Registo ed174

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 29 de Setembro de 2011 | ed. 174 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Luís Campos e Cunha Em entrevista ao Registo, o presidente da SEDES e ex-ministro das Finanças analisa o actual momento do país e reconhece que sair da situação de crise não será tarefa fácil. Campos e Cunha estará este sábado em Évora para lançar o núcleo regional da SEDES: “Procuramos levantar problemas e trazer para a discussão pública as soluções alternativas que possam existir”. 07 07 Luís Pardal | Registo Estudo avalia Parkinson Primeiro estudo epidemiológico de base populacional realizados no nosso País. O primeiro estudo epidemiológico de ava- liação da prevalência da doença de Parkin- son (DPk) arranca hoje em Évora e inclui rastreios em diversas cidades do Alentejo. O trabalho, promovido pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson com o apoio da Direcção-Geral da Saúde, irá determinar a prevalência da doença a ní- vel nacional, permitindo comparar dados com outros países. Trata-se de uma doença neurológica degenerativa do sistema ner- voso central, para a qual ainda não existe cura. Embora não existam dados concretos, estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofrem de Parkinson. “Não será fácil sair da pré-bancarrota” Alentejo Dia Mundial do Turismo Pág.09 As comemorações do Dia Mundial do Turismo decorreram no Alentejo, por entre apelos à procura interna e visita a obras em Vila Viçosa e Évora. De acordo com a Turismo do Alentejo, estão em desenvolvimen- to 130 projectos turísticos na região, num investimento que representa 92 milhões de ajudas comunitárias. D.R. 08 08 D.R. Energia Arraiolos LED Pág.03 Arraiolos inaugurou a ilu- minação LED em diversas zonas do centro histórico, projecto que permi- tirá reduzir a factura energética do município em cerca de 30%. Presiden- te de câmara diz que Arraiolos, além dos tapetes, vai ficar conhecida como “vila LED”. D.R.

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Edição 174 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 29 de Setembro de 2011 | ed. 174 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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Luís Campos e Cunha Em entrevista ao Registo, o presidente da SEDES e ex-ministro das Finanças analisa o actual momento do país e reconhece que sair da situação de crise não será tarefa fácil. Campos e Cunha estará este sábado em Évora para lançar o núcleo regional da SEDES: “Procuramos levantar problemas e trazer para a discussão pública as soluções alternativas que possam existir”.

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Luís Pardal | Registo

Estudo avalia ParkinsonPrimeiro estudo epidemiológico de base populacional realizados no nosso País. O primeiro estudo epidemiológico de ava-liação da prevalência da doença de Parkin-son (DPk) arranca hoje em Évora e inclui rastreios em diversas cidades do Alentejo. O trabalho, promovido pela Associação

Portuguesa de Doentes de Parkinson com o apoio da Direcção-Geral da Saúde, irá determinar a prevalência da doença a ní-vel nacional, permitindo comparar dados com outros países. Trata-se de uma doença

neurológica degenerativa do sistema ner-voso central, para a qual ainda não existe cura. Embora não existam dados concretos, estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofrem de Parkinson.

“Não será fácil sair da pré-bancarrota”

AlentejoDia Mundial do TurismoPág.09 As comemorações do Dia Mundial do Turismo decorreram no Alentejo, por entre apelos à procura interna e visita a obras em Vila Viçosa e Évora. De acordo com a Turismo do Alentejo, estão em desenvolvimen-to 130 projectos turísticos na região, num investimento que representa 92 milhões de ajudas comunitárias.

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EnergiaArraiolos LEDPág.03 Arraiolos inaugurou a ilu-minação LED em diversas zonas do centro histórico, projecto que permi-tirá reduzir a factura energética do município em cerca de 30%. Presiden-te de câmara diz que Arraiolos, além dos tapetes, vai ficar conhecida como “vila LED”.

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2 29 Setembro ‘11

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“Último olé na Catalunha” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Nos últimos tempos só temos ouvido falar do despesismo exagerado na Madeira. É de facto condenável gastar dinheiro dos contribuintes para alimentar um “prestígio” pessoal de um dirigente político. Mas estes assuntos não devem ser usados como arma de arremesso em campanha eleitoral, pois os governos anteriores conheciam-no e nada fizeram.

O que se passou na Madeira, pode ser o exem-plo daquilo que se passa pelos vários municípios do nosso País.

Como é o exemplo em Estremoz, a anterior câma-ra socialista esbanjou dinheiro em obras desnecessá-rias na cidade.Além de ser de uma mente pequena querer construir tudo no centro da cidade, as obras que foram realizadas não têm qualquer tipo de uti-lidade.

Dois exemplos que ilustram bem esta situação, é o caso da Casa de Estremoz e a construção do mercado coberto.

A Casa de Estremoz não tem qualquer tipo de funcionalidade que não pudesse ser realizada noutra infra-estrutura já existente em Estremoz. Quanto ao

“ex-futuro” mercado coberto, além do alto custo que teve nas finanças estremocenses, tristemente se che-gou à conclusão de que para nada servia, visto que, não reúne, segundo alega a câmara municipal, as condições mínimas legais necessárias para o desen-volvimento de uma actividade económica. Mas mais chocante ainda é o facto de ser ter construído “uma barraca de lata” junto a um edifício que é considerado um dos melhores exemplos do barroco no Alentejo.

Pergunto: o IPAR não foi consultado? O IPAR que tantos obstáculos coloca em qualquer repa-ração dos edifícios de Estremoz, não reparou na “barraca de lata”? Ou será que havia coincidência política na cor do decisor do IPAR e na câmara so-cialista anterior? Ou será ainda que a monumental cidade de Estremoz deixou de ser zona protegida?

Com esta crise que atravessamos, em que toda a po-pulação irá sentir as dificuldades económicas, espero que este exemplo e outros sirvam como lição, para que os nossos governantes sejam responsáveis. O di-nheiro dos contribuintes deve ser gasto em benefícios próprios e não em obras desnecessárias que só servem para alimentar “prestígio pessoal” do decisor político.

O despesismo irresponsável no País

Mariana assis E santosEstudante

Os tempos de crise e de transição obrigam-nos, devem obrigar-nos, a uma reflexão profunda sobre as suas causas. A crise não é apenas financeira nem econó-mica. Todos sabemos disso. E também não é exclusiva da portugalidade. É transversal e globalizante, com maior incidência no mundo ocidental.

Mas Portugal, de há vários anos a esta parte, entrou numa rota perigosa que infelizmente desembocou numa situação gravíssima que nos levou a pedir, pela terceira vez, ajuda financeira internacional.

É bom lembrar que foi sempre o PS que nos levou ao ponto de ruptura. Todos nos lembramos do confis-co do subsídio de natal, em 1983, pelo então primeiro-ministro Mário Soares através da aplicação de um imposto extraordinário e retroactivo sobre o décimo terceiro mês. Foi durante os governos socialistas que aumentou, mais que em todos os outros governos a divida pública, o número de funcionários públicos, a aquisição de frota automóvel de luxo, enfim, o esban-jamento, em geral. Também nos lembramos que foi António Guterres que integrou automaticamente nos quadros do Estado, todos os prestadores de serviços que à data trabalhavam para o Estado, tornando fun-cionários públicos milhares de avençados.

Uma medida socialmente justa, popular, sem dúvi-da, mas cega, que não acautelou aquilo que eram ne-cessidades permanentes e necessidades eventuais dos organismos públicos.

Agora, é ao PSD que cabe reestruturar a Adminis-tração Central e Local, através da apresentação de me-didas que as tornem mais eficientes, o que passa, neces-sariamente, pela extinção parcial da complexa máquina administrativa, tal como a conhecemos até hoje.

O primeiro-ministro já apresentou a reforma da ad-ministração local, que me parece oportuna e sensata.

O Governo anterior, durante o seu reinado, delapi-dou os recursos do país e dos portugueses e obriga-nos

a mudar de vida. É evidente que a contestação social vai acontecer, face às crescentes dificuldades das fa-mílias.

Mas seria bom que todos tivessem consciência que as medidas que estão a ser tomadas são consequência directa e necessária da má gestão socialista, que tem um nome e um rosto. Não é uma opção do primeiro-ministro de Portugal.

É por isso que os actuais deputados da república do Partido Socialista, não têm margem de manobra política para críticas, e é até patente o embaraço de al-guns, sempre que fazem uma intervenção na casa da democracia.

Antigos ministros que contribuíram para o declínio da nação, como se tal lhes fosse alheio e sem que ne-nhuma responsabilidade lhes possa ser assacada, pe-los prejuízos causados ao país, parecem agora sofrer de uma amnésia colectiva insanável e alienante, o que causa no cidadão comum um sentimento de indigna-ção. Não contesto a sua legitimidade política porque estão eleitos democraticamente para o exercício do seu mandato. Mas contesto a sua autoridade moral quan-do criticam as medidas que não podem deixar de ser tomadas, face às políticas desastrosas que ajudaram a implementar e a executar.

A História política recente e a evolução da dívida pública demonstram bem o serviço prestado pelo PS ao país. António José Seguro tem, como é óbvio, uma tarefa espinhosa. Refém do Memorando da Troika, herdeiro de um partido que precisa de fazer a sua tra-vessia no deserto, e com um líder parlamentar que não reúne consenso, avizinham-se tempos difíceis para o Secretário-geral do PS.

