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Resumos – População Portuguesa 

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‐ A evolução da população na 2.a metade do século XX 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escola Secundária de Ermesinde

Geografia ‐ 10º Ano ‐  

Ano Lectivo 2011/2012 

Durante  a  segunda metade  do  séc.  XX,  Portugal  sofreu  alterações  significativas  na 

evolução  da  população  total,  nomeadamente  de  1950  a  2005,  tendo‐se  verificado  o 

seguinte circunstancialismo: 

De 1961 a 1970 – diminuição da população; 

De 1971 a 1980 ‐ crescimento populacional a um ritmo muito acentuado; 

De 1981 a 1990 ‐ estagnação do crescimento populacional; 

De 1991 a 2009 – acentua‐se, novamente, o ritmo de crescimento populacional. 

  Foram  vários  os  factores  que  estiveram  na  origem  da  evolução  populacional 

ocorrida desde a segunda metade do Séc. XX até inícios do século XXI, tais como: 

 Quebra significativa da população, na década de 60, originada pelo  intenso  fluxo 

emigratório, refletindo uma taxa de saldo migratório bastante negativa. 

Aumento da taxa do saldo migratório na década de 70, atingindo o seu valor mais 

alto em 1975, provocada pelo regresso de grande número de portugueses das ex‐

colónias, na  sequência do processo da  independência após a  revolução do 25 de 

Abril de 1974.   

Durante os anos 80, a  taxa do saldo emigratório volta a  ter valores negativos e a 

descida  da  taxa  de  crescimento  natural,  o  que  explica  a  quase  estagnação  da 

população portuguesa. 

Na  década  de  90,  a  taxa  do  saldo  migratório  volta  a  aumentar  mantendo‐se 

positiva. 

Ana Teté e Teresa Vasconcelos 

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Na segunda metade do século XX, a população que residia em Portugal, teve um pequeno aumento 

entre 1950 e 2005, pois em 1950 a população  residente era cerca de 8,4 milhões de habitantes, 

enquanto em 2005 a população residente já era mais de 10,5 milhões. 

Porém, esse crescimento foi irregular, por exemplo na década de 60 registou‐se um decréscimo, e 

na década de 70 já se registou um aumento significativo da população. Esta evolução deveu‐se ao 

comportamento da taxa de crescimento natural (diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de 

mortalidade) e do saldo migratório (diferença entre a emigração e a imigração). 

Essa  variação do  ritmo de  crescimento da população portuguesa, deve‐se  à  redução da  taxa de 

crescimento  natural  e  aos  valores  bastante  negativos  do  saldo migratório,  o  que  levou  a  um 

crescimento demográfico negativo na década de 60; deve‐se também à  inversão da tendência do 

saldo migratório,  e  à diminuição da  emigração, o que provocou um  aumento na década de 70; 

deve‐se  ainda  pelo  aumento  do  saldo  migratório,  à  quebra  da  emigração  e  pela  subida  da 

imigração, que compensando a tendência de diminuição da taxa de crescimento natural, permitiu 

um ligeiro acréscimo da população nas últimas décadas. 

O  crescimento  natural  da  população  varia  em  função  das  alterações  da  natalidade  e  da 

mortalidade, cujas taxas, no nosso país, sofreram uma acentuada redução durante o ultimo século. 

Apesar da redução da  taxa de mortalidade bruta, a  taxa de mortalidade  infantil manteve valores 

bastante elevados até às últimas décadas do século XX, tendo sofrido um acentuado decréscimo, a 

partir  dos  anos  60.  A  redução  da  taxa  de mortalidade  infantil  ficou  a  dever‐se  à melhoria  das 

condições de vida em Portugal, sobretudo, na assistência médica durante a gravidez e o parto e no 

primeiro  ano de  vida, outro  factor  importante  foi  a difusão de  informação  sobre os  cuidados  a 

dispensar às crianças. 

Os  movimentos  migratórios,  quer  internos  quer  externos,  influenciaram  as  características 

demográficas e sociais do nosso país e determinaram algumas das assimetrias regionais que ainda 

hoje  existem.  O  saldo migratório  apresentou  valores  bastante  negativos  na  década  de  60,  em 

resultado do maior surto de emigração da nossa história que, neste período, se dirigiu sobretudo 

para  alguns  países  da  Europa  Ocidental,  destacando‐se  a  França  e  a  República  Federal  da 

Alemanha. 

