Quimica Alimentos Laboratório (1)
-
Upload
maria-cristina-viana -
Category
Documents
-
view
153 -
download
0
Transcript of Quimica Alimentos Laboratório (1)
![Page 1: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/1.jpg)
QUÍMICA DOS ALIMENTOS
![Page 2: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/2.jpg)
Umidade em alimentos
Teor de umidade: quantidade de água
presente no alimento (livre, adsorvida, ligada).
Teor de sólidos totais: todos os constituintes exceto a água
%ST = 100 - %U
![Page 3: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/3.jpg)
Importância da determinação umidade
Preservação de produtos:
Ex: frutas e vegetais desidratados, grãos e cereais, leite em pó.
Processamento:
Ex: geleias e doces, produtos de trigo.
Embalagem:
Ex: leite e sucos concentrados, produtos desidratados.
Padrão de identidade de produtos:
Ex: queijos, produtos cárneos, cereais, etc.
Calculo do valor nutricional.
![Page 4: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/4.jpg)
Teor de umidade de alguns alimentos
ALIMENTOS % DE UMIDADE
Produtos lácteos fluidos
Leite em pó
Queijos
Manteiga
Creme de leite
Sorvetes
Margarinas e maionese
Frutas
Hortaliças
Carnes e peixes
Cereais
Macarrão
Pão e outros produtos de padaria
87-91
4
40-75
15
60-70
65
15
65-95
85
50-70
<10
9
35-45
![Page 5: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/5.jpg)
Parâmetros estabelecidos para umidade em alguns alimentos
Produto Parâmetros para
umidade (g/100g) Regulamento técnico
pertinente (PIQ)
Café torrado e moído
< 5,0
RDC nº 277/2005, Anvisa
Produtos de frutas secas ou desidratadas
< 25,0 RDC nº 272/2005, Anvisa
Leite em pó integral < 3,5
Portaria nº 369/1997, MAPA
Lingüiça fresca
< 70,0
Instrução normativa nº 04/2000, MAPA
Lentilha
< 14,0
Portaria nº 65/1993, MAPA
Farinhas, amidos, cereais e farelos < 15,0
RDC nº 263/2005, Anvisa
![Page 6: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/6.jpg)
Tipos de métodos Métodos diretos: • a água é removida e quantificada; • princípios físicos e físico-químicos; Exemplos: gravimétricos (secagem), destilação azeotrópica, titulação de Karl-Fischer, cromatografia gasosa, refratometria. Métodos indiretos: • a água não é removida; • a água é quantificada por parâmetros que se modificam em função do teor de água; Exemplos: condutividade, espectroscopia (infravermelho e ressonância magnética nuclear).
![Page 7: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/7.jpg)
Métodos físicos
Ressonância nuclear magnética.
Espectroscopia no infravermelho próximo.
Índice de refração.
Densidade.
Crioscopia.
Condutividade elétrica.
RMN
NIR REFRATÔMETRO
CRIOSCÓPIO
![Page 8: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/8.jpg)
Métodos de secagem em estufa
SIMPLES
Com circulação de ar
á vácuo
![Page 9: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/9.jpg)
Secagem em estufa – recipientes para amostras
Pesa-filtro Pesa-filtro
Cápsula de porcelana Cápsula de alumínio
![Page 10: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/10.jpg)
Exemplo – Determinação da umidade em queijo por secagem em estufa
![Page 11: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/11.jpg)
Outros métodos por secagem
![Page 12: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/12.jpg)
Cinzas e Minerais
Cinza é o resíduo inorgânico que permanece após a queima da matéria orgânica, que é transformada em CO2, H2O e NO2.;
As vezes as cinzas não têm a mesma composição que a matéria mineral originalmente presente no alimento, devido a:
perdas por volatilização. Exemplos: • Hg de 100 a 550 °C, Cd > 450 °C, Zn e Pb de 300 a 1000 °C interações entre constituintes da amostra
![Page 13: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/13.jpg)
Cinzas e Minerais
Constituição das cinzas:
• grandes quantidades de Na, K, Ca e Mg;
• pequenas quantidades de Al, Fe, Cu, Mn e Zn;
• quantidades traços de As, I, F e outros.
