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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de
mapeamento temático pesqueiro
Ana Paula Flórido D’Almeida Ramos
Itajaí, fevereiro de 2013.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de
mapeamento temático pesqueiro
Ana Paula Flórido D’Almeida Ramos
Trabalho de Conclusão apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em Ciência e
Tecnologia Ambiental, como parte dos
requisitos para obtenção do grau de Mestre
em Ciência e Tecnologia Ambiental.
Orientador: Dr. Rafael Medeiros Sperb
Co-orientador: Dr. Paulo Ricardo Pezzuto
Itajaí, fevereiro de 2013.
ii
iii
Dedico este trabalho àqueles ao
meu redor que a cada dia me
fazem ser uma versão melhor de
mim mesma.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à minha família por todo o apoio, sempre. Aos
meus amigos, que não citarei nomes, mas que sabem a sua importância na minha
vida. Obrigada a todos que estiveram ao meu lado nos bons momentos e
principalmente nos meus momentos não tão bons assim, quando com certeza enchi o
ouvido de alguns com muita besteira e que mesmo assim continuaram do meu lado.
Mesmo se eu escrevesse cinquenta páginas de agradecimentos a vocês, ainda assim
não seria o suficiente.
Agradeço ao professor Dr. Rafael Medeiros Sperb pela orientação e
confiança. Igualmente agradeço ao professor Dr. Paulo Ricardo Pezzuto pela
oportunidade de fazer parte do projeto IGEPESCA e pela ajuda indispensável como
co-orientador.
Agradeço ainda, a todos os integrantes do Laboratório de Computação
Aplicada, que sempre se mostraram bastante atenciosos e dispostos a ajudar quando
necessário. E mais dispostos ainda a tomar um café e bater um bom papo, sempre!
Obrigada.
Agradeço a todos os professores do mestrado, por dividir seus
conhecimentos. E a todos os alunos do curso também, que se tornaram colegas
preciosos ao longo destes dois anos.
Esse trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto “Inovação e
interdisciplinaridade aplicadas à gestão e ao desenvolvimento sustentável da indústria
pesqueira marinha das regiões sudeste e sul do Brasil – IGEPESCA”, apoiado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES – Brasil
(Edital Ciências do Mar 09/2009 – AUXPE 1141/2010). Sendo assim, agradeço a
CAPES que me concedeu bolsa de estudos, sem ela seria inviável a realização do
mestrado.
Obrigada a todos, do fundo do meu coração!
v
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................iv
SUMÁRIO ....................................................................................................................... v
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... vii
RESUMO ........................................................................................................................ x
ABSTRACT .....................................................................................................................xi
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
1.1. Pesca e a componente espacial ......................................................................... 2
1.2. Cartografia .......................................................................................................... 7
1.3. Cartografia como meio de comunicação ........................................................... 10
1.4. Semiologia Gráfica ............................................................................................ 12
1.5. Padronização de simbologia / Convenções Cartográficas ................................ 13
2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 15
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 15
2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 15
3. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 16
3.1. Elaboração da simbologia padrão ..................................................................... 16
3.2. Construção do layout do mapa ......................................................................... 17
3.3. Construção do catálogo de símbolos ................................................................ 18
3.4. Manual .............................................................................................................. 18
3.5. Teste de aplicação da convenção proposta ...................................................... 18
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 20
4.1. Simbologias ....................................................................................................... 20