Felizmente que já afirmou que os seus debates parlamentares com o primeiro-ministro não são uma questão de vida ou morte. Não teria sete vidas, como os gatos.

Memórias com Históriasónia raMos FErroJurista

A política de direita concretizada pelo Governo PSD/CDS, com o apoio do PS e do Presiden-te da República, consagrada no programa de agressão e submissão da Troika FMI/UE/BCE, tem-nos imposto sacrifícios brutais através medidas que privilegiam a banca e os grandes grupos em mais de 12.000 milhões de apoios directos. Ao mesmo tempo têm tratado de embaratecer os despedimentos; a precarizar totalmente das relações de trabalho; cortar os salários; desre-gulamentar os horários de trabalho; não pagar trabalho extraordinário; cortar o subsídio de desemprego; generalizar o trabalho temporário e do banco de horas; atacar a contratação co-lectiva. Nós não aceitamos que hipotequem o nosso futuro, lutamos para construir uma vida digna, por isso dia 1 de Outubro vamos a Lis-boa reivindicar o que é nosso, o que conquistá-mos no passado, vamos defender hoje amanhã e depois!

É preciso relembrar, por exemplo, que há mais de quarenta anos atrás o povo alentejano lutava por 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer, 8 de descanso. Hoje o nosso povo é obrigado a trabalhar por turnos de 12h e com medo de ser sindicalizado, como acontece na TYCO. A ta-refa que nos é colocada é tomarmos nas nossas mãos os destinos das nossas vidas, e isso só é possível lutando e combatendo a política deste Governo. Dizendo basta ao aumento do desem-prego e da precariedade; à redução do valor real dos salários; ao aumento com os custos da saúde, da educação e da habitação. É preciso combater esta política que apenas favorece os grupos económicos e financeiros, roubando-nos tudo, através de privatizações de serviços públicos fundamentais como os transportes, a energia, a água, correios e telecomunicações.

Durante a preparação da manifestação, ou-vimos diversos trabalhadores, por isso interes-sa divulgar duas situações que talvez possam ajudar dar força aqueles que ainda não se de-cidiram:

No call center da Mundial Confiança uma trabalhadora, habituada a ver-nos à porta do seu local de trabalho desde há vários anos disse-nos “vocês já sabem que eu não sou de manifestações, mas qualquer dia não há outra solução senão ir também” É isso, não há outra solução senão lutar, no nosso local de trabalho e nas ruas, defendendo os nossos direitos, pondo fim ao clima de injustiça e medo e repressão que se vive dentro das empresas.

Nesse mesmo call center duas outras tra-balhadoras foram mães, assim sendo têm di-reito a duas horas por dia para amamentarem os seus filhos. O que elas não sabiam é que, ilegalmente, o seu patrão ia somar essas horas tentar descontá-las do seu salário. No caso de uma delas seriam descontados 11 dias, mas esta mulher não se calou, fez frente ao patrão, e disse-lhe que não aceitava. Então ele reduziu o número de dias a descontar, serão 3 dias a menos do salário dela. A trabalhadora, repe-tiu que não aceitava, que se ele descontasse os dias que ela tem por direito que seguia para o Tribunal de Trabalho. O que há de importan-te nesta história não são os tribunais, porque até os tribunais servem os interesses da classe dominante. O que temos que valorizar é a co-ragem destas mulheres, que apesar medo que se vive, do perigo de (tal como os seus colegas) estarem na eminência de não ver o seu con-trato renovado depois de Fevereiro, mesmo assim, lutaram. E esperemos nós encontrá-las dia 1, em Lisboa naquela que vai ser uma grandiosa acção de luta da CGTP-IN!

Luta dos jovens trabalhadores

Débora santosEstudante, EU, Estudos teatrais

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ActualProjecto alia sustentabilidade e conforto e permite reduzir a factura energética do município em 30%.

O Alentejo tem vindo a ganhar mais projecção junto dos turistas estrangei-ros. Este mês, a região foi destacada na revista britânica “The Culinary Guide” e no portal australiano “The Cool Hunter”.

Num artigo intitulado “A gourmet tour of Alentejo, Portugal” a jorna-lista Louise Steggals sublinha que os novos voos semanais entre Londres e Beja são uma excelente oportunidade para visitar esta região “injustamente ignorada pelos turistas que preferem locais mais familiares como o Algarve ou Lisboa”.

“Uma terrível pena para os amantes de comida e bebida”, acrescenta, já que a região “tem condições perfeitas” para o cultivo da vinha além de “uma culinária fantástica e uma arquitectu-ra espantosa”.

A jornalista aconselha vivamente a visita às adegas da região e também aos castelos e monumentos históri-cos, sobretudo de Beja e Évora, cidade Património Mundial da Unesco.

A nível gastronómico, Louise Steggals não hesita em afirmar que o Alentejo é um destino gourmet por excelência, salientando a “tenra” carne de porco preto e a “deliciosa” sericaia (doce regional alentejano), assim como os vinhos cuja compra recomenda vivamente.

Também o portal “Cool Hunter” - dedicado a identificar as últimas tendências em áreas que vão desde a arquitectura à gastronomia, passando por outros tópico como as viagens - deu este mês destaque ao Alentejo, co-locando a região na lista dos “40 locais maravilhosos para visitar à volta do mundo”.

Alentejo “gourmet”

Turismo

As obras da Biblioteca e Arquivo Municipal de Vila Viçosa foram suspensas pela autarquia. Em causa estão as dificuldades financeiras do município. “Para que não haja uma asfixia financeira na câmara nos pró-ximos anos, tivemos de analisar quais os projectos que são urgentes e, neste momento, este não é uma prioridade”, justifica o presidente da autarquia, Luís Caldeirinha Roma.

Representando um investimento global de 3,4 milhões de euros, a Bi-blioteca e Arquivo Municipal de Vila Viçosa estava a ser construída junto ao Museu do Mármore, instalado na antiga estação de caminho de ferro.

Segundo o autarca, o projecto, que tinha um financiamento comunitá-rio de 1,4 milhões de euros e que era “suportado pelos cofres da câmara em cerca de dois milhões de euros”.

Obrassuspensas

Vila Viçosa

D.R.

Arraiolos é a primeira vila com iluminação LED

A nova iluminação das zonas pedonais e viárias trazem à vila uma maior va-lorização do espaço urbano. Segundo a autarquia, sustentabilidade, segurança e conforto “são o mote deste projecto” que permite reduzir a factura energética do município em 30%.

Lançado no centro histórico, o projecto de iluminação pública pretende ainda “defender o património e torná-lo um re-curso” para a vila, utilizando o LED como fonte de luz em zonas pedonais e viárias.

“A nossa vila tem que ser preservada e valorizada e, como tal, procuramos me-lhorar as condições de vida dos habitan-tes do centro histórico. Queremos uma placa que diga – Arraiolos vila dos tape-tes e vila dos LED’s”, diz Jerónimo Lóios, presidente da Câmara.

Armando Oliveira, vereador da Câmara Municipal de Arraiolos e um dos princi-pais impulsionadores da requalificação do centro histórico, acrescenta que “o mu-nicípio, em todas as suas decisões, tenta ter em conta as questões ambientais. Pre-ferimos o sistema LED ao sistema tradi-cional, pois permite uma clara poupança de energia, aliada ao aumento da eficácia energética”.

“Estamos já a preparar a candidatura para uma segunda fase do projecto. Além de contemplarmos mais um conjunto de ruas, vamos iluminar alguns monumen-tos, como as igrejas do centro histórico. Os cenários vão ficar mais bonitos e acima de tudo, a iluminação pública vai permi-tir um maior conforto e segurança a todos os condutores e transeuntes”, acrescenta.

Segundo os “Light designers” do projec-to, “era importante que o design das lumi-nárias fizesse sentido e que se integrasse

o presidente da autarquia, Jerónimo Lóios, diz que, além dos tapetes, arraiolos quer ser conhecida como “a vila dos LED”.

Numa segunda fase do projecto serão iluminados monumentos e igrejas do centro histórico.

naturalmente na paisagem. Pensámos na importância da cor, na uniformidade da luz e na criação de ambientes hospitalei-ros”.

“O futuro da iluminação está no consu-mo de baixo nível que a tecnologia LED permite, em detrimento dos sistemas de luz tradicionais. Por outro lado, a teleges-tão possibilita, não só economizar, como também adaptar a iluminação às inúme-ras condições e necessidades das nossas

cidades”, diz Miguel Sampaio de Mattos, director-geral da Schréder,

“Este projecto abrange duas impor-tantes vertentes: mais luz e uma maior qualidade da luz. Procurámos trazer a luz de casa para o exterior, uma luz mais quente, mais acolhedora e com uma cor mais agradável. A tecnologia LED permi-te usufruir da riqueza arquitectónica da vila, bem como dos espaços verdes, mes-mo durante a noite”.

O arcebispo de Évora considera que a crise generalizada revelou entre os cristãos um espírito de “voluntariado quase incansá-vel”, que importa agora desenvolver ao nível das paróquias.

“Seria bom que em cada uma houvesse um pequeno núcleo de pessoas que esti-vessem particularmente atentas às situa-ções de maior carência”, sublinha D. José Alves, em entrevista ao programa “Ser

Arcebispo quer paróquias mais atentasD. José alves apela à solida-riedade face às situações de maior carência.