Considerando a crescente redução do crescimento natural, o saldo migratório tem sido a principal 

componente  do  aumento  da  população  em  Portugal  desde  a  década  de  90,  influenciando  o 

crescimento efectivo das regiões. 

Continua… 

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‐ As estruturas e comportamentos sócio‐demográficos; 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estrutura  Étária  ‐  Com  a  diminuição  da  população  jovem,  as  taxas  de  natalidade  e 

fecundidade  baixaram  significativamente,  o  que  levou  a  que  aumentasse  o  número  de 

idosos. No  entanto,  a  esperança média  de  vida  foi  aumentado,  devido  ao  aumento  dos 

centros de saúde  (dado que na parte  litoral o serviço de saúde é grande) e das  farmácias 

(fornecimento  de medicamentos muitas  vezes  essenciais  à  saúde).  Todos  estes  tópicos 

levaram a que houvesse (e hajam) contrastes regionais, em que a população idosa é maior 

no interior, pois os jovens vêm para a cidade onde têm melhores condições de vida. 

Estrutura  da  População  activa  ‐  A  taxa  de  actividade  tem  vindo  a  aumentar,  com  a 

participação da mulher no  setor  secundário. Os  setores de actividade  foram‐se alterando 

que na proporção quer na geografia. Neste contexto, o sector terciário é o que predomina. 

Nível  de  instrução  e  qualificação  ‐  O  aumento  da  taxa  de  alfabetização  levou  a  que 

houvesse  um  aumento  na  taxa  de  escolaridade,  o  que  levou  ao  alargamento  da 

escolaridade obrigatória e ao aumento da população com ensino superior. Com a formação 

profissional, muitas pessoas passaram a ter a escolaridade obrigatória (12º ano) e com isso 

conseguir melhores empregos. 

Renato Marques e Ruben Vieira

Entre 1991 e 2001, as  taxas de  crescimento efectivo variaram entre 15,8% no Algarve e  ‐3,3% na 

Região Autónoma dos Açores. O Alentejo, o Algarve e o Centro foram as regiões que apresentaram 

taxa  de  crescimento  natural  negativa,  em  contraste  com  os  Açores,  Norte  e  Madeira,  que 

apresentaram os valores mais elevados na taxa de crescimento natural.  

Quanto  às  taxas  de  crescimento migratório,  foram  positivas  em  todas  as NUTS  II  do  Continente, 

compensando  os  valores  negativos  da  taxa  de  crescimento  natural,  mas  negativas  nas  regiões 

autónomas.  

As migrações externas  são o principal  factor a  influenciar a  variação populacional, neste período, 

mas afectam também a estrutura da população. 

Débora Cunha e Sónia Filipa 

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‐ A estrutura da população ativa e a estrutura do emprego; 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

População  activa  é  considerada  o  conjunto  de  pessoas  que  desempenham  qualquer  função 

remunerada  a  partir  dos  15  anos  de  idade,  mas  consideramos  também  população  activa  os 

desempregados  que  actualmente  não  dispõem  de  um  trabalho mas  que  estão  activamente  à 

procura de emprego ou à espera de regressar ao trabalho. 

População  inactiva  é  o  conjunto  da  população  que  não  contribui  economicamente  para  o 

funcionamento do País, tal como estudantes, domésticos, reformados, entre outros. 

Há  vários motivos que  causam diminuição da percentagem da população activa, entre os quais:

‐ Entrada de Portugueses das ex‐colónias. 

‐ A crescente participação da mulher no trabalho. 

‐ Crescente emigração. 

‐ Prolongamento da escolaridade obrigatória. 

‐ Entrada tardia dos jovens no mundo do trabalho. 

‐ Antecipação da idade da reforma. 

O sector primário está relacionado com a produção através da exploração de recursos da natureza. 

Podemos  exemplificar  com  atividades  económicas  do  sector  primário:  agricultura,  mineração, 

pesca, pecuária,  etc.  É  o  sector  primário  que  fornece  a  matéria‐prima  para  a  indústria  de 

transformação.  

Este  sector  da  economia  é muito  vulnerável,  pois  depende muito  dos  fenómenos  da  natureza 

como, por exemplo, do clima.  

