mas,
segundo a diretora-geral da unidade, Lícia Cavalcanti, há uma dificuldade em
fazer essa regulação, pela deficiência do setor. Para ela, o modelo de PPP é uma
boa opção para melhorar a gestão dos hospitais do estado. “O usuário do SUS
não está preocupado em quem está na gestão. Ele está preocupado em ser bem
assistido e em ter agilidade na sua assistência”, afirma a diretora.
Recentemente, secretarias de Saúde do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Sergipe
e Ceará visitaram a unidade de saúde, que já se tornou referência na área. Para
Jorge Oliveira, presidente da Prodal Saúde S.A., o sucesso da instituição vem
da transferência da gestão para a iniciativa
privada. “O Estado brasileiro precisa aprender
a se afastar da operação. Contar com a eficiên-
cia, agilidade e eficácia da iniciativa privada é
muito mais proveitoso”, defende.
Segundo o coordenador de PPP da Secre-
taria da Fazenda da Bahia, Rogério Princhak,
o governo enxerga a modalidade como uma
das opções para os hospitais públicos se
aproximarem do atendimento praticado
pelos principais hospitais privados. Ele faz,
no entanto, uma ressalva: “Para que uma PPP
dê certo é preciso um bom projeto, um bom
contrato e acompanhamento”.
De acordo com o especialista em PPP,
Tomas Anker, a Bahia é o estado que mais
tem parcerias com a instituição privada
assinadas no Brasil. “Este é um lugar inova-
dor, que tem enxergado mais a prioridade em
infraestrutura social”, comenta.
36 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Venha tomar um cafezinho conosco!
rogério princhak, coordenador de ppp da secretaria da fazenda do estado e coorde-nador da rede intergovernamental para o desenvolvimento das ppps.
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: Cam
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ousa
O que as ppps do hospital do subúrbio e do instituto couto Maia têm em comum?O Couto Maia é uma PPP diferente. Ao contrário do Hospital do Subúrbio,
o privado vai ficar responsável pela construção e manutenção da unidade
hospitalar e o serviço médico vai ser prestado pelo estado.
por que a gestão será do estado se a iniciativa privada tem se mostrado bas-tante eficiente em outros hospitais?Nós gostaríamos de testar um novo tipo de gestão. Pode ser que a gente
chegue à conclusão que, no caso do Brasil, o melhor é ter a gestão privada do
hospital, ou que os dois modelos funcionam, a partir desse momento você
dá ao gestor público as opções de tentar um ou outro modelo a depender
das características específicas do projeto.
há uma garantia de que a gestão do estado é tão eficiente quanto a da iniciativa privada?Não há essa garantia. Mas há um contrato com uma série de indicadores que
precisa ser cumprido pelo privado. Se a gestão e a mensuração dos indicadores são
mal feitas, o projeto não vai ter um resultado que se espera. Para que um projeto de
PPP dê certo é preciso um bom projeto, um bom contrato e acompanhamento.
“serviço médico do Couto maia não será prestado pela iniciativa privada”
[especial] economia
O Brasil precisa aumentar sua taxa de investi-
mento em relação ao PIB, esta é a única saída
no quadro atual da economia brasileira para
viabilizar algum nível de crescimento econômi-
co e, ao mesmo tempo, aumentar a produtivida-
de do produto nacional.
A taxa de investimento em relação ao PIB está
em patamar abaixo dos 18%, quando a média bra-
sileira é superior a 22%; e em países como a China,
o índice supera os 40%. Mas como ampliar o
investimento se o país está imerso no ajuste fiscal,
o governo federal vive uma crise sem precedentes
nas finanças públicas, com gastos muitos superio-
res à capacidade de arrecadação e buscando por
todos os meios aumentar os impostos para evitar
um déficit nominal cada vez maior?
A resposta está, como sempre, no setor priva-
do. Os investimentos têm de ser feitos através de
concessões e privatizações e o governo precisa
estabelecer um marco regulatório que estimule e
propicie a ampliação do investimento privado em
áreas tradicionalmente ocupadas pelo estado.
O governo somente voltará a investir nos montantes necessários quando
acabar com o excesso de gastos correntes, quando fizer reformas estruturais
que abram espaços para os investimentos no orçamento público, quando
ampliar a Desvinculação dos Recursos Orçamentários (DRU) para, assim,
flexibilizar o gasto público. Enquanto isso não ocorre, o estado precisa pas-
sar para a iniciativa privada o máximo que puder das atividades da área de
infraestrutura, mas vale lembrar, como bem estabeleceu o economista Raul
Velloso em recente palestra no II Fórum Bahia Econômica, não se pode espe-
rar que as concessionárias privadas aceitem taxas de retorno incompatíveis
com suas necessidades de receitas e de lucro. Na verdade, não se pode tratar
as concessionárias privadas como se fossem meros braços da máquina esta-
tal, a serviço de um modelo populista em que os governantes procuram ficar
bem com a população cobrando preços inviáveis pelos serviços públicos.
Velloso é bem claro quando diz: “Nesses termos, concessões são aprovadas,
mas acabam não emplacando ou ficam meia-boca”.
A verdade é que a única saída para o Brasil está na ampliação do investi-
mento privado, especialmente na área de infraestrutura, pois isso aumenta
a capacidade de produção de serviços fundamentais, aumenta também a
produtividade da economia, gera mais empregos por real investido e amplia
as oportunidades de negócios. O melhor é que o setor privado está interes-
sado em investir em infraestrutura, mas é preciso que o governo estabeleça
regras claras e competitivas para que isso aconteça.
INFRAesTRuTuRA: É PReCIso CHAMAR o seToR PRIVADo
arMandO avena
Escritor, economista, professor da ufba e diretor do portal Bahia Econômica
38 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
An_BMAIS - 20,2x26,6cm_Fim de ano Pãozinho_2.pdf 1 26/10/15 16:47
Investimentos em aeroportos visam melhorar o desenvolvimento do estado, que sofre com equipamentos defasadospor LORENA DIAS
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agora deCola?
Nos próximos cinco anos, 20 cidades baia-
nas vão receber cerca de R$ 800 milhões de
investimentos em aeroportos. O objetivo
é adequar a infraestrutura dos terminais
aeroviários desses municípios para que eles
possam absorver voos.
O aeroporto de Barreiras, que apresentou
um aumento de 85% na movimentação de
passageiros nos últimos quatro anos, deverá
ser ampliado, assim como os terminais de
Lençóis e Guanambi. No terminal do oeste
baiano, devem ser investidos aproximadamen-
te R$ 60 milhões para a construção de um novo
terminal de passageiros, ampliação da pista de
pouso e decolagem, entre outras intervenções.
[especial] aeroportos
40 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Dos recursos que serão utilizados pelo governo baiano, R$ 720 milhões
fazem parte do Programa Federal de Aviação Regional, que vai investir cerca de
R$ 7,3 bilhões na construção ou reforma de 270 aeroportos em todo o território
nacional. Os outros R$ 80 milhões restantes são oriundos do Profaa (Programa
Federal de Auxílio a Aeroportos) e já estão sendo investidos na construção de
um novo aeroporto para a cidade de Vitória da Conquista.
AEroPorto novoO atual terminal da cidade, o Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, que opera
com aeronaves de até 80 passageiros, será desativado. “O sítio atual não per-
mitia a ampliação e lá o estado está concluindo no próximo ano a construção
de um novo aeroporto, com capacidade para aeronaves de até 180 passageiros,
que terá condição de suportar a demanda de tráfego naquela região”, explica
Marcus Cavalcanti, titular da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
O novo terminal fica no povoado de São José, localizado a cerca de 15 quilôme-
tros do perímetro urbano.
Segundo o secretário, no início da década de 60, o Brasil chegou a ter mais de
200 cidades servidas por voos comerciais. Mas esse número sofreu uma queda,
pois as aeronaves tornaram-se maiores. “A necessidade de investir é para que a
gente amplie a capacidade dos nossos aeroportos de receber os voos na aviação
regional”, afirma. Atualmente, a Seinfra administra 80 aeroportos regionais.
Além de Barreiras e Vitória da Conquista, as cidades de Porto Seguro, Teixeira
de Freitas, Feira de Santana, Lençóis e Valença, que já recebem voos comerciais,
estão entre as 20 contempladas com os recursos. Os terminais de Ilhéus e Paulo
Afonso, que são administrados pela Infraero, também devem receber investi-
mentos, além dos municípios de Bom Jesus da Lapa, Cipó, Guanambi, Ibotirama,
Irecê, Itaberaba, Jacobina, Jequié, Maraú, Santa Maria da Vitória, Sento Sé e
Santo Antônio de Jesus, que ainda não possuem voos comerciais.
2012 2014 2015 20162013
governo do estado assina convênio para construção do novo aeroporto de vitória da Conquista
Consórcio top/paviservice vence a licitação para a construção. Começam as obras do novo aeroporto de Conquista
lançado o edital de licitação do novo aeroporto. implantação do novo equipamento é tema de audiências públicas
segunda etapa, que compreende a construção do terminal de passageiros, deve começar nos primeiros meses de 2016
mais de 80% das obras são concluídas. orçamento total da obra é de r$ 60,3 milhões
acOMpanhe O andaMentO dO aerOpOrtO de vitória da cOnQuista
O projeto de melhoria dos aeródromos
baianos envolve a reforma de terminais de
passageiros, construção de vias de acesso,
ampliação de pista de pouso e decolagem,
entre outras intervenções.
Segundo a Secretaria da Aviação Civil, oito
aeroportos baianos estão na fase de ante-
projeto, que antecede o processo de licitação
e início das obras. Já os outros 12 terminais
ainda estão em fase de estudos preliminares
(EP), quando são detalhadas as necessidades
de cada equipamento e definidos os valores
de investimento e de viabilidade técnica
(EVT). Os prazos para a conclusão dos proje-
tos não foram divulgados.