Igreja”, um magazine religioso da respon-sabilidade da.

Antes do lançamento do novo ano pas-toral, marcado para o próximo dia 5 de Outubro – Dia da Igreja diocesana – o pre-lado convida os fiéis a implementarem um “sentido de fraternidade e de colabo-ração”, que permita “ir ao encontro” da-queles que estão a passar por dificuldades económicas e sociais.

“Se isto fosse tomado a sério, muitos dos problemas se resolveriam”, aponta o arcebispo, confirmando também que, à semelhança do ano passado, a arqui-diocese vai procurar canalizar as verbas recolhidas junto da comunidade para

ajudar instituições sociais, como a Caritas diocesana.

Além da aposta em iniciativas que con-tribuam para amenizar a situação de cri-se, o programa pastoral 2011-2012 desafia os cristãos eborenses a não descurarem o “encontro com Cristo”, através da leitura do Evangelho de São Marcos, e a privile-giarem o “aprofundamento da fé”.

D. José Alves realça que irá ser dada uma “atenção muito particular à Pasto-ral Juvenil e Vocacional”, aproveitando o “élan” conseguido a partir das Jornadas Mundiais da Juventude deste ano, em Madrid, e dos “75 anos do agrupamento de escuteiros em Évora”.

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Actual

Venda de património destina-se a regularizar “parte significativa” da dívida a pequenos fornecedores.

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Câmara de Évora vai vender terrenos

O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, anunciou que está pre-vista, até ao final do ano, a venda de mais terrenos em hasta pública, com vista a re-gularizar uma “parte significativa” do pa-gamento a pequenos fornecedores e aos agentes culturais.

O anúncio foi feito durante a reunião descentralizada da Assembleia Munici-pal na freguesia da Boa Fé.

No que se refere à situação financeira do município, o autarca referiu que “pros-segue a tendência para a diminuição de receitas municipais, o que tem grande re-percussão na tesouraria”, salientando que a dívida “está a diminuir”.

A assembleia aprovou por unanimi-dade a desafectação do domínio público para o domínio privado municipal de duas parcelas de terreno sitas na Fregue-

autarca garante que aliena-ção em hasta pública avança até final do ano.

“Cidade de Futuro, InovCity, ciência e tecnologia” é o tema do Fórum Évora promovido pela Câmara Municipal de Évora e pelo Diário Económico que terá lugar esta quinta-feira no Hotel Mar D’Ar Aqueduto e que contará com as presenças do autarca de Évora e do subdirector do jornal de economia.

José Ernesto d’Oliveira e Francisco Ferreira da Silva, farão as “honras da casa” presidindo à sessão de abertura (09h30) que antecederá o primeiro painel subordinado ao tema “Projecto InoCity”. “Rede Inteligente”, “Mobi-lidade Eléctrica” e “O InovCity como ponte para um cluster regional” serão as temáticas em análise.

A rede “Corredor azul” - A atracção da população ao eixo alentejano entre Sines e Elvas, será o segundo tema deste fórum que terminará com a re-alização de uma mesa redonda sobre o “Parque de Ciência e Tecnologia” - A atracção por Évora e pela região - Potencialidades não exploradas no Concelho e na região” – em que usarão da palavra representantes da Cisco, HP, Microsoft, Reditus, Glintt, ADRAL e EDP.

InovCity em debate

Economia

Situação financeira do município analisada em reunião da Assembleia Municipal de Évora.

sia da Sª da Saúde (área envolvente ao su-permercado Pingo Doce).

Com esta aprovação pretende-se dar iní-cio aos procedimentos administrativos

que permitam o posterior arranjo e en-quadramento urbanístico da zona entre a EN 254 (rua Bento de Jesus Caraça e Av. Leonor Fernandes) e a Ecopista.

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Actual

Cortes no transporte de doentes provocam “asfixia financeira” em diversas corporações de bombeiros.

O XVIII Congresso Nacional do PS, reali-zado em Braga, deixou-me orgulhoso de ter aderido ao Partido Socialista no dia 30 de Novembro de 1988. Foi um Congresso de de-bate livre de ideais e de ideias, sem “maqui-lhagem” e nada preocupado com “produções cinematográficas”. Saiu honrada toda histó-ria corporizada por grandes políticos e es-tadistas socialistas (foram muito justamente referenciados várias vezes todos os anteriores Secretários Gerais) e foi muito significativa a presença de Mário Soares e de Almeida San-tos ao longo dos três dias de trabalhos.

Vi neste Congresso um PS com a humilda-de necessária à reconquista da confiança e da esperança que os Portugueses têm que voltar a ter no sistema político português. O primei-ro gesto de António José Seguro foi o de se dirigir o seu opositor à eleição para Secretá-rio-geral para lhe dar, no primeiro minuto do Congresso, “aquele abraço”.

Esse gesto foi importante e reforçou a união da família socialista. Francisco Assis afirmava no final dos trabalhos que a sua pre-ocupação “…é contribuir para que o PS seja uma alternativa política em Portugal e para que o António José Seguro seja o próximo primeiro-ministro de Portugal”.

Novo ciclo com a força das ideias!José CaLixtoEconomista

Foi igualmente importante ouvir o novo lí-der eleito afirmar, mais que uma vez, que “…não ganhamos credibilidade se o nosso objec-tivo for o melhor “soundbyte” do dia ou do telejornal da noite. (…) quero um PS a fazer política para as pessoas e com as pessoas”; acrescento eu: “…e por pessoas!”

Como socialista com muito orgulho na his-tória antifascista do PS vi igualmente um si-nal muito positivo: as prioridades do Partido Socialista recentraram-se à esquerda. Com-bate à corrupção, defesa das conquistas do Estado Social, emprego e crescimento econó-

mico são matérias que colocam, de facto, a qualidade de vida pessoas em primeiro lugar.

Apesar de não ter tido grande destaque nas televisões e nas rádios, a ética na políti-ca deve ser um motivo forte de renovação de processos e de procedimentos, muitas vezes prejudiciais à necessária dignidade e eleva-ção da acção política...

Nesta matéria o Congresso foi clarificador com a proposta duma medida sintomática do projecto político do novo Secretário-geral, António José Seguro: todos os Socialistas que venham a ser detentores de cargos políticos (dentro e fora do PS) deverão assinar um Có-digo de Ética e respeitá-lo escrupulosamente.

Independentemente das opções políticas internas de cada militante esta é uma postura que nos deve unir a todos: servirmos as pes-soas e nunca nos servirmos dos cargos públi-cos para os quais estamos temporariamente mandatados pelos nossos concidadãos! …uma das mensagens fortes deste Congresso de Braga.

Vamos agora passar à prática todos os eixos estratégicos aprovados neste Congresso! Um grande desafio que exige um PS forte e uni-do na pluralidade e na riqueza de pensamento que foi reafirmada neste Congresso…

“A ética na política deve ser um motivo forte de renovação de processos e de procedimentos, muitas vezes prejudiciais à necessária dignidade e elevação da acção política”.

Bombeiros de Mourão forçados a despedir

O corte no transporte de doentes vai obri-gar os bombeiros de Mourão a um novo despedimento: sete funcionários vão dei-xar a corporação esta semana, depois de outros sete terem sido dispensados no iní-cio do ano.

Com o número de efectivos reduzido a dois motoristas, dois administrativos e uma funcionária da limpeza, a opera-cionalidade dos voluntários de Mourão “fica comprometida”, diz o presidente da associação humanitária, Alexandre Men-donça.

Em causa está uma redução substan-cial na passagem de credenciais para o transporte de doentes não urgentes, o que significou uma redução da facturação dos bombeiros ao serviço de saúde na ordem dos 90%.

A situação – que o presidente da Liga de Bombeiros, Duarte Caldeira, já classificou de “inaceitável” – levou o deputado co-munista por Évora, João Oliveira, a ques-tionar o Ministério da Administração In-terna quanto às medidas para ultrapassar o problema.

“Por força dos cortes efectuados pelo Governo, aquela corporação viu-se obri-gada a despedir bombeiros e funcioná-rios administrativos, vendo assim posta

Deputado do PCP por évora questiona Governo sobre agravamento do problema.

em causa a sua capacidade de responder às necessidades da população do conce-lho de Mourão”, refere o deputado comu-nista, acrescentando que apesar das pre-ocupações então manifestadas por PSD e CDS, “a situação não teve ainda alterações substanciais, mantendo-se as restrições impostas pelo Governo do PS e as dificul-

dades criadas aos utentes e à corporação”.Segundo João Oliveira, “o problema

agravou-se” a tal ponto que a associação humanitária “se viu obrigada a assumir a possibilidade de não conseguir assegurar os serviços que eventualmente vierem a ser requisitados pelo Centro de Saúde de Mourão”.

Os alunos do primeiro ciclo do ensino básico do concelho de Évora voltaram a ter à sua disposição uma série de actividades desportivas inteiramente gratuitas e que funcionam como um complemento às actividades escolares: é o início do “Programa Jogar +”.

O programa tem como objectivo proporcionar a actividade desportiva regular de âmbito lúdico-recreativo depois do horário escolar e de forma gratuita destinando-se a todas as crianças do 1º ciclo.

