Puberdade E Maturidad Sexual 02
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIAUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMALINSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL
DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃODISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO
PUBERDADE E MATURIDADE SEXUAL
DANIELLE PAIVA ÉRIKA RODRIGUES
LUÍS ANDRÉ MENEZESMARCIANE COELHO
MARIA EDILENE PEREIRANATHALY MONTEIRO
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IntroduçãoDesenvolvimento
somático e reprodutivo
Puberdade
Nascimento
O objetivo deste trabalho é discutir alguns
aspectos relevantes envolvidos no início da puberdade em três espécies de animais de produção (bovinos, equinos e suínos), através da análise de artigos publicados recentemente sobre o presente estudo.
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Objetivo
4
Diferenças entre espécies e raças na idade à puberdade
Espécies Puberdade Maturidade
Sexual
Bovinos 10 meses 16-20 meses
Equinos 10 meses 18-36 meses
Suínos 5 – 8 meses 5-8 meses
Fonte: http://www.bayervet.com.pt/export/sites/bayervetpt/pt/_galleries/tables/Folhas_Tabelas_1_e_2.pdf
A puberdade e a maturidade sexual são as fases
em que os órgãos reprodutivos e os fenômenos
hormonais que os comandam, tornam-se aptos a
reprodução;
5
Puberdade e Maturidade
6
PuberdadeFisiológica x Zootécnica
Puberdade zootécnica corresponde a idade em que uma
fêmea pós-púbere possui um desenvolvimento corporal
que a torne capaz de sustentar de forma eficiente uma
gestação a termo e a idade em que um macho é capaz de
fecundar uma fêmea;
7
Fisiologicamente
Fatores Genéticos
Peso corporal satisfatório
Regime nutricional
Ganho de peso
o Bioestimulação (Efeito Macho)
o Fotoperíodo 8
Fatores que afetam o início da puberdade
Fator Nutricional
O manejo nutricional de novilhas influencia a variabilidade na idade e no peso de ocorrência da puberdade, novilhas bem nutridas atingem a puberdade 53 dias mais cedo em comparação a animais com nutrição moderada;
Os folículos de novilhas alimentadas com dieta mais rica em energia atingiram tamanho de 13 cm 63 dias antes do que em novilhas submetidas a dietas de baixo teor energético (p < 0,05) (Kinder et al., 1995).
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Efeito da nutrição na Novilha
Raça Idade (dias)
Peso (kg)
Ganho médio diário (kg)
Angus 321 ± 7 b,c 310 ± 8 c 0,85 ± 0,02
Braford 497 ± 19 d 424 ± 13 d 0,78 ± 0,03
Charolês 420 ± 27 e 403 ± 19 d 0,86 ± 0,03
Simental 361 ± 5 c 359 ± 10 e 0,89 ± 0,03
Tabela 1. Médias e desvios-padrão de idade e peso corporal à puberdade e ganho médio diário (GMD) do nascimento à puberdade para novilhas da raça Angus, Braford, Charolês e Simental.
Fonte: Adaptado de Jones et al., 1991. Letras diferentes nas colunas p < 0,05.
Em estudo realizado por Corrêa et al 2006 foram
avaliados touros jovens da raça Tabapuã (Bos taurus indicus) em diferentes manejos alimentares, onde foram avaliadas as características do sêmen e maturidade sexual dois grupos foram formados com animais de 1 ano (12 a 17 meses) e 2 anos (21 a 27 meses).
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Efeitos da nutrição no Novilho
Regimealimentar
PC (kg) CE(cm)
Vol(ml)
Conc(x106/ml)
Turb(1-5)
Mot(%)
Vigor(1-5)
DM(%)
Dm(%)
DT(%)
1 232,44c 20,02c 2,00b 51,83 1,00 14,17b 3,00 55,83 4,17 60,00
2 279,34b 22,16b 2,12b 42,95 1,14 20,27b 3,17 62,82 5,28 68,17
3 416,00a 29,60a 5,70a 55,40 1,40 42,00a 4,20 46,25 10,00 56,25
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Tabela 2. Médias de peso corporal (PC), circunferência escrotal (CE) e características do sêmen em 246 touros Tabapuã com um ano de idade, de acordo com o regime alimentar.
