Revista ABO - Ed. 101 - Abril/Maio de 2010
-
Upload
ana-laura-lourenco -
Category
Documents
-
view
231 -
download
7
description
Transcript of Revista ABO - Ed. 101 - Abril/Maio de 2010
63Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
64 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
65Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
ISSN 0104-3072
E D I T O R I A L. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
o suplantarmos a significativa mar-ca de 100 edições e com o propósi-to maior de atender às expectativasAA
Um novo tempo - umanova página na história
da comunidade científica brasileira, assimcomo dos nossos assinantes, decidimos, apoi-ados pela Diretoria da ABO Nacional, pro-mover modificações de gestão na RevistaABO Nacional.
Nesse contexto, convidamos, por reconhe-cimento ao seu envolvimento científico e à
sua experiência na administração de outros periódicos, o Prof. Dr. ClaudioHeliomar Vicente da Silva para a função de secretário executivo, econjuntamente decidimos apresentar um breve resumo histórico darevista e deixarmos clara a nossa missão. Revisamos e alteramos as normaspara publicação de trabalhos científicos. Incluímos um Check List parafacilitar aos autores o cumprimento dos pré-requisitos necessário para oenvio dos trabalhos para publicação. Também re-estruturamos o fluxointerno dos artigos científicos e constituímos um Conselho Consultivo“Ad Hoc” para dar agilidade ao processo de avaliação dos trabalhosrecebidos para publicação.
Com um trabalho comprometido com as causas da Odontologiabrasileira no contexto clínico e científico, estamos incorporando aonosso Conselho Científico novos nomes de professores doutores dereconhecida notoriedade nacional, acrescendo a este rol nomes da Odon-tologia internacional que certamente irão agregar expressivo valor aonosso periódico.
Outras mudanças podem ser observadas, como, por exemplo, o novoendereço para envio de trabalhos, que agora deverá ser feito para a sedeadministrativa da revista, hoje situada na Rua Dois Irmãos, 165, Apipucos,Recife (PE), CEP 52071440.
Estamos construindo um novo tempo e escrevendo mais uma páginana história da Revista ABO Nacional. Solicitamos o apoio significativoda comunidade odontológica e de áreas afins (professores de graduaçãoe/ou pós-graduação; cirurgiões-dentistas clínicos e especialistas), nosentido de enviarem trabalhos de pesquisa e/ou casos clínicos parapublicação na revista. Comprometemo-nos a uma análise rápida e criteriosasem prejuízo da marca da credibilidade e confiança que sempre nortearamas nossas ações.
Um forte abraço a todos e que Deus nos ilumine nessa nova missão!
Fernando Luiz Tavares VieiraDiretor científico
PRESIDENTE
NEWTON MIRANDA DE CARVALHO
DIRETOR CIENTÍFICO
FERNANDO LUIZ TAVARES VIEIRA
SECRETÁRIO EXECUTIVO
CLAUDIO HELIOMAR VICENTE DA SILVA
CONSELHO CONSULTIVO
CARLOS DE PAULA EDUARDO
EDELA PURICELLI
EDMIR MATSON
GERALDO BOSCO LINDOSO COUTO
HEITOR PANZERI
JOSÉ MONDELLI
LUCIANO LOUREIRO DE MELO
MARIA CARMÉLI CORREIA SAMPAIO
MARIA FIDELA DE LIMA NAVARRO
NEY SOARES DE ARAÚJO
NILZA PEREIRA COSTA
ORIVALDO TAVANO
ORLANDO AYRTON DE TOLEDO
ROBERTO VIANNA
SALETE MARIA PRETTO
TATSUKO SAKIMA
A Revista ABO Nacional é uma publicaçãobimestral da ABO Nacional. Sede adminis-trativa da entidade: Rua Vergueiro, 3153,conjs. 82 e 83 - Vila Mariana - São Paulo - SP- CEP 04101-300 - Telefax. (+55 11)5083.4000. - Web: www.abo.org.br / E-mail:[email protected] to correspondence: Rua Vergueiro,3153, conjs. 82 e 83 - São Paulo - SP - Brasil- CEP 04101-300Web: www.abo.org.br
Registrada no Instituto Brasileiro de Infor-mação em Ciência e Tecnologia (IBICT), sobo Número Internacional Normalizado paraPublicações Seriadas (ISSN) 0104-3072.
A Revista ABO Nacional está indexada nasbases de dados Bibliografia Brasileira de Odon-tologia (BBO) e Literatura Latino-americana edo Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).
Corpo Científico
Revista da AssociaçãoBrasileira de Odontologia
NACIONALNACIONAL
R E V I S T A
66 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Produção e Redação: Edita ComunicaçãoIntegrada - Alameda Santos, 1398 - 8º conj.87. Telefax (+11) 3253.6485. CEP 01418-100. São Paulo (SP) - Brasil. E-mail:[email protected] Diretores: JoaquimR. Lourenço e Zaíra Barros. Editora res-ponsável: Zaíra Barros (MTb:8989). Re-pórter: Antonela Tescarollo (MTb: 41547),Diego Freire (MTb: 49614). Copydesk:Ricardo Palmiéri. Imagens: Davi de Bar-
A Revista ABO Nacional tem como missão promover aatualização técnico-científica profissional da comunidadeodontológica nacional e internacional, através dapublicação de artigos científicos inéditos.
A Revista ABO Nacional tem como objetivo publicarartigos inéditos nas categorias de pesquisa científica erelatos de caso(s) clínico(s). Artigos de revisão da literatura,bem como matérias/reportagens de opinião, só serãoaceitos em caráter especial, mediante convite do ConselhoEditorial Científico.
Lançada em 1993 por Pedro Martinelli - Há 17 anos,desde seu lançamento, quando revolucionou aspublicações científicas de Odontologia ao mesclar apublicação de trabalhos científicos a reportagens sobretemas da área, a Revista ABO Nacional é referência nomercado editorial odontológico. Registrada com oInternational Standard Serial Numbers (ISSN) 0104-3072, que a coloca no catálogo internacional depublicações seriadas, é indexada no Lilacs e BBO deste1998, e tem qualificação equiparada à da maior parte daspublicações odontológicas brasileiras pela Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes): Qualis B. O desenvolvimento de seu padrãoeditorial coincide com o próprio desenvolvimento daOdontologia e da promoção da saúde bucal na população.
Missão
ros/Fotoabout. Diagramação/artes: Edita/Victor Cruz. Diretor de Produção Gráfi-ca: Joaquim R. Lourenço. Publicidade:MN Design (+11) 2975.3916. Impressão:Margraf.Tiragem: 30 mil exemplares.
Os conceitos e opiniões emitidos em artigosassinados são de inteira responsabilidadedos autores e não expressam necessaria-mente a posição da ABO Nacional. Publi-cidade: a ABO Nacional não se responsa-biliza pelos produtos e serviços das empre-
sas anunciantes, as quais estão sujeitas àsnormas de mercado e do Código de Defesado Consumidor.
É permitida a reprodução dos artigos nãocientíficos desde que citada a fonte. Osartigos científicos ficam sujeitos à autori-zação expressa dos autores.
Solicita-se permuta – Requests exchange– Si solicita lo scambio – Se solicita canje– On demande l’ èchange – Wir bitten umAustausch
Prêmio Colgate – Suas páginas não só divulgam aprodução científica brasileira como chamam a atençãopara a sua função social, como aconteceu, em especial,na série de reportagens sobre Saúde Bucal publicada em2006, premiada por abordar o tema de formamultidisciplinar e socialmente responsável. Em 2008, oassunto voltou a ser tratado em nova série de reportagens,dessa vez enfocando o Futuro da Odontologia.
Força institucional – A abordagem vanguardista daRevista ABO Nacional também foi responsável pelaformulação de políticas públicas, como aconteceu apósa publicação da reportagem “A Odontologia chega àUTI”, em 2007, que deu origem a projeto de lei queobriga a inclusão de cirurgiões-dentistas nas equipesdas UTIs dos hospitais brasileiros.Mais recentemente, em 2009, reportagem da revistaabordando o tabagismo como epidemia global queprecisa ser combatida através de medidas de saúdepública levou a Aliança de Controle do Tabagismo(ACT) a consultar a ABO sobre estratégias para engajara Odontologia nacional em suas campanhas.Após chegar à sua 100ª edição, em março de 2010, aRevista ABO Nacional orgulha-se de não só registrar ahistória da Odontologia brasileira, mas também deajudar a construí-la.