PArA AtrAir voosPara incentivar a ampliação de destinos
comerciais na Bahia, o governo reduziu a
alíquota do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) do combus-
tível de aeronaves (querosene), a partir do
número de municípios que uma companhia
aérea atenda no estado.
Mas o incentivo não foi suficiente para
que a Azul Linhas Aéreas desistisse de redu-
zir o número de voos diários no aeroporto de
Feira de Santana, que completou um ano
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 41
[especial] aeroportos
Barreiras
Bom Jesus da lapa
cipó
feira de santana
Guanambi
ibotirama
ilhéus
irecê
itaberaba
Jacobina
Jequié
lençóis
Maraú
paulo afonso
porto seguro
santa Maria da vitória
santo antônio de Jesus
sento sé
teixeira de freitas
vitória da conquista
1.
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As 20 CidAdEs quE rECEBErão invEstimEntos Em AEródromos
de operação comercial em setembro. A partir de agora, os passageiros feirenses
contam apenas com um voo semanal aos domingos.
“A Azul, por questão comercial, está na viabilidade de colocar voos à noite. E nós
estamos aguardando a resolução das questões burocráticas, para que o tráfego
aéreo noturno seja aprovado pelo comando da Aeronáutica e a empresa tenha a
condição de retornar com uma operação noturna”, comenta o secretário Marcus
Cavalcanti. Segundo ele, com o pernoite da aeronave em Feira de Santana, a Azul
poderá retomar os voos diários, além de contribuir para a geração de emprego por
causa da necessidade de manutenção da aeronave.
O aeroporto de Feira de Santana está entre os sete terminais de responsabilida-
de da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes
e Comunicações da Bahia (Agerba) que são operados pela iniciativa privada. Além
desses aeroportos, outros dois que ainda não recebem voos comerciais nem fazem
parte dos investimentos do Programa Federal de Aviação Regional devem ser con-
cedidos: o de Caravelas e o de Comandatuba.
nA CAPitAlJá o aeroporto de Salvador, que está previsto para ser entregue no segundo semes-
tre de 2016, é disputado por dois grupos empresariais interessados na concessão,
de acordo com o portal Bahia Econômica: a CCR, empresa responsável pela cons-
trução do metrô de Salvador, que demonstrou interesse explícito na concessão, e
a Odebrecht Transport, administradora do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Em resposta à [B+], a Odebrecht Transport não confirmou a informação, mas disse
estar atenta aos editais e às condições de novas concessões de aeroportos.
Os investimentos necessários para modernização e ampliação do Aeroporto In-
ternacional Deputado Luís Eduardo Magallhães, em Salvador, estão estimados em
R$ 1 bilhão, incluindo a construção de uma segunda pista, nas mesmas dimensões
da atual pista principal, de três mil metros. [B+]
Obras de ampliação da pista do aeroporto de Feira de Santana em fase de terraplanagem, à esquerda, e em estágio mais avançado, à direita
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Governo, gestores e usuários dos portos apontam diferentes prioridades da estrutura portuária baiana
por RENATO ALBAN*
os gargalos dos portos
[especial] portos
Porto de Aratu perde competitividade por
dificuldades no acesso
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* Colaboraram pedro Hijo e Tede sampaio
Um porto no papel, um quase inacessível, um com tamanho
inadequado e muitas cargas perdidas para terminais de
outros estados. Colocados os problemas, governo, gestores e
usuários dos portos procuram soluções, mas discordam sobre
a prioridade da estrutura portuária do estado. Para o governo
estadual, é o Porto Sul. Os usuários, por outro lado, pedem a
melhoria da acessibilidade ao Porto de Aratu e o aumento do
tamanho do berço do Porto de Salvador.
Para a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra),
viabilizar o Porto Sul, em Ilhéus, é um dos quatro gargalos a
serem resolvidos em curto prazo da logística de transporte
no estado. Os outros são a liberação da concessão do aeropor-
to de Salvador, a continuidade das obras do Departamento
44 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit) e a conclusão das obras da Ferrovia de
Integração Oeste-Leste (FIol).
A FIol é peça-chave para tirar do papel
o Porto Sul, que deve começar a operar em
2019. Sem a ferrovia, o empreendimento
ficaria inacessível. O governo estadual tam-
bém aposta na Fiol para revitalizar o Porto
do Malhado, em Ilhéus, onde serão investi-
dos R$ 150 milhões para torná-lo viável para
escoar a produção da Fiol enquanto o Porto
Sul não sai do papel.
O problema é que as obras da ferrovia
estão em ritmo lento (leia mais sobre o tema
na página 44) e a sócia do governo no projeto
do Porto Sul, a Bahia Mineração (Bamin), está
com dificuldades financeiras.
A saída da Bamin da sociedade mudaria
os planos do governo. A empresa é uma
subsidiária brasileira da Eurasian Natural
Resources Corporation (ENRC), que inicial-
mente iria gerir um terminal de uso privati-
vo (TUP) no Porto Sul. O empreendimento
também contaria com um terminal público
para escoar a produção de grãos do Oeste
baiano. O custo dos dois terminais chegaria
a R$ 5,6 bilhões.
Com a mudança no novo decreto de por-
tos do governo federal, em junho, passou a
ser permitido o uso do mesmo terminal para
o transporte de grãos e minérios. Com isso, o
projeto manteve apenas um TUP, que poderá
ser usado por outros parceiros privados e
está orçado em R$ 2,2 bilhões. Com a de-
pendência dos recursos privados, a Bamin é
fundamental, mas, até o fechamento desta
edição da [B+], a empresa não confirmou se
permanecerá no projeto. De qualquer manei- foto
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opa
Porto de Salvador não é mais o pior do país, mas continua a perder cargas para terminais de Santos e Rio de Janeiro
“o porto sul não foi abandonado, mas é difícil sair”, paulo vila, presidente da usuport
ra, o titular da Seinfra, Marcus Cavalcanti, afirma que o empreendimento será
construído com ou sem a subsidiária da ENRC.
mudAnçA nos trilHosCom a incerteza da participação da Bamin, a atenção volta-se para o trans-
porte de grãos, mas, segundo o presidente da Associação de Usuários dos
Portos da Bahia (Usuport), Paulo Vila, o volume produzido no oeste baiano
não justifica a construção de uma ferrovia e de um porto.
Para solucionar esse problema, o projeto da Fiol foi refeito para atrair as
cargas do Centro-Oeste, com a extensão da ferrovia até Campinorte (MT) para
alcançar a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Antes, ela seguia até
Figueirópolis (GO) e resolveria apenas o transporte de cargas entre Ilhéus e
Caetité, onde a ENRC extrai minério de ferro.
O presidente da Usuport estima que, atraindo os empresários do Centro
-Oeste, o volume de grãos exportados pelo porto pode chegar a 20 milhões,
cerca de quatro vezes mais que o volume do oeste baiano exclusivamente.
“Mas grandes volumes não vão passar por Ilhéus, por isso a Fiol foi um fiasco.
O Porto Sul não foi abandonado, mas é difícil sair”, opina Vila. Na visão dele, a
construção de um terminal unicamente para a exportação do minério de ferro
seria a melhor opção.
O vice-presidente do grupo de logística TPC, Sérgio Faria, também consi-
dera o porto inviável, caso o governo insista em construí-lo sem dinheiro do
governo. “Como um berço multipropósito (para minério e para grãos), jamais
ele será realizado com dinheiro exclusivo da iniciativa privada”.
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 45
[especial] portos
2011/12 2014 20152012
realização de audiências públicas do projeto porto sul
liberação da licença de instalação (li), que autoriza a instalação do projeto a partir dos programas ambientais a serem executados e o início de obras
obtenção da licença prévia (lp) do porto sul, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento no litoral norte de ilhéus
obtenção do decreto de utilidade pública federal, necessário para a construção do porto sul
acOMpanhe O andaMentO dO pOrtO sul
o Porto quAsE inACEssívElDe acordo com o vice-presidente do TPC, o grande gargalo da infraestrutura
portuária da Bahia não é, o Porto Sul, mas a dificuldade dos acessos aos portos
já existentes, com a falta de ferrovias e de rodovias duplicadas, além da preca-
riedade de algumas pistas. Os usuários do Porto de Aratu – principal saída do
que é produzido nos complexos industriais da região – são os que mais sofrem
com os problemas de infraestrutura.
“Trabalhamos em um mercado de baixa diferenciação, por isso é indis-
pensável desenvolver os modais para sermos mais competitivos”, afirma
Ana Carolina Cerqueyra, diretora industrial da unidade de petroquímicos
básicos da Braskem. Segundo ela, além da integração entre o polo industrial
e a região de Candeias, é necessário se pensar em modais que conectem o
Porto de Aratu ao Sudeste.
A Braskem é responsável por investimentos em parceria com o governo do
estado que serão realizados na região de Aratu, começando com a ampliação na
área de armazenagem e a construção de um novo terminal, que deve começar a
operar em 2017. O valor a ser investido está estimado em R$ 400 milhões.
Os investimentos podem ajudar a melhorar a infraestrutura do porto,
mas, sem o investimento no modal ferroviário, o Porto de Aratu ficará
subutilizado, segundo o presidente da Companhia das Docas do Estado da
Bahia (Codeba), José Rebouças. “Nós transportamos o volume da forma mais
inadequada possível, que é sobre rodas. E sobre rodas um porto não funcio-
na. Aratu vive em penúria”.
o Ex-Pior Porto do PAísTambém na baía, o Porto de Salvador, voltado para o transporte de cargas por
contêineres, contou com obras nos últimos anos que o tiraram a alcunha de pior
porto do Brasil, do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). Foi aumentada a
profundidade do porto, construída a Via Expressa e dragado o canal de acesso, o
que melhorou a acessibilidade marítima do porto.
