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Relatório de estágio supervisionado.
Orientador: José Mário de Oliveira Ramos – FIRJAN
Co-Orientador: Marcello Ramos – ITeB
Professor Orientador: Roberto Precci Lopes – UFRRJ / IT / DE
Estagiário: Matheus Concolato de Araujo – UFRRJ
Elaboração de metodologia de cálculo para neutralização de emissão de carbono com plantio de seringueiras (Hevea Brasiliensis).
Outubro 2007
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O Sistema FIRJAN é composto por cinco Instituições que trabalham de
forma integrada para o desenvolvimento da indústria fluminense. Juntas,
FIRJAN, CIRJ, SESI, SENAI e IEL, promovem ações para garantir uma
posição de destaque para o estado no cenário nacional nos níveis
político, econômico e social. Todas as Instituições se caracterizam hoje
fortemente como prestadoras de serviços às empresas.
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A FIRJAN desenvolve e coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar as ações de promoção industrial e novos investimentos no estado. Hoje, 104 sindicatos industriais são filiados à FIRJAN, representando cerca de 16 mil empresas de todo o estado do Rio de Janeiro.
O CIRJ possibilita às empresas a ele associadas acesso, em condições diferenciadas, aos serviços oferecidos pelas cinco Instituições integrantes do Sistema FIRJAN.
O IEL promove a capacitação empresarial, apóia a pesquisa e desenvolve projetos de incentivo ao empreendedorismo, contribuindo para a modernização e o crescimento da indústria.
O SENAI-RJ promove a capacitação tecnológica das empresas, através de programas de assessoria técnica e tecnológica e de formação profissional, qualificação e especialização de trabalhadores em todos os níveis.
O SESI-RJ desenvolve ações para a promoção da saúde, educação, esporte, lazer e cultura direcionadas aos trabalhadores e às comunidades em que estão inseridos. A Instituição atua também nas áreas de saúde ocupacional, segurança do trabalho e proteção ao meio ambiente.
Sistema FIRJAN
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O Fórum de Mudanças Climáticas da FIRJAN tem como finalidade
principal informar e orientar as empresas acerca do mercado de Carbono
e a execução de projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), segundo o Protocolo de Quioto.
Mais InformaçõesFórum Empresarial de Mudanças ClimáticasTel: (21) 2563-4671E-mail: [email protected]
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O ITeB – Instituto Tecnológico da Borracha
é uma Instituição de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica
sem fins lucrativos constituído no formato de um “Wall-less Institute”,
modelo implementado no Brasil pela iniciativa da PROTEC - Sociedade
Brasileira Pró-Inovação Tecnológica, atuando na articulação entre os
atores da Cadeia Produtiva do Setor da Borracha
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Apresentação
O projeto ora apresentado visa dar subsídios técnicos, com
vistas à implantação de um programa para redução dos gases
de efeito estufa (GEE`s), através da neutralização do carbono
emitido em eventos empresariais e atividades desenvolvidas
pelas micro e pequenas empresas do ramo da borracha pela
implantação e monitoramento do plantio de seringueiras (Hevea
Brasiliensis), no Estado do Rio de Janeiro.
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O Efeito Estufa
• Aumento médio da temperatura do planeta de 0,6 ºC
• Aumento na concentração de CO2, CH4 e N2O
• Potencial de aquecimento:
CO2 = 1
CH4 = 21
N2O = 310
Fenômeno natural, essencial para garantir que a temperatura da Terra se mantenha em limites
necessários para a existência da vida.
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Figura 1 – Situação mundial da emissão de CO2
Fonte: Júnior e Barroso, 2006 - Banco Mundial, Dados de 1999.
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O Protocolo de Kyoto
• Redução das emissões de GEE em 5% em relação a 1990
• O Comércio de Emissões (Emissions Trading)
• A Implementação Conjunta (Joint Implementation)
• O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL (Clean
Development Mechanism – CDM)
Firmado em dezembro de 1997, pelas 186 partes da CQNUMC.
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O déficit entre a produção e o consumo brasileiro(200 mil toneladas de borracha),equivale a US$ 250 milhões;
O déficit mundial previsto para 2030 é de 2,5 a 4 milhões de toneladas;
Isto representa um déficit nominal de plantio de 115 mil hectares de seringais para equilibrar consumo e produção em 2020;
A previsão de consumo interno para 2020 é da ordem de 740 mil toneladas;
O plantio atual gera cerca de 80 mil empregos diretos na área de plantio, 150 mil no beneficiamento e outros 600.000 empregos indiretos.
