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Edição:

Autor fotografia de capa:

Nádia Parreira

As restantes imagens são da autoria e responsabilidade

dos autores e colaboradores desta edição.

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Editorial

É com grande orgulho que o Núcleo

de Arquitetura Paisagista da

Universidade de Trás-os-Montes e

Alto Douro (2015/2016), dá

continuidade a este projeto iniciado

pelo mandato anterior.

Achamos de grande relevância

manter todos os estudantes do curso

a par dos mais variados temas que

nesta 2ª edição apresentamos, pois

consideramos não só importante os

mais variados artigos, como também

o hábito da leitura regular ser

importante de transmitir entre as

diferentes gerações dos alunos de

Arquitetura Paisagista .

Nesta 2ª edição é de referir artigos

como a história do Jardim da Carreira

– Vila Real, Prof. João Bicho e a

regeneração urbana da cidade de

Vila Real, exposição de arte pelo

autor “Domingos Júnior”, entre

outros que a APart fornece aos seus

leitores.

Para além destes, é de destacar o

artigo de Diana Cabeleira, este

interligado com o projeto

EcoCampus, para remodelação de

todo o campus da Universidade de

Trás-os-Montes e Alto Douro. Sendo

a universidade a nossa segunda casa

como estudantes universitários que

somos, e estando o projeto

interligado diretamente com a nossa

área de estudo, é um artigo que

merece um destaque especial.

Desde já gostariamos de agradecer a

todas as personalidades que de

qualquer forma interviram ou

contribuiram para a realização da 2ª

edição da revista “APart” e pela

disponibilidade apreciada pelo

Núcleo de Arquitetura Paisagista.

Bruno Pereira

Presidente do Dep. Markting e Publicidade

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Sumário

- Relembrar: III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad;

- Planta: Rosmarinus officinalis (Alecrim);

- Em Foco: Programa da IV Semana da Arquitetura Paisagista – Utad;

- Crónica: A primeira grande decisão;

- Conselho: Os 10 mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim;

- Artigo com relevância: A importância dos Ecocampus no contexto

ambiental e social;

- História: Jardim da Carreira;

- Paisagismo: João Bicho e a Regeneração Urbana;

- Curiosidade: Concurso de Fotografia;

Exposição Domingos Jr.;

Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista;

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RELEMBRAR

III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad (2015)

Corria o mês de Maio do ano

transacto, quando se deu início à lll

Semana da Arquitectura Paisagista na

UTAD. Dando sequência aquilo que já

havia sido feito ao longo dos anos

anteriores, conseguiu-se reunir um

conjunto de actividades ao longo da lll

SAP que promovessem não só uma maior

divulgação do curso, mas também que os

participantes envolvidos, conseguissem

apreender novos e importantes

conhecimentos e práticas ligadas ao

curso. A lll SAP ficou marcada por um diverso e vasto domínio de actividades que

manifestou de forma inequívoca uma forte adesão ao longo de toda a semana.

Desde a realização de uma viagem feita logo no primeiro dia da SAP, a workshops

de fotografia e de softwares informáticos, seminários relativos a práticas e formas

de sistemas e manutenção de rega, projecto flash e a perpetração de uma mesa

redonda com a participação de antigos alunos e docentes, tudo isto, fez parte de

um conjunto de actividades que pautaram a lll SAP. Um agradecimento especial

a todos que participaram e tornaram mais uma SAP possível, desde alunos, ex-

alunos, docentes, coordenação do curso e convidados especiais.

Texto de Tiago Reis

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Rosmarinus officinalis (Alecrim)

Descrição científica

Nome: Rosmarinus officinalis L.

Nome comum: Alecrim

Família: Lamiaceae

Ordem: Lamiales

Classe: Magnoliopsida

Época de floração: Janeiro – Maio

Descrição Geral

Rosmarinus officinalis, conhecida como Alecrim é muito mais que uma simples

planta ornamental. Utilizada na culinária tem grande destaque no tempero de

pratos de carne. Além disso as suas folhas prestam-se a usos em perfumaria.

Também apresenta propriedades medicinais.

Propriedades Medicinais:

Promove o apetite e combate a anorexia.

Sistema Digestivo: Casos de perturbações digestivas (como a digestão

lenta).

Sistema Respiratório: Combate a tosse, infeções respiratórias.