O sector secundário é o sector da economia que transforma as matérias‐primas (produzidas pelo 

sector  primário)  em  produtos  industrializados  (roupas,  máquinas,  automóveis,  alimentos 

industrializados,  electrónicos,  casas,  etc).  Como  há  conhecimentos  tecnológicos  agregados  aos 

produtos do  sector  secundário, o  lucro obtido na  comercialização é  significativo. Países  com um 

bom  grau  de  desenvolvimento  possuem  uma  boa  base  económica  concentrada  no  sector 

secundário. A exportação desses produtos também gera riquezas para as indústrias desses países.  

O  sector  terciário é o  sector económico  relacionado  aos  serviços. Os  serviços  são produtos não 

materiais  em  que  pessoas  ou  empresas  prestam  a  terceiros  para  satisfazer  determinadas 

necessidades.  Como  atividades  económicas  deste  sector,  podemos  citar:  comércio, educação, 

saúde,  telecomunicações,  serviços  de informática,  seguros,  transporte,  serviços  de  limpeza, 

serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.  

Cristiana Ferreira e Joana Faria 

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A  situação  perante  o  trabalho  é  também  um  dado  essencial  para  o  conhecimento  da 

população  de  um  país  ou  região.  Importa,  assim,  conhecer  a  população  activa  e  a 

população  inactiva. A proporção entre ambas é  influenciada por alguns  factores como a 

estrutura etária, que determina o quantitativo da população activa, e o saldo migratório, 

que pode fazer aumentar a população activa, quando é positivo, ou levar à sua diminuição, 

quando é negativo. 

Após a quebra motivada pela emigração nos anos 50 e 60, a taxa de actividade tem vindo a 

aumentar  devido,  na  década  70  a  um  saldo  migratório  positivo,  pela  chegada  dos 

portugueses das ex‐colónias; a crescente emancipação da mulher no mundo do trabalho e 

mais recentemente ao crescimento da emigração. 

A  população  activa  está  distribuída  em  três  sectores  de  actividade  económica:  Sector 

primário,  actividades  ligadas  à  exploração  do  solo,  ou  seja,  agricultura,  silvicultura, 

pecuária, pesca e caça; Sector secundário, actividades que implicam a transformação,  isto 

é,  industria,  construção  civil  e  obras  públicas  e  produção  de  energia;  Sector  terciário, 

actividades  ligadas a prestação de serviços, ou seja, comércio, saúde, transportes, ensino, 

administração pública, seguros, banca, etc. 

O  sector  primário  sofreu  uma  grande  redução  devido  ao  êxodo  rural,  a  crescente 

mecanização e modernização agrícolas e ao desenvolvimento dos outros sectores. 

O  sector  secundário  tende  a  empregar  cada  vez  menos  população  devido  ao 

desenvolvimento  tecnológico  das  indústrias  e  a  deslocalização,  para  outros  países,  dos 

ramos mais intensivos em mão‐de‐obra. 

O  sector  terciário  foi  o  que mais  cresceu  e,  actualmente,  emprega mais  de metade  da 

população activa. Esta evolução acompanha a  tendência de  terciarização da economia, e 

explica‐se  pelo  aparecimento  de  novos  serviços,  pelo  desenvolvimento  do  comércio, 

turismo, lazer e pela expansão dos serviços financeiros e dos serviços de educação, saúde e 

apoio social. 

O  sector  primário  tem  maior  relevância  na  região  do  Alentejo;  o  sector  secundário 

emprega mais população no Norte, onde  as  industrias  ainda  são  intensivas em mão‐de‐

obra; o sector terciário é o mais  importante em todo o país, gerando mais de metade do 

emprego em todas as regiões, salientando‐se o Algarve, Lisboa e as Regiões Autónomas. 

Nicole Monteiro e Rodrigo Carvalho

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‐ O nível de instrução e de qualificação profissional 

 

 

 

 

 

 

Para compreender a situação de emprego dos portugueses torna‐se necessário conhecer a 

população activa (aqueles que constituem mão de obra disponível) e a população inactiva 

(indivíduos que não podem ser considerados economicamente activos). 

A estrutura etária e o saldo migratório influenciam a proporção entre ambas. 

Em  Portugal  a  taxa  de  actividade  tem  sofrido  alterações  e  tem  aumentado  devido  à 

crescente participação da mulher no mundo do trabalho; à chegada dos portugueses das 

ex‐colónias (na década de 70) e ao crescimento da imigração. 

O  prolongamento  da  escolaridade  obrigatória  e  a  entrada  dos  jovens  no  mundo  do 

trabalho influenciam a estrutura etária da população activa. 