Andebol, badmington, basquete-bol, ginástica, mini-ténis, natação e patinagem são as actividades despor-tivas incluídas na iniciativa que visa desenvolver o gosto pela prática da actividade física, ocupar os tempos livres de uma forma saudável e col-matar as insuficiências resultantes do estilo de vida cada vez mais sedentá-rio das crianças.

Segundo a autarquia, no ano lectivo transacto teve a presença regular de cerca de 300 crianças.

Os encarregados de educação in-teressados poderão obter mais infor-mações na página da autarquia na Internet.

“Jogar +” de regresso

Desporto

Está agendado para o próximo dia 5 de Outubro, feriado nacional, mais uma edição do Passeio da Família do Biké-vora, um evento da Câmara Munici-pal de Évora dedicado à bicicleta.

As inscrições para o Passeio da Família já estão a decorrer em http://bikevora.cm-evora.pt/ havendo várias modalidades de ingresso – há diversos modelos de bicicletas e de capacetes disponíveis.

Como novidade deste ano, há a registar o lançamento do livro “Volta a Portugal em Bicicleta” de Ana Santos, que será apresentado no dia 4 de Outubro pelas 18h00, no Palácio de D. Manuel, pelo ex-ciclista Marco Chagas.

A autora e o ex-ciclista participarão no dia seguinte no Passeio da Família que é apadrinhado por este último. Todos os participantes no Passeio da Família concorrem a mais de 130 pré-mios que serão sorteados e que foram gentilmente cedidos pelos diversos patrocinadores.

Bikévoraem Outubro

Ciclismo

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O anúncio de novos despedimentos coloca em causa a operacionalidade dos bombeiros.

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6 29 Setembro ‘11

Actual

Dificuldades da participação das mulheres na vida política debatida em évora por mulheres do PsD.

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Mulheres social-democratas debatem política no feminino

“Um bom exemplo”. Para Maria de Lur-des Vacas de Carvalho, vereadora do PSD na Câmara de Montemor-o-Novo e orga-nizadora de um encontro de mulheres social-democratas do distrito de Évora, Assunção Esteves é um “exemplo a se-guir” pelas mulheres que se decidem pela carreira política. “Chegou onde chegou [presidente da Assembleia da República e segunda figura na hierarquia do Estado] por mérito próprio e não por imposição de qualquer tipo de quotas”.

As dificuldades da participação das mulheres na vida política foram o tema de debate da segunda iniciativa das mu-lheres social-democratas do distrito de Évora. Um evento aberto a militantes e simpatizantes do PSD que contou com a presença de Sónia Ferro, vice-presidente da distrital, Fermelinda Carvalho, pre-

organizadora do encontro rejeita atribuição de quotas e aponta assunção Esteves como exemplo a seguir.

O partido ecologista “Os Verdes” ques-tionou o Governo sobre a continuação do programa “Eco-Escolas”, promovi-do pela Associação Bandeira Azul, e os apoios com que a instituição poderá contar para o ano lectivo 2011/2012.

Numa pergunta enviada ao Gover-no, o deputado José Luís Ferreira, do grupo parlamentar ‘Os Verdes’, subli-nha a importância daquele programa de educação para o desenvolvimento sustentável, que conta com a partici-pação de mil escolas e abrange cerca de 200 concelhos.

O parlamentar realça ainda que o programa, de âmbito internacional, visa “a disseminação de uma meto-dologia de abordagem das questões ambientais inspirada na Agenda 21”.

“Nos anteriores anos lectivos, o Ministério da Educação apoiou este programa através das respectivas direcções regionais de Educação”, recorda.

Além de questionar o Governo sobre a continuação do programa , o parla-mentar quer igualmente saber com que apoios poderá contar a Associação Bandeira Azul para o “Eco-escolas”.

Eco Escolasem dúvida

“Os Verdes”

A iniciativa contou com o testemunho, na primeira pessoa, de mulheres com intervenção política.

sidente da Câmara Municipal de Arron-ches, e Maria de Lurdes Batista, directora de um agrupamento de escolas.

“Nota-se alguma timidez por parte das mulheres em querer assumir cargos de destaque ou de intervenção pública. Mui-

tas delas têm imensas coisas para contar às pessoas e esta iniciativa teve o mérito de lhes demonstrar que podem dar o seu testemunho, que devem participar na vida política”, resume Maria de Lurdes Vacas de Carvalho.

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Exclusivo“Levantar problemas e debater soluções”. segundo Luís Campos e Cunha é este o propósito da sEDEs.

”Évora tem de encontrar a sua especificidade económica“

Luís Godinho | Texto

O que vai ser o núcleo de Évora da SEDES?

O núcleo da SEDES em Évora será, antes de mais, aquilo que os seus membros desejarem. Na-turalmente, dentro da esfera de acção e de acordo com o papel que a SEDES tem na sociedade portuguesa. Procuramos levan-tar problemas e trazer para a dis-cussão pública as soluções alter-nativas que possam existir. Não somos um partido nem temos uma agenda de poder, por isso as soluções preferidas são da res-ponsabilidade de cada um.

Que tipo de acções?Organizamos grupos de tra-

balho sobre matérias relevantes que muitas vezes elaboram “To-madas de Posição”, mas que são sempre da responsabilidade dos seus subscritores. Temos um blog onde discutimos assuntos e não atacamos pessoas; organizamos conferências com participantes variados e não necessariamente membros da SEDES. Temos tido opinião sobre temas tão varia-dos como a política orçamental, a reforma da Justiça ou o empre-endedorismo. Enfim, temos uma actividade cívica tão alargada quanto possível e pretendemos que essa acção não se confine a Lisboa. Par tal estamos em Cas-telo Branco, no Porto e espero que em breve tenhamos uma presença activa em Évora e em Leiria, apenas para citar eventos recentes.

Quem integra este núcleo da SEDES?

Qualquer cidadão que o quei-ra, com vontade de participação cívica, independentemente de ter ou não filiação partidária.

Qual a importância de uma associação como a SEDES num momento como aquele o que país está a viver?

Num momento em que a so-ciedade civil deve ter um papel particularmente activo e os por-tugueses estão divorciados da política e dos partidos, uma asso-ciação cívica como a SEDES tem certamente um papel de relevo

Entrevista com Luís Campos e Cunha, presiden-te da sEDEs, associação cívica que lança este fim-de-semana o núcleo regional de évora.

pelo que já foi dito atrás. Estamos a sentir essa necessidade nos úl-timos anos de forma muito clara.

O lançamento da SEDES em Évora será com uma confe-rência sobre o desenvolvi-mento nacional e o Alentejo. Sendo o Alentejo uma das regiões menos desenvolvi-das do país, porquê a escolha deste tema?

Talvez seja uma razão acres-cida para o papel da SEDES. De qualquer modo, a cidade de Évo-ra e todo o Alentejo têm uma tradição cultural notável e uma história muito relevante e isso são razões suficientes para a SE-DES estar activa. Mas não é só o passado que o justifica, é tam-bém aquilo que a SEDES pode fazer pela cidadania ao nível de Évora e nacional.

De que forma pode o Alentejo ultrapassar o ciclo de despo-voamento, envelhecimento e empobrecimento que o afasta do resto do país?

Hoje, como nunca, Évora está cada vez mais perto de tudo e do resto do País. Ultrapassar os problemas do despovoamento é o mesmo que dizer ultrapassar os problemas da deslocalização da actividade económica. Évora tem de encontrar a sua especifi-cidade económica, identitária e o seu lugar no contexto nacional e mesmo europeu. Não há recei-tas mágicas, nem soluções a dar em poucas palavras, mas seria um bom tema para debate na SEDES.

O TgV - depois de Alqueva - foi por vezes apresentado como um projecto potencialmente determinante para o desen-volvimento do Alentejo Cen-tral. Presumo que essa não será a sua opinião. Mas o fac-to de o país ter andado anos e anos a debater um projecto que não vai fazer não é um mau sinal?

Outro bom debate para a SE-DES. Penso que o TGV iria (ou irá) contribuir para a desertificação da zona e não o contrário.

Portugal tem saída?

Claro. Será dolorosa mas tem saída e vai voltar a ter aumentos de bem-estar social e económico. Não será amanhã, porque sair de uma situação de pré-bancarrota é difícil, mas tenho a certeza so-bre o futuro de Portugal.

Acha que o governo tem feito tudo o que está ao seu alcance para vencer esta crise?

A margem de manobra é es-treita e ainda estamos muito no início da legislatura para fazer uma avaliação. Devo apenas salientar, e já não é pouco, a de-terminação com que está a go-vernar.

Anuncia-se a descida da TSU

e a subida do IVA (taxas inter-médias). Está de acordo com esta opção?

Não. A razão ficou explanada num artigo que publiquei há poucas semanas no Público. De qualquer modo, basta referir que essa ideia (muito antiga, diga-se) se baseia em pressupostos erra-dos e o estudo elaborado pelo Banco de Portugal mostra ser recessiva na curto e eventual-mente no médio prazo. Efeitos recessivos não podemos acomo-dar mais. Numa curta resposta é o que posso dizer.

Uma última questão: a situa-ção da Madeira poderá com-plicar (ainda mais) a regio-

nalização do país? Qual a sua opinião sobre a regionaliza-ção?