Sistema nervoso: A parte aérea florida é usada para combater a

intranquilidade, ansiedade, agitação e insónia.

Sistema circulatório: Ativa o sistema circulatório e nervoso, também trata

reumatismos musculares e articulares.

Sistema muscular: Estimulante da circulação periférica e anti-inflamatório.

Texto de Nádia Parreira

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Crónica:

A primeira grande decisão

Há pouco mais de dois anos

atrás, deparamo-nos com algumas

decisões que deveríamos tomar.

Decisões essas, que iriam determinar

o nosso futuro. Apesar, de todos os

dias, na televisão, nos jornais, nas

esplanadas, ouvir-se pessoas a

queixarem-se da crise económica e o

quanto afeta a vida dos estudantes

assim como o seu futuro, que cada

vez parece mais incerto e sombrio,

nós arriscamos e entramos para o

curso de Arquitetura Paisagista na

Universidade de Trás os Montes e

Alto Douro, pois esse foi sempre o

nosso objetivo. Se estamos

arrependidas? Bem, atualmente

estamos no segundo ano e podemos

dizer que até agora não perdemos

nada, pelo contrário ganhámos

muito, uma nova experiência de vida,

novas amizades, novos

conhecimentos na área que é do

nosso interesse, mais gosto pela

Arquitetura Paisagista, o que nos

deixa ainda mais motivadas e

esperançosas para o nosso futuro.

É verdade, que ainda não

estamos no mercado de trabalho,

mas já lemos alguns artigos de

pessoas formadas que afirmam que

não está fácil conseguir trabalho

nesta área, pois a Arquitetura

Paisagista depende de vários fatores,

como o investimento público, uma

economia produtiva que permita a

capacidade para o investimento

privado, a abertura de empresas com

viabilidade nesta área e a

consciencialização dos agentes

decisores.

Apesar de todos os “ses” que

a vida nos pode trazer, temos de ter

coragem para arriscar e não ter medo

porque, como o ditado diz, “quem

não arrisca, não petisca”.

Por isso, não estamos

arrependidas, pois foi esta a decisão

que tomamos, estudar, trabalhar,

empenhar-nos, e aprender

constantemente para que no futuro a

nossa profissão seja um dos motivos

da nossa felicidade e orgulho.

Texto de Catarina Ferreira e Sofia Almeida

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CONSELHO:

Os 10 Mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim

1. Aposte na sublimação do lugar, tornando-o feliz e ameno.

2. Invista em lagos e charcos. A presença da água, traduzida na sua serenidade

estética, confere um movimento ritmado e uma dinâmica musical ao jardim.

3. Arrisque em espécies que podem fazer a diferença, para sublimar a pujança

da natureza compreendida na sua diversidade biológica e no ritmo de vida.

4. Tire partido da luminosidade natural dos espaços. O esplendor da luz é

conseguido através do contraste sombra-claridade e da harmonia das cores.

5. Deixe-se influenciar pela geometria, apostando na profundidade das

perspectivas e no recorte dos sucessivos planos conseguindo valorizar

distancias e formas.

6. Olhe à sua volta. A integração na paisagem envolvente, sempre que esta seja

ordenada e bela.

7. Não imponha uma visão que pode não ser a mais adequada. Aceitar com

base da concepção do jardim ou da paisagem a ordem natural da natureza

liberta da acepção da sociedade humana.

8. Valorize os aspectos culturais da paisagem. Tal implica impor à ordem natural

a ordem cultural que sublimará aquela em face do seu único utente, o homem.

9. Evite os excessos. Esta recomendação passa por exaltar no jardim ou na

paisagem a simplicidade no ordenamento das coisas, evitando a decoração pela

decoração.

10. Planeie e não tenha medo de recorrer a ajuda especializada. Um jardim e

uma paisagem são fruto de concepções e projectos e nunca de arranjos ou

decorações, pelo que a sua grandeza e beleza resulta no que lhes é essencial na

medida certa.

Texto de Teresa Paupério

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A importância dos EcoCampus

no contexto ambiental e social:

-Diana Cabeleira, 26 anos, natural da cidade de Chaves.

-Licenciada e Mestre em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Trás-os-

Montes e Alto Douro.