Esta  distribui‐se  por  3  sectores  de  actividade:  primário  (agricultura),  devido  à  crescente 

mecanização  e  modernização;  o  sector  secundário  (indústria)  tem  vindo  a  ter  menos 

importância devido ao desenvolvimento  tecnológico; sector  terciário  (serviços e  turismo) 

tem vindo a aumentar e é o que emprega mais população. 

O  sector primário  tem maior  relevância na  região do Alentejo; o  sector  secundário  tem 

maior  relevância  no  norte  e  o  terciário  é  importante  em  todo  o  país,  incluindo  os 

arquipélagos da Madeira e dos Açores. 

Beatriz Maduro e Sofia Ferreira

Nível de Instrução é a relação entre o número de pessoas que terminaram os seus estudos e 

os  que  atingiram  os  graus  mais  elevados  de  escolaridade,  enquanto  que  o  nível  de 

qualificação  profissional  é  o  grau  de  preparação  específico  que  uma  pessoa  tem  para 

desempenhar um cargo. 

Um país relaciona‐se com a qualificação profissional da sua população, pois é esta que vai 

levar  ao  processo  de  desenvolvimento  socioeconómico.  Já  o  nível  de  instrução  e  de 

formação  são  fundamentais para que  se possa desenvolver actividades  tecnológicas mais 

desenvolvidas e produtivas. 

Se mais de metade da população de um país é analfabeta,  revela que esse país não está 

desenvolvido, ou seja, esta  limitação vai constranger seriamente a  inserção da sociedade e 

do seu sistema de emprego na área do conhecimento e da inovação. 

Alexandra Lima e Dina Barros 

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A  instrução  da  população  de  um  determinado  país  relaciona‐se  diretamente  e 

proporcionalmente com o nível de desenvolvimento do mesmo (quanto mais instruída for 

a população, mais desenvolvido é o país). 

O nível de instrução e qualificação da mão‐de‐obra é fundamental para que se possam 

desenvolver atividades  tecnologicamente mais modernas e produtivas, que promovam o 

desenvolvimento. 

Para medir essa instrução recorre‐se à: taxa de alfabetização, que é a percentagem da 

população que pode, sem grandes dificuldades, ler e escrever; e à taxa de analfabetismo, 

a percentagem da população com 10 anos ou mais que não sabe ler nem escrever. 

Apesar  de  algumas  melhorias  verificadas  com  o  passar  dos  anos,  Portugal  ainda 

apresenta níveis de instrução da sua população ativa muito baixos comparados com os da 

restante  União  Europeia,  sendo  um  entrave  ao  desenvolvimento  do  nosso  país.  É  nas 

regiões do Alentejo, Madeira e Centro que se encontram os valores mais elevados da taxa 

de analfabetismo, ao contrário de Lisboa e do Norte, que é onde se encontram os valores 

mais baixos. Naturalmente, a mesma  taxa  tem valores mais elevados no  sexo  feminino, 

visto que as mulheres têm uma maior esperança média de vida, vivendo assim mais tempo 

que os homens.  

O número médio de anos de escolaridade aumentou, também devido ao alargamento 

da escolaridade obrigatória. Existem para as pessoas que queiram continuar a aprender, o 

Centro de Novas Oportunidades, e também as mais diversas ações de formação. 

Em  suma,  para  um  país  ser  considerado  “desenvolvido”,  tem  obrigatoriamente  de 

mostrar  uma  boa  capacidade  de  instruir  a  sua  população  e  de  lhe  proporcionar  boas  e 

frequentes oportunidades de aplicação dessa mesma instrução numa vida profissional. 

Porém, a própria população  também  tem a obrigação  (nem que apenas moral) de se 

instruir e de complementar o seu nível de instrução com, por exemplo, ações de formação. 

Ana Marta Ferreira e Rita Reis

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‐ Os principais problemas sócio‐demográficos e possíveis soluções 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As estruturas etárias e comportamentos  sócio – demográficos da população portuguesa  têm 

reflexos sociais e económicos, alguns dos problemas portugueses têm subjacente a demografia.  

O envelhecimento pode agravar‐se se a taxa de fecundidade continuar a diminuir causando um 

aumento das despesas com os idosos, com: 

O  pagamento  de  impostos;  o  sistema  de  saúde;  os  serviços  sociais  e  a  construção  e 

manutenção de equipamentos de apoio a idosos. 