São várias perguntas e cada uma delas necessita de espaço e de tempo. Resumidamente, a Madeira quando olhamos os úl-timos 30 anos, é um caso de su-cesso; as notícias recentes, natu-ralmente, levantam problemas sérios à governação da Madeira e não favorece quem defenda a regionalização. De qualquer modo eu não defendo a regiona-lização, ou melhor, não defendo qualquer regionalização. Neste caso, é necessário saber os deta-lhes do que se entende por regio-nalização. É que o diabo escon-de-se nos detalhes.

“É necessário saber os detalhes do que se entende por regionalização. É que o diabo esconde-se nos detalhes”.

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Exclusivo

Primeiro estudo epidemiológico de avaliação da prevalência da doença arranca hoje em évora.

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Estudo pioneiro avalia Parkinson

O primeiro estudo epidemiológico de avaliação da prevalência da doença de Parkinson (DPk), chega à região do Alen-tejo começando hoje, em Évora.

Promovido pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk), com o apoio da Direcção-Geral da Saúde, este es-tudo irá decorrer nos próximos meses em várias zonas do país de modo a determinar a prevalência da doença a nível nacional.

A partir de dia 1 de Outubro, as equipas vão estar em Mora e Beja, a partir de dia 5 em Ferreira do Alentejo. Aljustrel vai re-ceber o estudo a partir de dia 15.

A avaliação será conduzida no terreno pelo Grupo KeyPoint e consiste, numa primeira fase, na aplicação de um ques-tionário e uma escala de diagnóstico de presunção da doença, presencialmente, em domicílios escolhidos aleatoriamen-

trabalho vai permitir obter dados comparativos com a situação de outras regiões do país e da Europa.

Trabalho de campo inicia-se com questionário em domicílios escolhidos de forma aleatória.

te. Numa segunda fase, aos inquiridos identificados como tendo diagnóstico suposto desta doença ou que estejam a tomar medicação anti-parkinsónica será proposto a realização de uma consulta com um neurologista para confirmação do diagnóstico, num hospital próximo da residência.

“Até à data, não há evidência de quais-quer estudos epidemiológicos de base populacional realizados em território na-cional para determinar a prevalência de DPk. Torna-se por isso essencial a imple-mentação de um estudo epidemiológico para o desenvolvimento de estratégias de saúde adaptadas ao real número de doen-tes”, diz Joaquim Ferreira, neurologista do Hospital de Santa Maria e coordena-dor científico do estudo.

De acordo com Helena Machado, presi-dente da APDPk, “este estudo vai permitir ter dados comparativos com os de outros países da Europa. Além disso, é um moti-vo de grande orgulho para a Associação, que desta forma vai poder estimar com mais rigor o número de pessoas portado-ras da Doença e ajudá-las”.

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Exclusivo

Dia Mundial do turismo comemorado no alentejo.

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O Governo vai renovar a campanha de promoção do turismo interno”Escolher fazer férias em Portugal é substituir uma importação por uma exportação”, disse a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, a propósito do Dia Mundial do Turismo, terça-feira assinalado no Alen-tejo.

“O turismo este ano, nos primeiros sete meses, apresentou números muito positi-vos, mas os relativos ao turismo externo são mais positivos do que os do turismo interno, o que se compreende face à con-juntura económica”, acrescentou Cecília Meireles, apelando à opção por Portugal no momento de escolher o destino de fé-rias.

O Alentejo foi este ano palco das come-morações oficiais do Dia Mundial do Tu-rismo que tiveram como tema “Turismo e aproximação de culturas”.

Após a cerimónia da entrega das Me-dalhas de Mérito Turístico, em Lisboa, Cecília Meireles deslocou-se ao Alentejo tendo visitado empreendimentos turís-ticos em construção - nomeadamente os hotéis Alentejo Marmoris Hotel & SPA e Tapada da Mata Resort & SPA - o Convento do Espinheiro e assistido à apresentação dos projectos e das estratégias da Turismo do Alentejo, que visam o crescimento e afirmação do destino.

Para o presidente da Turismo do Alen-tejo, António Ceia da Silva, “o facto de o Alentejo ter sido eleito para palco das co-memorações oficiais revela que a qualifi-cação, a dinâmica e a excelência do desti-no são reconhecidos pela tutela”.

“É uma honra receber no Alentejo, pela terceira vez desde que tomou posse, a se-cretária de Estado do Turismo e acolher no território as cerimónias oficiais de um dia dedicado a um sector tão importante para o desenvolvimento económico do

Cecília Meireles quer mais promoção do turismo internoalentejo é a região do país com maior investimento no sector turístico.

país”, adiantou Ceia da Silva, que aprovei-tou a ocasião para revelar que os dossiers de candidatura do montado e do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade estarão concluídos no final do próximo ano.

“São trabalhos muito técnicos e que es-tão a ser desenvolvidos por equipas que estiveram ligadas às candidaturas do Douro e da Ilha do Pico (Açores) a Patri-mónio Mundial da UNESCO”.

O Alentejo é a região do País que regis-ta actualmente o maior investimento no sector do turismo, estando em desen-volvimento mais de 130 projectos que representam um conjunto de incentivos comunitários superior a 92 milhões de euros.

Entre estes projectos inclui-se o Alente-jo Marmoris, em Vila Viçosa, uma unida-de de luxo com 47 quartos e duas suites que resulta da adaptação do antigo lagar da cooperativa de olivicultores local e cuja inauguração está prevista para Abril do próximo ano.

Já o Tapada da Mata Resort & SPA, nos arredores de Évora, será uma unidade de quarto estrelas com 56 vivendas cujo con-ceito passa pela valorização dos recursos naturais.

<De acordo com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, estão em desenvolvimento 130 projectos turísticos na região, incluindo diversas unidades

de 4 e 5 estrelas.>

130NÚMERo

Luís Pardal | Registo

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www.sedes.pt

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RadarEm 1811, Frei Manuel do Cenáculo fez a doação perpétua da sua volumosa biblioteca à igreja de évora.

Estatutos da Biblioteca completam 200 anos

“…para se conseguir a sabedoria nada mais é tão útil, e de maior necessidade do que uma biblioteca pública à qual concor-ram os que desejam instruir-se…”

Assim começam os estatutos através dos quais Frei Manuel do Cenáculo fez, a 21 de Setembro de 1811, doação perpétua da sua volumosa biblioteca particular à Igreja Metropolitana de Évora.

Frei Manuel do Cenáculo, encarava a instrução dos seus clérigos e dos seus pa-roquianos uma parte fundamental da sua acção pastoral e considerava a insti-tuição de uma Biblioteca-Museu como a melhor forma de atingir os seus propósi-tos como fica explicito no preâmbulo dos Estatutos.

“Depois de termos deixado na nossa primeira Diocese de Beja uma Biblioteca completa e proporcionada para se culti-varem os Estudos Eclesiásticos, que dei-xamos fundada, ainda nos recolhemos a esta nossa Amada Diocese com grande número de mil volumes e Manuscritos, e Impressos, alguns os mais raros, e pode ser que até únicos, e singulares, acompa-nhados de uma grande cópia de pinturas

Figura de relevo do iluminis-mo português, Frei Manuel do Cenáculo doou mil volu-mes e raridades históricas.

É hoje inaugurada em Évora, na Galeria da Casa de Burgos, a exposi-ção D. Carlos I – Fotógrafo Amador, organizada pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo, com o apoio da Fundação da Casa de Bragança – Paço Ducal de Vila Viçosa.

Esta mostra do Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa, apre-senta uma selecção de fotografias tiradas pelo Rei D. Carlos I, por ele legendadas, datadas e até assinadas, que se prolongam pelo período entre 1887-1907, abordando vários temas – reportagem, aspectos ligados com a oceanografia, vida familiar – com grande relevância para a história e para uma arte que estava no seu iní-cio – a fotografia.

Dado o seu carácter didáctico, esta exposição dirige-se também a um pú-blico jovem visto proporcionar uma outra abordagem da história e das artes a esta faixa etária.

A exposição conta com cerca de 44 fotografias podendo ser visitada até dia 4 de Novembro.

Fotografiasde D. Carlos

Évora

O Fado vai estar em destaque nos próximos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro, no Alandroal. Mário Moita, Paula Ficalho, José Geadas e João Esquetim, são alguns dos nomes que vão passar pelo Fórum Cultural de Alandroal, numa iniciativa financia-da, e com entradas gratuitas.

O espectáculo tem início na noite de sexta-feira, dia 30 de Setembro, a partir das 21:30 horas. Para a noite de Sábado, 1 de Outubro, também a partir das 21:30, está guardada a actuação de Mário Moita e o seu Fado ao Piano, es-pectáculo romântico que junta fados tradicionais portugueses e originais do artista.

Noitesde fado

Alandroal

A Biblioteca Pública de Évora registou nos últimos quatro anos “um aumento substancial e consistente” de leitores que passaram de 20 mil em 2006 para mais de 67 mil utilizadores só no ano passado.

Este aumento de leitores “surge em paralelo com o crescente número de actividades na biblioteca e de partici-pantes”, destacou o responsável, reve-lando que, em 2010, a BPE “organizou 345 iniciativas em que participaram quase sete mil pessoas”, diz o director da biblioteca, José António Calixto.

O “bom desempenho” da Biblioteca Pública de Évora é ainda potenciado pelo facto de ter “há dois ou três anos, uma presença muito forte nas redes sociais”, como o Twitter, Facebook e muitos blogues.

Mais leitores

(…)”; como também acompanhadas de muitas raridades históricas artificiais, e naturais, que muito ajudam a instrução (…)”.