-No âmbito da obtenção do grau de

mestre em Arquitetura Paisagista elaborou

uma dissertação sobre o campus da

Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro intitulada de “A Avaliação do

Ecocampus e Parâmetros de Avaliação:

Aplicação ao campus da Universidade de

Trás-os-Montes e Alto Douro”.

A constante degradação do

meio ambiente provocada pelo

crescimento das sociedades e

economias tem despertado diversas

preocupações ambientais

relacionadas com a proteção e

conservação dos recursos naturais e

funcionamento dos ecossistemas.

Visando encontrar solução para esta

problemática, os líderes das mais

diversas organizações mundiais têm

reunido ao longo das últimas

décadas de forma a encontrar

princípios e conceitos, podendo-se

dar como exemplos:

sustentabilidade, desenvolvimento

sustentável e gestão ambiental. Estes

vocábulos e conceitos ambientais

associados, rapidamente passaram a

integrar os diversos setores de

atividade. Como tal, o setor da

educação, que se considera ser dos

mais importantes, acolhe também

esta preocupação destacando-se as

universidades, que sendo instituições

com elevada importância no papel

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que assumem na formação de

futuros líderes, técnicos qualificados

e formadores, assumem uma

responsabilidade e

consciencialização social tal como

têm o dever de dar o exemplo neste

contexto ambiental.

O estudo aprofundado sobre

o tema permitiu compreender que

desde muito cedo, na história dos

campi universitários, sempre houve

uma preocupação não só com os

edifícios mas também com os

espaços envolventes a estes, sendo

que os desenhos dos campi

universitários foram alterando

conforme as diferentes necessidades

que surgiram em cada época. Porém,

o desenho e planeamento dos campi

universitários nos últimos anos tem

vindo a dar cada vez maior relevância

aos aspetos relacionados com o

contexto físico em que se inserem,

relação com a comunidade e custos

de construção e exploração, estando

estas preocupações associadas à

sustentabilidade. Atualmente um dos

maiores desafios das universidades é

a qualidade do meio ambiente e a

sustentabilidade dos campi. Esta

preocupação alterou a forma como

as universidades olham não só para a

eficiência dos espaços interiores,

como também para a dos espaços

exteriores. São inúmeras as

instituições que já aderiram a

acordos e tomaram medidas para

combater os problemas ambientais

do planeta, processo que acabou por

influenciar as universidades a todos

os níveis. Estas devem e têm de

assumir um importante papel na

implementação da sustentabilidade

ambiental, surgindo assim a

necessidade de fazer uma correta

gestão ambiental dos campi.

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Para tal, as universidades têm

vindo transformar os seus campi em

EcoCampus adotando e aplicando

uma série de parâmetros e é assim

que surgem os Sistemas de Gestão

Ambiental, mais conhecidos por

EcoCampus. Esta é uma das várias

expressões usadas pelas instituições

quando têm por objetivo final a

implementação de um Sistema de

Gestão Ambiental. Este último

conceito é um programa estruturado

para a avaliação e gestão dos

impactos ambientais de uma

organização para um incremento na

melhoria do desempenho ambiental.

Existem normas e programas para

que a organização do Sistema de

Gestão Ambiental possa ser

ordenada, avaliada e certificada.

Considera-se ainda muito

importante que para que possam ser

aplicados SGA com sucesso, o

contexto social deva ser um dos mais

importantes a ter em conta pois a

forma como a comunidade

universitária, desde alunos a

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funcionários e professores é consciencializada para o modus operandi e

comportamentos no campus tem um elevado peso no resultado final, pois são

estas pessoas que tornam possível a boa e correta utilização de todo o espaço

bem como a transmissão de valores a gerações futuras que gerem um impacto

positivo no meio ambiente.

“...São inúmeras as instituições que já aderiram a

acordos e tomaram medidas para combater os

problemas ambientais...”

A UTAD encontra-se neste processo estando a implementar as medidas

necessárias para transformar o seu campus num EcoCampus. Os seus espaços

exteriores têm grande peso nesta transformação dada a vasta área, diversidade

de usos e biodiversidade. Desta forma, a Arquitetura Paisagista assume um

importante papel na gestão dos espaços exteriores de forma mais sustentável e

ecológica, pois existe uma série de parâmetros que devem ser cumpridos e que

permitem a obtenção de uma certificação ambiental.

