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QUARTEL DO COMANDO GERAL
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA
PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES SOBRE A
APLICAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS EM UMA ESCOLA DE
ENSINO FUNDAMENTAL I
DEMILSON COSTA ALVES TAVARES FILHO
EDSON DE FRANÇA DA SILVA
JOÃO PESSOA-PB
2016
DEMILSON COSTA ALVES TAVARES FILHO
EDSON DE FRANÇA DA SILVA
PERCEPÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES SOBRE A
APLICAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS EM UMA ESCOLA DE
ENSINO FUNDAMENTAL I
Artigo apresentado à Câmara Técnica Educacional em Pesquisa Científica da Corporação, como requisito para obtenção do Título de Engenheiro de Segurança contra Incêndio e Pânico na Academia de Bombeiro Militar Aristarcho Pessoa. Orientador (a): Cap QOBM Vânia Cecília de Lima Andrade
JOÃO PESSOA-PB
2016
QUARTEL DO COMANDO GERAL
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA
Artigo intitulado “Percepção de professores e gestores sobre a aplicação dos
primeiros socorros em uma escola de ensino fundamental I” de autoria de Demilson
Costa Alves Tavares Filho e Edson de França da Silva avaliada pela banca
constituída dos seguintes professores:
Aprovado em: 29 de Novembro de 2016.
________________________________________________________
Capitã QOBM Vânia Cecília de Lima Andrade – Orientadora
________________________________________________________
Professora Rosângela Guimarães de Oliveira – Examinadora
________________________________________________________
Capitão QOABM Roberto Vaz do Nascimento Filho – Examinador
JOÃO PESSOA-PB
2016
À minha esposa, Aline, à minha mãe, Simone, à meu padrasto, Geraldo, e ao
meu irmão, Gian. Aos meus avós maternos, Agostinho e Célia, e à minha avó
paterna, Josélia. Aos funcionários da escola que participaram da nossa
pesquisa e a todos que contribuíram de certa forma com nossa vitória.
(Demilson Costa Alves Tavares Filho)
A minha mãe Lindomar, meu pai José Alves e minha irmã Erenice. As minhas
sobrinhas Ana e Maria, aos funcionários da escola que participaram da nossa
pesquisa e a todos que me ajudaram direto ou indiretamente, que estiveram ao
meu lado em todos os momentos tanto nos bons quanto nos difíceis e me
fizeram acreditar que eu era capaz de superar as dificuldades e chegar ao meu
objetivo. (Edson de França da Silva)
AGRADECIMENTOS
A Deus
Agradeço a DEUS que nos iluminou durante toda a nossa caminhada, dando-nos fé,
esperança, harmonia e força de vontade para jamais desistisse. Propiciador de
todos os momentos das nossas vidas - O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de
ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te
espantes. (Deuteronômio 31:8)
A Nossa Orientadora
Cap QOBM Vânia Cecília de Lima Andrade, por ter acreditado em nós; e por ter
conduzido este trabalho com muita dedicação, entusiasmo e amizade.
À Professora Rosângela
Muito obrigado por sempre acreditar em nosso trabalho e nunca desanimar diante
das dificuldades que surgiram. Sempre esteve nos apoiando e dando força para
continuar.
As Nossas Famílias
À família de Edson
Onde encontro forças e motivos para lutar, em especial a minha mãe Lindomar
Teresa de França da Silva, meu pai José Alves da Silva e minha irmã Erenice Alves
da Costa, com os quais compartilho sonhos, alegrias e tristezas.
À família de Demilson
Queria agradecer a minha fonte de inspiração, minha esposa, Aline, que tanto me
apoiou desde antes de começar esse curso, e que foi responsável por eu estar onde
estou agora. Também agradeço imensamente a minha mãe, Simone, meu padrasto,
Geraldo, e a meu irmão, Gian, que me deram a base necessária, dando-me
exemplos de determinação para conseguir meus objetivos.
Aos Funcionários da escola Lápis de Cor Santana
Pela colaboração e ajuda na coleta de dados, em especial, as senhoras Vanusa e
Valdenize por nos ter autorizado a realização da pesquisa.
À coordenação Pedagógica
Agradecemos por todo auxilio durante esses três anos de curso
À coordenação Disciplinar
Agradecemos por todo apoio durante os três anos de curso.
.
“Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhã
As palavras de um livro sem final
Sem final, sem final, sem final, final”
(O RAPPA)
RESUMO
Os primeiros socorros são os primeiros atendimentos prestados a uma vítima de quaisquer tipos de acidentes. No âmbito de uma escola, onde crianças interagem o tempo inteiro, estando expostas a sofrer pequenos acidentes ou mesmo apresentar subitamente, sintomas que necessitem de socorro emergencial, é necessário esse conhecimento por parte dos responsáveis pela escola, como professores e gestores. O objetivo principal dessa pesquisa é de investigar como a escola da amostra enfrenta os problemas com acidentes entre seus alunos do ensino infantil e como realiza os procedimentos de primeiros socorros para auxiliar no atendimento às crianças. O estudo será investigativo, exploratório, descritivo e comparativo com abordagem quantitativa, partindo do levantamento das respostas coletadas dos entrevistados a partir do questionário para gestores e professores que componham a escola Lápis de Cor Santana, excluindo o restante da comunidade. A análise será realizada através do programa Microsoft Excel, a partir da estatística descritiva, podendo também ser utilizada a estatística inferencial com o uso de teste comparativo que deverão ser elencados após a coleta e apresentados sobre a forma de tabelas, quadros e/ou gráficos de acordo com a necessidade desses resultados. Para os dados qualitativos será utilizada a metodologia de descrição pela analise do conteúdo que poderá ser historia oral ou Bardin. Pretende-se, com esse estudo, avaliar a percepção dos que fazem a escola, gestores e professores, sobre a utilização dos primeiros socorros no ensino fundamental.
Palavras-chave: Primeiros Socorros. Criança. Escola.