“Atendendo nós a tudo isto, e achando que Évora, esta nossa querida metrópole, e mãe de tantos sábios da primeira ordem, e que em todas as idades até à nossa tem sido a pátria das ciências, e o mais pro-

porcionado assento que a Divina Pro-vidência nos podia conceder para nele colocarmos tudo quanto no largo espaço de nossos dias temos adquirido, sempre com o fim de o santificarmos, aplicando-o para aproveitamento e instrução dos fi-éis, principalmente dos que se destinam ao sacerdócio”, acrescenta o preâmbulo.

A doação era feita com a obrigação de os seus sucessores manterem a biblioteca pública e garantirem a dotação de 500.00 reis da Mitra, para as despesas de pessoal e manutenção da mesma.

A Biblioteca Pública de Évora (BPE), que em 2005 celebrou 200 anos de existência, foi fundada pelo Arcebispo Frei Manuel do Cenáculo, um clérigo poderoso, gene-roso e culto, uma das figuras de maior relevo do Iluminismo Português. Presen-temente, a BPE orgulha-se de ser uma das mais antigas e mais ricas bibliotecas de Portugal, o que é inquestionável no que diz respeito às suas colecções. Elas são hoje o resultado de um conjunto de cir-cunstâncias que juntaram numa cidade, numa instituição e num espólio unifica-do uma grande riqueza de documentos raros, muitos deles únicos.

O espólio da BPE inclui 664 incunábu-los e 6.445 livros impressos do século XVI, para além de vários núcleos de documen-tos manuscritos, de cartografia, música impressa e mais de 20.000 títulos de pu-blicações periódicas.

O número de leitores da Biblioteca Pública de Évora subiu exponencialmente nos últimos quatro anos, alcançando mais de 67 mil no ano passado.

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Radar

De performance em performance, o Festival Escrita na Paisagem desmistificou mitos e mitologias.

Paira sobre todos nós a ameaça devasta-dora dos efeitos da anarquia dos mercados financeiros. É difícil, até, imaginar exem-plo mais extremo dos efeitos destrutivos que os mecanismos de mercado, escapan-do a qualquer regulação, têm provocado a partir do domínio da finança.

Como, então, encontrar alguma fun-damentação para o elogio do mercado enquanto tal? O mecanismo elementar do mercado é a construção dum espaço de negociação entre pelo menos duas pessoas.

Um quer o que outro tem e recipro-camente: sem o espaço pacificado do mercado, os agentes afundar-se-iam no que René Girard chamou a “violência mimética”: querer o que o outro possui, base também do veneno social que é a inveja. Só a complementaridade das “pre-ferências” permite escapar à violência.

O sociólogo Max Weber via na cons-trução do mercado a emergência duma nova racionalidade. Para além da paci-ficação das relações sociais, o mercado age como mecanismo de regulação: ninguém persiste em produzir e propor o que ninguém quer trocar.

Para entender como o mercado é o princípio de organização mais eficaz basta recordar os efeitos das tentativas de supressão do mecanismo do mercado: necessidade duma planificação totalitá-ria, inadaptação dos produtos às necessi-dades, falta de uns e excesso dos outros, e finalmente, aparição dum mercado… “negro”, onde os indivíduos vão exercer a sua autonomia.

Mas com este surgem maiores injus-tiças, redes criminosas. O que é preciso sublinhar para fundamentar um elogio do mercado é que este é, sempre foi, um espaço regulado. As regras são sempre um constrangimento: ao renunciar a uma parte da sua liberdade, quem age nos mercados respeitando as regras do jogo encontra a segurança necessária ao exercício das suas escolhas.

Ora a questão actual dos “mercados financeiros” e as suas aberrações têm dois aspectos. O primeiro provém da inadap-tação cultural das nossas sociedades, construídas em torno da produção e troca de produtos materiais, para entender, regular, “domesticar” um domínio total-mente imaterial: a finança, que movi-menta apenas símbolos.

Donde resultam os efeitos de poder que se exercem de modo anárquico. Quando o desequilíbrio de poder entre os agentes se torna tão excessivo como é nos mercados financeiros, os mais fracos ficam submetidos à violência pura. É um regresso do arcaico. Já não é de “mercado” que se trata, mas sim de guerra total em que os mais fortes tudo podem.

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

Elogio do capitalismo. 5 O mercado

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José roDriGUEs Dos santos*antropólogo

Tucanas encerram festival Escrita na Paisagem

Ao longo de toda a semana, o Festival e a cidade de Évora contarão com a com-panhia finlandesa The Mind Less Com-pany e o seu projecto W. E. G. O. – World Equivalence Growth Organization. Em português: Organização para a Igualdade e Desenvolvimento Mundial, que defen-de “que o crescimento económico é a úni-ca maneira de purificar a humanidade, constituindo, por isso, a chave para a paz mundial”.

Esta performance revela-nos um objec-tivo desta companhia finlandesa, “que explora e questiona as problemáticas do consumismo” e que se apresenta como “uma empresa internacional de alta qua-lidade”.

A companhia marcará presença em vários locais na cidade, entre os quais, o mercado municipal, o Colégio dp Espírito Santo, o Templo romano e a Igreja de S. Vicente.

até final, destaque para “the Mind Less Company” e para a embaixada do tea-troitaliano. Despeça-se do Festival com “as tucanas”.

O Teatro do Ferro desenvolve o seu tra-balho desde 1999, nos campos do teatro de marionetas e de

A Embaixada do Teatro Italiano regressa a Portugal esta quinta-feira com a compa-nhia Alessandro Sciarroni_C.C.00# e 3 dos seus espectáculos: Your Girl, uma obra so-bre o desejo, a inspecção de um sentimen-to; Cowboys, inspirado no “trabalho da artista portuguesa Helena Almeida (…), sobre a identidade da cor e da superfície” e Joseph, onde são exploradas “as possibili-dades da criação de um milagre”.

O público pode ainda ir à procura de mitos na exposição de Manuel Seita, Paisagem Fragmentada e a exposição de António Jorge, Máscaras 1000: Gramáti-ca de um aprendiz, até ao último dia do Festival. Não perca também a exposição Mytho-Graphyas, de José d’ Almeida, pa-tente no Teatro

Bernardino Ribeiro, em Estremoz, até 30 de Outubro!

No dia 30 de Setembro, na Praça do Gi-raldo, “As Tucanas”, um grupo que nasceu “em 2001 da vontade de afirmar a um projecto inovador de percussão criativa, encerram o certame.

Desenvolvendo uma linguagem per-cussiva muito própria foram absorvendo

e integrando influências e ritmos tradi-cionais portugueses, africanos e brasi-leiros, movendo-se no território fértil e versátil da lusofonia. O grupo tem vindo a desenvolver novas sonoridades, através da percussão e da voz.

“As Tucanas” utilizam o próprio corpo como instrumento e integram diversos instrumentos de percussão oriundos de várias partes do mundo. O espectáculo tem uma forte componente cénica, dina-mizado por jogos de ritmo e caracteriza-do por um visual muito próprio. Em 2011 apresentam um novo espectáculo inspi-rado pelo elemento água.

A água, força criadora e regeneradora por excelência, constitui o pano de fundo para estórias cantadas. A energia telúrica que caracteriza a mulher é concretizada cenicamente pela cabaça (instrumento tocado na água ou no chão) funcionando quase como um prolongamento do corpo feminino e cuja sonoridade nos devolve a eterna ligação à terra.

Um espectáculo que subtilmente suge-re uma viagem musical, explorando no-vos instrumentos e novas possibilidades, em que aprofundam a pesquisa de sono-ridades tradicionais portuguesas, brasi-leiras e africanas.

O Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e o Município de Beja inauguraram o Trilho Geológico localiza-do no Jardim Público de Beja.

Planeado como um projecto de divul-gação das geociências junto das escolas e do grande público, este Trilho contempla fragmentos da história geológica do sul de Portugal, nos últimos mil milhões de anos, desde o Neoproterozóico até à

LNEC inaugura trilho geológicoactualidade.

Ao longo de 200 metros e utilizando uma escala onde cada metro percorri-do equivale a cinco milhões de anos, é possível observar as principais forma-ções rochosas do Alentejo, recolhidas nas regiões de Barrancos, Beja, Castro Verde, Cercal, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Santiago do Cacém e Vidigueira.

O Trilho Geológico é complementado

por painéis informativos que assinalam outros aspectos geológicos da região e a paleogeografia das distintas Eras geoló-gicas, realçando continentes e mares que existiram no passado.

O Jardim Público de Beja é um local de referência da cidade, permitindo a sua valorização através de projectos de Ci-ência e Cultura, como é o caso do Trilho Geológico.

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o património histórico, a gastronomia e o artesanato de Estremoz em sugestão de fim-de-semana.

Radar

Percursos na cidade branca

Pedro Galego | Texto

A meio caminho entre Évora e Portalegre, Estremoz é para mui-tos apenas um local de passa-gem, mas é também, sem dúvi-da, uma localidade que merece uma visita mais pausada, uma atenção redobrada. Um sítio ideal para um passeio de fim-de-semana ideal para arejar as ideias num local que beneficia claramente das óptimas acessi-bilidades que dispõe.

