RELATÓRIO E CONTAS - celbi.pt · Em maio de 2014 após obtenção de todas as aprovações...
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ÍNDICE
SSUMÁRIO
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONTASDEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCONSIDERAÇÕES GERAIS
MERCADO
ATIVIDADE FLORESTAL
ATIVIDADE INDUSTRIAL
GESTÃO DAS PESSOAS
EVENTOS SUBSEQUENTES
DISPOSIÇÕES LEGAIS
GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
GRÁFICOS
5
7
9
19
20
21
22
24
25
71
75
11
13
21
17
18
14
14
15
16
16
16
VENDAS LÍQUIDAS 433.945 392.227 427.971 368.662 379.215
AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES 34.486 31.882 33.014 30.901 31.041
RESULTADOS OPERACIONAIS 130.680 102.482 143.194 77.187 96.450
RESULTADOS LÍQUIDOS 88.509 92.765 119.284 28.073 45.099
CAPITAL PRÓPRIO 301.778 268.798 278.437 288.843 323.809
VALOR ACRESCENTADO 144.868 117.674 160.151 90.140 117.704
INVESTIMENTO 25.443 20.042 14.955 18.888 5.157
EMPREGADOS DO QUADRO
EM 31 DE DEZEMBRO (*) 228 217 207 213 210
(*) Não inclui os Órgãos Sociais nem contratos a termo certo.
2017 2016 2015 2014 20131.000 Euros
SUMÁRIOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
PRODUÇÃO DE PASTA DE EUCALIPTO
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 7
VENDAS DE PASTA DE EUCALIPTO
VENDAS LÍQUIDAS
0
200
400
600
8 00
2013 2014 2015 2016 2017
(Milhares de toneladas)
0
200
400
600
800
2013 2014 2015 2016 2017
(Milhares de toneladas)
0
100
200
300
400
500
2013 2014 2015 2016 2017
(Milhões de Euros)
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 20178
INVESTIMENTO
CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADOS OPERACIONAIS
0
10
20
30
(Milhões de Euros)
2013 2014 2015 2016 2017
100
150
200
250
300
350
400
2013 2014 2015 2016 2017
(Milhões de Euros)
(Milhões de Euros)
150
100
50
0
2013 2014 2015 2016 2017
25
15
5
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
EXERCÍCIO DE 2017
1. INTRODUÇÃO
2. EUROPA
3. PORTUGAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O ano fica marcado pelo início de mandato de Donald Trump nos EUA, pelas tensões com a Coreia do Norte e pelo crescimento do interesse em redor das criptomoedas. Na Europa, foi um ano politicamente mais benigno do que se antecipava, principalmente pela bem-sucedida eleição de Macron em França e pelo recuo da extrema-direita. Estes fatores contribuíram para que 2017 fosse um ano muito positivo para os mercados financeiros, com recordes históricos em várias praças europeias.
Segundo o FMI, a economia americana encontra-se na mais longa expansão desde 1850 e espera-se que possa assim continuar em 2018. A taxa de desemprego desceu para 4,1% em dezembro e a criação de emprego mantém-se robusta. Apesar de um abrandamento no crescimento, no início de 2017, espera-se que o PIB tenha crescido cerca de 2,3% em 2017 e que continue a acelerar em 2018, suportado por um sólido aumento no consumo e pela recuperação do investimento. Do mesmo modo, é esperado que a reforma fiscal seja implementada no segundo trimestre de 2018, resultando, assim, num crescimento do PIB e na redução dos impostos, quer para rendimentos individuais, quer para empresas. Esta medida pretende estimular o investimento e o consumo.
Em relação à China, o país continua a canalizar esforços para reduzir os riscos ligados ao excesso de endividamento com o intuito de manter a economia numa trajetória estável de crescimento. Em 2017, e economia chinesa terá crescido 6,8%, acima do objetivo de 6,5%, devido à forte procura por exportações chinesas. A China manteve o seu objetivo de crescimento para 2018 em 6,8%, tentando balancear os esforços de reduzir os riscos ligados ao excesso de endividamento com o intuito de manter a economia numa trajetória estável de crescimento.
Na Europa, a recuperação da economia continuou a um ritmo estável, sendo que as perspetivas para 2018 apontam para a manutenção da trajetória ascendente do crescimento.
Em 2017, o PIB da Zona Euro cresceu 2,5% apoiado numa política monetária acomodatícia, num mercado laboral em recuperação e numa saudável procura externa. Em dezembro de 2017, a Zona Euro registou uma taxa de desemprego de 8,7%, sendo este o valor mais baixo desde janeiro de 2009. Para 2018, a Comissão Europeia aponta para um crescimento de 2,3% na União Europeia e 2,2% na Zona Euro, previsões essas que poderão ser revistas em alta. O desemprego, deverá cair para os 8,5% na Zona Euro, enquanto que na União Europeia esse valor aponta para os 7,8%. Estes resultados são motivados pela expansão da procura interna e pelas reformas estruturais implementadas por alguns dos estados-membros.
Em Portugal, a economia portuguesa continua a beneficiar de um contexto extraordinariamente favorável, com a procura externa de bens e serviços a puxar pela economia. Quer o FMI quer a OCDE estimaram a variação anual do PIB em 2017 de 2,6%, comparativamente aos 1,6% registados em 2016. No que respeita ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego desceu 2,2% face
a 2016, resultado melhor do que a estimativa do Governo. Relativamente à inflação, esta manteve-se em linha com a média da Zona Euro fixando-se em 1,4%, face aos 0,2% verificados em 2016.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 11
4. SETOR
5. CELBI
6. PERSPETIVAS FUTURAS
De acordo com os dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC) World Chemical Market Pulp Global 100 Report, em 2017 a
procura total de pastas hardwood cresceu cerca de 4,9%, o que se materializou num crescimento incremental absoluto de 1,59
milhões de toneladas, mantendo-se a tendência de crescimento do ano anterior.
O 4º trimestre de 2017, em termos de evolução do preço da pasta BHKP, ficou caracterizado pela continuação da tendência de subida,
tendo o preço médio de mercado (PIX) atingido 800 Euros, o que compara com um preço médio no 3º trimestre de cerca de 746 Euros.
Em USD, o preço subiu de 873 USD para 941 USD, o que representa um aumento de 7,8%.
Em 2017, em termos médios, o preço foi de 725 Euros, representando um aumento de 15,4% face ao ano anterior.
Em 2017, a Celbi, uma vez mais, estabeleceu um novo record em termos de produção e venda de pasta, fruto dos elevados níveis de
eficiência que caraterizam a Empresa, bem como dos investimentos realizados que permitiram uma melhoria significativa nos
processos de produção.
O total de vendas de pasta foi de 377,8 milhões de Euros, superior em 40,7 milhões de Euros ao obtido no ano de 2016. O aumento é
justificado tanto pelo aumento do preço da pasta (+ 33,9 milhões de Euros), como pelo aumento da quantidade vendida (+ 6,8
milhões de Euros). O total dos proveitos operacionais ascendeu a 443,4 milhões de Euros, o que representa um acréscimo de 9,9%
face ao registado no ano anterior.
Por outro lado, os custos com as Vendas, FSE's e Pessoal ascenderam a 311,9 milhões de Euros, representando um acréscimo de 4,4%
relativamente ao valor registado no ano transato.
O EBITDA do exercício foi de 130,7 milhões de Euros, representando um aumento de 27,5% em relação ao ano anterior. A margem
sobre o total de proveitos foi de 29,5%, mais 4,1 p.p. do que o verificado em 2016.
O endividamento nominal remunerado líquido deduzido de disponibilidades teve uma redução de cerca de 35 milhões de Euros,
sendo a mesma no final do ano de 320,5 milhões de Euros. Relativamente aos Custos Financeiros, a Empresa registou um aumento,
face ao ano anterior, de 2,9%.
Finalmente, o Resultado Líquido da Celbi foi de 88,5 milhões de Euros, inferior em 4,3 milhões ao obtido no ano de 2016, fruto do
aumento dos Custos Financeiros e dos Impostos.
A eficiência da unidade industrial continua a permitir alcançar, já em 2018, as produções em quantidade, qualidade e custo definidos
quer no orçamento quer nas projeções financeiras que estiveram na base das decisões de investimento.
O preço da pasta tem evoluído de forma favorável, mantendo a tendência de subida verificada em 2017, sendo, portanto, expectável
que o preço se mantenha em níveis elevados durante o exercício de 2018.
Por último, em 2018, a Celbi irá manter o seu foco na melhoria contínua, procurando novas oportunidades de inovação do seu
processo produtivo.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201712
VENDAS POR REGIÃO - ALTRI
Others3%
Asia9 %
Portugal9 %
Europe69 %
MERCADOAs perspetivas iniciais para o ano de 2017 que agora termina não eram as mais animadoras para os produtores de pasta. O primeiro
PIX do ano apresentava para a fibra curta 653,21 USD e 808,94 USD para o caso da fibra longa. A diferença do preço PIX entre os
dois tipos de celulose era, portanto, de 155,73 USD.
Assistimos depois a uma subida de preços que se sustentou paulatinamente ao longo de todo o ano terminando o PIX a cotar 979,31
USD para a fibra curta e 999,63 USD para a fibra longa. Uma evolução dos preços bastante positiva para os dois principais tipos de
celulose, mas com especial incidência no caso da fibra curta (Eucalipto) que não só acompanhou as subidas da fibra longa como
recuperou valor face a esta ao reduzir substancialmente a diferença para 20,32 USD.
Vários fatores contribuíram para esta recuperação imprevista. A retoma das principais economias mundiais, com especial incidência para a da União Europeia que, não só recuperou da crise das dívidas soberanas, como apresentou crescimentos económicos vigorosos invertendo a tendência deflacionária que dominou nos anos precedentes. Desta recuperação económica mundial resultou a reanimação do comércio global, com a consequente pressão sobre os transportes e as commodities, das quais a celulose não foi exceção.
Outro fator determinante foi o desequilíbrio provocado pela contração da oferta – reduções imprevistas na produção de celulose – e o significativo aumento da procura na Ásia, em especial na China onde a procura aumentou 12% face a 2016 o que representa uma quantidade adicional de 2,3 milhões de toneladas das quais 2,13 milhões de toneladas foram de fibra curta (eucalipto) que viu aumentar a procura em 26%.
Tissue53 %
Dissolving10 %Other
2%Specialties10 %
Packaging2 %
P&W23 %
VENDAS POR APLICAÇÃO FINAL - ALTRI
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 13
A indústria de celulose Escandinava acrescentou igualmente pressão sobre o mercado de fibra longa, ao apresentar ruturas no abastecimento de madeira às fábricas, devido ao outono e princípio de inverno anormalmente amenos, impossibilitando o acesso às florestas. Ainda do lado da oferta o arranque, primeiro adiado e depois demorado, do grande projeto da APP/OKI, na Indonésia, alterou significativamente a perceção que os papeleiros asiáticos tinham para o mercado em 2017, influenciando o seu comportamento no procurement de celulose.
O câmbio do EUR/USD atenuou, do lado dos compradores, os efeitos dos aumentos de preço da celulose ao ostentar uma média de 1,1836 EUR/USD em dezembro contra os 1,0614 EUR/USD negociados em janeiro.
Já na parte final do ano, as negociações contratuais para 2018 decorreram sob este cenário macroeconómico bastante positivo permitindo à Celbi renovar contratos com os seus clientes, mantendo essencialmente a sua presença no mercado que lhe é mais próximo – Europa – garantindo simultaneamente uma distribuição equilibrada das suas vendas tanto do ponto de vista geográfico como nos segmentos de mercado para onde a celulose que produz é mais adequada.
A empresa apresentou um volume de vendas record de 741.213 toneladas, 2% acima do total vendido em 2016. A constante melhoria da qualidade da pasta, resultante dos vários projetos de investimento e de melhoria contínua, permitiu-lhe continuar a consolidar a sua posição de produtor Europeu líder nas pastas branqueadas de eucalipto.
O crescimento interessante da economia mundial que se estima irá manter-se em 2018, aliado ao facto de não se preverem entradas de novas capacidades de produção bem como às restrições, cada vez maiores, na importação de fibra reciclável por parte da China, deixam antever um ano de 2018 bastante positivo, para o sector da celulose.
ATIVIDADE FLORESTALAtividade florestal efetuada durante o ano de 2017, caraterizou-se pela gestão e garantia do abastecimento à fábrica, pelas atividades nucleares referentes ao fomento da gestão florestal sustentável e pelo incremento da qualidade da madeira rececionada.
Durante o ano de 2017 a Celbi foi abastecida por madeira providente do património florestal gerido pelo grupo Altri, do mercado nacional, da Galiza e da América do Sul. Madeira com origem no mercado nacional verificou-se um aumento da mesma proveniente de florestas com a sua gestão florestal certificada, contribuindo assim para uma maior sustentabilidade. O abastecimento proveniente do património gerido pelo grupo Altri situou-se ao mesmo nível do ano anterior. Património este, que tem a sua gestão florestal certificada por entidades internacionalmente reconhecidas, garantindo assim uma série de princípios com principal incidência na sustentabilidade florestal e na execução das boas práticas silvícolas associadas. O ano de 2017 foi ano quente e seco e consequentemente um ano com uma elevada área ardida em Portugal Continental, no entanto as florestas sob gestão do grupo Altri, devido à sua gestão ativa nomeadamente na prevenção, somente foram afetadas menos que 4% da sua totalidade. Dentro dos processos de melhoria contínua, realizou-se no presente ano a avaliação dos fornecedores de madeira da Celbi, procurando sempre melhorar e reconhecer os fornecedores com base na qualidade da madeira fornecida e fomentar a certificação da sua cadeia de responsabilidade.