A Revista ABO Nacional está indexada nas bases de dadosBibliografia Brasileira de Odontologia (BBO) e LiteraturaLatino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde(Lilacs).
Expediente
Objetivo
A P R E S E N T A Ç Ã O. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Histórico
Indexação
67Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
S U M Á R I O
SummarySummarySummarySummarySummary. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
AGENDADENTAL CALENDAR
127
94
98
102
106
112
117
INDEXADA
BBO 1998Lilacs 1998
EROSÃO DENTAL
Silenciosa, destrutiva e emcrescimento
DENTAL EROSIONSilent, destructive andgrowing
70
77
74 Perda progressivae irreversível
Crianças e jovensna mira
ARTIGOS CIENTÍFICOSSCIENTIFIC ARTICLES
INSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUCTIONS TO AUTHORS
86
88
12180 Medidas simples para grandesbenefícios
84
Artigo originalAvaliação da dinâmica deatendimento dos Centros deEspecialidades Odontológicas deTeresina (Piauí)
Evaluation of the dynamics of care inSpecialties Dental Centers ofTeresina, Piauí State
Maria Ângela Arêa Leão FerrazRegina Ferraz MendesRaimundo Rosendo Prado JúniorJosé Machado Moita Neto
Artigo originalNíveis de ruído em clínica-escolade faculdade de Odontologia
Noise levels in the dental clinic of aSchool of Dentistry
Zeila Attuy GonçalvesPaulo Rogério GalloErmelinda Maria De-Lamonica-Freire
Projeto Santo Amaro - Um modelode extensão
Santo Amaro Project - Anextension model
Eliane MedeirosViviane ColaresPaulo Cabral
Tratamento de luxação recidivanteda articulação temporomandibularcom fio de aço
Treatment of temporomandibularjoint recurrent dislocation withsteel wire
Anderson Marciano PereiraEdwaldo DouradoAbdiel Ortega GôndolaEmanuela Batista Ferreira
Avaliação radiográfica daqualidade da obturação do canalradicular realizada por três técnicas
Radiografic evaluation of the rootcanal filling quality of threethecniques
Marcus Vinícius Reis SóFabiana Vieira Vier-PelisserBethânia MöbusFlávia Figueiredo BritoFernando Branco Barletta
Restaurações indiretas de resinacomposta do tipo inlay e onlay - Umavisão clínica abrangente
Indirect composite inlay and onlayrestoration - A comprehensiveclinical overview
Safira Marques de Andrade SilvaJuliana Felippi Davi Goés AzevedoRebeca Bezerra Barroso
Reabilitação nasal estético-funcional
Aesthetic-functional nasalrehabilitation
Marcelo Coelho GoiatoDaniela Nardi MancusoAna Cristina MurakawaDaniela Coelho De Lima
Etiopatogênese do aumento gengivalinduzido pela ciclosporina
Etiopathogenesis of cyclosporin-induced gingival overgrowth
Carlos Kose Jr.Luis Alfonso AranaJoão Paulo SteffensFábio André dos SantosGibson Luiz Pilatti
PAINEL
HIGHLIGHTS125
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Revista ABO Nacional100 vezes ciência
Marília Rabelo Buzalaf
Yvonne Buischi
Márcia Vasconcelos
Produção: Edita,imagem: Fotoabout
FDI’2010Programação destaca promoçãode saúde e inovações
68 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
ABO/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) 3224.0822
ABO/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) 3235.1008
ABO/AmapáPres. Daiz da Silva NunesRua Dr.Marcelo Cândia, 635 CP 63568906-510 - Macapá - APTel. (+96) 3244.0202/Fax 3242.9300
ABO/AmazonasPres. Alberto Tadeu do N. BorgesRua Maceió, 86369057-010 - Manaus - AMTel.(+92) 3584.5535/3635-231
ABO/BahiaPres. Antístenes Albernaz Alves NetoR.Altino Serbeto Barros, 13841825-010 - Salvador - BATel.(+71) 2203.4066/ Fax 2203.4069
ABO/CearáPres. José Barbosa PortoR. Gonçalves Lêdo, 163060110-261 - Fortaleza - CETel.(+85) 3311.6666/Fax 3311.6650
ABO/Distrito FederalPres. Hamilton de Souza MeloSGAS 616 - lote 115-L/2 Sul70200-760 - Brasília - DFTel.(+61) 3445.4800/Fax 3445.4848
ABO/Espírito SantoPres. Luiz Carlos Bourguignon dos SantosR. Henrique Rato, 40 - Fátima29160-812 - Vitória - ESTelefax(+27) 3337.8010
ABO/GoiásPres. Jorivê Sousa CastroAv.Itália, 118474325-110 - Goiânia - GOTel.(+62) 3236.3100/Fax 3236.3126
ABO/Rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax 2504.3859
ABO/Rio Grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: 3201.9441
ABO/Rio Grande do SulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 932
ABO/RondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: 3221.6197
ABO/RoraimaPres. Luiz Carlos SchwindenR. Barão do Rio Branco,130969301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax 3224.3795
ABO/Santa CatarinaPres. Nádia Maria FavaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) 3248.7101
ABO/São PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: 2950.1932
ABO/SergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 404 49015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: 3214.4640
ABO/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2246/Fax: 3214.1659
ABO/MaranhãoPres.Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax 3227.0834
ABO/Mato GrossoPres. Luciano Castelo MoraesRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) 3623.9897
ABO/Mato Grosso do SulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 Campo Grande - MSTelefax (+67)3383.3842
ABO/Minas GeraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax 3298.1838
ABO/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 229866080-350 - Belém - PA
ABO/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTelefax(+83) 3222-7100
ABO/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax 3028.5824
ABO/PernambucoPres. Luiz Gonçalves de MeloRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) 3442.8141
ABO/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) 3221.9374
Associação Brasileira de Odontologia - ABONacional, registrada no Conselho NacionalServiço Social sob nº 110.006/54, em 12 dejaneiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral.
Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente: Newton Miranda de Carvalho/MGVice-presidente: Manoel de Jesus RodriguesMello/CESecretário-geral: Marco Aurélio Blaz Vasques/RO1ª secretária: Daiz da Silva Muniz/APTesoureiro-geral: Wesley Borba Toledo/DF1o tesoureiro: Carlos Augusto J. Machado/MGSuplentes: Dilto Crouzeiles Nunes/RSPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJLucila Janeth Esteves Pereira/PA
Diretor do Departamento de Avaliaçãode Produtos Odontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr./SP
Diretor científico da Revista ABO NacionalFernando Luiz Tavares Vieira/PE
Coordenadoria Geral da UniABOCoordenador:Inácio da Silva Rocha/RJvice-coord.: Daniele Tupinambá/PAsecr.-geral: Sérgio Pedrosa/DF
Conselho Nacional de SaúdeEfetivo: Geraldo Vasconcelos/PE
Conselho Deliberativo Nacional (CDN)Presidente: José Barbosa Porto/CEVice-presidente: Nádia Maria Fava/SC
Júlio Medeiros Barros Fortes/PI
Conselho Fiscal Nacional (CFN)Efetivos: José Silvestre/SP, José BarbosaPorto/CE, Alberto Tadeu do NascimentoBorges/AMSuplentes: Rafael de Almeida Decurcio/GOStanley Sandro da Silva Mendes/AC
Vice-presidentes RegionaisNorte: Luiz Fernando Varrone/TO; Nordeste:Tiago Gusmão Muritiba/AL; Sudeste: OsmirLuiz Oliveira/MG; Sul: Nádia Maria Fava/SC;Centro-oeste: Jander Ruela Pereira/MT
Assessores da PresidênciaPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJAntonio Inácio Ribeiro/PRPlínio Tomaz/SPSinval Santos Pereira Silva/ESNilsom Tenório Medina de Albuquerque/SPOsiris Pontoni Klamas/PR
D I R E T O R I A A B O N A C I O N A L
A B O N O S E S T A D O S
69Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
70 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Por Antonela Tescarollo
atores de diferentes ordens, entre elesmudanças nos padrões da dietamoderna, hábitos sociais de higiene eambientais variados e novos paradigmas
Silenciosa,
Silenciosa,
destr
uti
v
a e em cr
escimento
prática que ainda não está bem difundida naclínica do cirurgião-dentista brasileiro. Assim, épreciso se atualizar para conhecer bem e saberidentificar as lesões erosivas, bem como os fatoresetiológicos, relacionando-os, inclusive, com oshábitos e a saúde geral do paciente.Quando a erosão dental é percebida no início, asituação é revertida com a eliminação ou controledos agentes causadores, através de medidassimples e com colaboração do paciente e, senecessário, de outros profissionais de saúde. Noentanto, se o desgaste estiver avançado, é precisolançar mão de procedimentos restauradores, àsvezes de execução complexa e dispendiosos.Nas próximas páginas, a Revista ABO Nacionalaborda este tema atual e emergente para aOdontologia, com a contribuição de importantesespecialistas: Marília Rabelo Buzalaf, YvonneBuischi, Roberto Vianna, Márcia VendicianoVasconcelos e Christiana Murakami.
