Reação febril não Reação Reação séptica/ Reação alérgica ... · Fluxograma de Reações...

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Fluxograma de Reações Transfusionais Agudas - O que fazer? Sintomas: febre, tremores, calafrios, náuseas, vômitos, rubor facial, dor lombar, dor abdominal, dor torácica, dor óssea, dor muscular, ansiedade, dispneia, ortopneia, taquipneia, tosse, taquicardia, sibilos, estertores, estridor, crepitações, urticária, rash cutâneo, cianose, icterícia, edema periorbital, edema conjuntival, angioedema, rouquidão, hemoglobinemia, hemoglobinúria, diarreia, sangramentos e choque. Reação febril não hemolítica Reação Hipotensiva Reação séptica/ Contaminação Bacteriana Reação hemolítica aguda Reação alérgica TRALI (injúria pulmonar associada à transfusão) TACO (sobrecarga de volume associada à transfusão) Leve e moderada: febre inexplicada TAX≥38ºC até 38,9ºC e/ou elevação ≥1ºC da temp. pré transfusional. Reduzir velocidade de Infusão. Administrar Antipiréticos VO: Adultos: Paracetamol 500mg-1g. Crianças: Paracetamol 1gt/kg. (10 a 15 mg/Kg/dose) Grave: febre TAX≥39ºC e/ou elevação da temp. pré transfusional ≥2ºC, associada a tremores, calafrios, náuseas, vômitos, hipotensão. Pressão arterial ≤80mmHg, queda abrupta de 30% ou queda PAS > 30mmHg da PA pré. Ocorre durante ou na 1ª hora pós transfusão. Pode haver dor abdominal e rubor facial. *mais frequente em pacientes usuários de iECA. Administrar SF 0,9% IV. Considerar diagnóstico diferencial com as demais reações transfusionais. Febre, tremores e calafrios intensos, hipotensão arterial, choque, dificuldade respiratória, hipóxia, sibilos, náuseas e vômitos. Febre, tremores e calafrios intensos, hipotensão arterial, choque, desconforto respiratório, hipóxia, sibilos, náuseas e vômitos. Investigar hemólise: hemograma, LDH, reticulócitos, Coombs D e I, haptoglobina, bilirrubinas e parcial de urina. Administrar SF 0,9% IV. Diuréticos: Furosemida IV Adulto: 40 a 80 mg Criança: 1 a 2mg/kg Manter diurese >100mL/h em 24h. Sonda vesical de demora se necessário. Administrar SF 0,9% IV. Coletar amostras do paciente e da bolsa para hemoculturas. (Yersinia enterocolitica, Pseudomonas fluorescens, Enterobacter, Serratia). Prurido e rash cutâneo Leve: menos de 2/3 da superfície corporal, sem sintomas associados. Moderada: 2/3 ou mais da superfície corporal, sem sintomas associados. Iniciar anti-histamínico. Difenidramina:25-50mg VO, IM ou IV. Crianças:0,5-2mg/kg, VO, IM ou IV. Corticoterapia opcional. Se utilizada, metilprednisolona IV: 1 a 2 mg/kg/dia, por 1 a 2 dias. Observar ou suspender a transfusão, podendo reiniciá-la se assintomático. Grave/anafilática: mais de 2/3 da superfície corporal e presença de sintomas associados: hipotensão, choque, taquicardia, sibilos, estridor, rouquidão, angioedema, edema de glote, edema de úvula, dor abdominal, ansiedade. Raio-X de tórax, gasometria, haptoglobina, Anti-IgA. Tratamento primário: manter vias aéreas pérvias, oxigenioterapia. Elevar MMII. SF 0,9% IV rápido até PAS > 90 mmHg Crianças: 20 mL/kg Administrar: Adrenalina pura IM - 1:1000 (1mg/mL) na face lateral da coxa, com seringa de insulina > 12 anos - 500 mcg = 0,5 mL Pré-pubere - 300 mcg = 0,3 mL 6 m - 6 anos - 120 mcg = 0,12 mL < 6 m - 50 mcg = 0,05 mL *avaliar resposta, repetir em intervalo de 5-10 min se necessário. Em caso de broncoespasmo resistente a adrenalina: Salbutamol 2,5- 5mg em 3 mL de soro via nebulizador. E/ou Hidrocortisona 500mg EV 6/6h ; >12a: 100-500mg 6-12a: 100mg 1-6a: 50mg RN - 1mês: 15mg Dispneia, cianose grave, hipotensão, hipoxemia (saturação de O < 90%). Manter vias aéreas pérvias: administrar O e sintomáticos. Monitorar diurese. Solicitar RX tórax (infiltrado difuso bilateral). Hipertensão arterial, dispneia, ortopneia, taquipneia, estertores crepitantes, edema pulmonar agudo, tosse, cefaleia, estase jugular. Elevar Cabeceira. Diurético: Furosemida 1-2mg/Kg IV. Administrar O Controlar balanço hídrico. 2 2 2 Dosar BNP sérico. Solicitar avaliação cardiológica a critério. Pacientes de maior risco - com LLA - Idosos - Crianças - Cardiopatas - Alteração de consciência Medidas Imediatas 1. Reduzir velocidade de infusão 2. Interromper a transfusão 3. Manter acesso venoso pérvio 4. Monitorar sinais vitais 5. Conferir identidade do paciente e etiqueta da bolsa 6. Notificar à hemoterapia e hemovigilância Contato: Banco de Sangue HU UFSC: (48) 3721-9183 / (48) 3721-9114 Administrar antipiréticos. Se calafrios e/ou tremores intensos e persistentes: Adultos: Meperidina (2mL+8mL AD) aplicar 2mL IV da solução. Coletar amostras do paciente e da bolsa para hemoculturas. Difenidramina: 25 a 50 mg IV. Crianças: 0,5-2mg/kg IV Ranitinida: 50mg IV. Crianças: 1mg/kg (máx 50mg) IV Iniciar antibioticoterapia com cobertura para microorganismos de pele, entéricos e gram negativos