ATIVIDADE INDUSTRIALO ano de 2017 para a Celbi ficou caracterizado pela obtenção de um novo recorde anual de produção, com um valor superior a 2016 em 1,2%.
Foram ainda batidos recordes diários, mensais e trimestrais de produção.
Deu-se continuidade ao projeto “comportamentos responsáveis”, tendo como resultado o decréscimo da sinistralidade para valores abaixo da média dos últimos anos, e estendeu-se o programa aos prestadores de serviço.
O “Projeto Eficiência Futuro” com a metodologia KAIZEN, passou a estar implementado em toda a fábrica, contribuindo para a melhoria do desempenho e da fiabilidade conforme os resultados evidenciaram.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201714
Na sequência do projeto C17 foi instalado um novo lavador na lavagem de pasta crua e instalado um novo andar no branqueamento com o objetivo de melhorar a eficiência da fábrica nos aspetos ambientais e económicos e ainda permitir a produção de pastas especiais.
Foi também instalada uma nova linha de descasque e destroçamento de madeira de grande capacidade e eficiência.O projeto C15 foi encerrado com um conjunto de modificações efetuadas no digestor, as quais aguardavam oportunidade para serem executadas.
No campo da energia, após reduções acentuadas nos últimos anos, os consumos de eletricidade e de gás natural estabilizaram, mas agora em valores muito baixos.A utilização de água teve uma ligeira subida, para 19,4 m3/ton, fruto de alterações temporárias motivadas pelo projeto C17, acabando por diminuir nos últimos 2 meses para valores abaixo dos valores anteriores, fruto do projeto C17.
Em termos ambientais, nada de relevante merece ser mencionado em termos de emissões gasosas ou na produção de resíduos, enquanto nas emissões líquidas os valores reduziram após as alterações da lavagem e branqueamento da pasta.
No produto acabado, assistiu-se a uma melhoria das propriedades mecânicas, conforme previsto no projeto e não se verificaram reclamações de qualidade.
GESTÃO DAS PESSOASO grande diferencial competitivo nas organizações é saber gerir bem as pessoas e potenciar o seu desempenho. Os recentes projetos de investimento, as consequentes alterações tecnológicas que tornaram o processo de fabrico da Celbi mais complexo, e os desafios que hoje se nos colocam, reforçou a aposta que a empresa tem vindo a adotar numa estratégia de valorização e qualificação dos seus trabalhadores, orientada para enfrentar os desafios futuros.
Assim, o ano de 2017 evidencia o esforço e investimento que a Celbi tem feito no desenvolvimento das aptidões e competências dos seus trabalhadores. O volume total de formação atingiu neste ano cerca de 9.320 horas representando um esforço de cerca de 2,2% do total de horas de trabalho disponível e, em média, cerca de 40 horas por trabalhador.
Por áreas de formação e corporizando a estratégia definida, é de destacar que cerca de metade das horas de formação abrangeram as áreas do Processo de Fabrico, em 2º lugar com 24% aparece a formação em gestão e comportamento organizacional e em 3º lugar a segurança e saúde ocupacional com cerca de 14% das horas de formação.
Referir ainda, que este investimento é extensível aos trabalhadores de empresas prestadoras de serviços, tendo sido organizadas ações de formação fundamentalmente na área de Segurança e Ambiente, num total de 4.167 horas com destaque para o curso CSIP - Cartão de Segurança na Indústria da Pasta e Papel que envolveu 138 pessoas.
A Celbi termina o ano de 2017 com 250 pessoas, das quais 22 com contrato a prazo, e um nível etário médio de 44,5 anos.
Resultante do trabalho de renovação do seu quadro de pessoal iniciado há uns anos a esta parte, cerca de 38% dos trabalhadores da empresa foram admitidos nos últimos 10 anos. Por outro lado, mais de 35% dos trabalhadores da empresa têm habilitações de nível superior revelando a aposta na qualificação.
Registamos um aumento nos níveis de absentismo na empresa com a taxa a situar-se nos 4,6%, valor acima do valor registado nos últimos 3 anos.
Por sua vez, as principais causas são motivadas por doença e acidentes na empresa, tendo atingido um máximo de 2,8%.
De realçar que cerca de 19% do total de ausências são por parentalidade, revelando o rejuvenescimento que se tem assistido do quadro de pessoal.
Relativamente à sinistralidade continuamos a registar bons Índices de Frequência e de Gravidade. O Índice de Frequência atingiu 18,4 acidentes por um milhão de horas trabalhadas e o Índice de Gravidade 0,29 dias perdidos por mil horas trabalhadas.
Para esta melhoria registada, não é alheio o esforço que a empresa tem dedicado às questões da prevenção de acidentes, em especial com o programa “comportamentos responsáveis”.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 15
EVENTOS SUBSEQUENTESEm 2018, posteriormente à data de balanço, não ocorreram eventos, favoráveis ou desfavoráveis, com impacto materialmente relevante nas demonstrações financeiras divulgadas.
DISPOSIÇÕES LEGAISNos termos e para efeitos do disposto no art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais:
- Durante o exercício de 2017 não existiram operações de aquisição ou alienação de ações próprias. Conforme referido na nota 18 do anexo, o número de ações próprias é de 6.712 ações;
- Em 2017, não existiu qualquer negócio entre a Celbi e os seus administradores;
- A empresa não possui qualquer sucursal a 31 de dezembro de 2017.
GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROSOs princípios gerais da gestão de riscos financeiros da empresa encontram-se descritos em detalhe da nota 2 do anexo às demonstrações financeiras.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201716
Leirosa, 21 de março de 2018
Conforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o Resultado Líquido do Exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foi de 88.508.855 Euros. Aquele valor resulta do facto da Empresa ter, nos termos das normas contabilísticas aplicáveis, reconhecido como gasto nas contas do exercício, e pago a título de adiantamento, o valor de 967.831 euros como montante afeto a distribuição de lucros pelos Colaboradores da Empresa. Esta distribuição foi aprovada em Assembleia Geral sob proposta do Conselho de Administração. Em face das considerações anteriores o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação:
Para Resultados Transitados 88.508.855 euros
Leirosa, 21 de março de 2018
Paulo Jorge dos Santos Fernandes (Presidente)
João Manuel Matos Borges de OliveiraDomingos José Vieira de MatosPedro Miguel Matos Borges de OliveiraAgostinho Dolores FerreiraJosé António Nogueira dos SantosCarlos Alberto Sousa Vanzeller e Silva
16
4++
%12
47
RC0
%%2
5+
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 1717
%%
1.
1.1
2.
2.1
Nos termos do nº 5 do art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais e relativamente às pessoas osmencionadas nos n. 1 e 2 do referido artigo:
Ações detidas em 31 de dezembro de 2017Não existiu esta situação
Nos termos do nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:
Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. à data do encerramento do exercício:
Altri - Participaciones y Trading, S.L. 15.493.288
Leirosa, 21 de março de 2018
ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201718
16
4++
%1
24
7RC
0%%
25
+
DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
ATIVO Notas 31.12.2017 31.12.2016
ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativos biológicos 11 13.418 144.777Ativos fixos tangíveis 4 232.297.562 241.869.503Ativos intangíveis 5 373.368 14.018Propriedades de investimento 6 3.275.617 3.329.385Investimentos em empresas subsidiárias 7 362.282.306 356.282.306Investimentos em empresas associadas 8 573.240 573.240Investimentos disponíveis para venda 9 e 12 7.648.359 10.218.845Outros ativos não correntes - -Ativos por impostos diferidos 10 23.091.882 19.507.758Instrumentos financeiros derivados 12 e 25 247.483 -
Total de ativos não correntes 629.803.235 631.939.832
CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 18 77.500 000 77.500.000Reserva legal 18 16.100.235 16.100.235Outras reservas 18 119.669.311 82.432.832Resultado líquido do exercício 88.508.855 92.765.184
Total do capital próprio 301.778.401 268.798.251
ATIVOS CORRENTES:Inventários 11 29.913.953 34.893.961Clientes 12, 13 e 29 78.913.906 62.461.315Outras dívidas de terceiros 12, 14, 29 e 40 2.797.001 3.083.904Estado e outros entes públicos 15 3.207.245 2.330.149Empresas do Grupo 12 e 29 70.138 260.661Outros ativos correntes 16 889.804 1.039.239Instrumentos financeiros derivados 12 e 25 2.623.844 -Caixa e equivalentes de caixa 12 e 17 16.928.752 111.487.840
Total de ativos correntes 135.344.643 215.557.069
Total do ativo 765.147.878 847.496.901
(Montantes expressos em Euros)
PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:Empréstimos bancários 12 e 19 27.000.000 85.500.000Outros empréstimos 12 e 19 240.146.582 260.863.142Incentivos reembolsáveis 12 e 19 6.966.251 5.314.304Outros passivos não correntes 21 14.094.340 16.920.895Passivos por impostos diferidos 10 859.414 48.016Provisões 20 423.868 371.306Instrumentos financeiros derivados 12 e 25 - 1.810.931
Total de passivos não correntes 289.490.455 370.828.594
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 12 e 19 6.216.583 13.854.263Outros empréstimos 12 e 19 65.981.995 107.842.089Incentivos reembolsáveis 12 e 19 1.088.675 509.281Fornecedores 12, 22 e 29 46.294.213 33.330.817Empresas do Grupo 12 e 29 22.509.804 16.284.713Outras dívidas a terceiros 12 e 23 8.415.230 7.778.890Estado e outros entes públicos 15 4.758.224 8.121.561Outros passivos correntes 24 18.614.298 18.857.515Instrumentos financeiros derivados 12 e 25 - 1.290.927
173.879.022 207.870.056
463.369.477 578.698.650
765.147.878 847.496.901
31.12.2017 31.12.2016
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201720
Notas
Total de passivos correntes
Total do passivo
Total do passivo e capital próprio
Resultado antes de impostos
Resultado depois de impostos
Notas 31.12.2017 31.12.2016
Vendas 29 e 30 433.944.997 392.226.897
Prestações de serviços 29 e 30 4.796.825 4.935.207
Outros proveitos 29 e 31 4.689.736 6.439.628
Custo das vendas 11 e 29 (207.253.486) (196.857.852)
Fornecimento de serviços externos 28, 29 e 37 (90.713.053) (88.187.576)
Custos com o pessoal 27 e 36 (13.932.712) (13.597.234)
Amortizações e depreciações 4, 5, 6 e 34 (34.486.261) (31.881.824)
Provisões e perdas por imparidade 20 280.473 (307.862)
Outros custos 32 (1.132.350) (2.169.575)
Resultados relativos a empresas associadas 38 55.000 50.000
Custos financeiros 29 e 33 (15.229.047) (14.802.678)
Proveitos financeiros 29 e 33 21.758.733 44.808.750102.778.855 100.655.881
Impostos sobre o rendimento 10 (14.270.000) (7.890.697)
88.508.855 92.765.184
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 88.508.855 92.765.184
RESULTADOS POR ACÇÃO
Básico 35 5,71 5,98
Diluído 35 5,71 5,98
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016(Montantes expressos em Euros)
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016(Montantes expressos em Euros)
Notas 31.12.2017 31.12.2016
Resultado líquido do exercício 88.508.855 92.765.184
Outro rendimento integral:Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -
- -
Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido
Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 18 e 25 4.471.295 (2.403.940)
Outros - -4.471.295 (2.403.940)
Outro rendimento integral do exercício 4.471.295 (2.403.940)
92.980.150 90.361.244
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 21
Total do rendimento integral do exercício
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2016 18
Aplicação do resultado de 2015:
Transferência para resultados transitados
Distribuição de dividendos
Total do rendimento integral do exercício
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 18
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2017 18
Aplicação do resultado de 2016:
Transferência para resultados transitados
Distribuição de dividendos
Total do rendimento integral do exercício
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 18
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(Montantes expressos em Euros)
(33.560)
-
-
-
(33.560)
(33.560)
-
-
-
(33.560)
33.560
-
-
-
33.560
33.560
-
-
-
33.560
77.500.000
-
-
-
77.500.000
77.500.000
-
-
-
77.500.000
Notas
Ações próprias
(valor nominal)
Ações próprias
(descontose prémios) Capital social
22 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
119.283.718
(119.283.718)
-
92.765.184
92.765.184
92.765.184
(92.765.184)
-
88.508.855
88.508.855
Resultado líquido
278.437.007
-
(100 000.000)
90.361.244
268.798.251
268.798.251
-
(60.000.000)
92.980.150
301.778.401
Total do capital próprio
65.553.054
119.283.718
(100.000.000)
(2.403.940)
82.432.832
82.432.832
92.765.184
(60.000.000)
4.471.295
119.669.311
Total outras reservas
(2.403.940)
(2.403.940)
(2.403.940)
4.471.295
2.067.355
Reservas de cobertura
-
-
-
-
-
65.553.054
119.283.718
(100.000.000)
-
84.836.772
84.836.772
92.765.184
(60.000.000)
-
117.601.956
Outras reservas e resultados
transitados
16.100.235
-
-
-
16.100.235
16.100.235
-
-
-
16.100.235
Reserva legal
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 23
Outras reservas
Notas 2017 2016
ATIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientesPagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoalOutros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacionalImpostos sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas 116.243.895 77.827.248
Fluxos gerados pelas atividades operacionais (1) 116.243.895 77.827.248
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeirosJuros e proveitos similaresAtivos fixos tangíveisDividendos 17 e 29Subsídios ao investimento 22.931.923 43.318.335
Pagamentos relativos a:Investimentos financeiros 17 Ativos fixos tangíveisAtivos intangíveisSubsídios ao investimento (31.681.522) (15.811.237)
Fluxos gerados pelas atividades de investimento (2) (8.749.599) 27.507.098
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 80.000.000 88.878.586Pagamentos respeitantes a:
Juros e custos similaresEmpréstimos obtidosDividendos (282.053.384) (240.488.340)
Fluxos gerados pelas atividades de financiamento (3) (202.053.384) (151.609.754)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 17 111.487.840 157.763.248Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) (94.559.088) (46.275.408)Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 17 16.928.752 111.487.840
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
425.362.795(281.331.280)(10.409.977)
(142.366)(17.235.277)
192.200338.469105.631
19.555.0002.740.623
(6.000.000)(24.879.217)
(293.024)(509.281)
80.000.000
(8.353.384)(213.700.000)(60.000.000)
396.900.600(290.063.803)
(9.665.279)793.135
(20.137.405)
192.000246.339512.658
42.367.338-
(2.550.000)(13.252.249)
(8.988)-
88.878.586
(11.996.340)(128.492.000)(100.000.000)
(Montantes expressos em Euros)
24 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
1. NOTA INTRODUTÓRIA
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1.BASES DE APRESENTAÇÃO
A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa” ou “Celbi”) foi constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Figueira da Foz e tem como atividade principal a produção e comercialização de pasta de papel.
Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de alienação pelo antigo acionista, a Altri, SGPS, S.A. (“Altri”), através da sua participada Altri – Participaciones y Trading, S.L. (“Altri SL”) adquiriu 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto, dado que a Empresa detém 6.712 ações próprias. Pelo que a Empresa se insere num grupo económico liderado pela Altri, SGPS, S.A. (“Grupo Altri”) e cotado na NYSE Euronext Lisbon.
As demonstrações financeiras da Celbi são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pela Empresa nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, decorrente do disposto no Parágrafo 3 do Artigo 4º do Decreto-Lei n.º 58/2009 de 13 de julho. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adotadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.
O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade de a Empresa operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 27
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são como segue:
(i) NORMAS, INTERPRETAÇÕES, EMENDAS E REVISÕES QUE ENTRARAM EM VIGOR NO EXERCÍCIO
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adotadas (“endorsed”) pela União Europeia têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2017:
O efeito nas demonstrações financeiras da Celbi do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.
(ii) NORMAS, INTERPRETAÇÕES, EMENDAS E REVISÕES QUE IRÃO ENTRAR EM VIGOR EM EXERCÍCIOS FUTUROS
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:
NORMA
Esta norma insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e à aplicação das regras de contabilidade de cobertura.
01/jan/18
Observações
Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as normas IAS 18 - Rédito, IAS 11 - Contratos de construção; IFRIC 13 - Programas de fidelização; IFRIC 15 - Acordos para a construção de imóveis; IFRC 18 - Transferências de Ativos Provenientes de Clientes e SIC 31 - Rédito - Transações de troca direta envolvendo serviços de pubicidade.
Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 - Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.
01/jan/18
01/jan/18
Estas alterações vêm introduzir diversas clarificações na norma com vista a eliminar a possibilidade de surgirem interpretações divergentes de vários tópicos.
Esta emenda proporciona orientações sobre a aplicação da IFRS 4 em conjunto com a IFRS 9. A IFRS 4 será substituída com a entrada em vigor da IFRS 17.
01/jan/18
01/jan/18
Esta emenda vem introduzir diversas clarificações na norma relacionada com (i) o registo de transações de pagamentos com base em ações que são liquidadas com caixa; (ii) o registo de modificações em transações de pagamentos com base em ações (de liquidadas em caixa para liquidadas com instrumentos de capital próprio); (iii) a classificação de transações com características de liquidação compensada.
01/jan/18
NORMA
Emenda à IAS 12 - Reconhecimento de impostos diferidos ativos por perdas não realizadas
Esta emenda vem clarificar as condições de reconhecimento e mensuração de ativos por impostos resutantes de perdas não realizadas.
Esta emenda vem introduzir divulgações adicionais relacionadas com os fluxos de caixa de atividades de financmmento.Emenda à IAS 7 - Divulgações
01/jan/17
01/jan/17
Observações
Esta emenda clarifica que a mudança de classificação de ou para propriedade de investimento apenas deve ser feita quando existem evidências de uma alteração no uso do ativo.
IFRS 9 - Instrumentos financeiros
IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes
IFRS 16 - Locações
Clarificações sobre a IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes
Emenda à IFRS 4: Aplicação da IFRS 9, Instrumentos financeiros, com a IFRS 4, Contratos de seguros
Emenda à IFRS 2: Classificação e medida das transações de pagamentos em ações
Emenda à IAS 40: Transferências de propriedades de investimento
01/jan/18
Aplicável na União Europeia nos exercícios
iniciados em ou após
Aplicável na União Europeia nos exercícios
iniciados em ou após
28 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
Esta interpretação vem dar orientações sobre a determinação do lucro tributável, das bases fiscais, dos prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto em cenários de incerteza quanto ao tratamento em sede de imposto sobre o rendimento.
01/jan/19IFRIC 23 - Incertezas no tratamento de imposto sobre o rendimento
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2014-2016)
Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro: elimina algumas isenções de curto prazo; IFRS 12 - Divulgação de interesses noutras entidades: clarifica o âmbito da norma quanto à sua aplicação a interesses classificados como detidos para venda ou detidos para a distribuição ao abrigo da IFRS 5; IAS 28 - Investimentos em associados e empreendimentos conjuntos: introduz clarificações sobre a mensuração a justo valor por resultados de investimentos em associados ou joint ventures detidos por sociedsdes de capital de risco ou por fundos de investimento.
1/jan/18 com exceção dasalterações à IFRS 12, cuja
data de aplicação é 1/jan/17
Emenda à IFRS 9: caraterísticas de pagamentos antecipados com compensação negativa.
Esta emenda vem permitir que ativos financeiros com condições contratuais que prevêem na sua amortização antecipada, o pagamento de um montante considerável por parte do credor, possam ser mensurados ao custo amortizado ou a justo valor por reservas (consoante o modelo de negócio), desde que: (i) na data do reconhecimento inicial do ativo, o justo valor da componente da amortização antecipada seja insgnificante; e (ii) a possibilidade de compensação negativa na amortização antecipada seja única razão para o ativo em causa não ser considerado um instrumento que contempla apenas pagamentos de capital e juros.
01/jan/19
Esta interpretação vem estabelecer a data do reconhecimento inicial do adiantamento ou do rendimento diferido como a data da transação para efeitos da determinação da taxa do reconhecimento do rédito.
IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira incluindo adiantamentos para compra de ativos
01/jan/18
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:
NORMA Observações
Esta norma estabelece para os contratos de seguros dentro do seu âmbito de aplicação os princípios para o seu reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação. Esta norma substitui a noma IFRS 4 - Contratos de Seguros.
01/jan/21IFRS 17 - Contratos de Seguros
Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 3 - Concentração de atividades empresariais: requer remensuração de interesses anteriormente detidos quando uma entidade obtém controlo sobre uma participada sobre a qual anteriormente tinha controlo comjunto; IFRS 11 - Empreendimentos conjuntos: clarifica que não deve haver remensuração de interesses anteriormente detidos quando uma entidade obtém controlo conjunto sobre uma operação conjunta; IAS 12 - Impostos sobre o rendimento: clarifica que todas as consequências fiscais de dividendos devem ser registadas em resultados, independentemente de como surge o imposto; IAS 23 - Custos de empréstimos obtidos: clarifica que a parte do empréstimo diretamente relacionado com a aquisição/construção de um ativo, em dívida após o correspondente ativo ter ficado pronto para o uso pretendido, é, para efeitos de determinação da taxa de capitalização, considerada parte integrante dos financiamentos genéricos da entidade.
01/jan/19Melhoramenro das normas internacionais de relatofinanceiro (ciclo 2015-2017)
Esta emenda vem clarificar o tratamento contabilístico a atribuir em caso de revisão de um plano, redução ou seu término antecipado.
01/jan/19Emenda à IAS 19 - Adendas a planos, reduções ou término
Esta emenda vem rever os conceitos incluídos ao nível da estrtura conceptual dos IFRSs e de apoio ao reporte financeiro.
01/jan/19Emenda à Estrutura Conceptual dos IFRSs
Esta emenda vem clarificar que a IFRS 9 deve ser aplicada (incluindo os respetivos requisitos relacionados com imparidade) a investimentos em associadas e acordos conjuntos quando o método da equivalência patrimonial não é aplicado na mensuração dos mesmos.
01/jan/19Emenda à IAS 28: Investimentos de longo prazo em associadas e acordos conjuntos
Aplicável na União Europeia nos exercícios
iniciados em ou após
(iii) NORMAS, INTERPRETAÇÕES, EMENDAS E REVISÕES AINDA NÃO ADOTADAS PELA UNIÃO EUROPEIA
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 29
Estas normas não foram ainda adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram aplicadas pela Celbi no exercício findo em 31 de dezembro de 2017. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas.
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Empresa em 31 de dezembro de 2017 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016.
Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração da Celbi entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.
Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações financeiras são os seguintes:
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes custos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como ativos intangíveis.
As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas por imparidade.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das cotas constantes em conformidade com o período de vida útil e estimado para cada grupo de bens.
2.2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
a) ATIVOS INTANGÍVEIS
b) ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
30 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
As perdas por imparidade detetadas no valor de realização dos ativos fixos tangíveis são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.
A rubrica “Terrenos e recursos naturais” para além dos terrenos inclui estradas, pavimentações, esgotos, ramal de caminho de ferro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são depreciáveis os anos de depreciação dizem respeito exclusivamente às restantes componentes desta rubrica.
Os terrenos (solos florestais) não são sujeitos a depreciações.
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.
Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos fixos tangíveis ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.
A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A análise de transferência de riscos e benefícios inerentes à posse do ativo toma em consideração diversos fatores, nomeadamente, se a posse está ou não contratualmente condicionada a assumir a propriedade do bem, o valor de pagamentos mínimos a efetuar ao abrigo do contrato, a natureza do ativo sob locação e a duração do contrato tendo em consideração a possibilidade de renovação.
Os ativos fixos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a depreciação do ativo, calculada conforme descrito na Nota 2.2.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
c) LOCAÇÕES
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
7-50
10-50
3-20
6
5-10
3-15
3-20
Anos
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 31
d) SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS OU DE OUTRAS ENTIDADES PÚBLICAS
e) IMPARIDADE DOS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS E DOS ATIVOS INTANGÍVEIS
f) ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
g) INVENTÁRIOS
Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são registados na rubrica “Outros proveitos” da demonstração dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.
Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de ativos fixos tangíveis são registados na demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respetivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.
É efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos da Empresa à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.
A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objeto de reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida quando aqueles ativos estão disponíveis para utilização ou no final da construção do ativo ou quando o projeto em causa se encontra suspenso.
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado.
Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta ótica, a madeira cortada em posse da Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento.
A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.
32 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
h) ATIVOS BIOLÓGICOS
i) PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
j) PROVISÕES
k) COMPLEMENTOS DE REFORMA
l) INSTRUMENTOS FINANCEIROS
i) INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS
Parte da atividade do Grupo Altri, grupo na qual a Celbi se insere, consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de dezembro de 2017 a Empresa é proprietária de diversas florestas destinadas a esta atividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Ativos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade da Empresa estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 b) e são apresentados na rubrica “Ativos fixos tangíveis” da demonstração da posição financeira.
Por considerar que não existem diferenças materiais entre o custo histórico e o justo valor dos ativos biológicos, e tendo em consideração o valor absoluto registado nas demonstrações financeiras, o Conselho de Administração optou por registar os ativos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.
As propriedades de investimento da Empresa correspondem essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empresas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, ou para venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição deduzido de depreciações acumuladas e eventuais perdas de imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, que no caso das propriedades de investimento varia entre 7 e 50 anos.
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.
A Empresa assegura um complemento de reforma através de um plano de contribuição definida contabilizando como custos do exercício as contribuições que efetua. A contribuição varia anualmente em função dos resultados (EBITDA) do Grupo Altri, atribuindo a cada trabalhador do quadro permanente uma percentagem do seu salário pensionável (remuneração base + isenção de horário + prémio de turno) em função do seu tempo de serviço.
Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 33
ii) INVESTIMENTOS
iii) CLIENTES E DÍVIDAS DE TERCEIROS
Os Investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:
INVESTIMENTOS REGISTADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS: esta categoria divide-se em duas subcategorias: “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do ativo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;
INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE: designados como ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como ativos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.
INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo as despesas de transação, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efetiva.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.
As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os ativos reflitam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.
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CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201734
iv) EMPRÉSTIMOS E CONTAS A PAGAR NÃO CORRENTES
v) FORNECEDORES E OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS
vi) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
vii) INSTRUMENTOS DERIVADOS
Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, exceto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o exercício.
Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e o Conselho de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
A Empresa contrata operações de confirming com instituições financeiras, as quais são enquadráveis como reverse factoring agreements. A Empresa não utiliza estes contratos como forma de gerir as suas necessidades de liquidez já que o pagamento das facturas se mantém na data do vencimento das mesmas; nessa data, a Empresa paga às instituições financeiras os valores adiantados.
Consequentemente, e tendo em consideração que estes contratos não originam gasto financeiro para o Grupo, os montantes das facturas adiantadas aos fornecedores que aderem a estes contratos são mantidos no passivo na rubrica “Fornecedores – títulos a pagar”.
O passivo apenas é desreconhecido quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.
Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de fixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.
Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; ea transação objeto de cobertura é altamente provável.
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CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 35
Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resultados.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a atualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objetivo específico de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afetando o resultado do exercício.
A Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.
Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras da Empresa até ao momento do seu recebimento.
Os ativos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a sua realização se espera efetivar não pelo uso mas pela venda. A Empresa classifica os ativos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar nos doze meses seguintes e os ativos e passivos estão disponíveis para venda imediata.
Os ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.
viii) PASSIVOS FINANCEIROS E INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
ix) AÇÕES PRÓPRIAS
x) LETRAS DESCONTADAS E CONTAS A RECEBER CEDIDAS EM “FACTORING”
xi) ATIVOS CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA OU EM DESCONTINUAÇÃO
36 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
m) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
n) IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
o) RÉDITO E ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS
Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas unicamente objeto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.
Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação.
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida.
A Altri é a sociedade dominante de um grupo de empresas que são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efetivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transações fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.
As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”.
Os custos e proveitos, cujo valor real não seja conhecido, são estimados com base na melhor avaliação do Conselho de Administração da Empresa.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 37
p) SALDOS E TRANSAÇÕES EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA
q) EVENTOS SUBSEQUENTES
r) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
s) JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS
t) POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício, exceto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais (que englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos tangíveis).
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetaram as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:
Vidas úteis dos ativos tangíveis e intangíveis;Análise de imparidade de ativos tangíveis e intangíveis;Registo de provisões e perdas por imparidade; eApuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.
A Celbi encontra-se exposta essencialmente ao (a) risco de mercado, (b) risco de liquidez e (c) risco de crédito. O principal objetivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das atividades da Empresa. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Celbi, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direção da Empresa.
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38 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
a) RISCO DE MERCADO
i) RISCO DE TAXA DE JURO
Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a suacobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação ou especulação.
A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.
A Celbi utiliza instrumentos derivados ou transações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na seleção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:
Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para proteção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objeto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;
Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transação que está a ser coberta; e
Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundo considerado no plano de negócios da Empresa.
Uma vez que a totalidade do endividamento da Celbi se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de proteção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respetivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos a Celbi acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respetivos montantes nocionais acordados.
As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política da Empresa privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, a Celbi solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.
Na determinação do justo valor das operações de cobertura, a Celbi utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.
O Conselho de Administração da Celbi aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).
O objetivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua atividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.
A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela Empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como
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CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 39
instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.
A análise da sensibilidade dos resultados da Empresa a alterações da taxa de juro encontra-se na Nota 19.
A Empresa está exposta ao risco de taxa de câmbio nas transações relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.
Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.
O Conselho de Administração da Celbi entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras, quer pela dimensão dos ativos e passivos expressos em moeda estrangeira, quer pela reduzida maturidade dos mesmos.
Desenvolvendo a sua atividade num setor que transaciona commodities (pasta de papel), a Celbi encontra-se particularmente exposta a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.
O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transacionada pela Celbi durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 17,7 milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 25) e mantendo-se todas as outras variantes constantes.
O principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.
A Empresa prossegue assim uma política ativa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.
A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respetiva a cada classe de passivos financeiros.
A Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito.
A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adotados procedimentos corretivos sempre que tal se julgue conveniente.
O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa seleção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da atividade desenvolvida pela Empresa.
Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração: (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente.
Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, estando, portanto, ao seu justo valor.
ii) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO
iii) RISCO DE VARIABILIDADE NOS PREÇOS DE COMMODITIES
b) RISCO DE LIQUIDEZ
c) RISCO DE CRÉDITO
40 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
4. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:
Aumentos
Alienações e abates
Tranferências
Saldo final
Depreciações acumuladas
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
Tranferências
Saldo final
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
Tranferências
Saldo final
Depreciações acumuladas
Saldo inicial
Aumentos
Alienações e abates
Tranferências
Saldo final
Saldo inicial
Edifícios e outras
construções
65.643.756
252.998
(3.917.103)
179.254
62.158.905
Edifícios e outras
construções
60.963.430
522.832
(3.917.103)
-
57.569.159
4.589.746
outras construções
66.055.134
-
(411.378)
-
65.643.756
Edifícios e outras
construções
60.794.804
580.004
(411.378)
-
60.963.430
4.680.326
Equipamento básico
685.821.929
24.412.215
(37.115.136)
15.572.787
688.691.795
Equipamento básico
468.865.488
33.269.088
(36.893.453)
-
465.241.123
223.450.672
Equipamento básico
686.450.853
3.762.879
(5.038.161)
646.358
685.821.929
Equipamento básico
443.237.714
30.665.935
(5.038.161)
-
468.865.488
216.956.441
Equipamento de transporte
731.349
500
(23.623)
-
708.226
Equipamento de transporte
727.784
1.907
(23.623)
-
706.068
2.158
Equipamento de transporte
731.971
610
(1.232)
-
731.349
Equipamento de transporte
726.624
2.392
(1.232)
-
727.784
3.565
Terrenos e recursos naturais
11.327.052
152.453
(39.460)
330.600
11.770.645
Terrenos e recursos naturais
7.927.294
276.481
(39.460)
-
8.164.315
3.606.330
recursos naturais
11.282.575
44.477
-
-
11.327.052
Terrenos e recursos naturais
7.619.306
307.988
-
-
7.927.294
3.399.758
3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORREÇÕES DE ERROS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 não houve alteração das políticas contabilísticas nem foram corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 41
2017Ativo bruto
2016Ativo bruto
Terrenos e Edifícios e
Equipamento administrativo
4.392.036
32.090
(48.720)
16.489
4.391.895
Equipamento administrativo
4.283.617
113.683
(48.720)
-
4.348.580
43.315
Equipamento administrativo
4.461.418
50.087
(119.807)
338
4.392.036
Equipamento administrativo
4.282.418
121.006
(119.807)
-
4.283.617
108.419
Outros ativos fixos tangíveis
7.447.162
75.021
(4.551)
32.951
7.550.583
Outros ativos fixos tangíveis
7.351.409
53.727
(4.551)
-
7.400.585
149.998
Outros ativos fixos tangíveis
7.511.893
19.928
(84.809)
150
7.447.162
Outros ativos fixos tangíveis
7.363.966
72.212
(84.769)
-
7.351.409
95.753
Ativos fixos tangíveis em
curso
16.534.264
224.717
-
(16.394.615)
364.366
364.366
tangíveis em curso
1.055.446
16.127.763
-
(648.945)
16.534.264
16.534.264
Adiantamentos por conta de
ativos fixos
90.977
-
-
-
90.977
90.977
por conta de ativos fixos
116.842
-
-
(25.865)
90.977
90.977
Total
791.988.525
25.149.994
(41.148.593)
(262.534)
775.727.392
Total
550.119.022
34.237.718
(40.926.910)
-
543.429.830
232.297.562
Total
777.666.132
20.005.744
(5.655.387)
(27.964)
791.988.525
Total
524.024.832
31.749.537
(5.655.347)
-
550.119.022
241.869.503
Os movimentos verificados nos ativos fixos tangíveis em curso estão relacionados com o investimento de aumento de capacidade que a Empresa realizou, nomeadamente numa nova linha de corte de madeira e melhoria na eficiência na lavagem de pasta e seu branqueamento.
42 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
Ativos fixos Adiantamentos
5. ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
Software Outros ativosintangíveis
Total
Saldo inicial 7.081.629 25.600 7.107.229
Aumentos 293.024 - 293.024
Transferências 262.534 - 262.534
Saldo final 7.637.187 25.600 7.662.787
Software Total
SoftwareOutros ativos
intangíveis Total
Saldo inicial 7.072.641 25.600 7.098.241
Aumentos 8.988 - 8.988
Transferências - - -
Saldo final 7.081.629 25.600 7.107.229
Software Total
Saldo inicial 6.988.820 25.600 7.014.420
Aumentos 78.791 - 78.791
Transferências - - -
Saldo final 7.067.611 25.600 7.093.211
14.018 - 14.018
Amortizações acumuladas
Amortizações acumuladas
Saldo inicial 7.067.611 25.600 7.093.211
Aumentos 196.208 - 196.208
Transferências - - -
Saldo final 7.263.819 25.600 7.289.419
373.368 - 373.368
Outros ativosintangíveis
Outros ativosintangíveis
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 43
2017Ativo bruto
2016Ativo bruto
6. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
O montante registado em “Propriedades de investimento” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é referente, essencialmente, a terrenos e edifícios arrendados.
O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades no investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.
Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram como se segue:
7. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS
Em 31 de dezembro de 2017 as empresas subsidiárias eram as seguintes:
EMPRESA
Altri Florestal, S.A.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Empresa subscreveu e realizou por entradas de dinheiro aumentos de capital nas suas subsidiárias Caima Indústria de Celulose, S.A., Caima Energia, S.A. e Celtejo – Empresa Celulose do Tejo, S.A. no valor de 2.000.000 Euros, por cada empresa.
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A.
Caima Energia, S.A.
Sede
Constância
Constância
Lisboa
Vila Velha de Ródão
Porto
Constância
Percentagem de detenção
100%
100%
100%
100%
100%
100%
Resultado líquido
(4.820.306)
14.819.195
(5.994)
12.093.286
(12.429)
2.895.128
Capital próprio
107.916.792
46.119.267
455.416
100.904.285
40.207
11.811.145
Saldo inicial Aumentos Alienações
5.302.727 (58.351)
Depreciações acumuladas Saldo inicial Aumentos Alienações
1.973.342 52.335 (56.918)
3.329.385
5.273.489 -
Alienações
1.919.846--
3.353.643
Depreciações acumuladas
Saldo inicial
27.139
Aumentos
53.496
Aumentos Alienações
Transferências
-
Transferências
-
2.099
Transferências
Transferências
Saldo final
5.244.376
Saldo final
1.968.759
3.275.617
5.302.727
Saldo final
1.973.342
3.329.385
Saldo final
Valor líquido contabilístico
103.116.056
87.000.000
466.563
152.149.687
2.550.000
362.282.306
17.000.000
44
2017Ativo bruto
2016Ativo bruto
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
Saldo inicial
- -
31.12.2017
-
10.IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS
É entendimento do Conselho de Administração da Celbi que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda e que se encontram registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 l) ii), não difere de forma significativa do seu justo valor. O movimento ocorrido no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 na participação detida na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. corresponde a uma perda de imparidade decorrente da análise efetuada pela Empresa.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2014 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.
A Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais
Em 31 de dezembro de 2016 as empresas subsidiárias eram as seguintes:
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Empresa adquiriu a Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A. pelo montante de 2.500.000 Euros e realizou prestações suplementares no valor de 50.000 Euros.
A empresa associada e a proporção do capital detido, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, era conforme segue:
8. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS
31.12.2017 31.12.2016
31.12.2016
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.
Sede
Figueira da Foz
Percentagem de detenção
33%
balançoValor de
573.240
Capital próprio
2.104.264
Resultado líquido
112.093
Valor de balanço
573.240
Capital próprio
2.157.171
Resultado líquido
214.812
9. INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Investimentos disponíveis para venda” era composta como se segue:
Rigor Capital - Produção de Energia, Lda.
Outros investimentos
31.12.2017 31.12.2016
7.503.558 10.073.844
144.801 145.001
7.648.359 10.218.845
Altri Florestal, S.A.
Caima Indústria de Celulose, S.A.
Caima Energia, S.A.
Captaraíz - Unipessoal, Lda.
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.
Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A.
100%
100%
100%
100%
100%
100%
1.399.110
16.009.536
2.801.781
(6.454)
7.395.428
(24.032)
112.737.098
43.975.714
9.416.017
461.410
86.810.998
34.340
103.116.056
85.000.000
15.000.000
466.563
150.149.687
2.550.000
356.282.306
Constância
Constância
Constância
Lisboa
Vila Velha de Ródão
Porto
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 45
EMPRESA SedePercentagem de detenção
Resultado líquido
Capital próprio
Valor líquido contabilístico
EMPRESA
Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
A Celbi é parte integrante de um grupo de empresas (em que a Altri, SGPS, S.A. é a sociedade dominante) que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.