Ainda assim, o berço do porto da capital
precisa ser ampliado para atender aos gran-
des navios. Antes, é preciso haver a extensão
do quebra-mar, obra que está orçada em R$ 90
milhões e deve ser licitada em breve, segundo
o governo. Além disso, o presidente da Usu-
port defende a construção de um segundo
terminal de contêineres, mas esse projeto
não está na lista de prioridades do governo,
segundo o secretário Marcus Cavalcanti.
O diretor-executivo da Tecon, gestora do
único terminal de contêineres de Salvador,
Demir Lourenço, é contra a construção de
um segundo terminal. “Teríamos dois ter-
minais pequenos e apenas um berço. O que
precisamos hoje é de um terminal grande”.
O presidente da Usuport afirma, no entanto,
que a Tecon se posiciona assim apenas para
manter o controle sobre a movimentação de
contêineres e cobrar preços altos. “A Bahia não
existe como concorrente (no setor portuário) e
deveria ser o grande concorrente, porque tem
divisa com oito estados”, diz Vila.
Lourenço rebate afirmando que o Porto de
Salvador pratica, sim, preços competitivos. Ele
cita as ações do Porto de Suape, em Pernam-
buco, que está correndo atrás para recuperar
as exportações de frutas do estado vizinho,
que têm vindo para a capital baiana. De fato, a
taxa de manuseio da carga no terminal portu-
46 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
porto de salvador
porto de aratu
porto de Malhado
2.755.874
5.019.572
422.255
2.665.212
4.611.659
335.724
-3%
-8%
-20%
Janeiro aSetembro [2014]
Janeiro aSetembro [2015] Variação
(acumulado do ano e variações em toneladas)
movimEntAção dE CArgAs nos Portos PúBliCos dA BAHiA
ário (THC) do Tecon Salvador é mais baixa que a de Suape. Cobra-se R$ 720 por
transporte de contêiner seco na Bahia contra R$ 905 em Pernambuco.
O que o diretor do Tecon Salvador deixa de lado é que o Porto de Suape não
é o maior competidor dos portos baianos, segundo a Usuport. Quem tem levado
a maioria das cargas que poderíam ser transportadas por aqui são os portos do
Sudeste. No Rio de Janeiro, a taxa de manuseio por contêiner seco é de R$ 470 e,
em Santos, de R$ 760.
Mesmo que a taxa de Santos seja um pouco maior que a de Salvador, a po-
sição dele – aliada às melhores estrutura e acessibilidade – é um atrativo para
muitos empresários baianos. “Ainda é mais
vantajoso embarcarmos a carga lá, porque
grande parte da nossa produção é exporta-
da para a Ásia”, diz o diretor-executivo da
Associação Baiana dos Produtores de Algodão
(Abapa), Lidevan Moraes. “Não é todo dia que
navios saem do Porto de Salvador para o con-
tinente asiático. Às vezes a carga fica parada
por dois ou três dias”.
No próximo ano, no entanto, o que era
uma desvantagem deve se tornar um trunfo.
Com a expansão do canal do Panamá, os
grandes navios com origem e destino na
Ásia poderão chegar pelo norte do Brasil, e
não pelo sul, como atualmente. Dessa forma,
Salvador fica em uma posição estratégica,
mas só se preparar-se para isso. Sem as obras
de expansão do quebra-mar e extensão do
berço, os navios continuarão passando direto
pela orla baiana. [B+]
Falta de infraestrutura adequada para escoamento da produção baiana prejudica empresários e retarda o crescimento da economia no estadopor TEDE SAMPAIO
ecOnOmiaFOra dOs trilHOs
Clima, oscilações no mercado e a lei da oferta e procura são
alguns dos fatores que influenciam diretamente o preço dos
produtos e não podem ser resolvidos com políticas agrícolas
ou investimentos por parte dos produtores. A situação muda,
porém, quando se fala em infraestrutura logística e de trans-
portes. Os problemas enfrentados na hora de escoar a safra
aumentam os custos da produção e impedem o agronegócio
baiano de se tornar mais competitivo, como afirma o presiden-
te da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba),
Júlio Cézar Busato. Segundo ele, em países como Estados
Unidos e Argentina, enquanto uma tonelada de algodão custa
em média US$ 25 para ser embarcada em um navio, a produção
baiana chega a pagar US$ 95. “O algodão sai do oeste do estado
e só é embarcado em Santos, já que o Porto de Salvador não é
uma alternativa viável para o setor. São quase dois mil quilô-
metros em um modal que, depois do avião, é o mais caro”.
O transporte a que Busato se refere é o rodoviário, que, de
acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit), é responsável por 58% da movimentação
de cargas no Brasil, quando o ideal seria 30%. O aumento dos
custos se dá, em sua maior parte, pela situação precária das
rodovias que cortam a Bahia e pela falta de alternativas ferro-
viárias para transportar a produção, que no último semestre
registrou crescimento de 17,3% na produção de grãos, segundo
a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
(SEI), com destaque para a região oeste, que, sozinha, injetou
R$ 12 bilhões no PIB baiano em 2014.
[especial] logística
Indignados com os transtornos causados pelos buracos espalhados na BA-225, produtores rurais fizeram manifestação no fim de outubro
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Essa realidade é vivida de perto pelo
empresário Luiz Pradella, produtor de milho
e soja em Formosa do Rio Preto, no extremo
oeste do estado. Ele conta que é através das
rodovias que os grãos por ele produzidos são
transportados até os portos e indústrias e
chama a atenção para problemas de infra-
estrutura que encarecem o modal. “Algumas
rodovias não são asfaltadas, outras estão
esburacadas e isso tudo gera prejuízos. Para
se ter ideia, 0,25% dos grãos que saem das
fazendas nas carrocerias dos caminhões não
chegam ao destino final”, alerta. De acordo
com Pradella, os investimentos nas rodo-
vias são necessários para que o agronegócio
baiano continue crescendo. “O ideal é que as
rodovias fossem duplicadas ou que existis-
sem pistas exclusivas para os caminhões.
Isso facilitaria bastante o escoamento da
produção”, completa.
Com o objetivo de amenizar os problemas
enfrentados por estes produtores, o secretário
de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcan-
ti, afirma que já foram investidos, em parceria
com setor privado, cerca de R$ 1,5 milhão na
recuperação das estradas no oeste. Ainda
segundo o secretário, o estado conseguiu um
empréstimo com o Banco Mundial no valor
aproximado de US$ 300 milhões, dos quais
cerca de um terço será destinado para obras
de infraestrutura nessa região. “Recebemos
essa aprovação por parte do banco desde abril,
mas o governo federal, por meio dessa política
de retenção de gastos em busca de um supe-
rávit positivo, tem atrasado o aval da União
para a realização dessa operação”, explica. A
medida ainda não tornará ideal o processo de
na Bahia, embarcar algodão é quase quatro vezes mais caro que na argentina ou nos eua, afirma aiba
escoamento da safra, de acordo com o secretário, que aposta no funcionamento
da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) como uma resolução definitiva
para os problemas enfrentados pelos produtores do oeste no que diz respeito à
infraestrutura de transportes.
FErroviAsEm todo o território nacional, as ferrovias são responsáveis pelo transporte
de apenas 25% dos fretes de carga. Segundo o especialista em superestrutura
ferroviária Rafael Vasconcellos, a pouca participação desse modal no país se
dá, sobretudo, pelo custo elevado. “A construção de um quilômetro de ferrovia
chega a ser três ou quatro vezes mais caro que um quilômetro de rodovia,
mas de fato um trem tem condição de transportar muito mais carga que um
caminhão”. Além disso, ele também aponta a falta de recursos do governo e a
necessidade de encontrar parceiros privados para a construção de novos em-
preendimentos, como acontece nos Estados Unidos, país que detém a maior
malha ferroviária do mundo, sendo quase 100% operacionalizada pela inicia-
tiva privada. “Todos os nossos antigos parceiros estão sendo investigados pela
Operação Lava Jato. Assim, teremos que encontrar novos players”, explica.
FIol: o trecho entre Ilhéus e Caetité apresentou um avanço físico das obras de 67,5%. Até o momento foram entregues 77,6% dos trilhos
foto: elói Corrêa
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 49
[especial] logística
Na Bahia, as expectativas dos agroempresá-
rios estão voltadas para a conclusão das obras
da FIol. Com aproximadamente 1.500 quilôme-
tros de extensão, a ferrovia interligará a cidade
de Figueirópolis, no Tocantins, onde encontra
a Ferrovia Norte-Sul, ao Porto Sul, em Ilhéus,
cortando todo o território baiano. O modal
visa atender, principalmente, a produção de
grãos do oeste e à exploração de minérios de
ferro na região de Caetité, na área central do
estado. A intenção é que a FIol possa substi-
tuir parte do transporte de carga realizado
hoje por meio das rodovias.
Tudo indica, porém, que os empresários
terão que ter um pouco mais de paciência.
Iniciadas em 2010 e com previsão de conclu-
são em 2013, segundo o cronograma original,
as obras da Fiol já passaram por inúmeros
problemas que empurraram a previsão de
conclusão para o primeiro trimestre de 2018,
segundo informou a Valec Engenharia, Cons-
truções e Ferrovias S.A., responsável pelas obras. Os motivos para o atraso,
de acordo com a estatal, vão desde a dificuldade de acesso à região ao apa-
recimento de sítios arqueológicos. Além disso, greves operárias e cortes no
repasse das verbas por parte do governo federal foram fatores decisivos para
a desaceleração das obras orçadas em R$ 6,5 bilhões com recursos oriundos
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Atualmente, 1.600 funcio-
nários estão trabalhando no trecho Caetité-Barreiras, afirma a Valec.
