Questões ambientais

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CENTRO DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICA - ESATER ALUNO(A):_____________________________________________________ DATA:____/___/____ DISCIPLINA: __________________FACILITADOR(a):___________________ TURMA:________ Os problemas ambientais são problemas eminentemente sociais, gerados e atravessados por um conjunto de processos sociais (Leff, 2000) e, como tais, só vieram à tona porque, como ambientes criados, não se encontram alheio à vida social humana, mas são completamente penetrados e reordenados por ela, confundindo atualmente o que é “natural” com o que é “social” (Giddens, 1990; Beck, 1997). Como observa Samaja (2000), o termo “problema” só tem campo de aplicação nos sistemas vivos e nos processos humanos, pois são os que enfrentam problemas em sua existência e realizam escolhas que lhes permitem mudar de uma situação para outra. Por 1 Questões ambientais CAPÍTULO Uma abordagem sobre os maiores agentes poluidores dos recursos naturais, bem como os prejuízos á saúde humana. Neste capítulo vamos conhecer os principais agressores dos recursos naturais e entender que a ameaça vem das atividades humanas e da falta de iniciativa política em resolver a questão dos problemas ambientais que persistem desde os primórdios da civilização humana. Vamos conhecer os impactos na saúde e casos verídicos que se destacam pela degradação ambiental bem como á saúde humana.

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CENTRO DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICA - ESATER

ALUNO(A):_____________________________________________________ DATA:____/___/____

DISCIPLINA: __________________FACILITADOR(a):___________________ TURMA:________

Os problemas ambientais são problemas eminentemente sociais, gerados e atravessados por um conjunto de processos sociais (Leff, 2000) e, como tais, só vieram à tona porque, como ambientes criados, não se encontram alheio à vida social humana, mas são completamente penetrados e reordenados por ela, confundindo atualmente o que é “natural” com o que é “social” (Giddens, 1990; Beck, 1997). Como observa Samaja (2000), o termo “problema” só tem campo de aplicação nos sistemas vivos e nos processos humanos, pois são os que enfrentam problemas em sua existência e realizam escolhas que lhes permitem mudar de uma situação para outra. Por

essa razão, a noção de “problemas de saúde” compõe uma ordem descritiva que serve para qualificar estados possíveis nos indivíduos vivos em toda a extensão da biosfera. Apesar disso, no que diz respeito aos problemas ambientais, que são simultaneamente problemas de saúde, pois afetam os seres humanos e as sociedades em múltiplas e simultâneas escalas e dimensões. Retomando Andler (1987), é importante sublinhar que a escolha de um problema é, irredutivelmente, uma escolha. Então, se consideramos que não existe um único ambiente, o ambiente construído e descrito pelas ciências naturais e engenharias, mas sim uma variedade de ambientes constituídos histórica, geográfica, social e culturalmente, surge então à necessidade de se considerar que um problema ambiental corresponde a uma multiplicidade de problemas ambientais

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Questões ambientais

CAPÍTULO – Uma abordagem sobre os maiores agentes poluidores dos recursos naturais, bem como os prejuízos á saúde humana.

Neste capítulo vamos conhecer os principais agressores dos recursos naturais e entender que a ameaça vem das atividades humanas e da falta de iniciativa política em resolver a questão dos problemas ambientais que persistem desde os primórdios da civilização humana. Vamos conhecer os impactos na saúde e casos verídicos que se destacam pela degradação ambiental bem como á saúde humana.

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simultâneos, que envolvem diferentes e conflituosas noções de sociedade. Problemas que necessariamente envolvem processos sociais, políticos, econômicos e culturais, bem como uma multiplicidade de atores sociais com diferentes noções e interesses acerca dos mesmos e das formas de resolução que poderão ser encaminhadas. A preocupação com os efeitos na saúde provocados pelas condições ambientais é evidente desde a Antigüidade. Essa preocupação parece se acentuar particularmente entre meados do século 18 e meados do século 19, quando os problemas ambientais sobre a saúde estiveram associados aos efeitos do rápido e intenso processo de industrialização e urbanização que passaram a incidir nas condições de vida e trabalho. Entre meados e o final do século 19 são bastante intensos os impactos da Revolução Industrial sobre as condições de vida e saúde das populações. Principalmente nos países europeus, onde houve maior desenvolvimento nas relações industriais de produção (Inglaterra, França e Alemanha). A revolução industrial embora não foi a primeira, mas caracteriza o marco significativo de poluição ambiental oriundo da atividade econômica e aqui em especial a queima de carvão.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/%0D/csc/v8n1/a11v08n1.pdf