De acordo com a legislação em vigor, na Celbi, os impostos diferidos são calculados de acordo com o método do passivo com base na demonstração da posição financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal. Para determinação do imposto diferido é utilizada a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada, à data de balanço, que se espera que venha a ser aplicada quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os impostos diferidos ativos são reconhecidos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais poderão ser utilizados, sendo revistos periodicamente e reduzidos sempre que a sua utilização deixe de ser provável.
Os impostos diferidos são registados como gasto ou ganho do período, exceto se resultarem de valores registados diretamente em rubricas de capital próprio, situação em que o imposto diferido é registado na mesma rubrica da transação que o originou.
De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 21%.
Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal, a derrama estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros, de 5% sobre a parte do lucro tributável entre 7,5 e 35 milhões de Euros e de 7% sobre a parte do lucro tributável superior a 35 milhões de Euros.
A Empresa optou em 2016 pela aplicação do regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento, previsto no Decreto-Lei nº 66/2016, de 3 de novembro. Neste âmbito, sobre a reserva de reavaliação constituída, incidirá tributação autónoma a uma taxa de 14%. De referir que cerca de dois terços deste valor já foi pago em 2016 e 2017 e o restante valor será pago numa única prestação até 15 de dezembro de 2018. Adicionalmente, as respetivas depreciações deverão ser dedutíveis, para efeitos fiscais, a partir do exercício de 2018, para efeitos de determinação do lucro tributável, pelo que no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Empresa registou um ativo por imposto diferido no montante aproximado de 17.600.000 Euros. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Celbi registou na rubrica “Ativos por impostos diferidos” o montante aproximado de 4.100.000 Euros, em virtude da atualização da taxa utilizada no cálculo dos imposto diferidos. Esta reavaliação, efetuada exclusivamente para efeitos fiscais não produziu qualquer impacto no valor contabilístico dos ativos fixos.
O saldo em 31 de dezembro de 2017 da rubrica do passivo “Estado e outros entes públicos” inclui cerca de 3.800.000 Euros relativos a tributação autónoma a pagar no âmbito do regime de reavaliação de ativos previsto no decreto-lei nº 66/2016 (Nota 15).
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 podem ser detalhados como segue:
àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017 e 2016.
Imposto corrente (19.814.446) (15.028.455)
Correção de anos anteriores 1.309.535 451.246
Imposto diferido 4.274.616 17.626.953
Taxa autónoma reavaliação de ativos (39.705) (10.940.441)
(14.270.000) (7.890.697)
31.12.2017 31.12.2016
46 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
A linha “Benefícios fiscais” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 diz respeito à utilização do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da Celbi na inovação do processo produtivo (Projeto C17) (Nota 39).
A empresa optou em 2016 pela aplicação do regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento, previsto no Decreto-Lei n.º 66/2016, de 3 de novembro. Neste âmbito, sobre a reserva de reavaliação constituída, incidiu tributação autónoma a uma taxa de 14%, que está apresentada no quadro acima na linha “Taxa autónoma reavaliação de ativos”.
A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:
31.12.2017 31.12.2016
Resultado antes de impostos 102.778.855 100.655.881
Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 22,50% 22,50%
(23.125.242) (22.647.573)
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (20.289) 8.450
Benefícios fiscais 4.520.619 1.506.007
Tributação autónoma (58.926) (42.164)
Derrama estadual (5.077.813) (3.230.799)
Impostos diferidos 4.274.616 17.626.953Eliminação dupla tributação dividendos 4.399.875 9.532.651Impostos períodos anteriores 1.309.535 451.246Taxa autónoma reavaliação de ativos (39.705) (10.940.441)Outros efeitos (452.670) (155.027)
Imposto sobre o rendimento (14.270.000) (7.890.697)
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi como segue:
2017
Saldo em 1.1.2017Efeitos na demonstração dos resultados:Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscaisReavaliação de ativosOutros efeitosTotal de efeitos na demonstração dos resultadosEfeitos em capitais próprios:Justo valor de instrumentos derivados (Nota 25)
Saldo em 31.12.2017
2016
Saldo em 1.1.2016Efeitos na demonstração dos resultados:Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscaisReavaliação de ativosOutros efeitosTotal de efeitos na demonstração dos resultados
Efeitos em capitais próprios:Justo valor de instrumentos derivados (Nota 25)
Saldo em 31.12.2016
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
19.507.758 (48.016)
222.248 -4.059.794 -
- (7.426)4.282.042 (7.426)
(697.918) (803.972)
23.091.882 (859.414)
1.157.036 (22.165)
69.952 -17.582.852 -
- (25.851)17.652.804 (25.851)
697.918 -
19.507.758 (48.016)
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 47
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:
Provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmenteJusto valor dos instrumentos derivadosReavaliação de ativosOutros
31.12.2017 31.12.2016
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
1.449.236 - -- (803.972) -
21.642.646 - -- (55.442) (48.016)
23.091.882 (859.414) (48.016)
Ativos por impostos diferidos
1.226.988697.918
17.582.852-
19.507.758
11.INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOSEm 31 de dezembro de 2017 e 2016, o montante registado na rubrica “Ativos biológicos” corresponde às florestas e encargos incorridos com as plantações efetuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como segue:
31.12.2017 31.12.2016
Valor bruto 13.418 144.777
Perdas de imparidade acumuladas em ativos biológicos (Nota 20) --
13.418 144.777
31.12.2017 31.12.2016
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 22.967.176 25.213.993
Produtos e trabalhos em curso 438.922 421.010
Produtos acabados e intermédios 10.722.855 13.803.958
Adiantamentos por conta de compras --
34.128.953 39.438.961
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 20) (4.215.000) (4.545.000)
29.913.953 34.893.961
31.12.2017 31.12.2016
Em portos comunitários 8.019.556 9.856.550
À guarda de terceiros 586.025 1.592.893
8.605.581 11.449.443
Matérias-primas, subsidiárias e
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em
cursoAtivos
biológicos Total
Saldo inicial 25.213.993 13.803.958 421.010 144.777 39.583.738Compras 201.812.119 - - -201.812.119Regularização de existências - - - --Existências finais (22.967.176) (10.722.855) (438.922) (13.418) (34.142.371)
204.058.936 3.081.103 (17.912) 131.359 207.253.486
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o montante registado na rubrica Inventários pode ser detalhado como segue:“ ”
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 existiam fora das instalações da Empresa os seguintes inventários:
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, não existiam à guarda da Empresa, inventários cuja propriedade fosse de terceiros.
O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 ascendeu a 207.253.486 Euros e foi apurado como se segue:
48 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
--
--
de consumo
--
12.CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:
ATIVOS NÃO CORRENTES:
Investimentos disponíveis para venda 9 - 7.648.359 - 7.648.359
Instrumentos financeiros derivados 25 - - 247.483 247.483
- 7.648.359 247.483 7.895.842
ATIVOS CORRENTES:Clientes 13 78.913.906 - - 78.913.906
Outras dívidas de terceiros 14 2.797.001 - - 2.797.001
Empresas do Grupo 29 70.138 - - 70.138
Instrumentos financeiros derivados 25 - - 2.623.844 2.623.844
Caixa e equivalentes de caixa 17 16.928.752 - - 16.928.752
98.709.797 - 2.623.844 101.333.641
98.709.797 7.648.359 2.871.327 109.229.483
ATIVOS NÃO CORRENTES:
Investimentos disponíveis para venda 9 - 10.218.845 - 10.218.845
Instrumentos financeiros derivados 25 - - - -
- 10.218.845 - 10.218.845
ATIVOS CORRENTES:Clientes 13 62.461.315 - - 62.461.315
Derivados Total
Investimentos disponíveis para
vendaAtivos financeirosNotas31 de dezembro de 2017
Derivados Total
Investimentos disponíveis para
vendaAtivos financeirosNotas31 de dezembro de 2016
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 49
O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 ascendeu a 196.857.852 Euros e foi apurado como segue:
Produtos Produtos e acabados e trabalhos em Ativos intermédios curso biológicos Total
24.700.199 14.164.309 575.585 144.777 39.584.870196.856.720 196.856.720- - -
- - - - -
Saldo inicialComprasRegularização de existênciasExistências finais (25.213.993) (13.803.958) (421.010) (144.777) (39.583.738)
196.342.926 360.351 154.575 196.857.852-
ATIVOS FINANCEIROS:
Outras dívidas de terceiros 14 3.083.904 - - 3.083.904
Empresas do Grupo 29 260.661 - - 260.661
Instrumentos financeiros derivados 25 - - - -
Caixa e equivalentes de caixa 17 111.487.840 - - 111.487.840
177.293.720 177.293.720- -
177.293.720 10.218.845 - 187.512.565
Matérias-primas, subsidiárias e
de consumo
- - 10.218.845-
31 de dezembro de 2017
19 27.000.000 - 27.000.000
19 240.146.582 - 240.146.582
19 6.966.251 - 6.966.251
25 - - -
274.112.833 - 274.112.833
19 6.216.583 - 6.216.583
19 65.981.995 - 65.981.995
19 1.088.675 - 1.088.675
22 46.294.213 - 46.294.213
29 22.509.804 - 22.509.804
23 8.415.230 - 8.415.230
25 - - -
150.506.500 - 150.506.500
424.619.333 - 424.619.333
19 85.500.000 - 85.500.000
19 260.863.142 - 260.863.142
19 5.314.304 - 5.314.304
25 - 1.810.931 1.810.931
351.677.446 1.810.931 353.488.377
19 13.854.263 - 13.854.263
19 107.842.089 - 107.842.089
19 509.281 - 509.281
22 33.330.817 - 33.330.817
29 16.284.713 - 16.284.713
23 7.778.890 - 7.778.890
25 - 1.290.927 1.290.927
179.600.053 1.290.927 180.890.980
531.277.499 3.101.858 534.379.357
PASSIVOS FINANCEIROS:
INSTRUMENTOS FINANCEIROS RECONHECIDOS A JUSTO VALORO quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo;Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e
31 de dezembro de 2016
NotasPassivos
financeiros Derivados Total
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Instrumentos financeiros derivados
PASSIVOS CORRENTES
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Fornecedores
Empresas do Grupo
Outras dívidas a terceiros
Instrumentos financeiros derivados
PASSIVOS NÃO CORRENTES
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Instrumentos financeiros derivados
PASSIVOS CORRENTES
Empréstimos bancários
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Fornecedores
Empresas do Grupo
Outras dívidas a terceiros
Instrumentos financeiros derivados
PASSIVOS NÃO CORRENTES
NotasPassivos
financeiros Derivados Total
50 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada como segue:
A empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber como segue:
Ativos financeiros mensurados a justo valor
Investimentos disponíveis para venda (Nota 9)
Derivados (Nota 25)
Passivos financeiros mensurados a justo valor
Derivados (Nota 25)
Nivel 1
-
-
-
Nivel 3
7.648.359
-
-
Nivel 1
-
-
-
Nivel 3
-
-
-
Nivel 2
-
2.871.327
-
31.12.2017
Nivel 2
-
-
3.101.858
31.12.2016
31.12.2017 31.12.2016
Clientes, conta corrente 78.913.906 62.461.315
Clientes de cobrança duvidosa 37.045 40.080
78.950.951 62.501.395
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 20) (37.045) (43.116)
78.913.906 62.458.279
13.CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias
30 - 90 dias
+ 90 dias
31.12.2017 31.12.2016
60.269.983 44.500.569
17.231.620 12.336.287
558.491 3.373.754
853.812 2.250.705
18.643.923 17.960.746
78.913.906 62.461.315
31.12.2017 31.12.2016
63.407.165
15.543.786
49.921.347
12.580.048
Com seguro de crédito
Sem seguro de crédito
78.950.951 62.501.395
Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 51
A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.
Não vencido
14.OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:
31.12.2017 31.12.2016
Adiantamentos a fornecedores 368.971 292.757
Outros devedores 3.086.385 3.449.502
3.455.356 3.742.259
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 20) (658.355) (658.355)
2.797.001 3.083.904
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber relativas a imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros, processos fiscais (Nota 40) e empresas do Grupo Altri e partes relacionadas (Nota 29). Esta rubrica inclui também, em 31 de dezembro de 2017, o montante de 834.253 Euros (1.026.122 Euros em 31 de dezembro de 2016) a receber fruto da alienação da Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o montante líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” encontra-se na totalidade não vencido.
Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer indício de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro.
52 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
31.12.2017 31.12.2016
Saldos devedores:
Imposto sobre o valor acrescentado 3.207.245 2.330.149
3.207.245 2.330.149
Saldos credores:
Retenção na fonte (758.391) (601.971)
Contribuições para a Segurança Social (233.902) (225.963)
Tributação autónoma reavaliação de ativos (Nota 10) (3.765.931) (7.293.627)
(4.758.224) (8.121.561)
31.12.2017 31.12.2016
Custos a reconhecer:
Rendas e alugueres pagos antecipadamente 391.263 394.202
Seguros pagos antecipadamente 498.541 540.481
Juros pagos antecipadamente - 88.386
Outros custos pagos antecipadamente - 16.170
889.804 1.039.239
16.OUTROS ATIVOS CORRENTES
O detalhe dos “Outros ativos correntes” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é como se segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 estas rubricas do ativo e do passivo tinham a seguinte composição:
15.ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
17.CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:
Durante o exercício de 2017 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem à realização de aumentos de capital na Caima Indústria de Celulose, S.A., Caima Energia, S.A. e Celtejo – Empresa Celulose do Tejo, S.A. (Nota 7).