Para o superintendente de estudos especiais da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (Fieb), Marcos Emerson Verhine, o atraso nas obras da
Fiol significa prejuízo para vários setores, entre eles o de extração mineral do
sudoeste, a agroindústria do oeste da Bahia e da própria produção indus-
trial do estado. “A existência de uma infraestrutura de transportes moderna
é condição necessária para o desenvolvimento. A Fiol pode se tornar uma
alternativa barata de transporte”. De acordo com o secretário de Planeja-
mento e vice-governador da Bahia, João Leão, apesar de lentas, as obras não
foram paralisadas e alguns trechos já estão 87% concluídos, como o lote 4, na
região de Caetité. “Ainda assim é necessário acelerar esse processo, e para isso
contamos com o empenho de senadores e deputados baianos para retomar o
investimento para a Fiol”, afirma Leão.
Além da Fiol, outra ferrovia baiana também enfrenta problemas estruturais,
a Minas-Bahia, que conta com 1.626 quilômetros de extensão e liga o interior
Salgueiro - PE
TERESINA
ARACAJU
PALMAS
SALVADOR
Ilhéus - BAPorto deIlhéus
Porto deSalvador
Porto deAratu
Porto deSergipe
Caitité - BA
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BRASÍLIA
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fonte: valeC
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baiano e a região Sudeste do país ao Porto de Aratu. Operada desde 1996 pela
empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a Minas-Bahia é considerada pelo
especialista Rafael Vasconcellos mais um grave problema no que diz respeito
ao transporte de cargas no estado. Segundo ele, a FCA não realizou os investi-
mentos necessários para a reestruturação desse equipamento, denominado pelo
especialista como um ponto estratégico para a economia baiana. “A FCA abando-
nou a ferrovia, ela não investiu praticamente nada. Evidentemente é uma ferro-
via de traçados obsoletos, que precisa ser remodelada”, denuncia. Como forma
de revitalização da Minas-Bahia, Vasconcellos defende a ideia de suspensão por
parte do governo federal do contrato com a FCA, que é válido até 2023.
A mesma ideia é compartilhada pelo secretário Marcus Cavalcanti, que
considera a FCA um gargalo na malha ferroviária baiana. Segundo ele, o
ultimo Programa de Investimento em Logística (PIL) lançado pelo governo
federal prevê uma renegociação do investimento na faixa de R$ 1,5 bilhão
nessa ferrovia. “Defendemos que o governo tome decisões rápidas. Que es-
ses investimentos sejam realizados ou que o governo cancele essa concessão
e outra seja feita, para que essa nova empresa possa fazer os investimentos
que a Bahia precisa”. De acordo com a FCA, “os atuais investimentos na
malha ferroviária do corredor Minas-Bahia são voltados para a manutenção
da linha-férrea, dos ativos móveis, como locomotivas e vagões, e dos ativos
imóveis, a exemplo das estações ferroviárias, com a finalidade de garantir a
segurança das operações”. A FCA informou ainda que em 2014 foram aplica-
dos R$ 7,7 milhões nessas ações.
HidroviAsAssim como as ferrovias, as hidrovias também seriam um importante modal
para o processo de escoamento da safra baiana. Entre as vantagens do trans-
porte hidroviário está o baixo custo de implantação e manutenção, que gira
em torno de US$ 30 mil por quilômetro, enquanto o mesmo tamanho de ro-
dovia é orçado pela Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária
(Seinp) em US$ 450 mil. O mesmo acontece
com o preço cobrado pelo frete. Para o
transporte de mil toneladas de produtos,
são consumidos cinco litros de combustível
por quilômetro de hidrovia. Quando se fala
em rodovia, o mesmo volume de carga exige
96 litros por quilômetro.
Cortada pelo rio São Francisco, que no
passado já foi importante dinamizador da eco-
nomia das cidades ribeirinhas, a região oeste
do estado seria uma das grandes beneficiárias
da utilização desse modal, se não fosse, claro,
a situação caótica em que se encontra este rio
atualmente. Em julho de 2014 a Icofort, empre-
sa especializada no transporte do caroço de
algodão e a última a utilizar a hidrovia do São
Francisco, decidiu suspender temporariamen-
te a atividade no modal. Segundo a empresa, o
assoreamento do rio foi a principal razão para
interromper a navegação. De acordo com o
secretário Marcus Cavalcanti, hoje, qualquer
navegação no São Francisco é tecnicamente
inviável, por causa do baixo nível de água.
“Existem trechos do São Francisco que se
passa com a água abaixo do joelho. Sobradi-
nho está no volume morto, em torno de 8%, e a
previsão é que a situação piore em novembro”.
Questionado sobre o futuro do rio, o secretá-
rio não hesita em dizer: “O São Francisco está
morrendo, essa é a realidade”. [B+]
2010 2013 20152014 20182011
ordem de serviço para obras da fiol é assinada pelo então presidente lula
ano previsto para a conclusão da Fiol, segundo o cronograma original
as obras da fiol sofrem corte de quase 40% do orçamento, em razão do ajuste fiscal do governo federal
ibama suspende licença de instalação da ferrovia após irregularidades ambientais no trecho ilhéus - Caetité
nova data prevista para conclusão da fiol
os trabalhadores responsáveis pela construção da ferrovia deflagram greve reivindicando reajuste salarial
acOMpanhe O andaMentO da fiOl
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Principal fonte de vida do semiárido baiano, o rio são Francisco enfrenta a maior seca da sua história e corre o risco de desaparecer nas próximas décadaspor TEDE SAMPAIO
Um gole d’ágUa para o velho ChiCo
Todos os dias o João da Silva, 45 anos, segue a mesma rotina: levanta da cama
ainda de madrugada, por volta das 5h da manhã, pega a sua tarrafa e ruma em
busca do peixe, como fazem tantos outros pescadores baianos. Morador da
zona rural de Ibotirama, no oeste do estado, ele conta que há dez anos tem no
rio São Francisco a sua única fonte de renda, mas se diz preocupado com o que
pode vir a acontecer com a sua família e com todo o povo sertanejo que depen-
de exclusivamente do Velho Chico para sobreviver. “Hoje já saio desanimado de
casa. Nos dias que se consegue alguma coisa, são dois ou três quilos de peixe.
Antigamente a gente conseguia 30 quilos por semana. Nunca imaginei ver o rio
desse jeito, é muito triste”.
A preocupação do pescador não é por acaso, o rio São Francisco, com 2.700
quilômetros de extensão, completou no mês de outubro 510 anos de descoberta
com pouco a comemorar, já que enfrenta a maior seca da sua história, segundo
dados divulgados pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
A estiagem, que ainda em 2014 ocasionou o secamento de sua principal nascen-
te situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, segue
castigando toda a região por onde passa o rio. Na Bahia, onde estão localizados
45% do vale do São Francisco, a situação não
é diferente. De acordo com o coordenador
do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (CBHSF) na região de Bom Jesus
da Lapa, Cláudio Pereira, do ano 2000 para
cá o rio sofreu com a diminuição de 60% do
seu potencial hídrico, fato que põe em risco o
próprio abastecimento de água para a popula-
ção. “Se em 15 anos nós conseguimos baixar o
potencial em 60%, em mais 15 anos certamen-
te teremos água no São Francisco apenas na
época das chuvas, porque o rio vai secar”.
A falta de chuva, entretanto, não é o
único motivo de preocupação. Grande
parte dos problemas enfrentados pelo rio
é decorrente da ação do próprio homem.
Segundo Pereira, o corte das matas ciliares,
[especial] rio são francisco
52 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Em alguns trechos do rio, bancos de areia formados pela erosão
impedem a navegação e permitem a travessia de pedestres
foto: acervo Cbhsf
as queimadas utilizadas para limpar terrenos e a exploração dos aquíferos
para a implantação de projetos de irrigação nas grandes fazendas da região
também são fatores predominantes para o esgotamento hídrico da bacia do
São Francisco. “A agricultura de grande porte se expandiu muito na região e
depende basicamente da irrigação, mas pouco tem sido feito para melhorar
as condições de existência do rio”.
De acordo com a Lei Federal nº 9.433, de 1997, que determina a política nacio-
nal de recursos hídricos e tem como objetivo assegurar a utilização racional e
integrada da água com vistas ao desenvolvimento sustentável, é de responsabili-
dade do poder público federal e estadual a cobrança pelo uso da água, tanto para
o consumo final quanto para o processo produtivo. Pereira explica, no entanto,
que, no que diz respeito à bacia do São Francisco, apenas as propriedades ca-
dastradas à margem do rio efetivam o pagamento. “Esse dinheiro, segundo a lei,
deve retornar para a bacia hidrográfica em forma de projetos de revitalização,
mas o valor cobrado é ínfimo frente ao que do rio é retirado”. A tarifa de utiliza-
ção da água pelas fazendas produtoras da região do São Francisco corresponde
a R$ 0,01 para cada mil litros de água retirados do rio. O pagamento é feito à
“se em 15 anos nós conseguimos baixar o potencial em 60%, em mais 15 anos certamente teremos água no são Francisco apenas na época das chuvas, por-que o rio vai secar” Cláudio pereira, coordenadordo Comitê da bacia hidrográficado rio são francisco (Cbhsf)
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 53
Os esgotos despejados diretamente no rio causam a morte dos peixes e aumentam o impacto econômico e social dos ribeirinhos
Agência Nacional de Águas (ANA), que repassa o dinheiro à
CBHSF. “Mesmo com essa tarifa ainda conseguimos arrecadar
R$ 20,9 milhões por ano, por aí se calcula quantos trilhões de li-
tros de água são consumidos por essas fazendas” alerta Pereira.