ABSTRACT
First aid is the first care given to a victim of any type of accident. Within a school, where children interact all the time, being exposed to small accidents or even suddenly exhibiting symptoms that need emergency help, this knowledge is needed by those in charge of the school, such as teachers and managers. The main objective of this research is to investigate how the sample school faces the problems with accidents among its students of early childhood education and how it performs first aid procedures to assist in the care of children. The study will be investigative, exploratory, descriptive and comparative with a quantitative approach, starting from the survey of the answers collected from the interviewees from the questionnaire for managers and teachers that compose the school Pencil de Santana, excluding the rest of the community. The analysis will be performed through the Microsoft Excel program, based on descriptive statistics, and inferential statistics can also be used with the use of a comparative test that should be listed after collection and presented in the form of tables, tables and / or graphs of According to the need for these results. For the qualitative data will be used the methodology of description by the analysis of the content that could be oral history or Bardin. The purpose of this study is to evaluate the perception of those who make the school, managers and teachers, about the use of first aid in elementary school.
Keywords: First aid. Child. School.
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INTRODUÇÃO
A temática que será abrangida tem relação com o Atendimento Pré-
Hospitalar (APH) que visa prestar um atendimento a vítima de acidentes ou com
algum outro problema relacionado à sua saúde antes de chegar ao hospital para
tratá-lo com um maior apoio de equipamentos e equipe médica especializada,
utilizando para tal situação os primeiros socorros. Sendo mais específicos o tema
será a percepção de professores e gestores sobre a aplicação dos primeiros
socorros em uma escola de ensino fundamental I, visando expor os problemas que
a escola enfrenta quando ocorre algum acidente com seus alunos, e se a mesma
possui meios para prestar esse auxílio enquanto não chega a equipe de apoio
(bombeiros ou Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU) ou até chegar
ao hospital para receber atendimento mais especializado.
É importante lembrar que esses acidentes ocorrem, muitas vezes, porque as
crianças estão descobrindo, aprendendo, vivenciando e explorando o mundo ao seu
redor, uma vez que nesta faixa etária as crianças são mais destemidas não tendo a
noção de perigo das brincadeiras ou travessuras que fazem com os seus colegas.
Portanto, devido ao exposto esse estudo vem apresentar o uso dos primeiros
socorros em escolas de ensino fundamental I devido aos cuidados e a atenção que
as escolas devem ter com os alunos visando evitar acidentes e se caso aconteça
algum saiba como agir diante da situação que presenciar.
O objetivo principal dessa pesquisa é de investigar como a escola enfrenta
os problemas com acidentes entre seus alunos do ensino infantil e como realiza os
procedimentos de primeiros socorros para auxiliar no atendimento às crianças. De
forma mais clara, irão ser verificados os procedimentos utilizados na escola em
caso de acidentes com os alunos, identificar os principais acidentes que a escola
enfrenta no seu dia a dia, averiguar se a escola tem equipe especializada para
atender as crianças e investigar o conhecimento dos professores e gestores na
utilização dos primeiros socorros em acidentes.
1. ESPECIFICIDADES DA EDUCAÇÃO INFANTIL SEGUNDO A LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA – LDB
Segundo a LDB (lei de diretrizes e bases da educação), é dever da união, dos
estados e dos municípios, elaborar um plano nacional de educação, que norteará e
10
dará suporte a todo o sistema educacional brasileiro nas diferentes faixas etárias.
Porém, de forma específica, é na atuação do docente que a maior responsabilidade
do processo repousa, uma vez que ele participa da elaboração do plano político
pedagógico das escolas e, baseado nisso, executa o seu plano de trabalho
possuindo a oportunidade e responsabilidade de aplicá-lo diretamente em sala de
aula com os alunos.
Essa autonomia está relacionada com as escolas que são financiadas pelo
poder público, subordinadas aos sistemas de ensino no âmbito federal, estadual e
municipal e está expressa, no Art.15 da LDB:
Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeiras observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
Atrelado a isso, está assegurada, à criança, uma construção da formação e
do desenvolvimento individual, fundamental para o seu futuro, sendo esta a
finalidade principal da educação básica. Para isso, deve-se ter um acompanhamento
do educando, bem como de sua família, sempre com um intuito de sanar quaisquer
lacunas que possam existir durante o processo de aprendizado do aluno. Não só na
parte intelectual, mas também na questão psicossocial da criança, que possui
relevância perante qualquer forma de evolução pessoal.
Ainda observando esse aspecto psicológico, podemos dizer que, até pouco
tempo, não recebia tanta ênfase no desenvolvimento da criança, porém hoje, com os
ideais socio-interacionistas e construtivistas, onde a criança é vista como um sujeito
complexo, multidimensional, o lado cognitivo cedeu espaço para as abordagens
emocionais, culturais e psicossociais, conforme a Lei n°9.394 (BRASIL, 1996, art.
29). Por isso, é imprescindível que, por exemplo, em um acidente envolvendo
crianças dentro de uma escola, os primeiros socorros sejam prestados da melhor
forma possível, visando, ocasionalmente, amenizar ou mesmo evitar um estresse
mental ou nervosismo.
Todavia, nem sempre os relatos encontrados denotam isto. Na maior parte
dos casos, as histórias contadas sobre o tema estão impregnadas de medo, gritaria
e alvoroço que se devem, na maioria das vezes, à falta de treinamento específico
para prestar aquele atendimento.
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Com esse intuito, no estado de São Paulo referencia em educação no país,
foi aprovada a Lei n°15.661, em 9 de janeiro de 2015, que institui o programa
"Lições de Primeiros Socorros na educação básica da rede estadual de ensino"
deste estado. Esta lei surgiu em virtude da deficiência no atendimento às crianças e
adultos, vítimas de acidentes e incidentes no perímetro escolar, já que a viatura de
resgate não tem condições de chegar instantaneamente ao local, enquanto não se
sabia o que fazer nesse intervalo de tempo. Lei n°16.661(SÃO PAULO, art. 2°).
O público alvo desse programa são os professores, funcionários da escola e
os próprios alunos. As aulas serão ministradas por médicos, enfermeiros e auxiliares
de enfermagem, e terão como objetivo principal capacitar todos que frequentam as
escolas diariamente para o atendimento em primeiros socorros de maneira rápida e
eficiente, com a intenção de minimizar o sofrimento do enfermo e facilitar o trabalho
das equipes profissionais em emergências como Corpo de Bombeiros e SAMU
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).de acordo com a Lei n°16.661(SÃO
PAULO, art. 4°).