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A instituição necessita de consciencializar toda a academia sobre o que

ambicionam implementar e compreender o potencial que todo o espaço tem se

for usado de forma correta e coerente. É necessário encontrar e estabelecer um

equilíbrio entre os setores que constituem o SGA.

O campus tem um espaço exterior de extrema importância e que distingue

a UTAD de outras instituições de ensino superior em Portugal que deve ser usado

por todos de forma consciente e que projeta acima de tudo os valores que devem

ser mantidos para que a certificação ambiental seja uma realidade e assim se

tornar numa instituição de ensino superior exemplar e de referencia na gestão

ambiental a nível nacional e internacional. Até lá, ainda há um longo caminho a

percorrer que só será possível com a colaboração de todos.

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HISTÓRIA

Jardim da Carreira (Vila Real)

O Jardim da Carreira é um dos jardins mais conhecidos de Vila Real se não

o mais conhecido. É um jardim clássico construído no ano de 1784 devido a

necessidade de criar um espaço publico e de lazer. É o local privilegiado para

encontros sociais e passar momentos de lazer. No jardim os visitantes podem

encontrar ao centro um fontanário, um coreto e um busto do célebre Camilo

Castelo Branco colocado em 1926.

“O espelho de água formado pelo fontanário dá-lhe beleza e imprime uma sensação de frescura ao ambiente.”

Em termos de vegetação possui estratos arbóreos, arbustivos e relvado.

Quanto aos arbóreos dominam as Tílias (Tilia x europaea), já em termos de estrato

arbustivo existe uma grande diversidade: Pilriteiro (Crataegus monogyna),

Junípero-rastejante (Juniperus horizontalis), Lilás (Syringa vulgaris), Buxo (Buxo

Sempervirens) entre outras .

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História:

A construção do jardim surge por influência de Almeida Lucena, presidente

da Câmara Municipal de Vila Real nos biénios de 1867/68 e 1872/73, que faz

desenvolver um plano destinado a embelezar o Monte do Calvário

O local antes conhecido por Passeio de

São Francisco foi modificado pela Câmara

Municipal de Vila Real em 1782, passando a

designar-se como Jardim da Carreira. Surgiu

pela necessidade de criação de espaço público

e de lazer no século XVIII apesar de ser um

modelo muito celebrado no séc XIX.

Este é um espaço público localizado

na Rampa do Calvário. Na Freguesia de São

Pedro e é embelezado pela arborização

originalmente proveniente no Gerês, que

mantém a temperatura amena e agradável a quem lá passa , estando situado na

vertente nascente dum dos pontos mais altos da cidade.

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No ano de 1815, na Carreira de Cima, foi construído um chafariz. No limite

norte do jardim ao qual se acede, ainda hoje, por uma alameda de tílias, plantadas

em 1866 . Neste mesmo ano, é construída, no centro do jardim, uma taça

decagonal com repuxo.

Nos anos que se seguiram, outras estruturas foram sendo acrescentados

ao jardim. Destacam-se: a frontaria neoclássica, erigida em 1871 e construída

com o granito proveniente das escavações; o portão de ferro fundido com as suas

figuras geométricas e cornucópias; um outro portão de ferro fundido de acesso

lateral; o coreto, datado de 1889, de base octogonal em granito, telhado em

chapa de ferro, rematado por um friso rendilhado e encimado por uma lira.

Em 2003, o Jardim da Carreira sofreu remodelações, com a adição de uma

escadaria, um parque infantil, um ringue de patinagem e um café-bar.

Texto de Tiago Lopes

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PAISAGISMO

João Bicho e a Regeneração Urbana da cidade de Vila Real

Sobre o Arquiteto Paisagista:

João Bicho é um Arquiteto Paisagista

formado pela Universidade Trás-os-Montes e

Alto Douro (UTAD). Especializado em

arboricultura, exerce atualmente a sua profissão

como arquiteto paisagista no gabinete JBJC –

Arquitetura Paisagista, Lda, em Vila Real, e

como assistente convidado na UTAD.

Regeneração Urbana – Um novo impulso:

O projeto “Regeneração urbana – um

novo impulso” foi um concurso público

que consistiu na regeneração e

revitalização da cidade de Vila Real,

nomeadamente o centro histórico.