• Os elementos se encontram nas cinzas nas formas de óxidos, sulfatos, fosfatos, silicatos e cloretos, dependendo das condições de incineração e da composição do alimento.
![Page 14: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/14.jpg)
Teor de cinzas de alguns alimentos
Produto % de sais minerais
Leite 0,7 - 6,0
Queijo 3,0
Cereais 0,3 a 3,3
Ossos 17
Carne e produtos cárneos 0,5 a 6,7
Carne + Ossos 5 - 6
Frutas frescas 0,3 a 2,1
Hortaliças frescas 0,4 a 2,1
Peixes e produtos marinhos 1,2 a 3,9
Óleos e gorduras vegetais 0,0
Manteiga e margarina 2,5
Aves 1,0 – 1,2
Açúcares e xaropes 0,0 - 1,2
Leguminosas 2,2 a 4,0
Nozes 1,7 a 3,6
![Page 15: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/15.jpg)
Teor de cálcio de alguns alimentos
Alimento Cálcio (mg/100g)
Leite integral 123
Leite desnatado 134
Queijo parmesão 992
sardinha 167
Feijão carioca cru 123
Castanha do Pará 146
Couve manteiga refogada 177
Espinafre cru 98
Ovo de galinha cru 42
![Page 16: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/16.jpg)
Determinação de cinzas e minerais 1. Obtenção das cinzas (totais, alcalinidade, solúveis e insolúveis): • Queima seca; • Queima úmida. 2. Análise elementar: • Titulometria; • Espectrofotometria (colorimetria); • Turbidimetria; • Emissão de chama; • Absorção atômica (chama, forno de grafite, gerador de hidreto); • ICP-OES (Espectrometria de emissão ótica indutivamente acoplada ao plasma).
Necessidade de controle ambiental, de materiais e reagentes, incluindo a água,
devido a possíveis contaminações.
![Page 17: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/17.jpg)
Importância da obtenção das cinzas para determinação dos minerais
Tratamento da amostra depende da complexidade da matriz e do
limite de quantificação a ser atingido; Objetivos: • Degradar e solubilizar a matriz para liberar os metais presentes para
a análise; • Extrair os metais para um solvente mais adequado a técnica de
quantificação; • Concentrar metais que se encontram presentes em baixas
concentrações na matriz; • Separar analitos que possam interferir na quantificação; • Diluir a amostra para o efeito da matriz não ser significativo; • Separar diferentes formas químicas (especiação).
![Page 18: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/18.jpg)
Determinação das Cinzas
Queima Seca Queima Úmida
![Page 19: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/19.jpg)
Queima Seca
Mufla
Cadinho porcelana
Cadinho Platina
Cadinho quartzo
![Page 20: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/20.jpg)
Análise elementar
1. Titulometria: Consiste essencialmente em determinar o volume de uma solução
de concentração conhecida, que se requer para a reação quantitativa com um dado volume de solução da substância em análise.
Exemplo: • Determinação de cloreto, por volumetria, utilizando solução de
nitrato de prata na presença de concentração conhecida.
NaCl + AgNO3 AgCl (s) + NaNO3 (aq)
AgNO3 + K2CrO4
Ag2CrO4 (s) + 2 KNO3 (aq)
![Page 21: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/21.jpg)
Determinação de cloretos em alimentos
![Page 22: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/22.jpg)
Absorção Atômica
Lâmpada de catodo oco
![Page 23: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/23.jpg)
CARBOIDRATOS
![Page 24: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/24.jpg)
Introdução
• São macronutrientes cujos maiores
representantes pertencem ao reino
vegetal, seja na forma de carboidrato
complexo (amido e/ou celulose) ou na
forma de açúcar (dissacarídeos) como a
sacarose, além da glicose e da frutose, os
monossacarídeos mais comuns da dieta.