2. Desenvolvimento infantil na faixa etária de 1 anos a 9 anos de idade
Ao pensarmos no desenvolvimento das crianças nos vêm a ideia de novas
descobertas do ambiente ao seu entorno e com isso surge a preocupação em
relação aos acidentes que podem vim a ocorrer, alguns deles são natural que ocorra
(como quedas quando estão aprendendo a andar), porém devemos tentar realizar
prevenção destes possíveis acidentes, como relata Françoso e Malvestio (2007) no
manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas escolas da prefeitura da
cidade de São Paulo:
Conforme seu desenvolvimento, a criança apresenta novas habilidades e diferentes interações com o meio ambiente. A criança é um ser imaturo, inquieto, curioso e repleto de energia, incapaz de avaliar ou prever as consequências de suas atitudes. Este fato envolve riscos variados, cuja prevenção deve ser conhecida por todas as pessoas envolvidas com crianças, sejam pais, professores ou cuidadores. As próprias crianças devem ser orientadas contra os acidentes, transformando-se nos principais agentes de proteção de si mesmas (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007, p. 20).
Na escola, acontecem variados tipos de acidentes, os quais variam de acordo
com a faixa etária e também com estágio de desenvolvimento físico e psíquico das
crianças. Compreendemos que as crianças apresentam interesses em realizar
explorações de locais novos e de novas situações, mas para essas descobertas
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nem sempre estão preparado, o que pode vim facilita a ocorrência de acidentes.
Torna-se, muito importante ter o conhecimento dos acidentes que ocorrem com
maior frequência em cada faixa etária, para podermos realizar o direcionamento das
medidas com a finalidade de realizar sua prevenção (FRANÇOSO; MALVESTIO,
2007).
Uma situação que também temos que levar em conta é a questão do bullying,
visto que esse tipo de agressão pode vim a causar acidentes entre os alunos, como
citado por Françoso e Malvestio (2007):
Outra situação importante que ocorre dentro ou no entorno da escola é a agressividade entre alunos que, por vezes, pode causar ferimentos ou outras lesões físicas na vítima. Esse quadro, identificado por atitudes agressivas, físicas ou verbais, intencionais e repetidas, executadas por um ou mais estudantes contra outro(s), baseado em relação de poder do agressor sobre a vítima, é denominado Bullying e deve receber atenção de professores, funcionários e diretores da escola. (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007, p. 19)
Dentro da faixa etária citado anteriormente podemos realizar uma divisão da
seguinte forma pré-escolar (do 1 anos até os 5 anos), e a escolar (dos 6 anos aos 9
anos) tendo suas particularidades que veremos a seguir.
2.1 Pré-escolar de faixa etária do 1 anos até os 5 anos.
Nesta fase, as crianças apresentam algumas características, acidentes e
medidas preventivas típicas para esta faixa etária como mostrada abaixo.
Atividade motora intensa: anda e corre, sobe e desce escadas; tem grande
curiosidade; gosta de brincar com água; brinca com animais. Acidentes mais
comuns: quedas; ingestão de medicamentos e produtos químicos; aspiração ou
ingestão de corpo estranho; queimaduras; afogamento; atropelamento; picadas e
mordeduras; choque elétrico. Medidas preventivas: manter sob supervisão continua;
colocar grades ou redes em janelas e portões com trincos nos acessos as escadas,
retirar chaves de portas; deixar fora do alcance medicamentos e substâncias ou
plantas tóxicas; ter cuidado com objetos pequenos; ter cuidado com objetos quentes
e fios elétricos, cobrir as tomadas; proteger as piscinas com capas ou redes, sempre
cercadas e com portões trancados, além de manter supervisão continua; tomar
cuidado com a aproximação e contato com animais; utilizar cadeiras apropriadas em
veículos; segurar pelo punho para atravessar ruas; (FRANÇOSO; MALVESTIO,
2007).
13
2.2 Escolar de faixa etária dos 6 anos até os 9 anos.
Nesta fase, as crianças apresentam características, acidente e medidas
preventivas típicas para esta faixa etária mostrado no quadro abaixo:
As mesmas do pré-escolar, mais: dar orientações de segurança no trânsito;
estimular o uso de equipamentos de proteção tanto no trânsito quanto nas práticas
esportivas; desestimular brincadeiras agressivas; ensinar e cultivar o respeito às
outras pessoas. (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007)
3. Contextualizando primeiros socorros na escola
No dia a dia do ambiente escolar, é comum termos notícias de acidentes
envolvendo o seu corpo discente, principalmente quando ele é composto por
crianças, e para tentar prestar um apoio imediato ao acidentado é preciso ter um
conhecimento prévio de primeiros socorros, mas isso não é tão simples visto que o
ensinamento deste não é voltado para a população leiga é algo mais voltado para o
ensino das áreas de saúde como a medicina, enfermagem, fisioterapia, dentre
outras.
Para falar sobre primeiros socorros no meio escolar é necessário entender o
conceito do vocábulo "acidente". Segundo Coelho (2015):
é um episódio não intencional o qual pode causar lesões, e que pode ser evitável em qualquer âmbito, seja ele escolar ou em outros ambientes sociais, podendo configurar um conjunto de agravos à saúde. Às vezes, alguns tipos de acidentes na infância, além de causarem prejuízo para a vida adulta, podem deixar sequelas físicas ou emocionais em crianças ou adolescentes, tornando-se um problema educacional e de saúde pública. (COELHO, 2015).
Coelho (2015), afirma que:
acidentes podem atingir qualquer pessoa ou indivíduo seja qual for o sexo, idade, condições socioeconômicas ou quaisquer outras características; estes podem determinar lesões de graus variados de gravidade, incapacidade, afastamento da aula e até morte”. (COELHO, 2015).
O tema Primeiros Socorros no ambiente escolar possui relevância, visto que o
conhecimento nesta área pode atenuar os danos em caso de acidentes. Uma vez
que, a falta deste conhecimento pode causar danos ainda maiores à saúde e a
integridade física de uma vítima de acidente. Nas escolas pequenos acidentes são
comuns e corriqueiros, sob este ponto de vista, julgamos que a escola possuir
professores com treinamento básico de primeiros socorros, para saber agir e
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proceder em casos de acidentes e, ainda, se for o caso, acionar, a atuação das
equipes do Corpo de Bombeiro Militar e/ou Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), é um fator que merece relevância. O professor deveria estar apto
a prestar um socorro ao acidentado até que as equipes de emergência chegassem
ao local, assumindo o atendimento (RITTER et al., 2013).
