RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ESTAÇÃO DE AVISOS DA … · De referir, que a Equipa Técnica da...
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DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PESCAS
DIVISÃO DE PROTECÇÃO E QUALIDADE DA PRODUÇÃO
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA
Isabel Magalhães Martins Dolores Ribeiro Dias
Anabela Andrade
2009
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ÍNDICE Pág.
NOTA INTRODUTÓRIA .....………………………………………………….................................................
RESUMO DAS CIRCULARES E SMS EMITIDOS EM 2009 ……………………………………….............
BATATEIRA – Míldio …………………………………………………………………………………................
POMÓIDEAS ……………………………………………………………………………………………..............
Pedrado …………………………………………………………………………………………………...............
Aranhiço vermelho ………………………………………………………………………………........................
Bichado …………………………………………………………………………………………………................
Blancardella e Scitella…………………………………………………………………………….......................
Mosca do Mediterrâneo ……………………………………………………………………..............................
Afídeos e Cocnonilha de S. José …………………………………………………………..............................
OLIVEIRA ………………………………………………………………………………………………...............
Mosca da azeitona …….……………………………………………………………………..............................
Olho de Pavão ……………………………………………………………………………..................................
Euzofera …………………………………………………………………………………………………..............
Traça da Oliveira …………………………………………………………………………..................................
VINHA ……………………………………………………………………………………...................................
Míldio ……………………………………………………………………………………………….......................
Oídio ………………………………………………………………………………………..................................
Podridão cinzenta ………………………………………………………………………………………..............
Escoriose e Doenças do lenho ………………………………………………………………………................
Cochonilhas ………………………………………………………………………………..................................
Traça da uva ……………………………………………………………………………………………...............
Cigarrinha verde ………………………………………………………………………………………................
“Black rot” …………………………………………………………………………………..................................
TRABALHOS DE EXPERIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO E DIVULGAÇÃO DESENVOLVIDOS ..
COMBATE À PODRIDÃO CINZENTA (BOTRYTIS CINEREA PERS.), COMPARANDO DIFERENTES ESTRATÉGIAS …………….......................................................................................................................
ESTUDO DE UM MEIO LUTA BIOTÉCNICA – CONFUSÃO SEXUAL – NO CONTROLO DA TRAÇA DA UVA ………………………………………………………………………………………..............................
DIVULGAÇÃO E PROSPECÇÃO DA NOVA PRAGA Scaphoideus titanus E DA DOENÇA FLAVESCÊNCIA DOURADA…………………………………………………………………………................
INSCRIÇÃO DOS UTENTES E ACTUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DE UTENTES INSCRITOS
EXPEDIÇÃO DE CIRCULARES DE AVISOS ………………………………………………………………...
ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO ………………………………………………………………………
PARTICIPAÇÃO EM ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO ………………………………………………………….
FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO ……………………………………………………………..
FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO ……………………………………………………………….
APOIO TÉCNICO A AGRICULTORES ………………………………………………………………………..
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA ……..
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO ………………………………………………………..
ANEXO II – RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO E PROSPECÇÃO DO SCAPHOIDEUS TITANUS BALL./ FLAVESCÊNCIA DOURADA, NA REGIÃO DEMARCADA DA BAIRRADA ………………………………………………………………………………………………………..
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NOTA INTRODUTÓRIA O presente relatório de actividades pretende traduzir, de forma sucinta, as actividades desenvolvidas
pela equipa técnica da Estação de Avisos da Bairrada, durante o ano de 2009, e que,
essencialmente, deram origem à emissão de 14 Circulares e de cinco SMS. Tais circulares e sms
assentaram em avaliações de estimativa de risco, quer qualitativas quer quantitativas, em cada uma
das culturas alvo.
A emissão de circulares implicou, ainda, um conjunto de tarefas de foro administrativo como a
preparação dos envelopes para expedição postal, a duplicação e envelopagem, a actualização da
base de dados de utentes, o envio da circular via correio electrónico para os utentes inscritos nesta
opção e entidades oficiais, a sua introdução na página do SNAA, e a preparação da mensagem
escrita em caso de alerta por SMS a par com o seu envio aos Serviços de Informática da
DRAPCentro, os quais procederam de imediato ao seu envio para os utentes beneficiários desta
modalidade.
Também o acompanhamento fenológico das culturas, a biomonitorização de inimigos e estimativa de
risco quantitativa nos Postos de Observação Biológica foram efectuados, sempre que possível,
semanalmente. Ainda, a estimativa de risco qualitativa por ponderação dos factores de sensibilidade
(como, desenvolvimento fenológico da cultura, condições climáticas, fase de desenvolvimento do
inimigo, etc) e a implementação de metodologias de previsão, com a consequente organização e
tratamento de dados meteorológicos, teve lugar.
De referir, que a Equipa Técnica da Estação de Avisos da Bairrada desenvolveu, em 2009, trabalhos
de experimentação e prospecção na cultura da vinha, relativamente aos seguintes inimigos: traça da
uva/confusão sexual, podridão cinzenta e Scaphoideus Titanus (ST).Desenvolveu ainda colaborações
com entidades públicas e privadas através de acções de divulgação, avaliações fitossanitárias, apoio
e colaboração técnica na identificação, estratégia de luta e no controlo/combate de inimigos.
No corrente ano, pela primeira vez, elaborou-se e divulgou-se um Glossário de termos técnicos
relacionados com a protecção fitossanitária das culturas.
Acompanhando as circulares divulgou-se informação técnica diversa, como sejam: um folheto sobre a
Flavescência Dourada e o Scaphoideus titanus, informação técnica sobre o Epitrix da batateira, as
campanhas de recolha de embalagens de produtos fitossanitários, o aviso do benefício fiscal ao
gasóleo colorido para a campanha de 2010.
O conteúdo das circulares dos avisos agrícolas e SMS, referentes a 2009, apresenta-se de seguida.
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RESUMO DAS CIRCULARES E SMS EMITIDOS EM 2009:
Circular nº/ Anexo (s) Cultura Inimigos Informação adicional
Nº 1 de 19de Fevereiro
Anexo (s): Folheto de divulgação de infestantes na vinha.
Vinha
Olival
Pomóideas
(Pessegueiro)
Cochonilhas
Caruncho
Mosca da azeitona
Formas hibernantes de insectos e ácaros
(Lepra)
. Menção de substâncias activas homologadas no tratamento de Inverno.
. Alusão a medidas culturais.
. Indicação de substâncias activas a usar.
( Referência de substâncias activas a utilizar.)
Nº 2 de 16 de Março
Anexo (s): Estados fenológicos da vinha; Lista de substâncias activas homologadas para o pedrado das pomóideas; Frases de risco.
Vinha
Olival
Pomóideas
Escoriose
Traça da oliveira
Olho de pavão
Pedrado
. Alusão à utilização das substâncias activas azoxistrobina e azoxistrobina + folpete nas estratégias de luta contra a escoriose.
. Menção de substâncias activas homologadas para a traça da oliveira e o olho de pavão.
Nº 3 de 2 de Abril
Anexo: Lista de substâncias activas homologadas para o míldio, oídio e podridão cinzenta da vinha;
Glossário de termos usados em protecção fitossanitária.
Vinha
Batateira
Pomóideas
Oídio
Míldio da batateira
Pedrado
Piolhos (cinzento e verde)
. Alusão ao enxofre em pó.
. Importância das medidas culturais.
.Menção de substâncias activas a usar.
Nº 4 de 21 de Abril
Anexo: Lista de substâncias activas homologadas para o míldio da batateira e
Vinha
Míldio
Oídio
Podridão cinzenta
. Importância de medidas culturais.
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informações referentes ao Epitrix da batateira; Correcções à lista dos fungicidas homologados para o míldio da vinha;
Glossário de termos usados em protecção fitossanitária.
Batateira
Pomóideas
Míldio da batateira
Pedrado
Piolhos (cinzento e verde)
Nº 5 de 7 de Maio Anexo: Lista de substâncias activas homologadas para o bichado, aranhiço vermelho, cochonilha de S. José, afídeos e lagarta mineira das pomóideas; Glossário de termos usados em protecção fitossanitária.
Vinha
Batateira
Pomóideas
Míldio Oídio
Podridão cinzenta
Traça da uva
Míldio da batateira
Pedrado
Bichado
Cochonilha de S. José
. Importância de medidas culturais.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco.
. Indicação do 1º período de 2009 para recolha das embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos.
Nº 6 de 15 de Maio
Anexo: Lista de insecticidas homologados para a vinha: traça, cigarrinha verde, outros cicadelídeos, cochonilhas e cochonilha algodão.
Vinha
Batateira
Pomóideas
Míldio
Oídio
Míldio da batateira
Pedrado
Piolhos (cinzento e verde)
Aranhiço vermelho
Algodão
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 5.
. Indicação das substâncias activas homologadas dimetoato e lambda-cialotrina.
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Olival Traça da oliveira . Indicação da metodologia da Estimativa de Risco.
. Referência das substâncias activas bacillus thuringiensis, carbaril, dimetoato ou lambda-cialotrina.
Nº 7 de 4 de Junho
Anexo: Informação sobre análise foliar da videira.
Vinha
Batateira
Pomóideas
Míldio
Oídio
Traça
Míldio da batateira
Pedrado
Bichado
Piolhos (cinzento e verde) Aranhiço vermelho
. Indicada a consulta da circular nº 3.
. Indicação da não necessidade de tratamento.
. Alusão a intervenções em verde e análise foliar.
. Referência à metodologia da Estimativa de Risco.
. Referência à metodologia da Estimativa de Risco.
. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 5.
Nº 8 de 17 de Junho
Vinha
Batateira
Pomóideas
Olival
Míldio
Oídio
Traça da uva
Cochonilhas
Míldio da batateira
Pedrado
Traça da oliveira
Cochonilha H
. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 3.
. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 6.
. Breve nota cultural para a vinha.
. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 6.
. Referência das substâncias activas bacillus thuringiensis, carbaril, dimetoato ou lambda-cialotrina
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Nº 9 de 2 de Julho
Vinha
Batateira
Pomóideas
Míldio
Oídio
Traça da uva
Míldio da batateira
Pedrado Bichado, aranhiço e afídeos
. Referência à metodologia da Estimativa de Risco. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 6.
. Breve nota cultural para a vinha.
. Referência à metodologia da Estimativa de Risco.
Nº 10 de 16 de Julho Vinha
Míldio
Oídio
Traça da uva
Podridão cinzenta
Black rot
. Referência a consulta de lista anexa à circular nº 6.
. Indicação de sintomas da doença.
. Breve nota cultural para a vinha.
Nº 11 de 28 de Julho Vinha
Pomóideas
Olival
Míldio
Traça da uva
Black rot
Pedrado
Bichado
Pulgão lanígero
Mosca da fruta
Mosca da azeitona
. Referência à não necessidade de intervir contra a traça da uva.
. Alusão à importância de intervenções em verde no combate ao Black rot
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco e à substância activa pirimicarbe.
. Referência das substâncias activas homologadas: fosmete, lambda-cialotrina, lufenurão e triclorfão.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco. Referência das substâncias activas homologadas: deltametrina, dimetoato, lambda-cialotrina, spinosade, fosmete, triclorfão.
Nº 12 de 13 de Agosto
Vinha
Traça da uva
Podridão cinzenta
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco.
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Anexo: Aviso informativo sobre scaphoideus titanus ball, cigarrinha da flavescência dourada e
apenas enviado aos utentes das freguesias de Aguim, Antes, Mealhada e Ventosa do Bairro.
Batatateira
Pomóideas
Olival
Cigarrinha verde
Traça em batata armazenada
Bichado
Aranhiço Vermelho e afídeos (piolho verde)
Mosca da fruta
Traça verde
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco. Referência a consulta da lista anexa à circular nº 6.
. Alusão à autorização extraordinária concedida pela DGADR para comercialização e utilização do produto NOVEN P, em formulação em pó.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco;
. Referência à circular nº 11; Alusão aos meios de lutas cultural e biotécnica.
. Indicação da metodologia da Estimativa de Risco; Referência das substâncias activas aconselhadas em Protecção Integrada: lambda-cialotrina e fosmete.
Nº 13 de 25 de Setembro
Anexo: Aviso de inscrição ao benefício fiscal ao gasóleo destinado ao sector agrícola e florestal.
Olival
Mosca da azeitona
Gafa, olho de pavão e cercosporiose
. Alerta para níveis económicos de ataque. Alusão a substâncias activas homologadas para a mosca da azeitona.
. Alusão a substâncias activas homologadas.
Nº 14 de 19 de Novembro
Anexo: Referência à importância da análise de solo;
Divulgação de acções a decorrer em 2010.
Vinha
Pomóideas
Doenças do lenho
Cochonilhas
Pedrado
Cancro
. Alusão a medidas culturais preventivas.
. Referência a medidas culturais preventivas.
. Alusão ao DL. 194 de 27 de Setembro de 2006 (qualidade dos materiais de propagação).
. Alusão à aplicação de ureia 5 %.
. Referência a medidas culturais preventivas e à aplicação de produto à base de cobre.
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SMS emitidos em 2009
SMS Nº
DATA RECOMENDAÇÃO
1 16 de Abril EABAIRRADA - POMÓIDEAS-Pedrado:trate de imediato. BATATA-Míldio:Trate antes de 18 de Abril com fungicida de accao curativa
2 7 de Maio EABAIRRADA - Previsão de chuva nos próximos dias- VINHA-Míldio e Oidio, POMÓIDEAS-Pedrado e Bichado e BATATA-Míldio: Trate de preferência antes das chuvas.
3 4 de Junho EABAIRRADA - Previsão de chuva nos próximos dias- VINHA-Míldio e Oidio, POMÓIDEAS-Pedrado, Aranhiço e Bichado e BATATA-Míldio: Trate de imediato.
4 16 de Julho EABAIRRADA - VINHA– OÍDIO:Trate de imediato. Não utilize enxofre; MÍLDIO: Trate as vinhas desprotegidas com manchas; TRAÇA:Trate, caso ainda não o tenha feito.
5 6 de Agosto EABAIRRADA - BATATA ARMAZENADA– TRAÇA: Foi autorizado o produto NOVEN P, contra a traça em batata armazenada. Não utilize outros produtos, muito tóxicos.
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BATATEIRA MÍLDIO Para o míldio da batateira foi seguida, em três postos meteorológicos convencionais - Bencanta, Oliveirinha e Tamengos -, a metodologia de previsão de míldio de Guntz-Divoux. Os avisos visaram, fundamentalmente, as plantações de época normal, isto é, as de emergência ocorrida a partir de meados de Abril, não obstante tenham sido igualmente contempladas as plantações precoces. Os primeiros focos da doença foram detectados no final da primeira quinzena do mês de Abril. Aliás, este foi o mês que evidenciou condições mais propícias à ocorrência de infecções deste inimigo, apresentando-se, neste contexto, o climatograma dos postos onde se implementou a metodologia de previsão para o míldio da batateira.
Climatograma 2009
050
100150200250
Jan
Fev
erei
ro
Mar
ço
Abr
il
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Ago
sto
Set
embr
o
Out
ubro
Mês
Pre
cip
itaç
ão
(mm
)
0510152025
Tem
per
atu
ra
méd
ia (
ºC)
Precipitação Bencanta Precipitação Tamengos
Precipitação Oliveirinha temperatura média Bencanta
temperatura média Tamengos temperatura média Oliveirinha
Seguidamente, apresentam-se sob a forma de tabela, as recomendações presentes nos boletins emitidos para a cultura, delas sobressaindo, pelo próprio conteúdo, não ter sido um ano de grande incidência de míldio da batateira (Phytophtora infestans), na Região, contrariamente ao ocorrido em 2008. Sobressaem, ainda, as circulares de 21 de Abril e de 13 de Agosto pela referência, respectivamente, ao Epitrix da batateira e à traça em batata armazenada. Em 2009, iniciou-se a monitorização da traça da batateira, tendo-se instalado, um POB no lugar da Camarneira, concelho de Cantanhede. Este trabalho tem como finalidade vir a emitir, no futuro, recomendações para tratamentos contra a traça da batateira, quando houver produtos fitofarmacêuticos homologados.
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TABELA DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA A BATATEIRA (2009) Nº da
circular Data da circular Recomendação
Nº 3 2 de Abril
As plantações realizadas em meados de Março estão a emergir, não apresentando, ainda,receptividade à doença. Em relação às plantações realizadas mais cedo e que neste momento já atingiram 15 a 20 cm, em particular, nas parcelas onde ficaram restos da cultura do ano anterior, com inóculo de míldio, e que já estão a ser regadas, aconselha-se a realização de um tratamento com produto de contacto ou superfície. Nota: Na próxima circular será enviada a lista dos produtos homologados para o míldio da batateira.
sms nº 1 16 de Abril BATATA-Míldio:Trate antes de 18 de Abril com fungicida de accao curativa
Nº 4 21 de Abril
Em 16 de Abril foi enviado um SMS a todos os utentes que facultaram o seu número de telemóvel, para que fosse realizado um tratamento. Assim, se o tratamento foi efectuado, a cultura está protegida. Quem não o realizou deve proceder de imediato a um tratamento com produto de acção preventiva e curativa. Anexo: Informações referentes a uma nova praga da cultura, o Epitrix da batateira.
sms nº 2 7 de Maio BATATA-Míldio: Trate de preferência antes das chuvas.
Nº 5 7 de Maio As plantações já se encontram desprotegidas pelo que deve renovar a sua protecção.
Nº 6 15 de Maio Na data prevista à ocorrência de precipitação (21 de Maio), as plantações já se encontram desprotegidas, pelo que aconselhamos a realizar um novo tratamento.
sms nº 3 4 de Junho BATATA-Míldio: Trate de imediato. Nº 7
4 de Junho As plantações já se encontram desprotegidas, pelo que aconselhamos a realização imediata de um novo tratamento.
Nº 8 17 de Junho
Aconselha-se a realização de um tratamento preventivo.
Nº 9 2 de Julho Nos batatais ainda em desenvolvimento, recomenda-se a realização de um tratamento preventivo utilizando preferencialmente produtos de contacto ou de superfície.
sms nº 5 6 de Agosto
BATATA ARMAZENADA - TRAÇA: Foi autorizado o produto NOVEN P, contra a traça em batata armazenada. Não utilize outros produtos, muito toxicos.
Nº 12 13 de Agosto
BATATA ARMAZENADA - TRAÇA: Para o controlo da traça da batateira em batata armazenada foi concedida, pela DGADR, uma autorização extraordinária, pelo período de 120 dias, para a comercialização e utilização do produto NOVEN P, em formulação de pó polvilhável, nas seguintes condições: concentração de aplicação – 1 kg de produto comercial por tonelada de batata; intervalo de segurança – não aplicável.
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POMÓIDEAS A biomonitorização de pragas e doenças, e a evolução do estado fenológico das pomóideas incidiram sobre dois Postos de Observação Biológica: a) uma parcela localizada em Ventosa do Bairro, concelho da Mealhada e b) um pomar sito na Quinta da Capa Rota, freguesia de Casas Velhas, no concelho de Soure. De referir que a parcela em Ventosa do Bairro é multivarietal, e com plantas de idade avançada. O pomar da Quinta da Capa Rota, instalado com cariz experimental, é também multivarietal e de idade avançada. A eclosão dos ovos de Inverno, do aranhiço vermelho foi seguida no POB de Ventosa do Bairro e em placas colocadas em Anadia, na Estação Vitivinícola da Bairrada. Dadas as características climáticas do ano, foram os meses de Maio e Julho aqueles em que se concentrou um maior número de inimigos visados nas recomendações, sendo o pedrado o inimigo para o qual foi emitido um maior número de recomendações (10).
Distribuição mensal das recomendações/avisos Pomóideas 2009
0
2
4
6
8
10
12
Fever
eiro
Abril
Maio
Junh
oJu
lho
Agosto
Setem
bro
Outub
ro
Novem
bro
Dezem
bro
Total
Mês
Rec
om
end
açõ
es (
nº)
0
2
4
6
8
10
12
Afídeos Aranhiço vermelho Bichado
Cancro Cochonilha de S. José Mosca do mediterrâneo
Pedrado Pulgão lanígero
Na tabela que seguidamente se apresenta estão patentes as recomendações emitidas para a cultura das pomóideas, em 2009.
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TABELA DAS RECOMENDAÇÕES CONSTANTES DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DAS POMÓIDEAS (2009)
Nº da circular/data Recomendação
Nº 1 /19 Fevereiro FORMAS HIBERNANTES DE INSECTOS E ÁCAROS Nos pomares onde se tenham observado ataques de aranhiço vermelho, cochonilha de S. José e/ou afídeos (piolhos) deve realizar um tratamento a alto volume e alta pressão com um produto à base de Óleo de Verão (Citrole; Tolfin; Garbol; Oleofix; Verol; Fitanol; Soleol e Pomorol), o mais próximo da rebentação, com tempo seco e molhando bem as árvores.
Nº 2 /16Março PEDRADO As variedades mais precoces já se encontram em rebentação. Uma vez que o Instituto de Meteorologia prevê alguma instabilidade no final da semana, aconselha-se a realização de um tratamento preventivo nas variedades que se encontrem próximo do estado fenológico C3-D (escarchamento do gomo-botão verde).
Nota: Seguem, em anexo, os estados fenológicos da vinha (no verso) e a lista de substâncias activas homologadas para o pedrado das pomóideas.
Nº 3 / 2 de Abril PEDRADO A maioria das variedades de macieira e de pereira estão em estados fenológicos de grande sensibilidade aos ataques da doença, em especial, as flores e frutos em formação. Apesar de não se terem verificado condições favoráveis à ocorrência de infecções, recomenda-se manter o pomar protegido, face a previsões de alguma precipitação no início da próxima semana.
PIOLHOS (CINZENTO E VERDE) A presença destas pragas já foi detectada nos nossos postos de observação biológica, pelo que aconselhamos a vigilância do pomar. Após a floração ter terminado, e não antes do seu fim, se, em 100 rebentos, detectar 2 a 5% atacados com piolho cinzento ou 15% com piolho verde, deve efectuar um tratamento com um insecticida que contenha uma das seguintes substâncias activas homologadas: acetamiprida, alfa-cipermetrina, azaridactina *, deltametrina, imidaclopride, lambda-cialotrina, metomil, oxidemetão-metilo, pirimicarbe, taufluvalinato, tiaclopride e tiametoxame. * - Para utilização exclusiva em agricultura biológica. NOTAS: No verso desta circular iniciamos o envio de glossário de termos usados em protecção fitossanitária. Seguem, em anexo, as listas de fungicidas homologados para o míldio, oídio e podridão cinzenta da vinha.
sms 1/16 Abril EABAIRRADA-POMÓIDEAS-Pedrado:trate de imediato.
Nº 4/21 de Abril PEDRADO Aconselha-se a protecção da cultura, antes do dia 27 de Abril, nas situações em que o tratamento recomendado via SMS não tenha sido efectuado.
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PIOLHOS (CINZENTO E VERDE) A presença desta praga tem aumentado significativamente nos nossos Postos de Observação (POBs). Deverá ter em atenção a recomendação presente na circular anterior.
sms 2/7 de Maio EABAIRRADA- Previsão de chuva nos próximos dias.POMÓIDEAS-Pedrado e Bichado: Trate de preferência antes das chuvas.
Nº 5/7 de Maio PEDRADO O tratamento aconselhado na última circular já terminou a sua persistência. Face às condições climáticas previstas, deve proceder à protecção da cultura, preferencialmente, antes das chuvas.
BICHADO O voo da primeira geração já teve inicio há alguns dias, e o número de adultos capturados tem sido elevado. Aconselhamos, assim, a realização de um tratamento com produto de acção ovicida/larvicida.
COCHONILHA DE S. JOSÉ Estão reunidas as condições de temperatura que permitem o aparecimento das larvas móveis da primeira geração. Nos pomares, onde a praga esteja presente, aconselhamos a realização de um tratamento.
Nº 6/15 de Maio PEDRADO Face às condições climáticas previstas, deve renovar a protecção do pomar antes da ocorrência de precipitação, prevista para 21 de Maio.
PIOLHOS (CINZENTO E VERDE) Esta praga voltou a estar presente nos nossos Postos de Observação (POBs). Aconselhamos a manter a vigilância do pomar. Observe 100 rebentos e, se detectar 2 a 5% atacados com piolho cinzento ou 15% com piolho verde, efectue um tratamento. Consulte a lista dos insecticidas, enviada com a Circular nº 5
ARANHIÇO VERMELHO Ainda não detectámos a presença desta praga. Vigie o seu pomar e observe 100 folhas no terço inferior dos ramos. Se contabilizar 50 a 65 % de folhas ocupadas em macieira ou 40% em pereira, trate um produto homologado para o aranhiço vermelho. Consulte a lista dos insecticidas, enviada com a Circular nº 5.
sms 3/4 de Junho EABAIRRADA- Previsão de chuva nos próximos dias-, POMÓIDEAS-Pedrado, Aranhiço e Bichado: Trate de imediato.
Nº 7/4 de Junho PEDRADO Face às condições climáticas previstas, deve renovar a protecção do pomar.
BICHADO Verificou-se um aumento do número de capturas desta praga nas nossas armadilhas sexuais, embora não se tenham detectado frutos atacados nos nossos Postos de Observação Biológica.
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Mantenha a vigilância do seu pomar, observe 20 frutos em 50 árvores e, se contabilizar 0,5 a 1% de frutos atacados, proceda à aplicação de um insecticida homologado de acção larvicida.
PIOLHOS (CINZENTO E VERDE) Mantenha a vigilância do pomar, seguindo as recomendações enviadas na circular anterior
ARANHIÇO VERMELHO Já detectámos a presença deste inimigo no POB mais a sul do distrito de Coimbra (Soure). Dado que as condições climáticas e fenológicas são favoráveis ao seu desenvolvimento, proceda à observação de 100 folhas do terço médio do ramo e, caso contabilize, 50 a 75% de folhas ocupadas com formas móveis em macieiras ou 50% em pereiras, proceda a um tratamento com um acarícida o mais breve possível, dada a rapidez que este inimigo tem em se multiplicar e causar estragos quando as condições lhe são propícias.
Nº 8/17 junho PEDRADO Deve renovar de imediato a protecção da cultura, e se houver focos de pedrado no seu pomar dê preferência a produtos com acção preventiva.
Nº 9/2 de Julho PEDRADO Deve proceder a um novo tratamento optando por produtos de contacto ou superfície sempre que verifique a presença de manchas no pomar.
BICHADO, ARANHIÇO E AFÍDEOS Estas pragas continuam a estar presentes com maior ou menor intensidade. Deve por isso, manter a vigilância do seu pomar. Relembram-se os Níveis Económicos de Ataque (níveis acima dos quais deve ser feito um tratamento): •••• Bichado - 0,5 a 1% de frutos atacados (5 a 10 frutos em 1000 observados). •••• Aranhiço Vermelho - 50 a 75% de folhas ocupadas em macieiras ou 50% em pereiras, em 100 folhas observadas do terço médio
do ramo. •••• Afídeos - 2 a 5% com piolho cinzento ou 15% com piolho verde em 100 rebentos observados (2 por árvore).
Nº 11/28 de julho PEDRADO Nas parcelas onde se verifiquem sintomas deve efectuar um tratamento, dando preferência à utilização de produtos de contacto / superfície.
BICHADO A pressão desta praga mantém-se intensa. Observe o seu pomar e, se detectar 0,5 a 1% de frutos atacados (5 a 10 frutos em 1000 observados), deve realizar um tratamento.