4.1.1. Variável visual Cor ....................................................................................... 20
4.1.2. Variável visual valor (intensidade de cor) .................................................. 31
4.2. Layout ............................................................................................................... 39
vi
4.3. Catálogo de símbolos ....................................................................................... 41
4.4. Teste de aplicação da convenção ..................................................................... 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 45
APÊNDICE I ............................................................................................................... - 1 -
APÊNDICE II .............................................................................................................. - 1 -
APÊNDICE III ............................................................................................................. - 1 -
ANEXO I ..................................................................................................................... - 1 -
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Visualização on-line de dados do ambiente marinho disponibilizados pela Comissão Européia, neste caso trata-se da situação dos estoques pesqueiros. Disponível em: <http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/atlas/maritime_atlas>. ........................ 5
Figura 2: Visualização on-line de dados geoespaciais sobre hábitos alimentares dos peixes do Pacífico Norte, disponibilizada pela NOAA. Disponível em: <http://www.afsc.noaa.gov/REFM/REEM/DietData/Diet Map.html>. ........... 5
Figura 3 Mapa de distribuição de esforço de pesca elaborado pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da UNIVALI. Fonte: UNIVALI/CTTMar, 2008. ........................... 6
Figura 4: Mapa de áreas de desova do bacalhau em águas britânicas. Fonte: adaptado de Coull et al. (1998). ................................................................................... 7
Figura 5: Diagrama da transmissão de informação cartográfica de Kolacny (1977) adaptado por Santil (2001). ........................................................................ 11
Figura 6: Variáveis visuais segundo Bertin (1986 apud Santil, 2001). ......................... 13
Figura 7: Variação de cores do azul ao vermelho. ....................................................... 20
Figura 8: Variação de cor do amarelo ao azul, passando pelo verde. ......................... 21
Figura 9: Legenda sugerida de Salinidade. .................................................................. 22
Figura 10: A) Mapa de salinidade do Atlântico Sul elaborado pela Mercartor Ocean. (Disponível em: <http://bulletin.mercator-ocean.fr/>) B) Primeiro mapa global de salinidade superficial dos oceanos elaborado a partir de dados de sensoriamento remoto, no Projeto Aquarius da NASA. (Disponível em: <http://www.nasa.gov/mission_pages/aquarius/news/aquarius20110922.html>) ............................................................................................................ 23
Figura 11: Simbologia sugerida para Turbidez. ............................................................ 24
Figura 12: Simbologia sugerida para temperatura da água. ........................................ 24
Figura 13: A) Mapa de temperatura superficial dos oceanos da América do Sul, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (Disponível em: < http://satelite.cptec.inpe.br/tsm/>). B) Mapa de temperatura supercial do Atlântico Sul elaborado pela Mercartor Ocean (Disponível em: < http://bulletin.mercator-ocean.fr/html/welcome_fr.jsp>). C) Mapa de temperatura superficial elaborado pela National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA (Disponível em: < http://www.ospo.noaa.gov/Products/ocean/sst/contour/index.html>). ........ 25
Figura 14: Simbologia sugerida para Clorofila. ............................................................. 26
Figura 15: A) Simbologia utilizada para concentração de clorofila pela Ocean Color. B) Simbologia para concentração de clorofila utilizada pela NOAA ............... 26
Figura 16: Simbologia sugerida para pH. ..................................................................... 27
viii
Figura 17: Mapa de previsão de pH para o ano de 2100. Fonte: Denman et al., 2007. ................................................................................................................... 27
Figura 18: Simbologia sugerida para Oxigênio dissolvido. ........................................... 28