De acordo com Ritter et al. (2013), os primeiros socorros são definidos:
como um atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou que adoece repentinamente, bem como, se insere o atendimento no domicílio quando não se pode ter acesso a uma equipe de resgate ou enquanto os técnicos em emergência médica não chegam ao local. (RITTER et al., 2013).
.
Ainda segundo Ritter et al. (2013):
é crescente a importância que as escolas têm ganhado no que se refere a temas como promoção de saúde, prevenção de doenças e prevenção de acidentes entre crianças e adolescentes. Isso se dá pelo fato dos mesmos passarem aproximadamente um terço de seus dias na escola ou a caminho dela, fazendo com que a segurança nesse ambiente seja elemento de preocupação por parte dos pais e da equipe escolar como um todo (RITTER et al., 2013). Além disso, compreendendo a escola como ambiente favorável para a formação de cidadãos, entende-se a necessidade de se trabalhar temáticas relativas à preservação da segurança humana, relacionada intimamente com a saúde e a educação. De modo que a unidade escolar possa trabalhar temas como a saúde e a segurança a fim de disseminar ideias sobre a promoção da saúde nesse momento de formação de cultura. Para isso, é necessário que a equipe escolar tenha um mínimo de conhecimento a respeito, tanto para atuar nos momentos de necessidades, quanto para passar esse conhecimento aos alunos (RITTER et al., 2013).
4. Acidentes mais corriqueiros no cotidiano da infância no âmbito da escola
O manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas escolas da
prefeitura da cidade de São Paulo diz que:
Os acidentes são causa crescente de mortalidade e invalidez na infância e adolescência e importante fonte de preocupação, por constituírem o grupo predominante de causas de morte a partir de um ano de idade, chegando a atingir percentuais superiores a 70% em adolescentes de 10 a 14 anos, quando se analisam as mortes decorrentes de causas externas (acidentes e violências) (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007, p. 17). Os acidentes ocasionam, a cada ano, no grupo com idade inferior a 14 anos, quase 6.000 mortes e mais de 140.000 admissões hospitalares, somente na rede pública de saúde (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007, p. 17).
O mesmo ainda afirma que:
Todo acidente (injúria não intencional) é causado por um agente externo, ao lado de um desequilíbrio que ocorre entre o indivíduo e o seu ambiente, o que permite que certa quantidade de energia seja transferida do ambiente para o indivíduo, capaz de causar dano. A energia transferida pode ser
15
mecânica(quedas e trombadas), térmica (queimaduras), elétrica (choques) ou química (envenenamentos) (FRANÇOSO; MALVESTIO, 2007, p. 18).
No âmbito da escola, os acidentes passam a ser uma preocupação
permanente, tendo grande importância que os professores que cuidam dos alunos
consigam agir diante desses acontecimentos, como evitá-los e como aplicar os
primeiros socorros, tentando, assim, impedir as complicações em decorrência de
procedimentos mal feitos ou inadequados, garantindo assim uma melhora das
lesões e no prognóstico das mesmas. Incidentes como choques elétricos,
contusões, escoriações, engasgos, fraturas, desmaios e queimaduras são os mais
comuns no âmbito escolar e ao seu redor. Por isso, deve-se ter um conhecimento
relativamente variado de primeiros socorros, de maneira que não agrave a situação
imposta no incidente, gerando, por consequência, uma maior segurança dos pais
dos alunos, uma vez que eles deixam seus filhos a maior parte do dia entregues à
escola.
Concordando com esse pensamento Berzagui (2012) afirma que:
Nessas instituições, as crianças passam a ser cuidadas em ambientes coletivos onde o espaço físico, os brinquedos e as atividades são compartilhadas pelas diferentes crianças o que torna o recinto propicio a ocorrências de acidentes. Assim, a agitação e a ociosidade inerentes a infância deixam a criança susceptível aos riscos, deixando o professor em dúvida de como lidar com as mesmas. (BERZAGUI, 2012). A carência de informações básicas pode ocasionar inúmeros problemas, como a manipulação incorreta da vítima e até a solicitação desnecessária do socorro especializado em emergência. É a partir disso que percebemos o quanto é importante que os professores tenham uma preparação adequada para saber lidar com os eventuais imprevistos, já que o atendimento pré-hospitalar à criança é defundamental importância para evitar algo mais sério. (BERZAGUI, 2012).
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METODOLOGIA
Foram entrevistados os gestores e professores da escola Lápis de Cor
Santana, conforme descritos na nossa amostra. O estudo quanto a abordagem,
classifica-se como qualitativo, pois, segundo Serapione, (2000, p. 191) “analisam o
comportamento humano, do ponto de vista do ator, utilizando a observação
naturalista e não controlada,... são holísticos e não generalizáveis”. Gerhardt e
Silveira (2009, p.31) corroboram com essa teoria, afirmando que esse tipo de
pesquisa “não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc”.
Quanto aos objetivos, a nossa pesquisa é exploratória, explicativa e
investigativa. Exploratória é aquela que, de acordo com Silveira e Córdova (2009,
p.35), "tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. E explicativa porque, ainda
segundo Silveira e Córdova (2009, p.35), “preocupa-se em identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos”.
Ao tratarmos da pesquisa como investigativa, ocorreu ao optarmos em
exercer no lugar onde podemos vivenciar a prática cotidiana se associou com
assunto a ser estudado (RICHARDSON, 2003).
Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário
semiestruturado para pesquisa das nossas variáveis (APÊNDICE B). O projeto foi
submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado da
Paraíba (SES/PB), sob número do comprovante 111637/2016 e CAEE nº
61389316.8.0000.5186, e assim fizemos o comunicado prévio para os horários de
pesquisa. Foi utilizado e ainda foram respeitados os preceitos da resolução 466/12
do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
O estudo aconteceu na cidade de Bayeux-PB, na escola Lápis de Cor
Santana. O motivo da escolha deveu-se ao fato dos pesquisadores possuírem
acesso direto à gestão da escola, o que trouxe muitas facilidades para a coleta de
dados e também por seus alunos apresentarem a faixa etária das crianças abordada
no estudo. Foi utilizado um questionário semiestruturado para coleta de dados e o
referido questionário é composto com questões abertas e fechadas sendo aplicado
aos professores e gestores da escola; Gerhardt e Souza (2009) definem
questionário da seguinte forma:
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É um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante, sem a presença do pesquisador. Objetiva levantar opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta, para que quem vá responder compreenda com clareza o que está sendo perguntado. (GERHARDT; SOUZA, 2009, p.69).
Gerhardt e Souza (2009) ainda afirmam que:
A coleta de dados é a busca por informações para a elucidação do fenômeno ou fato que o pesquisador quer desvendar. O instrumental técnico elaborado pelo pesquisador para o registro e a medição dos dados deverá preencher os seguintes requisitos: validez, confiabilidade e precisão. (GERHARDT; SOUZA, 2009, p.68 e 69)
A coleta desses dados ocorreu em dois dias, sendo um no período da tarde e
outro pela manhã, porque nem todos os participantes estavam presentes na escola
no mesmo horário.
A população e amostra desta pesquisa se confundem, pois foi realizada com
todos os dez professores e dois gestores da escola, totalizando o numero de 12
entrevistados. Segundo Doxsey e De Riz (2002-2003, p. 44-5): “As técnicas de
amostragem permitem reduzir o número de sujeitos numa pesquisa, sem risco de
invalidar resultados ou de impossibilitar a generalização para a população como um
todo”. E os critérios de exclusão utilizados no nosso trabalho foram os pais, alunos e
demais funcionários que compõem a comunidade escolar.
A análise dos dados foi realizada com o auxilio do programa Microsoft Excel
com o apoio da estatística descritiva, podendo vim a utilizar a estatística inferencial e
apresentamos os dados sob a forma de tabelas, quadros e/ou gráficos conforme a
necessidade de exposição dos resultados. Já para tabular os dados qualitativos
vamos utilizar a metodologia de descrição pela análise do conteúdo através da
história oral que podemos entender como
Uma possibilidade de sistematização das lembranças, como indicadores e referenciais para múltiplos estudos, são os registros da oralidade. (MATOS; SENNA, 2001, p.97) Como procedimento metodológico, a história oral busca registrar – e, portanto, perpetuar – impressões, vivências, lembranças daqueles indivíduos que se dispõem a compartilhar sua memória com a coletividade e dessa forma permitir um conhecimento do vivido muito mais rico, dinâmico e colorido de situações que, de outra forma, não conheceríamos. (MATOS; SENNA, 2001, p.97)
ou Bardin que trata a análise do conteúdo como:
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“técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores [...] que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção [...] destas mensagens”. Bardín (1977, p. 42)
Já os benefícios conquistados através do nosso trabalho, temos a pretensão
de devolver a escola e à comunidade os resultados do nosso estudo, para que
possam subsidiar melhorias da escola Lápis de Cor Santana.
19
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente estudo buscou mostrar, como objetivo principal, o de investigar como a
escola enfrenta os problemas com acidentes entre seus alunos do ensino infantil e
como realiza os procedimentos de primeiros socorros para auxiliar no atendimento
às crianças. Desse modo, foi aplicado um questionário com os professores e
gestores da escola de ensino fundamental I Lápis de cor Santana. Com isso,
procuramos saber se os entrevistados da amostra, 10 professores e 2 gestores, com
idade variando de 24 anos idades à 52 anos consideram importante o conhecimento
em primeiros socorros em escolas de ensino infantil, onde podemos verificar esta
variação no gráfico 01.
Gráfico 01- Analise da porcentagem das idades dos participantes
Fonte: Filho e Silva (2016)
Tendo 17% dos participantes com idade variando entre 24 e 30 anos de
idade, 33% variando entre 31 e 37 anos de idades e 50% estão variando na faixa
etária de 38 até 55 anos de idade; todos os participantes foram mulheres.
O questionário continha 07 perguntas e através delas foi feita a análise de
dados.
Na resposta da primeira pergunta: “o que você entende por primeiros
socorros?”, dos gestores, 01 respondeu corretamente (50%), 01 respondeu
parcialmente corretamente (50%). Dos professores, 05 responderam corretamente
(50%), enquanto 05 responderam parcialmente corretamente (50%). Em ambos os
casos não houve respostas incorretas e nem abstenção, como se pode observar no
gráfico a seguir.
17%
33%
50%
IDADE DOS PARTICIPANTES
24 anos até 30 anos
31 anos até 37 anos
38 anos ate 55 anos
20
Gráfico 02- O que você entende por primeiros socorros?
Fonte: Filho e Silva (2016)
Gráfico 03- O que você entende por primeiros socorros?
Fonte: Filho e Silva (2016)
Na resposta da segunda pergunta: “Qual a frequência de crianças
acidentadas nesta escola?”, dos gestores, 01 respondeu “frequentemente” (50%),
enquanto 01 respondeu “às vezes”(50%). Dos professores, 04 responderam
“frequentemente”(40%), 01 respondeu “às vezes”(10%), e 05 responderam “poucas
vezes”(50%). Em ambos os casos não houve abstenção, como se pode observar no
gráfico a seguir.
50% 50%
0% 0%
QUESTÃO 1- GESTORES
CORRETAMENTE
PARCIALMENTECORRETAMENTE
INCORRETO
ABSTENÇÃO
50% 50%
0% 0%
QUESTÃO 1- PROFESSORES
CORRETAMENTE
PARCIALMENTECORRETAMENTE
INCORRETO
ABSTENÇÃO
21
Gráfico 04- Qual a frequência de crianças acidentadas nesta escola?
Fonte: Filho e Silva (2016).
Gráfico 05- Qual a frequência de crianças acidentadas nesta escola?
Fonte: Filho e Silva (2016)
Júnior, Júnior e Toledo (2013, p.43) “acidentes no ambiente escolar são
muito frequentes. A curiosidade natural das crianças expõe-nas a situações de risco
nem sempre perceptíveis para seus responsáveis”.