A cobrança, porém, não se estende às propriedades que
retiram a água dos afluentes do São Francisco. No dia 23 de
setembro, uma reunião em Brasília com representantes da ANA,
CHBSF e Inema discutiu a tarifação pelo uso da água dos afluen-
tes. Na oportunidade, o diretor de águas do Inema-BA, Bruno
Jardim, afirmou que vem se esforçando para iniciar a cobrança
por parte dos comitês baianos. Ele explica que os processos mais
adiantados se referem às bacias dos rios Grande e Corrente, que
estão na reta final da construção dos seus planos de recursos
hídricos. “A cobrança é um importante instrumento de gestão”.
A revitalização do São Francisco é prioridade também para
o governo estadual, como afirma o vice-governador da Bahia,
João Leão, que se autodenomina “barranqueiro do Velho Chico”.
O chefe político concorda que é necessário dar atenção especial
ao rio por meio da técnica de rampeamento das margens ero-
didas e replantio da mata nativa. “Nós propomos à presidente
Dilma Roussef criar um batalhão hidroviário para cuidar das
matas ciliares do São Francisco, fazer a dragagem necessária e
realizar todos os trabalhos de controle da água do rio”, conta.
EmPrEsários BusCAm soluçõEs Por ContA PróPriAPara tentar dar um pouco de fôlego ao rio, empresas públicas
e privadas elaboram planos de recuperação para o rio, mesmo
que de forma tímida. O presidente da Associação de Agriculto-
res e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, afirma que
áreas de preservação permanentes (APPs) estão sendo respei-
tadas ao longo dos afluentes do São Francisco. A criação desses
ambientes em áreas de nascentes e margens é uma das exigên-
cias da Política Nacional de Recursos Hídricos. “Mapeamos as
áreas de plantio, demarcamos todas as APPs dos rios Preto e
Grande e agora estamos iniciando o projeto de revitalização
dessas áreas financiado pelos produtores da região”.
A demarcação dos limites das APPs vem causando, porém,
muitos transtornos aos proprietários, pois, de acordo com
a Aiba, não há uma definição exata e clara do limite dessas
áreas. Em estudo realizado em parceria com a Universidade
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[especial] rio são francisco
54 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade do Estado da Bahia,
a associação pôde identificar equívocos na demarcação das
APPs. De acordo com o documento, no cerrado da Bahia, onde
são agricultados o Algodão e culturas acessórias, são obser-
vados diversos traçados de rio em meio à lavoura, que na
realidade são caminhos preferenciais de escape de águas de
chuva sem nenhuma característica de rio ou mesmo APP.
Também está em andamento o processo de parceria da Com-
panhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf) com o Exército Brasileiro para a recupera-
ção de margens do São Francisco, no trecho denominado Itacoa-
tiara, no município de Barra. A previsão de início do trabalho,
segundo informou a Codevasf, é para o primeiro semestre
de 2016. As obras estão orçadas em R$ 16 milhões e buscam a
recuperação e estabilização das margens, incluindo serviços de
cercamento de APPs, execução de trincheiras, revestimento do
solo com fibras vegetais, implantação de viveiros de mudas e
recomposição florestal, além do plantio de espécies nativas.
Em outra cooperação com o Exército Brasileiro, a Codevasf
concluiu no início deste ano obras de revitalização no trecho
iniciada em 2007, durante o governo lula, a transposição do são francisco é a principal obra de abastecimento hídrico do país e levará água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios do Ceará, pernambuco, paraíba e rio grande do norte. segundo o ministério da integração nacional, a transposição do rio está com 77,8% das obras concluídas com previsão de conclusão para janeiro de 2017, com valor total orçado em r$ 8,2 bilhões. em agosto deste ano, a presidente dilma inaugurou em Cabrobó (pe) o primeiro trecho do eixo norte da transposição.
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da margem do rio São Francisco denominado Ilha da Tapera,
situado no município de Xique-Xique. Os investimentos foram
de aproximadamente R$ 16 milhões, com recursos do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) por meio do Programa de
Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, coor-
denado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O programa
tem como objetivo recuperar, conservar e preservar as bacias
hidrográficas em situação de vulnerabilidade ambiental.
Apesar dos esforços, o coordenador da CBHSF, Cláudio Perei-
ra, afirma que apesar de ser um processo relativamente simples,
a revitalização do São Francisco levará muito tempo até alcançar
um resultado significativo, devido ao seu atual grau de degrada-
ção. Para ele, é necessário que os governantes compreendam que
a situação é caótica e medidas precisam ser tomadas com a maior
brevidade possível. “Se não disponibilizar para a revitalização
pelo menos 10% do valor que foi destinado à transposição do São
Francisco, corremos o risco de perdê-lo” (ver box).
Enquanto a ajuda não chega, só resta ao pescador João da
Silva, aquele do início desta matéria, a esperança de que um
dia o rio São Francisco volte a ter vida e a incerteza sobre o
que pode acontecer no futuro. Até lá, ele vai sobrevivendo
com os R$ 788 provenientes do seguro-desemprego para
pescadores artesanais, pagos pelo governo federal durante
quatro meses. “É só isso que a gente tem hoje. Quando acabar,
não sei mais o que vai ser”. [B+]
O reflorestamento das margens do São
Francisco é apontado como a principal forma de
retardar a morte do rio
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 55
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direito
A Bahia é o quinto maior estado brasileiro,
abaixo do Amazonas, Pará, Mato Grosso e
Minas Gerais, e com 15 milhões de habitantes,
é o quarto em população, superado por são
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nessa
ordem. em matéria de Produto Interno Bruto,
porém, a Bahia despenca para o oitavo lugar,
ficando abaixo de são Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Rio Grande do sul, Paraná,
santa Catarina e, recentemente, mesmo que
por pequena margem, o Distrito Federal, que
inclui Brasília e as cidades-satélite.
um estado com o conjunto dos atributos
geográficos, históricos, naturais e popula-
cionais, como a Bahia, ser ultrapassado por
uma cidade foi acontecimento que doeu
fundo no amor-próprio dos baianos esclare-
cidos, fato que revela, também, a lamentável
vocação do Brasil para sediar absurdos como
o da excessiva concentração de renda inter
-regional e interpessoal.
Pior ainda é a renda per capita dos baianos
– a 19ª –, acima, apenas, do Rio Grande do
Norte, Paraíba, Acre, Piauí, Pará, Ceará, Alagoas
e do paupérrimo Maranhão. Logo abaixo, na
20ª posição, está a Bahia na fruição do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro.
A exPANsão DA RIquezA
JOaci Góes
Advogado, jornalista e empresário
Como se vê, péssimos indicadores, porque, além de crescer pouco, a Bahia se
desenvolve menos ainda!
Internamente, nosso estado é, no plano intermunicipal, a mais perfeita
reprodução da excessiva concentração de renda interestadual do Brasil. Basta
ver que a região metropolitana de salvador, com menos de um quarto da po-
pulação geral do estado, detém mais de 80% do seu PIB industrial. É imperati-
vo do interesse social e econômico que se adotem medidas destinadas a iniciar
vigoroso processo de desconcentração de renda, com nítidas vantagens para o
crescimento econômico e desenvolvimento social do estado.
As 15 microrregiões em que se divide a Bahia, para efeito de harmonização
das ações desenvolvimentistas, têm como capitais regionais, além de salvador,
as seguintes sedes municipais: Alagoinhas, santo Antônio de Jesus, Ilhéus, Tei-
xeira de Freitas, Paulo Afonso, Feira de santana, Vitória da Conquista, Juazeiro,
Jacobina, Irecê, seabra, Guanambi, Bom Jesus da Lapa e Barreiras.
uma ação concertada entre os governos federal e estadual, de mãos dadas
com o setor privado, no sentido de dar a cada uma dessas regiões completa
autonomia no exercício das potencialidades humanas que constroem cida-
danias sólidas, é o caminho mais seguro para aproximar a Bahia do patamar
de bem-estar social e de prosperidade material a que sua população aspira.
Autonomia no generalizado acesso a educação superior, saúde de primeira
qualidade e outros é de preceito.
Como Roma não foi feita num dia, podemos começar esta política de
desenvolvimento consistente a partir de três sedes no âmbito do Recôncavo –
Feira de santana, santo Antônio de Jesus e Alagoinhas –, para ensejar que sua
interação com a região metropolitana de salvador resulte numa sinergia pode-
rosa que demonstre, em prazo relativamente curto, que a desconcentração do
desenvolvimento é, a um só tempo, viável e desejável.
62 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
Depois de um breve tempo, Salvador volta a ter uma
revenda BMW Motorrad, a divisão de motocicletas
da marca alemã. O empresário Gercino Coelho havia
iniciado em junho as negociações para a Haus Motors
(revenda dos carros BMW e Mini) abrir um espaço
exclusivo para a venda dos modelos G650 GS, F800 GS
e S1000 R na capital baiana.
Agora, Coelho conta com um showroom exclusivo
para expor as motocicletas produzidas pela BMW
na fábrica de Manaus. Quem comanda a operação é
o gerente Alexandre Cabral, que garante que a nova
concessionária já oferece total atendimento dentro
dos rígidos padrões alemães.
“Temos um tratamento diferenciado. Sabemos
que o amante da BMW tem bom gosto e conhece bem
todos os nossos produtos. Iremos garantir a oferta de
todas as motos BMW”, esclarece Cabral, que oferece
a gama de 12 modelos (G650 GS, F800 GS, F800 GS
Adventure, F800 R Ride, S1000 R, T Ninet, S1000 RR,
R1200 GS Sport, R1200 GS Adventure, K1600 GTL e
K1600 GTL Exclusive).