Figura 19: Mapa de distribuição de oxigênio dissolvido em águas tropicais. Fonte: Stramma et al. (2008) ................................................................................ 28
Figura 20: Simbologia sugerida para o tamanho médio dos grãos de sedimento. ....... 29
Figura 21: Diagrama de Shepard. Fonte: software SIGA. ............................................ 30
Figura 22: Simbologia sugerida para classificação de sedimentos segundo o diagrama de Shepard. ................................................................................................ 31
Figura 23: Diagrama de Folk e simbologia utilizada por Passlow et al. (2005) ............ 31
Figura 24: Paleta de variação de intensidade de cor. .................................................. 32
Figura 25: Simbologias sugeridas para a caracterização do sedimento quanto a: A) Lama; B) Silte; C) Argila; D) Areia; E) Cascalho; F) Matéria orgânica; G) Carbonato. ................................................................................................. 33
Figura 26: Simbologias de representação da composição do sedimento. A) Lama; B) Areia; C) Cascalho; D) Carbonato. Fonte: adaptado de Passlow et al. (2005) ......................................................................................................... 33
Figura 27: A) Mapa de densidade de barcos por área. Fonte: Stewart et al. (2010); B) Mapa de distribuição de esforço de pesca. Fonte: Booth (2000) ............... 34
Figura 28: Exemplo de mapas sem padronização da escala de valores. Fonte: Sousa (2009) ......................................................................................................... 36
Figura 29: Simbologia sugerida para os parâmetros de pesca: Captura, Captura por Unidade de Esforço de Pesca (CPUE) e Esforço. ..................................... 36
Figura 30: Simbologia sugerida para parâmetros ecológicos: A) Densidade de indivíduos; B) Diversidade ecológica; C) Riqueza de espécies. 37
Figura 31: Mapa de densidade de atuns em tags/km². Fonte: Walli et al(2009). ......... 37
Figura 32: Mapa de densidade de Pterogymnus laniarius em diferentes estágios de vida na costa sul africana. Fonte: Booth (2000). ........................................ 38
Figura 33: Disposição sugerida dos elementos do mapa pela convenção. .................. 40
Figura 34: Cabeçalho do catálogo de simbologias. ...................................................... 41
ix
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e suas principais interpretações, segundo Valavanis (2002). ................................. 4
Quadro 2: Cartografia sistemática x Cartografia temática. Fonte: Archela (2000 apud Sperb, 2007). ............................................................................................... 9
Quadro 3: Parâmetros abrangidos pela convenção cartográfica proposta. ................. 16
x
RESUMO
A crescente abordagem ecossistêmica na pesca tem conduzido
pesquisadores e gestores a buscar uma visão geoespacial dos elementos que, direta
ou indiretamente, influenciam a manutenção dos estoques pesqueiros e o sucesso das
pescarias. Ao se incorporar a dimensão geográfica em estudos da problemática
pesqueira, automaticamente adota-se a cartografia temática como instrumento de
síntese e comunicação dos resultados encontrados. Porém, a ausência de
padronização da representação gráfica dos dados impossibilita, muitas vezes, a
comparação das informações contidas em diferentes mapas. Neste sentido, propõe-se
uma convenção cartográfica para representação de dados pesqueiros e ambientais
marinhos. Os parâmetros atendidos pelo trabalho são: temperatura da água,
concentração de clorofila, pH, oxigênio dissolvido, salinidade, características de
populações e comunidades, características do fundo marinho e da atividade pesqueira
(captura , esforço de pesca e captura por unidade de esforço). Estipulou-se, então, a
forma, aparência e disposição dos elementos destes mapas, assim como, para cada
parâmetro a ser representado, foram estabelecidos a paleta de cores, tamanho e
forma de símbolo e escala de valores padrões. Esta proposta tem o objetivo de fazer
com que todos os mapas gerados sejam visualmente comparáveis entre si,
favorecendo a integração e combinação dos dados e informações relacionadas
provindas de diferentes autorias, corroborando com o processo cognitivo acerca da
dinâmica pesqueira e ambiental, e servindo como base para as tomadas de decisão e
manejo da atividade pesqueira da região.
Palavras-chave: cartografia temática; pesca; convenção cartográfica.