Na resposta da terceira pergunta: “Quais os tipos de acidentes mais
frequentes? E o que é feito atualmente nesta situação?”, de acordo com a primeira
parte da pergunta, todos responderam que acidentes simples, como quedas e
50% 50%
0%
QUESTÃO 2- GESTORES
FREQUENTEMENTE
AS VEZES
ABSTENÇÃO
40%
10%
50%
0%
QUESTÃO 2- PROFESSORES
FREQUENTEMENTE
AS VEZES
POUCAS VEZES
ABSTENÇÃO
22
arranhões são os que ocorrem na escola e em seu trabalho Siebeneichler e Hahn
(2014) relatou que quedas foram os acidentes mais comuns nas escolas que veio a
coincidir com o nosso trabalho, e outros acidentes que o mesmo destacou foram
cortes e picadas de insetos. Na segunda parte da questão, dos gestores, 01
respondeu que usaria gelo, água, sabão e remédio(50%), enquanto 01 se absteve
na sua resposta(50%). Ainda na segunda parte da pergunta, dos professores, 01
respondeu que usaria água corrente e remédio(10%), 01 usaria remédio e ligaria
para os pais(10%), 01 usaria apenas remédio(10%), 03 usariam água, sabão e
remédio(30%), e 04 se abstiveram da resposta(40%), como se pode observar no
gráfico abaixo.
Gráfico 06- Quais os tipos de acidentes mais frequentes? E o que é feito atualmente nesta situação?
. .Fonte: Filho e Silva (2016).
50% 50%
QUESTÃO 3- GESTORES (AÇÕES REALIZADAS)
GELO, AGUÁ, SABÃO EREMÉDIO
ABSTENÇÃO
23
Gráfico 07- Quais os tipos de acidentes mais frequentes? E o que é feito atualmente nesta situação?
Fonte: Filho e Silva (2016).
Na resposta da quarta pergunta: “Você se acha preparado para realizar
procedimentos de primeiros socorros em uma criança? Explique:”, dos gestores, 02
responderam que sim (100%), afirmando que somente em situações mais simples
de ocorrências. Dos professores, 07 responderam que “sim” (70%),somente em
situações simples, enquanto 03 responderam que “não” (30%), por falta de preparo
técnico e psicológico, corroborando com esse pensamento Siebeneichler e Hahn
(2014, p. 146) afirmam que “concluíram que o professor da educação infantil não
está preparado para atuar em situações de primeiros socorros e referem sobre a
insegurança que eles possuem acerca do seu próprio conhecimento sobre primeiros
socorros”. Os dados serão mostrados no gráfico que segue.
10%
10%
10%
30%
40%
QUESTÃO 3- PROFESSORES (AÇÕES REALIZADAS)
AGUÁ CORRENTE EREMÉDIO
REMÉDIO E LIGARIA PARAOS PAIS
APENAS REMÉDIO
AGUÁ, SABÃO E REMÉDIO
ABSTENÇÃO
24
Gráfico 08- Você se acha preparado para realizar procedimentos de primeiros socorros em uma criança? Explique:
Fonte: Filho e Silva (2016).
Gráfico 09- Você se acha preparado para realizar procedimentos de primeiros socorros em uma criança? Explique:.
Fonte: Filho e Silva (2016).
.
Na resposta da quinta pergunta: “Você acha importante que professores e
outros agentes que lidem diretamente com as crianças na sua escola, possuam
conhecimento sobre como atuar nos primeiros socorros destas crianças em caso de
acidentes?”, dos gestores, 02 responderam que “sim” (100%). Dos professores, 10
responderam que “sim” (100%), como se pode observar no gráfico abaixo.
100%
0%
QUESTÃO 4- GESTORES (EM SITUAÇÃO SIMPLES)
SIM
NÃO
70%
30%
QUESTÃO 4- PROFESSORES
SIM
NÃO
25
Gráfico 10- Você acha importante que professores e outros agentes que lidem diretamente
com as crianças na sua escola, possuam conhecimento sobre como atuar nos primeiros socorros destas crianças em caso de acidentes?
Fonte: Filho e Silva (2016).
Gráfico 11- Você acha importante que professores e outros agentes que lidem diretamente com as crianças na sua escola, possuam conhecimento sobre como atuar nos primeiros socorros destas crianças em caso de acidentes?
Fonte: Filho e Silva (2016)
.
Em seu trabalho (SIEBENEICHLER; HAHN, 2014, p. 143) diz que “a maioria
das professoras respondeu não estar apta a prestar o primeiro atendimento, bem
como sente necessidade de ser capacitada continuamente”
100%
0%
QUESTÃO 5 - GESTORAS
SIM
NÃO
100%
0%
QUESTÃO 5 - PROFESSORAS
SIM
NÃO
26
Na resposta da sexta pergunta: “A escola costuma fazer palestras a respeito
desta temática?”, dos gestores, 02 responderam que “não” (100%). Dos professores,
10 responderam que “não” (100%), como se pode perceber no gráfico abaixo.
Gráfico 12- A escola costuma fazer palestras a respeito desta temática?
Fonte: Filho e Silva (2016)
Gráfico 13- A escola costuma fazer palestras a respeito desta temática?
Fonte: Filho e Silva (2016)
.
Na resposta da sétima pergunta: “Se você respondeu “não” à última pergunta,
você seria voluntário a participar de um curso ou estágio que lhe capacitasse com
conhecimentos básicos em primeiros socorros voltados ao atendimento de acidentes
com crianças?”, dos gestores, 02 responderam que “sim” (100%). Dos professores,
0%
100%
QUESTÃO 6 - GESTORAS
SIM
NÃO
0%
100%
QUESTÃO 6 - PROFESSORAS
SIM
NÃO
27
06 responderam que “sim” (60%), 03 responderam que “não” (30%), e 01 se absteve
na sua resposta (10%), como se pode verificar no gráfico a seguir.
Gráfico 14- Se você respondeu “não” à última pergunta, você seria voluntário a participar de um curso ou estágio que lhe capacitasse com conhecimentos básicos em primeiros socorros voltados ao atendimento de acidentes com crianças?
Fonte: Filho e Silva (2016)
Gráfico 15- Se você respondeu “não” à última pergunta, você seria voluntário a participar de
um curso ou estágio que lhe capacitasse com conhecimentos básicos em primeiros socorros voltados ao atendimento de acidentes com crianças?