PULGÃO LANÍGERO Em alguns dos nossos POB’s temos observado a presença desta praga. Observe o seu pomar e se contabilizar 10% de ramos atacados com ninfas e adultos deve proceder a um tratamento com um produto à base de pirimicarbe (PIRIMOR G).
MOSCA DA FRUTA Já foram capturados os primeiros adultos nos nossos postos de observação biológica (POB). Tendo em conta as variedades mais precoces e a possibilidade de presença deste inimigo em outras fruteiras, deve iniciar a luta contra esta praga.
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A luta deve ser efectuada de forma escalonada à medida que as variedades presentes no pomar se vão aproximando da maturação, renovando a protecção quando terminada a persistência do último tratamento. As substâncias activas homologadas, todas aconselhadas em Produção Integrada, são: fosmete*, lambda-cialotrina**, lufenurão , e triclorfão**. * Não efectuar mais de uma aplicação. ** Máximo de duas aplicações.
Nº 12/13 de Agosto
BICHADO O nº de capturas, nas armadilhas, mantém-se elevado. Observe o seu pomar e, se detectar 0,5 a 1% de frutos atacados (5 a 10 frutos em 1000 observados), deve renovar o tratamento.
ARANHIÇO E AFÍDEOS (PIOLHO VERDE) Continuamos a observar a presença destas pragas nos nossos POBs, sendo as condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento. Deve manter a vigilância do pomar e realizar os respectivos tratamentos, se atingir os Níveis Económicos de Ataque referidos na circular nº 9/09, de 2 de Julho.
MOSCA DA FRUTA As capturas de adultos, nos nossos POBs, continuam a aumentar, pelo que deve ter em atenção o referido na circular anterior (nº 11/09). No combate a esta praga, os meios de luta cultural e biotécnica assumem uma importância fundamental para reduzir os níveis populacionais. Na luta cultural destacam-se as seguintes medidas essenciais para o seu controlo: - colher a fruta à medida que vai amadurecendo; remover do pomar toda a fruta não comercializável; não deixar no pomar qualquer fruta atacada; enterrar a fruta a 50 a 60 cm de profundidade ou destruí-la (esmagamento); eliminar os hospedeiros alternativos espalhados nas parcelas (árvores e arbustos abandonados). Nos meios de luta biotécnica destacam-se a captura em massa generalizada, utilizando diferentes dispositivos com iscos atractivos (garrafas, armadilhas, etc) e a esterilização de machos e fêmeas (quimioesterilização, etc.), o que impede a sua reprodução. A utilização correcta dos meios de luta cultural e biotécnica, complementados com a luta química, é essencial para reduzir a intensidade da praga.
Nº 14 /19 de Novembro
PEDRADO Nos pomares onde tenham ocorrido ataques de pedrado, aconselhamos fazer uma aplicação de ureia a 5% molhando bem as folhas que ainda estejam na árvore, bem como as caídas no chão, de forma a favorecer a sua decomposição.
CANCRO A chuva e vento contribuem para a disseminação deste fungo que se instala nas feridas existentes, e concretamente nas da poda. Para evitar contaminações, deve realizar esta operação com o tempo seco. Nas árvores onde esta doença está instalada, aconselha-se a remoção e queima dos ramos com cancro, seguida da desinfecção de todas as feridas, incluindo as da poda, com um produto à base de cobre que contenha aderente (consulte o rótulo do produto).
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PEDRADO Para o pedrado foi seguida a metodologia clássica de previsão apoiada no ábaco de Mills-Laplace, com gravidade do ataque em função do número de horas de folha molhada e a temperatura média do período de humectação. As primeiras manchas foram detectadas na Região, em 28 de Abril, no pomar de Soure, na variedade Royal Gala e em 5 de Maio, no pomar da Ventosa. O pedrado foi o inimigo para o qual foram emitidas mais recomendações, para o que muito contribuíram as precipitações que se fizeram sentir nos meses de Abril e Junho. As particularidades climáticas sentidas conduziram a recomendações de carácter essencialmente preventivo. A título de exemplo, apresenta-se o gráfico termopluviométrico dos referidos meses, das Estações Meteorológicas Convencionais de Bencanta e Vilarinho do Bairro. Apresenta-se, também, um gráfico elucidativo da intensidade de ataque registada para o pedrado, no qual é evidente a maior intensidade de ataque no POB de Soure.
Climatograma 2009
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Precipitação Bencanta Precipitação Vilarinho do Bairro
temperatura média Bencanta temperatura média Vilarinho do Bairro
Pedrado 2009
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Ventosa do Bairro Soure
frutosfolhas
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PRAGAS ARANHIÇO VERMELHO A biomonitorização deste inimigo teve início antes do abrolhamento através da colocação, em placas com vaselina, de fracções de ramos com aglomerados de posturas e decorreu, semanalmente, sob a forma de contagem do número de larvas eclodidas. A eclosão ocorreu em finais de Fevereiro, tal como está patente no gráfico que se apresenta de seguida e respeitante aos postos de Anadia e de Ventosa do Bairro. O baixo número de eclosões verificado no ano em apreço, na provável sequência da elevada precipitação ocorrida em Fevereiro (ver climatograma 2009 - Pedrado), conduziu a que o primeiro tratamento tivesse sido aconselhado em 15 de Maio, sem qualquer pico de eclosões registado até então. O mesmo foi, todavia, recomendado com base na vigilância do pomar e no nível económico de ataque.
Eclosão do aranhiço vermelho (2009)
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05-Mar
11-Mar
19-Mar
25-Mar
Datas de observação
Ecl
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Placa 1 Placa 2 Placa 3 Placa 4
Ao longo do ciclo vegetativo da cultura foi avaliada a intensidade de ataque deste inimigo nos posto de observação biológica da Ventosa do Bairro e da Quinta da Capa Rota, não se tendo observado ataques intensos em nenhuma das parcelas ou árvores isoladas, com excepção de algumas árvores de variedades vermelhas (Royal Gala, Starking...), principalmente no POB de Soure (Capa Rota).
Anadia
Ventosa do Bairro
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BICHADO No bichado (Cydia pomonella l.), os estragos observados foram diminutos e sem significado. No POB de Soure registaram-se capturas significativas, que justificaram as recomendações emitidas, pois excederam o Nível Económico de Ataque preconizado, das capturas semanais. Nos dois POBs não se verificaram, praticamente, quaisquer estragos provocados por esta praga.
Bichado 2009
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31-Mar 20-Abr 10-Mai 30-Mai 19-Jun 9-Jul 29-Jul 18-Ago 7-Set 27-Set
Ad
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Datas de observação
Soure Ventosa do Bairro
BLANCARDELLA E SCITELLA Nos postos de observação biológica não foram detectados sintomas nem estragos de Blancardella (mineira marmoreada) e Scitella (mineira circular), pragas que, apesar das capturas que se apresentam nos gráficos seguintes, geralmente não provocam quaisquer estragos na região.
Blancardella 2009
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23-Set
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Data
Cap
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Scitella 2009
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11-Mar
25-Mar
8-Abr
22-Abr
6-Mai
20-Mai
3-Jun
17-Jun
1-Jul
15-Jul
29-Jul
12-Ago
26-Ago
9-Set
23-Set
7-Out
21-Out
Capturas (nº)
Dat
a soureventosa
MOSCA DO MEDITERRÂNEO No que respeita à mosca do Mediterrâneo, e contrariamente ao registado na campanha de 2008, na presente campanha os ataques de mosca apresentaram uma baixa intensidade, durante a fase produtiva até à época de colheita. Nos Postos de Observação Biológica, as primeiras capturas de adultos iniciaram-se, tal como em 2008, em finais do mês de Julho. No POB da Ventosa do Bairro não se verificaram quaisquer ataques significativos de mosca do Mediterrâneo, assim como as capturas foram nulas, até à colheita. Na Quinta da Capa Rota, as capturas foram mais elevadas, mas o número de frutos picados observados não ultrapassaram o Nível Económico de Ataque. Verificou-se um colheita escalonada da fruta e, apesar desta se ter prolongado até fins de Novembro, não se observaram ataques significativos provocados pela praga. No POB de Soure (Capa Rota) acompanhou-se o voo e respectivas capturas até meados de Novembro, pois a fruta foi sendo colhida à medida que ia sendo comercializada.
Mosca do mediterrâneo (2009)
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Nº
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AFÍDEOS E COCHONILHA DE S. JOSÉ No que respeita a afídeos, predominou a presença de afídeo verde. No POB de Soure foi o único afídeo que apareceu, tendo-se observado a sua presença desde muito cedo, finais de Março. No POB de Ventosa do Bairro, foi também observado afídeo cinzento, desde o seu aparecimento em 1 de Abril até meados de Maio, embora sem grande significado e facilmente controlado. A partir de final de Maio dominou o afídeo verde, que em final de Agosto /início de Setembro aumentou de intensidade. Em ambos os POB’s apareceu algum pulgão lanígero. No que respeita à cochonilha de S. José, no POB da Ventosa do Bairro praticamente não se verificou a sua presença. No POB de Soure, durante a primeira geração da cochonilha, as capturas foram relativamente baixas e não se observaram sintomas de qualquer ataque. Pelo contrário, a segunda geração teve grande significado, tendo as capturas aumentado exponencialmente a partir de final de Agosto, assim como os sintomas nos frutos manifestaram uma média intensidade de ataque. Os registos efectuados nos Postos de Observação Biológica podem ser consultados no Anexo I.
Cochonilha S. José
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Datas / Setembro - Novembro
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Datas / Março - Agosto
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OLIVEIRA Durante o ano de 2009 a biomonitorização de pragas e doenças do olival bem como a evolução do estado fenológico ocorreu em Cerdeiras / Miranda do Corvo, Rabaçal / Penela e Quinta de Famalicão / Soure. As recomendações efectuadas para as doenças tiveram em consideração as fases de sensibilidade da cultura e as condições climáticas. Para as pragas foi feita a biomonitorização com recurso a armadilhas sexuais e cromotrópicas, e a estimativa de risco, avaliando-se a intensidade de ataque. Foi ainda monitorizado o lepidóptero Euzophera pingüis, com recurso a armadilha sexual. Em Fevereiro foi recomendada a adopção de medidas culturais limitativas da instalação e do desenvolvimento de alguns inimigos tais como: o caruncho e a mosca da azeitona. O maior número de recomendações incidiu sobre a mosca da azeitona (3), a traça (3) e o olho de pavão (2). DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA O OLIVAL, 2009
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Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
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Mosca da azeitona Caruncho Traça da oliveira Olho de pavão
Algodão Cochonilha H Gafa Cercosporiose
Na tabela que se apresenta, de imediato, estão patentes as recomendações emitidas para a cultura do olival, em 2009.
23
QUADRO DE RECOMENDAÇÕES PARA A CULTURA DA OLIVEIRA NO ANO DE 2009:
Nº da circular
Data da circular Recomendação
Nº 1
19 de Fevereiro
CARUNCHO
Nos últimos anos temos observado ataques, principalmente em olivais jovens.Nos olivais onde esta praga esteja presente, a lenha de poda deve ser destruída antes do fim do Inverno, sendo frequente, em olivais muito atacados, deixar alguma na parcela que irá servir de isco para as posturas, mas tendo sempre em atenção que a mesma deve ser retirada e/ou destruída antes do mês de Maio.
MOSCA DA AZEITONA
As pupas desta praga passam normalmente o Inverno enterradas no solo, tendo as mobilizações do terreno um papel importante na sua destruição, contribuindo assim para a redução da população hibernante. Esta destruição poderá ter efeitos na diminuição da intensidade de ataque da praga durante a campanha. Nos olivais onde habitualmente se verificam prejuízos causados pela mosca afigura-se de toda a conveniência a realização desta prática cultural, que deve ser efectuada o mais cedo possível.
Nº 2
16 de Março
TRAÇA DA OLIVEIRA Em alguns dos nossos POB’s, já observámos rebentos roídos e com larvas vivas de traça. Assim, e em especial nos olivais jovens, deve observar 100 gomos terminais (5 gomos por árvore em 20 árvores) e, caso encontre 10% de gomos atacados com larvas vivas, deve realizar um tratamento contra esta praga, pois foi atingido o Nível Económico de Ataque (NEA). Aconselha-se a utilização de uma das seguintes substâncias activas homologadas: Bacillus thuringiensis, carbaril, dimetoato e lambda-cialotrina.
OLHO DE PAVÃO O início da Primavera, pelas condições climáticas e estado fenológico da cultura, é propício ao desenvolvimento desta doença, tendo-se já detectado a presença de manchas em alguns olivais. Tratando-se de um inimigo que pode originar desfoliações graves (sobretudo em cultivares como Cobrançosa e Picual), aconselha-se a realização de um tratamento, a repetir se necessário, à base das seguintes substâncias activas homologadas: hidróxido de cobre, óxido cuproso, oxicloreto de cobre, zirame e difenoconazol.
Nota: O nível económico de ataque a partir do qual se considera economicamente viável tratar é de 5 a 10% de folhas com manchas visíveis para as variedades mais sensíveis.
Nº 6 15 de Maio ALGODÃO
Verificámos ataques desta praga nos nossos Postos de Observação Biológica. Observe o seu olival e se verificar ataques de algodão deve realizar um
tratamento com um produto à base de uma das seguintes substâncias activas homologadas: dimetoato ou lambda-cialotrina.
TRAÇA DA OLIVEIRA
Está a decorrer a geração antófaga, que se alimenta dos botões florais. Embora não tendo atingido o Nível Económico de Ataque nos nossos POB’s, aconselha-se, em particular nos olivais jovens ou naqueles onde a floração é reduzida, a observação de 10 cachos
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florais x 20 árvores e, se detectar, 5 a 11% das inflorescências com formas vivas, efectue um tratamento com um insecticida contendo uma das seguintes substâncias activas: Bacillus thuringiensis, carbaril, dimetoato ou lambda-cialotrina.
ANEXO : � Segue a lista dos insecticidas homologados para a vinha: traça, cigarrinha verde, outros cicadelídeos, cochonilhas e cochonilha algodão.
Nº 11 28 de Julho MOSCA DA AZEITONA
Já se atingiu o Nível Económico de Ataque nos nossos POB’S. Mantenha a vigilância do seu olival e se encontrar 8 a 12 % das azeitonas com formas vivas, deve proceder à realização de um tratamento com uma das seguintes substâncias activas: deltametrina, dimetoato* (PI), lambda-cialotrina, spinosade (PI), fosmete** (PI); triclorfão*** (PI)
* Máximo de uma aplicação, em Produção Integrada.
** Autorizado apenas para aplicação em produção de azeitona de mesa, com um máximo de 2 aplicações. Não pode ser aplicado em azeitonas para produção de azeite.
*** Máximo de duas aplicações.
PI – Produtos aconselhados em Produção Integrada Nº 13 25 de
Setembro MOSCA DA AZEITONA Esta semana verificou-se um aumento significativo do número de capturas, nos nossos Postos de Observação Biológica, tendo-se atingido o Nível Económico de Ataque em alguns deles. Mantenha a vigilância do seu olival e se encontrar 8 a 12 % das azeitonas com formas vivas, deve proceder à realização imediata de um tratamento com uma das seguintes substâncias activas: deltametrina*(PI), dimetoato*(PI), lambda-cialotrina, spinosade (PI), fosmete** (PI).
* Máximo de uma aplicação, em Produção Integrada.
** Autorizado apenas para aplicação em produção de azeitona de mesa, com um máximo de 2 aplicações. Não pode ser aplicado em azeitonas para produção de azeite.
PI – Produtos aconselhados em Produção Integrada.
GAFA, OLHO DE PAVÃO E CERCOSPORIOSE
Estas doenças são responsáveis por desfoliações por vezes intensas, redução do vigor das árvores, perdas de produção e redução da qualidade do azeite.
Uma vez que o Instituto de Meteorologia prevê possibilidade de alguma instabilidade para próxima semana, recomendamos a realização de um tratamento fitossanitário à base de uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre*, sulfato de cobre ou mistura bordalesa. * Substância activa homologada para as três doenças.
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MOSCA DA AZEITONA O Nível Económico de Ataque foi ultrapassado em dois POBs em 29 de Julho, no Rabaçal na variedade Redondil e na Quinta de Famalicão (Soure) na variedade Cobrançosa. No POB de Cerdeiras, a intensidade de ataque, durante todo o ciclo vegetativo da cultura, foi inferior aos dois POBs referidos, sendo também inferiores as capturas registadas, como se pode observar pelo gráfico. Tanto no Rabaçal como na Quinta de Famalicão a elevada intensidade de ataque, nos frutos, observada durante a 2ª quinzena de Setembro, que ultrapassou largamente o NEA, é uma consequência do elevado número de capturas registado em 30 de Setembro / 1 de Outubro. Nestes POBs, dado que a intensidade de ataque e as capturas de mosca continuaram elevadas (principalmente em Quinta de Famalicão e Rabaçal) e a maturação da azeitona estava atrasada, em final de Outubro, considerou-se conveniente aconselhar estes agricultores a realizarem um novo tratamento contra esta praga. OLHO DE PAVÃO Em 2009, dadas as condições climáticas, esta doença não apresentou uma intensidade de ataque elevada. Em Cerdeiras e, principalmente, no Rabaçal, na Primavera verificou-se algum ataque nas folhas do ano anterior (velhas), resultado das infecções ocorridas no Outono. O olival do Rabaçal está implantado numa zona baixa, num solo pesado e muito húmido, factores que, por si só, favorecem o desenvolvimento desta doença. EUZOPHERA Em 2009, esta praga teve um comportamento semelhante a 2008. Destaca-se o início do voo, em todos os POBs, na 2ª quinzena de Abril. O primeiro pico de voo apresentou-se irregular, tendo ocorrido durante os meses de Maio e Junho, o 2º pico foi bem definido, em finais de Agosto, e o terceiro pico, também bem definido, ocorreu em fins de Setembro Continua-se a verificar, tal como em anos anteriores, que o olival do Rabaçal, de maior idade, foi o que deteve um ataque significativo de Euzophera com reflexos negativos, a médio prazo, na longevidade das plantas.
Mosca da azeitona - 2009
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Datas
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Cerdeiras Rabaçal Qt. Famalicão
TRAÇA DA OLIVEIRA Como se pode observar no gráfico, a traça da oliveira manifestou as três gerações bem evidenciadas pelos picos apresentados. Nos olivais de Cerdeiras e Rabaçal não se verificou uma intensidade de ataque expressiva, desta praga. No olival de Quinta de Famalicão não foi realizado o tratamento à geração carpófaga, pelo que se verificou um ataque significativo, ao ponto de se observar uma grande queda de frutos atacados.
Traça da oliveira - 2009
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Data
Nº
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Cerdeiras Rabaçal Qta Famalicao
Os registos efectuados nos postos de observação biológica podem ser consultados no Anexo I.
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VINHA Durante o ano de 2009, a cultura da vinha foi considerada em 13 dos 14 avisos, e em 3 dos 6 SMS, emitidos pela Estação de Avisos da Bairrada. A biomonitorização de pragas e doenças e a evolução do estado fenológico foram efectuadas em 6 postos, designadamente: Aguieira - Águeda, Amoreira da Gândara - Anadia, Estação Vitivinícola - Anadia, Cerdeiras - Miranda do Corvo, Cordinhã -Cantanhede, e Pedralvites - Anadia. Os inimigos sobre os quais incidiram o maior número de avisos ou recomendações foram o oídio e o míldio, em igualdade do número de avisos emitidos. Pela primeira vez, o cicadelídeo Scaphoideus titanus, vector da Flavescência Dourada foi alvo de aviso por parte da EAB, constando em relatório anexo todo o trabalho desenvolvido para este inimigo.
DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DA VINHA, 2009
As recomendações preconizadas para a vinha foram as seguintes:
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1
2
3
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5
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8
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Míldio Oídio Traça Podridao Black rot
Scaphoideus Titanus Cochonilhas Cigarrinha verde Doenças do lenho
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QUADRO RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA VINHA - 2009
Nº da circular Data da circular Recomendação
Nº 1 19 de Fevereiro
COCHONILHAS – TRATAMENTO DE INVERNO Dando continuidade ao que foi referido no boletim nº 18 de 2008, deve agora realizar o tratamento de Inverno nas vinhas onde os ataques de cochonilhas tenham sido observados e nas videiras, preferencialmente descascadas. As substâncias activas homologadas são: Óleo de Verão e clorpirifos*. *- Em tratamento de Inverno deve adicionar 1,5 litros/100 litros de um produto contendo 80% de Óleo de Verão.
Nº 2 20 de Março
ESCORIOSE A escoriose ganha cada vez maior expressão na Região. Os seus sintomas são particularmente visíveis nos primeiros três a seis entrenós basais dos jovens ramos, sob a forma de pontuações necróticas com o centro negro. À medida que tais pontuações aumentam, os tecidos atacados evidenciam estrias ou manchas que fendilham, podendo conduzir ao não abrolhamento dos gomos basais dos pâmpanos e à desnoca. Assim, e nas vinhas onde tais sintomas tenham sido observados no ano anterior, ou mesmo durante a poda, recomenda-se a adopção de uma das seguintes estratégias de luta: ESTRATÉGIA 1: Realização de um único tratamento, quando 30 a 40% dos gomos estiverem no estado fenológico D (saída das folhas), com fungicida contendo fosetil de alumínio + folpete. ESTRATÉGIA 2: Realização de dois tratamentos: o primeiro ao estado fenológico D (saída das folhas), e o segundo quando 30 a 40% dos gomos estiverem no estado fenológico E (folhas livres), utilizando uma das seguintes substâncias activas: azoxistrobina(a), azoxistrobina(a) + folpete(a), enxofre, folpete, mancozebe, metirame, metirame+piraclostrobina(b), propinebe ou fosetil de alumínio + mancozebe. (a) Substâncias activas como azoxistrobina e azoxistrobina+folpete podem ser usadas em ambas as estratégias. Contudo, tal como outro fungicida deste grupo químico (QOI), só podem ser usadas no máximo de 3 tratamentos, por ano e no total das doenças. (b) Efectuar um tratamento entre o gomo de algodão e as 3 folhas livres. Em vinhas fortemente atacadas efectuar 2 tratamentos: o primeiro entre o gomo de algodão e a ponta verde e o segundo entre a saída das folhas e as 3 folhas livres.
Nº 3 2 de Abril OÍDIO Apesar da heterogeneidade que verificamos na rebentação, conforme a casta e o local, as vinhas, na generalidade, encontram-se no estado fenológico cachos visíveis-F/cachos separados-G. O oídio é provocado por um fungo que se desenvolve à superfície dos orgãos verdes (folhas, pâmpanos e cachos). A sua protecção fitossanitária deve ser preventiva nas três fases de desenvolvimento, de maior susceptibilidade: cachos visíveis; floração-alimpa; bago de ervilha. Assim, recomenda-se a realização de um tratamento anti-oídio, preferencialmente à base de enxofre em pó. Trata-se de um produto que, além da protecção contra o oídio, protege contra outras doenças e previne o aparecimento de algumas pragas. NOTA CULTURAL: A prática de intervir sobre a vegetação ao longo do ciclo anual, ganha cada vez mais importância pelas características favoráveis que imprime ao coberto vegetal. Assim, tendo em vista a criação de boas condições microclimáticas, não deve ser descurada a supressão dos ramos ladrões, bem como dos pâmpanos estéreis ou inúteis para a poda do ano seguinte, e dos férteis que, pela sua localização, possam prejudicar o equilíbrio da parte aérea.
29
Nº 4
21 de Abril MÍLDIO A partir de 10 de Abril, a precipitação ocorrida aliada ao aumento das temperaturas mínimas proporcionaram condições para a ocorrência de infecções primárias, cujas manchas poderão aparecer a partir do dia 28 de Abril e dias seguintes. Face à probabilidade de ocorrência de precipitação no fim-de-semana, recomenda-se a realização de um tratamento com fungicida de acção preventiva e curativa, de forma a que a vinha esteja protegida no período compreendido entre 28 de Abril e 5 de Maio, inclusive. OÍDIO Aconselha-se a adição de um fungicida anti-oídio, à calda anti-míldio. PODRIDÃO CINZENTA As condições climáticas ocorridas levaram ao aparecimento de manchas de podridão, sobretudo nas folhas, mas também em algumas inflorescências, sintomas que alguns viticultores julgam tratar-se de míldio. Em algumas vinhas com maior expressão de sintomas, a realização de um tratamento poderá ser vantajosa, em particular, nas variedades mais sensíveis ao fungo Botrytis Cinerea Pears e caso as condições climáticas se mantenham instáveis. As operações em verde, já referidas na circular anterior e a não descurar, poderão ser particularmente benéficas no estado sanitário das vinhas.
Nº 5
7 de Maio MÍLDIO As previsões meteorológicas apontam para a ocorrência de precipitação no início da próxima semana. As vinhas estarão, na sua maioria, desprotegidas, pelo que se aconselha a realização de um tratamento preventivo, antes das chuvas, com produto de acção sistémica. OÍDIO Mantenha a cultura protegida. Uma vez que a cultura se encontra na proximidade da floração, dê preferência à utilização de enxofre, se possível, na formulação de pó polvilhável. PODRIDÃO CINZENTA Em vinhas habitualmente vulneráveis poderá ser benéfico efectuar um tratamento anti-botrytis próximo do estado floração/alimpa (I/J). TRAÇA DA UVA Já observámos, nos nossos Postos de Observação Biológica (POB’s), lagartas da primeira geração. Apesar de, habitualmente, tais lagartas não provocarem estragos que justifiquem a realização de um tratamento, sugere-se uma intervenção com insecticida homologado se em 100 inflorescências observadas contabilizar 100 a 200 ninhos (Nível Económico de Ataque). Nota: Na próxima circular será enviada a lista de produtos homologados para a traça da uva. BREVE NOTA CULTURAL: As operações de supressão de lançamentos ou pâmpanos, seguidas de uma correcta orientação da vegetação, são fundamentais à criação de um óptimo microclima, não devendo ser descuradas.
Sms Nº 2 7 de Maio EABAIRRADA- Previsão de chuva nos próximos dias- VINHA-Míldio e Oidio, POMÓIDEAS-Pedrado e Bichado e BATATA-
30
Míldio: Trate de preferência antes das chuvas.
Nº 6 15 de Maio MÍLDIO Há previsão da ocorrência de precipitação para os dias 21 de Maio e seguintes. Nesta altura, e face à nossa última recomendação, já o produto aplicado estará a terminar a persistência. Sabemos também que alguns viticultores não conseguiram realizar o tratamento recomendado na última circular. A chuva ocorrida nos dias 10 e seguintes provocou infecções cujas manchas irão aparecer a partir do dia 22 de Maio. Assim sendo, quer os viticultores que não trataram, quer aqueles que realizaram o tratamento e cuja persistência estará a terminar, devem ter a vinha protegida antes das chuvas e o mais próximo possível do dia previsto para o aparecimento das manchas. OÍDIO Mantêm-se as recomendações referidas na circular anterior.