F
FF
Fna Odontologia e na área da Saúde em geral, vêminfluenciando o aumento da prevalência daerosão dental, que chega a afetar cerca de 60%da população em algumas regiões. E o que éainda mais preocupante, tem crescidoespecialmente entre crianças e jovens.Isso é percebido no dia-a-dia da clínicaodontológica, mas pode ser mensurado pelomaior interesse que vem despertando nospesquisadores, com um crescente número deestudos abordando o tema. Caracterizada peladesmineralização química das estruturas dentais,a erosão ocorre pelo ataque de ácidos de origemextrínseca e intrínseca e causa danos progressivose irreversíveis, que podem chegar à destruiçãototal da coroa e comprometimento pulpar.Essas consequências tornam ainda maisimportante o diagnóstico precoce do problema,
Imag
em: F
otoa
bout
70 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
71Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
UU
Silenciosa, destrdestrutiutivva e em cra e em crescimentoescimentoA prevalência da erosão dental vemcrescendo de forma preocupante eganhando destaque na Odontologiaclínica e científica atual. Mudançasnos hábitos alimentares e sociaise na saúde bucal e geral dapopulação têm influenciado aocorrência do problema, que paraser prevenido, diagnostico e tratadorequer do cirurgião-dentista umavisão mais ampla do paciente eintegrada a outras áreas da saúde
ma série de mudançasvem fazendo com quea erosão dental ganhecada vez maior aten-
logia de Bauru da Universidadede São Paulo (FOB-USP). Segun-do ela, isto de fato ocorreu e écomprovado pelo crescente nú-mero de pesquisas e, consequen-temente, de artigos científicossobre o assunto. “Os estudos bus-cam compreender melhor aetiologia das lesões erosivas,conhecer sua prevalência e inci-dência em diferentes populaçõese faixas etárias e, principalmen-te, estabelecer medidas preventi-vas para a erosão.”
Além do crescimento da pes-quisa odontológica no mundo e,em especial, no Brasil, esse quadroé consequência de uma maior ocor-rência do problema. “É um fenô-meno crescente em diferentes par-tes do mundo, chegando a afetar
EROSÃO DENTAL
Marcas do desgaste dental por erosão
Sorrisos quedeveriam serpreservadospor toda a vida
Marília Rabelo Buzalaf, da FOB-USP
UUção na Odontologia. Em 1995, operiódico European Journal ofOral Sciences publicou um fascí-culo especial sobre erosão dentale, em seu prefácio, foi dito queeste tema experimentaria umagrande expansão em pesquisas ena prática clínica na década se-guinte.
A informação é da cirurgiã-dentista Marília Rabelo Buzalaf,doutora em Biologia Funcional eMolecular pela UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp)e professora titular e chefe doDepartamento de Ciências Bio-lógicas da Faculdade de Odonto-
Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010 71
72 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Silent, destructive and growingDifferent factors, including changes in dietary patterns, different social and environmental habitsand new paradigms in Dentistry have been influencing the increasing prevalence of dental erosion.And what is even more disturbing is that all these have grown especially among children andyouth. This is perceived in the daily dental clinic, but it may be measured by the greatest interest
it has aroused among researchers. Characterized by chemical demineralization of dental structures, the erosion occursby the attack of acids of extrinsic and intrinsic origin and causes progressive and irreversible damage.These consequences make the early diagnosis even more important, a practice that is still not widespread in Brazilian’sclinical practice. One has to know them well and know how to identify the erosive lesions and their etiologic factors.When dental erosion is noticed at the beginning, the situation is reversed with the elimination or control of causativeagents. However, if dental decay is advanced, one must use more complex restorative procedures.In the following pages, the ABO National Journal addresses this modern and emerging issue for Dentistry, withcontributions from prominent dental experts: Marília Rabelo Buzalaf, Yvonne Buischi, Roberto Vianna, MárciaVendiciano Vasconcelos and Christiana Murakami.
cerca de 60% das pessoasem algumas regiões, e atin-ge principalmente crian-ças e adultos jovens, oque também chama aten-ção para ele”, diz aCD Yvonne Buis-chi, doutora emBioquímica pelaUSP, consultorada OrganizaçãoMundial da Saú-de (OMS) e pes-quisadora da Fa-culdade de Odon-tologia da Univer-sidade de NovaYork.
Este contextoatual mais propícioà dissolução quími-ca do esmalte dental éformado por fatores dediferentes ordens, masque, por fim, sempre levam à maiorexposição dos dentes a fontesextrínsecas e intrínsecas de ácidos,independente da ação de bactéri-as. Sem dúvida, a principal forma
EROSÃO DENTAL
1
2
3
1-Crista de esmalte separandoa lesão da margem gengival2-Rugosidade superficialprejudicada por bebidas ácidas3-Traslucidez e transparência das extremidades
RÉSUMÉ - DENTAL EROSION
Refluxo gástrico altera opH salivar e a acidez
resultante afeta os dentes
72 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
de exposição é o consu-mo de alimentos e, emespecial, de bebidasácidas, como sucos de
frutas ácidas, naturais ouindustrializados,
refrigerantes, be-bidas esportivas(isotônicos) e vi-nhos, que vemcrescendo nos úl-timos anos. Pes-quisa do Ministé-
rio da Saúde apon-tou, por exemplo, que
o número de brasilei-ros que consomem re-gularmente refrigeran-tes e sucos artificiaisaumentou 13,4% emapenas um ano. Em
2008, 24,6% da popu-lação consumia as be-bidas cinco ou mais ve-
zes na semana. Ano passado, oíndice subiu para 27,9%.
A etiologia das lesões de ero-são dental também está associadaao ataque de ácidos intrínsecos
73Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
EROSÃO DENTAL
oriundos do estômago, processocomum em quem vomita comfrequência, seja por problemasgastroesofágicos, ou em decorrên-cia de distúrbios alimentares, comobulimia e anorexia. Fatoresambientais também influenciamna maior ocorrência do problema,
Isotônicos e sucos ácidos são propícios àdissolução do esmalte. Refrigerante: 27,9% dosbrasileiros consomem regularmente a bebida,que também provoca lesões erosivas
Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010 73
tíveis a outros tipos de lesões den-tais, como a erosão”, diz Marília.
O crescente desta-que dado à erosãodental dentro daclínica, da pesqui-sa e até do merca-do odontológico é
tanto resultadoquanto estímulo a umrecente enfoque naárea: o da Odontolo-gia integrada à saúde eao bem-estar geral doindivíduo. “A erosãoleva à destruição dosdentes, não causandoapenas efeitos estéti-cos negativos, que aba-
lam a autoestima, mastambém pode causar dor e inter-ferir na mastigação e fonação,processos funcionais essenciaispara a manutenção da saúde ge-ral e para uma boa qualidade devida. No atual paradigma da Odon-tologia, em que a ligação estreitaentre saúde geral e a saúde da bocaé indiscutível, o combate a esteproblema merece papel de desta-
que em nossa prá-tica diária”, ava-lia Yvonne.Observada numenfoque maisamplo, a erosãodental, suas cau-sas, consequên-
cias e terapias, sãoum bom exemplo de
como a Odontologiae a saúde bucal intera-
gem com informações dediferentes origens: o estilode vida do paciente, suarotina, seus hábitos ali-mentares, condições de
saúde em geral, en-tre outros. Assim,diagnóstico, trata-
mento e prevenção não podem maisse limitar somente à boca.
como trabalhar em indústrias queusam produtos ácidos, e entre na-dadores que ficammuito tempo em con-tato com a água qui-micamente tratada.“Nos Estados Uni-dos, 36% dos nada-dores e 85% dos ci-clistas, que costumamconsumir isotônicos,apresentam erosão den-tal”, afirma YvonneBuischi. As bebidas es-portivas contêm ácidocítrico.