Fonte: Filho e Silva (2016)
No que afirma a literatura, “destacam a importância da formação do educador
para a prevenção de incidentes, com intuito de estarem preparados para o
desenvolvimento de ações preventivas e educativas na escola” (SIEBENEICHLER;
HAHN, 2014, p. 143).
100%
0%
QUESTÃO 7 - GESTORAS
SIM
NÃO
60% 30%
10%
QUESTÃO 7 - PROFESSORAS
SIM
NÃO
ABSTENÇÃO
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da nossa pesquisa foi possível perceber a carência que a população
escolar tem em relação aos primeiros socorros, porém os profissionais que
participaram da nossa pesquisa apresentaram algum conhecimento sobre o assunto
e o que seria ideal é que toda a população, em geral e não apenas a escolar, tivesse
o conhecimento mínimo nos primeiros socorros, tendo em vista que o nosso
cotidiano é cheio de acidentes e até situações que se faz necessário o seu uso. O
que realmente podemos perceber é uma população indo no caminho oposto, com
déficit de informações a respeitos dos primeiros socorros.
Ao analisarmos a sexta questão podemos visualizar que a escola não realizou
nenhuma atividade, palestra ou curso relacionado com os primeiros socorros. Isso
pode ter ocorrido em virtude de não haver disponibilidade de algum curso ou
palestra relacionado com o assunto exposto. Isso pode ser uma nova oportunidade
para que o Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba possa criar um curso voltado para
essa área (acidentes escolares) e assim estabelecer uma visão positiva diante da
sociedade ao prestar algo novo a sociedade.
Podemos perceber que dentro da nossa a mostra teve 60% dos participantes
mostraram interesse em participar de cursos voltados ao ensinou dos primeiros
socorros, vindo assim a demostrar que estão buscando se atualizar nesta área para
poder proceder corretamente quando for necessário agir, no intuito de não agravar
as possíveis lesões que a vitima possa ter e também vir a ensinar aos seus alunos
como proceder em caso que estiverem só, até mesmo dicas simples, como a atitude
de discar o número de emergência do Corpo de Bombeiro Militar da Paraíba ou o do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), podendo vim a salvar uma vida.
29
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BERZAGUI, André. Importância da capacitação sobre Atendimento Pré-Hospitalar para professores da Educação Infantil. Curso de Formação de Soldados. Biblioteca CEBM/SC, Florianópolis, 2012. Disponível em:
<http://livrozilla.com/doc/1216450/andr%C3%A9-berzagui-import%C3%A2ncia-da-capacita%C3%A7%C3%A3o-sobre-atendimen...>. Acesso em: 10 jun. 2016. BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 9ª edição Atualizada em 20/5/2014. Disponível em: <http://www.famasul.edu.br/2015/arquivos_pdf/106.pdf> Acesso em: 10 jun. 2016. COELHO, Jannaina P. S. Lima. Ensino de primeiros socorros nas escolas e sua eficácia. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.8, n.1, Pub.7, Janeiro 2015.
Disponível em: <http://www.itpac.br/arquivos/Revista/76/Artigo_7.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2016. DOXSEY, Jaime Roy; RIZ, Joelma de, Metodologia da pesquisa científica, 2002-
2003, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Disponível em: <https://cafarufrj.files.wordpress.com/2009/05/metodologia_pesquisa_cientifica.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016. FRANÇOSO, Lucimar Aparecida; MALVESTIO, Marisa Amaro. Manual de prevenção de acidente e primeiros e socorros nas escolas. 2ª edição ampliada,
2007. Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde. CODEPPS. São Paulo: SMS, 2007. GERHARDT, Tatiana Engel; SOUZA, Aline Corrêa. Aspectos teóricos e conceituais. In: GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisas, 1º edição, 2009. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016. JÚNIOR, Miguel A. de O.; JÚNIOR, Carlos J. da S.; TOLEDO, Elizadra Maria de. O Conhecimento em Pronto-Socorrismo de Professores da Rede Municipal de Ensino do Ciclo I de Cruzeiro-SP. ECCOM, v. 4, n. 7, p. 39-40, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://publicacoes.fatea.br/index.php/eccom/article/viewFile/591/ 421>. Acesso em: 10 jun. 2016. MATOS, Júlia Silveira; SENNA, Adriana Kivanski. HISTÓRIA ORAL COMO FONTE: problema e métodos. Historiæ, Rio Grande, 2 (1): 95-108, 2011. Disponível em: <
https://www.seer.furg.br/hist/article/viewFile/2395/1286>. Acesso em: 15 out. 2016. SÃO PAULO. LEI Nº 15.661, de 09 de janeiro de 2015.Disponível em:<http:// dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=20150110&Caderno=Legislativo&NumeroPagina=5>. Acesso em: 10 jun. 2016.
30
SERAPIONi, Mauro. Métodos qualitativos e quantitativos na pesquisa social em saúde: algumas estratégias para a integração. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1):
p.187-192, 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csc/v5n1/7089.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016. SIEBENEICHLER, Alessandra E. M.; HAHN, Giselda Veronice. Professores da pré-escola e o agir em situações de emergência. REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, V. 6, N. 3, 2014 - CCBS/UNIVATES. Disponível em:
<http://univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view/424/416>. Acesso em: 10 jun. 2016. SILVEIRA, Denise Tolfo; CÒRDOVA, Fernanda Peixoto. A Pesquisa cientifica. In: GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisas, 1º edição, 2009. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloads Serie/derad005.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa-Ação: Princípios e Métodos. João Pessoa:
Universitária/UFPB, 2003. RITTER, Nerci de Souza; PEREIRA, Nilva Soares; SILVA, Silvia Mara; SOARES, Raquel Madeira; THUM, Cristina. A importância de se trabalhar o conhecimento de socorros em âmbito escolar. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO NO MERCOSUL, 15., 2013, Cruz Alta. Anais... Cruz Alta: UNICRUZ,
2013. Disponível em: <http://unicruz.edu.br/mercosul/pagina/anais/2013/ SAUDE/ARTIGOS/A%20IMPORTANCIA%20DE%20SE%20TRABALHAR%20O%20CONHECIMENTO%20DE%20SOCORROS%20EM%20AMBITO%20ESCOLAR..PD>. Acesso em: 10 jun. 2016.