Valores seguidos de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste Student-Newman-Keuls (P<0,05).Vol=volume seminal, Turb=turbilhonamento, Mot=motilidade, Conc=concentração espermática, DM=defeitos maiores,Dm=defeitos menores, DT=defeitos totais1=somente em pasto; 2=pasto+suplementação na seca; 3=estabulado.
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Tabela 3. Médias de peso corporal (PC), circunferência escrotal (CE),características do sêmen e classificação andrológica por pontos (CAP) em 270 touros da raça Tabapuã com dois anos de idade,de acordo com o regime alimentar.
Regimealimentar
PC(kg)
CE(cm)
Vol(ml)
Conc(x106/ml)
Turb(1-5)
Mot(%)
Vigor(1-5)
DM(%)
Dm(%)
DT(%)
CAP (0-100)
1 378,91c 30,66b 2,82b 324,74 1,68b 48,08 4,78 21,93 6,39 27,94 63,55b
2 409,20b 30,31b 3,90a 322,11 2,36a 53,42 4,65 20,44 6,99 27,44 66,05b
3 490,82a 33,56a 4,36a 364,44 2,20a 51,17 4,67 16,27 6,03 22,30 71,71a
Valores seguidos de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste Student-Newman-Keuls (P<0,05).Vol=volume seminal, Turb=turbilhonamento, Mot=motilidade, Conc=concentração espermática, DM=defeitos maiores,Dm=defeitos menores, DT=defeitos totais, CAP=classificação andrológica por pontos (Vale Filho, 1989)1=somente em pasto; 2=pasto+suplementação na seca; 3=estabulado
LOVATTO 2002, para que uma leitoa alcance a
puberdade mais cedo o peso médio não deve ser inferior a 110 kg;
O crescimento de uma leitoa deve ser muito bem equilibrado, permitindo mineralização adequada da estrutura óssea e formação de reservas corporais;
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Efeito da nutrição na Leitoa
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A Figura 1 ilustra a relação curvilínea entre GPD e idade à puberdade em leitoas estimuladas com macho a partir dos 140 dias de idade. O gráfico em questão evidencia que a faixa de 600 a 650 gramas diárias é suficiente para uma puberdade precoce.
Fonte:Beltranena et al, 1991a, citado por Foxcroft&Aherne, 1998
Observando-se os dados obtidos por Valença et al.
(2004) referentes à porcentagem de patologias espermáticas nos ejaculados de suínos machos inteiros, dos 135 aos 210 dias de idade, submetidos a diferentes intervalos de colheitas, de acordo com os grupos experimentais (Tabela 4), constata-se que os dados obtidos na presente pesquisa demonstram a necessidade da elaboração de dietas específicas para a maximização do desenvolvimento reprodutivo desses animais.
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Efeitos da nutrição no Leitão
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Efeito da nutrição no Leitão: Efeito da nutrição no Leitão: Efeitos da nutrição sobre a qualidade do ejaculado.
GRUPOS EXPERIMENTAIS
Idade (dias)
GI ( n=6) GII (n=8) GIII (g=7) CV %
20,8 ± 4,5b 36,6 ± 4,1 17,6 ± 3,5b 38,5
150 20,0 ± 4,1a 32,4 ± 5,8a 22,0 ± 8,6a 61,0
157 10,8 ± 2,3b 33,4 ± 5,1a 19,2 ± 5,5ab 56,0
163 10,8 ± 2,8a 25,6 ± 7,1a 16,8 ±3,8a 82,1
170 14,0 ± 2,8a 24,8 ± 6,9a 27,6 ± 8,6a 74,8
177 6.8 ± 1,9b 24,3 ± 5,0a 16,2 ± 5,3ab 71,9
183 7,2 ± 1.4 24,2 ± 4,4a 19,6 ±6,5ab 75,9
186 13,3 ±2,6a 31,3 ± 5,0a 24,0 ± 7,0a 55,8
190 6,6 ± 0,4b 17,6 ± 2,8a 9,0 ± 2,0b 51,7
194 6,2 ± 0,4b 22,0 ± 2,9a 8,2 ± 3,3b 54,7
198 8,7 ± 1,9a 17,1 ± 2,4a 14,0 ± 3,4a 48,7
202 11,0 ± 0,9a 17,1 ± 4,5a 12,4 ± 3,6a 69,6
206 11,0 ± 1,2a 19,3 ± 3,8a 9,4 ± 1,2a 56,6
210 11,2 ± 1,2ab 20,5 ± 4,1a 8,2 ± 0,6b 58,5
Tabela 4. Patologias espermáticas médias (%) (Média ± EPM) no sêmen de suínos híbridos machos inteiros, dos 135 aos 210 dias de idade, alimentados com diferentes níveis protéicos e submetidos a diferentes intervalos de colheitas1, de acordo com os grupos experimentais e os coeficientes de variação (CV%)
EPM: Erro padrão médio.1 : Intervalos de 7 dias até os 183 dias de idade e, de 4 dias, dos 186 a0s 210 dias de idade.n: Número de animais.GI: Grupo controle, com níveis protéicos baseados em Rostagno (2000).GII: Grupo com níveis protéicos 15% abaixo daqueles encontrados no grupo controle.GIII: Grupo com níveis protéicos 15% acima daqueles encontrados no grupo controle.Para uma mesma idade, valores seguidos de letras minúsculas distintas, diferem significativamente (P<0,05).