Nº 7 4 de Junho MÍLDIO As previsões meteorológicas apontam para a ocorrência de precipitação para os próximos dias. Neste sentido, e uma vez que a cultura da vinha já se encontra desprotegida, aconselha-se a renovação do tratamento, antes da chuva. Caso não lhe seja possível tratar antes, faça-o imediatamente a seguir, com um produto de acção curativa. Consulte a lista enviada com a circular nº 3. OÍDIO A protecção da vinha contra esta doença deve ser feita de forma preventiva até ao fecho do cacho, podendo, no entanto, em situações especiais, tais como castas sensíveis ou zonas favoráveis à doença, prolongar-se a protecção até ao pintor. Assim sendo, recomenda-se a renovação do tratamento usando um produto de acção sistémica. A partir da fase bago de chumbo / bago de ervilha, relembramos os Srs. Viticultores, que o enxofre molhável não é suficientemente eficaz. TRAÇA Ainda não é necessário tratar. Aguarde pela próxima circular. NOTA CULTURAL Após a plena floração, e com o objectivo de melhorar a insolação e arejamento no interior do coberto vegetal, recomenda-se a realização da desponta (supressão da extremidade dos pâmpanos em crescimento). Recomenda-se, também, a análise foliar após a plena floração (ver informação no verso da circular).
Sms Nº 3 4 de Junho EABAIRRADA- Previsão de chuva nos próximos dias- VINHA-Míldio e Oidio, POMÓIDEAS-Pedrado, Aranhiço e Bichado e BATATA-Míldio: Trate de imediato.
Nº 8 17 de Junho
OÍDIO Foram detectados focos de oídio em algumas vinhas da Região. As condições climáticas e o estado de desenvolvimento da cultura são favoráveis à evolução da doença, pelo que se aconselha a realização de um tratamento anti-oídio. Para o efeito, consulte a lista enviada com a circular nº 3.
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TRAÇA Teve início o voo da 2ª geração. Caso opte por uma estratégia ovicida deve efectuar um tratamento o mais breve possível. Em caso de opção por uma estratégia larvicida, deve aguardar pela próxima circular (Consulte a lista enviada com a circular nº 6). NOTA CULTURAL Intervenções em verde que conduzam ao arejamento da sebe não devem ser esquecidas.
Nº 9 2 de Julho MÍLDIO Observaram-se recentemente manchas de míldio. As chuvas ocorridas no dia 28 e seguintes provocaram infecções cujas manchas irão aparecer a partir do dia 7 de Julho. Recomenda-se a realização de um tratamento antes desta data. OÍDIO As condições continuam favoráveis ao desenvolvimento desta doença, e o estado fenológico ainda é sensível. Deve continuar a manter a vinha protegida, até ao pintor. TRAÇA DA UVA Se em 100 cachos observados contabilizar 1 a 10 cachos com perfurações, e se optou por uma estratégia larvicida deve efectuar um tratamento com um insecticida que possua este modo de acção (Consulte a lista enviada com a circular nº 6). NOTA CULTURAL Intervenções em verde que conduzam ao arejamento da sebe não devem ser esquecidas. As mesmas podem ser particularmente úteis em vinhas mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças, como a podridão cinzenta.
Sms Nº 4 16 Julho EABAIRRADA-VINHA– OÍDIO:Trate de imediato. Não utilize enxofre; MÍLDIO: Trate as vinhas desprotegidas com manchas; TRAÇA:Trate, caso ainda não o tenha feito
Nº 10 16 Julho MÍLDIO Em algumas vinhas estão a surgir focos de míldio, visíveis nas folhas jovens. Tendo em vista evitar o desenvolvimento da doença, em especial nas vinhas desprotegidas com manchas e em início de pintor, deve ser efectuado um tratamento contra este inimigo. OÍDIO Têm sido observados sintomas, mais ou menos intensos, em inúmeras vinhas da região. As condições climáticas e fenológicas continuam favoráveis ao desenvolvimento desta doença, pelo que se recomenda a realização de um tratamento. Não utilize fungicidas à base de enxofre e mantenha a vinha protegida até ao pintor. TRAÇA DA UVA Se não efectuou o tratamento recomendado na circular anterior, realize-o de imediato, com um insecticida de acção larvicida. (Consulte a lista enviada com a circular nº 6). PODRIDÃO CINZENTA Nas vinhas onde habitualmente este inimigo causa estragos e/ou prejuízos, e onde a adopção exclusiva de medidas
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culturais limitativas do desenvolvimento desta doença se revela insuficiente, recomenda-se um tratamento anti-botrytis à medida que as vinhas forem atingindo a fase de início do pintor e após a realização das intervenções em verde recomendadas. BLACK-ROT Esta doença, relativamente recente nas vinhas da região, tem vindo a aumentar, observando-se, este ano, significativos prejuízos nos cachos. Os sintomas manifestam-se em todos os órgãos verdes da planta: nas folhas, pequenas manchas vagamente circulares ou poligonais, acastanhadas, com um rebordo escuro e repletas de pontos negros minúsculos no seu interior (picnídeos), são muito características e inconfundíveis; nos bagos, o primeiro sintoma é uma pequena mancha circular, descorada, com poucos milímetros de diâmetro. Ao fim de um a dois dias, todo o bago fica alterado, parecendo que foi escaldado. De seguida, começa a enrugar-se lentamente, secando completamente e tomando uma cor negra carregada com reflexos azulados. A película dos bagos secos cobre-se de pequenas pústulas negras, tomando um aspecto característico de “encortiçado”. Não existindo fungicidas homologados para esta doença, as intervenções em verde são fundamentais na limitação do Black-rot. Estudos recentes indicam que alguns fungicidas anti-oídio podem contribuir para o seu controlo. NOTA CULTURAL Intervenções em verde que conduzam ao arejamento da sebe e exposição dos cachos não devem ser esquecidas. A desponta, ao suprimir extremidades de lançamentos, pode ser particularmente benéfica em vinhas cujas folhas jovens exibem sintomas de míldio. A desfolha (eliminação das folhas da base que ao pintor estarão pouco activas), ao permitir uma melhor luminosidade e uma melhor ventilação dos cachos, pode ser particularmente útil nas vinhas mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças, como a podridão cinzenta e o Black-rot.
Nº 11 28 de Julho
MÍLDIO Na sequência das chuvas ocorridas a 22 de Julho prevê-se o aparecimento de novas manchas a partir do dia 2 de Agosto. Assim, aconselha-se a realização de um tratamento nas vinhas ou parcelas que à data da ocorrência da precipitação se encontravam desprotegidas. TRAÇA DA UVA Ainda não teve início o 3º voo deste insecto, pelo que NÃO deve efectuar qualquer intervenção. BLACK-ROT De momento não existem fitofármacos homologados para o combate a esta doença, constituindo a monda de cachos afectados/contaminados, seguida do seu enterramento, a forma mais eficaz de luta.
Nº 12 Anexo enviado aos utentes das
13 de Agosto
TRAÇA DA UVA Já teve início o voo da 3ª geração deste insecto, estando a aumentar o nº de capturas, nos nossos Postos de Observação Biológica (POBs). Como as duas gerações anteriores não foram de grande intensidade de ataque, o tratamento a realizar deverá incidir principalmente nas parcelas de colheita mais tardia e que, habitualmente, apresentam ataques intensos, perto da colheita.
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freguesias de Aguim, Antes, Mealhada e Ventosa do Bairro (Scaphoideus titanus ball)
Deve observar 100 cachos e se contabilizar 1 a 10% com posturas ou perfurações recentes, realize um tratamento com um produto de acção ovicida/larvicida ou larvicida. PODRIDÃO CINZENTA Nas parcelas onde este inimigo causa habitualmente prejuízos, deve proceder à realização de um tratamento 3 a 4 semanas antes da data prevista para a colheita, sem descurar a realização das medidas culturais, conducentes ao arejamento dos cachos. CIGARRINHA VERDE (OU CICADELA) Esta praga tem vindo a expandir-se na região. Manifesta-se pela alteração da cor da página superior das folhas, ficando estas amareladas nas castas brancas e avermelhadas nas castas tintas. Na presença destes sintomas observe a página inferior de 100 folhas (2 folhas por cepa, em 50 cepas) e, se encontrar mais de 50 ninfas, efectue um tratamento (consulte a lista de produtos homologados enviada com a circular nº 6/09).
Nº 14 Anexo: Referência a análise de solo.
19 de Novembro
DOENÇAS DO LENHO A presença de doenças do lenho, como escoriose, esca e eutipiose, ganha cada vez maior expressão na Região. E porque, no seu controlo, é fundamental a adopção de medidas preventivas, recomenda-se: Realizar a poda o mais tardiamente possível, e em condições de tempo seco, e sem vento;Podar, em último lugar, as plantas afectadas;Evitar grandes feridas de poda, que são verdadeiros focos de infecção;Fazer os cortes lisos, e em bísel, para evitar a acumulação de humidade no seu interior;Proteger as feridas com pincelagem duma pasta fungicida, dum unguento de enxertia ou betume industrial; Desinfectar as tesouras de poda com hipoclorito de sódio a 5% (lixívia) ou outro desinfectante adequado, entre a poda de plantas;Remover e destruir as varas com sintomas de doenças, de forma a eliminar fontes de inóculo e, assim, diminuir a contaminação das plantas sãs.
NOTA: Nas plantações novas é fundamental a utilização de materiais de propagação vegetativa de videira (estacas ou varas, porta-enxertos e plantas já enxertadas) certificado. Material não certificado é, aliás, proibido por lei (Decreto-Lei n.º 194/2006, de 27 de Setembro, que regula a produção, controlo, certificação e comercialização de materiais de propagação vegetativa de videira). Garante-se a isenção de fungos responsáveis pela presença de outras doenças do lenho, como a doença de Petri (declínio das vinhas jovens). COCHONILHAS: O aumento do número de vinhas atacadas com cochonilhas impõe a tomada de medidas culturais, designadamente: Descascar o tronco das videiras atacadas, de modo a que as cochonilhas fiquem mais expostas ao Inverno e aos tratamentos a realizar no início da rebentação; Retirar e queimar esse material, assim como a lenha de poda das vinhas onde exista esta praga.
34
MÍLDIO DA VIDEIRA Para o míldio da videira, foi avaliada a maturação de oósporos e implementada a metodologia clássica de previsão, nos postos de Anadia/Tamengos, Aguieira, Bencanta, Cerdeiras e Pedralvites, entre finais de Fevereiro a finais de Junho de 2009. Ainda, foram avaliadas as condições climáticas e a intensidade de ataque nos postos de observação biológica e na Região. O estudo de maturação de oósporos teve início no Outono de 2008 através da recolha de folhas com míldio mosaico, a partir de vinhas onde se tinham observado ataques tardios de míldio. Com recurso a lupa binocular prepararam-se fragmentos de folhas, de aproximadamente 1 cm2, contendo oósporos, os quais foram depois colocados nas condições de campo nos diferentes postos de observação biológica. Em finais de Fevereiro de 2009 foi iniciada a recolha e observação dos fragmentos para avaliar o estado de maturação dos oósporos. Deste trabalho, constatou-se que a germinação dos primeiros macroconídios teve lugar em 27 de Fevereiro, 24 horas após colocação em estufa, a uma temperatura de 22ºC, no posto de Anadia. No quadro seguinte apresenta-se o estudo da germinação dos oósporos.
ESTUDO DA MATURAÇÃO DOS OÓSPOROS – 2009
Nº de dias de permanência em estufa
Data de colocação em
estufa
Posto biológico
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
26-Fev Anadia 1 S D 118 89 363 84 58 S D 28 5
Gatanha 0 S D 0 0 1 13 26 S D 4 2
03-Mar Pedralvites 0 79 347 S D 432 134 2 S D
Ourentâ 0 0 0 S D 126 73 75 S D
Cordinhã 0 2 14 S D 477 172 23 S D
Amoreira 0 2 4 S D 74 52 24 S D
Aguieira 0 0 0 S D 292 124 51 S D
10-Mar Pedralvites 1 37 173 S D 57 57 1 13 S D
Ourentâ 0 0 4 S D 4 3 4 0 S D
Cordinhã 0 0 47 S D 264 21 4 0 S D
Amoreira 0 3 64 S D 331 94 2 0 S D
Aguieira 0 7 70 S D 80 76 3 0 S D
Anadia 0 33 14 S D 6 0 0 S D
Gatanha 0 0 0 S D 36 0 0 S D
19-Mar Pedralvites 0 S D 37 12 9 16 S D
Ourentâ 0 S D 46 2 8 8 S D
Cordinhã 0 S D 9 3 0 4 S D
Amoreira 0 S D 273 58 28 55 S D
Aguieira 14 S D 145 86 0 14 S D
Anadia 0 S D 28 7 0 0 S D
Gatanha 0 S D 131 41 19 109 29 S D
26-Mar Pedralvites 6 S D 13 8 4 S D Ourentâ 0 S D 12 5 4 S D Cordinhã 0 S D 1 2 1 S D
35
Amoreira 0 S D 64 8 3 S D
Aguieira 2 S D 5 4 0 S D
Anadia 0 S D 29 17 6 S D
Gatanha S D 0 2 4 S D
22-Abr Pedralvites 0 6 S D 2 5 2 F S D 3 Cordinhã 0 0 S D 0 3 0 F S D 0 Amoreira 0 1 S D 3 0 0 F S D 0
23-Abr Aguieira 0 S D 10 6 0 F S D 0
Anadia 2 S D 0 0 0 F S D 0
Gatanha 0 S D 69 14 144 F S D 2
A implementação da metodologia de previsão, permitiu referenciar o dia 10 de Abril, data de ocorrência da infecção primária da doença, uma vez já se encontrarem reunidas todas as condições necessárias à ocorrência da mesma. As vinhas apresentavam pâmpanos demasiado desenvolvidos em alguns locais, razão porque se enviou em 21 de Abril a primeira recomendação aconselhando a realizar o primeiro tratamento por forma a terem as vinhas protegidas antes do dia 28 e seguintes, data prevista para o aparecimento das manchas primárias. Contudo, as primeiras manchas já esporoladas foram observadas no dia 12 de Maio na Freguesia de S. Lourenço e 21 do mesmo mês na Quinta da Póvoa. No gráfico seguinte apresentam-se as condições climáticas, temperatura (T) e precipitação (R), que originaram a primeira recomendação de tratamento.
Abril (2009)
0
5
10
15
20
25
1 -Ab r
3 - Ab r
5- Ab r
7 -Ab r
9- Abr
1 1- Ab r
1 3 -Ab r
1 5- Abr
1 7 -Ab r
19 - Abr
2 1 -Ab r
23 - Ab r
2 5 -Ab r
2 7 -Ab r
2 9- Abr
Dia
T (
ºC)/
R (
mm
)
T Min.T Méd.RSérie4
Período de incubação: 18 dias
36
OÍDIO Durante o ano de 2009 foram emitidas oito circulares para o oídio (Uncinula necator Burr), sete notas culturais que recomendaram medidas preventivas e emitidos 3 SMS. As recomendações foram baseadas nas épocas de maior sensibilidade da videira em função do seu desenvolvimento fenológico – saída das folhas, floração-alimpa e bago de ervilha-cacho fechado – e das condições climáticas previstas e/ou ocorridas na Região. No gráfico seguinte apresenta-se a intensidade de ataque registada para o oídio, dele sobressaindo os meses de Junho e de Julho como os de maior pressão da doença. No POB da Cordinhã verificou-se uma incidência em Agosto, consequência da não realização dum tratamento preconizado. Constatou-se que esta foi a doença de maior expressão para a cultura da vinha, no ciclo vegetativo de 2009, verificando-se que a sua intensidade de ataque aumentou, relativamente ao ano anterior, o que tem vindo a acontecer sucessivamente nestes últimos anos.
Oídio- 2009
00,5
11,5
22,5
3
1- Abr
8-Abr
15-Abr
22- Abr
29-Abr
6-Mai
13-Mai
20-Mai
27-Mai
3-Jun
10- Jun
17-Jun
24-Jun
1-Jul
8-Jul
15-Jul
22-Jul
29-Jul
5-Ago
12-Ago
19-Ago
26- Ago
Datas
Inte
nsi
dad
e d
e at
aqu
e
cordinha pedralvites cerdeiras aguieira
PODRIDÃO CINZENTA Para esta doença foram recomendados tratamentos nos períodos floração-alimpa, fecho dos cachos, início do pintor e 3 a 4 semanas antes da vindima, bem como recomendadas várias medidas culturais no sentido de contrariar a proliferação da doença. A podridão cinzenta teve pouca expressão económica em 2009, para o que terão contribuído as características climáticas do ano. Os primeiros focos da doença, no cacho, foram detectados em finais de Junho, especialmente em vinhas mal arejadas. Refira-se, também, que os valores mais elevados de intensidade de ataque, foram registados ao pintor no posto de Amoreira, e na proximidade da maturação no POB de Cerdeiras, tal como está patente no gráfico que se segue.
37
Podridão cinzenta - 2009
0
0,5
1
1,5
2
15-Abr
29-Abr
13-Mai
27-Mai
09-Jun
01-Jul
15-Jul
30-Jul
11-Ag
27-Ago
08-Set
23-Set
Datas
Inte
nsi
dad
e d
e at
aqu
e
amoreira pedralvites cordinha cerdeiras
ESCORIOSE E DOENÇAS DO LENHO Este grupo de doenças, conforme referido em relatórios anteriores, tem vindo a aumentar na Região (caso da doença de Petri ou declínio das vinhas jovens) pelo que o apelo à adopção de medidas limitativas do seu desenvolvimento (lutas cultural, química e até legislativa) foi contemplado em dois boletins. COCHONILHAS A incidência desta praga, designadamente a cochonilha algodão (espécie Pseudococcídae), tem vindo a aumentar na Região. Em 2009, a praga - cujas primeiras larvas foram observadas nos primeiros dias de Junho - foi referida em três circulares: dois tratamentos e uma recomendação cultural. TRAÇA DA UVA As recomendações de tratamento para a traça da uva tiveram por base as observações fenológicas e biológicas efectuadas nos POB´s. Foram recomendados: à 1ª geração, um tratamento condicionado ao NEA: duas recomendações à 2º geração, para estratégias ovicida (ao início do vôo), e larvicida, assim como mais uma recomendação condicionada à não realização do tratamento preconizado no boletim anterior. Foi, ainda, feita uma recomendação à 3ª geração, condicionada ao NEA e a parcelas de colheita tardia. A biomonitorização da Eudémis foi efectuada através de armadilhas sexuais e da observação visual de cachos. À semelhança de outros anos, a Eudémis teve 3 gerações completas e particularmente bem definidas nos POB´s de Amoreira e de Pedralvites (gráfico que se segue).
38
Traça da uva - 2009
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
19-Mar
26-Mar
2-Abr
9-Ab r
16 -Abr
23 -Abr
3 0-Abr
7 -Mai
1 4-Ma i
21-Mai
28-Mai
4-Jun
11-Jun
18 -Ju n
25 -Ju n
2 -Ju l
9 -Ju l
1 6-Jul
23-Jul
30-Jul
6-Ago
13-Ag o
20-Ago
27 -Ago
3-Set
Datas
Nº
de
cap
tura
s
cordinha pedralvites cerdeiras aguieira
O voo da primeira geração teve início em 19 de Março, tendo o respectivo pico sido atingido em 26 de Março, na Cordinhã e Pedralvites e observados os primeiros ninhos em 5 de Maio. A intensidade de ataque desta geração foi, pois, muito reduzida, não se tendo atingido o NEA, em nenhum dos postos de observação biológica. Os segundo e terceiro voos tiveram lugar respectivamente em inícios de Junho e de Agosto. A intensidade de ataque destas gerações foi reduzida, apesar de ter sido atingido o NEA, no POB da Cordinhã, resultante da não realização do tratamento recomendado. CIGARRINHA VERDE A cigarrinha verde ganha cada vez maior expressão na Região. Em 2009, foi monitorizada em todos os POB´s com recursos a armadilhas cromotrópicas, e alvo de uma recomendação por parte da EAB. O tratamento, generalizado a todas as parcelas, assentou no NEA. A sua intensidade de ataque pode ser observada no gráfico seguinte, cabendo salientar que, uma vez mais, a presença do inimigo se generalizou a toda a região vitícola, independentemente da casta.
Cigarrinha verde - 2009
0
50
100
150
200
250
1-Abr
15-Abr
29-Abr
13-Mai
27-Mai
10-Jun
24-Jun
8-Jul
22-Jul
5-Ago
19-Ago
2-Set
16-Set
Datas
Nº
de
cap
tura
s
Cordinha Pedralvites Cerdeiras Aguieira
39
BLACK ROT Relativamente recente na Região, esta doença (Guignardia bidwellii (“black rot”, “podridão negra”)), contemplada em duas circulares da EAB, mostrou uma forte presença desde inícios de Maio. Os sintomas manifestaram-se em grande número de parcelas e atingiram vários órgãos da planta: folhas (limbos e pecíolos), pâmpanos e cachos (ráquis e película do bago). Dado que ainda não existem produtos homologados sentiram-se algumas dificuldades no seu controlo e a estratégia recomendada baseou-se fundamentalmente em medidas culturais, no sentido dum bom arejamento da videira. Consideramos importante que no próximo ano já hajam produtos homologados dado que esta doença tem vindo progressivamente, todos os anos, a adquirir maior importância.
Black rot- 2009
0
0,5
1
1,5
2
2,5
05-Mai
13-Mai
20-Mai
27-Mai
04-Jun
09-Jun
25-Jun
01-Jul
09-Jul
15-Jul
23-Jul
30-Jul
05-Ag
11-Ag
18-Ag
27-Ago
02-Set
Datas
Inte
nsid
ade
de a
taqu
e
amoreira pedralvites cordinha cerdeiras
40
TRABALHOS DE EXPERIMENTAÇÃO, DEMONSTRAÇÃO E DIVULGAÇÃO DESENVOLVIDOS
No ano de 2009 foram desenvolvidos os seguintes trabalhos de experimentação, demonstração e divulgação: Em vinha: � Combate à Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.), comparando diferentes estratégias. � Confusão sexual da traça da uva. � Divulgação e Prospecção da nova praga Scaphoideus titanus e da doença Flavescência Dourada Os trabalhos experimentais, foram realizados em vinhas da Estação Vitivinícola da Bairrada: a) Ensaio de combate à Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.), comparando diferentes estratégias, na Quinta do Paço, numa parcela da 3ª fase de selecção clonal da casta Baga; b) Estudo de confusão sexual de traça da uva em todas as castas das vinhas da Estação Vitivinícola (Quinta do Paço), em Anadia; Os trabalhos de divulgação e prospecção, apresentados no Anexo III, incidiram sobre toda a região da Bairrada.
COMBATE À PODRIDÃO CINZENTA (BOTRYTIS CINEREA PERS.),
COMPARANDO DIFERENTES ESTRATÉGIAS
A Estação de Avisos da Bairrada vem desenvolvendo estudos no sentido de aumentar a eficácia do controlo da podridão cinzenta (Botritys cinérea) na vinha, na casta BAGA, da maior importância para a região da Bairrada e que é a mais afectada por esta doença. Neste sentido, para o ano de 2009, foi realizado um ensaio, com a aplicação de produtos estimuladores das defesas naturais (SND), comparando-os com os esquemas de tratamentos “standard” preconizados para o controlo da podridão cinzenta. OBJECTIVO Este estudo tem como objectivo melhorar o combate à podridão cinzenta da uva, comparando diferentes produtos alternativos aos fungicidas clássicos, no sentido de encontrar possíveis soluções inovadoras no âmbito dos Estimuladores das Defesas Naturais (SND) e que vão ao encontro da redução da utilização de pesticidas. Para atingir este objectivo instalou-se um ensaio, em que se aplicaram dois produtos de origem natural: i) a Quitosana obtida do esqueleto de crustáceos, que é utilizada no controlo da escoriose e outras pragas e doenças; ii) a Trichoderma atroviride (TIFI), um fungo do solo, micoparasita, conhecido pela sua capacidade de biocontrole contra uma gama de fungos patogénicos, incluindo a Botrytis cinérea. Paralelamente, na sequência dos ensaios anteriores, e para comparar com as épocas de aplicação seleccionadas para estes dois produtos, fizeram-se duas modalidades testemunhas com aplicação de fungicidas: ABCD e AC. MODALIDADES ENSAIADAS – 6 � Modalidade 1 – Test 0 – Ausência de tratamentos anti-podridão; � Modalidade 2 – Quitos – Aplicação de Quitosana, na dose de 1 litro/ha, em cada aplicação, em duas aplicações: ao fecho dos cachos e cerca de 3-4 semanas antes da vindima, alternando com dois tratamentos químicos com fungicidas, à floração e ao pintor; � Modalidade 3 – Tricoder 3 – Aplicação de Trichoderma atroviride, de acordo com os estudos em curso, em Espanha: 1ª aplicação com um fungicida anti-podridão à floração (tratamento A), 2ª aplicação com Trichoderma atroviride ao fecho dos cachos (tratamento B) na dose de 3 kg/ha, 3ª aplicação com Trichoderma atroviride ao pintor (tratamento C) na dose de 2 kg/ha e 4ª aplicação com Trichoderma atroviride cerca de 3-4 semanas antes da vindima (tratamento D) na dose de 2 kg/ha. � Modalidade 4 – Fung 2 - Aplicação de fungicidas ant-podridão, em dois estádios recomendados pelo SNAA
(A – floração-alimpa e C – pintor)
41
� Modalidade 5 – Fung 4 – Aplicação de fungicidas ant-podridão nos estádios recomendados pelo SNAA (tratamentos Standard), em quatro aplicações:
(A – floração-alimpa, B – bago de ervilha - fecho do cacho, C – pintor e D – 3 a 4 semanas antes da colheita) � Modalidade 6 – Tricoder 2 – Aplicação de Trichoderma atroviride, de modo idêntico à Quitosana e como tem sido predominantemente aplicado, ou seja alternando os tratamentos biológicos com tratamentos químicos: 1ª aplicação com um fungicida anti-podridão à floração (tratamento A), 2ª aplicação com Trichoderma atroviride ao fecho dos cachos (tratamento B) na dose de 3 kg/ha, 3ª aplicação com Trichoderma atroviride ao pintor (tratamento C) na dose de 2 kg/ha e 4ª aplicação com Trichoderma atroviride cerca de 3-4 semanas antes da vindima (tratamento D) na dose de 2 kg/ha. DISPOSITIVO EXPERIMENTAL E PRODUTOS UTILIZADOS Local: Estação Vitivinícola da Bairrada, Anadia Dispositivo experimental: Blocos casualizados com 4 repetições. Casta: Baga Produtos utilizados: Modalidade 2 – Quitosana (Quitos) – é um produto natural obtido do esqueleto dos crustáceos com a seguinte composição química: matéria orgânica > 50 g/l, potássio solúvel em água>20 g/l, quitosana oligossacarido>20 g/l, pH 4-5. Tendo em conta os resultados obtidos em 2008, optou-se por alternar as aplicações de Quitosana, com tratamentos químicos. Modalidades 3 e 6 – Trichoderma atroviride (Tricoder 3 e Tricoder 2) – é um fungo ascomiceta, filamentoso, comummente encontrado no solo e isolado, em climas tropicais e temperados e que consegue parasitar uma grande variedade de fungos patogénicos, incluindo a Botrytis cinérea. Entra rapidamente em crescimento e produz esporos profusamente. O uso de Trichoderma para o controlo da Botrytis na vinha, tem sido feito de várias maneiras, predominando aquela em que se intercalam os tratamentos biológicos com os tratamentos químicos. Contudo, considera-se que este tipo de aplicação não permite optimizar o potencial antagónico deste fungo benéfico, pois alguns dos tratamentos químicos intercalados, para além de tentarem eliminar os fungos patogénicos, diminuem consideravelmente as populações de Trichoderma no sistema. Por este motivo ensaiaram-se as duas modalidades, só com Trichoderma e alternando com fungicidas. Modalidades 4 e 5 – Fung 2 e Fung 4 – tratamentos fungicidas:Tratamento A e Tratamento B – TELDOR– 1,5 kg/ha; Tratamento C– SCALA – 2,5 l/ha; Tratamento D– SWITCH 62.5 WG– 0,8 a 1,0 kg/ha
ESQUEMA DE CAMPO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
1 1X 1X 3 6 5 7 1
2 � � � 1 1X 3X 2 5 5 5 3 4 6 6 2
3 1X 2 1 4 6 1 3 5 4 5 6 6 4 6 3 5 5 3
4 2X 3X 4BX 3X 5 6 6 3B 3± 5 1 5 5 6 4 3 6 5 5 5 6 5+1 4
5 2X 3X 3 5 5 6 5 6 5 4B 5 3B 5 3B 4 5 5 5 6 4 5 4 6 4B 5 4 6 6 5
6 3B 2 5 5 6 4B 6 5 5 6 5 6 6 5 6 5 3B 5 4B 5 5 5 4 5 5 6 6 4 6 6 5+1 6 6
7 4 5 6 4 5F 5 5 6 6 6 6 5 6 5 6 6 5 5 6 3F 4B 4B 6 5 3* 6 4 4 4 6 5 6 6 6 6 6 7
8 6 6 6B 4B 5B 5 6 6 5 5 5B 2F 6 5 6 6 6 5 6 4 5 6 4B 6 6 6 5 6 6 5 6 6 6 4 6 6 8
9 2 5 6B 6 5B 6 5 6 5 6 6 6 6 5 6 3F 5 5 6 3 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 4 6 5 6 6 9
10 5 4 5 5 6 6 4 6 6 5 6 6 6 6 5 5 5 6 6 5 6 4B 5 5 6 4 5 6 4 6 6 5 5 5 6 6 10
11 4 3 5 5F 6 6 4 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5 5 6 6 6 5 4 6 6 6 5 6 6 5 6 5 5 4 2 11
12 5 4 4B 6 6 5 6 6 5 6 2F 6 4B 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5 5 5 6 6 6 5 6 3 5 4 2 4 1 12
13 5 4 6 6 6 5 4F 6 6 6 4F 5B 6 6 6 6 6 6 5 5 6 5 5 6 2F 6 6 6 1 5 5 2 5 0 3 2 13
14 0 3 5 6 3+1F 6 6 6 6 6 6 6 5 6 6 6 6 5 5 5 4 5 6 3F 4 6 3B 3B 3 6 2 3 4 14
15 6 5 6 5 6 6 6 6 6 5 5F 6 5 6 6 6 6 6 6 5 4 6 4B 5 6 5 5 3 3 5 4 6 15
16 0 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 3F 5 6 5 6 6 4F 6 6 6 5 3+1 6 6 4 5 16
17 3 2F 5B 6 4 4 3 5 6 4 4F 4+1 6 6 6 6 5 5 5 6 2 4 4 6 5 6 6 4 4 17
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
EMA
Área de cada talão = (5 espaços x 6 x 1,20 m) x (3 x 2,40 m) = 259,2 m2 Área de cada tratamento = 4 x 259,2 m2 =1.036,8 m2
1ª Rep
2ª Rep
3ª Rep
4ª Rep
42
REGISTOS E OBSERVAÇÕES EFECTUADAS � Em cada talhão foram observados 100 cachos � A observação inicia-se na 3ª videira do 1º espaço. A partir daí observam-se 6 cachos em cada videira, até perfazer 100 cachos observados. � Foi avaliada a Intensidade de Ataque através da Severidade: cálculo da percentagem de colheita destruída em 100 cachos usando a escala de avaliação de severidade (quartos destruídos):0; 0.25/4; 0.5/4; 1/4; 1.5/4; 2/4; 2.5/4; 3/4; 3.5/4; 4/4. � Foi ainda avaliada a presença ou ausência de traça da uva e sua relação com o foco de podridão cinzenta. � Foi registada a Severidade de podridão por cacho, presença de traça da uva e sua relação com o foco de podridão.
