RELATO DE CASO Leiomiossarcoma mixoide de vagina: relato ...
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Relato de Caso
CIPRIANI, R.F.F.¹; HENDGES, C.¹; SCHMIDT, R. C.¹ ; NEGRETTI, F.²
¹ Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná² Orientador - Docente do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Identificação• Nome: N.P.L.• Idade: 37 anos• Sexo: Masculino• Procedência: Pato Branco• Estado civil: Solteiro• Religião: Evangélico• Escolaridade: 1º grau incompleto
Caso Clínico
20/02/08:• QP: Lesões vegetantes em região perianal em
tratamento, há sete anos, sem melhora.
Paciente HIV positivo em tratamento antiretroviral há 6 anos
Dados Clínicos• HMP Internamentos: Tuberculose há 9 anos “Herpes” em MSD há 5 anos
Cirurgias: Correção de Condilomas Anais há 7 anos
Nega HAS e DM
Dados Clínicos• HMF Mãe hipertensaPai falecido de causas naturaisNega CA familiar
• CMVNega etilismo/tabagismoAlimentação rica em frituras/docesSedentarismo
• Revisão de Sistemas n.d.n.
Dados Clínicos• Exame FísicoBEG, LOTE, AAA, hidratado, normocoradoFC: 82 bpm FR: 14 irpmACV: BRNF, 2T, sem soprosAR: MV presente, simétrico, sem RAAbdome globoso (flácido), RHA presentes, sem
dor a palpação, timpanismo à percusão
Hipóteses Diagnósticas• Condiloma Acuminado• Molusco contagioso• Condylomata lata• Tumor de Buschke-Lowestein• Eritroplasia de Queyrat• Carcinoma Espinocelular• Carcinoma nodular • Cistos sebáceos
Evolução20/08/08:Internação para realização de Hemorroidectomia +
Excisão de Condilomas
• Exame FísicoBEG, LOTE, AAA, hidratado, normocoradoFC: 82 bpm FR: 14 irpmACV: BRNF, 2T, sem soprosAR: MV presente, simétrico, sem RAAbdome globoso (flácido), RHA presentes, sem dor a
palpação, timpanismo à percusão
Evolução21/08/08:
1º dia de PO
Paciente apresentou dificuldade para urinar, sendo usada SVA e medicação analgésica
Evacuações Normais
• Exame Físico: BEG, LOTE, AAA, hidratado, normocoradoFC: 70 bpm FR: 16 irpmACV: BRNF, 2T, sem soprosAR: MV presente, simétrico, sem RAAbdome: s.p.
Laudo Anatomopatológico• Material RecebidoExérese de pele simples
• Fixado em formalina tamponada a 10%• Consiste em 5 fragmentos medindo: 1,4 x 1,2 x
0,8 cm e 3,0 x 2,0 x 1,8 cm.• Tecido pardacento, elástico e homogêneo.• Superfície vegetante, condilomatosa
esbranquiçada, elástica ora friável.
Laudo - Microscopia• Epitélio escamoso estratificado com acantose,
papilomatose, alongamento e fusão dos cones epiteliais e hiperceratose ortoceratótica.
• Coilócitos • Desarranjo causado por células com núcleos
irregulares e binucleação• Ausência de atipia maligna• Lâmina basal íntegra• Lâmina própria com infiltrado inflamatório
linfomonocitário em discreto grau, com agrupamentos focais
• Bordas envolvidas pela lesão
Microscopia
Coloração: HE Retirado de http://www.anaisdedermatologia.org.br/public/figuras
Diagnóstico• Condiloma Acuminado Anal Gigante
Disposto em múltiplos fragmentos e com bordos envolvidos
ANATOMIA• Parte terminal do intestino grosso e canal
alimentar;
• Limites: Superior – diafragma pélvico
Inferiormente – ânus;
• Circundado pelos mm. esfíncteres interno e externo do ânus.
Retirado de MOORE, K. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed. Guanabara Koogan. 2007. Rio de Janeiro
• Linha pectinada:
Limite inferior das válvulas anais;
Junção da parte superior, visceral, com a parte inferior, somática, do canal anal.
Retirado de MOORE, K. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed. Guanabara Koogan. 2007. Rio de Janeiro
HISTOLOGIA• Porção superior: Mucosa com glândulas de
Lieberkühn tubulosas, nódulos linfóides isolados podem ser encontrados na mucosa e se estenderem até a submucosa;
• Terço médio: Após a linha pectinada, a mucosa é revestida por um epitélio pavimentoso não-queratinizado;
• Ânus: Coberto por pele perianal, revestido por epitélio pavimentoso queratinizado (epiderme).
Retirado de KIERSZENBAUM, A. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução à Patologia. 2ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier. 2008.
Retirado de KIERSZENBAUM, A. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução à Patologia. 2ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier. 2008.
Condilomas Acuminados:
•Infecção por HPV;
•DST mais diagnosticada no Brasil entre 1998 e 2001;
•Aumendo de incidência Associado a AIDS;
•Localização perianal e anal: mais frequente em homens jovens;
•Em Crianças: pode ser indicativo de abuso sexual;
Tumor de Buschke – Lowestein (BLT):
•1925 – descrito;
•1964 – Dawnsow e Colaboradores;
•Incidência de 0,1% na população geral;
•Relação com subtipos específicos do HPV;
•Localizações: Pênis, Vulva, Região Anal e Perianal, Cavidades Oral e Nasal e Laringe;
Tumor de Buschke – Lowestein (BLT):
•Lesão em Forma de Couve-Flor;
•Crescimento lento e invasivo;
•Grande potencial de malignização;
•Alto Indice de Recidivas;
Figure 1: Cawliflowerlike and fistulized tumor, measuring 10 x 15 cm, located in the perineal region and extending from coccygeal region to scrotum.
http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surgery/volume_9_number_2/article/buschke_lowenstein_tumor_case_report_and_review_with_focus_on_therapeutic_and_psychological_aspects.html
Tumor de Buschke – Lowestein (BLT):
•Tratamento – Controverso
•Cirurgia X Radioterapia X Imunoterapia
Conclusão:
•A possibilidade de evolução pra Tumor de Buschke-Lowestein e Carcinoma Espinocelular justifica o acompanhamento de todos os casos de condiloma acuminado.
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