O concurso contou com vários gabinetes

participantes em que o gabinete do

docente João ficou como terceiro

classificado.

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Este concurso visava a regeneração do espaço público, requalificação do

centro histórico, recuperação de edifícios degradados, melhorar a circulação

rodoviária e pedonal e construção de infraestruturas para estacionamento. Tudo

isto para reanimar a atividade económica, promover no mercado a integração de

edifícios devolutos e degradados, apoiar a criação de emprego, dinamizar o

comércio e melhorar a qualidade de vida da população.

Como em todos os projetos existem

problemas e limitações este não foi

exceção. A malha urbana desordena,

congestionamento automóvel, rua

ingremes, pouca clareza nos eixos das

ruas, falta de conectividade, topografia desfavorável e arruamentos privados,

tornaram este concurso mais desafiante.

A equipa do docente para este concurso

era formada por cinco arquitetos

paisagistas e um arquiteto (civil).

Por fim a equipa teve acesso a cartografia

militar, ortofotomapas, SIG’s e PDM’s para

auxiliar na concretização deste projeto.

Texto de Paulo Coelho

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Curiosidade:

Concurso de Fotografia

No dia 5 de Maio na III semana da Arquitetura

Paisagista, realizou-se um concurso de fotografia no

qual o Professor João Carrola, Professor auxiliar da

DeBA e ECVA, bem como fotográfo do campus da

UTAD selecionou algumas fotografias explêndidas

na qual a vencedora pertence a Nádia Parreira.

(Nádia Parreira – vencedora)

”Apesar de não ter sido fácil escolher uma única como vencedora.”

O Professor João elegeu as pétalas da papoila como a fotografia vencedora.

“A fotografia apesar de simples

apresenta uma composição interessante.

Está bem focada mostrando por isso boa

nitidez do conjunto dos elementos

fotografados. A iluminação baseada em

luz natural e difusa permite mostrar os

pormenores da flor, sem zonas sub ou sob expostas, sendo que a imagem fica

ainda mais agradável com um enquadramento frontal e bastante baixo. A

perspetiva dada pelos detalhes das gotas da chuva nas pétalas realçam ainda

mais o pormenor das cores com cores bem equilibradas, dando um impacto

visual elegante e nítido das pétalas da papoila num dia de chuva. Outras

fotografias que apesar de não terem ficado em primeiro lugar merecem uma

menção honrosa, pela qualidade apresentada, usando os mesmos critérios que

anteriormente foram mencionados.”

Texto de Sílvia Barbadães

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Exposição de Domingos Jr.

Realizou-se no passado dia 1 de Dezembro de 2015, na Sala de Exposições

e Galeria-Bar do Teatro de Vila Real, mais uma apresentação do arquitecto

Domingos Júnior.

Nascido em Lourenço Marques, Moçambique, em 1950,

licenciou-se em Arquitectura pela Escola Superior Artística do

Porto, e mais tarde concluiu doutoramento na Faculdade de

Arquitectura da Universidade de Valladolid, Espanha. Foi

docente do 2º Ciclo do Ensino Básico bem como docente na

ESAP e na UTAD. Exerceu Arquitectura, desde que se formou,

com ateliê próprio e em diversas empresas.

Domingos Júnior presenciou-nos

com mais uma das suas magníficas

exposições, apresentando três formas

distintas de representação artística.

Intitulada “Jardins”, exposição

conseguida através da pintura e

desenho com tinta-da-china,

Naturezas Mortas, através de lápis de

cor e Colagens Moralistas, tal como o

próprio nome indica, feita através de

colagens.

Entre a ambiguidade do desenho e da

pintura, a relação entre o mundo

surreal e o exótico, a multiplicidade

dos desenhos e a sua imensidão e o

“perigo da imagem”, resulta então no

seu esplendor e de forma notável

mais um conjunto de obras do

arquitecto e artísta Domingos Júnior.

Texto de Tiago Reis

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Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem

Arquiteto Paisagista

Depois de deliberado, o PROJECTO PARK KWEKERIJ, um viveiro

florestal como estratégia para desenvolver novas paisagens urbanas em

Groningen, na Holanda, consagrou-se Vencedor do Prémio Vibeiras Jornal

Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista.

A autora Matilde Cerqueira Gomes, representou a

Universidade de Copenhaga respondeu-nos a

algumas perguntas.