![Page 25: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/25.jpg)
Introdução
Suas funções principais nos seres vivos são:
energética (oxidação de glicose)
reserva alimentar (amido e glicogênio)
estrutural (celulose e quitina)
genética (pentoses fazem parte do DNA e
RNA)
Fonte primária de energia para o organismo - liberação de energia química para a formação de ATP
![Page 26: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/26.jpg)
Monossacarídeos
Tabela 1. Fontes e papel nutricional dos principais monossacarídeos
Monossacarídeos Fonte Função
D-ribose Formado nos processos
metabólicos
Componente dos ácidos nucléicos e
coenzimas ácido ribonucléico
(RNA), flavoproteínas
D-glicose Sucos de frutas, hidrólise do
açúcar, cana-de-açúcar, maltose e
lactose
“açúcar” dos corpo: fluidos
sangüíneos e dos tecidos;
combustível celular
D-frutose Frutas, sucos, mel, hidrólise da
sacarose da cana-de-açúcar
Transformação para glicose no
fígado e no intestino para servir
como combustível básico do
organismo
D-galactose Hidrólise da lactose (açúcar do
leite)
Mudança para glicose no fígado;
combustível celular; sintetizada na
glândula mamária para produzir
lactose do leite; constituinte dos
glicolípides e glicoproteínas
![Page 27: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/27.jpg)
• Classificação: aldoses e cetoses.
• Propriedades: açúcares são geralmente sólidos cristalinos,
incolores e têm sabor doce.
• São facilmente solúveis em água, e suas soluções são opticamente
ativas.
![Page 28: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/28.jpg)
![Page 29: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/29.jpg)
Oligossacarídeo • São polímeros compostos de resíduos de monossacarídeos unidos
por ligações glicosídicas, em número que variam de duas até,
aproximadamente, dez unidades.
• Entre os oligossacarídeos, os mais importantes são os
dissacarídeos, e entre eles encontram-se a maltose, a celobiose, a
lactose e a sacarose, sendo que apenas os dois últimos são
encontrados livres na natureza; a maltose e a celobiose são obtidas
por hidrólise do amido e celulose, respectivamente.
![Page 30: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/30.jpg)
Oligossacarídeo
Formação da ligação glicosídica entre um carbono anomérico α e o
grupo hidroxila na posição 4, formando uma ligação α-1,4.
![Page 31: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/31.jpg)
Dissacarídeos redutores
MALTOSE:
• É formada quando 2 moléculas de glicose unidas por ligação alfa.
• Elemento básico da estrutura do amido, podendo ser obtida por
hidrólise ácida ou enzimática.
• É hidrolisada pela maltase.
![Page 32: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/32.jpg)
Dissacarídeos redutores LACTOSE: • Açúcar comum do leite • Hidrolisada por -galactosidase - ligação glicosídica em posição • É o menos doce dos dissacarídeos, aproximadamente 1/6 da doçura
da sacarose
![Page 33: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/33.jpg)
Dissacarídeos não redutores
SACAROSE:
• Açúcar de cana ou açúcar de beterraba - fotossíntese
• Dissacarídeo mais importante
• O grupo aldeído da glicose e o cetona da frutose estão envolvidos na ligação glicosídica, por isto a sacarose não é redutora.
• Hidrolisada por -glucosidade e invertase: ligação glicosídica é -D-glucose - -D-frutose
![Page 34: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/34.jpg)
INVERSÃO DA SACAROSE:
• A sacarose é hidrolisada por ácidos diluídos ou enzimas, resultando na reação do “açúcar invertido”.