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Efeito da nutrição no Efeito da nutrição no Efeitos da proteína na dieta sobre os níveis séricos de testosterona
Tabela 5. Níveis de testosterona sérica (ng/ml) (Média EPM) de suínos híbridos machos inteiros, dos 135 aos 210 dias de idade, submetidos à dietas com diferentes níveis protéicos, de acordo com o grupo experimental e os coeficientes de variação (CV%)
GRUPOS EXPERIMETAIS
Idade (dias) GI (n=6) GII (n=8) GIII (n=7) CV %
135 2,0 ± 1,2a 1,4 ± 0,4a 0,3 ± 0,1a
150 2,6 ± 1.3a 1,9 ± 0,7a 5,0 ± 2,4a
165 7,0 ± 3,6a 4,5 ± 1,3a 6,7 ± 2,6a
180 4,5 ± 3,1a 3,6 ± 3,1a 1,2 ± 0,5a
210 4,3 ±2,7a 3,2 ± 2,7a 1,4 ± 0,5a
EPM: Erro padrão médio.n: Número de animais.GI: Grupo controle, com níveis protéicos baseados em Rostagno (2000).GII: Grupo com níveis protéicos 15% abaixo daqueles encontrados no grupo controle.GIII: Grupo com níveis protéicos 15% acima daqueles encontrados no grupo controle.Para uma mesma idade, valores seguidos de letras minúsculas distintas, diferem significativamente (P<0,05).
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Bioestimulação: Efeito Macho
Efeito da Bioestimulação em Leitoas
Em um estudo feito por LOVATTO (2002) demonstrou que o contato com o Cachaço é o método mais eficiente para estimular o aparecimento do cio. O cachaço produz uma substância chamada ferormônio que se encontra na saliva e estimula a fêmea. Alguns trabalhos sugerem que deve haver um contato direto, não somente visual, entre o cachaço e a fêmea, sendo que a duração deste contato depende do tamanho do grupo de fêmeas.
Tabela 06 - Dias à puberdade em função da exposição ao cachaço por diferentes tempos
Tempo de exposição, min
Período até puberdade,
dias
Fêmeas/grupo
5 27 – 33 2
12,5 16 2
12,5 33 4
12,5 38 8
20 23 2
20 20 4
20 20 8
Os resultados apresentados sugerem que a melhor eficácia se dá com contato diário de 10-15 min e nos pequenos grupos. A rotação de cachaços também exerce forte influência no aparecimento do cio em leitoas (Figura 02).
Neste mesmo estudo ficou claro que os cachaços têm variações quanto ao seu poder de estímulo.
