Protocolos de Pele
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PIODERMITES
Staphylococcus aureus impetigo, foliculite celulite e furnculos
Streptococos impetigo, erisipela celulite linfangite
FATORES PREDISPONENTES Escoriaes; Fissuras; Queimaduras Higiene deficiente Clima quente; Cirurgias; Drogas imunossupressoras. Uso de cateteres, sondas; Doenas sistmicas (diabeteobesidade, alcoolismo, desnutrio, AIDS etc.)
Impetigo no bolhoso (mais freqente)
Etiologia Estreptocos Grupo A ,Staphylococcus aureus , ou ambos
Clnica Mcula eritematosa, vescula ppula.
Bolhas superficiais efmeras, o contedo seroso desseca se resultando em crosta melicrica que caracterstica do impetigo.
Tratamento Limpeza e remoo com gua morna com sabone- tes com hexaclorofeno ou leo mineral aquecido. Pomada de neomicina, gentamicina ou mupirocina (2 a 3 vezes ao dia).
Em leses disseminadas antibiticos sistmicos, penicilina, cefalosporina, ou eritromicina.
Impetigo Bolhoso
Etiologia Estafilococo do Grupo II
Clnica Leses vesiculosas flcidas, bolhas rotas, formando eroses circundadas por restos de bolhas na periferia da leso.
Tratamento Cuidados locais semelhantes aoimpetigo no bolhoso Oxacilina 50 mg/kg/dia de 6/6 hs.
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CELULITE E ERISIPELA So infeces cutneas caracterizadas por eritema, edema e
dor. Na maioria dos casos h febre e leucocitose. Ambas podem ser acompanhadas por linfangite e linfadenite
Fatores predisponentes: locais de trauma, abrases, leses psorasicas, eczematosas ou tinha. Podem se desenvolver
em pele aparentemente normal
Erisipela Envolve as camadas mais superficiais da pele
e os linfticos cutneos
Etiologia P. aeruginosa, estreptococos do grupo B. As culturas dos locais de entrada, espcimes de aspirado, espcimes de bipsia e hemoculturas facilitam a seleo do antibitico apropriado para esses pacientes
Etiologia Estreptococo beta hemoltico grupo A, S.aureus no adulto,e Hemophilus influenzae tipo B em crianas com menos de 3 anos de idade.
Celulite Se estende aos tecidos subcutneos
Clnica A rea de inflamao est elevada em relao a pele circundante e h uma demarcao distinta entre a pele envolvida e a pele normal. A parte inferior das pernas, face e orelhas so atingidas mais freqentemente. Podem existir bolhas, a porta de entrada nos membros inferiores so lceras de perna, fissuras plantares, e dermatomicose interpodatilares
Clnica No h distino clara entre a pele infectada e a pele no infectada. Tipicamente ocorre prximo a feridas cirrgicas ou uma lcera cutnea. Episdios recorrentes de celulite aparecem com anormalidades anatmicas locais que comprometem a circulao venosa ou linftica. Crianas-Infeco bucal a mais comum
Tratamento Repouso, elevao do membro afetado. Penicilina procana 600.000.U de 12/ 12 h; dicloxacilina 500 a 1000mg VO de 6/6hs; eritromicina 500mg de 6/6hs; cefalosporina. Casos graves - nafcilina-500mg a 1500mg IV 4/4hs
Tratamento Repouso, elevao do membro afetado Dicloxacilina 500 a1000mg VO de 6/6hs, cefalosporina. Casos graves-.nafcilina- 500mg a 1500mg IV 4/4hs Um aminoglicosdeo deve ser considerado em pacientes sob risco de infeco por gram-negativos Alguns adultos podem ser infectados por Hemophilus influenzae, e requerem antibiticos adequados. Crianas - Certificar-se de que no h formao de gs e/ou colees de pus, pois essas leses requerem drenagem cirrgica agressiva e debridamento.
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FURNCULO
Definio Coleo delimitada de pus que uma massa dolorosa, firme ou flutuante. Celulite pode preceder ou ocorrer concomitantemente a ele.
Abscesso - cavidade formada por loculaes digitiformes de tecido de granulao e pus que se estende para fora ao longo dos planos de menor resistncia.