A professora da FOB-USP, Marília Buzalaf,lembra que também é pre-ciso estar atento ao uso demedicamentos ácidos (vitamina C,aspirina) e à xerostomia. “Este pro-blema pode ter influência no apa-recimento da lesão devido à dimi-nuição na liberação de saliva, res-ponsável pelo equilíbrio do pH, ouseja, tamponamento dos ácidos.”
Novos paradigmasA erosão dental também vem
sendo favorecida emais abordada deacordo com umnovo contextodentro da própriaOdontologia. Me-lhorias na saúdebucal das popula-ções, como o de-clínio na prevalênciada cárie, maior controleda doença periodontal eacesso a programas preven-tivos e aos serviços e pro-dutos de higiene bucal, as-sim como o aumento naexpectativa de vida,têm influência naquestão. “Destaforma os dentes têm sido manti-dos na boca dos indivíduos pormais tempo, o que os torna susce-
74 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Perda progressiva e irreversível
O desgaste químico doesmalte provocado pelosácidos leva a danoscumulativos e irreversíveis naestrutura dental, agravantesque chamam mais atençãopara a importância dodiagnóstico precoce. Para tal,os cirurgiões-dentistas devemestar familiarizados com aslesões erosivas e aptos aidentificar seus primeirossinais – postura ainda poucoincorporada à prática clínica
voltada à prevenção e ao diag-nóstico e tratamento precoces,para evitar a progressão das le-sões. No entanto, a identificaçãodo processo erosivo no início éalgo delicado e ainda relativa-mente novo e pouco incorporadoà prática clínica odontológica noPaís. “Os meios utilizados para odiagnóstico da erosão têm sidoobjeto de pesquisas recentes, poisainda não existe na literatura umíndice universalmente aceito paraa classificação das lesões. Alémdisso, os clínicos precisam sermais bem treinados neste ponto
para lidarem de forma adequadacom esta patologia”, avaliaYvonne Buischi.
Para conhecer melhor a ero-são dental, é essencial conhecerbem e estar atento aos sinais esintomas, visíveis e relatados,que ela provoca. As lesões ero-sivas surgem como marcas dedepressão ou desgaste na pontadas cúspides e nas superfícieslisas, com alteração na textura easpecto de glaze, ou seja, ligeira-mente brilhante como se tivesseuma base de esmalte incolor apli-cada. A progressão das lesões e o
EROSÃO DENTAL
O
OO
O processo erosivo, de forma geral,se caracteriza por um desgasteprogressivo e lento e que leva àdestruição das estruturas atingi-das. É assim também que aconte-ce com a erosão química das es-truturas dentais mineralizadas pormeio de ataques ácidos. Os danosfuncionais e estéticos causadossão irreversíveis, do ponto devista da reação do organismo,havendo a possibilidade da des-truição total da coroa do dente ecomprometimento pulpar.
Diante deste quadro preocu-pante, é preciso ter a atenção
74 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
75Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
surgimento de novas levam à dis-solução do esmalte e à exposiçãoda dentina. As possíveis manifes-tações do problema estão descri-tas no quadro acima.
Além de estar atento e saberidentificar estes sinais, o cirur-gião-dentista deve sempre rea-lizar a anamnese detalhada dopaciente, considerando seus há-bitos alimentares, de higienebucal e sociais e sua saúde ge-ral, relacionando-os com o exa-
me clínico. Isso contribui com odiagnóstico e controle preco-ces e mais precisos e torna osCDs mais aptos a diferenciar aaparência clínica da erosão deoutras formas de desgaste e le-são dentais. “As lesões erosivasestão frequentemente associa-das com as abrasivas, causadaspor forças mecânicas, como aescovação, e com as lesões poratrição, originadas pelo conta-to entre dentes na oclusão, e o
EROSÃO DENTAL
Erosão dental em paciente com bulimia
Pesquisadora Yvonne Buischi
Bordas incisais finas e com fissuras, podendo chegar àtranslucidez maior e até transparência das extremidades
DiastemasHipersensibilidade dentinária cervical
Crista de esmalte separando a lesão da margem gengival
Cúspides e cavidades arredondadas na superfície oclusal. Noscasos mais severos, a morfologia da superfície é perdida
Proeminência das restaurações metálicas, já quenão são erodidas como o esmalte dental
Descoloração dos dentes, com aparência ligeiramente amarelada,devido ao tom da dentina subjacente ao esmalte perdido
Perda da dimensão vertical Pseudomordida aberta Superfície áspera
Manifestações
Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010 75
76 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
diagnóstico diferencial é muitodifícil”, afirma a profa. MaríliaRabelo Buzalaf.
O tamanho do estragoAs pesquisas em relação à ero-
são dental estão crescendo e jácomeçam a delinear melhor aquestão dentro da ciência odon-tológica. Muita informação ain-da precisa ser levantada e reuni-da, mas, segundo Roberto Vian-na, presidente da Federação Den-tária Internacional (FDI) e doutorem Odontopediatria, já se sabe,por exemplo, que pessoas que
consomem frutas cítricas mais deduas vezes ao dia apresentam umrisco 37 vezes maior de desen-volverem lesões por erosão doque as que não consomem.
“Riscos semelhantes parecemocorrer com o consumo de vina-gre de maçã, 10 vezes mais, ebebidas para esportistas ou refri-gerantes, quatro vezes mais,quando consumidos diariamen-te. Outro resultado interessante en-contrado na literatura relata que, invitro, a ação erosiva dos sucos defrutas sobre o esmalte é cinco a oitovezes maior do que a da fruta natu-ral”, completa Vianna.
O cirurgião-dentista CaioGorgulho Zanet, doutor em Odon-tologia Restauradora pela Facul-dade de Odontologia de São Josédos Campos da Universidade Esta-dual Paulista (Unesp), vem reali-zando estudos nesta área e publi-cou alguns dos resultados no arti-go científico “Refrescos ácidos:dissolução do esmalte”. O objeti-
vo foi avaliar a rugosidade super-ficial do esmalte de dentes bovinosapós a ação de bebidas ácidas.
Nos testes, amostras dos den-tes foram imersas por 10 minutosem soluções de limonada artifici-al pasteurizada (pH 2,85), refres-co artificial em pó sabor limão(pH 2,75) e refrigerante light àbase de cola contendo limão (pH3,29), e depois armazenadas emsaliva artificial até completar 24horas. O processo foi repetido por14 dias seguidos e duas leiturasde rugosidade foram feitas, apóso sétimo dia e ao final.
A média da rugosidade nosdentes foi de 0,3215, entre osimersos no suco em pó; 0,0275, norefrigerante; e 0,0120, na limona-da. A conclusão foi de que todas astrês bebidas interferiram narugosidade do esmalte, mas o sucoem pó causou o maior dano. Foiconfirmado também que o tempode exposição às bebidas aumentouos valores da rugosidade.
Em outro experimento, Zanettambém comparou, in vitro, amicrodureza do esmalte de dentesclareados e não clareados expos-tos a soluções ácidas, concluindoque os elementos que passaram porclareamento foram os mais suscetí-veis aos efeitos erosivos. O estudofoi publicado no artigo “Avalia-ção in vitro da microdureza super-ficial do esmalte bovino exposto asoluções ácidas, após receber ounão, clareamento com peróxido dehidrogênio a 35%”.
Esses são apenas alguns exem-plos do que tem sido feito no Brasile no mundo em torno da erosãodental, para buscar definir melhoro quanto de dissolução química doesmalte cada forma de exposiçãoácida provoca, quais as mais peri-gosas, se há outros fatores influen-ciando e como controlar e preveniro problema sem prejudicar a quali-dade de vida do paciente.