Isto é devido, em parte, à idade (Tabela 07). É possível que haja diferença entre cachaços adultos, tanto na produção quanto na liberação de ferormônio na saliva. Tabela 07 - Efeito do contato diário,
durante 30 minutos, de machos de diferentes idades sobre o
surgimento da puberdade em leitoas com idade média de 164
dias. Tratamento
Intervalo entre o 1º contato
com o cachaço e a puberdade,
dias
Idade por ocasião do surgimento
da puberdade,
dias
Sem contato com cachaço 39 203
Contato com macho de 6,5 meses de idade
42 206
Contato com machos de 11 meses de idade
18 182
Contato com machos de 24 meses de idade
19 182
Tais ferramentas não estão claramente definidas
como na espécie suína;
Regra de manejo, pode ter suprimido o "efeito macho”;
Trabalhando com novilhas Braford, Quadros e Lobato (2004), relataram haver maior número de novilhas cíclicas quando bioestimuladas por 50 dias pré-inseminação artificial;
Causou ainda diferença na taxa de prenhez;
Efeitos da bioestimulação em Novilhas
Estudos anteriores, que citam que a bioestimulação não é capaz de alterar a idade da novilha ao primeiro cio (Berardinelli et al.,1978; Macmillan et al., 1979);
Bastidas et al.(1997), trabalhando com novilhas Brahman de 13 meses de idade, não encontraram efeitos da bioestimulação sobre a antecipação da idade ao primeiro estro;
Menezes et al. (2008) determinaram que novilhas expostas a fatores bioestimulatórios não apresentam diferença nas taxas de prenhez ou antecipação na data de concepção em relação a novilhas não expostas;
25
Assis et al. (2000) relatou que novilhas da raça Aberdeen Angus de 2 anos de idade bioestimuladas por 75 dias pré acasalamento antecipam a maturidade sexual;
Fiol et al. (2008) relataram que há antecipação na puberdade de novilhas de 12 meses expostas a novilhos androgenizados por 35 dias;
Apenas as novilhas mais pesadas (peso superior a 236 quilos) anteciparam a ciclicidade.
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FOTOPERÍODO- Fator determinante na Equideocultura
Em um estudo realizado por GOMES (2003) foi verificado o efeito da estação de nascimento de potras ;
Ocorrência da primeira ovulação da estação, bem como características ovarianas, entre potras nascidas no Verão e na Primavera (raça Bretão Postier);
Os objetivos eram determinar a idade à primeira ovulação da estação em potras nascidas no verão e na primavera;
Verificar o efeito da estação do nascimento no início da puberdade;
E comparar a dinâmica folicular ovariana entre os grupos de potras, sua relação com a condição corporal e o desenvolvimento do pêlo.
Potras nascidas entre os meses de Setembro a Novembro (Grupo Primavera);
Potras nascidas entre os meses de Dezembro a Fevereiro (Grupo Verão);
100% (5/5) das potras nascidas na primavera atingiram a puberdade na sua segunda estação reprodutiva;
Das nascidas no verão, apenas 33% (3/9) ovularam na 2ª estação;
67% ovulou na terceira estação reprodutiva;29
Efeito da estação do nascimento no alcance da puberdade em potras
Figura 04: - Porcentagem de potras que atingiram a puberdade em cada estação reprodutiva.Grupo Verão: Dezembro a Fevereiro Grupo Primavera:Setembro a Novembro
Na Tabela 8, estão demonstrados dados de alguns parâmetros colhidos próximos do dia do alcance da puberdade (1ª ovulação) de potras nascidas no verão e na primavera;
Parâmetros à Puberdade Potras
Verão(n=9)
Primavera (n=5)
Idade Dias
904,2 ± 53,9ª 778,6 ± 15,9b
Meses 30,2 ± 1,8ª 26,0 ± 0,5b
Peso (Kg) 326,0 ± 20,3 306,8 ± 25,3
Escore Corporal (1-9) 6,3 ± 0,4 6,2 ± 0,3
Comprimento do Pêloc (cm)
0,8 ± 0,0 0,9 ± 0,1
a,b p<0,05.c Obtido na região do costado.
Tabela 8 - Média (± EPM) da idade, peso, escore corporal e comprimento do pêlo das potras dos Grupos Verão e Primavera à puberdade.
Na Figura 05 encontra-se a distribuição da porcentagem de potras que atingiram a puberdade de acordo com a idade.
Apesar das potras nascidas no verão terem atingido a puberdade mais tardiamente, não se observou diferença no peso, escore da condição corporal e comprimento de pêlo à puberdade quando comparado às potras nascidas na primavera;
Sugere-se que a idade à puberdade foi mais influenciada pelo efeito da estação do nascimento que pelo peso ou condição corporal, diferentemente do que tem sido observado em outras espécies domésticas;
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Importância do estudo da puberdade: Aumentar a relação de custo benefício para o
produtor; Aumento do nível de produtividade; Adequar o manejo frente aos fatores
peculiares de cada espécie e aos fatores ambientais.
Considerações Finais
35
OBRIGADO!