31
APÊNDICES
32
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Bom dia (boa tarde ou noite), nossos nomes são Demilson Costa Alves
Tavares Filho e Edson de França da Silva, somos alunos (as) do Curso de
Formação de Oficiais Bombeiros Militares da Paraíba e temos como Orientador
(a), _Capitão Vania Cecília de Lima Andrade, que será o (a) Pesquisador (a)
Responsável. O Sr. (a) está sendo convidado (a), como voluntário (a), a participar da
pesquisa intitulada “Percepção de professores e gestores sobre a aplicação dos
primeiros socorros em uma escola de ensino fundamental I.”
O estudo aqui proposto justifica-se partindo da percepção dos gestores e
professores quando da necessidade de um melhor atendimento às crianças no
ambiente escolar e no seu entorno mostrando que as técnicas dos primeiros
socorros no meio escolar são indispensáveis, pois quando a criança está na
presença de perigo, aquele, quer sejam professores ou mesmo outros funcionários,
que tenham o conhecimento ajam rápido no auxilio ao aluno que tenha sofrido algum
acidente.
O objetivo principal desta pesquisa será investigar como a escola enfrenta os
problemas com acidentes entre seus alunos do ensino infantil e como realiza os
procedimentos de primeiros socorros para auxiliar no atendimento. Os objetivos
específicos serão: Verificar os procedimentos utilizados na escola em caso de
acidentes com os alunos; Averiguar se a escola tem equipe especializada para
atender as crianças; Identificar os principais acidentes que a escola enfrenta no seu
dia a dia; Investigar o conhecimento dos professores e gestores na utilização dos
primeiros socorros em acidentes.
33
Os dados serão coletados da seguinte forma: Serão entrevistados os gestores
e professores, que serão descrição da nossa amostra. Os dados serão coletados
após a autorização do comitê de ética ao qual será submetido à Plataforma Brasil.
Os critérios de inclusão serão todos os gestores e professores que componham a
escola Lápis de Cor Santana. E os de exclusão serão os pais, alunos e demais
funcionários que compõem a comunidade da escola.
Os riscos da pesquisa, por não se tratar de pesquisa direta com seres
humanos, se configuram na exposição dos dados de forma ilícita, o que não é de
interesse dos pesquisadores, porém é considerado um risco que deverá ser
minimizado se o acontecer através de indenização. . Quanto aos benefícios, diante
do proposto em nossos objetivos, pretendemos devolver a escola e à comunidade
os resultados do nosso estudo, para que possam subsidiar melhorias da escola
Lápis de Cor Santana.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: A participação do Sr. (a)
nessa pesquisa não implica necessidade de acompanhamento e/ou assistência
posterior, tendo em vista que a presente pesquisa não tem a finalidade de realizar
diagnóstico específico para o senhor, e sim identificar fatores gerais da população
estudada. Além disso, como no instrumento de coleta de dados não há dados
específicos de identificação do Sr. (a), a exemplo de nome, CPF, RG, etc., não será
possível identificá-lo posteriormente de forma individualizada.
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE
SIGILO: O Sr. (a) será esclarecido (a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que
desejar. O Sr. (a) é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou
interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a
recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de prestação de
serviços aqui no estabelecimento. Os pesquisadores irão tratar a sua identidade com
padrões profissionais de sigilo. Os resultados da pesquisa permanecerão
confidenciais podendo ser utilizados apenas para a execução dessa pesquisa. Você
não será citado (a) nominalmente ou por qualquer outro meio, que o identifique
individualmente, em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Uma
cópia deste consentimento informado, assinada pelo Sr. (a) na última folha e
34
Rubrica do Participante Rubrica do Pesquisador Responsável
rubricado nas demais, ficará sob a responsabilidade do pesquisador responsável e
outra será fornecida ao (a) Sr. (a).
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para Sr. (a) e
não será disponível nenhuma compensação financeira adicional. Não é previsível dano decorrente dessa pesquisa ao (a) Sr. (a), e caso haja algum, não há nenhum tipo de indenização prevista. DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO PARTICIPANTE: Eu,
__________________________________________________, fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci todas minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações. O (a) Pesquisador (a) Responsável Vânia Cecília de Lima Andrade (Orientador), certificou-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais, no que se refere a minha identificação individualizada, e deverão ser tornados públicos através de algum meio. Ele compromete-se, também, seguir os padrões éticos definidos na Resolução CNS 466/12. Também sei que em caso de dúvidas poderei contatar os estudantes Demilson Costa Alves Tavares Filho, telefone (83) 9 8704-5908 e e-mail: [email protected] e Edson de França da Silva telefone (83) 9 8724-3726 e e-mail: [email protected] ou o (a) Professor (a) Orientador (a) Vânia Cecília de Lima Andrade, através telefone (83) 9 8704-5324 e e-mail: [email protected]. Além disso, fui informado que em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo poderei consultar o Comitê de Ética em Pesquisa, ao qual será distribuído.
/ /
Nome Assinatura do Participante Data
/ /
Nome Assinatura do Pesquisador Responsável Data
35
APÊNDICE B
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Função:
Idade:
Sexo:
Questionário
1-O que você entende por primeiros socorros?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
2-Qual a frequência de crianças acidentadas nesta escola?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
3-Quais os tipos de acidentes mais frequentes? E o que é feito
atualmente nesta situação?
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
36
4-Você se acha preparado para realizar procedimentos de
primeiros socorros em uma criança? ( )sim; ( )não.
Explique:___________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
5-Você acha importante que professores e outros agentes que
lidem diretamente com as crianças na sua escola, possuam
conhecimento sobre como atuar nos primeiros socorros destas
crianças em caso de acidentes?
( ) sim ( )não
6-A escola costuma fazer palestras a respeito desta temática?
( ) sim ( )não
7- Se você respondeu "não" à última pergunta, você seria
voluntário a participar de um curso ou estágio que lhe
capacitasse com conhecimentos básicos em primeiros socorros
voltados ao atendimento de acidentes com crianças?
( ) sim ( )não
37
ANEXOS
38
ANEXOS A