Escala de Avaliação de Severidade (quartos destruídos)
43
RESULTADOS EM 2010
Podridão cinzenta (% de ∗)
Traça da uva
(% de C.A)
Traça & Podridão (% de C.A)
Podridão ácida
(% de ∗)
Testemunha – T 0 0,64 7,75 0,75 0,91
Quitosana – Quitos 0,30 6,0 2,5 0,89
Trichoderma – Tricoder 3 0,07 6,0 0,25 0,30
Fungicida ABCD – Fung 2 0,14 4,5 0,25 1,50
Fungicida AC – Fung 4 0,14 4,0 0,0 0,78
Trichoderma – Tricoder 2 0,55 15,0 3,5 0,96
∗ - colheita destruída pela podridão cinzenta ou ácida; C.A.. – Cachos Atacados; Traça & Podridão - % de cachos atacados por podridão cinzenta, provocada pela traça; influência da traça na podridão cinzenta) ANÁLISE DOS RESULTADOS
Em 2009, a intensidade de ataque da podridão, avaliada pela % de colheita destruída, foi muito reduzida, não chegando a atingir, na maioria dos talhões, valores superiores a 1%.
Nos talhões em que a intensidade de ataque da podridão ultrapassou 1% verificou-se igualmente alguns dos maiores ataques de traça: Testemunha/2ª Rep., Quitosana/1ª Rep. e Tricoder2/2ª Rep.
Dadas as condições climáticas ocorridas em 2009 que foram óptimas, antes e durante o período da vindima, e perante os resultados obtidos, não se pode tirar qualquer conclusão relativamente à eficácia dos produtos ensaiados.
Pretende-se dar continuidade a este ensaio para melhor avaliação dos produtos aplicados.
ESTUDO DE UM MEIO LUTA BIOTÉCNICA - CONFUSÃO SEXUAL – NO CONTROLO DA TRAÇA DA UVA
Este estudo foi implementado em todas as castas presentes na Quinta da Estação Vitivinícola da Bairrada em Anadia. O talhão da Mina (vinhas por trás do Hotel do Cabecinho) foi a Parcela Testemunha, em que foi monitorizado o voo de traça da uva e avaliada a evolução da praga, ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira por observação visual.
Ensaio de podridão na vinha - 2009
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.20
1.40
1.60
Testemunha Quitosana Tricoder3 Fungicida-2aplicações
Fungicida-4aplicações
Tricoder2
Tratamentos - Produtos aplicados
% d
a co
lhei
ta d
estr
uíd
a p
ela
P.
cin
zen
ta e
P. á
cid
a
P. cinzenta
P. ácida
44
Nos talhões da Avenida, do Poço, do Colégio, da Cooperativa e da Adega, contíguos aos edifícios da Estação Vitivinícola, foram distribuídos os difusores tipo “spaguetti” (13 e 14 de Abril): 500 difusores por ha com reforço das bordaduras, colocada uma armadilha sexual com 2 difusores de feromona e avaliada a evolução da praga ao longo de todo o ciclo vegetativo.
À colheita foi avaliada a intensidade de ataque da traça, quantificada a intensidade de colheita destruída pela podridão cinzenta (incidência de podridão cinzenta) e a influência da traça da uva nessa mesma podridão, nas duas castas mais representativas da Região presentes nos Talhões com Confusão Sexual: FERNÃO PIRES e BAGA, sendo a casta ARINTO a escolhida na Parcela Testemunha (no talhão da Mina).
Na avaliação da intensidade de traça foram contabilizados ovos, perfurações e lagartas presentes nas castas FERNÃO PIRES e ARINTO por observação visual de 100 cachos.Na casta BAGA, a mais representativa da Região da Bairrada, a avaliação fez-se através do ensaio de controlo da podridão cinzenta, tendo sido seleccionadas as observações efectuadas em dois talhões testemunha, com dois tratamentos fungicidas à floração e ao pintor (FUNG2-1ª e 2ª Repetição). A intensidade de ataque da traça e a incidência de podridão cinzenta resultaram da observação de visual de 200 cachos.
AVALIAÇÃO À COLHEITA DA INTENSIDADE DE ATAQUE DE TRAÇA NA UVA
ENSAIO DA CONFUSÃO SEXUAL - 2009
Cachos atacados
Casta Data de
observação Ovos (% de c.a.)
Perfurações
Lagartas (% de c.a.)
% de colheita destruída pela
podridão cinzenta
T&P (% c.a.)
(% de c.a.)
Nº de perfur. 4,0
34,0 42,0
7,0 Arinto (Testemunha) 09-9-2009
37,0 % de cachos atacados
2,94 21,0
(% de c.a.)
Nº de perfur. 1,0
3,0 5,0 1,0 Fernão Pires
(C.S) 21-8-2009
4,0 % de cachos atacados
2,56 3,0
Baga (C.S.)
11 e 14 -9-2009 4,5 % de cachos atacados 0,22 0,5
C.S. – Confusão Sexual; c.a. – cachos atacados; T&P - % de cachos atacados por podridão cinzenta, provocada pela traça; influência da traça na podridão cinzenta)
Capturas de Traça da Uva - Vinhas com Confusão Sexual e Testemunha - 2009
0
5
1015
20
25
30
19-M
ar
30-M
ar
30-A
br
13-M
ai
25-M
ai
08-J
un
22-J
un
10-J
ul
30-J
ul
12-A
g
27-A
go
09-S
et
Datas - 2009
Nº
de
inse
cto
s ca
ptu
rad
os
C.S.Anadia
Test-T. Mina
45
Considerações gerais – Da análise do quadro anterior podemos concluir que a técnica de confusão sexual se apresenta como um meio de luta interessante e com inúmeras vantagens, em especial de ordem ecotoxicológica.
São notórias as diferenças entre as parcelas em confusão sexual e a parcela testemunha que foi sujeita a tratamento com insecticidas específicos para esta praga, relativamente à percentagem de cachos atacados.
Neste ano de 2009, em que a incidência da podridão cinzenta foi baixa, devido à ocorrência de condições climáticas favoráveis, constata-se que a confusão sexual foi particularmente benéfica na casta BAGA, que, normalmente, apresenta maior sensibilidade à podridão cinzenta.
Pelo contrário, a casta ARINTO, que pelas suas características normalmente é menos sensível à podridão cinzenta, no corrente ano foi a mais afectada por esta doença, devido à influência da traça, pois cerca de 21% da podridão cinzenta observada foi provocada pela traça.
DIVULGAÇÃO E PROSPECÇÃO DA NOVA PRAGA Scaphoideus titanus
E DA DOENÇA FLAVESCÊNCIA DOURADA
O fitoplasma causal da Flavescência Dourada (Grapevine flavescence dorée MLO.), responsável por esta grave doença da vinha, é transmitido de forma endémica na vinha, através do cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball.(ST), durante o processo de alimentação do próprio insecto. A detecção da presença, no norte de Portugal, do cicadelídeo vector (1999), e a do fitoplasma (2007) em videiras originárias da região do Entre Douro e Minho instigou a DRAP Centro, em 2008, a prospecção do insecto vector na Região Demarcada da Bairrada, cuja presença viria a ser confirmada na freguesia da Mealhada em Agosto de 2008 e tornada pública em 12 de Maio de 2009, sob o Despacho nº 11473/2009 emanado pela Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Diário da República, nº 91, 2ª série). Ao abrigo do nº 13 da Portaria 976/2008 de 1 de Setembro, a presença do insecto foi dada a conhecer através de Edital emitido pela DRAP Centro em 26 de Maio de 2009, afixado nas suas instalações, na Câmara Municipal da Mealhada e suas Juntas de Freguesia. Ainda, a presença do insecto vector Scaphoideus titanus Ball., conduziu, em 2009, a DRAP Centro, a uma prospecção mais ampla, cujas principais actividades são reveladas no presente relatório e com maior pormenorização no Relatório das Actividades de Divulgação e Prospecção do Scaphoideus titanus Ball./ Flavescência Dourada, na Região Demarcada da Bairrada, que se encontra no Anexo III.
REUNIÕES TÉCNICAS No âmbito dos trabalhos de prospecção foi realizada uma reunião em Lisboa (17/06/09) entre técnicos das DRAP’s, DGADR e INRB. O objectivo desta reunião foi dar conhecer pormenores da FD e do insecto vector, bem como da legislação fitossanitária em vigor. Nesta reunião foram disponibilizados, pelo INRB, os documentos “Prospecção de adultos do cicadelídeo Scaphoideus titanus em vinhas – Plano de amostragem” (anexo IV) e “Protocolo de colheita de amostras FD” (anexo V). Internamente, ao nível da DRAP Centro – DPQP, tiveram lugar reuniões de trabalho (2) para definição de estratégias de prospecção e de distribuição de tarefas. DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO REGIONAL Tendo em vista a sensibilização do sector vitivinícola regional, foram levadas a cabo, em 2009, as acções:
- Divulgação sobre Scaphoideus titanus e Flavescência dourada, sob forma de acção para técnicos, em 3 Abril 2009, no Auditório da Estação Vitivinícola da Bairrada;
- Publicação, em Suplemento Vitivinicola Regional, de artigo sob o título “Protecção fitossanitária/ A doença da flavescência Dourada”;
- Realização de duas acções de divulgação, uma no concelho da Mealhada e outra no concelho de Anadia (neste, por proximidade à freguesia da Mealhada, local, onde, em 2008, na sequência da prospecção fitossanitária levada a cabo pela DRAP Centro foi confirmada a presença do insecto), ambas com igual e seguinte conteúdo-programa:
46
- Sessão de abertura; - Ponto da situação na DRAP Centro, Regulamentação Fitossanitária e Medidas de Emergência; - Aspectos relevantes sobre a bioecologia e morfologia do insecto Scaphoideus titanus; - Aspectos relevantes sobre a bioecologia do vírus da Flavescência dourada; - Estratégia de protecção e controlo da praga; - Debate e encerramento.
Na Tabela 1 apresentam-se detalhes das acções ocorridas. É de sublinhar que da realização das mesmas, resultaram colaborações na prospecção do insecto vector, fundamentalmente traduzidas na autorização de colocação, na vinha, de placas cromotrópicas de captura de insectos vectores. Ainda, estas acções foram “noticiadas” na Newsletter nº 8/Julho de 2009 da DRAP Centro, pg 3.
Tabela 1 - Sinopse das acções “A doença da Flavescência Dourada e o seu vector: “Scaphoideus titanus Ball”.
Data/Local de realização Entidades envolvidas Participantes (nº)
Participantes aderentes à prospecção (nº)
3 de Julho/ Biblioteca da C. M. Mealhada
DRAP Centro / C.M. Mealhada 51
6
6 de Julho/ Museu Vinho da Bairrada
DRAP Centro/ C.M. Anadia
62
8
PROSPECÇÃO A prospecção, incidindo sobre 32 pontos, teve início a 1 de Julho e o seu términus a 14 de Outubro de 2009. Dos 32 pontos alvo, 7 respeitaram aos POB’ s da Estação de Avisos da Bairrada, distribuídos pelos concelhos de Águeda (1), Anadia (4 ), Cantanhede (1) e Miranda do Corvo (1). Os restantes 25 pontos de prospecção distribuíram-se pelos concelhos de Mealhada (17 pontos) e Anadia (8 pontos).
Metodologia Na prospecção foram usadas armadilhas cromotrópicas, isto é, armadilhas adesivas amarelas que ao capturarem adultos e ninfas facultam informação qualitativa sobre a presença de adultos. Tais armadilhas, à razão de duas por vinha, foram colocadas preferencialmente nos locais mais frescos da parcela e na zona mais densa da folhagem. Foram substituídas, sempre que possível, num espaço de 10 a 15 dias. Após a recolha, a observação à lupa binocular e o assinalar de S. titanus Ball. e/ou sósias, as placas, devidamente identificadas e acompanhadas de ficha própria (“Ficha de prospecção do Scaphoideus titanus” (anexo IX)) foram encaminhadas ao Laboratório de Sanidade Vegetal da DRAP Centro (Loreto), para validação das suspeitas macroscópicas. Resultados Todas as capturas de S. titanus Ball. foram obtidas no concelho da Mealhada, pelo que os resultados que se apresentam respeitam a este concelho. As primeiras capturas foram registadas na última semana de Julho, nas freguesias da Mealhada, Antes e Ventosa do Bairro, e as últimas, em meados de Setembro, na freguesia da Vacariça, tal como pode ser observado nos Gráfico 1 e 2. Ainda, da apreciação gráfica, constata-se que o maior número de insectos capturados teve lugar na última semana de Agosto, nas freguesias da Mealhada e Antes. Lamentavelmente, o facto de não terem sido efectuadas observações durante cerca de 4 semanas (de 29 de Julho a 25 de Agosto) não permite inferir, com exactidão, o pico de voo do insecto: De qualquer modo, ressalta que o adulto deverá continuar a ser alvo de prospecção entre os meses de Julho e de Setembro.
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Gráfico 1. Captura de S T Ball, no concelho da Mealhada, 2009.
Scaphoideus titanus Ball 2009
0
20
40
60
80
100
1-Jul 13-Jul 29-Jul 25-Ago 15-Set 01-Out 14-Out
Datas de prospecção
Nº
de
cap
tura
s
Mealhada e Antes Ventosa Bairro Vacariça
Gráfico 2. Captura de S T Ball, no concelho da Mealhada, 2009. Capturas totais/freguesia/data.
Scaphoideus titanus Ball (2009) (nº capturas totais/freguesia/data)
42
4
0
81
0
0
10
0
2
Mealhada e Antes
Ventosa Bairro
Vacariça
29-Jul 25-Ago 15-Set
Medidas decorrentes dos resultados de prospecção:
- Emissão de aviso agrícola A captura de adultos em 29 de Julho, nas freguesias de Mealhada, Antes e Ventosa do Bairro, conduziu a Estação de Avisos da Bairrada, sob a forma de anexo à sua circular nº12 de 13 de Agosto de 2009 (anexo X), à recomendação de um tratamento contra o S T Ball. naquelas freguesias do concelho da Mealhada, com indicação das substâncias activas homologadas e produtos comerciais. O mesmo aviso foi, ainda, remetido à freguesia de Aguim, do concelho de Anadia, pela proximidade às freguesias onde foram detectadas presenças do insecto vector de FD.
- Informação directa/ notificações À medida que foram laboratorialmente validadas as suspeitas de insectos S T Ball., todos os
proprietários envolvidos foram pessoalmente informados do facto, e da necessidade de efectuar um tratamento.Porém, as datas de validação de captura, aliadas às épocas de colheita das uvas, determinaram que nem todos os viticultores tenham realizado os tratamentos sugeridos. Assim, dos cinco viticultores “positivos” e notificados, apenas dois ─ um produtor de uva para vinho e outro de materiais de propagação vegetativa ─ realizaram a luta contra o ST Ball. (Tabela seguinte).
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Tabela 2. Notificações de captura de Scaphoideus t. Ball.
Notificação de presença de Scaphoideus t. Ball
Tratamentos
Viticultor/ Parcela/freguesia
Substância activa/ Nome comercial
Dose Data de aplicação
Observações
1 /Prazo e R Velho (uva para vinho) / Mealhada e Antes imidaclopride/Confidor 1.5 l/ha 11/09/09 — 2 /Sede de viveirista J. M. ( Plantas vaso) / Mealhada flufenoxurão/Cascade 100g/l 09/10/09 —
3 /T Nova (uva de mesa) / Mealhada — — — Não foi efectuado tratamento.
4 /Q.Bago (uva para vinho e de mesa) / Vacariça — — —
Não foi efectuado tratamento.
5 /Q. Carvalhinho uva para vinho) / Ventosa do Bairro — — —
Não foi efectuado tratamento.
Sede de viveirista Costa (plantas vaso) / Mealhada — — —
Destruição de plantas, por opção própria.
Paralelamente, foram notificados os viveiristas (4) sediados nas freguesias de captura de Scaphoideus t. Ball, tendo o único detentor de plantas vitícolas (plantas em vaso) optado pela destruição das plantas, em alternativa ao tratamento das mesmas.
Colheita de material vegetal para pesquisa do fitoplasma FD A presença de adultos do cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball, conduziu à colheita de amostras vegetais, em 4 vinhas, para pesquisa do fitoplasma da Flavescência dourada (FD).Na colheita, foram respeitados os procedimentos constantes do “Protocolo de colheita de amostras FD” (anexo V). Os resultados das análise laboratoriais, à data de elaboração deste documento, são desconhecidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS O alargamento da prospecção a maior número de pontos e maior amplitude geográfica foi relevante para um melhor conhecimento do comportamento do insecto vector na Região Demarcada da Bairrada e aperfeiçoamento do trabalho de prospecção a levar a cabo em 2010. Ainda, a colheita de material vegetal para pesquisa laboratorial de FD será determinante no conhecimento da doença causada pelo ST Ball.
AGRADECIMENTOS
A DRAPC agradece a todos os que colaboraram com a DPQP, com destaque para os viticultores que facultaram as suas vinhas enquanto pontos de prospecção, bem como às Câmaras Municipais da Mealhada e Anadia que prontamente disponibilizaram meios de divulgação de acções sobre o ST Ball. Agradece-se, ainda, à Cooperativa Agrícola da Mealhada todo o apoio prestado.
ANEXOS: (a consultar no Anexo III - Relatório das Actividades de Divulgação e Prospecção do ST ./ FD) Anexo I: Portaria 976/2008 de 1 de Setembro Anexo II: Despacho nº 11473/2009 Anexo III: Edital DRAP Centro de 26 de Maio de 2009 Anexo IIIa: Acção Divulgação técnica Anexo IV: “Prospecção de adultos do cicadelídeo Scaphoideus titanus em vinhas – Plano de amostragem” Anexo V: “Protocolo de colheita de amostras FD Anexo VI: “Protecção fitossanitária/ A doença da flavescência Dourada” Anexo VII: Acções de divulgação- programa Anexo VIII: Newsletter nº 8/Julho de 2009 da DRAP Centro Anexo IX: “Ficha de prospecção do Scaphoideus titanus” Anexo X: Anexo à circular nº12 de 13 de Agosto de 2009 Anexo XI: Documento tipo de Notificação aos viticultores Anexo XII: Notificações aos viticultores
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INSCRIÇÃO DOS UTENTES E ACTUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DE UTENTES INSCRITOS Em 2009, a ficha de inscrição foi acompanhada duma carta-circular onde se realçava o interesse e a relevância dos Avisos Agrícolas e se incentivava os utentes a aderirem à recepção da circular do Aviso Agrícola exclusivamente por correio electrónico. Com o objectivo de contrariar a esperada redução do número de utentes (devido à implementação do Programa de Abandono da Viticultura) foram tomadas as seguintes iniciativas:
- Enviou-se a ficha de inscrição a todos os utentes que estiveram inscritos na Estação de Avisos da Bairrada desde 2005, pois foi a partir deste ano que se informatizou o ficheiro de utentes em ORACLE. Tivemos o apoio do Sector de Informática de Coimbra (Engº Agostinho) que criou um ficheiro com todos os utentes desde essa data, evitando as repetições de nomes, em cada ano, até 2008. Com esta medida foi possível voltar a contactar utentes, que por variadas razões não se inscreveram num determinado ano e, por esse motivo, nos anos seguintes deixavam de receber a ficha de inscrição;
- Fez-se uma ampla campanha de divulgação dos Avisos Agrícolas através do órgãos de comunicação regionais, nomeadamente enviando-lhes, via email, um artigo sobre o interesse e a relevância dos Avisos Agrícolas e incentivando os possíveis interessados à sua adesão. Este artigo foi publicado em vários jornais regionais da área de influência da Estação de Avisos da Bairrada (Anexo III).
Estas iniciativas tiveram como consequência o facto do número de utentes, em 2009, não ter diminuído mas, pelo contrário, ter aumentado em 10% em relação a 2008. Após o envio da ficha de inscrição para o ano de 2009, teve início a actualização da base de utentes pagantes inscritos neste serviço. A actualização da base de dados consistiu na introdução de novos utentes – nome, morada, telefone, telemóvel, NIF, nº de cliente, ano de inscrição, envio SMS, data e nº da Venda a dinheiro, culturas e data de introdução – e na actualização dos dados existentes e introdução de novos dados para os utentes já constantes no ficheiro. Ao todo, a Estação de Avisos da Bairrada teve um total de 1051 utentes inscritos no ano de 2009, sendo o número de utentes “pagantes” de 975. Em 2009, receberam as circulares de Avisos Agrícola, por correio electrónico, 203 utentes “pagantes” e, entre estes, 55 utentes dispensaram recebê-las por correio, via CTT, o que significou uma redução de cerca de 5% nos custos de envio das circulares, via CTT. Por outro lado, a quase totalidade dos utentes fixos (76 utentes “não pagantes”), que correspondem aos colaboradores da Estação de Avisos da Bairrada (leitores dos Postos Meteorológicos Tradicionais) e serviços oficiais (departamentos da DRAPC e do MADRP), deixaram de receber a circular por correio, via CTT e passaram a recebê-la exclusivamente por correio electrónico. Na totalidade, cerca de 120 utentes (11%) deixaram de receber as circulares via CTT e passaram a recebe-las, exclusivamente por correio electrónico (via email). EXPEDIÇÃO DE CIRCULARES DE AVISOS A expedição de uma Circular de Avisos compreende tarefas que vão desde a preparação dos envelopes para envio por via postal, a elaboração, duplicação, dobragem e envelopagem manual da Circular, a sua colocação na Estação de Correios local, o seu envio via correio electrónico para os utentes com endereço electrónico e serviços oficiais e colocação no website do SNAA. Em situações pontuais quando é necessário um alerta urgente é emitido um SMS, que após elaborado é enviado para o Sector de Informática, em Coimbra, desta DRAP que procede ao seu envio aos utentes que usufruem deste serviço. No presente ano foram emitidas 14 Circulares de Aviso e 5 SMS, num total de, aproximadamente, 12000 circulares enviadas por correio postal (via CTT) e 2500 por correio electrónico (via email).