No mercado, a G650 GS é a mais em conta e sai
por R$ 31 mil. Vem equipada com propulsor que gera
50 cavalos de potência máxima a 6.500 rpm e torque
de 6,1 kgmf, e sua suspensão é regulável para garan-
tir bons rendimentos, especialmente em viagens.
Destaca-se pela cilindrada de 650 cm³, tanque de
combustível centralizado no chassi e peso em ordem
de marcha de 193 kg. No uso urbano, é uma moto com
média de 21,5 km/l de combustível, excelente para
quem transita nos engarrafamentos ou usa a motoci-
cleta nos trajetos para o trabalho ou para o lazer.
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ção
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ção
HAUS MOTORS ABRE AS PORTAS PARA AS MOTOS BMW
Fiat revela a piCape toro, rival da renaUlt oroCh
De um lado, a Renault lançou a inédita picape Oroch, modelo
derivado do SUV Duster. Do outro, a Fiat revelou o visual mo-
derno da novíssima picape Toro, que é baseada na mecânica do
Jeep Renegade fabricado na planta de Goiana, Pernambuco.
O modelo da Fiat só chega ao mercado no começo do ano
que vem. Para se distanciar da Oroch, a Toro terá a tração 4×4,
acoplada ao motor 2.0 a diesel, de 170 cavalos, e câmbio auto-
mático de nove velocidades.
A fabricante francesa aposta na fórmula do custo/bene-
fício. São três versões com duas opções de câmbio manual e
dois motores, o 1.6 flex, de 115 cv e 15,9 kgfm de torque, ou o
2.0 16V flex, de 148 cv e 20,9 kgfm. A transmissão automática,
no entanto, chega futuramente. Fica com valores de R$ 62.290
na versão Expression 1.6 até R$ 70.790 na Dynamique 2.0. Há
também a intermediária Dynamique 1.6, por R$ 66.790.
Seu trunfo é o comprimento – são 4,69 metros de com-
primento e 2,83 m de entre eixos. Isso garante espaço tanto
interno como na caçamba – transporta até cinco pessoas sem
apertos e até 650 kg de carga.
Já a Toro mudará o conceito de design da Fiat no Brasil.
Transmite leveza nas formas da carroceria, e sua caçamba pos-
sui uma tampa bipartida. Chega com opção do motor 1.8 flex e
quase cinco metros de comprimento: são exatos 4,915 metros
de comprimento. A caçamba transporta uma tonelada de
carga e tem tampa bipartida. É uma picape para cinco pessoas
e com visual de crossover.
autos&motos
64 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
CHEry Com dEsConto PArA tAxistAsmanoel geremias, revendedor da chinesa Chery na bahia, fechou a loja de feira de santana. na capital baiana, abriu as vendas de três modelos – os nacionalizados Celer hatch, Celer sedã, além do utilitário tiggo – para taxistas. a isenção de impostos para quem deseja adquirir um carro para a “praça” jogou o preço dos modelos para baixo. o Celer custa r$ 23.611, 54 (hatch) e r$ 24.289,52 – seus valores normais são r$ 34, 9 mil e r$ 35,9 mil, respectivamente. são bem equipados (ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, air bag duplo, freios abs) e com preço fixo nas revisões. Já o tiggo com motor 2.0 gasolina, de 136 cv e câmbio manual, adianta o concessionário, sai por r$ 39.711, 45, um desconto de mais de r$ 15 mil (com a isenção dos impostos).
gErênCiA novA nA CAoA/PArAlElALuiz Heine assumiu a gerência da loja Caoa/Hyundai na Avenida
Paralela. Com larga experiência no mercado automotivo baiano,
Heine passou um período em Maceió e, no seu retorno, trabalhou na
Ritto Salvador (Suzuki e Mitsubishi) e no Grupo Imperial (Honda)
em Feira de Santana. Agora, a ordem é enfrentar a crise com ações
que valorizam os modelos Hyundai – Azera, Santa Fé e o New ix35.
grAndEs novidAdEsa frutos dias motos promoveu uma série de apresentações da nova YZf-r3 nas suas lojas. a esportiva de pequeno porte ganhou festa nas lojas de lauro de freitas, salvador e Camaçari. a estreante r3 sai por r$ 21.990 (sem abs) e com freios abs custa r$ 23.990.
jornalista especializado na indústria automotiva desde 2002
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ulga
ção
NA PISTArOBertO nunes
apoio:
A chef Rosa Guerra acaricia o salmão antes de cortá-lo. É uma
forma de transferir o carinho para a comida, ela conta. Essa
prática é comum na cozinha no LarriQuerri, pequeno bistrô
localizado no bairro do Garcia, em Salvador, que este mês
completa um ano de funcionamento. Com apenas 22 cadeiras,
o local se destaca pelo clima intimista e pelo tempero familiar.
O caminho para o bistrô ganhar forma foi longo. Em 20
anos, Rosa esteve à frente de um restaurante e de um café que
se tornou point das celebridades baianas. Os dois espaços já fe-
charam as portas, e durante esse tempo ela também se dedicou
a outras esferas da vida. Formou-se em educação física e gastro-
nomia, criou três filhos e serviu em muitas festas de casamento,
com o menu que fazia sucesso nas reuniões familiares.
O sonho de abrir o LarriQuerri se desenvolveu em família,
tais como as atividades dentro do restaurante. Na cozinha e
no bar trabalham também dois filhos, Gabriel e Guilherme, e
no salão, o marido, Romildo. O cardápio do restaurante recria
receitas da família Guerra. Estão lá massas artesanais, moela,
steak tartar, tudo com o tal afeto que, segundo Rosa, é o que
faz a diferença. “Reproduzimos nos pratos a memória coletiva”.
A partir deste mês, a produção deve aumentar já que o bis-
trô duplicará de tamanho e passará a atender 44 clientes. “Mas
para mim é o bastante, não pretendo crescer mais”, diz Rosa,
que não quer perder o clima familiar do restaurante. “Quero
manter o nível de intimidade que temos hoje com os clientes”.
Para a [B+], Rosa e seu filho Gabriel prepararam um dos
carros-chefes do bistrô: o ceviche que leva não só carinho,
mas também uma combinação de limão, tangerina e molho
de pimenta tailandês.
sabor
por PEDRO HIJOfotos RôMULO PORTELA
CozINHA eM FAMÍLIA
Cardápio do bistrô Larriquerri, no Garcia, tem pratos da família Guerra, como o ceviche de salmão e camarão
66 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
ingrEdiEntEs• 180 g de salmão fresco tratado
• 5 camarões frescos tratados
• 100 ml de azeite
de oliva extravirgem
• 1 colher de chá de sal
• 6 pimentas-biquinho
• Pimenta Sriracha
• Cebolinha
• Salsa
• 1 cebola roxa
• 1 tangerina
• 1 limão siciliano
• 1 pimentão vermelho
• 1 pimentão amarelo
modo dE PrEPAroCorte o filé de salmão em cubos retirando vestígios
de pele e espinhas. Ferva os camarões já tratados
e reserve. Corte os pimentões à brunoise (cubinhos
pequenos), a cebola roxa à julienne (tiras bem finas)
e pique a cebolinha e a salsa. Junte os vegetais, a
pimenta-biquinho, o camarão e o salmão em uma
tigela e tempere com sal, azeite e o molho de pimenta
na proporção que desejar. Com uma colher misture
tudo delicadamente e reserve. Esprema o limão sici-
liano e a tangerina, coe o suco e adicione à prepara-
ção mexendo continuamente até que tudo esteja bem
misturado. Deixe descansando por alguns minutos
e sirva de acordo com a sua preferência, decorando
com salsa picada e lascas da casca de limão siciliano.
RECEITA CEVICHE
Na movimentada Pituba, no começo da Rua Minas Gerais, um bistrô pequeno e
aconchegante pode passar despercebido por olhos menos atentos. Inaugurada
em 2007 pelos empresários Jorge Antonio e Ana Robério (que também é a chef),
a casa encanta desde a decoração até a sobremesa e é um destes cantos da cida-
de em que vale a pena passar algumas horas em um domingo preguiçoso.
A ideia do bistrô surgiu do desejo do casal em levar ao público a arte culiná-
ria praticada por Ana, segundo ela, “de forma intuitiva e inspirada pelos sabores
da cozinha internacional, principalmente a francesa”. Começaram o negócio
funcionando apenas no almoço e, três anos após a inauguração, passaram a
abrir as portas também no jantar.
Dá para sentir, já pelas opções no cardápio, que a chef Ana estava mesmo
inspirada quando resolveu assinar a autoria dos pratos. Moderno e bem elabora-
do, o menu apresenta diversas opções de carnes, massas e frutos do mar. A casa
possui carta de vinhos, para quem aprecia uma boa harmonização. os preços,
porém, caminham junto dessa sofisticação toda. No almoço de domingo, o prato
individual mais barato custa R$ 65.
quinzenalmente, às quartas-feiras, o Bella Gourmet promove o que cha-
mam de uma “viagem gastronômica”. Por um valor fixo de R$ 110 por pessoa,
servem entrada, sete degustações de pratos principais e uma sobremesa.
Para garantir lugar nesta aventura, é preciso fazer reserva, pois a lotação da
casa é preenchida rapidamente.
diCAs dE PEdidoCesta de pães com pastas diversas - o pão é
quentinho e macio, com casquinha crocan-
te. As pastas são de alho (que também vêm
com dentes inteiros com azeite), pimentão
vermelho, gorgonzola e bacalhau. Muito bem
temperadas e saborosas. Valor: R$ 25.