Pesquisas: frutas cítricas apresentam risco 37 vezes maior para lesões
EROSÃO DENTAL
76 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Lesões erosivaspodem estar
associadas a lesõespor abrasão e atrição
Imag
ens:
Edi
ta
77Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Crianças e jovens na mira
A erosão dental preocupa especialmente porque tem crescido entrecrianças e jovens adultos. Além de fazer um alerta sobre a dieta inadequada
seguida por estes grupos, o problema aproxima da Odontologia os transtornosalimentares, como bulimia e anorexia, que se refletem na saúde bucal
e incluem o CD numa abordagem multidisciplinar
m dos motivos principais para aerosão dental estar chamandomuita atenção atualmente é o seucrescimento entre crianças, ado-lescentes e jovens adultos. Situ-ação preocupante e que destaca aimportância do diagnóstico pre-coce do problema, pois, diferen-temente de idosos que permane-cem com seus próprios dentes pormuitos anos, entre esses grupos odesgaste ácido não deve ser vistocomo um processo natural do en-velhecimento. Além disso, com amaior expectativa de vida da po-pulação, preservar os dentes sau-dáveis por mais tempo é uma de-manda crescente na Odontologia.
A comprovação da maior ocor-
rência do problema entre crian-ças veio com uma pesquisa daFaculdade de Odontologia daUniversidade de São Paulo (FO-USP) que revelou que a erosãodental já atinge metade das crian-ças em idade pré-escolar. O estu-do foi realizado com 967 crian-ças entre três e quatro anos, comdentição decídua completa, nacidade de Diadema (SP).
“Em 51,6% dos participantesdo levantamento já havia des-gaste patológico por erosão, sen-do que a maioria das lesõeserosivas encontrava-se em está-gio inicial, acometendo o esmal-te dos dentes”, diz a cirurgiã-dentista Christiana Murakami,
responsável pela pesquisa, quefaz parte de sua dissertação demestrado, orientada pelo prof.Marcelo Bönecker. Ela aindaconta que, por meio de entrevis-tas com os pais, verificou os prin-cipais indicadores de risco para oproblema: ingestão frequente de
UUUU
EROSÃO DENTAL
Estudo: 51,6% emidade pré-escolar já
tinham desgastepor erosão
77Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Imag
ens:
Fot
oabo
ut
78 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
sucos ácidos e refrigerantes emaior ocorrência de refluxogastroesofágico. “Basta o reflu-xo chegar ao esôfago para alteraro pH salivar e a acidez afetar osdentes.”
Para Christiana, este resultadoé alarmante, devido à pouca idadedas crianças. A CD Márcia Ven-diciano Vasconcelos, mestre emOdontologia, doutora em Nutri-ção e professora de OdontologiaPreventiva e Social da Universi-dade Federal de Pernambuco, con-corda e destaca que a informaçãotambém é preocupante porque, nafaixa etária dos três a quatro anos,é mais fácil para os pais contro-larem a alimentação dos filhos.Além disso, é nesta idade quedevem ser formados os hábitosalimentares que a pessoa levarápara o resto da vida.
Márcia também lembra que ofato da erosão entre crianças atin-gir a dentição decídua não devefazer com que o problema sejamenos grave para este grupo. “Osdentes decíduos são importantespara desempenhar funções demastigação, fonação, estética econtribuem para a formação ade-quada muscular e ósseados maxilares. Assim, odesgaste erosivo provo-caria não só danos ime-diatos com a perda mi-neral e diminuição de es-pessura do dente, mastambém futuros, comoproblemas de oclusão”,explica a especialista.
Desequilíbrioalimentar
Além da mudançanos hábitos alimentares,a erosão dental tambémse aproxima mais de ado-lescentes e jovens adul-tos por meio dos distúr-bios ou transtornos ali-
mentares, problema mais fre-quente entre indivíduos do sexofeminino dentro desta faixa etária.A bulimia e anorexia nervosa sãosíndromes psiquiátricas comple-xas associadas à insatisfação coma imagem do próprio corpo e medomórbido de engordar.
A bulimia nervosa é caracteri-zada por frequentes episódios deconsumo compulsivo e excessi-vo de alimentos, seguidos por umou mais métodos compensatóri-os impróprios para prevenir oganho de peso, como o vômitoinduzido, uso abusivo de laxan-tes, diuréticos, jejuns prolonga-dos ou excesso de atividade físi-ca. Já a anorexia nervosa é con-ceituada principalmente pelainanição deliberada e autoim-posta e, consequentemente, por
Márcia Vasconcelos, CD doutora em Nutrição
EROSÃO DENTAL
Danosprecoces
Pesquisa realizada
com crianças com
3 e 4 anos revelou
que 51,6% delas
já apresentavam
desgaste dental
patológico por
erosão
Sensibilidadedentinária é apenas
um dos sintomasda erosão dental
78 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
79Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
sérios graus de emagrecimento,mas também abrange estratégiascomo o vômito induzido, uso delaxantes, entre outros.
Os distúrbios alimentares pro-vocam diversos efeitos na saúdebucal, entre eles a erosão dental.“A regurgitação crônica leva,com frequência, a uma distribui-ção típica de lesões erosivas den-
EROSÃO DENTAL
tro das arcadas dentárias, cor-respondendo à trajetória do áci-do gástrico, regurgitado pelodorso da língua ao longo das su-perfícies oclusais dos dentes su-periores e inferiores e no vestíbu-lo mandibular”, diz o odonto-pediatra Roberto Vianna.
Esta distribuição típica daslesões inclui bordas incisais fi-nas ou fraturadas, diastemas epseudomordida aberta. Tam-bém pode ocorrer perda de di-mensão vertical do dente, devi-do ao desgaste das superfíciesoclusais posteriores, perda dobrilho normal, alteração da core sensibilidade dentinária.
Vianna também destaca ou-tros sintomas bucais que os trans-tornos alimentares podem pro-vocar: cárie radicular; aumentodas papilas linguais em decor-rência da irritação constante pelovômito ácido; aumento assin-tomático das parótidas; xeros-tomia; irritação da mucosa oral;quelite; halitose, entre outrasconsequências. “Muitos destespacientes são também dependen-
tes químicos de drogas, entre elasálcool, fumo e medicamentos, oque favorece o processo de ero-são dental, xerostomia, forma-ção do biofilme bacteriano e au-mento de susceptibilidade à cá-rie”, completa.
A associação da erosão den-tal e de outros problemas bucaiscom os transtornos alimentarescoloca o cirurgião-dentista numaposição importante quanto aodiagnóstico e tratamento destespacientes, que, devido às altera-ções psicopatológicas, nutricio-nais e somáticas que reúnem, re-querem uma atenção multidis-ciplinar. Conforme destaca a ci-rurgiã-dentista Yvonne Buischi,“como as primeiras manifesta-ções clínicas destes distúrbiosgeralmente aparecem na boca, éextremamente importante que oCD esteja familiarizado a isso ehabilitado a encaminhar os por-tadores para profissionais desaúde capacitados, além deorientá-los a controlar, da for-ma possível, os danos causadosà saúde bucal”.Prof. Roberto Vianna, da FDI
Quem consome frutas cítricas
mais de duas vezes ao dia
apresenta um risco 37 vezes
maior de desenvolver lesões
erosivas. Entre os consumidores
frequentes de vinagre, o risco é
10 vezes maior, e de
refrigerantes e bebidas
esportivas, 4 vezes maior
Belas e perigosasQuem consome frutas cítricas
mais de duas vezes ao dia
apresenta um risco 37 vezes
maior de desenvolver lesões
erosivas. Entre os consumidores
frequentes de vinagre, o risco é
10 vezes maior, e de
refrigerantes e bebidas
esportivas, 4 vezes maior
Belas e perigosas
79Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
80 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Medidas simples paragrandes benefícios
O controle dos agentes causadoresda erosão dental é essencial eemergente no tratamento doproblema, o que em muitos casospode ser alcançado por meio desimples orientações dadas pelosprofissionais e da colaboração dopaciente. Mas se o desgaste formuito extenso, é preciso lançarmão também de procedimentosrestauradores, que podem chegaraté a reconstrução total da coroa
o tratamento da ero-são dental, o primeiropasso, sem dúvida,deve ser a paralisação
lesões e, muitas vezes, participa-ção de outros profissionais desaúde, como nutricionista, psi-quiatra, psicólogo e gastroentero-logista.