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ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO A consultar no Anexo II: - GLOSSÁRIO – Em várias circulares foi publicado um glossário de termos técnicos relativos à protecção fitossanitária das culturas; - AVISOS AGRÍCOLAS – A INFORMAÇÃO CERTA, NA HORA CERTA - Artigo publicado em vários jornais regionais da Bairrada; - DOSSIER SOBRE MODO DE PRODUÇÃO INTEGRADA (PRODI) - Revisão e actualização em Abril de 2009, do dossier sobre a Protecção Integrada, elaborado para o PROJOVEM; - FERTILIZAÇÃO E GESTÃO DO SOLO – Artigo publicado na Revista ENOVITIS, 4ª edição de 2009, - PRODUÇÃO INTEGRADA DA VINHA – Artigo publicado em “A REGIÃO BAIRRADINA” - ENRELVAMENTO DA VINHA – Artigo publicado em “A REGIÃO BAIRRADINA” PARTICIPAÇÃO EM ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO A equipa técnica da Estação de Avisos da Bairrada promoveu ou colaborou na organização das seguintes acções de divulgação:
Data Designação da Acção Local 3 de Julho Luta contra a doença Flavescência dourada e seu
vector Scaphoideus titanus Mealhada – Biblioteca Municipal
6 de Julho Luta contra a doença Flavescência dourada e seu vector Scaphoideus titanus
Anadia – Museu do Vinho
27 de Julho Pragas, doenças e carências da Vinha Nelas – CEV Dão 10 Setembro Agrometeorologia – divulgação da aplicação da DRAPC Viseu – Estação
Agrária FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada estiveram presentes nas seguintes acções de divulgação:
Data Designação da Acção de Divulgação Promotor / Local 18 de Fevereiro A Reforma da Administração Pública I.N.A / Coimbra
12 de Março 5º Encontro Fitossanitário da Estação de Avisos de Leiria DRAPC – E.A Leiria / Batalha
17 de Março COLLIS - Um novo fungicida para o oídio da vinha BASF / Viseu
3 de Abril Sobre Scaphoideus titanus e Flavescência dourada para técnicos da DRAPC, das associações e empresas
DRAPC – DPQP / E.V. Bairrada - Anadia
16 de Abril Enxertia da oliveira DRAPC – Est. Agrária de Viseu / Viseu
6 de Maio Dec-Lei 173/2005 Aplicação de produtos fitofarmacêuticos DRAPC - DPQP / Viseu
2 de Junho Novo regime de vínculos, carreiras e remunerações e de contrato individual de trabalho na Administração Pública
DRAPC - DPQP / Viseu
3 a 6 de Junho 1ª Congresso Internacional dos Vinhos do Dão Vários / Viseu 30 de Junho A Reforma da Administração Pública I.N.A / Aveiro
23 de Julho Debate sobre problemas fitossanitários da vinha na região da Bairrada e divulgação de soluções técnicas
SYNGENTA / Museu do Vinho - Anadia
1 de Setembro Dia Aberto do Campo Experimental do Bico da Barca, sobre novas tecnologias na cultura do arroz
DRAPC – DPAP / Montemor-o-Velho
10 Setembro Agrometeorologia – divulgação da aplicação da DRAPC DRAPC - DPQP / Viseu
18 de Setembro Cultivar a Segurança ANIPLA / Viseu
17 de Dezembro Tuta absoluta e CTV DRAPC – DPQP / E.V. Bairrada - Anadia
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FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada frequentaram as seguintes acções: Data Designação da Acção Promotor - Local 18 e 19 de Maio Metodologias de previsão de doenças da vinha (míldio e
oídio) e doenças e pragas do pomar (pedrado e bichado) DGADR - Oeiras
20 de Maio Gestão de conteúdos do site do SNAA DGADR - Oeiras APOIO TÉCNICO A AGRICULTORES Durante o ano de 2009, e à semelhança de anos anteriores, a Estação de Avisos da Bairrada recebe um elevado número de solicitações de apoio técnico nas mais variadas culturas, embora seja na vinha, no olival, nas macieiras e na batata que recai o maior número. A resposta é dada em gabinete e/ou na parcela do agricultor, quando necessário. Sempre que persista dúvida quanto à causa que deu origem à solicitação do agricultor é contactado e/ou procede-se ao encaminhamento do agricultor para o serviço da DRAPC ou outro mais conveniente (DGADR, por ex.) O maior número de solicitações vem por telefone o que dificulta a sua contabilização, agravada por surgirem durante a fase de desenvolvimento activo das culturas, época de pico de actividade deste Serviço, pelo que qualquer número será uma mera aproximação do valor real. ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO - GLOSSÁRIO – Em várias circulares foi publicado um glossário de termos técnicos relativos à protecção fitossanitária das culturas; - AVISOS AGRÍCOLAS – A INFORMAÇÃO CERTA, NA HORA CERTA - Artigo publicado em vários jornais regionais da Bairrada; - DOSSIER SOBRE MODO DE PRODUÇÃO INTEGRADA (PRODI) - Revisão e actualização em 2009, do dossier sobre a Protecção Integrada, elaborado para o PROJOVEM; - FERTILIZAÇÃO E GESTÃO DO SOLO – Artigo publicado na Revista ENOVITIS, 4ª edição de 2009, - PRODUÇÃO INTEGRADA DA VINHA – Artigo publicado em “A REGIÃO BAIRRADINA”
- ENRELVAMENTO DA VINHA – Artigo publicado em “A REGIÃO BAIRRADINA”
- ALTERNATIVAS DE CONDUÇÃO NA CASTA BAGA – Comunicação apresentada no 1º Congresso Internacional dos Vinhos do Dão
ANEXO III – RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO E PROSPECÇÃO DO SCAPHOIDEUS TITANUS BALL./ FLAVESCÊNCIA DOURADA, NA REGIÃO DEMARCADA DA BAIRRADA
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ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
25-Fev A\05-Mar C B-09-Mar D C- ; C+ C 1) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana19-Mar D; E; F- 025-Mar G E; F; G- 0 1* C 2) * na armadilha da lobesia; Colocaçao cromotrópica30-Mar G E+; F; G- 0 209-Abr G F+,G 0 4 M16-Abr G G 1 0 923-Abr G+ G 0 0 1+syrah 0 M 22 3) Mudança de feromona;30-Abr H H 0 0 2+syrah e f pires 0 104-Mai I- H+ 0 0 0 1 M13-Mai I- I- 0 0 0 1 Black rot na shyrah18-Mai I I 0 0 1--folha 0 5 Black rot no shyrah 1--25-Mai J J- 0 0 1--folha 0 9 M Black rot no shyrah 1--01-Jun J+ J 0 0 1--folha 0 M 12 Black rot no shyrah 1--08-Jun K K- 0 0 1--folha 0 17 Black rot no shyrah 1--16-Jun L K 0 0 1-- folha 0 0 ovos 54 B rot 1--22-Jun L L 0 0 1-- folha 0 0 ovos 536 M B rot 1--29-Jun L L 0 0 1-- folha 0 0 ovos 94 B rot 1--01-Jul L L 0 0 0 61 M* 4) * colocaçao na syrah e no chardonnay10-Jul M- L 0 1-- c sauv 1-- folha 0 0 ovos; 0 perM 6 Mudança de feromona
23-Jul M M<40% 0 0 0 0 6 5) B rot chardonnay e F pires cachos30-Jul M M 0 0 1--cacho 0 14 M b rot cacho 1-05-Ag M M 0 0 0 0 0 ovos 1712-Ag N- N- 0 0 1-- 0 0 ovos 22 M18-Ag N- e N N- 0 0 1-- cacho 0 0ovos/0 perfM 13
27-Ago vindima FP 0 0 0 1 0ovos/0 perf M03-Set 0 0 0 0 0 12 * 6) *presença de cochonilha num bago; baga com maturaçao irregular; plantas com pouca folhagem e cachos imaturos (-K?)09-Set N N 0 0 0 0 0 3
4) * colocaçao na syrah e no chardonnay5) B rot chardonnay e F pires cachos6) *presença de cochonilha num bago; baga com maturaçao irregular; plantas com pouca folhagem e cachos imaturos (-K?)
1) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana2) * na armadilha da lobesia; Colocaçao cromotrópica3) Mudança de feromona; Recolha de fragmento; Levantamento do saco redondo
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA
Anadia
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
53
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
09-Mar C-; C+ C a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana19-Mar D; E; F- 025-Mar F; G* 1 C b) Colocaçao cromotrópica;* pinot e barroca, já com 10 cm01-Abr G+ 0 0 0 1 123-Abr G+ 0 0 1- 0 1 M 1 c) Mudança de feromona29-Abr H 0 0 1- 0 2 404-Mai I- 0 0 1- 0 3 4 M
13-Mai I- 0 0 0 0 2 3 Black rot no Pinot20-Mai I 0 0 0 0 7 11222-Mai I 0 0 0 0 0 5 M Black rot 1-02-Jun J+ 0 0 1-- 0 0 n tinha placa Black rot 1-09-Jun L 0 0 1-- 0 0 7 M Black rot 118-Jun L 0 0 1-- 0 5 0 ovos Black rot 126-Jun L 0 0 1-- 0 13 1 ovos 18702-Jul L 0 0 1- 0 107 o ninfas M* d) colocadas na Baga e na T.Barroca (10 linhas depois da Baga)10-Jul M inicio * 0 0 1+ no cacho da baga0 0 0 perf M 16 0 ninfas * P noir mto adiantado
e) mudança de feromona20-Jul M<50% 0 0 0 0 bag perf baga 6 B rot bago baga30-Jul M 0 1-- 1-- 1 14 M B rot bago baga 1-05-Ag M 0 1-- 1-- 12 0 ovos 1012-Ag N- 0 1-- 1-- 25 0 ovos 6 M18-Ag N- 0 1-- 1--cacho 15 0ovos/0perfM 21
27-Ago N- 0 0 0 16 0ovos/0perf03-Set 0 0 1-- cacho 4 2 perf 13 Pinot algo desidratado
09-Set N 0 0 1-- cacho 0 1 perf 4
a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botranab) Colocaçao cromotrópica;* pinot e barroca, já com 10 cmc) Mudança de feromona e recolha de fragmentod) colocadas na Baga e na T.Barroca (10 linhas depois da Baga)e) mudança de feromona
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA
Gatanha
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
54
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
03-Mar B- B-10-Mar C B C a) 0 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana
19-Mar D- D 9 1* b) * na armadilha da lobesia
26-Mar F F- 2 C c) Chardonnay com fenologia heterogenea
01-Abr F F e D/E 0 0 0 1+tga/1 chard 6 0 d) Queima provocada p/ geada Chardonnay
09-Abr F+/G F+ 0 0 0 2tga/1-chard 3 0 M15-Abr G-/G G 0 0 0 2tga/1-chard 2 123-Abr G G 0 0 0 2tga/1-chard 4 M 0 M29-Abr H Char H+ TN 0 0 1-- 2+ tn 3 0 ninhos 005-Mai I- chard H+ TN 0 0 0 1 0 ninhos 3 M13-Mai I- chard I- 0 0 0 1 0 ninhos 0 0 ninfas20-Mai I I 0 0 0 0 0 0 0ninfas 0 black rot
28-Mai J J 0 0 0 0 1 ninho s/lag 12 0 ninfas M 0 black rot
03-Jun J J 0 0 1--- 1 0 62 0 ninfas09-Jun J+ J+ 0 0 0 2 0 ovos M 73 0 ninfas e) Muito desavinho ; poucos cachos na Touriga
01-Jul L L 0 0 0 23 0 ovos 236 0 ninfas M10-Jul L L 1-- folha 0 1-- f 1 2 ovos? M 63 0 ninfas reforço** ** (3º linha frente à piscina)
20-Jul M- L 1+ f.novas 0 1+chardonnay; 1--touriga 3 3 perf 5 0 ninfas30-Jul M M- 1+chardonnay, 1- touriga f.novas0 2 curada, 1- recente no chardonnay0 0 perf. 14 25% ninfas touriga; o% chardonnay 0 black rot
06-Ag N- M 2 folha 0 1+chardonnay 0 0 ovos 18 012-Ag N- M 1+ folha 0 1+chardonnay 1 0 ovos 15 0 M19-Ag N- N- 1+ folha 1-- 1-chardonnay 3 0ovos/0perf M 37 0
27-Ago N N- 1-- folhas jovens 0 0 28 0ovos/0perf 28 0
a) 0 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana
b) * na armadilha da lobesia
c) Chardonnay com fenologia heterogenea
d) Queima provocada p/ geada Chardonnay
e) Muito desavinho ; poucos cachos na Touriga
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA2009
Aguieira
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
55
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
03-Mar B10-Mar B+ C a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana19-Mar E 12 b) 1 folha com sint. ataque de áltica26-Mar F 18 C c) sint. ataque altica 131-Mar F+ 4 3 d) erinose folhas basais 1+08-Abr F+ 0 0 1--folha 1-- 3 2 M e) erinose folhas basais 1+15-Abr G- 0 0 1--folha 1-- 1 0 f) erinose folhas basais 1+22-Abr G 0 0 1--folha 1+touriga 3 M 6 M29-Abr H+ 0 0 1--folha 1-- 2 0 ninhos 005-Mai H+ 0 0 0 0 ninhos 113-Mai H+ 0 0 1--folha 2 0 ninhos 0 Ninfas 1- Black rot 1+20-Mai H+ 0 0 1- folha 0 0 ninhos 0 1 ninfa M Black rot 1+27-Mai I 0 0 0 0 5 ninhos / 2L3/L4 2 2 ninfas Black rot 1+04-Jun J 0 0 0 0 4 2 ninfas Black rot 1+09-Jun J+ 0 0 1-- 4 0 ovos M Sem placa 4 ninfas M Black rot 1+25-Jun K 0 0 0 39 0 ovos/perf 12 1 ninfa Black rot 1+01-Jul L 0 0 0 5 0 ovos/perf 4 Black rot 1-cacho09-Jul L 0 1- 1+ 3 0 perf M 66 0 ninfas reforço** g) B rot folha e cacho:1+; ** colocaçao de mais 1 placa: zona de T nacional, frente a poste15-Jul L 0 1-- 1- 1 1 perf 43 0 ninfas Blackrot 1-23-Jul L; M<10% 0 1-- 0 folha; 1 cacho 0 5 bagos perf 23 0 ninfas M baga h) Recolha de pl St da linha de baga30-Jul M- 0 1-- 0 0 2perf s/ lag 45 2 ninfas Black rot 1--05-Ag M- 0 1-- 1 cacho 1 0 75 3 ninfas Black rot 1-11-Ag M 0 1-- 1- 6 0 ovos 46 3 ninfas18-Ag M 0 1-- 1-- 11 0 ovos/perf M 68 1 ninfas M
27-Ago N- 1--** 0 0 114 o ovos 45 0 ninfas i) ** folhas jovens; B Rot: bagos endurecidos09-Set N 1--folha 0 0 1 0ovos/operf 1 2ninfas17-Set N 1--folha 0 0 0 18 3ninfas22-Set Vindima 1--folha 0 0 0 6 0ninfas
a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botranab) 1 folha com sint. ataque de álticac) sint. ataque altica 1d) erinose folhas basais 1+e) erinose folhas basais 1+f) erinose folhas basais 1+g) B rot folha e cacho:1+; ** colocaçao de mais 1 placa: zona de T nacional, frente a posteh) Recolha de pl St da linha de bagai) ** folhas jovens; B Rot: bagos endurecidos
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA2009
Amoreira da Gândara
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
56
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
03-Mar B choro
10-Mar B+; C- B+ C a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana19-Mar E E 14 Baga poliC por podar26-Mar G- B; F- 58 C b) Colocaçao cromotrópica; Erinose em folha01-Abr G F 0 0 1+ Bical 14 508-Abr G F+ 0 0 0 1+Bical/Baga16 5 M15-Abr G F+ 0 0 1- folha 1+pamp/baga5 022-Abr H- G 0 0 1--fpires 1+Bical/Baga5 M 12 M29-Abr H H- 0 0 1- 1+ B e Fp**5 o ninhos 0 M (partida) c) sogrape: 2+ folha e 1- inflorescencias05-Mai H H 0 0 1+ B e Fp**1 1 c/lagarta L1 513-Mai I- H+ 0 0 1--folha 0 6 e 3 lagartas L2 1 1 ninfa20-Mai I H+ 0 0 1-- folha 0 2ninhos -1L2/L3 0 0 M Black rot 1--27-Mai J I+ 0 0 0 0 22ninhos-5L2/L4 1 1 ninfa Black rot 1--03-Jun J+ J 0 0 0 0 5ninhos: 0 lagartas 4 0 ninfas Black rot 009-Jun J+ J 0 0 1- folha camarate 0 M 0 0 ninfas 1- camarate B rot1- folha camarate16-Jun K K 0 1-- no cacho1-- folha 20 3 0 b rot 1-24-Jun L L 0 1-- bago 69 0 perf 6 0 ninfas01-Jul L L 0 1- cacho 1-- cacho 18 106 0 ninfas M Black rot 1--09-Jul L L 0 1- 1- f; 1-- cacho 1 1perf M 59 0 ninfas reforço ** d)**camarate e 4ª fila bical; b rot folha; 1--; cacho baga 115-Jul L L 0 0 1--Camarate; 1- Cerceal0 7 Blackrot 1+ Camarate23-Jul M M<10% 0f; cacho??1- 0 0 5 bag perfur 5 0 ninfas Brot f 1--; B rot cacho1-30-Jul N- M- 0 0 1-- 0 11ca/13perf s/l 14 0 ninfas Black rot 005-Ag N- M 0 0 1-- 8 16ca/17perf s/l 16 0 ninfas12-Ag N- M 0 0 1-- 31 7ca/9perf s/l 6 2 ninfas M18-Ag N- M+ 0 1-- 1-- 13 2 ovos viaveis M 12 0 ninfas
27-Ago vindima F pires 0 0 0 164 16 0 ninfas Retirados 2 sacos oosporos09-Set vindima Castelão 0 0 0 0 1 2ninfas22-Set 0 0 0 0 3 0
a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botranab) Colocaçao cromotrópica; Erinose em folhac) sogrape: 2+ folha e 1- inflorescenciasd)**camarate e 4ª fila bical; b rot folha; 1--; cacho baga 1
2009
Pedralvites
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
57
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
03-Mar C B10-Mar D+ B+ C a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botrana19-Mar F+ D 5326-Mar G F+ 1- folha 102 C b) Colocaçao cromotrópica; escoriose 2, em folha01-Abr G F+ 0 0 1--folha 1- folha 31 3 008-Abr G F+ 0 0 1--folha 1- folha 16 3 M 015-Abr H- G 0 0 1--folha 1-folha 16 2 022-Abr H- G 0 0 9 M 15 M 029-Abr H- 0 0 1--folha 1-- folha 10 0 ninhos 8 005-Mai I- I- 0 0 8 0 ninhos 5 013-Mai I- I- 0 0 1-- folha;1-inflo 4 0 ninhos 0 ninfas na folha 0 Black rot 1+20-Mai I I 0 0 0 1 4ninhos-2L4 2 2 ninfas 0 Black rot 129-Mai J+ J 0 0 0 0 22ninhos-2L2/L3 2 0 M 0 c )Black rot 1(folha) e1--(cacho)03-Jun J+ J 0 0 0 2 1 ninho: 0 lagartas 59 0 1-- Black rot 1-09-Jun K- J+ 0 0*** 1- 17 0 ovos M 31 o ninfas 1- d) *** oidio em bagos de FP contigua a POB; B rot1-16-Jun K K 0 2 (cacho e folhas)1-- 68 0 ovos 203 1- B rot 1--24-Jun L L 0 2+cac e f 1-- 113 0 ovos 197 1- ninfas M 1- Brot 1f; 1+ cacho01-Jul L L 0 2+cacho 1-- 18 0 ovos/perf sem placa 4-ninfas M 1- Brot 1+f; 2 cacho09-Jul M inicio (bago isolado)1--f jovens 1+ cacho e folha0 1 0 ovos/perf M 90 1-- ninfas reforço** e) ** a 100 passos da delta;b rot folha1-15-Jul L M- 2 f.jovens 1+ 0 0 15 bagos perfurados 53 0 ninfas Brot 1--f; 1 cacho24-Jul M M- 0; manchas curadas1- 0 0 5 bagosperf 1 na placa 20 ninfas Brot 1+/2 cachos29-Jul M M- 0 tratado 0 tratado 1-- cacho brancas 0 0? E na placa 20 ninfas M de 1só placamuita formiga Brot 1-- cacho brancas
05-Ago N- M 0 1+ 3 15 0 ninfas 1+ Black rot 1-12-Ago N- M 0 2+ 1-- 15 5 cachos atacados (a) (a) caída; Black rot 1-19-Ago N- M 0 1+ 1-- 11 M 2 0 ninfas M 1+26-Ago N N- 0 0 0 61 0 cachos atacados 5 0 ninfas ??Cachos a secarem 2
a) 10 de Março: colocação de armadilha lobesia botranab) Colocaçao cromotrópica; escoriose 2, em folhac )Black rot 1(folha) e1--(cacho)d) *** oidio em bagos de FP contigua a POB; B rot1-e) ** a 100 passos da delta;b rot folha1-
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA2009
Cordinhã
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
58
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Datacastas
brancascastas tintas
míldio oídio podridão escoriose capturas
intensidad
e de ataque
Obs. capturas
intensidad
e de ataque
Obs.cochonilha algodão
cochonilha preta
Observações
04-Mar C- B11-Mar C/D B+ C17-Mar F- E 2 C25-Mar F E+ 2 031-Mar F+ F- 7 0 M07-Abr G G- 0 0 7 014-Abr G+ G- 0 0 1-- folha 1--sar/folha 3 121-Abr H- G+ 0 0 1-- 1- 5 7 M28-Abr H- G+ 0 0 1-- folha 1- 7 0 ninhos M 212-Mai I- H+ 0 0 1-- folha 13 0 ninhos desapareceu M Black rot 019-Mai I- H+ 0 0 1-- folha 2 0 ninhos 1 Black rot 1--26-Mai I/J H+/I 0 0 1-- folha 5 0 ninhos 1 Black rot 1--03-Jun J+ J 0 0 1-- folha 0 0 ninhos 64 2 ninfas M Black rot 1--
19-Jun K K- 0 0 1-- folha 35 1 ovo viavel 238 15 ninfas26-Jun L L 0 1-- 30 98 1-- ninfas M
08-Jul L L 0 1-- cacho 0 16 0ovos/1perf? 54 1- reforço** a) **(zona baixa,em frente ao poste, 2ª fila, baga)14-Jul L; M <1% L; M <1% 0 1+ 1 no cacho 1 4 bag perf; 0 lagM 70 2 ninfas Black rot 021-Jul M- 0 0; só bordadura olival 5 1 bag perf.;bordadura olival 24 70% f ocupadas Black rot 1--29-Jul M M- 0 1-- 0 0 2ca/2perf s/lag 73 80% f ocupadas sint. esca 1-;Black rot 0
04-Ago N- M- 0 1-- 1-- 6 1ca/1perf s/lag 84 60% f ocupadas sint. esca 1/black rot 011-Ago N- M 0 0 0 15 0 ovos/0perf 143 40% f ocupadas(2) Black rot 018-Ago N M+ 1-- (1 folha nova) 0 1- 32 1 perf(velha) M 63 1 ninfa Black rot 025-Ago N N 0 1-- 1-- brancas 102 3 ovos; 3 ninhos 1 ninfa M02-Set N N 0 1- 1 (2vinha no alto) 32 IA=2 c/10 lagartas L2 72 5 0% f ocupadas b) bagos rachados??5 regas=2 regas/semana08-Set N N 0 1-- 1- 0 2ninhos s/lagartas 17 2+16-Set N N 0 1-- 1- 1 3 ninhos/1lagart L3 8 2+23-Set N N 0 1-- 1-- 0 0 2+30-Set N N 0 1-- 0 0 0 2+05-Out Vindima
a) **(zona baixa,em frente ao poste, 2ª fila, baga)b) bagos rachados??5 regas=2 regas/semana
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA2009
Cerdeiras
estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde intensidade de ataque
59
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Dataest. fen.
pedrado
AV afídeos captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs.
04-Mar B/C-11-Mar B/C3D C C ataque de cancro
17-Mar D/F 0 0 20 0 C C25-Mar F/F2 0 0 0 22 3 2 0 o eclosões nas cintas adesivas
31-Mar F2/G 0 0 1 verde 4 0 0* 0 * n conseguimos ver nada
07-Abr G/H 0 0 2 verde 7 0 4 1 o eclosões nas cintas adesivas
14-Abr H/I 0 0 2 verde 6 0 2 121-Abr J 0 0 0 3 1 0 0 pomar parecia ter sido tratado
28-Abr J 1-- 0 0 2 M 0 M 0 M 6 M 1-cancro
12-Mai J 2+folha 0 1-verde34 10 7 2 0 ovose/ou perf. pedrado1-fruto (na folha apresenta-se quase curado)
19-Mai J 2+folha 0 1+verde27 0 9 5 0 ovose/ou perf. pedrado1-fruto(na folha apresenta-se quase curado)
26-Mai J 1+folha 0 1+verde66 0 ?? 0 0 ovose/ou perf. pedrado1fruto(na folha não há pedrado novo); cancro 1-
03-Jun J 1+folha 1- 1+verde130 M 0 M 12 M 7 0 ovose/ou perf. pedrado1
26-Jun J 0 1 0 351 1 36 7 1 fruto perf 2008-Jul J 0f/antigo2+1 0 65 1 ?? 1- 3 1?14-Jul J 1 1-- movel0 22 M 6 M ?? 1- 0 M C 2 garraf ** 1 com agua, outra com fosfato diamónio
23-Jul J 1/antigo1- 114 0 c/ 5 euzoferas21 1- 10 0 ovose/ou perf.9+1armadilha cochonilha3 2+1fosfato Presença de pulgao lanigero=1-
29-Jul J 1/antigo1- 1-verde79 0 1 1- 4 0 ovose/ou perf.5 5+0 pulgão lanígero1-
04-Ago J 0 1 0 54 2 0 1- 5 0 ovose/ou perf.3 3+0 pulgão lanígero1-
11-Ago J 0 1 0 75 0 0 1- 6 0 ovose/ou perf.20 15+5fosfato *** para a mosca, colocação armadilha Delta (∆)
20-Ago J 0 1- 0 46 M 0 M 10 1- M 16 0 ovose/ou perf.M 11 7+1+3∆ colocação 6 copos Tephri;pulgão lanígero1--
26-Ago J 0 1-- 0 35 0 6 1 4 0 ovose/ou perf.7+15 2+0+5∆ C.Thephry=4+0+2+2+5+2=15
02-Set J 1 fruto 1-- 0 35 1 8 1 11 0 ovose/ou perf.0+11 0+0+0∆ C.Thephry=1+0+2+3+4+1=11
08-Set 1 (fruto)0 0 29 0 42 1 2 28 2+0+1∆ C.Thephry=8+6+4+2+2+3=25
16-Set 1 (fruto)0 0 27 0 267 1+ 3 8+35 6+2+0∆ C.Thephry=1+1+9+9+12+3=35
23-Set 1 (fruto)0 0 31 0 91 1+ 1 7+115 2+3+2∆ C.Thephry=27+23+21+17+15+12= 115
01-Out 1 (fruto)0 0 54 0 61 1+ 0 23+269 17+4+2∆ C.Thephry=53+34+70+44+33+35= 269
08-Out 1 (fruto)0 0 22 0 34 1+ 0 33+215 20+11+2∆ C.Thephry=33+58+28+47+21+28= 192
14-Out 1 (fruto)0 0 28 0 14 1+ 0 18+399 9+9+ C.Thephry=35+57+75+122+56+54= 399
23-Out 0 0 43 0 98 2 0 105+271 34+37+34∆ C.Thephry=20+37+70+53+43+48=271
28-Out 47 0 17 2 0 80+292 26+46+8∆ C.Thephry=67+32+36+78+37+42=292
05-Nov 11 0 22 2 0 96+272 27+57+12∆ C.Thephry= 41+29+39+54+81+2812-Nov 31 0 6 2 0 69+101 31+20+18∆ C.Thephry=16+12+14+41+10+8=101
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO POMAR - 2009
Soure
intensidade de ataque blancardella scitella cochonilha de S. José bichado mosca do mediterrâneo
60
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL:
Dataest. fen.
pedrado
AV afídeos captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs. captint. de ataque
Obs.