Conhecida por ser a “cidade branca”, muito por culpa das ja-zidas de mármore branco, com uma exploração tão antiga e con-ceituada. O “ouro branco” é tan-to que esta região contribui em 90% para o facto de Portugal ser o segundo maior exportador de mármore do mundo. Mas tam-bém o velho casario que estende à volta do castelo, contribui para essa designação de brancura.

A sua importância histórica e o reconhecimento como locali-dade são marcos bem antigos, já tendo sido importante na época da ocupação romana e muçul-mana, mantendo ao longo de toda a Idade Média a sua rele-vância, também pela proximi-dade de apenas 50 quilómetros da fronteira Espanhola.

Estremoz está rodeada por dois conjuntos de muralhas, as pri-meiras do século XIII em redor da vila velha, situada junto ao castelo, e uma segunda cintura de muros fortificados e baluar-tes erguida para proteger a parte baixa da localidade, durante a Guerra da Restauração (1640-48). Parte destas estruturas têm sido ao longo dos últimos anos alvo de intervenções para sua recu-peração.

Passeio não há-de faltar na ci-dade dividida por duas partes: “a vila velha”, junto ao castelo e a “cidade moderna” que se estende pela área plana, organizada em amplas ruas, avenidas e praças. Começando pela Vila Velha (ou Largo Dom Dinis), subindo até ao Castelo do século XIII e ao histórico Paço Real, hoje em dia transformado numa luxuosa Pousada, passando pela bonita Capela da Rainha Santa Isabel, não esquecendo outros pontos

na época da ocupação romana e muçulmana, já Estremoz dominava a planície do alentejo.

de interesse como o Convento e Igreja de São Francisco (sécu-los XIV-XVIII), a Igreja de Santa Maria (século XVI) ou a Praça de Dom José I, o Largo do Rossio, com a sua tradicional Feira de Velharias e o Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho, com uma interessante colecção de obras populares dos séculos XVIII e XIX.

Artesanato, natureza e gastro-nomia são, sem dúvida os outros pratos fortes deste concelho.

Em redor, a natureza reserva aos visitantes o melhor de dois mundos: por um lado um pas-seio pela Serra d’Ossa, que pode ser a caminhar, de bicicleta ou através de trilhos onde só pas-sam os jipes, apenas recomen-dados aos mais aventureiros. Ou então passeie pela parte mais plana do concelho e veja as im-ponentes crateras abertas pela exploração dos mármores, que criaram ao longo dos anos au-tênticos monumentos de magni-tude imponente e rara beleza, e que hoje já são parte integrante da paisagem.

À mesa, contrariando o dita-do, aqui os santos da casa fazem mesmo milagres. Experimente o São Rosas – nome escolhido pela alusão ao Milagre das Rosas da Rainha Santa Isabel. Fica lá no alto, junto à pousada e a sua fama tem quase duas décadas.

Os enchidos de porco preto, os cogumelos recheados com gam-bas, a açorda alentejana e a sopa de tomate com peixe são algu-mas das sugestões. Nas carnes há o ensopado de borrego, o por-co preto grelhado, a tarte de per-diz, o lombo de porco com amei-xas e as burras e pombo bravo à Glória. A dificuldade na escolha acaba por denunciar a qualida-de à partida.

Um pouco mais para baixo, encontramos a Adega do Isaí-as, porventura o primeiro res-taurante de Estremoz a ganhar fama além das ruas daquela ci-dade. Mais económico, tem apa-ra servir sopa de espargos bra-vos, o bacalhau frito com molho de camarão, o borrego assado no forno, cozido à Alentejana, bur-ras assadas no forno, caldeirada de caça e chispe assado.

A cerâmica de Estremoz tornou-se afamada nos séculos XVI e XVII pelo fabrico de púcaros. O barro vermelho é moldado em pequenas figuras, como santos, homens e mulhe-res dos diferentes estratos so-ciais, e outras representativas dos hábitos, trajes, utensílios típicos das gentes alentejanas e ainda figuras de humor. Trata-se de uma das mais genuinas manifestações artesanais do país. Entre estes barros figu-rados são bem conhecidos os “Fidalguinhos”, os “Napoleões”, os “Pretos”, as “Primaveras” (figuras de mulheres vestidas de dançarinas com um arco de rosas de ombro a ombro, por cima da cabeça, e um chapéu de fantasia) ou os “Pastores”, entre outros.

A zona que vai desde Vila Viçosa a Sousel, passando por

Cerâmica de Estremoz

Borba e Estremoz, é muita rica em mármore. Foi durante o século XX que a exploração do mármore adquiriu maior im-portância económica, tornan-do-se geradora de vários postos

de trabalho. Em Estremoz existem algumas oficinas de canteiros que criam imagens religiosas e outras peças de artesanato, consideradas como verdadeiras obras de arte.

O velho casario que estende à volta do castelo é uma das zonas mais procuradas pelos turistas que visitam Estremoz.

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14 29 Setembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Cede-se posição –  Bar no centro histórico em Évora. 200m2 - Muito potencial ContaC-to: 966228739

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Cão JoVem –  côr  creme,  porte  médio/pequeno, perto da C.C.R.A. Tem coleira. Entra-se  à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

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- Tendinites- Agravando ainda a Fibromialgia (é um grupo de sinais e sintomas que envolvem dor crónica nos múscu-los, tendões, ligamentos e outros tecidos moles.- Prevenção de Artrites e Artroses

Atendimento ao domicíloTlm: 918 731 138/934 866 418 | e-mail: [email protected]

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Page 15: Registo ed174

15

Transgressão

Sugestão de filme

Direcção: Rose TremainSinópse:

num vale belo e pacífico desponta uma antiga casa de pedra, conhecida como Mas Lunel. o seu proprietário é ara-mon Lunel, um alcoólico de tal forma assombrado pelo seu passado violento que éincapaz de qualquer existência relevante, negli-

Carta dominante: 3 de Ouros, que signi-fica Poder. amor: Procure  dar  um  pouco  mais  de atenção às crianças da sua família.saúde:  Evite  comidas  com  alto  teor  de gordura  porque  o  colesterol  terá  tendên-cia para subir.  dinheiro: A sua situação económica man-ter-se-á estável.

Carta dominante: Valete  de  Paus,  que significa Amigo, Notícias Inesperadas.amor: Irá manifestar-se em si uma grande energia sensual.saúde: Consulte o seu médico e faça exa-mes de rotina.dinheiro: Resolverá  os  seus  problemas facilmente.

Carta dominante: O  Sol,  que  significa Glória, Honra.amor: O amor e o carinho reinarão na sua relação afectiva.saúde: A rotina poderá levá-lo a estados depressivos.dinheiro:  Sem  problemas  neste  campo da sua vida.

Carta dominante: O 6 de Copas, que sig-nifica Nostalgia.amor: Não  deixe  que  os  seus  familiares mais  afastados  tenham  saudades  suas, contacte com eles.saúde: Possíveis problemas com o apare-lho digestivo.dinheiro:  Tenha  cuidado  com  os  falsos amigos,  pois  nem  sempre  as  pessoas  que nos sorriem são as mais verdadeiras.

Carta dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado.amor: Deixe de lado as tristezas e aprovei-te  mais  efusivamente  os  momentos  bons que a vida lhe oferece.saúde: Cuidado com as suas costas.dinheiro: Período  sem  alteração  nas  fi-nanças.

Carta dominante: 7 de Espadas, que sig-nifica Novos Planos, Interferências.amor: Estará  muito  carente,  procure  ser mais optimista quanto ao seu futuro sen-timental.saúde: Tendência para dores de cabeça.dinheiro:  Período  favorável,  aproveite bem este momento.

Carta dominante: A Imperatriz, que sig-nifica Realização.amor: Apague  de  uma  vez  por  todas  as recordações do passado.saúde: Não  se  auto-medique,  procure antes o seu médico.dinheiro: Esta é uma boa altura para fa-zer uma doação de caridade.

Carta dominante: Valete de Ouros, que significa Reflexão, Novidades.amor: Guarde  o  seu  sarcasmo  e  fique atento às queixas do seu par.saúde: Espere um período regular.dinheiro:  Poderá  investir  em  novos  pro-jectos, mas com prudência.

Carta dominante: 3 de Espadas, que sig-nifica Amizade, Equilíbrio.amor: Lute pelo verdadeiro amor, não se deixe influenciar por terceiros.saúde: Vigie o seu estômago.dinheiro: Não se precipite nas suas com-pras, pode sair prejudicado.

Carta dominante: Valete  de  Espadas, que significa Vigilante e Atento.amor: Andará muito exigente ao nível dos afectos e das carícias.saúde: Sentir-se-á cheio de energia.dinheiro:  Aproveite  bem  as  oportunida-des que lhe surjam.

Carta dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso.amor: Se  falar  mais  abertamente  acerca dos seus sentimentos, poderá ver progre-dir a sua relação afectiva.saúde:  Cuide  da  sua  saúde  física,  faça mais exercício.dinheiro: Com trabalho e esforço conse-guirá atingir o seu objectivo.

Carta dominante: O  2  de  Espadas,  que significa Afeição, Falsidade.amor: Não seja tão possessivo e ciumento.saúde: Tente dormir as horas necessárias para o seu bem-estar físico e psicológico.dinheiro: Não gaste mal o seu dinheiro.