T-Bone com arroz de parmesão e batata sautée - corte macio e muito saboroso. o arroz
é leve e cremoso e as batatas bem puxadas no
alho. Valor: R$ 70.
Pernil de cordeiro ao poivre com arroz de parmesão e batata sautée - carne suculenta
e de sabor suave. Assim como o T-Bone, tem
corte macio. Valor: R$ 68.
Cheesecake de doce de leite mineiro- a massa de cream cheese combina muito com
o doce de leite de alta qualidade, nada enjoati-
vo. uma sobremesa para quem não é formiga,
pois o adocicado não é intenso. Valor: R$ 19.
uM PeDAço DA FRANçA NA CAPITAL
Bella GouRmetEndereço: Rua Minas Gerais, nº 784. Salvador-Ba.Telefone: (71) 3345-2598Facebook: www.facebook.com/bellabistrot
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68 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
cultura
o desempenho econômico positivo que tanto
bem faz à cultura, em geral, decorre do grau de
desenvolvimento cultural da sociedade. esse
pressuposto requer uma ideia alargada de eco-
nomia, para além do economicismo, de modo
a incluir a elevação da qualidade de vida, a
partir da cultura.
o conceito amplo do termo compreende
educação, instrução, pesquisa científica e
invenção; gênese do desenvolvimento, muito
mais que o mero registro estatístico do cres-
cimento do PIB. se desejamos construir o ca-
minho do desenvolvimento devemos pensar
em médio-longo prazo tendo a valorização do
saber e da cultura como fator primordial.
salvador se insere nesse contexto de um
modo particular, dado que a sua realidade não
permite, dentro dos seus limites territoriais, a
disseminação de indústrias manufatureiras.
A grande riqueza potencial da cidade está
representada pelos seus patrimônios histórico,
arquitetônico, artístico, cultural e paisagístico,
abrindo enormes possibilidades para o desen-
volvimento de uma indústria cultural.
essa indústria cultural exige a ação do
poder público em todos os níveis educativos;
desde a formação elementar à universidade
e às instituições científicas e tecnológicas, de
modo a fortalecer na sociedade seu poten-
cial criativo e empreendedor que valorize
os patrimônios materiais e imateriais. Isto
pressupõe o estabelecimento de regras claras
e estáveis, incentivos fiscais e visão de longo
prazo, imprescindíveis ao cálculo econômico
do investimento privado.
A cultura pode dar uma extraordinária
contribuição à estratégia de modernização e
seM CuLTuRA, seM DeseNVoLVIMeNTo
reinaldO saMpaiO
é economista e atua no setor empresarial e na direção de instituições de classe
desenvolvimento da metrópole. Investir em bens e serviços culturais e no uso
e defesa do patrimônio natural e paisagístico significa potencializar um setor
já existente e vital, acelerando um processo virtuoso de produção, bem-estar e
riqueza material e moral dos investidores e da sociedade, através da indução do
investimento, da ocupação produtiva, da inovação e da inclusão social.
em geral todos admiram a cultura, mas ressaltam o quanto ela custa e
quase nunca o quanto ela rende. Para isso é necessário conquistar a adesão da
opinião pública. Trata-se de um desafio que exige visão e ação de longo prazo,
que nasce de uma séria consideração daquilo que salvador significa para seus
habitantes e para os que aqui vêm a qualquer título.
Nesse particular, é importante lembrar a relevância do sistema educacional.
os dados sobre a educação no Brasil são muito desfavoráveis. Apesar dos avan-
ços, ainda convivemos com anacronismo civilizatório, como o “analfabetismo
pleno” e, de forma ainda mais preocupante, com o “analfabetismo funcional”,
responsável, dentre outros prejuízos, pela baixa produtividade do trabalho.
estudo realizado pela agência europeia Kea european Affairs revela que onde
existe um estágio intelectual elevado, desperta uma difusa criatividade na so-
ciedade, que produz inovação econômica e institucional. A educação, em todos
os níveis e sempre no sentido amplo, é o caminho para o desenvolvimento de
salvador. A cidade do futuro deve ser cultural e tecnologicamente atualizada.
um projeto dessa envergadura requer a evidência de que haverá uma
revolução na estrutura educacional da metrópole. Nasce assim a “engenharia
social”, que, associada às “engenharias físicas”, permitirá a atração de investi-
mentos nos patrimônios já existentes e a serem desenvolvidos. Não se trata
de substituição da intervenção pública, mas de um compartilhamento com
as empresas e os cidadãos para o fortalecimento e valorização econômica do
patrimônio e da cultura da cidade.
em todos os âmbitos da cultura, tudo que traduz a satisfação de uma neces-
sidade, por mais imaterial que seja, encerra uma dimensão econômica; ou seja,
as manifestações culturais são eventos economicamente condicionados.
É também indispensável atualizar tecnologicamente a cidade. Na era das
“multidões”, o compartilhamento contribui para evitar a ruptura entre a
sociedade e o poder público, estabelecendo uma relação dialógica criadora do
ambiente de confiança, indispensável à atração de investimentos.
Talvez seja essa a estratégia fundamental para a transformação evolutiva
das futuras gerações.
A cultura é uma coisa viva. ou não é cultura.
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RN00115 - ANR 202x266mm Dinossauro.pdf 1 27/10/15 07:10 PM
Uma pErgunta
para
FRUTOS DIAS NETO
“Essa questão da infraestrutura impacta no custo do pro-
duto, porque afeta toda a cadeia. É o famoso ‘custo Brasil’.
A gente precisa rever isso urgentemente, mas agora
estamos em um ciclo virtuoso. Tanto o governo do estado
quanto a prefeitura têm buscado trabalhar em prol de
Salvador, o que não se via há um bom tempo. E, no inte-
rior, o governo do estado tem feito o que pode também
em termos de infraestrutura. Ainda assim temos muitas
obras paradas por falta de recursos. O que nós precisa-
mos é rever o Pacto Federativo. Esse modelo dos gran-
des impostos ficarem para a União para depois serem
distribuídos a conta-gotas não é o ideal. É nas pontas, nos
estados e municípios onde os recursos precisam estar.
Outra alternativa são as privatizações e concessões. Não
podemos esperar nem crer que o poder público tenha re-
cursos para oferecer determinados benefícios. Então, têm
de ser feitos acordos com a iniciativa privada, porque isso
dará, sem dúvida, agilidade a todos os processos”.
Eleito Comerciante do Ano de 2015 pela federação do comércio de bens, serviços e turismo da bahia (Fecomércio-BA), o empresário Frutos Dias Neto tem se destacado pelo seu trabalho à frente do Grupo FrutosDias, que já possui mais de 90 anos e atua na Bahia, Sergipe e Alagoas. Nome conhecido no associativismo empresarial, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador também possui voz ativa na defesa do comércio baiano.
por LORENA DIAS
foto: divulgação
o que ainda é preciso melhorar na infraestrutura da Bahia para os comerciantes?
uma pergunta
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Dentro de um ou dois anos, o cientista iraniano Behrokh
Koshnevis poderá entrar para a história como o homem que
construiu uma habitação em menos de 24 horas e utilizando
uma impressora 3D. A promessa parece roteiro de ficção cientí-
fica, mas Koshnevis, que é professor de engenharia industrial e
de Sistemas na Universidade de Engenharia Civil e Ambiental
do Sul da Califórnia, já provou que a façanha é possível.
A impressora foi o tema principal da palestra do iraniano
durante o 87° Encontro Nacional da Indústria da Construção
(Enic), realizado em Salvador em setembro. “Nesse caso, tudo
que você tem que fazer é levar uma máquina bastante leve e
o material na forma crua. Você traz o design num pen drive,
coloca na máquina, aperta o botãozinho e pronto, o prédio vai
ser construído”, explica.
Com a possibilidade de construir uma casa de até 250 m²
em apenas 20 horas, o cientista pretende poder erguer habita-
ções para pessoas que convivem em favelas e também para
outras que perdem suas casas em desastres naturais e até em
guerras. “A solução que nós estamos propondo é a utilização
de tecnologia. A ideia seria construir com características sem
precedentes na arquitetura, com uma fração do custo, do
tempo, de maneira mais segura e com um dano muito menor
para o meio ambiente”, afirma Koshnevis.
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5 APliCAtivos para driBlar prOBlemas de inFraestrutura das cidades
dniTPermite que o motorista comunique ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) os problemas encontrados nas rodovias
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infoAEroum dos aplicativos mais indicados para quem quer consultar informações dos voos dos aeroportos brasileiros
WABBErsAos moldes do Waze, o Wabbers é uma rede social colaborativa que informa aos motoristas como está o trânsito nas principais cidades do país
mEdsquArEo aplicativo permite acelerar o acesso a serviços médicos em momentos de emergência e com as consultas marcadas e localizar clínicas e hospitais mais próximos
téCniCA CriAdA Por CiEntistA PErmitE Construir CAsAs Com imPrEssão Em 3dpor CLARISSA PACHECO
notasdetec
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marca
A marca mais valiosa do mundo é representada
por uma maçã, mordida. Como no paraíso, ela
mudou o rumo da história da humanidade,
revolucionou as relações humanas. No últi-
mo ranking Brandz apresentado pela WPP e
Millward Brown com as 100 marcas mais valiosas
do mundo em 2015, a maçã, mordida, está avalia-
da em quase 250 bilhões de dólares. quem diria?
se o fundador da Apple ainda pudesse responder
essa pergunta, a resposta, certamente, seria: “eu”.
o Brasil não conta com nenhuma marca
no top 100 global. Apesar da sua dimensão
continental, tem apenas sete empresas entre
as 500 maiores do mundo – segundo a revista
Fortune – e não temos, ainda, nenhuma marca
com presença global.