• Vantagens: O xarope de açúcar invertido reúne:
a elevada solubilidade da frutose à difícil cristalização da glicose, aumentando seu poder edulcorante (sabor doce) e diminuindo os riscos de cristalização (vasto uso na indústria alimentícia).
![Page 35: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/35.jpg)
Polissacarídeos • Macromoléculas naturais ocorrendo em quase todos os organismos
vivos
• Condensação de muitas unidades de monossacarídeos, unidas entre si por ligações glicosídicas
Funções:
• Estrutura das paredes celulares de plantas superiores (celulose, hemicelulose, pectina) ou de animais (quitina, mucopolissacarídeos)
• Reservas metabólicas de plantas (amidos, dextranas) e de animais (glicogênio)
• Protetoras de plantas, devido à sua capacidade de reter grandes quantidades de água.
![Page 36: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/36.jpg)
Amido • A mais importante reserva de nutrição de todas as plantas
• Estrutura do amido: amilose e amilopetina
• Variação de acordo com as espécies vegetais e grau de maturação
• Influenciam a viscosidade e o poder de formação de gel
![Page 37: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/37.jpg)
Amilose:
Corresponde de 15 a 20% da molécula de amido
Macromolécula constituída de 250 a 300 resíduos de D-
glicose, ligadas por pontes glicosídicas α-1,4, que conferem a
molécula uma estrutura helicoidal.
Amido
![Page 38: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/38.jpg)
Amilopectina:
Macromolécula, menos hidrossolúvel que a amilose, constituída
de aproximadamente 1400 resíduos de α-glicose ligadas por
pontes glicosídicas α-1,4, ocorrendo também ligações α-1,6. A
amilopectina constitui, aproximadamente, 80% dos
polissacarídeos existentes no grão de amido
Amido
![Page 39: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/39.jpg)
![Page 40: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/40.jpg)
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
![Page 41: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/41.jpg)
Métodos de análise
![Page 42: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/42.jpg)
Método por diferença
Normalmente para a composição centesimal dos alimentos os carboidratos são analisados por diferença (NIFEXT):
Carboidrato total = 100 - (proteína + umidade + cinzas + gordura)
Ou
Carboidrato = 100 - (proteína + umidade + cinzas + gordura + fibras)
Carboidratos complexos = carboidrato total - açúcares – fibras
Problema - incorporação de erros das outras determinações
![Page 43: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/43.jpg)
Preparo da amostra
preparo da amostra:
- sólida – moagem
- Remoção de lipídeos e clorofila (geralmente removidos por extração com éter de petróleo).
- Clarificação: Uso de agentes clarificantes (metais pesados), cuja função é de precipitar as substâncias que irão interferir na análise do açúcar como pigmentos solúveis, aminoácidos e proteínas, lipídeos, compostos fenólicos.
Elimina a turbidez (proteína e amido solúvel), que afetam polarimetria e titulação.
Agentes clarificantes: solução de acetato de chumbo, ácido fosfotungístico e ácido tricloroacético, ferricianeto de potássio e sulfato de zinco.
![Page 44: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/44.jpg)
Métodos Quantitativos
1. Métodos Cuprimétricos
– Oxidação de açúcares redutores por soluções
alcalinas quente de Cu +2.
– O açúcar degrada e reduz o Cu+2 (aq) em Cu2O (s).
– Métodos gravimétricos ou volumetricos.
![Page 45: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/45.jpg)
Reação cuprimétrica com
açúcares
![Page 46: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/46.jpg)
Análise de carboidratos – método Fehling
quando um açúcar redutor é tratado por uma solução alcalina, a quente, o açúcar é degradado e alguns dos seus produtos de degradação reduzem os íons cúpricos a um precipitado de óxido cuproso;
soluções de Fehling-Soxhlet.