xi
ABSTRACT
The ecosystemic approach in fisheries is increasing, and has led
researchers and managers to look for a geospatial vision of the elements that directly
or indirectly influence the maintenance of fish stocks and success of the fisheries. By
incorporating the geographical dimension into studies of fishery problems, thematic
mapping is automatically adopted as a tool for summarizing and communicating the
results. However, the lack of standardization of the representation of visual data in
graphic form often makes it impossible to compare the information contained in
different maps. A mapping convention is therefore proposed, to represent fishery and
marine environmental data. The parameters covered by the work are: water
temperature, chlorophyll concentration, pH, dissolved oxygen, salinity, characteristics
of populations and communities, characteristics of the seabed, and characteristics of
the fisheries (catch, fishing effort and catch per unit of fishing effort). The shape,
appearance and arrangement of the elements of these maps were stipulated. Thus, for
each parameter to be represented, a palette of colors, size and shape of the symbol,
and scale of standard values was created, seeking to make all the maps visually
comparable with each other, and favoring the integration and combination of related
data and information from different authors, corroborating the cognitive process on the
fishing and environmental dynamics, and serving as the basis for decision-making and
management of fishing activity in the region.
Key-words: thematic cartography; fisheries; cartographic convention.
1
1. INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, dados sobre pesca são organizados em tabelas, tratados
estatisticamente e apresentados em relatórios focados apenas no(s) estoque(s) de
interesse. Pouco ou nada consideram do ambiente em que este(s) está(ão)
inserido(s), ou da complexidade de suas relações ecológicas. Porém, o impacto da
pesca no ecossistema não pode ser totalmente compreendido por este enfoque,
motivo pelo qual vem se desenvolvendo entre os pesquisadores da área uma visão
ecossistêmica em relação à atividade pesqueira. Visão esta que se mostra mais
apropriada, uma vez que considera fatores tais como a localidade de ocorrência da
pesca, características ambientais da região e as conseqüências da atividade, tanto ao
ambiente físico, quanto às relações biológicas e sócio-econômicas da região. Para isto,
se torna crescente a consideração da dimensão geoespacial de dados de pesca e do
meio ambiente. E a atual disponibilidade de ferramentas de geoprocessamento amplia
o potencial, e porque não dizer a expectativa, por estudos que considerem as relações
geográficas em suas análises. Espera-se que o acréscimo desta dimensão fomente o
melhor entendimento da dinâmica espaço-temporal da atividade pesqueira.
Através dos sistemas de informação geográfica (SIGs) é possível analisar
simultaneamente diferentes dados em função do tempo e espaço (Riolo, 2005) e gerar
resultados tais como integração e mapeamento de dados de produção pesqueira,
áreas de pesca, dados ambientais e da história de vida de espécies-alvo e fauna
acompanhante, assim como fatores ligados à cadeia produtiva da atividade. A análise
destes resultados tem o potencial de produzir conhecimento sobre ambientes de
desova, habitats essenciais aos organismos de interesse, áreas de agregação e
corredores de migração em escala de tempo e espaço (Bostford, 1997; Valavanis,
2002). Vale ainda ressaltar que a habilidade do SIG em mapear interações entre uma
variedade de dados é única no sentido de identificar conflitos entre as regras de
manejo atuais e a dinâmica dos estoques no ambiente marinho (Valavanis, 2002), o
que o torna uma ferramenta valiosa de auxílio aos tomadores de decisão no âmbito do
gerenciamento pesqueiro.
Desta forma, compatibilizar estatística pesqueira e dados ambientais
utilizando SIGs se torna uma alternativa tecnológica em potencial para analisar a
questão pesqueira sob o enfoque ecossistêmico. Ao alterar a perspectiva do manejo
ora baseada em populações, para uma visão que busque compreender os fatores aos
quais estas populações estão suscetíveis, torna-se possível tentar abrir as portas para
2
decisões de manejo mais responsáveis com o ecossistema (Caddy & Garcia, 1986) e
mais coerentes com as questões sócio-econômicas (O’Higgins et al., 2010).
O presente trabalho está inserido no projeto “Inovação e interdisciplinaridade
aplicadas à gestão e ao desenvolvimento sustentável da indústria pesqueira marinha
das regiões Sudeste e Sul do Brasil – IGEPESCA”, que traz à tona a importância do
conhecimento interdisciplinar na problemática da atividade pesqueira. Ou seja, a
necessidade de uma visão holística que servirá como norte para a sustentabilidade
deste setor produtivo. Uma análise interdisciplinar da dinâmica pesqueira do sudeste-
sul do Brasil proporcionará um entendimento mais amplo desta, de forma que
soluções para problemas de cunho ecossistêmico e de gerenciamento dos estoques
surgirão naturalmente.