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Fluxograma de Reações Transfusionais Agudas - O que fazer?Sintomas: febre, tremores, calafrios, náuseas, vômitos, rubor facial, dor lombar, dor abdominal, dor torácica, dor óssea, dor muscular, ansiedade, dispneia, ortopneia, taquipneia, tosse, taquicardia, sibilos, estertores, estridor, crepitações,

urticária, rash cutâneo, cianose, icterícia, edema periorbital, edema conjuntival, angioedema, rouquidão, hemoglobinemia, hemoglobinúria, diarreia, sangramentos e choque.

Reação febril não hemolítica

Reação Hipotensiva

Reação séptica/Contaminação

Bacteriana

Reação hemolítica aguda

Reação alérgica TRALI (injúria pulmonar

associada à transfusão)

TACO (sobrecarga de

volume associada à transfusão)

Leve e moderada: febre inexplicada TAX≥38ºC até 38,9ºC e/ou elevação ≥1ºC da temp. pré transfusional.

Reduzir velocidade de Infusão.Administrar Antipiréticos VO:Adultos: Paracetamol 500mg-1g.Crianças: Paracetamol 1gt/kg.(10 a 15 mg/Kg/dose)

Grave: febre TAX≥39ºCe/ou elevação da temp. pré transfusional ≥2ºC, associada a tremores, calafrios, náuseas, vômitos, hipotensão.

Pressão arterial ≤80mmHg, queda abrupta de 30% ou queda PAS > 30mmHg daPA pré. Ocorre durante ou na 1ª hora pós transfusão. Pode haver dor abdominal e rubor facial.*mais frequente em pacientes usuários de iECA.

Administrar SF 0,9% IV.Considerar diagnóstico diferencial com as demais reações transfusionais.

Febre, tremores e calafrios intensos, hipotensão arterial, choque, dificuldade respiratória, hipóxia, sibilos, náuseas e vômitos.

Febre, tremores e calafrios intensos, hipotensão arterial, choque, desconforto respiratório, hipóxia, sibilos, náuseas e vômitos.