![Page 47: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/47.jpg)
Análise de carboidratos – método Fehling
![Page 48: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/48.jpg)
Análise de carboidratos – método Fehling
![Page 49: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/49.jpg)
1.1. Método Lane-Eynon (método cuprimétrico)
Açúcar redutor + reagente de Fehling A (sulfato de cobre) + Reagente de Fehling B ( tartarato duplo de Na+ e K+ / hidróxido de sódio (COR AZUL)
Titulação à quente, usando azul de metileno como indicador
Formação do precipitado de Cu2O (cor vermelho tijolo) Determinação
dos açúcares
redutores
Inversão da sacarose + mesma reação Titulação
Determinação dos açúcares totais
=
Redutores e não redutores
Método
Volumétrico
![Page 50: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/50.jpg)
1.2. Método Munson-Walker (método cuprimétrico)
Açúcar redutor + reagente de Fehling A (sulfato de cobre) + Reagente de Fehling B ( tartarato duplo de Na+ e K+ / hidróxido de sódio em EXCESSO
Formação de um precipitado:
O açúcar degrada e reduz o Cu+2 formando Cu2O
O precipitado de Cu2O é filtrado em cadinho de porcelana poroso
Secagem e pesagem do precipitado
Uso de tabela que relacionam o peso de Cu2O com a quantidade de açúcar
Método
gravimétrico
![Page 51: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/51.jpg)
1.3 Método Somogyi (método cuprimétrico)
Açúcar redutor + reagente de Fehling A + Fehling B em EXCESSO
O açúcar degrada e reduz o Cu+2 formando Cu2O .
O Cu+2 em excesso é oxidado por KI em excesso formando I2
Titula-se o excesso de iodo com Na2S2O4.
Para pequenas
quantidades de
açúcar –
microtitulação
![Page 52: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/52.jpg)
2 – Método do ferrocianeto alcalino
• Foi desenvolvido para determinação de açúcares em sangue
(1923) e modificado para alimentos (1929).
• Redução do ferrocianeto por açúcar redutor. Pode titular
diretamente usando azul de metileno (indicador)
• Ou o excesso de iodo é titulado com tiossulfato.
2K3Fe(CN)6 + 2KI 2K4Fe(CN)6 + I2
Fe+3 Fe+2
![Page 53: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/53.jpg)
3- Métodos iodométricos
• Específico para aldoses, as cetoses não são oxidadas.
• A amostra dissolvidas é tratada com excesso de I2 e este
titulado com solução de tiossulfato.
RCHO + I2 + 3NaOH RCOONa + 2NaI + 2H2O
![Page 54: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/54.jpg)
4- Métodos cromatográficos
Açúcares determinados individualmente: separação dos diversos tipos.
Podem isolar, fracionar, identificar e determinar quantativamente.
a) Cromatografia de papel e camada delgada: Servem para isolar e
identificar.
De papel: não dá boa resolução e é demorado.
Camada delgada – tempo de corrida é menor, melhor resolução.
Limitados para identificação quantitativa (vários passos).
b) Cromatografia gasosa: Separação, identificação e determinação de
açúcares.
Carboidratos são pouco voláteis, dificulta o uso da CG.
c) Cromatografia de coluna: extensão predeterminada- secionada em
zonas. Alta capacidade de separação.
![Page 55: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/55.jpg)
Análise de carboidratos - CLAE
![Page 56: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/56.jpg)
5- Métodos físicos
a)Refratometria
refratômetro – mede o índice de refração (quando a radiação eletromagnética passa de um meio para outro ela muda de direção, refrata);
utilizada em alimentos onde a composição é predominantemente de água e açúcar (mel, xarope, geléias, sucos); mede o teor de sólidos solúveis (açúcares totais);
teor de Grau Brix – tabela de conversão (índice de refração – teor de açúcares).
b)Polarimetria
Carboidratos são opticamente ativos- quirais;
Mede a rotação óptica de solução pura de açúcar. Não é destrutivo, rápido e preciso.
![Page 57: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/57.jpg)
5- Métodos físicos
c)Densimentria
Mede a densidade exata de soluções de açúcar e aproximada em
alimentos açucarados.