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os recebimentos relativos a investimentos financeiros referem-se ao pagamento parcial do valor de venda da subsidiária Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (alienada em 2011).
Durante o exercício de 2016 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem à aquisição da empresa Sociedade Imobiliária Porto Seguro, S.A. e à realização de prestações suplementares (Nota 7).
Durante os exercícios de 2016 e 2017 os recebimentos relativos a dividendos são relativos às distribuições efetuadas pelas empresas associadas e subsidiárias da Empresa e dividem-se do seguinte modo:
31.12.2017 31.12.2016
EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS
Celtejo - Empresa Celulose de Tejo, S.A. - 18.000.000
Caima Indústria de Celulose, S.A. 17.000.000 19.317.338
Caima Energia, S.A. 2.500.000 5.000.000
Total empresas subsidiárias (Nota 33) 19.500.000 42.317.338
EMPRESAS ASSOCIADAS
Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. 55.000 50.000
Total empresas associadas (Nota 38) 55.000 50.000
Total 19.555.000 42.367.338
31.12.2017 31.12.2016
Caixa 1.998 1.998
Depósitos bancários 16.926.754 111.485.842
Caixa e equivalentes 16.928.752 111.487.840
18.CAPITAL SOCIAL E RESERVAS
CAPITAL SOCIAL
RESERVA LEGAL
Em 31 de dezembro de 2017, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 15.500.000 ações com o valor nominal de 5 Euros cada ação.
Em 31 de dezembro de 2017, a Altri - Participaciones y Trading, S.L. (Nota 1) detém 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto.
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2017 a Empresa detém 6.712 ações próprias.
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 53
OUTRAS RESERVAS
19.EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários”, “Outros empréstimos” e “Incentivos reembolsáveis” é como segue:
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 33).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vencia juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo seria liquidado em 24 prestações mensais iguais e sucessivas, com início em Julho de 2017. Precisamente, em julho de 2017, a Celbi procedeu ao reembolso antecipado da totalidade deste financiamento.
31.12.2017 31.12.2016
Reservas de cobertura 2.067.356 (2.403.940)
Outras reservas e resultados transitados 117.601.955 84.836.772
119.669.311 82.432.832
Valor nominal Valor contabilístico
Empréstimos bancários
Papel comercial
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Corrente
6.000.000
-
35.000.000
29.089.796
64.089.796
1.088.675
71.178.471
Não corrente
27.000.000
20.000.000
220.000.000
384.000
240.384.000
6.966.251
274.350.251
Total
33.000.000
20.000.000
255.000.000
29.473.796
304.473.796
8.054.926
345.528.722
Corrente
6.216.583
40.689
36.851.510
29.089.796
65.981.995
1.088.675
73.287.253
Não corrente
27.000.000
20.000.000
219.762.582
384.000
240.146.582
6.966.251
274.112.833
Total
33.216.583
20.040.689
256.614.092
29.473.796
306.128.577
8.054.926
347.400.086
54
2017
Empréstimos bancários 13.500.000 85.500.000 99.000.000 13.854.263 85.500.000 99.354.263
Papel comercial 50.000.000 85.000.000 135.000.000 50.045.325 85.000.000 135.045.325
Empréstimos obrigacionistas 32.700.000 175.000.000 207.700.000 32.503.116 175.863.142 208.366.258
Outros empréstimos 25.293.648 - 25.293.648 25.293.648 - 25.293.648
Outros empréstimos 107.993.648 260.000.000 367.993.648 107.842.089 260.863.142 368.705.231
Incentivos reembolsáveis 509.281 5.314.304 5.823.585 509.281 5.314.304 5.823.585
122.002.929 350.814.304 472.817.233 122.205.633 351.677.446 473.883.079
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
2016
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de coberturade fluxos de caixa na componente eficaz de cobertura, líquido e dos respetivos impostos diferidos (Nota 25).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vencia juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo seria liquidado em 3 prestações anuais e sucessivas, com início a fevereiro de 2018. Em outubro de 2017, a Celbi procedeu ao reembolso antecipado da totalidade deste financiamento.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros (atualmente 18.000.000 Euros em dívida), que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses acrescida de spread. Este empréstimo tem a liquidação definida em 5 prestações anuais e sucessivas, com início em janeiro de 2016, pelo que o montante de 6.000.000 Euros encontra-se classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 15.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a doze meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado numa prestação única no final do contrato (setembro de 2022), pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente.
A rubrica “Papel comercial” corresponde a dois programas de papel comercial. O primeiro programa, com o montante máximo de 12.000.000 Euros, vence-se em 21 de outubro de 2019, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2017 de 12.000.000 Euros. O segundo programa, com o montante máximo de 36.500.000 Euros, tem um prazo máximo de 4 anos a contar da respetiva data de assinatura, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2017 de 8.000.000 Euros.
Os montantes totais utilizados em 31 de dezembro de 2017 ascendiam a 20.000.000 Euros e em 31 de dezembro de 2016 a 135.000.000 Euros.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no valor de 80.000.000 Euros com um prazo de 5 (cinco) anos, tendo durante o exercício de 2015 sido adquiridas, pela Altri SGPS, S.A. obrigações no montante de 10.623.100 Euros. Em outubro de 2016, a Celbi lançou uma oferta particular de troca, voluntária, dirigida apenas a investidores qualificados, sobre as 800 obrigações emitidas de valor nominal unitário de 100.000 Euros e global de 80.000.000 Euros, da emissão de obrigações denominada "Celbi 2014/2019" por novas obrigações Celbi com vencimento em 2024 (“Celbi 2016/2024”). Como resultado desta oferta, foram objeto de troca 473 obrigações (posteriormente amortizadas e canceladas), pelo que o empréstimo obrigacionista “Celbi 2014/2019” passou a estar representado por 327 obrigações, no montante nominal global de 32.700.000 Euros. Em março de 2017 a Celbi procedeu ao reembolso antecipado deste financiamento através do exercício da call option prevista na respetiva ficha técnica.
As novas obrigações pelas quais foram trocadas as denominadas "Celbi 2014/2019", correspondem a obrigações que integram um novo empréstimo obrigacionista emitido em novembro de 2016, no montante de 65.000.000 Euros e com vencimento em fevereiro de 2024, denominado “Celbi 2016/2024”. Por sua vez, a Altri SGPS, em 31 de dezembro de 2017, era detentora de obrigações “Celbi 2016/2024” no montante de 14.000.000 Euros (13.500.000 Euros em 31 de dezembro de 2016), pelo que o passivo do Grupo, em 31 de dezembro de 2017, relativo ao mesmo ascendia a 51.000.000 Euros (51.500.000 Euros em 31 de dezembro de 2016).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de três empréstimos obrigacionistas: um em fevereiro no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 6 anos, outro em agosto no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 2,5 anos, e um outro em agosto no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 4 anos, vencendo juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas, ambos em 14 de julho de 2017: um no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 8 anos e outro no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 10 anos, vencendo juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread. Por sua vez, a Altri SGPS, em 31 de dezembro de 2017, era detentora de obrigações “Celbi 2017/2027” no montante nominal de 6.100.000 Euros, pelo que o passivo do Grupo, em 31 de dezembro de 2017, relativo ao mesmo ascendia a 33.900.000 Euros.
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respetivo empréstimo.
PAPEL COMERCIAL
EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 55
(i) FactoringO Grupo Altri tem em vigor contratos de factoring com duas instituições, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 60.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses e/ou Euribor a 12 meses acrescida de spread (para nocionais em Euros) e Libor a 3 meses acrescida de spread (para nocionais em USD), sendo que em 31 de dezembro de 2017 o montante utilizado pela Empresa ascende a 28.897.796 Euros (25.293.648 Euros em 31 de dezembro de 2016).
A Celbi considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas se reconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2 l) x).
Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Até 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu o montante de 5.823.585 Euros referente ao incentivo reembolsável, o qual se encontra registado no passivo corrente 1.088.675 Euros (509.281 Euros em 31 de dezembro 2016) e no passivo não corrente 4.225.628 Euros (5.314.304 Euros em 31 de dezembro 2016).
Em dezembro de 2016 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do disposto no nº1 do artigo 5º do Decreto-lei nº 191/2014, de 31 de dezembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de competitividade e internacionalização, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 1 de janeiro de 2016, decorreu até 31 de dezembro de 2017 e o valor contratado ascende a 40.000.000 Euros, sendo que o Estado Português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 10% das despesas elegíveis. Até 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu o montante de 2.740.623 Euros referente ao incentivo reembolsável o qual se encontra registado no passivo não corrente.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 25):
OUTROS EMPRÉSTIMOS
INCENTIVOS AO INVESTIMENTO REEMBOLSÁVEIS
PROJETO C15
PROJETO C17
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE A VARIAÇÕES DA TAXA DE JURO
31.12.2017 31.12.2016
Juros suportados (Nota 33) 7.576.160 7.541.248
Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à
totalidade do endividamento (3.500.000) (4.700.000)
Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à
totalidade do endividamento 3.500.000 4.700.000
56
A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento médio (ativos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
Empréstimos bancários
Papel comercial
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos
Incentivos reembolsáveis
Total
31.12.2017 2018
6.000.000
-
35.000.000
29.089.796
1.088.675
71.178.471
2019
6.000.000
12.000.000
40.000.000
192.000
2.776.728
60.968.728
2020
6.000.000
-
-
192.000
1.914.062
8.106.062
> 2020
15.000.000
8.000.000
180.000.000
-
2.275.461
205.275.461
Total
33.000.000
20.000.000
255.000.000
29.473.796
8.054.926
345.528.722
2017 2018 2019 > 2019 Total
Empréstimos bancários 13.500.000 31.000.000 23.500.000 31.000.000 99.000.000
Papel comercial 50.000.000 10.000.000 - 75.000.000 135.000.000
Empréstimos obrigacionistas 32.700.000 35.000.000 40.000.000 100.000.000 207.700.000
Outros empréstimos 25.293.648 - - - 25.293.648
Incentivos reembolsáveis 509.281 1.088.674 2.743.362 1.482.268 5.823.585
Total 122.002.929 77.088.674 66.243.362 207.482.268 472.817.233
31.12.2016
20. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE
O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 pode ser detalhado como se segue:
31.12.2017 Provisões
Perdas de imparidade em contas a receber
(Notas 13 e 14)
Perdas de imparidade em inventários e ativos
biológicos (Nota 11) Total
Saldo inicial 371.306 698.435 4.545.000 5.614.741Aumentos 52.562 640.000 692.562Utilizações/Reversões (3.035) (970.000) (973.035)
Saldo final 423.868 695.400 4.215.000 5.334.268
Saldo inicial 510.409 701.470 4.095.000 5.306.879Aumentos - - 450.000 450.000Utilizações/Reversões (139.103) (3.035) - (142.138)
Saldo final 371.306 698.435 4.545.000 5.614.741
31.12.2016 Provisões
Perdas de imparidade em contas a receber
(Notas 13 e 14)
Perdas de imparidade em inventários e ativos
biológicos (Nota 11) Total
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos era como segue:
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 57
Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das utilizações/reversões verificados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.
O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 corresponde à melhor estimativa da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos gerais da atividade da Empresa.
21.OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
22.FORNECEDORES
23.OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS
A rubrica “Outros passivos não correntes” corresponde às parcelas de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo no montante de 14.094.340 Euros (Notas 24 e 39).
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Celbi.
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.
Em 31 de dezembro de 2017 a rubrica “Fornecedores – títulos a pagar” refere-se aos saldos de fornecedores cedidos em operações de confirming, conforme descrito na Nota 2.2.l.v).
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:
-
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, faturas em receção e conferência 7.275.888 -
Fornecedores, títulos a pagar 19.798.679 -
46.294.213 -
31.12.2016 0-90 dias 90-180dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 27.459.464 27.459.464 - -
Fornecedores, faturas em receção e conferência 5.871.353 5.871.353 - -
Fornecedores, títulos a pagar - - - -
33.330.817 33.330.817 - -
A Pagar
Fornecedores de ativos fixos 6.852.746 6.852.746 - -
Outras dívidas 1.562.484 1.562.484 - -
8.415.230 8.415.230 - -
Fornecedores de ativos fixos 6.877.896 6.877.896 - -
Outras dívidas 900.994 900.994 - -
7.778.890 7.778.890 - -
19.219.646
7.275.888
19.798.679
46.294.213
19.219.646
-
-
-
31.12.2017 >180 dias0-90 dias 90-180dias
- -
A Pagar
31.12.2017 >180 dias0-90 dias 90-180dias
31.12.2016 >180 dias0-90 dias 90-180dias
58 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outras dívidas” corresponde principalmente a imposto sobre o valor acrescentado a pagar a autoridades fiscais estrangeiras.
24.OUTROS PASSIVOS CORRENTES
25.INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
(i) DERIVADOS DE COBERTURA DE PREÇO DA PASTA DE PAPEL
(ii) DERIVADOS DE TAXA DE CÂMBIO
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:
A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 diz respeito a despesas relacionadas com a atividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a Celbi teve em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados registados de acordo com o seu justo valor.