Fonte: Congresso Brasileiro de Heveicultura, 2007.Augusto Hauber Gameiro - Coordenador Borracha Natural Brasileira.Panorama Nacional e Internacional da Heveicultura.
A Heveicultura
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Zoneamento Edafoclimático do Estado do Rio de Janeiro
Áreas aptas ao cultivo da Seringueira
A Heveicultura
Figura 6 – Mapa edafoclimático para o cultivo da seringueira no Estado do Rio de Janeiro.Fonte: EMBRAPA-Solos, 2006.
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Regiões e municípios do Estado do Rio de Janeiro com melhor aptidão agrícola para o cultivo da seringueira.
A Heveicultura
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Implementação
1. Uma família de 4 pessoas, cuida de uma plantação de 5 ha de Seringueiras
ou 3,5 ha em Sistema Consorciado (e.g.: café, abacaxi, milho, pupunha,
cacau, maracujá, dendê, etc.);
2. O custo para a implementação de uma plantação varia entre R$18 e R$25
por árvore;
Dados / Indicadores
A Heveicultura
Fonte: Congresso Brasileiro de Heveicultura, 2007.Paulo Edgard Nascimento de Toledo - Instituto de Economia Agrícola de São Paulo.Custos e Rentabilidade no Sistema de Produção de Seringueira.
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Produtividade e Rentabilidade
Uma árvore produz oito (8) kg de coágulo por ano;
Em 450 árvores produtivas por ha = 3.600 kg/ha/ano
Em 5 ha, uma família produz 18.000 kg de coágulo/ano
À R$1,8/kg de coágulo = R$32.400/ano = R$2.700/mês
Dados / Indicadores
A Heveicultura
Fonte: Congresso Brasileiro de Heveicultura, 2007.Paulo Edgard Nascimento de Toledo - Instituto de Economia Agrícola de São Paulo.Custos e Rentabilidade no Sistema de Produção de Seringueira.
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Crédito de Carbono
A Seringueira seqüestra 75 toneladas de Carbono Equivalente, nos
primeiros 7 anos de crescimento, por hectare (ha).
O preço da tonelada de Carbono Equivalente na Bolsa de Chicago
está à US$4.
Dados / Indicadores
A Heveicultura
Fonte: Congresso Brasileiro de Heveicultura, 2007.Adriano Santhiago de Oliveira - Ministério do Meio AmbienteTarcisio José Gualberto Fernandes - Prof. Universidade Federal do Acre-UFAC Captura e Crédito de Carbono pela Cultura da Seringueira.
Em leilão realizado pela BM&F nessa última quarta-feira dia 26 em SP, o Fortis Bank pagou € 16,20 por tonelada, o que representa um ágio de 27,55% em relação ao preço mínimo.
FONTE: O Globo – Caderno de Economia – 27/09/07
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Selo “Seringueira Ambiental”
Quantificar as emissões;
Produção de um inventário de emissões;
Cálculo do número de árvores;
Certificação através do selo;
Monitoramento da área plantada.
Neutralização de Emissões de GEE
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Quantificação das emissões
Emissões diretamente relacionadas às ações da empresa.
– Meios de transporte.
Emissões indiretamente relacionadas às ações da empresa.
– Consumo de energia elétrica;
– Consumo de combustível em máquinas estacionárias;
– Produção de resíduos (água e esgoto);
– Consumo de materiais (papel).
Neutralização de Emissões de GEE
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Emissões diretamente relacionadas às ações da empresa.
– Meios de transporte;
Neutralização de Emissões de GEE
Good Practice Guidance and Uncertainty Management in National Greenhouse Inventories – Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas.
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Emissões diretamente relacionadas às ações da empresa.
– Meios de transporte;
Neutralização de Emissões de GEE
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Emissões indiretamente relacionadas às ações da empresa.
– Consumo de energia elétrica;
Neutralização de Emissões de GEE
ACM0002 “Consolidated baseline methodology for grid-connected electricity generation from renewable sources”
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Emissões indiretamente relacionadas às ações da empresa.