ETIOLOGIA Em geral a microbiologia reflete a microflora da parte anatmica envolvida Estafilococos aureus (no folculo piloso e glndula sebcea ) o mais comum.. Outros organismos podem ser encontrados como: Aerbios - E.coli, P. aeruginosa, S.faecalis;Anaerbios - Bacterides, Lactobacillus, Peptostresptococcus
CONDIES PREDISPONENTES: reas com sudorese e atrito intenso. Ocluso da virilha e das ndegas pelas roupas, sobretudo em pacientes com hiperhidrose. Anormalidades foliculares , como comedes, ppulas e pstulas acneiformes so encontradas com freqncia nas ndegas e axilas de indivduos com furunculose recidivantes.
CLINICA Inicia-se como ppula vermelha profunda, sensvel, firme, que aumenta rapidamente formando um ndulo sensvel e profundo que permanece estvel e doloroso por dias, tornando-se flutuante. A temperatura normal e no h sintomas sistmicos. A dor torna-se moderada a grave a medida que o material purulento se acumula. freqente nos pacientes HIV- positivos.
TRATAMENTO Compressas quentes e midas Inciso, drenagem e compresso Antibiticos anti-estafiloccicos
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HERPES VRUSHERPES SIMPLES
Primo infeco herptica: Perodo de incubao 3 a 10 dias. Caracteriza-se por erupo vsico-ulcerativa da mucosa oral ou genital acompanhada de adenopatia, febre e mal-estar. A regresso ocorre dentro de 1 a 2 semanas.
Forma recidivante : Caracteriza-se por vesculas agrupadas sobre base eritematosa, agrupadas em bouquet. mais comum em adultos, e tem como principais fatores desencadeantes estresse, exposio solar, traumas fsicos e qumicos, infeces virais e bacterianas.
Definio Infeco viral freqente que pode comprometer pele e mucosas. causada pelo Herpes virus homines, tipos I e II. A transmisso por via direta (pessoal).
Quadro clnico Geralmente assintomtico. Logo aps a infeco, o vrus permanece em estado latente nos gnglios sensoriais, manifestando-se clinicamente, quando ocorre diminuio da imunidade
Diagnstico diferencial Aftas, candidase oral, candidase genital, Sndrome de Stevens-Johnson, impetigo, dermatite vesicante (Pot)
Tratamento Cuidados locais: Aciclovir* - adulto 200mg 5x dia por 5 dias; crianas10mg/kg/dia por 05 dias, casos graves 05 a 10 mg/kg/dia EV.
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HERPES VRUSHERPES ZOSTER
DEFINIO Infeco causada pelo vrus varicela-zoster. mais comum em indivduos com doenas sistmicas, particularmente imunodepresso
QUADRO CLNICO Caracteriza-se por vesculas agrupadas sobre base eritematosa, dispostas em faixa unilateral acompanhando trajeto de nervo. Dor nevrlgica pode anteceder o quadro e, em 20% dos casos, a nevralgia intensa e persistente. Isto ocorre principalmente em doentes idosos e/ou que se submetem a tratamento imunossupressor. As leses cutneas regridem em aproximadamente duas semanas e podem deixar manchas e cicatrizes .
TRATAMENTO Cuidados locais: compressas com gua boricada ou KMNO4. Aciclovir 800mg 5 x ao dia durante 7 dias. Fanciclovir 250mg de 8/8horas durante 7-10 dias. Valaciclovir 1g de 8/8horas durante 7-10 dias Analgsicos
ECTIMA
ETIOLOGIA Streptococcus pyogenes do grupo
A, e/ou Staphylococcus aureus
CLNICA Uma vescula inicial fugaz deixa uma
ulcerao superficial. Mais freqente nas crianas e nas pernas.
TRATAMENTO Semelhante ao impetigo: uma vescula
inicial fugaz.
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REAES HANSNICASA hansenase uma doena de curso crnico que afeta preferencialmente a pele e os nervos. As reaes so
episdios de agudizao que podem causar graves danos neurais, e correspondem a mudanas sbitas do estadoimunolgico do paciente. Cerca no ps-alta.