25-Fev A+/B05-Mar B/C11-Mar C3/D C C19-Mar C3/D 0 0 31 0 C C26-Mar E/F 0 0 0 12 0 0 0 0 ec losões nas cin tas adesivas
01-Abr F2/G 0 0 1- 3 2 0 0 0 ec losões nas cin tas adesivas
08-Abr H-/J 0 0 1- cinz 4 0 2 0 cecidom ia 1 (pere iras) e s int. de estenfiliose
15-Abr I/J 0 0 1- cinz 0 0 1 022-Abr J 0 0 1 cinz 4 M 0 M 0 M 1 M piolho tra tado
29-Abr J 0 0 0 3 0 0 005-Mai J 1--folhas0 0 2 0 0 013-Mai J 1-folha 0 1-cinz 27 0 0 0 0 ovose/ou perf.20-Mai J 1-folha 0 0 38 0 0 0 0 ovose/ou perf.27-Mai J 1-folha 0 1-verde59 1 0 0 0 ovose/ou perf. piolho tra tado
04-Jun J 1-folha/fruto 0 26 M 1 M 1 M 0 " M09-Jun J 1- folha 0 0 29 2 0 estenfiliose? 1
16-Jun J 1- 0 0 116 n foi visto 3 0 0 frutos24-Jun J 1+ folhas0 1-- verde51 3 0 0 0 frutos01-Jul J 1-folha 0 1 47 3 0 0 o ovos/perf09-Jul J 1--f/1- frutos0 0 42 M 2 M 1 M 0 operf M ** C ** colocaçao de 3 armadilhas
15-Jul J 0 0 0 26 0 ?? 0 operf 0 0;0;0 frutos podres c/monilia
27-Jul J 0 0 1+verde95 1 ?? * 0 0 0;0;0 *Form iga nos ramos e folhas
05-Ago J 0 0 1+verde87 1 0 1-- 0 1fruto/iperf 0 0;0;012-Ago J 0 1- 1+verde61 5 ?? 1-- 0 0fruto/iperf 0 0;0;018-Ago J 0 1-- 1verde 38 M 4 M 3 1-- M 1 M 0 0;0;028-Ago J 1-- fruto2 * 2* verde 56 0 0 2 0 0;0;0 *IA =2, m as só num a arvore; 0 em todos as arm adilhas
03-Set J 1-- fruto2 * 2** verde 50 4 0 1-- 0 0 0;0;0 *IA =2, m as só num a arvore;**IA =2,em 2 arvores;
0 em todos as arm adilhas( copos e delta)
22-Set 0 1- 0 154 3 91 1-- 0 2 perf. 1 colheita
EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAG AS NO POM AR - 2009
Ventosa do Bairro
intensidade de ataque blancardella scitella cochonilha de S. José bichado m osca do m editerrâneo
61
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
LO C AL :
D atava r.
precoceso lho de pavão
cercosporiose
ga fa traça
in tens idade de a taque
O bs.m osca da aze itona
in tens idade de ataque
O bs . euzophera
in tens idade de ataque
O bs .cochon ilha
a lgodãocochon ilha
negraC aruncho
04 -M ar B C
11 -M ar C - 1+ velho 0 0 C
17 -M ar C 1+ velho 0 0 0 1 - 1 -- lenha de poda
25 -M ar C 1+ velho 2 1 - 0 2+ 1 -- lenha de poda e 2 fum agina
31 -M ar C 2+ velho 0 1 - 0 1 -- 1 - 1 --
07 -A br C + 1+ velho 14 1 - 0 1 -- 1 1 -- lenha de poda e 2 fum agina
14 -A br D 1+ velho 17 0 1 -- 1 1 -- lenha de poda e 2 fum agina
21 -A br 1+ velho 14 1 1 --
28 -A br E 1+ velho 14 0 M 0 M 1 -- 1 e 2 fum agina
1 6
12-M a i F- 2 velho 0 0 9 1 -- 1 - e 2+ fum ag ina
19-M a i F- 0 fo lhas novas 0 0 3 1 - 1+ fum agina
26-M a i F1 2+ velho 0 0 2 1 - c / ovos
03-Jun H 0 fo lhas novas 8 M 16 M 1 - 1+ fum agina
43 0
19-Jun I1 0 75 2 ovos de traça 0 2 a ec lodir
26-Jun I1 0 33 com ovos 0 3
2
08 -Ju l 1-- 1 0 ovos 11 0 fru tos p icados 0 3
14 -Ju l I1 1-- 0 M 5 0 fru tos p icados 0 M 3 c / ovos e la rvas nas fo lhas
21 -Ju l I1 0 novo;2 velho 2 12 13 frutos p icados 4 1
28 -Ju l I2 0 0 27 16 frutos p icados c / fo rm as vivas6 1+ 1+ 2 fum ag ina; nos ram inhos c / fru tos secos
04 -A go I2 0 0 25 4 fru tos p icados 4 1+ 1+ 2 fum ag ina;s intom ato log ia nos ram inhos c / fru tos secos
11 -A go I2 0 0 1 - c / 0 lagartas de traça ve rde5 0 fru tos c /p icadas recentesC E spia 19 1 - 2+ 1 - fum agina
18 -A go I2 0 novo;1 - ve lho 0 M 1 0 fru tos c /p icadas recentes23 M 1 - 2+ 0 m arga rónia
25 -A go I2 0 0 7 0 fru tos c /p icadas recentes29 1 -- 2+ 1 - fum agina
02-S e t I2 0 0 1 17 0 fru tos c /p icadas recentes16+1 ∆ 32 1 - 2+ 1 fum ag ina
08-S e t 0 0 3 2 n inhos s laga rta7 0 fru tos c /p icadas recentes6+1 ∆∆∆∆ ;tra ta / recente10 2
16-S e t 0 0 21 12 0 fru tos c /p icadas recentes7+5 (de lta ) 20 1 2 2 fum ag ina
23-S e t 0 0 110 M 13 0 fru tos c /p icadas recentes10+9 (delta ) 11 M 1 1 2 fum ag ina
30-S e t 0 0 134 28 25+9 (delta ) 13 1 1 2 fum ag ina
08 -O u t 0 0 51 31 29+8 (delta ) 4 1 1 2 fum ag ina
14 -O u t 0 0 52 43 8+35 (delta ) 3 1 1 - 1 --tubercu lose
21 -O u t 1- novo 1 -- 21 34 20 frutos c /p icadas recen tes13+21(de lta) 0 1 -- 1 - 1 - fum agina
27 -O u t 1- 1 -- 8 91 6 fru tos p icados 89C +2 de lta 0 0 1 - A ze itona a ganha r ó leo e a m uda r de cor
04 -N ov 50% m adura 1 1-- 1 - 6 35 0 0 1 - 1 - fum agina
11 -N ov 1 1-- 1 - 8 2 0 0 1 - 1 - fum agina
18 -N ov 1 1-- 1 - 0 5 0 0 1 - 1 - fum agina
07-D ez 0 0 0
EV O L U Ç ÃO D E D O E N Ç AS E PR AG AS N O O L IVAL2009
C erd eiras
es tado feno lógico in tens idade de ataque traça da o live ira m osca da aze itona E uzophera in tens idade de a taque
62
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
L O C A L :
D a tava r.
p re c o c e so lh o d e p a vã o
c e rc o s p o r ios e
g a fa tra ç a
in te n s id a d e d e a ta q u e
O b s .m o s c a d a a z e i to n a
in te n s id a d e d e a ta q u e
O b s . e u z o p h e ra
in te n s id a d e d e a ta q u e
O b s .c o c h o n i lh a
a lg o d ã oc o c h o n i lh a
n e g raC a ru n c h o
0 4 -M a r B A + C A ta q u e d e tra ç a n a s fo lh a s ve lh a s
1 1 -M a r C - B 2 1 0 2 C 1 -- A ta q u e d e tra ç a (a e c lo d ir ) n o s re b e n to s (R e d o n d i l )
1 7 -M a r C - B + 2 1 0 2 0 1 -- 1 n a le n h a d e p o d a
2 5 -M a r C C - 2 1 2 8 2 0 1 -- 1 n a le n h a d e p o d a
3 1 -M a r C C - 2 1 6 2 2 0 0 1 -- 1 a rvo re a ta c a d a V e rt i c i l i u m e m a lg u im a s a rvo re s ? ? ?
0 7 -A b r C + C - 2 1 + 1 8 6 2 0 0 1 - 1 n a le n h a d e p o d a V e rt i c i l iu m e m a lg u im a s a rvo re s ? ? ?
1 4 -A b r C + C - 2 1 + 1 6 1 0 1 -
2 1 -A b r C + C 2 1 + 9 0 4 1 - 1 - 0 V e rt i c i l i u m e m a lg u im a s a rvo re s ? ? ?
2 8 -A b r E D 2 + 1 + 1 4 0 M 1 6 M 1 - 1 - 1 -fu m a g in a
1 2 0 2 5
1 2 -M a i F F - 0 fo lh a s n o va s1 + 3 0 3 2 1 + 1 - 2 -fu m a g in a
1 9 -M a i F F - 0 fo lh a s n o va s 7 1 5 1 + 1 - 2 -fu m a g in a
2 6 -M a i F 2 ve lh o 7 0 n in h o s 2 6 1 + 0 /1 - 1 fu m a g in a
0 3 -J u n H H 0 fo lh a s n o va s 1 3 0 o vo s M 1 8 M 1 - 1 - 2 -fu m a g in a
5 0 2 2
1 9 -J u n I1 I 0 0 1 8 3 1 o vo 3 3 2 a e c lo d ir
2 6 -J u n I1 + I1 0 3 2 7 o vo s n o fru to 3 3 1 +
3 0 8
0 8 -J u l 1 - 5 2 o vo s re b e n to s ro id o s ;tra ç a ve rd e ? ?5 0 fru to s p ic a d o s 6 1 -
1 4 -J u l I1 + I1 fru to s e m c re s c im e n to1 - 4 M 4 0 fru to s p ic a d o s 6 M 1 -- 1
2 1 -J u l I1 + I1 + 0 n o vo ;2 ve lh o 0 1 9 6 fru to s p ic a d o s 5 1 -
2 8 -J u l I2 0 0 1 - tra ç a ve rd e3 0 1 1 f ru to s p ic a d o s 6 0 1 - 0 fu m a g in a
0 4 -A g o I2 0 0 1 - tra ç a ve rd e1 8 0 fru to s c /p ic a d a s re c e n te s1 0 1 - 0 fu m a g in a
1 1 -A g o I2 1 - - ve lh o 0 1 - tra ç a ve rd e5 0 fru to s c /p ic a d a s re c e n te sC E s p ia 1 1 -- 1 -- 1 -- fu m a g in a
1 8 -A g o I2 0 n o vo ;1 + ve lh o 0 M ; 0 t ra ç a ve rd e2 1 M 1 -- 1 -
2 5 -A g o I2 1 - - n o vo : 1 * ve lh o 0 2 2 2 1 + 1 (∆ ) 5 7 1 -- 1
0 2 -S e t I2 0 n o vo : 1 * ve lh o 1 ? ? fru to s p ic a d o s 4 4 ? ? 2 fru to s c /p ic a d a s re c e n te s4 2 + 2 (∆ ) 1 4 1 -- 2 + re d o n d i l ;1 -c o b ra n ç o s a
0 8 -S e t 0 1 -- 8 3 5 2 7 + 8 (∆ ) 1 5 1 1
1 6 -S e t 0 0 1 -- 9 7 5 5 p ic a d a s re c e n te s3 3 + 2 2 (∆ ) 1 3 1 2 1 -fu m a g in a
2 3 -S e t 0 0 1 -- 2 6 0 M 4 8 p ic a d a s re c e n te s2 2 + 2 6 (∆ ) 1 1 M 1 2 1 -fu m a g in a
0 1 -O u t 0 0 1 -( re d o n d i l ) 3 0 2 1 8 0 1 5 7 + 2 3 (∆ ) 7 3 1 - 2 1 -fu m a g in a
0 8 -O u t 0 0 1 -( re d o n d i l ) 1 6 1 6 5 3 8 + 2 7 (∆ ) 2 3 1 - 2 1 -fu m a g in a
1 4 -O u t in ic m a t.+ p re c o c e s 0 0 1 -- 1 8 3 3 2 5 + 8 (∆ ) 1 2 1 - 1 -- fu m a g in a
2 1 -O u t 1 - n o vo 0 1 -- 1 1 1 9 0 p re s e n ç a d e fru to s c /p ic a d a s re c e n te s1 6 7 + 2 3 (∆ ) 3 1 - 1 -- 1 -- fu m a g in a
2 7 -O u t 1 0 1 -- 3 0 9 1 p re s e n ç a d e p ic a d a s re c e n te s6 5 C + 2 6 d e lta0 0 1 - 1 -- fu m a g in a
0 4 -N o v 3 5 % m a d u ra 1 0 1 1 4 5 0 3 5 C + 1 5 d e lta0 0 1 - 1 - fu m a g in a
1 1 -N o v 1 0 1 + 1 5 1 5 1 0 C + 5 d e l ta 0 0 1 - 1 - fu m a g in a
1 8 -N o v 1 + 0 1 + 0 2 3 1 6 C + 7 d e l ta 0 0 1 - 1 - fu m a g in a
0 2 -D e z 2 0 1 + 1 5 3 C + 2 d e lta 0 0 1 - 1 - fu m a g in a
E V O L U Ç Ã O D E D O E N Ç A S E P R A G A S N O O L IV A L2 0 0 9
R a b a ç a l
e s ta d o fe n o ló g ic o in te n s id a d e d e a ta q u e tra ç a d a o l ive ira m o s c a d a a z e ito n a E u z o p h e ra in te n s id a d e d e a ta q u e
63
ANEXO I – FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DE POSTOS DE OBSERVAÇÃO BIOLÓGICA
L O C A L :Q u in ta d e F a m a lc ã o
D a tava r.
p rec o c e so lh o d e p avão
c e rc o sp o rios e
g a fa tra ç a
in ten s ida d e d e a taq u e
O b s .m o s c a d a aze ito na
in te ns ida d e d e a ta qu e
O bs . e u zo ph e ra
in te ns id ad e d e a ta qu e
O bs .c oc h o n i lha
a lg o dã oco c h on i lh a
ne g raC a run c h o
04 -M a r B C P re s e nç a d e o lh o d e pa vao d e o u ton o , a n tigo , n as fo lh a s ve lh a s
11 -M a r C - 1 --fo lh a s ve lh as 0 1 + C 1 + 1 --
17 -M a r C 1 -- " 3 1 + 0 2 1 --
25 -M a r D 2 -- " 11 1 1 + 0 1 -- 2 + 1 -- n a le n h a de p o da2 + fum a g in a
31 -M a r D 1 -- " 7 1 1 + 0 ta p e te n o c h a o0 2 + 1 --
07 -A b r E - 1 -- " 17 0 1 + 1 1 -- 2 + 2 + fum a g in a
14 -A b r E - 1 -- " 6 0 1 1 -- 2 +
21 -A b r E 1 -- " 4 7 2 1 V e rtic il ium e m a lgu im a s a rvo re s ? ??
28 -A b r E + 1 -- " 1 4 M 10 M 1 -- 2 + 2 + fum a g in a
1 4 15
1 2 -M a i F 1 0 fo lha s n o va s 1 3 2 3% 4 la g 20 2 + 2 + fum a g in a
1 9 -M a i P o r m o tivo d e ob ra s na e s tra d a nã o fo i p o ss íve l en tra r no o l iva l 0 26
2 6 -M a i G /H 0 0 0 n in h os e la rva s 16 1 2 c / o vo s a la ra n ja do s
0 3 -J un I 12 7 1 o vo M 14 M 1 2 + 1 --fum a g in a
4 8 16
1 9 -J un 4 5 17 a e c lod ir
2 6 -J un I1 0 3 8 o vo s ? C 12 3
3 5 13
0 8 -J u l I1 c a ro ç o fo rm a do , m as m o le 0 5 c e rca de 5 o vo s 12 4 c e rc a de 3 0 fru tos p ic a do s 10 3 c o m la rva s m ove is
1 4 -J u l I2 fru to s e m c re s c im e n to0 n ovo ; 1+ ve lho 1 M 3 1 p e rf. c ic a triza da s 7 M 1 - 3 fum a g in a
2 3 -J u l I2 fru to s e m c re s c im e n to1 -- n o vo ; 2+ ve lh o 0 6 3 1 8 fru to s p ic a d os 6 1 -- 3 c /ovos pa s ita do s ; 2 fu m a g in a
2 8 -J u l I2 0 1 2 3 ± 2 % 5 2 1 -- a ze iton a s p eq u e na s /m irrad a s ;2 + fu m a g in a ; n o s ra m in h os c / f ru tos s ec o s
0 4 -A go I2 0 0 1 -- tra ç a ve rd e 1 4 8 1 + 1 -- 2 + fu m ag ina
1 1 -A go I2 1 - n ovo 0 0 tra ç a ve rd e 1 5 0 fru tos c /p ic a da s re c e n tesC E sp ia 4 1 + 1 -- 2 + fu m ag ina
2 0 -A go I2 1 -- n o vo ; 1+ ve lh o 0 M ; 0 t raç a ve rde 2 2 9 ∆ 11 M 1 - 1 - 2 + fu m ag ina
2 6 -A go I2 0 n ovo ; 1+ ve lho 0 3 5 4 ∆ 16 1 - 1 - 2 + fu m ag ina
0 2 -S e t I2 1 n ovo ; 1+ ve lho 0 12 3 ? ? fru to s c /p ic ad a s re c en te s4 2 ∆ 12 1 - 1 - 2 + fu m ag ina
0 8 -S e t 1 5 9 2 25 + 67 (∆ );1 - F ru to s p e rfu rad o s12 1 - 1 2 + fu m ag ina
1 6 -S e t 0 0 1 12 6 2 + 7 4 p ic a d as rec e n te s 15 + 59 (∆ ) 14 tra tou 1 2 + fu m ag ina
2 3 -S e t 0 0 1 + 8 0 2 + M 13 8 p ic a d as rec e n te s 78 + 60 (∆ ) 19 M 0 1 2 + fu m ag ina ;1 + m arg a ro n ia
0 1 -O u t 0 0 1 + 9 7 2 + 19 1 14 3 + 4 8 (∆ ) 21 0 1 - 2 + fu m ag ina
0 8 -O u t 0 0 1 + 17 1 2 + 17 2 15 6 + 1 6 (∆ ) 9 0 1 - 1 + fu m ag ina
1 4 -O u t 1 - 0 1 + 1 3 1 14 6 83 + 63 (∆ ) 4 1 - 1 + fum a g in a
2 3 -O u t 0 2 + 9 1 1 53 6 9 lag a rta s + 3 o vo s41 4 + 1 2 2 (∆ ) 2 1 -- 1 + fum a g in a
2 8 -O u t 0 0 1 + 6 1 33 7 29 2 + 4 5 (∆ ) 0 1 -- tra tam e n to re c en te à m o s c a
05 -N o v 1 0 1 + 0 28 0 la rva s m o rtas24 1 c + 39 d e lta 0 1 - 2 + fu m ag ina
12 -N o v 1 0 1 + 2 8 3 62 c + 2 1d e lta 0 1 - 2 + fu m ag ina
18 -N o v 1 0 1 + 0 26 6 23 3 c + 33 d e lta 0 1 2 + fu m ag ina
0 2 -D e z 1 1 + 1 + 1 5 3 37 c + 1 6d e lta 0 1 2 + fu m ag ina
E V O L U Ç Ã O D E D O E N Ç A S E P R A G A S N O O L IV A L2 0 0 9
e s ta d o fe no lóg ico in ten s id a de de a ta q ue tra ç a da o l ive ira m os c a d a a ze iton a E u zo ph e ra in te n s id a de d e a ta qu e
64
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO - GLOSSÁRIO – Em várias circulares foi publicado um glossário de termos técnicos relativos à protecção fitossanitária das culturas;
A
Agente patogénico: Organismo com
capacidade para provocar doença.
DD
Doença: Perturbação fisiológica que ocasiona
efeito desfavorável na actividade da planta.
EE
Estimativa do risco: Avaliação quantitativa de
inimigos das culturas (intensidade de ataque)
e análise da influência de certos factores nos
prejuízos que possam causar (factores de
nocividade).
Estrago: Efeito inconveniente sem
importância económica provocado, directa ou
indirectamente, pelo inimigo da cultura, no
desenvolvimento da cultura ou seus produtos.
F
Factor de nocividade: Factor de natureza
abiótica, biótica, cultural ou económica, que
pode influenciar, favorável ou negativamente,
o desenvolvimento, multiplicação e acção
prejudicial do inimigo da cultura ou a acção
benéfica dos auxiliares.
Fauna Auxiliar (auxiliar): Organismos vivos,
como a joaninha, que auxiliam o agricultor no
controlo de pragas e doenças, como
alternativa ao uso de produtos
fitofarmacêuticos.
Fungicida: Produto fitofarmacêutico
(pesticida) destinado a combater fungos.
Fungicida penetrante: Aplicado na superfície
das plantas, atravessa a epiderme mas não é
transportado no sistema vascular. Tem acção
translaminar e alguma difusão lateral (tem
mobilidade posterior após a penetração).
Fungicida de superfície (de contacto):
Aplicado na superfície das plantas, tem acção
preventiva, impede a germinação dos esporos
ou evita a contaminação, das plantas, pelo
fungo.
Fungicida sistémico: Aplicado na superfície
das plantas, penetra na planta e é translocado
no sistema vascular. Distribui-se nos tecidos,
onde permanece durante períodos variáveis.
Fungicida mesostémico: Actua na superfície
das plantas, sendo absorvido pela camada
cerosa, a que se segue um movimento de
redeposição por fase de vapor. Penetra nos
tecidos e possui acção translaminar.
Fungicida preventivo (protector, profilático):
Impede a germinação dos esporos e evita a
contaminação da planta pelo fungo.
Fungicida curativo: Actua após se ter dado a
contaminação, pelo fungo.
Fungicida erradicante (anti-esporulante):
Destrói os esporos já formados, e impede a
formação de novos esporos.
I
Inibidor da síntese da quitina: Substância
que interfere no processo da formação da
nova cutícula durante o desenvolvimento do
insecto.
Insecticida: Os insecticidas podem ser
compostos inorgânicos ou orgânicos, de
origem mineral, vegetal ou de síntese. Os
insecticidas podem actuar por interferência
com o sistema nervoso, a nível da cutícula
(ruptura), obstrução no sistema respiratório ou
como mimético hormonal (juvenóide ou
mimético da ecdisona).
GLOSSÁRIO DE TERMOS EM USO NA PROTECÇÃO FITOSSANITÁRIA
65
Inimigos das culturas: Organismos
prejudiciais para as culturas. São ervas
infestantes, pragas e doenças que influenciam
negativamente as colheitas, quer directamente
em termos de quantidade e de qualidade, quer
indirectamente tornando mais difíceis e
onerosas diversas operações culturais.
LL
Luta biológica: Acção de organismos vivos
ou de produtos derivados da sua actividade,
para reduzir as populações dos inimigos das
culturas e, consequentemente, os estragos
sobre as culturas ou produtos agrícolas.
Luta biotécnica: Todos os meios
normalmente presentes no organismo ou
habitat da praga, passíveis de certa
manipulação, que permitem alterar
negativamente certas funções vitais que deles
dependem, de forma mais ou menos profunda,
verificando-se em geral a morte dos indivíduos
afectados.
Luta cultural: Práticas culturais que intervêm
no desenvolvimento dos inimigos das culturas,
como meio directo de luta ou medidas
indirectas de luta.
Luta legislativa: Adopção de medidas
legislativas e regulamentares para minimizar o
transporte e dispersão dos inimigos das
culturas.
Luta química: Utilização de substâncias
químicas naturais ou de síntese, designadas
pesticidas, para reduzir as populações dos
inimigos das culturas a níveis
economicamente toleráveis.
MM
Medida de protecção: Métodos de combate
contra os inimigos das culturas, envolvendo
medidas indirectas de luta ou meios directos
de luta.
Medidas indirectas de luta: Medida de
carácter preventivo para fomentar condições
desfavoráveis, a prazo, ao desenvolvimento
dos inimigos da cultura.
Meio de luta: Meio genético, cultural, físico,
biológico, biotécnico ou químico, usado no
combate dos inimigos das culturas.
Método de estimativa do risco directo:
Baseia-se na observação de certo número de
unidades amostrais, definido como a amostra
mínima, de que é exemplo a observação
visual.
Método de estimativa do risco indirecto:
Baseia-se na utilização de dispositivos de
captura para posterior quantificação, como é o
caso de diferentes tipos de armadilhas.
Modo de acção: Modo de interferência do
pesticida com os mecanismos vitais dos
organismos.
Monitorização: Conjunto de acções destinado
a quantificar a evolução das populações de
inimigos das culturas
NN
Nível económico de ataque (NEA):
Densidade populacional do inimigo da cultura,
a que devem ser tomadas medidas de
combate, para impedir que o aumento da
população atinja a mais baixa densidade
populacional que cause prejuízos.
O
Observação visual : Técnica de amostragem
em que se procede à determinação periódica
do ataque dos inimigos da cultura, bem como
dos auxiliares activos, através da observação
66
de certo número de órgãos representativos
das plantas e parcela consideradas
PP
Parasita: Organismo que vive à custa do
hospedeiro podendo causar a sua morte.
Período de risco: Período de tempo de maior
probabilidade de ocorrência de níveis
populacionais acima dos níveis económicos de
ataque, durante o ciclo cultural e para cada
inimigo da cultura.
Perigo: Características de toxicidade
intrínsecas das substâncias activas.
Persistência: Característica de um produto
manter a sua toxidade durante certo período
de tempo, após aplicação.
Pesticida: O mesmo que produto
fitofarmacêutico (PF).
Praga: Organismo animal nocivo para as
culturas.
Praga-chave: Praga com carácter permanente
cuja densidade da população ultrapassa,
normalmente, o nível económico de ataque.
Prejuízo: Redução de produção com
importância económica em quantidade e/ou
qualidade, causada por inimigos da cultura.
Produto fitofarmacêutico (pesticida):
Substância, ou mistura de substâncias,
destinada a prevenir ou combater os inimigos
da cultura e dos produtos agrícolas. De acordo
com os inimigos que tem por fim combater,
designa-se rodenticida, nematodicida,
moluscicida, algicida acaricida, bactericida,
herbicida, fungicida ou insecticida.
Protecção integrada: Modalidade de
protecção das plantas em que se procede à
avaliação da indispensabilidade de
intervenção, através da estimativa do risco, do
recurso a níveis económicos de ataque ou a
modelos de desenvolvimento dos inimigos das
culturas e à ponderação dos factores de
nocividade, para a tomada de decisão relativa
ao uso dos meios de luta.
R
Resistência: Efeito atenuado ou decrescente
de um pesticida nos organismos de uma
população de inimigos da cultura, em
resultado da sua aplicação repetida
Rótulo: É o «cartão de identidade» do
Produto fitofarmacêutico. Sintetiza e reflecte a
generalidade dos estudos feitos nas áreas da
Biologia, Físico-Química, Toxicologia e
Metabolismo, Comportamento no Ambiente,
Ecotoxicologia e Risco para o Consumidor
S
Substâncias activas: As substâncias ou
microorganismos que exercem uma acção
geral, ou específica, sobre os organismos
prejudiciais aos vegetais, partes ou produtos
vegetais. São, na sua maioria, produtos
químicos de síntese.
TT
Tomada de decisão: Baseia-se na utilização
das melhores tecnologias disponíveis, tais
como métodos de diagnóstico, estimativa do
risco e modelos de previsão.
ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA - 2009
67
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO - AVISOS AGRÍCOLAS – A INFORMAÇÃO CERTA, NA HORA CERTA - Artigo publicado em vários jornais regionais da Bairrada
68
DOSSIER Modo de Produção Integrado (PRODI) - Protecção e Produção Integrada das Culturas
Autoria: Isabel Magalhães - Eng.ª Agrónoma - DRAPC - Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas
MODO DE PRODUÇÃO INTEGRADO (PRODI)
Os princípios da Produção Integrada visam a obtenção de bens agrícolas reconhecidos pela sua qualidade: sãos, de boas características visuais, de sabor e de conservação, de modo a respeitarem as exigências das normas nacionais e internacionais relativas à qualidade dos produtos, segurança alimentar e rastreabilidade, com valorização pelo mercado, assegurando, simultaneamente, uma melhor protecção dos recursos naturais e a preservação do ambiente.
O Modo de Produção Integrado contempla as Normas de Produção Integrada, nas componentes vegetal e animal.
O Que São a Protecção Integrada e a Produção Integrada das Culturas (Componente Vegetal)
A Protecção Integrada é um modo de protecção das plantas contra os organismos nocivos (pragas, doenças e infestantes) que utiliza um conjunto de métodos que têm como objectivo satisfazer exigências económicas, ecológicas e toxicológicas, dando prioridade à utilização de mecanismos naturais de limitação e a outros meios de luta apropriados. Tem como finalidade contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas agrários e impedir que os inimigos das culturas ultrapassem intensidades de ataque que acarretem significativos prejuízos económicos.
A Protecção Integrada tem como grande objectivo limitar a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e privilegiar os meios de luta biológica, biotécnica, física, genética e cultural.
Em Protecção Integrada, o uso de produtos fitofarmacêuticos como meio de luta só pode ter lugar quando o ataque da praga ou da doença tenha atingido um nível que provoque significativos prejuízos económicos (nível económico de ataque), ou quando haja razões tecnicamente válidas, devidamente justificadas, pela importância e extensão do inimigo a combater. Nestes casos, só podem utilizar-se os produtos indicados nas “Listas de produtos fitofarmacêuticos aconselhados em protecção integrada das culturas”, publicadas para cada cultura abrangida.
Na Produção Integrada, os agricultores obrigam-se a articular a protecção integrada, com a aplicação correcta de outras técnicas culturais, em especial, com a fertilização, instalação e condução das culturas, regas, podas, mondas dos frutos e conservação das colheitas.
As normas da Produção Integrada incluem, para além das regras a cumprir em Protecção Integrada, os planos de fertilização por parcela e por cultura, baseados nas análises de terras e de plantas, as metodologias de colheita de amostras para análise e determinações laboratoriais, os tipos, as quantidades, as épocas e as técnicas de aplicação dos fertilizantes, os procedimentos a observar na instalação e condução das culturas (compassos de plantação, densidades de sementeira, variedades e porta-enxertos aconselhados, podas, monda de frutos, maneio da água, condução da rega, conservação dos frutos, etc.). Esta normas incluem procedimentos obrigatórios e facultativos ou de orientação e permitem a sua actualização ou adaptação periódicas.
Principais Objectivos da Protecção e Produção Integradas
• Proteger a saúde do agricultor;
• Preservar o ambiente, nomeadamente a biodiversidade, o solo e a água;
• Melhorar a qualidade dos produtos agrícolas, assegurando produções de alta qualidade;
• Contribuir para a melhoria dos rendimentos dos agricultores.
69
Regras a Cumprir em Protecção Integrada
Antes de qualquer intervenção com produtos fitofarmacêuticos é obrigatório fazer as seguintes avaliações:
Estimativa do risco – tem como objectivo avaliar o perigo real ou potencial dos inimigos (pragas, doenças e infestantes) para as culturas. Para cada inimigo são definidas as épocas de observação, os métodos de amostragem e os órgãos das plantas a observar.
Nível económico de ataque – é a intensidade do ataque do inimigo da cultura, a que se devem aplicar medidas limitativas ou de combate, para impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adoptar, mais o dos efeitos indesejáveis que estas últimas possam provocar.
Selecção dos meios de luta – deve-se privilegiar a utilização de meios de luta culturais, biológicos, biotécnicos e, por último e com restrições, os meios de luta química.
Princípios Fundamentais da Protecção Integrada
1 – As intervenções químicas, como meio de luta, só podem ter lugar quando tenha sido atingido o Nível Económico de Ataque (N.E.A.); 2 – Devem ser privilegiados os métodos de luta biológica, biotécnica, física, genética e cultural; 3 – Só podem ser utilizados os produtos fitofarmacêuticos homologados para cada cultura, que constem das “Listas de produtos fitofarmacêuticos aconselhados em protecção integrada das culturas”; 4 – Em cada cultura devem ser mantidas pequenas superfícies não tratadas, excepto no caso de pragas e doenças consideradas altamente perigosas ou, em alternativa, devem ser utilizados métodos de aplicação não generalizada a toda a área da cultura; 5 – Em cada cultura, devem ser seleccionados ou introduzidos, pelo menos, dois auxiliares e ser feito o acompanhamento da sua evolução com vista à sua protecção e aumento da população; 6 – Em cada cultura, deve ser feito o acompanhamento do ciclo biológico dos seus principais inimigos, fazendo-se semanalmente uma avaliação do risco; 7 – Em cada cultura, deve ser feita a avaliação e o registo do nível populacional das pragas e dos seus estragos, lançado em fichas próprias que irão integrar o Caderno de Campo.
Armadilhas para Captura de Insectos e Avaliação da Estimativa de Risco
70
Proteger os Organismos Auxiliares
Na natureza existem organismos benéficos que são particularmente eficazes a limitar as populações de insectos e ácaros que se alimentam das culturas (fitófagos).
Deste modo, as estratégias de luta contra as pragas, são elaboradas após o reconhecimento e avaliação das populações de insectos e ácaros prejudiciais às culturas e da actividade dos “organismos auxiliares” naturalmente existentes ou introduzidos nas culturas.
Em Protecção Integrada, não se podem utilizar insecticidas e acaricidas de largo espectro de acção, que irão eliminar estes “organismos auxiliares”.
71
Vantagens da Protecção e Produção Integradas
• Proteger a saúde do agricultor, com a manipulação de produtos menos tóxicos
• Dar prioridade aos mecanismos naturais de regulação das pragas, doenças e infestantes
• Minimizar a poluição da água, do solo e da atmosfera, racionalizando a utilização dos agro-químicos (adubos e produtos fitofarmacêuticos)
• Manter ou aumentar a diversidade biológica nos ecossistemas agrários
• Melhorar o rendimento dos agricultores através da obtenção de produtos de melhor qualidade, recorrendo aos apoios financeiros de medidas agro-ambientais, contempladas no PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural do Continente
Símbolos da Protecção e da Produção Integrada
Os produtos que ostentem estes símbolos e a marca da certificação (emitida por um organismo privado de controlo) garantem ao consumidor que foram produzidos por estes processos amigos da saúde do consumidor e da natureza. A Protecção e Produção Integradas visam a obtenção de produtos de qualidade, objecto de controlo e certificação, o que permite a sua diferenciação no mercado, com a inerente valorização comercial.
Como Aderir ao Modo de Produção Integrado (PRODI)
A alteração de práticas agrícolas convencionais para o Modo de Produção Integrado permite uma melhor protecção dos recursos naturais e a produção de bens de qualidade diferenciada, com valorização de mercado.
O PRODER incentiva os agricultores à prática deste Modo de Produção, através da Medida nº 2.2 “Valorização de modos de Produção”, Acção nº 2.2.1. “Alteração de modos de produção agrícola”, integrada no subprograma nº 2.
Os agricultores que pretenderem produzir segundo o Modo de Produção Integrado (PRODI), estão obrigados a cumprir as normas definidas pela legislação, em vigor, do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, comprometendo-se, de forma voluntária e durante um período de cinco anos, a praticar o Modo de Produção Integrado (PRODI) na sua unidade de produção, existindo apoios à conversão e manutenção deste modo de produção.
72
Para tal, têm de reunir os critérios de elegibilidade e assumir um conjunto de compromissos de natureza agro-ambiental que deverão manter durante a vigência do contrato.
Critérios de Elegibilidade
• Ter submetido toda a superfície agrícola ou agro-florestal da unidade de produção e os respectivos animais ao Modo de Produção Integrado, segundo as respectivas Normas de Produção Integrada. • Ter submetido ao mesmo modo de produção:
� Toda a superfície cultivada com plantas da mesma espécie; � Toda a superfície de uma parcela agrícola ou agro-florestal ocupada por pastagem permanente, inclusive em
sob-coberto de povoamento florestal arborizado ou em espaço agro-florestal não arborizado com aproveitamento forrageiro, que seja utilizada exclusivamente por animais criados nesse modo de produção; � Todos os animais da mesma espécie e com o mesmo tipo de produção, presentes na mesma unidade de
produção. • Ter celebrado contrato, antes do início do compromisso, com Organismo de Controlo (OC) reconhecido, através do qual garantam o controlo da sua unidade de produção. • No caso de unidades de produção com animais, ter encabeçamento (para cálculo do encabeçamento deverão ser considerados factores de conversão a consultar na legislação referida) de animais em pastoreio inferior ou igual a:
� 3 CN/ha de superfície agrícola e agro-florestal, no caso de unidades de produção em que mais de 50% desta superfície se localize em zonas de montanha (Portaria n.º 377/88) ou de unidades de produção até 2 ha de superfície agrícola e agro-florestal, incluindo áreas de baldio; � 2 CN/ha de superfície forrageira nos restantes casos.
• Produzir com destino directo ou indirecto ao consumo humano. • Respeitar, no caso de culturas permanentes, as seguintes densidades mínimas:
� Pomóideas, citrinos e pronóideas (excepto cerejeira) – 200 árvores/ha; � Pequenos frutos (excepto sabugueiro) – 1 000 plantas/ha; � Actinídeas – 400 plantas/ha; � Outros frutos frescos e sabugueiro – 80 árvores/ha; � Frutos secos e olival – 60 árvores/ha; � Vinha – 2 000 cepas/ha, excepto nos casos de áreas ocupadas com vinha conduzida em pérgula ou de áreas
situadas na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, em que a densidade mínima é de 1 000 cepas/ha. • Candidatar toda a área da mesma espécie, no caso de culturas temporárias. • Manter actualizado o caderno de campo, utilizando o modelo divulgado pela autoridade de gestão do PRODER, ou modelo próprio que respeite a informação constante de orientação técnica específica. • No caso de candidaturas de unidades de produção que integrem área de baldio, apresentar declaração do órgão de administração do baldio em como:
� Essa área se encontra submetida a esse modo de produção (PRODI) cumprindo o respectivo normativo; � Se compromete a cumprir a condicionalidade, os requisitos mínimos, as práticas culturais e de gestão
identificadas no Anexo da legislação referida; � Não permite o acesso a essa área de animais que não sejam criados nesse mesmo modo de produção.
Excepções
Ficam excepcionadas da obrigatoriedade de aplicação do PRODI: • As áreas cultivadas para autoconsumo desde que:
� Não ultrapassem 10% da área da unidade de produção até ao máximo de 1,00 ha; � Sejam ocupadas com culturas diferentes das realizadas nas restantes áreas da unidade de produção.
• As áreas que o Organismo de Controlo considere como tecnicamente não aptas à prática deste modo de produção. • Os animais, até 2,00 CN, não destinados a venda.
Compromissos dos beneficiários
Os beneficiários são obrigados, durante todo o período do compromisso (duração de 5 anos), a cumprir as regras da condicionalidade e os outros requisitos mínimos, relativamente a toda a área da exploração agrícola, assim como os restantes critérios de elegibilidade relativamente à totalidade da unidade de produção e às áreas candidatas.
Apoios Financeiros ao Modo de Produção Integrado, no âmbito do subprograma nº2 do PRODER
Através do subprograma nº 2 do PRODER, foi criado um regime de apoios financeiros, com o objectivo de promover a adopção de formas de exploração das terras agrícolas com benefícios ambientais ao nível da água, do solo e do ar e a utilização sustentada dos recursos genéticos autóctones.
73
Os apoios são concedidos aos agricultores que pratiquem na sua unidade de produção o Modo de Produção Integrado (PRODI), havendo também, no âmbito desta medida do PRODER, apoios ao Modo de Produção Biológico, aos Criadores de Raças Autóctones Ameaçadas de Extinção e à Conservação do Solo.
Os pagamentos agro-ambientais visam compensar os gastos adicionais resultantes dos novos patamares de exigência destes modos de produção.
Os montantes dos apoios ao Modo de Produção Integrado (PRODI) e a sua modulação pelos escalões de área, constam do Quadro seguinte:
Tipo de Cultura Montante dos Apoios (euros//hectare/ano)
Escalões de Área
Regadio
584,00 467,20 292,00 116,80
Até 5 ha Superior a 5 até 10 ha Superior a 10 até 25 ha Superior a 25 ha Frutos
frescos
Sequeiro
419,00 335,20 209,50 83,80
Até 5 ha Superior a 5 até 10 ha Superior a 10 até 25 ha Superior a 25 ha
Regadio
260,00 208,00 130,00 52,00
Até 10 ha Superior a 10 até 20 ha Superior a 20 até 50 ha Superior a 50 ha Olival e
frutos secos
Sequeiro
164,00 131,20 82,00 32,80
Até 20 ha Superior a 20 até 40 ha Superior a 40 até 100 ha Superior a 100 ha
Culturas Permanentes (1)
Vinha
250,00 200,00 125,00 50,00
Até 5 ha Superior a 5 até 10 ha Superior a 10 até 25 ha Superior a 25 ha
Arroz
418,00 334,00 209,00 84,00
Até 20 ha Superior a 20 até 40 ha Superior a 40 até 100 ha Superior a 100 ha
Culturas temporárias de regadio (2)
194,00 155,20 97,00 38,80
Até 20 ha Superior a 20 até 40 ha Superior a 40 até 100 ha Superior a 100 ha
Culturas temporárias de sequeiro e culturas forrageiras (3)
40,00 32,00 20,00 8,00
Até 30 ha Superior a 30 até 60 ha Superior a 60 até 150 ha Superior a 150 ha
Culturas temporárias de Outono-Inverno regadas
79,00 63,00 39,00 16,00
Até 30 ha Superior a 30 até 60 ha Superior a 60 até 150 ha Superior a 150 ha
Culturas hortícolas de ar livre (4)
567,00 453,60 283,50 113,40
Até 5 ha Superior a 5 até 10 ha Superior a 10 até 25 ha Superior a 25 ha
Culturas hortícolas em estufa 600,00 Sem modulação
Pastagem permanente (5)
106,00 84,80 53,00 21,20
Até 30 ha Superior a 30 até 60 ha Superior a 60 até 150 ha Superior a 150 ha
Pastagem permanente biodiversa
130,00 104,00 65,00 26,00
Até 30 ha Superior a 30 até 60 ha Superior a 60 até 150 ha Superior a 150 ha
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(1) No âmbito do cumprimento dos compromissos referidos no anexo II, a opção de remover o coberto vegetal através de técnicas de mobilização mínima na totalidade das entrelinhas, no período entre 1 de Março e 1 de Agosto, implica uma redução de 15% do nível de apoio; (2) Culturas de Primavera-Verão feitas em regadio, incluindo as culturas forrageiras para produção de silagem, com excepção do arroz e das culturas que se inserem na classificação “Horticultura ao ar livre”; (3) Inclui as culturas de Outono-Inverno não regadas; as culturas de Primavera-Verão efectuadas em sequeiro; todas as culturas forrageiras com excepção das que se destinam a produção de silagem feitas em regadio na Primavera-Verão; as culturas aromáticas, condimentares e medicinais feitas em regime não intensivo; (4) Para além das culturas hortícolas e horto-industriais realizadas ao ar livre, inclui ainda a beterraba sacarina e as culturas aromáticas, condimentares e medicinais feitas em regime intensivo da posição NC 07.09.90.90, nomeadamente salsa, cerefólio, estragão, segurelha e manjerona; (5) Inclui pastagens permanentes em terra limpa e em sob-coberto e espaço agro-florestal não arborizado com aproveitamento forrageiro
Legislação Aplicável ao Modo de Produção Integrado
Diplomas Sumário Alterações e/ou Rectificações aos Diplomas
Diplomas alterados
DL n.º 180/95, 1.ª SERIE A, Nº 171, de 26.07.1995, Pág. 4753
Regula os métodos de protecção das culturas, em especial a protecção e produção integradas
DL 110/96 DL 240/99
DL n.º 110/96, 1.ª SERIE A, Nº 178, de 02.08.1996, Pág. 2267
Altera os métodos de protecção das culturas denominados protecção e produção integradas – altera dispos. do DL 180/95
DL 240/99 DL 180/95
Portaria 65/97, 1.ª SERIE B, Nº 23, de 28.01.1997, Pág. 479
Aprova o regulamento dos métodos de protecção das culturas
DL n.º 240/99, 1.ª SERIE A, Nº 146, de 25.06.1999, Pág. 3878
Regula os métodos de protecção das culturas, em especial a protecção e produção integradas – altera dispos. do DL 180/95
DL 180/95 (c/ redacção DL 110/96)
Portaria 229-B/2008, 1.ª SERIE, Nº 47-2º Supl, de 06.03.2008, Pág. 1434-(8)
Aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 2.2, «Valorização de Modos de Produção», do Subprograma n.º 2 do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), que Integra a Acção n.º 2.2.1, Designada «Alteração de Modos de Produção Agrícola», e a Acção n.º 2.2.2, Designada «Protecção da Biodiversidade Doméstica
Declar. de Rectific. 24-B/2008
Portaria 1348/2008
Portaria 427/2009
Declaração de Rectificação nº 24-B/2008, 1.ª SERIE, Supl, Nº 86, de 05.05.2008, Pág. 2480-(2)
Rectifica a Portaria n.º 229-B/2008 de 6 de Março
Portaria 229-B/2008
Portaria nº 1348/2008, 1.ª SERIE, Nº 230, de 26.11.2008, Pág. 8481
Altera a Portaria n.º 229-B/2008 de 6 de Março
Portaria 229-B/2008
Despacho Normativo nº 4/2009, 2.ª SERIE, Nº 19, de 28.01.2009, Pág. 4150
Candidaturas de 2009 - Pedidos de ajuda e pedidos de apoio dos regimes financiados, cuja gestão deve ser processada pelo Sistema Integrado de Gestão e Controlo (SIGC)
Portaria nº 427/2009, 1.ª SERIE, Nº 79, Supl, de 23.04.2009, Pág. 2422(2)
Segunda alteração à Portaria n.º 229-B/ 2008, de 6 de Março
Portaria 229-B/2008
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ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO
Artigo publicado na Revista ENOVITIS, 4ª edição de 2009,
Anabela Andrade
Fertilização e gestão do solo
A composição da uva é o resultado de uma complexa interacção entre o potencial genético da variedade e as condições ambientais – clima e solo – nas quais a vinha se desenvolve. Solo, nutrição e fertilização
É a partir do solo, inquestionável recurso da Agricultura, enquanto suporte físico, meio de desenvolvimento das raízes e verdadeira reserva nutritiva das plantas, que a videira efectua, de forma natural e muito discreta, a sua alimentação; Anualmente, ciclo após ciclo, é ao solo que a videira, através do seu sistema radicular, vai buscar, os vários alimentos ou nutrientes de que necessita para o seu crescimento e desenvolvimento.
Logicamente, ano após ano, o solo vitícola sofre aquilo que poderá ser designado de perda de reservas nutritivas. Não obstante haja algumas restituições naturais graças, em particular, às folhas que naturalmente caem ao solo no Outono e aí permanecem mais tarde sob a forma de minerais resultantes da libertação do húmus, a verdade é que tais ofertas poderão não ser suficientes, por forma a garantir uma satisfatória potencialidade nutritiva. Regra geral não o são. Impõe-se então uma compensação de nutrientes, a qual poderá ser feita através de técnicas de manutenção do estado de fertilidade do solo, como a fertilização.
No quadro das necessidades nutritivas da vinha, refira-se que apesar de alguns dos elementos indispensáveis como o azoto, fósforo, potássio, magnésio e cálcio serem requeridos em maiores quantidades, tal não significa que os outros sejam negligenciáveis. De forma alguma! Na realidade, cada nutriente exerce uma função específica no seio da planta e apesar de exigidos em teores diferentes, todos os nutrientes que à luz do conhecimento actual se sabe serem indispensáveis à videira, são fundamentais ao êxito da cultura. Desequilíbrios nutricionais, carências ou toxicidades, passíveis de ocorrer, são de evitar. Mais, estão disponíveis ferramentas que permitem assegurar, com eficácia agronómica e com salvaguarda ambiental, as necessidades anuais da cultura da videira.
A propósito de preservação ambiental, saliente-se que as actuais directrizes que procuram reduzir as agressões ambientais através da racionalização de técnicas de gestão do solo tornam-se extensivas à produção agrícola, a que a cultura da vinha não é alheia. A nível do solo, passam pela prática de fertilizações racionais e de técnicas de manutenção da superfície do solo, como o enrelvamento. O enrelvamento
O revestimento da superfície do solo, ou enrelvamento, afigura-se como um sistema de gestão do solo recomendado em viticultura sustentável, estando contemplado nas Medidas Agro-Ambientais (IDRHa, 2004). Tem como principais objectivos a melhoria da estrutura do solo e da capacidade de retenção de água, a diminuição da erosão e o controlo do vigor da vinha, além de limitar a utilização de herbicidas e de melhorar a transitabilidade das máquinas.
O enrelvamento, consiste em instalar, ou deixar desenvolver temporária ou permanentemente, na totalidade ou em parte da superfície da vinha (todas as entrelinhas ou
76
uma entrelinha em cada duas), uma cobertura vegetal. Pode ser permanente ou temporário, realizado com uma única ou várias espécies vegetais, semeadas ou não (flora natural). Exige, quando realizado com espécies semeadas uma escolha rigorosa das melhores espécies a utilizar de modo a minimizar os efeitos negativos do revestimento, devendo as espécies semeadas ser suficientemente concorrentes com a flora adventícia, mas, obviamente, o menos possível com a vinha, quer a nível hídrico, quer mineral: plantas fixadoras de azoto, que tenham afinidade com auxiliares, que sejam resistentes ao calcamento e de ciclo vegetativo adequado, devem ser preferencialmente usadas.
Enrelvamento e alimentação hídrica
No enrelvamento permanente, a superfície do solo vitícola permanece coberta durante todo o ano. No enrelvamento temporário, a cobertura vegetal é destruída, mecânica ou quimicamente. Espontâneo ou semeado, utiliza-se nos casos onde são de esperar situações de stress hídrico na sequência da competição pela água: A destruição precoce do relvado permite manter algumas vantagens do enrelvamento sem os riscos de competição hídrica da flora dos relvados desde que se intervenha a partir do início do ciclo vegetativo da videira.
Em situação alguma, saliente-se, pode ser descurado o facto do enrelvamento conduzir a um maior consumo da água do solo, o que, nalguns casos, pode provocar um stress hídrico indesejável para o bom funcionamento da videira e não permissível da obtenção de uma produção que se pretende de qualidade. Pode-se dizer que em situações ecológicas de déficits hídricos estivais, onde não há possibilidade de rega, a prática do enrelvamento permanente deve ser ponderada, e o enrelvamento temporário, espontâneo ou semeado, com destruição precoce da flora afim de evitar a concorrência hídrica, pode ter lugar.
Enrelvamento e alimentação mineral
Resultados publicados em literatura da especialidade ao atribuirem especial interesse dos relvados na redução do vigor, dos ataques de podridão cinzenta (Botrytis cinerea Pers), da acidez total dos mostos e aumento, por vezes substancial, da apreciação dos vinhos à prova organoléptica, não deixam de associar o revestimento da superfície do solo a estados nutricionais da vinha. De facto, os relvados, na sua competição nutritiva para com a cultura da videira, são passíveis de conduzir a uma diminuição dos teores de azoto (N), precisamente um dos constituintes mais importantes da célula vegetal que, presente nas proteínas, ácidos nucleicos, auxinas, citocininas e clorofila, é vulgarmente referido como o elemento responsável pelo vigor.
A propósito do azoto, saliente-se que as relativamente moderadas necessidades da vinha em azoto, aliadas ao gosto dos viticultores pelas incorporações azotadas conducentes ao aumento da produção, tornam a carência neste elemento um fenómeno de excepcional ocorrência na vinha. Na generalidade, são, pois, mais frequentes situações de excesso de azoto com inerentes reflexos negativos dos pontos de vista quantitativo e qualitativo — excesso de vigor com atraso da paragem de crescimento, da maturação, da desfoliação e do abrolhamento seguinte, aumento da susceptibilidade ao míldio e à podridão cinzenta, redução de antocianas e do teor de açúcares totais.
Ao reduzir o crescimento vegetativo e o vigor da vinha, o enrelvamento induz reflexos favoráveis no microclima do coberto vegetal, nomeadamente no microclima luminoso na zona dos cachos, e assim na composição do bago (aumento da cor e da concentração de antocianas nas castas tintas), e também na sanidade dos cachos (menores focos de Botrytis cinerea Pers). Neste contexto, refira-se que o revestimento da superfície do solo se tem mostrado uma medida cultural interessante nas vinhas com castas muito vigorosas.
77
Situação mais frequente nos primeiros anos de enrelvamento, a diminuição de azoto, saliente-se, pode ser mais acentuada nos casos em que o solo é pobre em matéria orgânica e muito permeável. A longo prazo, e na ausência de equilibrada adubação azotada, o enrelvamento pode induzir uma redução do azoto total do mosto e, consequentemente, perturbar a actividade das leveduras durante a fermentação alcoólica. Adições azotadas, aos mostos, podem ser necessárias.
Do ponto de vista nutricional, é de acrescentar que as vinhas em solos relvados são passíveis de mostrar um incremento dos teores de fósforo (P), elemento que considerado a base do metabolismo energético é indispensável à formação das células e, assim, ao crescimento das plantas.
Apesar de as reduzidas necessidades da vinha em fósforo, aliadas à riqueza natural dos solos neste elemento, fazerem da carência em fósforo uma das mais raramente observadas na vinha, a verdade é que ocorrem cada vez mais, entre nós, situações de vinhas com baixos teores foliares em fósforo. Nestas situações, o enrelvamento, enquanto regulador de nutrientes, pode ser interessante.
Ainda do ponto de vista nutricional, convém sublinhar que não raras vezes as vinhas enrelvadas evidenciam uma redução dos teores de magnésio (Mg). Trata-se de um elemento constituinte da molécula da clorofila, desempenhando um papel importante na fotossíntese, dele dependendo a síntese dos açúcares, das proteínas e das vitaminas, merecendo, pois, a nutrição magnesiana especial atenção em vinhas sob revestimento da superfície do solo. Suplementos magnesianos podem ser necessários.
Igualmente, digno de registo, é o facto de as vinhas submetidas a revestimento da superfície do solo mostrarem um aumento dos teores de potássio (K), nutriente frequentemente associado à qualidade das uvas, ao participar no metabolismo dos ácidos orgânicos e dos glúcidos, facilitando a sua migração.
Em suma, e não obstante alguns riscos associados, a utilização dos relvados na vinha mostra-se como uma técnica cultural capaz de manipular o vigor da videira e de permitir uma melhoria sanitária das uvas, entre outros efeitos benéficos. O seu uso deve, todavia, ser judicioso, pois que cada unidade vitícola é um caso particular.