No século passado, as marcas ganharam
força como elemento de diferenciação. o seu
papel como ativo empresarial foi subestimado
por décadas na medida em que a escolha era
feita por critérios mais funcionais do que emo-
cionais. Na sociedade moderna, diferenciação foi
substituída por identificação. Fazemos escolhas
pelo que nos representa, nos engaja socialmente,
está alinhado com os nossos princípios e valores.
Pelo que exerce influência sobre nós.
soBRe MAçãs, RATINHos, JACARÉs e quANTo VALe A suA MARCA
Marina rezende
publicitária e diretora da dendê Brands
Nesse cenário, o ativo intangível passa a ser decisivo na escolha do cliente.
em alguns segmentos, como moda e beleza, a opção pela marca pode corres-
ponder a mais de 70% da decisão do consumidor. em mercados mais fechados
esse índice cai, mas vale lembrar que, ao selecionar fornecedores, fatores emo-
cionais como confiança, credibilidade e reputação influenciam diretamente as
decisões. Não é por outra razão que o valor do intangível cresce ou ultrapassa
o tangível em processos de fusão e aquisição entre empresas. em paralelo, sur-
gem métodos de avaliação e mensuração de resultados dos investimentos em
ações institucionais, comunicação interna e ações de mercado voltadas para o
fortalecimento da relação entre as marcas e o seu público.
Mas construir uma marca ou, mais do que isso, transformá-la em um dos
principais ativos da empresa é um processo restrito a grandes organizações?
Definitivamente não. Criar uma relação com o seu cliente, que vá além do seu
produto ou serviço, não é algo inerente ao tamanho de uma empresa, mas à
sua visão. Aonde você quer chegar? Como você quer ser percebido? Ampliar
mercado, expandir geograficamente, construir reputação, reposicionar um
produto ou qualquer decisão estratégica em relação ao seu negócio tem na
sua marca uma grande aliada. questões como registro, identidade, propósito e
valor monetário da marca entram em pauta a partir de uma visão baseada na
construção de valores – tangíveis e intangíveis.
Por isso, não falemos de agora, nem de amanhã, mas do futuro. De imediato,
o que vale fazer é analisar se a sua marca – nome, design e posicionamento
– está alinhada com o conceito do seu negócio. Ainda, se as ações da sua em-
presa refletem a sua essência. e quando for comprar a “camisa polo do jacaré”
ou levar os filhos nas férias a um parque para abraçar um “ratinho simpático”,
lembre-se de perguntar: aonde eu quero chegar com a minha marca?
76 r e v i sta [ b + ] N Ov E M B R O D E 2 0 1 5
memória
A minha admiração por José Corgosinho de Carvalho Filho
nasceu de nossas incontáveis reuniões na Secretaria da
Educação do Estado, quando exerci a direção do Departa-
mento de Ensino e a chefia de gabinete dos Secretários Carlos
Sant’Anna e Mário Neto, respectivamente, no governo do
professor Roberto Santos, e ele consolidava a ideia exitosa de
criar a Fundação José Carvalho.
No Conselho de Estado de Educação da Bahia, onde fui pre-
sidente, o conselheiro Carvalho também exerceu um mandato
com preciosos pronunciamentos e memoráveis pareceres e
resoluções, que engrandeceram ainda mais aquele órgão nor-
mativo, consultivo e fiscalizador, o mais antigo do Brasil.
Na Academia Baiana de Educação, que hoje presido, o
Acadêmico Benemérito José Carvalho prestou inestimáveis
serviços ao nosso Sodalício, merecendo o Título e o Diploma
de Benfeitor, concedido por unanimidade dos Acadêmicos
Titulares e Eméritos.
O engenheiro e educador José Corgosinho de Carvalho
Filho inaugurou, com grande emoção, uma instituição edu-
cacional ímpar no Brasil, que vem se mantendo pela força
do idealismo que presidiu a sua criação e graças ao esforço
e a dedicação de homens e mulheres que, teimando sempre,
por ele vêm lutando sem desfalecimento, como acontece em
suas unidades de ensino, espalhadas em diferentes estados
do Nordeste do país, e no Conselho Deliberativo da Fundação
José Carvalho, do qual participei, com muito orgulho.
As ideias sadias e as manifestações das inteligências pri-
vilegiadas, como as de José Carvalho, perduram, resistem ao
perpassar das eras, atravessam séculos e milênios e se trans-
formam em patrimônio da população.
Os pronunciamentos e as ações de Doutor Carvalho, ao lon-
go de sua profícua atuação na Ferbasa e na Fundação José Car-
valho, são magníficas lições e preciosos ensinamentos. São ecos
de uma voz que pregou o bem e semeou a esperança, retratando
a formação humanística e revelando o consagrado educador.
José Corgosinho de Carvalho Filho, para mim, não foi
apenas a inteligência luminosa, o mestre da retórica, o orador
fecundo e primoroso que arrebatou e encantou os auditórios.
Foi também o espírito aberto ao diálogo, o cidadão despido de
vaidade, o exemplo de simplicidade, bondade e firmeza, virtu-
des que o emolduraram e engrandeceram a personalidade.
Se nada valesse o muito que José Carvalho fez pelo Bra-
sil, bastar-lhe-ia a dedicação sem limites à Fundação José
Carvalho e à Ferbasa.
para JOsé carvalHOpor ASTOR DE CASTRO PESSOA
Astor de Castro Pessoaé presidente da Academia Baiana de Educação
foto: manu dias
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BAIANADAs?Muito já se falou sobre as especificidades da
cultura de nossa terra. De frases consagradas
como “só se vê na Bahia”, até a histórica, “se
você pensar num absurdo, na Bahia tem prece-
dente...”, tudo reforça a ideia, muitas vezes
de forma jocosa e preconceituosa, de que na
Bahia tudo tem um jeito próprio de acontecer,
mesmo depondo contra certos princípios de
civilidade e elegância.
Por exemplo, a Bahia é o reinado das
gostosas, para não dizer cheinhas. A magra
aqui padece de uma solidão crônica e uma
tristeza eterna. Aqui é a terra onde o exces-
so é sinônimo de vitalidade. A esquelética
agrada às amigas e ao espelho, enquanto a
malhada faz a festa dos homens que ainda es-
tão na antessala da viadagem. um amigo meu
foi para um motel com uma destas viciadas
de academia, com voz grave e várias protu-
berâncias esquisitas. Ao chegar lá, a porta
emperrou e a hormonizada correu logo para
resolver o problema. o garboso infante, ao
ver os músculos das costas da bombada, per-
deu completamente o tesão e a noite foi uma
broxada só. Palmas para as que se permitem
uma gordurinha aqui, uma celulite acolá!
Vivemos uma surdez crônica. Aqui se fala
alto em qualquer canto e é o único lugar do
mundo em que as pessoas falam ao celular
tirando o fone do ouvido e aproximando o
microfone da boca, para que todos escutem o
teor da conversa de forma clara e indefensável.
Vida privada, para quê? sem falar em carros
com som nas alturas, normalmente distorcido
e com músicas que ferem os ouvidos dos mais sensíveis. Não importa. o baiano
é um exibicionista nato, um bufão de opereta prestes a soltar a nota mais alta a
qualquer momento.
salvador é a cidade da fofoca. Todo mundo sabe da vida de todo mundo. e
quem são os grandes fofoqueiros da cidade? os motoristas de táxi. se estiver
interessado em uma mulher do pedaço, pegue um táxi no ponto mais pró-
ximo da residência ou trabalho da moça, que você vai extrair a ficha corrida
completa, com riqueza de detalhes. um vizinho se apaixonou pela mulher de
um pastor e fazia a festa nos horários do culto. Recebia a agenda semanal do
taxista, até um dia em que um fiel recebeu um demônio mais linguarudo que
o motorista e alertou o pastor sobre as atividades extras da honrada esposa.
Resultado: tiros, confusão e gritaria. Hoje o pastor paga um motorista para
observar regularmente o cotidiano da nova mulher, já que a antiga foi expulsa
do lar sem direito a perdão.
Aqui é a cidade da descaração. Ainda bem! Desde que me entendo como
gente que tudo rola a qualquer hora e em qualquer lugar. Plagiando Tim Maia,
aqui prostituta goza e cafetão se apaixona. sem falar das bichas incubadas que
fazem horrores por aí. Cuidado, meninas, quanto mais bombado, maior o risco.
quanto mais homofóbico, maior a possibilidade de aprontar muito na surdina.
está tudo misturado, tudo embolado, ninguém sabe mais quem gosta disto ou
daquilo, o que considero sensacional. Relaxe e se deixe surpreender, que você
poderá viver experiências inesquecíveis.
esta cidade é dos sátiros e bufões. Aqui se debocha de tudo, até enterro
é histriônico e a maioria dos casamentos bizarros. o que é sax num altar? e
desfile de padrinhos pelas naves das igrejas? Não temos nada a ver com o solene,
tanto que a maioria dos eventos que tentam ser sérios se transforma em uma
sucessão de discursos chatos e vazios, com uma plateia sonolenta torcendo para
aquela zorra acabar logo.
Pois é, vivemos numa cidade e num estado específico e adorável, com um
cotidiano repleto de surpresas e reviravoltas. e quando percebermos que esta
é a nossa principal riqueza e começarmos a trabalhar a partir da educação a
reconstrução de um identidade própria, com certeza voltaremos a viver melhor
e a atrair visitantes do mundo inteiro, interessados em vivenciar uma salvador-
Bahia repleta de diversão e calor humano.
conteaí
fernandO GuerreirO
é produtor, diretor teatral e presidente da fundação gregório de matos
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