Investigar hemólise: hemograma, LDH, reticulócitos, Coombs D e I, haptoglobina, bilirrubinas e parcial de urina.

Administrar SF 0,9% IV.Diuréticos: Furosemida IV Adulto: 40 a 80 mgCriança: 1 a 2mg/kg

Manter diurese >100mL/h em 24h. Sonda vesical de demora se necessário.

Administrar SF 0,9% IV. Coletar amostras do paciente e da bolsa para hemoculturas.

(Yersinia enterocolitica, Pseudomonas fluorescens, Enterobacter, Serratia).

Prurido e rash cutâneo

Leve: menos de 2/3 da superfície corporal, sem sintomas associados.

Moderada: 2/3 ou mais da superfície corporal, sem sintomas associados.

Iniciar anti-histamínico. Difenidramina:25-50mg VO, IM ou IV.Crianças:0,5-2mg/kg, VO, IM ou IV.

Corticoterapia opcional. Se utilizada, metilprednisolona IV: 1 a 2 mg/kg/dia, por 1 a 2 dias.

Observar ou suspender a transfusão, podendo reiniciá-la se assintomático.

Grave/anafilática: mais de 2/3 da superfície corporal e presença de sintomas associados: hipotensão, choque, taquicardia, sibilos, estridor, rouquidão, angioedema, edema de glote, edema de úvula, dor abdominal, ansiedade.

Raio-X de tórax, gasometria, haptoglobina, Anti-IgA.

Tratamento primário: manter vias aéreas pérvias, oxigenioterapia. Elevar MMII. SF 0,9% IV rápido até PAS > 90 mmHgCrianças: 20 mL/kg

Administrar: Adrenalina pura IM - 1:1000 (1mg/mL) na face lateral da coxa, com seringa de insulina > 12 anos - 500 mcg = 0,5 mLPré-pubere - 300 mcg = 0,3 mL6 m - 6 anos - 120 mcg = 0,12 mL< 6 m - 50 mcg = 0,05 mL*avaliar resposta, repetir em intervalo de 5-10 min se necessário.

Em caso de broncoespasmo resistente a adrenalina: Salbutamol 2,5- 5mg em 3 mL de soro via nebulizador. E/ou Hidrocortisona 500mg EV 6/6h ; >12a: 100-500mg6-12a: 100mg1-6a: 50mgRN - 1mês: 15mg

Dispneia, cianose grave, hipotensão, hipoxemia (saturação de O < 90%).

Manter vias aéreas pérvias: administrar O e sintomáticos. Monitorar diurese. Solicitar RX tórax (infiltrado difuso bilateral).

Hipertensão arterial, dispneia, ortopneia, taquipneia, estertores crepitantes, edema pulmonar agudo, tosse, cefaleia, estase jugular.

Elevar Cabeceira.Diurético: Furosemida 1-2mg/Kg IV.Administrar O Controlar balanço hídrico.

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Dosar BNP sérico.Solicitar avaliação cardiológica a critério.

Pacientes de maior risco

- com LLA- Idosos- Crianças- Cardiopatas- Alteração de consciência

Medidas Imediatas

1. Reduzir velocidade de infusão2. Interromper a transfusão 3. Manter acesso venoso pérvio 4. Monitorar sinais vitais5. Conferir identidade do paciente e etiqueta da bolsa6. Notificar à hemoterapia e hemovigilância

Contato: Banco de Sangue HU UFSC: (48) 3721-9183 / (48) 3721-9114

Administrar antipiréticos. Se calafrios e/ou tremores intensos e persistentes:Adultos: Meperidina (2mL+8mL AD) aplicar 2mL IV da solução. Coletar amostras do paciente e da bolsa para hemoculturas.

Difenidramina: 25 a 50 mg IV.Crianças: 0,5-2mg/kg IVRanitinida: 50mg IV.Crianças: 1mg/kg (máx 50mg) IV

Iniciar antibioticoterapia com cobertura para microorganismos de pele, entéricos e gram negativos