Determina concentrações de açúcar em soluções líquidas.
d)Espectroscopia de Infravermelho
Usado para estudo das estruturas dos carboidratos.
É complicado para açúcares simples – são praticamente insolúveis nos
solventes orgânicos usados
![Page 58: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/58.jpg)
Análise de carboidratos – método espectrofotométrico
![Page 59: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/59.jpg)
Fibras
São substâncias de origem vegetal, carboidratos (ou derivados dos mesmos) com exceção da lignina e que resistem à ação das enzimas digestivas humanas, chegando intactas ao cólon e aí são parcialmente hidrolisadas e fermentadas pela microbiota bacteriana.
![Page 60: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/60.jpg)
Classificação das fibras
![Page 61: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/61.jpg)
Método Fibra Alimentar
![Page 62: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/62.jpg)
Lipídeos
• Componentes do alimento insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos;
• Característica de solubilidade comum aos lipídeos, preferencialmente a uma característica estrutural. Contudo:
• triacilgliceróis são muito hidrofóbicos;
• mono e digliceróis possuem partes hidrofílicas e hidrofóbicas em suas moléculas, sendo solúveis em solventes pouco polares.
• Triacilgliceróis são a categoria mais prevalente nos alimentos.
•Triacilglicerol
•Éster de glicerol e ácidos palmítico,
oléico e linolênico
![Page 63: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/63.jpg)
Teor de lipídeos de alguns alimentos
![Page 64: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/64.jpg)
Determinação de lipídeos
![Page 65: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/65.jpg)
Tipos de métodos
1. Extração com solvente a quente
• Éter etílico ou éter de petróleo:
• método Soxhlet (processo semi-contínuo);
• método Goldfish (processo contínuo).
2. Extração com misturas de solventes a frio
• Clorofórmio, metanol e água:
• método Bligh-Dyer.
• Clorofórmio e metanol, 2:1:
• Método Folch.
![Page 66: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/66.jpg)
Tipos de métodos
1. Extração de lipídeos ligados a outros componentes:
• hidrólise ácida (métodos Gerber e Babcock);
• hidrólise alcalina (métodos Rose-Gottlieb e Mojonnier –extração com solvente em processos descontínuos ).
2. Métodos instrumentais:
• Cromatográfia gasosa.
![Page 67: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/67.jpg)
Método Soxhlet – Extração com solvente
![Page 68: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/68.jpg)
Método de Gerber – Hidrólise ácida
![Page 69: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/69.jpg)
Cromatografia gasosa – Perfil de ácidos graxos em azeite
• Extração a frio por Bligh-Dyer;
• Metilação com BF3;
• Análise por CG – DIC (detector de ionização em chama)
![Page 70: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/70.jpg)
Perfil de ácidos graxos
![Page 71: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/71.jpg)
Perfil de ácidos graxos
![Page 72: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/72.jpg)
Perfil de ácidos graxos
![Page 73: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/73.jpg)
Proteínas As proteínas são polímeros constituídos por
20 aminoácidos unidos pela ligação peptídica, e tem alto PM;
A ligação peptídica é de natureza covalente, onde o grupamento carboxílica (COOH) é unido ao grupo amina (NH3) com perda de H2O.
![Page 74: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/74.jpg)
Teor de proteína nos alimentos
![Page 75: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/75.jpg)
Análise de proteínas – método Kjeldahl
![Page 76: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/76.jpg)
Análise de proteínas – método Kjeldahl
![Page 77: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/77.jpg)
Análise de proteínas – método Kjeldahl
![Page 78: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/78.jpg)
Análise de proteínas - eletroforese
![Page 79: Quimica Alimentos Laboratório (1)](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022082211/55cf9deb550346d033afd86c/html5/thumbnails/79.jpg)
Análise de proteínas – CLAE/UV