Quando não há outros fatoresde saúde ou ambientais que tor-nem o prognóstico mais comple-xo, as mudanças na alimentaçãonão precisam ser muito grandesou radicais, mas que contemplemapenas a diminuição na frequên-cia do consumo de bebidas e ali-mentos ácidos, restringindo-os,por exemplo, a uma vez ao dia,aos finais de semana, ou substi-tuindo-os por opções mais neu-
N
NN
Ndo processo de perda de minerais,pela eliminação ou controle dosagentes causadores já bem iden-tificados no exame clínico eanamnese. Esta etapa é essenciale requer do cirurgião-dentistahabilidades preventivas e clíni-cas, além da colaboração do paci-ente. Os pontos principais são aadequação dos hábitos alimenta-res, sociais e de higiene bucal,consultas odontológicas perió-dicas para monitoramento das
Imag
em: F
otoa
bout
EROSÃO DENTAL
80 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
81Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
tras. A menor constância da ex-posição do esmalte aos ácidostambém contribui para a respostanatural, porém mais lenta, atra-vés da saliva. “A erosão decor-
rente da ingestão de frutas e sucoscítricos localiza-se principalmen-te na face vestibular e no terçocervical dos dentes anteriores. Asaliva não atua rapidamente nes-te local e o seu efeito tampãodemora mais para ocorrer”, desta-ca ainda o odontopediatra Ro-berto Vianna.
Os profissionais devem ori-entar também seus pacientes so-bre outras medidas simples e efi-cazes no controle e prevenção daerosão, como não escovar os den-tes logo após o contato ácido,pois o esmalte dental encontra-sedesorganizado e fácil de ser re-movido. “É aconselhável enxa-guar a boca com água e, em segui-da, bochechar uma solução deflúor, principalmente após vomi-tar. Embora a ação do flúor nocontrole da erosão do esmalteseja ainda motivo de discussão
científica, esse procedimentotem sido amplamente recomen-dado por cirurgiões-dentistas emtodo o mundo”, explica a pesqui-sadora Yvonne Buischi.
Da mesma forma, Viannalembra que tem sido indicada naliteratura a escovação com cremedental fluoretado antes da inges-tão de substâncias com baixo pH(ver tabela na pág. 83). Os efeitosquímicos dos ácidos tambémpodem ser minimizados com ouso de canudo, colocado sobre alíngua e atrás dos dentes, o corteda fruta em pedaços e não reter abebida na boca ou bochechá-la.
Reparo necessárioEssas medidas de controle da
erosão se bastam como tratamen-to enquanto os dentes apresen-tam perdas incipientes e míni-mas de minerais. No entanto, se o
As medidasda erosão
Dentes imersos em
suco artificial em pó
apresentaram
rugosidade de 0,315 ;em refrigerante,
0,0275 ; e em
limonada, 0,0120
Erosão dental(imagem microscópica)exige procedimentosrestauradores.Bochecho após aingestão de bebidasé medida preventivaindicada
EROSÃO DENTAL
81Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
82 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
desgaste for maior, é preciso tam-bém realizar procedimentos res-tauradores, “normalmente exten-sos e de alto custo”, colocaYvonne Buischi. A consultora daOMS ainda lembra que o tratamen-to restaurador só deve ser realizadoquando o processo erosivo estiversob controle e, em todas as situa-ções, o preparo cavitário dever se-guir os princípios de intervençãominimamente invasiva.
A professora da FOB-USPMarília Rabelo Buzalaf tambémdestaca as condições em que osprocedimentos devem ser reali-
EROSÃO DENTAL
Cresce oconsumo
Número de brasileiros
que consomem
regularmente
refrigerantes e sucos
artificiais aumentou
13,4% em apenas
um ano
zados: “A restauração, desde asterapias minimamente invasivas,como as adesivas, até coroas to-tais fixas, é necessária quando forconstatada que a lesão é mesmopatológica, isto é, está progre-dindo em velocidade avançadapara a idade do paciente, com ocomprometimento da estética efunção, assim como a presença dehipersensibilidade”.
Mas nem sempre a decisãopelo tratamento restaurador, bemcomo a forma a realizá-lo, serámuito simples para o cirurgião-dentista e terá sucesso garantidoem longo prazo. “É um desafiopara o profissional, pois as carac-terísticas clínicas das estruturasdentárias desgastadas muitas ve-Dados
dos EUA
Nos EUA, 85% dos
ciclistas que consomem
isotônicos
e 36% dos
nadadores apresentam
erosão dental
zes limitam a retenção da restau-ração. Além disso, o pacientepode apresentar perda de dimen-são vertical, o que requer trata-mento mais complexo envolven-do várias especialidades”, dizMarília Buzalaf.
Essas possíveis complicaçõesem torno da reabilitação da ero-são dental, bem como os severos,progressivos e irreversíveis da-nos da dissolução química doesmalte, trazem um alerta aindamaior para a importância do di-agnóstico precoce do problema,sua prevenção e controle dosagentes causadores. Um trabalhoem parceria de cirurgiões-dentis-tas, pesquisadores, pacientes edemais profissionais de saúde.
Erosion 2010: erosãodental em debate
A maior atenção que tem sido dada à erosão dental dentrodo meio clínico e acadêmico, com o aumento expressivo depublicações sobre o tema, associada ao fato dos profissionaisnão estarem ainda bem preparados para diagnosticar lesõeserosivas precocemente e estabelecer medidas preventivas ade-quadas, fez surgir uma ideia: o International Meeting Erosion2010. Em sua primeira edição, o evento acontece de 20 a 22 deoutubro, em Bauru (SP), promovido pela Faculdade de Odon-tologia de Bauru (FOB-USP).
“Pensamos que a realização deste evento no Brasil poderiacontribuir sobremaneira para trazer conhecimentos de pontaaos pesquisadores e clínicos não só do País, mas da América doSul de forma geral, bem como estimular o desenvolvimento deestudos sobre o tema e a interação entre grupos de pesquisa”,diz Marília Rabelo Buzalaf, professora titular e chefe doDepartamento de Ciências Biológicas da FOB-USP e membrodo comitê organizador do Erosion 2010.
O encontro reunirá palestrantes que estão entre os maisrenomados pesquisadores sobre erosão dental – 7 estrangeirose 11 brasileiros. A programação vai abordar desde o entendi-mento da bioquímica da erosão dental, bem como seu diagnós-tico, epidemiologia, medidas preventivas e tratamento. Além deconferências, simpósios e mesas-redondas, haverá a apresen-tação de painéis científicos.
Mais informações: www.fob.usp.br/erosion2010
82 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
83Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
EROSÃO DENTAL
O pH é o símbolo para a grandeza físico-química potencial hidrogeniônico, que indica a acidez, neutralidade oualcalinidade de uma solução aquosa. O termo foi introduzido em 1.909 e quanto menor ele for, maior a acidez.
Alimentos e bebidas ácidos devem ser consumidos com pouca frequência, ou comalgumas precauções, como bochechar água após consumi-los para neutralizar o meio bucal. Para
orientar melhor seus pacientes sobre que dieta seguir para controlar e prevenir a erosãodos dentes, segue uma lista de alimentos e bebidas conforme seu pH.
83Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
84 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
Revista ABO Nacional chegou àsua 100ª edição (fev/mar 2010)se preparando para importantestransformações em sua linha edi-torial e seu formato. Para tanto,além de publicar reportagem res-gatando importantes momentosda história da ABO Nacional e desuas publicações - reafirmando aimportância da entidade e da pró-pria revista para a Odontologiabrasileira e a ciência -, o periódi-co editou suplemento com exa-tos 100 trabalhos produzidos pelacomunidade científica odonto-lógica nacional, distribuídos em500 páginas. O esforço está sen-do ampliado para a publicação deum novo suplemento, que já contacom mais de 100 trabalhos revisa-dos e deve ser lançado em breve.