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Horóscopo semanal telefone: 21 318 25 91 e-mail: [email protected]

oriundo de Lon-dres, que espera poder reconstruir a sua vida em França e começa a visitar propriedades na região.Dois mundos e duas culturas colidem. Ultrapassam-se lim-

ites ancestrais, quebram-se tabus, comete-se um crime. E, enquanto o mundo de-saba, as colinas de Cévennes observam.

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genciando os cães de caça e a propriedade da família. numa casinha à vista de Mas Lunel mora a sua irmã, audrun, que sonha com a vingança de todas as tragédias que lhe destruíram a vida.Este mundo fechado e abalado por experiências sinistras é visitado por an-thony Verey, um negociante de antiguidades exilado,

Claraboia

Sugestão de livro

Direcção: José SaramagoSinópse:

a ação do romance localiza-se em Lisboa em meados do século xx. num prédio ex-istente numa zona popular não identificada de Lisboa vivem seis famílias: um sapa-teiro com a respetiva mulher e um caixeiro-viajante casado com uma galega e o respetivo filho – nos dois

o romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés do chão, silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para

daí obter algum rendimento. a conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança.

apartamentos do rés do chão; um em-pregado da tipografia de um jornal e a res-petiva mulher e uma “mulher por conta” no 1º andar; uma família de quatro mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar, um empregado de escritório a mulher e a respetiva filha no início da idade adulta.

évora

“impressões digitais” de manuel d’oliVaresAté 2 de OutubroPalácio  D.  Manuel  |  Jardim  Pú-blicoEntrada livreHorário:  de  2ª  a  6ª,  das  10h  às 12h e das 14h às 18hSábado: das 14h às 18hOrg: Câmara Municipal de Évora

extremoz

exposição “a Bilha 2011”Até  12  de  Novembro,  vai  estar patente  na  Sala  de  Exposições  do Centro  Cultural  Dr.  José  Lourenço Marques  Crespo,  a  exposição  “A BILHA projecto de arte”.O  projecto,  idealizado  pelo  Prof. Carlos  Godinho  no âmbito  do  tra-balho do Agrupamento de Escolas de  Estremoz,  transporta-nos  para uma ideia cultural de ligação entre o passado e o presente. Esta acti-vidade educativa, foi-se alargando chegando às artes plásticas.Nos  quatro  anos  de  desenvol-vimento  do  projecto,  têm  de-corrido  paralelamente  vários eventos, que muito contribuíram para  a  sua  divulgação,  algumas  conferências,  várias  exposições temporárias  e  a  fixação  de  uma exposição permanente no Centro Cultural  Dr.  Marques  Crespo,  or-ganizada  pelo  Museu  Municipal de  Estremoz  Prof.  Joaquim  Ver-melho.

exposiçãoVila Viçosa

dança Contemporânea: 2 Boxe29 de Outubro | 21H30 | Cine-Tea-tro Florbela EspancaA  Companhia  de  Dança  Contem-porânea  de  Évora  apresenta  “2 Boxe”, uma peça concebida, dirigia e coreografada por Nélia Pinheiro. Uma  peça  para  2  bailarinos  com uma  forte  componente  de  dança, pura  e  simples  que  revela  a  im-portância de  nos  reinventarmos  a cada  dia,  de  lutar  para  vencer  as dificuldades, de preservar os valo-res e crenças.

évora

FestiVal internaCional de dança ContemporâneaDe 24 de Setembro a 22 de Outu-bro de 2011.Vai  decorrer  em  Évora  o  Festival Internacional  de  Dança  Contem-porânea com localização no Teatro Garcia de Resende, Blackbox e em Escolas EB1 e Infantários

redondo

dia mundial da músiCa1 de Outubro | 21h30 | Auditório do Centro Cultural de RedondoO  Dia  Mundial  da  Música  foi  pro-posto  e  celebrado  pela  primeira vez em 1975 pelo grande músico e violinista Yehudi Menuhin.

dançamontemor-o-novo

dia naCional dos CastelosNo próximo dia de 8 de Outubro, no  âmbito  da  Comemoração  do Dia Nacional dos Castelos, vai ter lugar no Centro Interpretativo do Castelo  em  Montemor-o-Novo  o Curso denominado “História e ar-quitectura  militar  em  Portugal”, com  a  coordenação  do  Professor Doutor  Augusto  Moutinho  Bor-ges.

arraiolos

500 anos do Foral manuelino de arraiolosAté 30 de OutubroDentro da Reforma de actualização dos forais medievais – o de Arraio-los data de 1290 – a 29 de Março de 1511, D. Manuel outorga o chamado “Foral Novo” de Arraiolos.E, com início em 29 de Março de 2011,  assinalamos  estes  cinco séculos  de  história,  procurando conhecer mais sobre a nossa ter-ra e as suas gentes, projectando um  futuro  melhor  ainda  que sobre  um  presente  demasiado sombrio.Assim foi quando a reabilitação ur-bana do Centro Histórico de Arraio-los revelou novos “achados” para a história  dos  nossos  Tapetes  –  pa-trimónio  cultural  mundialmente conhecido;  assim  foi  aquando  da descoberta recente de inscrições e grafitos nas muralhas da “Praça de Armas” do Castelo.

outros

Page 16: Registo ed174

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A associação Pédexumbo orga-niza até 1 de Outubro a iniciati-va “Aqui há Baile”, que promove bailes, danças, oficinas e outras actividades em Évora. As acti-vidades vão decorrer no Teatro Garcia Resende e no Espaço Celeiros, contando o programa com diversos convidados.

“Pretende-se criar um espaço para a divulgação e salvaguarda do património tocado e dança-do português, num contexto de desenvolvimento integrado de regiões deprimidas mas com ele-vado potencial de vida própria”, explica a organização.

Porque a dança pertence ao terreiro, porque hoje em dia no-vas vivências voltaram a dar espaço nas nossas vidas a esses repertórios quase esquecidos (saias, contradanças, mazurcas e fandangos), o projecto pretende criar condições para o encontro

informal entre quem dança e quem está desejoso de dançar.

Deste contacto espera-se uma renovação e um novo estímulo para os saberes, tanto de quem toca, como de quem dança, su-blinha a Pédexumbo.

Em Portugal existem velhos e novos bailadores e tocadores de instrumentos tradicionais, pos-suidores de um vasto repertório de músicas tradicionais para dança, mas que, fora do contex-to dos ranchos folclóricos, têm alguma dificuldade em arranjar enquadramento para esse saber. No Aqui Há Baile esses saberes poderão ganhar renovada vida.

A programação de três dias de festa faz-se com “Baile dos Corpos Extraordinários”, forma-ção em “Animação com Dança Tradicional”, oficina de “Dan-ças Portuguesas para Famílias”, oficina de “Danças do Alentejo

- Demonstração do Varapau”, es-pectáculo com “Nova Galega De Dança”.

Fonte da organização refe-re que a apreciação das danças portuguesas e das formas reno-vadas de as contextualizar nos nossos dias “terá tanto mais rele-vância quanto mais se confron-tar com o panorama internacio-nal que trabalha estas mesmas danças de raiz popular”. Assim, o carácter internacional mantém-se presente neste evento, com a actuação, por exemplo, da Nova Galega de Dança que funde dan-ça e música de raiz galega, tradi-ção e vanguarda com vocação universal.

A abertura, esta noite, será por conta do “Baile dos Gordos”, um conceito original de Diana Re-gal. Trata-se de um baile manda-do em que os dançarinos, volun-tários de entre o público.

Évora Inn

Alojamento com designConcebido como alojamento local numa lógica de proximidade e de personalização e sobretudo como uma articulação entre o conforto, a contempora-neidade do design e a vivência do património cultural, o EvoraInn - ChiadoDesign recria agora as suas funções e abre as portas ao público.A partir de 3 de ou-tubro, alargará a sua oferta, passando a estar aberto ao público, juntando-se à galeria de arte – neste momento com uma exposição da arquitecta Elisa Serralha –, um ponto de venda de peças de design. Aí poderá encontrar-se toda a oferta tradicional das lojas “Chiado em Évora”, bem como as marcas que a empresa representa há já quatro anos. Está ainda previsto um programa cultural que inclui tertúlias, seminá-rios de escrita criativa e outras iniciativas.

Pédexumbo promove “Aqui há Baile” com danças e oficinas

Iniciativa

D.R.

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Évora em festa até dia 1 de Outubro.

A Associação Humana Portugal entregou esta semana os pré-mios de reciclagem têxtil 2010 às empresas e municípios por-tugueses cujas populações mais contribuíram com a entrega de roupas e calçado em segunda mão, tendo Évora sido uma das distinguidas.

O prémio, que consistiu num diploma e numa escultura em pedra produzida por artesãos africanos, foi recebido pela ve-readora Cláudia Sousa Pereira. Segundo a autarquia, a distinção representa o “reconhecimento do empenho da população na re-colha e entrega de roupa e calça-do em bom estado nos diversos contentores” que a associação Humana tem colocado em vá-rios locais da cidade.

“A atribuição deste galardão é o reconhecimento ao gesto dos munícipes que quando se dispo-nibilizam meios para darem, têm todo o gosto em contribuírem para uma estrutura que benefi-cia não só os seus vizinhos, mas gente que está do outro lado do mundo e que também necessita que outros países ajudem, pois eles ainda têm mais dificuldades que nós”, salienta a autarca.

Évora recebe prémio

Solidariedade