Ocorre na Hansenase Tuberculide e Hansenase Dimorfa
CLNICA As leses antigas tornam-se intumescidas, edematosas e podem. surgir novas leses em outros locais do corpo. Os sintomas gerais em geral so pouco intensos. Os MHD podem apresentar edemas em torno dos orifcios naturais e edemas de mos e ps. freqente haver neurite em um ou mais troncos neurais
EXAMES LABORATORIAIS A SEREM SOLICITADOS EPF (pesquisa de estrongiloidase). Quando houver importante comprometimento geral realizar os mesmos exames solicitados para o eritema nodoso, inclusive hemocultura e RX de trax. Esses pacientes costumam estar em uso de corticide por perodos prolongados ficando expostos a infeces OBS: Pode ocorrer leve leucocitose
TRATAMENTO Reao reversa sem neurite: Prednisona 0,5mg -1mg/kg/dia at o dia at o controle do quadro reacional, e ento iniciar o desmame. Paciente dever sair com uma consulta marcada com o mdico dermatologista. Reao reversa com neurite, leses em face ou prximas a troncos nervosos importantes, ou mo e p reacionais Prednisona 1-2mg/kg/dia
REAO REVERSA OU REAO TIPO I
NEURITE HANSNICA DEFINIO: Processo inflamatrio agudo ou crnico de nervos perifricos, podendo evoluir com ou sem dor e com ou sem dficit sensitivo ou motor. a manifestao mais grave uma vez que pode ocasionar incapacidade e deformidade.Pode ocorrer isoladamente ou acompanhando uma reao reversa ou eritema nodoso.
TRATAMENTO: Prednisona 1-2mg/kg/dia Imobilizao do membro afetado Encaminhar ento para o servio de referncia. Em caso de abscesso neural, encaminhar imediatamente para servio especializado para realizao de cirurgia apropriada.
SINTOMAS CLNICAS: Dor aguda no local e/ou no trajeto do nervo acometido Perda da sensibilidade ou perda motora no local inervado pelo tronco neural correspondente:
TRONCOS NEURAIS DE COMPROMETIMENTO MAIS FREQENTE: Ulnar e mediano - sensitivo-motor (antebraos mos e quirodctilos), Fibular - motor- inicialmente perda dos chinelos e depois p cado. Tibial posterior sensibilidades dos ps, pododctilos e regies plantares
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ERITEMA NODOSO HANSNICO (ENH) OU REAO TIPO II
MH Dimorfa e MH Virchowiana. Costuma ocorrer at a negativao da baciloscopia
FATORES DESENCADEANTES Infeces (inclusive cries dentrias), estresse fsico e emocional, gravidez
CLNICA Ndulos que s vezes confluem formando placas eritemato-violceas, dolorosos, em MMSS, MMII, tronco e face. Pode ocorrer epididimite, orquite, ceratite, irite, iridociclite, poliartralgia e poliatrite. Grande comprometimento do estado geral com febre, adenopatia generalizada, mal estar, astenia. freqente o envolvimento neural. Leve leses cutneas em pequeno nmeros, com pouco ou nenhum acometimento do estado geral. Moderado leses cutneas disseminadas, com acometimento geral presente Grave leses cutneas generalizadas, com grave comprometimento do esto geral, prostrao, limitao funcional, perda de peso intensa
ALTERAES LABORATORIAIS Leucocitose com neutrofilia, piria discreta, alteraes discretas das transaminases
EXAMES LABORATORIAIS A SEREM SOLICITADOS: Hemograma completo, EAS, eletrlitos, funo heptica (especialmente quando em uso de PQT). Quando necessrio urinocultura
TRATAMENTO NO HOMEM Leve: Talidomida 100mg/dia Anti-inflamatrio no hormonal (AINH)- Paracetamol 720mg 2-3x ao dia Diclofenaco 50mg-2-3x/dia Moderada: Talidomida 100mg de 12/12/dia Grave: (Ou acompanhados de ENH necrtico, mo e p reacional, orqui-epididimite, irite, iridociclite, Neurite) Talidomida 100mg 8/8horas e Prednisona 1 mg/kg/dia
TRATAMENTO NA MULHER Leve: Anti-inflamatrio no hormonal (AINH) Paracetamol 1,5-2g/dia ou Prednisona - 0,5mg/dia Moderada: igual ao anterior Grave: Anti-inflamatrio no hormonal (AINH) Paracetamol 1,5-2g/dia ou Prednisona-1,5-2g/dia Clofazimina- 300mg/dia
Observao: Depois de devidamente atendidos na emergncia os pacientes s podero receber alta aps estarem agendados para consulta com os mdicos responsveis pelo tratamento, uma vez que os medicamentos devero ser reduzidos de acordo com a evoluo clnica, caso contrrio os pacientes estaro sujeitos a recidivas severas, danos neurais graves e aos efeitos colaterais das drogas.