O lançamento de efluentes in natura nos recursos hídricos resulta além de vários problemas sócio-ambientais, em impactos significativos sobre a vida aquática e o meio ambiente como um todo. Por

exemplo, a matéria orgânica presente nos dejetos ao entrar em um sistema aquático, leva a uma grande proliferação de bactérias aeróbicas provocando o consumo de oxigênio dissolvido que pode reduzir a valores muitos baixos, ou mesmo extinguir, gerando impactos a vida aquática aeróbica. Têm-se como outros exemplos de impactos a eutrofização (infestação de cianobactérias), a disseminação de doenças de veiculação hídrica, agravamento do problema de escassez de água de boa qualidade, desequilíbrio ecológico, entre outros. A água é um elemento da natureza indispensável ao ser humano. A mesma constitui um importante meio de

transmissão de doenças. As doenças veiculadas pela água têm origem, principalmente, a partir de dejetos. Muitos microorganismos patogênicos são parasitas do intestino humano e são eliminados juntamente com as fezes. Por falta de adequados sistemas de esgotamento, muitas vezes os dejetos de origem humana alcançam mananciais superficiais ou subterrâneos. A água desses mananciais quando utilizadas para consumo, pode resultar no acesso desses microorganismos ao organismo de uma pessoa, causando-lhe doenças. Estima-se que 80 por cento de todas as moléstias e mais de um terço dos óbitos dos países em desenvolvimento sejam causados pelo consumo de água contaminada e, em média, até um décimo do tempo produtivo de cada pessoa se perde devido a doençasrelacionadas com a água

Fonte: http://www.biblioteca.sebrae.com.br XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção

Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002

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Poluição por esgoto sanitário

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O Brasil produz cerca de 240 mil t de lixo por dia – número inferior ao dos EUA (607 t/dia), mas bem superior ao de países como a Alemanha (85 t/dia) e a Suécia (10,4 t/dia). Desse total, a maior parte vai parar nos lixões a céu aberto; apenas uma pequena porcentagem é levada para locais

apropriados. Uma cidade como São Paulo gasta, por dia, um milhão de reais com a questão do lixo. São poucas as prefeituras do país que possuem equipes e políticas públicas específicas para o lixo. Quando ele não é tratado, constitui-se num sério problema sanitário, pois expõe as pessoas a várias doenças (diarréia, amebíase, parasitose) e contamina o solo, as águas e os lençóis freáticos através da eliminação do xorume (líquido resultante da decomposição de resíduos urbanos). Entre as soluções para a questão está à criação de aterros sanitários em locais adequados, a adoção de programas de coleta seletiva e reciclagem, a realização de campanhas de

conscientização da sociedade e uma maior atuação dos poderes públicos. O lixo pode ser classificado de acordo com sua natureza física, composição química, origem,

riscos potenciais ao meio ambiente, entre outros fatores. A maior parte do lixo domiciliar no Brasil é composta de matéria orgânica; em seguida vem o papel. O tratamento adequado do lixo envolve tanto vantagens ambientais (preservação, saúde e qualidade de vida) como econômicas. O consumo de energia e de água no processo de reciclagem do papel, por exemplo, é 50% menor que o verificado na produção do material novo.

Dentre outros agentes os que mais agridem a nossa atmosfera e consequentemente contribuem significativamente para mudanças climáticas são os gases de efeito estufa, grande parte deles vem de atividades ligadas a energia e industria muito embora no Brasil as queimadas vem em primeiro lugar.

Os gases de efeito estufa são liberados naturalmente pela fotossíntese, vulcões e decomposição de matéria orgânica, isto por que, esses gases formam a camada de efeito estufa naturalmente formado para reter o calor do sol e assim manter a Terra aquecida, se assim não fosse, ficaríamos em -30 oC (30 graus negativos). Nestas condições não haveria a diversidade de vida que conhecemos a uma temperatura média de 25 graus. Portanto, a camada de efeito estufa é um fenômeno natural e de fundamental importância para a manutenção da vida na Terra.

Contudo o avanço de tecnologias e desenvolvimento econômico aliado a falta de fiscalização e políticas efetivas de preservação o efeito estufa se tornou aquilo que já foi batizado de Aquecimento Global. A emissão volumosa e permanente desses gases, em geral o gás carbônico CO2, tem sobrecarregado a atmosfera e retido muito mais calor fazendo com que a temperatura do planeta aumente e desencadei uma série de problemas ambientais e climáticos que repercute diretamente ás pessoas, seus bens materiais e saúde.

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Resíduos sólidos urbanos

Gases de efeito estufa

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Pesquisas de impacto na saúde humana em São Paulo pela poluição veicular revelam que o pulmão de um paulistano sofre as mesmas conseqüências de um pulmão fumante, é o chamado “fumante ambiental”.

No Brasil as queimadas ocupam o primeiro lugar nas emissões de gás carbônico, seguido de energia e resíduos.

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