Na Celbi apenas se utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua atividade.
Por forma a mitigar a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, a Empresa contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, consubstanciado na compra de opções de venda de estilo asiático (“asian put options”) sobre o “FOEX PIX Pulp BHKP”, para cada um dos doze meses do ano de 2016, para um volume de 5.000 toneladas por mês (total de 60.000 toneladas). Em 31 de dezembro de 2017, a Empresa não detinha posições em aberto de derivados de cobertura de preço de pasta de papel.
A Empresa utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efetuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, a Empresa, durante os exercícios de 2017 e 2016, contratou “opções” e “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.
31.12.2017 31.12.2016
Encargos a Liquidar
Remunerações a liquidar 1.643.057 1.539.897
Juros a liquidar - -
Encargos com energia e gás a liquidar 2.903.357 3.187.159
Descontos a liquidar 2.681.317 2.683.559
Outros encargos a liquidar 8.569.389 8.628.399
Proveitos a reconhecer
Subsídios ao investimento (Notas 19, 21 e 39) 2.817.178 2.818.501
18.614.298 18.857.515
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 59
Derivados de taxa de câmbio
Saldo inicial (3.101.858) (3.101.858)
Variação do justo valor/cessação
feitos em capitais próprios E 5.973.185 5.973.185
feitos na demonstração de resultados - -
feitos no balanço - -
Saldo final 2.871.327 2.871.327
2017 Total
O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 pode ser detalhado como segue:
E
E
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2017, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 5.973.185 Euros (3.101.858) Euros durante o exercício de 2016), foram registados diretamente no capital próprio, líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de (803.972) Euros (697.918 Euros em 31 de dezembro de 2016) (Notas 10 e 18).
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante os exercícios de 2017 e 2016, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados diretamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Nota 33).
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a Empresa tem registado nesta rubrica os montantes de 1.885.499 Euros e 1.978.690 Euros, respetivamente, referente ao justo valor de instrumentos financeiros derivados cuja contraparte dos mesmos é a empresa-mãe do Grupo, Altri, SGPS, S.A. O grupo tinha como objetivo cobrir o risco de taxa de câmbio das operações da Celbi para os exercícios de 2017 e 2018. Dado que algumas instituições apenas aceitavam entrar no contrato caso a contraparte fosse a Altri SGPS, o Grupo contratou derivados de cobertura de taxa de câmbio através da Altri SGPS, passando a totalidade da posição para a Celbi através dos contratos realizados entre as entidades.
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, os principais passivos contingentes respeitavam a processos fiscais (Nota 39).
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, as garantias prestadas tinham o seguinte detalhe:
26.PASSIVOS CONTINGENTES E GARANTIAS PRESTADAS
Saldo inicial - -
Variação do justo valor/cessação
feitos em capitais próprios (3.101.858) (3.101.858)
feitos na demonstração de resultados - -
feitos no balanço - -
Saldo final (3.101.858) (3.101.858)
Derivados de taxa de câmbio 2016 Total
Outros
AICEP/API ( Nota 39)
31.12.2017 31.12.2016
1.455.896 1.455.896
1.626.071 1.297.969
3.081.967 2.753.865
60
27.COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA
a) FUNDO DE PENSÕES
Em maio de 2014 após obtenção de todas as aprovações necessárias, a Empresa alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano de contribuição definida.
Com esta alteração, a Empresa deixou de ter responsabilidades por benefícios futuros relacionadas com o Fundo de Pensões.
O valor do Fundo foi repartido pelos participantes de acordo com as responsabilidades por serviços passados à data de 30 de abril de 2014, tendo a Entidade gestora aberto uma conta individual em nome de cada participante com este crédito inicial.
No exercício de 2017 as contribuições para o Fundo de Pensões ascenderam a aproximadamente 380.000 Euros.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
E
E
E
b) OUTROS COMPROMISSOS
A 31 de dezembro de 2017 e 2016 a Celbi tinha assumido compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis nos montantes de 168.893 Euros e 15.422.988 Euros, respetivamente.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproxima-damente, 1.247.716 Euros e 1.190.918 Euros, respetivamente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.
Em 31 de dezembro de 2017 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:
28.LOCAÇÕES OPERACIONAIS
2017
Até 1 ano 231.336
Entre 1 a 5 anos 1.618.449
Mais de 5 anos 391.670
2.241.455
2016
Até 1 ano 341.185
Entre 1 a 5 anos 1.625.029
Mais de 5 anos 750.731
2.716.945
Em 31 de dezembro de 2016 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:
29.EMPRESAS DO GRUPO E PARTES RELACIONADAS
As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relacionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.
Em 31 de dezembro de 2017, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 61
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
92 - - - -79.660 - - - -
Caima Indústria de Celulose, S.A. 71.089 - - (716.837) -Caima Energia, S.A. - - - - -Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 132.149 - - (57.126) -Captaraíz - Unipessoal, Lda. 7.955 1.109 - - -Altri - Participaciones y Trading, S.L. - 68.417 - (1.118.975) -Altri, SGPS, S.A. - - - - (22.509.804)Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - - - (10.976.459) -Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - 115.785 - -EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. 1.704.941 - - - -Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - - (70.882) -F. Ramada, II Imobiliária, S.A. 129.514 - - - -Cofina Media, S.A. - - - (2.952) -Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A. - - 360.260 - -Sociedade Bioeléctrica do Mondego, S.A. 32.209 - - - -
2.157.608 69.526 476.045 (12.943.232) (22.509.804)
SALDOS CREDORESSALDOS DEVEDORES
Empresas EmpresasGrupo Grupo
Fornecedores c/cClientes c/c
Outras dívidas de terceirosEMPRESA
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.Altri Florestal, S.A.
EMPRESA
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 93Altri Florestal, S.A. 39.336Caima Indústria de Celulose, S.A. 10.934Caima Energia, S.A. -Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 85.989Captaraíz - Unipessoal, Lda. 7.955Altri - Participaciones y Trading, S.L. -Altri, SGPS, S.A. -Altri Abastecimento de Madeira, S.A. -Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. -EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. 5.256.192Ramada - Aços e Indústrias, S.A. -F. Ramada, II Imobiliária, S.A. 127.614Cofina Media, S.A. -Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A. -
5.528.113
Clientes c/c EmpresasGrupo
-----
1.109258.831
721-------
260.661
--------------
284.713284.713
Outras dívidas de terceiros
--
(1.685)-
(209.444)-
(2.050.613)-
(8.487.908)(54.223)
-(59.423)
-(8.750)
-(10.872.046)
Fornecedores c/c
EmpresasGrupo
-------
(16.284.713)-------
(16.284.713)
Em 31 de dezembro de 2016, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:
A conta a pagar à Altri, Participaciones Y Trading, S.L. resulta das comissões de venda associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.
A conta a pagar à Altri Abastecimento de Madeira, S.A. resulta das operações de compra de madeira relacionadas com a atividade da Empresa.
A conta a pagar à Altri. SGPS, S.A. diz respeito, sobretudo, ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (Nota 10) em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
Em 31 de dezembro de 2017 a empresa-mãe do grupo, Altri, SGPS, S.A., detinha obrigações sobre a Empresa no valor nominal de 20.098.250 Euros, que se vencem em fevereiro de 2024 e em julho de 2027 (Nota 19).
Em 31 de dezembro de 2016 a empresa-mãe do grupo, Altri, SGPS, S.A., detinha obrigações sobre a Empresa no valor nominal de 14.633.000 Euros, que se vencem em março de 2019 e em fevereiro de 2024 (Nota 19).
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a Empresa tinha registado no seu balanço, os montantes de 1.885.499 Euros e 1.978.690 Euros, respetivamente, na rubrica de instrumentos financeiros derivados, cuja contraparte dos mesmos era a empresa-mãe do grupo, Altri, SGPS, S.A. (Nota 25).
As principais transações efetuadas no exercício de 2017 com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:
62
Empresa
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.Caima Indústria de Celulose, S.A.Caima Energia, S.A.Altri Florestal, S.A.Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.Altri - Participaciones y Trading, S.L.Altri, SGPS, S.A.Altri Abastecimento de Madeira, S.A.Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda.EDP Produção - Bioeléctrica, S.A.Ramada - Aços e Indústrias, S.A.Ramada - Storax, S.A.F. Ramada, II Imobiliária, S.A.Cofina Media, S.A.Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A.Sociedade Bioeléctrica do Mondego, S.A.
Outrosproveitos
---
(6.210)(126.225)(217.139)
---
(203.665)-
(129.514)--
(30.432)
(713.184)
Vendas eprestação de
serviços
-(79.923)
-(429.734)(355.351)
----
(9.709.944)-
----
(10.574.953)
-----
--
158.866.718--
221.155
--
1.110.378-
160.198.252
Compra matérias-primas
e subsidiárias
Outros fornecimentos
e serviços externos
(861)582.234
-(14.737)849.731
12.337.9773.788.963
-1.093.958
(1.320)2.075
50-
36.494-
(1.777)
18.672.788
Custos/Proveitos financeiros
-(17.000.000)(2.500.000)
--
---
(55.000)-------
(19.555.000)
Venda/Compra deinvestimentos
---
500-
-----------
500
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
SALDOS CREDORESSALDOS DEVEDORES
- - -
31.12.2017 31.12.2016
Mercado interno 87.981.800 82.056.176
Mercado externo 350.760.022 315.105.928
438.741.822 397.162.104
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 63
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. (7.153) - - (768) -Caima Indústria de Celulose, S.A. - (73.597) - (12.360) (19.317.338)Caima Energia, S.A. - - - - (5.000.000)Altri Florestal, S.A. (10.253) - - (10.658) -Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. (204.370) (461.314) - 891.854 (18.000.000)Altri - Participaciones y Trading, S.L. (209.801) - - 10.885.254 -Altri, SGPS, S.A. (2.586) - - 3.074.118 374.390Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - - 159.337.176 - -Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - 14.439 761.601 (50.000)EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. (193.083) (9.097.607) - - -Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - 133.921 (296) -F. Ramada, II Imobiliária, S.A. (127.614) - - - -Cofina Media, S.A. - - - 8.254 -Socitrel - Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A. - - 756.394 (16) -
(754.860) (9.632.518) 160.241.930 15.596.982 (41.992.948)
---
610----------
610
EmpresaOutros
proveitos
Vendas eprestação de
serviços
Compra matérias-primas
e subsidiárias
Outros fornecimentos
e serviços externosCustos/Proveitos
financeirosVenda/Compra de
investimentos
As principais transações efetuadas no exercício de 2016 com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas podem ser resumidas como se segue:
A Celbi adquire madeira à Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - empresa do Grupo que se dedica à comercialização de madeira. A Altri, Participaciones Y Trading, S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri, pelo que o montante da coluna “Outros fornecimentos e serviços externos” com esta entidade diz respeito a comissões de venda ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.
Na coluna de custos/proveitos financeiros estão os dividendos recebidos pela Empresa durante os exercícios de 2017 e 2016 (Nota 33).
30.VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como segue:
31.OUTROS PROVEITOS
A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 pode ser detalhada como se segue:
31.12.2017 31.12.2016
Subsídios ao investimento (Nota 39) 2.827.878 2.830.249
Ganhos obtidos na alienação de ativos fixos 185.078 37.570
Ganhos da parte corrida de contratos derivados de commodities - 2.358.050
L aicenç s CO2 315.050 188.175
Outros 1.361.730 1.025.584
4.689.736 6.439.628
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201764
31.12.2017 31.12.2016
Impostos diretos e taxas 431.801 880.455
Quotizações 167.368 189.665
Licenças CO2 - 209.175
Outros 533.181 890.280
1.132.350 2.169.575
32.OUTROS CUSTOS
A rubrica “Outros custos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 pode ser detalhada como se segue:
33.RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 podem ser detalhados como segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere-se, essencialmente, a custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (Nota 19).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu dividendos, no montante de 19.500.000 Euros, das suas subsidiárias Caima Indústria de Celulose, S.A. e Caima Energia, S.A. que se encontram registados na rubrica “Dividendos” (Notas 7, 17 e 29).
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Celbi recebeu dividendos, no montante de 42.317.338 Euros, das suas subsidiárias Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A., Caima Indústria de Celulose, S.A. e Caima Energia, S.A. que se encontram registados na rubrica “Dividendos” (Notas 7, 17 e 29).
31.12.2017 31.12.2016
C IUSTOS FINANCE ROS:J s r ouros upo tad s (Nota 19) ( 77.5 6.160) ( 47.5 1.248)
Diferenças ed câmbio desfavoráveis ( 13.6 4.321) ( 62.0 5.908)
Perdas em instrumentos derivados ( 014 .000) ( 757 .190)
Perdas em investimentos disponíveis para venda (Nota 9) ( 72.5 0.286) -
Outros custos e perdas financeiras ( 21.3 8.280) ( 14.6 8.332)
( .215 29.047) ( .814 02.678)
PROVEITOS FINANCEIROS:J ouros btidos 42.097 232.443
D e eiferenças d câmbio favoráv is 1.920.264 2.258.938
Dividendos (Nota 17) 19.500.000 42.317.338
Ganhos em instrumentos derivados 265.742 -
O o e nutros pr veitos ganhos fi anceiros 30.630 31
21.758.733 44.808.750
34. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES
A rubrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” relativa a exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é composta como segue:
31.12.2017 31.12.2016
A vti os fixos tangíveis (Nota 4) ( .34 237.718) ( .31 749.537)
Propriedades de investimento (Nota 6) ( .52 335) ( .53 496)
A v tti os in angíveis (Nota 5) ( 619 .208) ( .78 791)
( .34 486.261) ( .31 881.824)
31.12.2017 31.12.2016
Número de ações para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 15.500.000 15.500.000
Resultado para efeito do cálculo do resultado por ação líquido e diluído 88.508.855 92.765.184
Resultado por ação
Básico 5,71 5,98
Diluído 5,71 5,98
35. RESULTADO POR AÇÃO
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 65
36.CUSTOS COM O PESSOAL
Em 31 de dezembro 2017 e 2016 a rubrica “Custos com o pessoal” apresenta o seguinte detalhe:
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 248 e 241, respetivamente.