Para o diretor científico da re-vista, Fernando Luiz TavaresVieira, doutor em Dentística Res-tauradora pela Universidade dePernambuco (UPE) e professor ad-junto I do Departamento de Prótesee Cirurgia Bucofacial da Universi-dade Federal de Pernambuco
Revista ABONacional:100 vezes ciênciaO periódico ultrapassa a 100ª ediçãopublicando mais de 200 trabalhoscientíficos em dois suplementos especiais,ao mesmo tempo em que implementamudanças importantes e se prepara paramais um salto de modernização
(UFPE), otrabalho evi-dencia os esforçosda Revista ABO Naci-onal em “alcançar a centé-sima edição mantendo-se comos padrões de credibilidade e con-fiança que possui”.
Tavares acredita que essa con-quista é resultado de uma ambi-ção ainda maior. “Ser um veículode transmissão de conhecimen-tos e atualidades científicas e estara serviço da comunidade odon-tológica brasileira e internacio-nal é o nosso objetivo maior.Manter a responsabilidade e ocompromisso com a atualizaçãoclínica do cirurgião-dentista bra-sileiro é outro ideal que não po-demos esquecer. Divulgar os re-sultados das pesquisas científi-cas empreendidas pelos nossospesquisadores é motivo de satis-fação e orgulho para todos nósque fazemos a revista.”
O presidente nacional daABO, Newton Miranda de Carva-lho, também presidente do Con-
selho Editorial Científico da Re-vista ABO Nacional, chama aatenção para o esforço de renova-ção empreendido na publicaçãodos 100 trabalhos do primeirosuplemento. “Agora, com tantostrabalhos que ainda estavam nalista de espera para publicaçãosendo apresentados à comunida-de odontológica e a toda a área dasaúde, através das páginas danossa revista, ela pode respirar edar início ao processo de renova-ção e modernização de que tantoprecisa”, comemora.
Com a “pauta limpa”, Mi-randa anuncia que a principalnovidade planejada para a publi-cação será a reaproximação daclasse acadêmica e do dia a dia do
A AA A
D I V U L G A Ç Ã O - C I E N T Í F I C A. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
84 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
1º suplemento:100 trabalhos
científicos
85Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
consultório odontológico. “Comisso, pretendemos nos aproximarainda mais do nosso público semabandonar o marco científico quea Revista ABO Nacional repre-senta”, explica.
As mudanças também contem-plam as normas para publicaçãode trabalhos científicos, como ex-plica o diretor científico, Fer-nando Tavares: “Foi incluído umCheck List para os autores, quetambém terão à sua disposiçãobreve resumo histórico da revis-
ta. Estabelecemos, ainda, fluxo-grama através do qual os traba-lhos apresentados para divulga-ção passarão, obrigatoriamente,pela avaliação de dois ou trêsconsultores científicos, com mo-nitoramento permanente, garan-tindo aos autores a credibilidadede uma rigorosa avaliação. Paramaior agilização nas avaliaçõesdos trabalhos apresentados, ins-tituímos, além do Conselho Ci-entífico Permanente, um Conse-lho Consultivo ‘Ad Hoc’, com-posto por professores nacionais einternacionais com titulação mí-nima de doutor, que muito noshonram com as suas disponibili-dades. A abordagem de um temada atualidade como matéria decapa é outra provável novidade.Enfim, a comunidade odonto-lógica brasileira pode ter a certe-za de que a Revista ABO Nacio-nal haverá de completar outrascentenas de edições, conquis-tando a adesão de novos assi-nantes e anunciantes, o que tam-bém é um dos nossos maioresobjetivos”.
Para implementar todas asmudanças previstas, o diretor ci-entífico conta ainda com a parce-ria do secretário executivo daRevista ABO Nacional, Prof. Dr.
Claudio Heliomar Vicente da Sil-va, atualmente coordenador docurso de graduação em Odonto-logia da UFPE, que traz consigoa experiência de quem já admi-nistrou outros periódicos cientí-ficos, e de uma rede de colabora-ção multidisciplinar. “Além doforte apoio administrativo da Di-retoria da ABO Nacional, quenos ajuda a manter firmes os pro-pósitos de conquistarmos a cadaedição a credibilidade e a confi-ança dos nossos autores, assinan-tes e anunciantes, contamos comuma assessoria competente porparte da Edita Comunicação In-tegrada, que faz a diagramação ea produção gráfica da revista”,reconhece. E também cita os mem-bros do Conselho Consultivo:Carlos de Paula Eduardo, EdelaPuricelli, Edmir Matson, GeraldoBosco Lindoso Couto, HeitorPanzeri, José Mondelli, LucianoLoureiro de Melo, Maria CarméliCorreia Sampaio, Maria Fidela deLima Navarro, Ney Soares de Ara-újo, Nilza Pereira Costa, OrivaldoTavano, Orlando Ayrton de To-ledo, Roberto Vianna, Salete Ma-ria Pretto e Tatsuko Sakima.
Com sua experiência, Tava-res pretende “contribuir com acapacidade de conseguir reunirtodos os valores já citados parajuntos encararmos esse desafio”,lembrando que “os cargos de di-retor científico e secretário exe-cutivo da revista não são remu-nerados, assim como todo e qual-quer cargo na ABO Nacional eem qualquer Seção ou Regionalda entidade”. Para ele, “a únicagratificação será o reconhecimen-to dos colegas por um trabalhobem feito e comprometido com aOdontologia brasileira – esse é onosso compromisso”.
A Revista ABO Nacional 100e seus suplementos podem serlidos no site www.abo.org.br.Newton Miranda, presidente da ABO Nacional
Fernando Tavares e Claudio da Silva, diretor científico e secretário executivo da revista
Fot
o: D
avi d
e B
arro
s
85Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
86 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
87Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
88 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
89Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
90 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
91Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
92 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
93Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
94 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
95Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
96 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
97Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
98 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
99Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
100 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
101Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
102 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
103Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
104 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
105Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
106 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
107Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
108 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
109Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
110 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
111Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
112 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
113Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
114 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
115Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
116 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
117Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
118 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
119Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
120 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
121Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
122 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
123Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
124 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
125Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
P A I N E L○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
HighlightsHighlightsHighlightsHighlightsHighlights
Programação destacapromoção de saúde e inovações
Com o tema Saúde Oral paraTodos: Desafios Locais. SoluçõesGlobais, a programação científicado FDI’2010 foi estrategicamentemontada para interessar a todos,do clínico-geral ao especialista emdiversas áreas. No total, serãocerca de 150 atividades
partir do tema Saúde Oral paraTodos: Desafios Locais. SoluçõesGlobais, a programação científicado Congresso Mundial de Odon-tologia da FDI em 2010 - que acon-tece em Salvador (BA), de 2 a 5 desetembro – foi estrategicamentemontada para interessar a todos, doclínico-geral ao especialista em di-versas áreas, apresentando a elesnovos e diferentes enfoques. Serãocerca de 150 atividades, ministra-das por especialistas de peso, vin-dos de diversos países.
O conteúdo está organizadoem quatro principais eixos que serelacionam com o tema central doevento e com a Odontologia atual:promoção de saúde e como o CDpode colaborar com ela, com des-taque para o entendimento dasdoenças que ocorrem regional emundialmente e como enfrentá-las; tecnologia e clínica odon-tológica, principais inovações,materiais, técnicas cirúrgicas, en-tre outros; as perspectivas e o futu-ro da ciência, abordando também oque vai mudar no atendimento dopaciente; e a Odontologia integra-da às outras áreas da Saúde, enfo-cando, inclusive, a ciência, o paci-ente, a clínica e o negócio do CD.
Veja abaixo alguns destaquesda grade em relação a previsões eperspectivas na ciência e práticaodontológica. A programaçãocompleta e a inscrição para oevento estão disponíveis em:www.fdi2010.com.br.
●●●●● Odontologia do Futuro: Vocêestá Pronto?Ministrador: J. M. (Bob) Ten Cate,HolandaApresentação sobre os avançosna prevenção e no manuseio dacárie e as implicações para o futu-ro de suas clínicas.
●●●●● Diagnóstico e Avaliação daCárie: Um Novo ParadigmaGlobalMinistradora: Yvonne Aparecidade Paiva Buischi, BrasilO objetivo é aumentar a cons-cientização do cirurgião-dentis-ta com relação ao cuidado e con-trole da cárie, através de um am-
plo acesso ao diagnóstico da cá-rie e avaliação de riscos.