A diminuição da taxa de fecundidade leva: 

Diminuição da população activa; redução das contribuições para a Segurança Social o que 

pode  levar  á  ruptura do  sistema de pensões e  reformas; o  receio de no  futuro  a  actual 

população  activa  não  beneficiar  das  suas  contribuições  actuais  e  a  necessidade  de 

introduzir reformas no funcionamento da Segurança Social, no regime de aposentação, na 

idade de reforma, etc. 

 

Aumento da dependência  

Os jovens e os idosos constituem grupos etários dependentes pois encontram‐se em idade 

não activa. 

  O Índice de dependência total é a relação entre a população jovem e  idosa e a população 

com 15 a 64 anos – muitas vezes expresso em percentagem ‐ que muitas vezes pode ser expresso 

em separado – dependência dos jovens e dos idosos.  

  O  índice de dependência tem vindo a diminuir em Portugal de 59% em 1981, para 48,5% 

em 2005. Os índices de dependência diminuíram devido a diminuição do número de idosos, já que 

o envelhecimento aumentou. O índice de dependência dos jovens diminuiu em todas as regiões. O 

índice  de  dependência  dos  idosos  apenas  diminuiu  nos  Açores,  enquanto  o maior  aumento  se 

verificou no Alentejo.  

  O  índice de dependência e maior no Alentejo, no  centro  e no Algarve, devido  ao maior 

número de idosos, e é menor no Norte e na Madeira, pelo grande número de população activa. As 

regiões com o índice de dependência total mais elevado poderão ter mais dificuldade em produzir 

e obter riquezas, porém a situação e menos preocupante nas regiões onde o índice de dependência 

dos jovens e maior pois estes integraram a população activa. 

 

 O nível educacional e a situação perante o emprego  

  Em  Portugal  apesar  da  evolução  positiva,  os  níveis  educacional  e  de  qualificação 

profissional são reduzidos. 

O  reduzido  nível  de  instrução  da  população  portuguesa  reflecte‐se  em  baixos  níveis  de 

qualificação o que dificulta o desenvolvimento económico, a reconversão profissional da mão‐de‐

obra  pouco  qualificada  em mão‐de‐obra  qualificada.  Existem  grupos  com maior  dificuldade  de 

inserção no mercado de trabalho: as mulheres e os jovens entre os 15 e os 24. 

A taxa de desemprego e diferente nas diversas regiões, assim a taxa e maior no Alentejo, 

no Norte e Lisboa e menor nas Regiões autónomas, no Algarve e no Centro. Em Portugal existem 

outros problemas como a percentagem do desemprego de longa duração e o recurso ao emprego 

temporário e ilegal.  

Manuel Silva e Tiago Dias 

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‐ O rejuvenescimento e a valorização da população 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O  envelhecimento  demográfico  conduz  a  problemas  socioeconómicos,  pois  provoca  um  grande 

aumento das despesas com a saúde e Segurança Social; com o pagamento de reformas; gastos com 

a assistência, isto é, alojamentos adaptados à diminuição das capacidades dos idosos. 

Também o declínio da fecundidade contribui, e muito, para o envelhecimento da população, e as 

causas desse mesmo declínio são: a modernização das sociedades e a melhoria do nível de vida; a 

precariedade do emprego e o aumento da população urbana; o desenvolvimento do planeamento 

familiar e a generalização da utilização de métodos contracetivos; a crescente entrada da mulher 

no mercado  do  trabalho/aumento  da  taxa  de  população  activa  feminina;  aumento  do  nível  de 

escolaridade  das  mulheres  portuguesas;  redução  da  taxa  de  nupcialidade  e  das  uniões  extra 

maritais e o aumento do número de divórcios. 

 

Por  sua  vez,  temos  necessidade  de  adoptar  medidas  que  promovam  o  rejuvenescimento  da 

população, tais como: o aumento dos abonos de família; redução dos impostos; o desenvolvimento 

de  serviços de  apoio  à  conciliação da  vida  familiar  e profissional; o  alargamento do período de 

licença do parto; redução das  taxas de  juro e bonificação das  tarifas de água, gás e electricidade 

para as famílias mais numerosas. 

A população  e o  seu  rejuvenescimento poderá  também  aumentar  com  as migrações, dado que 

estas não só deslocam um elevado número de pessoas, como são compostas, em termos de idade 

e de sexo, por migrantes, que na sua maioria são jovens e adultos do sexo masculino, em idade de 

procriar e de trabalhar. 