31.12.2017 31.12.2016
Remunerações 10.292.680 9.827.436
Encargos sobre remunerações 2.159.165 2.061.005
Benefícios ao pessoal 546.869 515.539
Indemnizações 188 218.500
Seguros 358.099 359.321
Outros 5 175.71 615.433
13.932.712 13.597.234
37.FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
38.RESULTADOS RELATIVOS A EMPRESAS ASSOCIADAS
39.SUBSÍDIOS E INCENTIVOS
i) PROJETO C09
ii) PROJETO C15
Em 31 de dezembro 2017 e 2016 a rubrica “Fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a Celbi recebeu dividendos da sua associada Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz, Lda. nos montantes de 55.000 Euros e 50.000 Euros, respetivamente, que se encontram registados na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas” (Notas 8, 17 e 29).
Em janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de janeiro de 2007 e 30 de junho de 2010 e o valor contratado ascendia a 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumprisse com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que correspondeu ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013 o prémio de realização encontrava-se totalmente recebido no montante total de 41.316.000 Euros, dos quais e durante o exercício de 2013, foi atribuído o montante de 16.526.400 Euros resultante da medição antecipada para 2012 com o acordo da AICEP (Nota 19). Os subsídios não reembolsáveis foram transferidos para as rubricas ”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 21 e 24) líquido do montante reconhecido diretamente como proveito na demonstração de resultados (Nota 31) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados.
Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável
31.12.2017 31.12.2016
Energia 25.069.003 23.036.158
T a er nsport s de mercadoria 16.885.727 16.515.811
Comissões 12.502.778 1 .1.120 979
Combustíveis 7.524.285 10.769.905
Conservação e reparação 9.657.941 9.324.585
T ar balhos especializados 6.759.172 5.918.890
Seguros 1.425.167 1.476.245
Rendas e alugueres 1.247.716 1.190.918
Outros 9.641.264 8.834.085
90.713.053 88.187.576
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 201766
correspondente a 20% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português atribuiu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Até 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu cerca de 5,8 milhões de euros referente ao incentivo reembolsável.
Em dezembro de 2016 a Celbi e a Altri assinaram um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 191/2014, de 31 de dezembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de competitividade e internacionalização, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 1 de janeiro de 2016, irá decorrer até 31 de dezembro de 2017 e o valor contratado ascende a 40.040.000 Euros, sendo que o Estado Português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 10% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos no final do ano de 2019, o Estado Português concederá ainda a Isenção de Reembolso correspondente a um máximo de 30% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15,75 % das aplicações relevantes. Até 31 de dezembro de 2017 a Celbi recebeu cerca de 2,7 milhões de euros referente ao incentivo reembolsável.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o detalhe dos subsídios recebidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na demonstração de resultados, é como segue:
Os movimentos nos incentivos ao investimento foram como segue:
iii) PROJETO C17
2017 2016
Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 21 e 24) 16.900.519 19.738.087Outros subsídios ao investimento 10.999 1.309
1 16.91 .518 19.739.396
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 67
2017
Incentivos atribuídos e não totalmente reconhecidos 46.111.748
Reconhecimento em resultados anteriores a 2016 ( .23 542.103)
Reconhecimento no resultado 2016 (Nota 31) ( 82. 30.249)
Reconhecimento no resultado 2017 (Nota 31) ( 82. 27.878)
Saldo em 31 de dezembro de 2017 16.911.518
iv) SIFIDE
Durante o exercício de 2016, a Empresa suportou despesas com Investigação e Desenvolvimento (“I&D”), as quais, no seu entendimento, eram suscetíveis de serem elegíveis para efeitos de aproveitamento do Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial II (“SIFIDE II”).
Neste sentido, relativamente ao exercício de 2016 foi emitida a respetiva declaração, por parte da Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), relativa à recomendação de crédito fiscal, decorrente de atividades de I&D efetuadas naquele exercício, no montante de 562.084 Euros.
Por último, atentos os investimentos realizados em 2017 nesta área em particular, a Empresa está igualmente a desenvolver um conjunto de ações que permita apresentar, às entidades competentes, uma candidatura a este benefício fiscal.
No âmbito do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (“RFAI”) a Celbi está a desenvolver um conjunto de ações que permitam preparar a documentação de suporte à utilização deste benefício para as despesas de investimento em ativos afetos à exploração, efetuadas durante o exercício de 2017, de forma a integrar o respetivo processo de documentação fiscal.
Em resultado de uma inspeção ocorrida em 2008, relativa ao exercício de 2006, a Empresa recebeu uma notificação da Direção Geral dos Impostos onde se declarava a instauração de um processo de contraordenação motivado pela não liquidação do Imposto de Selo em Operações Financeiras com outras empresas do grupo Altri porque os Serviços de Inspeção Tributária entenderam como não provado que os empréstimos concedidos se destinavam a carências de tesouraria. No início de 2012 a empresa recebeu uma nova notificação relativa ao mesmo assunto mas referente ao ano de 2009. A Empresa pagou os documentos de cobrança enviados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando em consequência a respetiva impugnação judicial. Os montantes pagos pela Empresa correspondem a 119.894 Euros relativos ao exercício de 2006 e 223.464 Euros relativos ao exercício de 2009.
Adicionalmente, a Empresa foi ainda notificada para o regularizar montantes que se encontravam em falta relativos ao exercício de 2012. A empresa liquidou o montante que ascende a 254.349 Euros, tendo igualmente apresentado a respetiva impugnação judicial.
No âmbito da adesão ao Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado pelo Decreto-Lei n.º 67/2016, de 3 de novembro (“PERES”) a Empresa liquidou voluntariamente, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, um montante de 541.914 Euros relativos ao processo instaurado pelo Instituto de Gestão da Segurança Social motivado pela não liquidação das contribuições para a Segurança Social respeitante aos prémios de gestão liquidados a colaboradores nos exercícios de 2008, 2009 e 2010, com a correspondente redução de juros de mora, juros compensatórios e custas do processo.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os montantes por receber relativos às situações atrás descritas estão incluídos na rubrica “Outras dívidas de terceiros” e “Outros ativos não correntes”, respetivamente.
No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi criado o Comércio Europeu de Licenças de Emissão - CELE que, constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e que é aplicável, entre outras, à indústria de pasta e papel.
A aplicação do regime CELE teve o seu início em 2005, tendo decorrido entre 2005 e 2007 o primeiro período, considerado pela Comissão Europeia como experimental e essencialmente de aprendizagem para o período subsequente, 2008-2012 que coincidiu com o período de cumprimento do Protocolo de Quioto.
Nos dois primeiros períodos de aplicação do CELE (2005-2007 e 2008-2012), genericamente, as regras base do regime foram a atribuição gratuita de licenças de emissão (LE), a obrigação de monitorização, verificação e comunicação de emissões e a devolução de LE no montante correspondente. A atribuição gratuita teve lugar através dos denominados planos nacionais de atribuição de licenças de emissão, PNALE I e PNALE II, que foram aprovados pela Comissão.
No período pós-2012, com a publicação da Diretiva 2009/29/CE, a nova Diretiva CELE, incluída no Pacote Clima Energia, estas regras mudam consideravelmente, verificando-se um alargamento do âmbito com a introdução de novos gases e novos sectores, a quantidade total de licenças de emissão determinada a nível comunitário e a atribuição de licenças de emissão com recurso a leilão, mantendo-se marginalmente a atribuição gratuita, feita com recurso a benchmarks definidos a nível comunitário. A 1 de janeiro de
v) RFAI
40.PROCESSOS FISCAIS
41.INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS
68 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
2013 teve inicio o 3º período de aplicação tendo sido atribuídas à Celbi, a título gratuito, licenças para a emissão de 77.099 toneladas de CO2 para o ano de 2016 e 75.638 toneladas de CO2 para o ano de 2017.
Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efetuada no início do ano seguinte, sendo os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efetuadas sujeitos a verificação por uma entidade acreditada.
Em 31 de dezembro de 2017 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.
Não ocorreram eventos significativos após 31 de dezembro de 2017 até esta data que necessitem ser divulgados.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 21 de março de 2018. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Acionistas.
42.EVENTOS SUBSEQUENTES
43.APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 69
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
1. RELATÓRIO SOBRE A ACTIVIDADE DESENVOLVIDA
2. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
3. PARECER
AOS ACCIONISTAS DA CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A.
Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Sociedade”), relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.
Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou regularmente a evolução da atividade da Sociedade, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efetuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e obtido da Administração e dos Serviços da Sociedade as informações e esclarecimentos solicitados.
No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2017, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.
O Conselho Fiscal procedeu ainda à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2017 e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Revisor Oficial de Contas da Sociedade e apreciou a Certificação Legal das Contas emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Sociedade, documento esse que não apresenta quaisquer reservas.
No âmbito das competências do Conselho Fiscal, declara-se que, tanto quanto é do nosso conhecimento e convicção, os documentos de prestação de contas atrás referidos, foram preparados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade, contendo uma adequada descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
Nestes termos, tendo em consideração as diligências desenvolvidas, os pareceres e as informações recebidas do Conselho de Administração, dos Serviços da Sociedade, do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal é de parecer que:
1. Nada obsta à aprovação do Relatório de Gestão relativo ao exercício de 2017;2. Nada obsta à aprovação das Demonstrações Financeiras do exercício de 2017;3. Nada obsta à aprovação da proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração, que se encontra
devidamente fundamentada.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Sociedade o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.
Porto, 4 de maio de 2018
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 73
JOÃO DA SILVA NATÁRIAPresidente do Conselho Fiscal
GUILHERME ALEXANDRE DOMINGUEZ FERNANDES CARDOSO RUANO Vogal do Conselho Fiscal
JOSÉ CARLOS RODRIGUES MARTINSVogal do Conselho Fiscal
O CONSELHO FISCAL
RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
OPINIÃO
Auditámos as demonstrações financeiras anexas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (a Entidade), que compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2017 (que evidencia um total de 765.147.878 euros e um total de capital próprio de 301.778.401 euros, incluindo um resultado líquido de 88.508.855 euros), a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa relativas ao ano findo naquela data, e o Anexo que inclui um resumo das políticas contabilísticas significativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em 31 de dezembro de 2017, o seu desempenho financeiro e os seus fluxos de caixa relativos ao ano findo naquela data, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia.
A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas responsabilidades nos termos dessas normas estão descritas na secção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras” abaixo. Somos independentes da Entidade nos termos da lei e cumprimos os demais requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
Estamos convictos de que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião.
BASES PARA OPINIÃO
preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da Entidade de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia;elaboração do Relatório de Gestão nos termos legais e regulamentares;criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro;adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; avaliação da capacidade da Entidade de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.
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O ÓRGÃO DE GESTÃO É RESPONSÁVEL PELA:
RESPONSABILIDADES DO ÓRGÃO DE GESTÃO E DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO PELAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O órgão de fiscalização é responsável pela supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira da Entidade.
CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017 77
A nossa responsabilidade consiste em obter segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro, e emitir um relatório onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurança mas não é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA detetará sempre uma distorção
o calendário planeado da auditoria, e as conclusões significativas da auditoria incluindo qualquer deficiência significativa de controlo interno identificado durante a auditoria.
material quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores tomadas com base nessas demonstrações financeiras.
Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemos ceticismo profissional durante a auditoria e também:
identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras, devido a fraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião. O risco de não detetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco de não detetar uma distorção material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da Entidade;avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;concluímos sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto da continuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade às suas atividades. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no nosso relatório para as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras ou, caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião. As nossas conclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório. Porém, acontecimentos ou condições futuras podem levar a que a Entidade descontinue as suas atividades;avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras, incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transações e acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada; e
comunicamos com os encarregados da governação, incluindo o órgão de fiscalização, entre outros assuntos, o âmbito e
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RESPONSABILIDADES DO AUDITOR PELA AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.
78 CELBI RELATÓRIO E CONTAS 2017
SOBRE O RELATÓRIO DE GESTÃO
Dando cumprimento ao artigo 451, n.º 3, al. e) do Código das Sociedades Comerciais, somos de parecer que o Relatório de Gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre a Entidade, não identificámos incorreções materiais.
Porto, 4 de maio de 2018
ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS – SROC, S.A.Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Representada por:RUI MANUEL DA CUNHA VIEIRA - ROC n.º 1154Registado na CMVM com o n.º 20160766
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAISE REGULAMENTARES
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