●●●●● Desenvolvimentos de ÚltimaGeração em Prótese Sobreim-plantesMinistrador: Luigi Canullo, Itá-liaOs participantes estarão aptos aidentificar a lógica biológica ebiomecânica por trás do concei-to protético da Alteração de Pla-taforma, além de entender as van-tagens e desvantagens dele ecomo manuseá-lo.
●●●●● As Potenciais Aplicações paraTerapias Genéticas em Odon-tologiaMinistrador: Thomas Hart, Es-tados UnidosO curso abordará como a infor-mação genética vem sendo utili-zada para diagnosticar e tratar asdoenças odontológicas afetan-do os dentes e o periodonto.
●●●●● O Futuro da Zircônica na Clí-nica OdontológicaNanopartículas de Zircôniapara Próteses OdontológicasMinistrador: Carlos NelsonElias, BrasilApós a apresentação, os partici-pantes poderão comparar as pro-priedades mecânicas da nano-partícula de zircônia e da micro-construída, e conhecer as inova-ções em sistemas de cerâmicasem CAD/CAM.
●●●●● Engenharia Tecidual na Clí-nica Odontológica de HojeMinistrador: Michel Goldberg,França
AA
Ministradores Luigi Canullo (Itália), Art Jeske (EstadosUnidos), Carlos Nelson Elias (Brasil)
Ministradores J. M. Ten Cate (Holanda), Michel Goldberg(França), Monty Duggal (Reino Unido)
126 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
P A I N E L○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
HighlightsHighlightsHighlightsHighlightsHighlights
Uma revisão das tecnologias bi-ológicas que levam à engenhariatecidual, capaz de gerar órgãos,incluindo dentes e tecido odon-tológico.
●●●●● Diagnósticos e TratamentosModernos para Disfunções deATMMinistrador: Raúl Riva, UruguaiO curso apresentará a importân-cia deste complexo item, de comoele se relaciona com a clínicageral, além de destacar o papel dodiagnóstico etio-patogênico co-mo fundamental para um trata-mento de sucesso.
●●●●● Drogas Modernas, Maior Se-gurança na Farmacoterapia emCirurgia OralMinistrador: Art Jeske, EstadosUnidosApresentação sobre seleção e utili-zação de drogas anti-inflamatóriassem esteróides e de opioides, admi-nistração analgésica pré-operató-ria, anestesia local e ainda conside-rações para a utilização de drogasanalgésicas em pacientes medica-mente comprometidos.
●●●●● Informações Confiáveis naInternet para a Prática Odon-
tológica: Onde Procurar a In-formação da qual Preciso?Ministrador: Heikko Spallek, Es-tados UnidosHabilidades de pesquisa na redepara encontrar recursos de altaqualidade que solucionam proble-mas reais, como planejamento dediagnóstico e tratamento, pesqui-sa de produtos odontológicos egerenciamento da clínica.
●●●●● Expandindo Horizontes:Usando a Internet para a suaEducação ContinuadaMinistrador: Antonio EduardoRibeiro, BrasilO curso irá abordar as caracterís-ticas e benefícios de um sistemade ensino à distância provado etestado, com metodologia espe-cial para a Odontologia, além deanalisar os dados na avaliação eimplantação de nova tecnologia.
●●●●● Prevendo o Futuro: o Bancode Dados Interativo de TraumaDentalMinistrador: Monty Duggal, Rei-no UnidoOs participantes estarão aptos arevisar as fontes de evidênciaspara tratamentos de trauma, sali-entar as limitações nas evidênci-
Todos os cirurgiões-dentistas bra-sileiros pagam preços especiais na ins-crição para o Congresso Mundial daFederação Dentária Internacional(FDI) de 2010, em Salvador (BA). Isso épossível por que a ABO representa to-dos os profissionais do Brasil na FDI.
Para ter acesso aos melhores valo-res de adesão, é preciso ficar atento aosprazos: R$ 350,00, até 28 de junho; R$420,00, até a realização do congresso.Os valores valem também para profissi-onais latino-americanos associados àentidade nacional filiada à FDI.
Para o Congresso da FDIem Salvador (BA) são espe-rados mais de 10 mil partici-pantes, não só do Brasil, mastambém América Latina eoutros países. No Brasil, oevento é promovido pelaABO Nacional.
Além da programaçãocientífica, a feira comercialtambém é um grande atrati-vo do evento, pois vai reunircerca de 300 expositores detodo o mundo, sendo umagrande oportunidade parao setor odontológico nacio-nal apresentar seus produ-tos, e também para os profis-sionais terem contato comas novidades do mercado.
Durante o congresso, es-tarão reunidos ainda, naAssembleia Geral, os dele-gados representantes das as-sociações odontológicasdos mais de 140 países quecompõem a FDI, para deba-ter e definir os rumos daOdontologia mundial. Tam-bém se reúnem os represen-tantes da International Den-tal Manufactures (IDM) ede muitas outras entidadesda Odontologia de todo omundo.
as existentes, identificar e sugerirelementos para método baseadoem computador para coletar in-formações importantes após otrauma, entre outras funções.
Mais informações:www.fdi2010.com.br
Preços especiais para brasileirosO pagamento pode ser feito por
boleto bancário ou cartão de crédito(Visa, Master e Diners), sendo que, nocartão, é possível parcelá-lo em até trêsvezes. A taxa de adesão inclui acesso atodas as atividades da programaçãocientífica, à exposição comercial, à so-lenidade de abertura e à documenta-ção e pasta do congresso.
As inscrições podem ser feitas on-line pelo site oficial do congresso(www.fdi2010.com.br), em que tam-bém está disponível a programaçãocompleta.
Odontologiamundial no
Brasil
127Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Dental CalendarDental CalendarDental CalendarDental CalendarDental Calendar
N A C I O N A L
A G E N D A
Um congresso que vale pormuitos. Trata-se do FDI’2010,que acontecerá em Salvador,Bahia, trazendo para o Brasila sede internacional da Odon-tologia no período de 2 a 5 desetembro deste ano. Para con-centrar forças e maximizar aparticipação, a Rede ABO to-mou a decisão de concentrarseus congressos do Calendá-rio Oficial apenas no primei-ro semestre de 2010.
Informações:www.fdi2010.com.br
2 0 1 0
2010, ano doFDI’Salvador
MAIOABO Piauí
V Congresso Internacional deOdontologia do Piauí27 a 30 de maioTeresina – PIInformação: (+86) [email protected]
JUNHOABO Pará
IX Congresso Internacionalde Odontologia da Amazônia3 a 6 de junhoBelém – PAInformação: (+91) [email protected]
JULHOABO Rio Grande do Sul
XVIII CongressoOdontológico Rio-grandense14 a 17 de julhoPorto Alegre - RSInformação: (+51) [email protected]
V Congresso Internacionalde Odontologia de Maringá10 a 12 de julhoInformações:www.amo.org.br
10º OdontoRioEvento da UniABO-RJ22 a 24 de julhoRio de Janeiro - RJInformações:www.odontorio.com.br
OUTROS EVENTOS
128 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
I N T E R N A C I O N A L
A G E N D A○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Dental CalendarDental CalendarDental CalendarDental CalendarDental Calendar
Gramado (Brasil)
Colaob 20106º Congresso Latino-americano de ÓrgãosArtificiais e Biomateriais17 a 20 de agostoLocal: Gramado (Rio Grandedo Sul - Brasil)Informações:www.ufrgs.br/colaob2010
Rio de Janeiro (Brasil)
46º Meeting Anual daISO/TC-10625 de setembro a 2 de outubroLocal: Hotel Intercontinental,Rio de Janeiro (Brasil)Informações:www.isotc106.com.br
2 0 1 0
2010, ano doFDI’Salvador
Um congresso que valepor muitos. Trata-se doFDI’2010, que acontecerá emSalvador, Bahia, trazendopara o Brasil a sede interna-cional da Odontologia no pe-ríodo de 2 a 5 de setembrodeste ano.
A programação científi-ca já está disponível no site daFDI.
Informações:www.fdi2010.com.br
Orlando (EUA)
ADA’ 2010151ª Annual Session - ADA9 a 12 de outubroLocal: Orlando (EUA)Informação:www.ada.org
Mumbai (Índia)
Feira IDEMInternational Dental Exhibitionand Meeting India29 a 31 de outubro de 2010Mumbai - Índiahttp://www.idem-india.com
129Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010
130 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 2 - Abril/maio 2010