– Produção de resíduos (água e esgoto);
Neutralização de Emissões de GEE
ÁGUA – Instituto para Análise de Segurança Global (IAGS)
ESGOTO - Iowa Association of Municipal Utilities (IAMU)
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Emissões indiretamente relacionadas às ações da empresa.
– Consumo de materiais (papel).
Neutralização de Emissões de GEE
Software Global Emission Model for Integrated Systems (GEMIS 4.3) do Instituto OEKO
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Neutralização de Emissões de GEE
Cálculo do número de árvores
N = Et / Ff
Onde:
N – número de árvores a serem plantadas;
Et – emissão total de GEE estimada na primeira etapa desta metodologia (tCO2 eq.);
Ff – fator de fixação de carbono em biomassa no local de implantação do projeto (tCO2 eq./árvore).
Fonte: Carmo et al.; 2006.
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Neutralização de Emissões de GEE
Cálculo do número de árvores
– Prioridade à clones apropriados para a região de plantio;
– Estimativa da quantidade de biomassa (método não-destrutivo);
– Número significativo de parcelas amostrais em remanescentes de plantações;
– Árvores com CAP maior que 15 cm, identificadas por clone e classe de diâmetro;
– Equação alométrica para área de estudo.
• Total de indivíduos
• Total de de carbono em biomassa acima do solo
• Remoção líquida de carbono da atmosfera da região em tCO2 eq./ha
• Fator de fixação em tCO2 eq./árvore
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Metodologia de Monitoramento
1. Somente em áreas propícias ao cultivo da seringueira, será permitido o plantio.
2. Cada área será definida através de gps e o proprietário/responsável legal se comprometerá a manter a plantação por no mínimo 25 anos, através do documento de comprometimento com o selo.
3. Sendo a área de plantio privada o portador do selo garantirá uma remuneração de 5% sobre os rendimentos da exploração do látex da seringueira, descontados os impostos incidentes.
4. Anualmente será feita uma vistoria na plantação e será emitido um laudo de avaliação da mesma.
5. Por amostragem serão feitas auditorias nas empresas informantes dos dados sobre suas emissões, afim de confirmar a veracidade das mesmas.
6. Em havendo divergências nas informações oferecidas para o cálculo de emissões a empresa perderá o selo automaticamente.
7. As definições contidas nos itens 1; 2; 3; 4; 5 e 6 reger-se-ão pelo documento “Termo de Comprometimento Selo Seringueira Ambiental”
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Atividades Realizadas
1. Revisão de literatura na área de mudanças climáticas, neutralização de carbono e heveicultura;
2. Desenvolvimento de um website para o projeto;
3. Elaboração do projeto “Implantação do selo de certificação ‘SERINGUEIRA AMBIENTAL’ como subsídio para neutralização de emissões de Gases de Efeito Estufa com ênfase nas micro e pequenas empresas”, aprovado pelo SEBRAE/RJ;
4. Criação da arte gráfica para o selo “Seringueira Ambiental”;
5. Apresentação do projeto, no stand da FIRJAN, durante a 58º Exposição Agropecuária de Barra do Piraí/RJ;
6. Visita Técnica ao seringal “Tira-Teima” – Guarapari/ES;
7. Visita Técnica à Fazenda da Taquara – Barra do Piraí/RJ;
8. Participação no Congresso Brasileiro de Heveicultura – Guarapari/ES;
9. Representação na 8º Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural.
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Conclusão
1. Inserção do formando no mercado de trabalho;
2. Apresentação da área de atuação profissional, orientando as perspectivas de aprimoramento e especialização;
3. Aumento da gama de conhecimento, introduzindo novos conceitos relativos a área de estágio: Mudanças Climáticas e Heveicultura;
4. Crescimento pessoal, uma vez que o estágio requer tomada de decisão, posicionamento frente aos assuntos tratados, aplicação dos conhecimentos adquiridos durante a graduação, entre outros.
O saldo que o estagiário adquire
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Matheus Concolato de AraujoFórum de Mudanças Climáticas - FIRJANtel.: 55(21) 2563-4694Sistema FIRJAN - www.firjan.org.br
Muito Obrigado.
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http://www.iteb.org.br
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Seringueira Ambiental
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58º Exposição Agropecuária de Barra do Piraí
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Seringal Tira-Teima / Guarapari-ES
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Fazenda da Taquara / Barra do Piraí-RJ
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Congresso Brasileiro de Heveicultura8º Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva
da Borracha Natural