APart: Resumidamente em que consiste o projeto

que apresentaste no concurso,Prémio Vibeiras

Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista

2015?

Matilde: “O projecto consiste essencialmente na requalificação de uma zona

industrial na Holanda. A nova proposta de desenvolvimento urbano ‘Park

Kwekerij’ combina o potencial do espaço e suporta um movimento que liga

áreas urbanas e verdes existentes em Groningen. A plantação do viveiro

florestal é utilizada como estratégia de desenvolvimento urbano que, por um

lado, disponibiliza ao município uma provisão arbórea para outros projectos

e, por outro, contém uma identidade em evolução e ambiente urbano verde

em si. Novos espaços vão surgir e desenvolver-se à medida que a grelha se

transforma, através do transplante de árvores. A experiência espacial única de

um viveiro florestal cria um parque urbano que existe no limiar entre a

monotonia e dinâmica. Este parque torna-se numa nova tipologia na

experiência de diferentes paisagens e usos no limite do município, entre

cidade, indústria e agricultura e, além disso, uma ferramenta estratégica para

criar uma nova identidade para a área como espaço público.”

APart: Qual a razão de participares neste concurso? Alguém te motivou a

participares?

Matilde: “Acho a participação neste género de concursos importante na

medida em que divulga e dá a conhecer diferentes projectos no âmbito da

Arquitectura Paisagista. Há a oportunidade de trocar experiências de

diferentes escolas e ver as diferentes formas de abordar esta disciplina.”

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Apart: Qual a sensação de ganhares? Em que é que te ajudou, este prémio,

na tua carreira?

Matilde: “É sempre bom ver o nosso trabalho e esforço reconhecido. Para já

ainda não senti nenhum benefício na minha carreira mas é marcante para

quem está a iniciar a carreira contar com este prémio no currículo.”

A Vibeiras em conjunto com a editora

do Jornal Arquitecturas, com sua crescente

notoriedade celebrou em 2015, a 12ªedição do

Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem

Arquiteto Paisagista

O Prémio é o único galardão atribuído

anualmente em Portugal e tem por objectivo a

promoção e o reconhecimento público do

trabalho de jovens Arquitectos Paisagistas

Ibero-Americanos, estudantes ou jovens

profissionais até aos 35 anos de idade.

O prémio é promovido pelo Jornal

Arquitecturas, em parceria com a Vibeiras e

com o apoio institucional da Associação

Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP).

Em 2011, a iniciativa inaugurou a 1ª edição internacional – Ibero-

Americana e tem vindo a acolher também candidaturas estrangeiras,

nomeadamente oriundas de Espanha, Brasil e Bolívia.

O Prémio consiste na avaliação de projetos de Arquitectura Paisagista

que privilegiem a originalidade, funcionalidade e sustentabilidade.

Nele estão envolvidas Universidades que leccionam a Arquitectura

Paisagista.

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O Prémio dividiu-se em 2 categorias: Estudantes e Jovens Profissionais.

Os projetos são avaliados por um comité - júri composto por profissionais

nacionais e internacionais:

Luís Santos Pereira, Arquitecto Paisagista, Administrador, Vibeiras

Margarida Cabral, Arquitecta, Coordenadora da Unidade de Negócios

das Cidades, Grupo About Media

Carlos Ribas, Arquitecto Paisagista, Associação Portuguesa de

Arquitectos Paisagistas

Virgínia Laboranti, Arquitecta, Centro Argentino de Arquitectos

Paisagistas

Ricardo Ventura, Arquitecta Paisagista, Vencedor Categoria Jovens

Profissionais, PJAP 2014.

Em 2013, na mesa de

jurados, destacou-se Gonçalo

Ribeiro Telles, figura de renome

da Arquitectura Paisagista e

Ambiente em Portugal.

Cada vez mais esta iniciativa tem vindo a angariar mais participantes,

já que na edição de 2012 envolveu mais de 100 participantes, entre

estudantes e jovens profissionais.

No ano passado a data limite para candidatura, foi até de 24 de junho

e a entrega das propostas de projetos foi até dia 26 de junho.

A cerimónia de entrega de prémios teve lugar no Palácio da Independência, em

Lisboa, no dia 16 de Outubro de 2015.

Texto de Teresa Paupério

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