Bibliografia:
A. Andrade, 2006. Carências e toxicidades da vinha. MADRP; D.R.A.B.L.
A. Andrade; A Aires; J. Coutinho, 1998. Ensaio preliminar de revestimento permanente do solo no comportamento da casta Chardonnay na
Região da Bairrada. Vila Real.
IDRHa. 2004. Medidas Agro - ambientais. Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica. Lisboa. 1.ª Edição.
Lopes, C. Monteiro, A. 2005. Enrelvamento da vinha. Revista da APH. 82:(4-8).
78
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO
ARTIGO PUBLICADO NO SEMANÁRIO “REGIÃO BAIRRADINA”, EM 2009
A produção integrada é “um sistema agrícola de
produção de alimentos de alta qualidade e
outros produtos utilizando os recursos naturais
e os mecanismos de regulação natural, em
substituição de factores prejudiciais ao
ambiente e de modo a assegurar, a longo prazo,
uma agricultura viável “(OILB/SROP (1993)).
De acordo com o manual de 2005 editado pelo
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento
Rural e das Pescas (ao abrigo dos nos 3,4, 5 e 6
do Art.º 6º da Portaria 65/97 de 28 de Janeiro), a
prática da produção integrada da cultura da
vinha visa a produção de uvas sãs, de boas
características enológicas e organolépticas com
respeito pelas exigências normativas nacionais
e internacionais intrínsecas à qualidade do
produto, segurança alimentar e rastreabilidade,
assegurando simultaneamente, o
desenvolvimento fisiológico equilibrado das
plantas e a preservação do ambiente.
Trata-se de uma produção ecológica ao
respeitar a protecção integrada e ao recorrer a
técnicas culturais vitícolas integradas, desde a
instalação à manutenção da cultura.
A componente protecção encontra-se definida
no manual “Protecção Integrada da Vinha - Lista
dos produtos fitofarmacêuticos; Níveis
económicos de ataque”, emanado pelo
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento
Rural e das Pescas (ao abrigo dos nos 3 e 4 do
Art.º 6º da Portaria 65/97 de 28 de Janeiro).
Dele constam não somente os critérios para a
escolha de substâncias activas aconselhadas
em protecção integrada, as substâncias activas
homologadas em protecção integrada, as listas
de produtos - substâncias activas e respectivos
produtos comerciais – aconselhados, mas ainda
um Guia de Protecção Integrada da Cultura da
Vinha relativo a pragas e doenças.
A descoberta dos produtos fitofarmacêuticos
orgânicos de síntese marca uma nova etapa nos
métodos de protecção das plantas: de uma luta
particularmente cultural, passa-se a uma luta
química cega, nos anos 50-60. Segue-se depois
a luta química aconselhada caracterizada pelo
facto de a utilização de fitofármacos de largo
espectro ser condicionada pelo Serviço Nacional
de Avisos Agrícolas (SNAA), pela realização de
tratamentos em períodos de risco e também
pela tomada de decisão do agricultor ser
influenciada por técnicos do Serviço de Avisos.
Posteriormente, e no âmbito das Medidas Agro-
Ambientais (Reg. CEE 2078/92) surge a
protecção integrada, um processo de luta contra
os organismos nocivos com recurso a métodos
que satisfaçam as exigências económicas,
ecológicas e ecotoxicológicas e valorizando a
limitação natural dos inimigos naturais, bem
como níveis económicos de ataque (NEA).
Entre as substâncias activas, ao momento não
aconselhadas em protecção integrada,
destacam-se algumas como cipermetrina,
PRODUÇÃO INTEGRADA DA VINHA
Anabela Andrade
79
carbaril, deltametrina (classe insecticidas e
acaricidas), carbendazime e tiofanato-metilo
(classe fungicidas).
A vertente técnicas culturais vitícolas integradas,
contempla procedimentos vários a ter em
consideração antes da instalação da vinha, à
plantação e após a entrada em produção.
Decisões inerentes à escolha do local,
preparação do terreno e selecção de cultivares
são dotadas de alguma flexibilidade; Já no
tocante à fertilização de fundo os procedimentos
impregnam de regras definidas, algumas de
carácter obrigatório, como seja a avaliação do
estado de fertilidade do solo e o conhecimento
das suas características físicas e químicas
através da análise de terra, por forma a
empreender-se uma fertilização racional, a qual
até pode passar pela não aplicação de
quaisquer substâncias fertilizantes; A análise
ditará o que fazer.
A plantação em produção integrada obriga à
utilização de material vegetal com passaporte
fitossanitário e proveniente de obtentores
/viveiristas oficialmente autorizados. Os porta-
enxertos devem ser sempre de categoria igual
ou superior a material certificado (etiqueta azul
ou branca); Os garfos a utilizar na enxertia ou
no fabrico de enxertos prontos, devem ser
preferencialmente oriundos de selecção
genética e sanitária, devido às garantias e
ganhos quantitativos e qualitativos que tais
materiais proporcionam.
Após a entrada em plena produção, os
normativos voltam a ser algo exigentes no
domínio da fertilização, sendo obrigatórias as
análise de terra de quatro em quatro anos e a
análise foliar anual. Os fertilizantes, salvo
situações de excepção, devem ser
obrigatoriamente aplicados ao solo.
Técnicas culturais como a manutenção do solo
são algo flexíveis, pese embora o uso de alfaias
como a fresa deva ser evitado, o coberto vegetal
(temporário ou permanente) deva ser
incrementado e o uso de herbicidas deva ser
confinado à linha.
A poda e a forma de condução devem facultar
uma sebe com adequada superfície foliar
exposta, por forma a aumentar a produtividade
fotossintética e, consequentemente, uma maior
acumulação de açúcares no bago. Intervenções
em verde como a desponta e a desfolha são
recomendadas.
Hoje, as orientações que procuram reduzir as
agressões ambientais, através da racionalização
de fitofármacos e fertilizantes, tornam-se
extensivas à produção agrícola com recurso à
prática da produção integrada, a que a cultura
da vinha não é, pois, alheia.
Bibliografia:
MADRP, 2005. Produção Integrada da Cultura da vinha.
Anabela Andrade
PRODUÇÃO INTEGRADA DA VINHA
80
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO
ARTIGO PUBLICADO NO SEMANÁRIO “REGIÃO BAIRRADINA”, EM 2009
Nas últimas décadas, as mobilizações enquanto
principal técnica de gestão do solo da vinha, foram
complementadas e/ou substituídas pela aplicação
de herbicidas, em particular na linha.
As agressões ambientais decorrentes do uso mais
ou menos generalizado de herbicidas como
contaminação de aquíferos, o aparecimento de
infestantes resistentes aos herbicidas e a selecção
do tipo de flora, têm aconselhado a utilização de
sistemas alternativos de gestão do solo vitícola
capazes de minimizarem tais efeitos.
Neste contexto, o enrelvamento afigura-se como
um sistema de gestão do solo recomendado em
viticultura sustentável, estando contemplado nas
Medidas Agro-Ambientais (IDRHa, 2004).
O enrelvamento consiste em instalar ou deixar
desenvolver temporária ou permanentemente, na
totalidade ou em parte da superfície da vinha (todas
as entrelinhas ou uma entrelinha em cada duas)
uma cobertura vegetal.
Pode ser permanente ou temporário, realizado com
uma única ou várias espécies vegetais, semeadas
ou não (flora residente ou natural).
A usar judiciosamente, pois que cada Unidade
Terroir Vitícola é um caso particular, o
enrelvamento (revestimento) tem associados não
apenas potenciais efeitos benéficos mas também
inconvenientes.
Entre as vantagens mais comuns do revestimento
da vinha salientam-se:
• a redução da erosão do solo e do escorrimento
superficial da água devido aos seus efeitos mais ou
menos directos na intercepção das gotas da chuva,
protegendo desse modo os agregados, no aumento
da infiltração devido à macro e microporosidade
resultante das raízes das espécies da flora e no
aumento da resistência ao escorrimento;
a melhoria da transitabilidade das máquinas agrícolas
em qualquer altura do ano e subsequente facilidade da
mecanização das diversas operações culturais, sobretudo
a pré-poda mecânica, os tratamentos fitossanitários
ENRELVAMENTO DA VINHA
Anabela Andrade
81
• após uma chuvada, e até a colheita
mecânica em situação de vindimas chuvosas.
• a redução do crescimento vegetativo e do
vigor da vinha com reflexos favoráveis no
microclima do coberto vegetal, nomeadamente
no microclima luminoso na zona dos cachos, e
assim na composição do bago (aumento da cor
e da concentração de antocianas nas castas
tintas), e também na sanidade dos cachos
(menores focos de Botrytis cinerea Pears.).
• o aumento da biodiversidade com
benefícios para os organismos auxiliares.
Entre os inconvenientes associados ao uso do
revestimento destacam-se:
• a competição da flora dos relvados pelos
recursos hídricos, pelo que em situações
ecológicas de déficits hídricos estivais, onde não
há possibilidade de rega, a prática do
enrelvamento permanente deve ser ponderada
e o enrelvamento temporário, espontâneo ou
semeado, com destruição precoce da flora afim
de evitar a concorrência hídrica, pode ter lugar.
• a diminuição dos teores de azoto em vinhas
relvadas sobretudo à base de gramíneas.
Refira-se que o déficit em azoto, mais frequente
nos primeiros anos de enrelvamento, pode ser
mais acentuado nos casos em que o solo é
pobre em matéria orgânica e muito permeável.
A longo prazo, e na ausência de equilibrada
adubação azotada, o enrelvamento pode induzir
uma redução do azoto total do mosto e,
consequentemente, perturbar a actividade das
leveduras durante a fermentação alcoólica.
Normalmente, nas vinhas com declive
acentuado, sensíveis ao escoamento e erosão e
em solos com textura fina, profundos e com
fortes reservas de água, e ocupados com castas
muito vigorosas, o revestimento parece a ser
uma medida cultural interessante.
De referir que quando se faz o enrelvamento
com espécies semeadas deve proceder-se a
uma escolha rigorosa das melhores espécies a
utilizar de modo a minimizar os efeitos negativos
do relvado: assim, as espécies semeadas
devem ser suficientemente concorrentes com a
flora adventícia mas o menos possível com a
vinha devendo recorrer-se a plantas fixadoras
de azoto, que tenham afinidade com auxiliares,
que sejam resistentes ao calcamento e de ciclo
vegetativo adequado.
Por último, e não obstante impere a
prossecução de trabalhos conducentes à
obtenção de resultados mais robustos, a
utilização dos relvados na vinha mostra-se como
uma técnica cultural capaz de manipular o vigor
da videira e de permitir uma melhoria no estado
sanitário das uvas, entre outros efeitos
benéficos.
Bibliografia:
A. Andrade et al. 1998. Ensaio preliminar de revestimento
permanente do solo no comportamento da casta Chardonnay
na Região da Bairrada. Vila Real.
IDRHa. 2004. Medidas Agro- ambientais . Instituto de
Desenvolvimento Rural e Hidráulica. Lisboa. 1.ª Edição.
Lopes Carlos M. A., 2005: Textos de apoio às aulas; ISA.
Lopes, C. Monteiro, A. 2005. Enrelvamento da vinha. Revista
da APH. 82:(4-8).
FICHA INFORM ATIVA
Anabela Andrade - DRAPC 2009
ENRELVAMENTO DA VINHA
82
ANEXO II – ARTIGOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO
ALTERNATIVAS DE CONDUÇÃO NA CASTA BAGA
Anabela ANDRADE1; Amândio CRUZ3; M. António BATISTA2;
A. DIAS-CARDOSO2; Rogério de CASTRO3 1 DRAP CENTRO ([email protected]) 2 CAVES MESSIAS ([email protected]) 3 INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA ([email protected])
RESUMO
Na casta Baga na Região Demarcada da Bairrada, compararam-se os efeitos do sistema de condução na resposta fisiológica e agronómica durante o ciclo vegetativo de 2007. As variáveis estudadas foram: dois tipos de arquitectura do coberto vegetal (Monoplano Ascendente (MA) vs LYS) e quatro alternativas de monda (M1 – supressão dos ladrões do tronco e braço (sem monda de cachos); M2 – supressão dos ladrões do tronco e braço, com monda, ficando 1 cacho/sarmento ao bago de ervilha; M3 – supressão dos ladrões do tronco e braço, com monda, ficando 1 cacho/sarmento ao pintor e M4 – supressão dos ladrões do tronco e braço, com monda qualitativa a culminar ao pintor).
O sistema LYS, com menores índices de fertilidade e de potencial hídrico foliar de base, indicador de uma menor disponibilidade hídrica na zona radicular, e menores valores de fotossíntese líquida à maturação, originou rendimento similar ao MA.
Os vinhos obtidos no LYS, apresentaram superior teor de TAP, antocianinas e polifenóis e foram organolepticamente mais apreciados.
A monda de cachos provocou redução no rendimento, aumento do peso do cacho, aumento de concentração de açúcares e diminuição da acidez total dos bagos.
Palavras – chave: Baga, sistema de condução, monda de cachos, rendimento, qualidade.
1 - INTRODUÇÃO
A casta Baga, dominante no encepamento tinto da Região da Região da Bairrada, é caracterizada, de um modo geral, por um forte vigor, elevada fertilidade, porte retombante, maturação tardia e grande sensibilidade à podridão cinzenta. Todavia, escasseia a aplicação de conhecimentos já disponíveis, assim como, a prossecução de estudos de consolidação de potencialidades genéticas da casta, de gestão da vegetação e de alternativas de estrutura permanente, aliados, por seu turno, à exigência actual de uma maior sistematização das operações culturais.
O presente trabalho, visou avaliar, durante o ciclo vegetativo de 2007, o efeito de diferentes sistemas de condução, nomeadamente a forma de base ou arquitectura da planta, sobre a ecofisiologia da planta/vinha de Baga, bem como sobre parâmetros do rendimento e da qualidade. As variáveis estudadas do sistema de condução foram a forma de base da planta − Monoplano Ascendente (MA) e Lys (LYS) − e a monda de cachos.
2 - MATERIAL E MÉTODOS
Incidindo sobre a cultivar Baga enxertada em 3309 C (Riparia tomentosa x Rupestris Martin), o estudo foi instalado em Janeiro de 2007, na “Quinta do Valdoeiro” pertencente à empresa Caves Messias, localizada no concelho da Mealhada a 38º 82’ de Latitude Norte e a 9º 17’ de Longitude Oeste. O ensaio integrado na Região Demarcada da Bairrada, numa vinha com de 2,1 ha, com orientação N – S e ligeiro declive, situada a cerca de 50 m de altitude, foi instalada em 1998, com compasso de 2,5 m x 1,25 m (3200 plantas por hectare.
83
O solo, argilo-calcário, caracteriza-se por uma textura pesada, um pH (H2O) pouco alcalino, medianamente provido em potássio assimilável, pobre em fósforo assimilável, de elevada capacidade de troca catiónica e de elevado grau de saturação em bases. O clima da região onde se insere a vinha, segundo o balanço hídrico de Thornthwaite, é moderadamente húmido, mesotérmico, de deficiência moderada de água no Verão e medianamente temperado e chuvoso no Inverno (Cruz et al, 2001).
Sob um delineamento em “split-plot”, ensaiaram-se duas formas de condução – Monoplano ascendente (MA) e LYS (LYS) e quatro níveis de monda: M1 – supressão dos ladrões do tronco e braço (monda zero); M2 – supressão dos ladrões do tronco e braço (monda zero) + monda, ficando 1 cacho/sarmento ao bago de ervilha; M3 – supressão dos ladrões do tronco e braço (monda zero) + monda, ficando 1 cacho/sarmento ao pintor e M4 – supressão dos ladrões do tronco e braço (monda zero) + monda qualitativa a culminar ao pintor. A análise dos dados foi efectuada através dos programas Excel e Statistica 6.0: os parâmetros intrínsecos à evolução da maturação foram submetidos a cálculo de médias e respectivo erro padrão; os restantes resultados foram tratados estatisticamente com recurso ao teste de F para a análise de variância, e expressos como não significativos (ns), significativos para p <0,05 (*), p <0,01 (**) e p <0,001 (***). Sempre que a análise revelou diferenças significativas procedeu-se à comparação de médias com base no teste de Duncan e um nível de significância de 0,05.
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 - Potencial hídrico foliar (ΨΨΨΨf)
Em ambas as formas de condução, LYS e MA, o potencial hídrico foliar (Ψf) de base foi naturalmente decrescente do pintor à colheita (Figura 1), traduzindo a redução de disponibilidades hídricas do solo ao longo da maturação das uvas e tomando à vindima valores baixos; em ambas as fases de avaliação, o LYS, evidenciou teores ligeiramente mais baixos que a forma MA. Considerando -0,4 MPa como o valor crítico considerado como uma limitação em termos hídricos à actividade metabólica das plantas (Deloire et al., 2003), constata-se que ao pintor, LYS e MA, com valores de -0,30 e -0,26 MPa, desfrutavam de uma boa disponibilidade hídrica no solo, o que é compreensível face à precipitação ocorrida nos meses anteriores. Tal comportamento não se verificou à maturação em que, não obstante a ocorrência de precipitação em meados de Agosto e, também em Setembro, os valores do potencial hídrico foliar (Ψf) de base do LYS e do MA foram, respectivamente, -0,54 e - 0,46 MPa − valores estes que segundo Ojeda (2001) são, à maturação, coadunáveis com vinhos de qualidade.
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
11-Ago-07 26-Set-07
Po
t. h
ídri
co
(M
Pa
)
LYS MA
Figura 1. – Potencial hídrico foliar (Ψf ) de base, ao pintor e à vindima. Sistemas de condução: LYS e MA. Média ± erro padrão de 8 folhas por modalidade. Casta Baga, Bairrada 2007.
84
3.2 - Evolução da maturação e qualidade à vindima
A evolução do TAP (% v/v) por modalidade de condução/nível de monda, consta da Figura 2, dela ressaltando a detenção da maior acumulação de açúcares totais pela forma LYS, independentemente do nível de monda.
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
TA
P (
% V
/V)
M1 M2 M3 M4
MALYS
Figura 2.− Evolução, ao longo da maturação, do TAP, nas formas LYS e MA/nível de monda. Casta Baga, Bairrada, 2007.
Igualmente evidente é a influência do nível de monda, nas duas formas de arquitectura, pois que os valores correspondentes a M1 foram sempre inferiores aos dos restantes níveis de monda, não obstante a sua proximidade com M3 no primeiro controlo, facto compreensível pois que M3 representa a prática de monda exactamente ao pintor.
Das Figuras 3 e 4 sobressai o contributo da forma LYS no aumento do teor de antocianas e de polifenóis totais na ausência de monda, bem como o efeito favorável da monda sobre tais compostos determinantes na cor e sabor dos vinhos tintos.
0
300
600
900
1200
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
An
tocia
na
s (m
g/l
)
M1 M2 M3 M4
MALYS
Figura 3. − Evolução, ao longo da maturação, do teor de antocianas nas formas LYS e MA/nível de monda. Casta Baga, Bairrada, 2007.
85
0
20
40
60
80
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
12
-Ag
o
19
-Ag
o
2-S
et
9-S
et
16
-Set
23
-Set
27
-Set
Po
life
nó
is T
ota
is (
DO
28
0n
m)
M1 M2 M3 M4
MALYS
Figura 4. − Evolução, ao longo da maturação, dos polifenóis totais, nas formas LYS e MA/nível de monda. Casta Baga, Bairrada, 2007.
3.2.1 – Características dos mostos e dos vinhos
Os valores constantes do Quadro 1 são o resultado da análise efectuada aos mostos correspondentes às modalidades (8) submetidas a vinificação. Sobressai a diferença entre sistemas de condução (compare-se LYS M1 com MA M1), bem como a tendência da monda para favorecer, em ambos os sistemas e notoriamente no MA, parâmetros como o TAP e a acidez total.
Quadro 1. – Influência do sistema de condução e da supressão de cachos nos parâmetros analíticos do mosto à entrada da adega (28/09/2007). Valores médios por modalidade. Casta Baga, Bairrada, 2007.
Parâmetros
Unidade
Lys M1
Lys M2
Lys M3
Lys M4
MA M1
MA M2
MA M3
MA M4
Acidez total
Ac.tart. (g/L)
5,7
5,5
5,4
5,2
6,2
5,5
5,6
5,4
pH __
3,2
3,23
3,23
3,24
3,15
3,26
3,21
3,26
Açúcar total
g/L
199
214
210,9
217,4
172,4
204,5
201,7
209,9
Ácido málico
g/L
1,9
1,9
1,9
1,8
2,3
2,2
1,9
2,0
Ácido tartárico
g/L
4,6
4,7
4,6
4,5
4,8
4,5
4,4
4,6
TAP % v/v
11,4
12,2
12,0
12,4
9,8
11,7
11,5
12,0
No Quadro 2 estão patentes os resultados das análises dos vinhos efectuadas imediatamente após a primeira trasfega. É notória a concordância com os valores verificados no mosto; e, a variabilidade de alguns parâmetros estará relacionada provavelmente com a própria evolução do mosto após a fermentação.
86
Quadro 2 – Influência do sistema de condução e da supressão de cachos nos parâmetros analíticos do vinho (análise efectuada em Outubro de 2007). Valores médios por modalidade. Casta Baga, Bairrada, 2007.
Parâmetros
Unid
Lys M1
Lys M2
Lys M3
Lys M4
MA M1
MA M2
MA M3
MA M4
Massa volúmica a 20 º g/ml
0,9943
0,9947
0,9944
0,9944
0,9951
0,9941
0,9939
0,9938
TAV a 20 º % vol
11,5
12,6
12,3
12,6
9,9
11,8
11,7
12,3
Acidez volátil Ac acét
(g/L)
0,26
0,27
0,27
0,29
0,27
0,27
0,29
0,3
Acidez total Ac tart
(g/L)
7,7
8,3
8,1
8
7,7
7,7
7,9
7,9
pH …
3,4
3,37
3,38
3,39
3,31
3,44
3,35
3,4
Antocianas mg/L
490
592
549
506
280
444
428
452
Açúcares redutores g/L
2,2
4,4
3,7
4,3
2,4
2,0
2,1
2,2
Extracto seco total g/L
29,4
33,9
32,2
-
26,9
-
29,2
30,8
ÍPT (DO 280 nm)
…
38
43
40
41
25
37
31
36
Ácido málico g/L
2,6
2,7
2,7
2,6
2,5
2,6
2,5
2,7
3.3 - Rendimento e suas componentes
No tocante ao rendimento e suas componentes (Quadro 3), destaca-se que a forma de condução influenciou significativamente o número de cachos à vindima e o peso por cacho: de facto, o LYS, com menores índices de fertilidade, deteve o maior número de cachos/planta, tendo diferido significativamente do MA: 17,2 vs 12,9 cachos/planta, respectivamente.
Quadro 3. - Influência do sistema de condução e da supressão de cachos no rendimento e suas componentes. Valores médios por sistema de condução, modalidade de monda e interacção sistema de condução x monda. Casta Baga, Bairrada, 2007.
Factores Nº cachos/cepa
Produção/ Cepa (Kg)
Peso/cacho (g)
Rendimento (t/ha)
LYS 17,2 4,55 267,6 14,6
MA 12,9 4,28 337,3 13,7
Sig. *** ns *** ns
M1 20,9 a 5,83 a 279,5 b 18,7 a
M2 13,2 b 3,82 b 294,8 b 12,2 b
M3 14,2 b 3,81 b 280,6 b 12,2 b
M4 12,0 c 4,20 b 355,0 a 13,4 b
Sig. * *** ** ***
87
LYS M1 21,2 a 5,22 ab 246,4 b 16,7 ab
LYS M2 15,6 b 3,94 bc 248,4 b 12,6 bc
LYS M3 16,9 ab 4,10 bc 244,1 b 13,1 bc
LYS M4 15,1 bc 4,96 abc 331,6 a 15,9 abc
MA M1 20,7 a 6,44 a 312,7 ab 20,6 a
MA M2 10,8 d 3,71 bc 341,7 a 11,9 bc
MA M3 11,4 cd 3,53 c 317,1 ab 11,3 c
MA M4 8,8 d 3,44 c 378,3 a 11,0 c
Sig. * * * *
Nota: Sig. Nível de significância; ns – não significativo ao nível de 0,05 pelo teste de F; * - significativo ao nível de 0,05; ** - significativo ao nível de 0,01; *** - significativo ao nível de 0,001. Em cada coluna os valores seguidos da mesma letra não diferem significativamente ao nível de 0,05 pelo teste de Duncan.
Contudo, o peso médio do cacho foi menor no LYS e significativamente diferente do peso médio do cacho da forma MA; As produções por planta de ambas as formas, LYS e MA, com valores médios de 4,55 e 4,26 kg, respectivamente, não revelaram diferenças significativas e o rendimento, manifestou igual comportamento, sendo tendencialmente superior no LYS. A monda influenciou significativamente o número de cachos, a produção por planta e o peso por cacho: Concretamente, a M1 (supressão dos ladrões do tronco e braço (sem monda)) com o maior número de cachos por planta (20,9) e a maior produção por planta (5,83 kg) diferiu significativamente das restantes modalidades, sendo de destacar a M4 (supressão dos ladrões do tronco e braço e com monda qualitativa a culminar no pintor) com 12,0 cachos e uma produção de 4,20 kg/cepa. Esta modalidade com um peso por cacho de 355,0 g, diferiu significativamente das restantes as quais, com pesos de 279,5 (M1), 280,6 (M3) e 294,8 g (M2), não diferiram entre si. O maior rendimento verificou-se em M1 que com 18,7 t/ha diferiu das restantes modalidades de monda, sendo estas iguais entre si e com valores oscilando entre 13,4 (M4) e 12,2 (M2 e M3) t/ha.
Os menores rendimentos foram obtidos pelas interacções LYSxM2 (12,6 t/ha), MAxM2 (11,9 t/ha), MAxM3 (11,3 t/ha) e MAxM4 (11,0 t/ha). A modalidade LYSxM4, com 15,9 t/ha, originou um rendimento superior a qualquer das interacções MAxM (com monda).
4 - CONCLUSÕES
O sistema MA produziu bagos menos açucarados e mais ácidos, menos ricos em antocianinas e polifenóis totais, e observaram-se diferenças entre sistemas de condução no tocante aos valores de álcool provável, tendo o LYS originado os maiores valores de TAP (% v/v).
Em ambas as formas de condução, o potencial hídrico foliar (Ψf) de base teve um comportamento decrescente do pintor à colheita, traduzindo a redução de disponibilidades hídricas do solo ao longo da maturação das uvas e tomando à vindima valores conducentes a vinhos de qualidade.
A monda de cachos provocou um menor rendimento, um aumento do peso do cacho, um aumento de concentração de açúcares e uma diminuição da acidez total dos bagos. As interacção LYSxM2 e LYSxM4 originaram o maior valor de TAP, sendo de realçar que o sistema LYS mesmo sem monda (M1) apresentou valores próximos de algumas modalidades mondadas no MA, mas com rendimento bastante superior (ca. 50%).
No terroir específico do ensaio, o LYS, sistema que proporciona elevada SFE, revelou condições ecofisiológicas favoráveis para produções elevadas aliadas a uma boa evolução dos bagos do pintor à vindima, o que indubitavelmente confirma o potencial deste sistema em condições temperadas não devendo ser descurada a sua divulgação como ferramenta na obtenção de melhores resultados vitícolas numa casta que, sendo emblemática da Bairrada, é sobejamente conhecida como problemática.
88
5 - REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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