 

O nosso País está relativamente atrasado, comparado com a maioria dos países da União Europeia, 

devido  principalmente  aos  baixos  níveis  de  qualificação  da  população  portuguesa.  Então,  para 

aumentar  a  produtividade  e  o  desenvolvimento  do  País,  é  fundamental  valorizar  a  população, 

tornando‐se  necessário: melhorar  o  nível  de  instrução  e  qualificação  profissional  da  população 

activa  (prevenindo  assim o desemprego);  a  adequada  transição dos  jovens para  a  vida  activa;  a 

formação  em  novas  tecnologias;  promover  a  igualdade  de  oportunidades  de  trabalho  entre  os 

homens e mulheres; e melhorar as condições de trabalho. 

Miguel Sousa e Ricardo Marques

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Nível de  instrução  ‐ Relação entre o nº de  indivíduos que  terminaram os  seus estudos e os que 

atingiram os graus mais elevados de escolaridade. 

Nível de qualificação profissional  ‐ É o grau de preparação específico para o desempenho de um 

cargo. 

A  instrução  e  qualificação  profissional  são  desta  forma  factores  fundamentais  para  o 

desenvolvimento  sócio‐económico  do  nosso  país,  para  que  este  possa  alcançar  os  níveis  de 

desenvolvimento de outros países europeus. 

Níveis de instrução\Grau de Qualificação     Obstáculo ao Desenvolvimento do País 

Que soluções? 

Reduzir o abandono escolar: 

Reforçar o investimento na educação e Elevar a escolaridade obrigatória para o 12º ano. 

Aumentar a qualificação profissional: 

Incentivar a formação profissional e Investir nos cursos técnico‐profissionais. 

Investimento em investigação e desenvolvimento: 

Incentivar  parcerias  entre  empresas  e  universidades  e  Criar  bolsas  dirigidas  a  novos 

projectos de investigação científica. 

O nível de  instrução e formação da mão‐de‐obra é fundamental para que se possam desenvolver 

actividades tecnologicamente mais modernas e produtivas para o desenvolvimento do país. Sendo 

assim  importante  que  ao  longo  da  nossa  vida  completemos  o  nosso  currículo  com  acções  de 

formação. 

Em Portugal, a taxa de alfabetização – percentagem da população que pode, com compreensão, ler 

e  escrever  um  pequeno  texto  sobre  o  seu  quotidiano  –  atingiu  já  valores  elevados.  Como 

consequência, a taxa de analfabetismo – percentagem da população com 10 anos ou mais que não 

sabe  ler  e  escrever  –  tem  vindo  a diminuir. Os  valores mais  elevados da  taxa de  analfabetismo 

relacionam‐se com o envelhecimento e com diferentes graus de desenvolvimento das regiões. 

O número médio de anos de escolaridade também aumentou, o que se deve, principalmente, ao 

alargamento da escolaridade obrigatória e ao considerável aumento da proporção da população 

com ensino  superior. Como consequência, o nível de  instrução da população activa  tem vindo a 

melhorar nos últimos anos, ainda que de forma lenta. 

Catarina Cardoso e Soraia Mesquita

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A população está cada vez mais envelhecida, então foi necessário promover medidas para o 

seu  rejuvenescimento, que são o aumento dos abonos de  família;  redução dos  impostos; 

alargamento do período de licença de parto; serviço de apoio para a expansão das redes de 

creches,  jardins‐de‐infância e de atividades de  tempos  livres  (ATL);  redução das  taxas de 

juro e bonificação das tarifas da água, gás e eletricidade para as famílias numerosas. 

  Através  da  imigração  houve  um  aumento  do  rejuvenescimento  da  população  por 

causa  do  reforço  de  jovens  adultos  e  valores  elevados  das  taxas  de  natalidade  e 

fecundidade. 

  A  valorização  da  população  é  necessária  para  uma  melhoria  da  qualificação  da 

população portuguesa. Para isso tomaram‐se as medidas de melhorar o nível de instrução e 

de  qualificação  profissional  da  população  ativa  e  prevenir  o  desemprego;  formação  no 

domínio das novas  tecnologias; melhorar a adaptabilidade para novas áreas profissionais; 

promover a igualdade de oportunidades de trabalho entre homens e mulheres; melhorar as 

condições de trabalho. 

Catarina Dias e Joana Barreleiro