1.1. Pesca e a componente espacial
Os oceanos, que cobrem cerca de 71% da superfície terrestre, sustentam
uma das preciosas fontes de alimento do planeta. O peixe é uma importante fonte de
proteína para sustentar a população humana que vem aumentando ao longo do tempo
(Valavanis, 2002). Porém, a crença antiga de que este recurso seria infinito resultou
em um aumento deliberado e sem planejamento da pesca, levando vários recursos ao
estado de sobreexplotação1, trazendo a necessidade de se conhecer e manejar
melhor os recursos naturais marinhos para evitar a exaustão dos estoques.
O conhecimento acerca da dinâmica dos fenômenos marinhos e seus
recursos naturais, assim como o entendimento das relações entre eles são essenciais
para qualquer tentativa de manejo dos recursos naturais marinhos (Valavanis, op cit.).
E uma vez que, intrinsecamente, estes eventos possuem uma expressão geográfica
(latitude e longitude), o desenvolvimento de um pensamento espacial acerca destes
eventos se mostra essencial em vários níveis ao longo do estudo de processos no
ambiente marinho, desde a coleta e análise de dados até a tomada de decisão.
Geralmente os dados de pesca são apresentados em tabelas e gráficos,
porém uma vez que seja conhecida a componente espacial destes dados, é possível
visualizá-los em forma de mapas, e assim inferir sobre as relações destes com o
ambiente de ocorrência. Uma abordagem nova em relação ao manejo de recursos
naturais surge quando se une o potencial dos Sistemas de Informação Geográfica
(SIG) com o conhecimento científico e análise crítica do pesquisador. Esta abordagem 1 De acordo com a Instrução Normativa nº5, de 21 de maio de 2004, do Ministério do Meio Ambiente, uma espécie em situação de sobreexplotação é aquela “cuja condição de captura de uma ou todas as classes de idade em uma população é tão elevada que reduz a biomassa, o potencial de desova e as capturas no futuro, a níveis inferiores aos de segurança”.
3
geoespacial proporciona a formação de conhecimento sobre onde o recurso ocorre,
como se distribui, quais as características do ambiente em que vive, se ele se
movimenta ao longo do tempo, entre tantos outros.
Por apresentar capacidade de armazenar, gerenciar, analisar e representar
dados espaciais os SIGs vêm sendo amplamente utilizados como ferramenta de
análise de variações e/ou mudanças de paisagem (Steiniger & Hay, 2009), sendo
difundidos em diversas áreas do conhecimento e utilizados por diferentes perfis de
pesquisadores. Em relação ao monitoramento e manejo de populações marinhas o
SIG vem cada vez mais sendo aceito e utilizado (Pierce et al., 2002; Babcock et al.,
2005; Riolo, 2005) pelos pesquisadores e tomadores de decisão, exercendo um
importante papel como ferramenta de auxílio ao manejo.
A FAO (2003) explicita a quantidade de componentes espaciais acerca do
manejo, planejamento e biologia da pesca, como movimentos migratórios dos
recursos, definição de habitats favoráveis, localização do mercado consumidor e as
vias de transporte entre os portos e mercados. E afirma que o SIG pode ajudar no
entendimento da dinâmica pesqueira sendo uma ferramenta de apoio a tomadas de
decisão e ao monitoramento científico dos impactos da pesca sobre os estoques
pesqueiros, uma vez que é hábil em tratar várias componentes espaciais
simultaneamente.
O National Research Council (1999) defende a necessidade de se analisar
variáveis ambientais e biológicas para se buscar o manejo pesqueiro sustentável,
garantindo um ambiente saudável e equilibrado, a fim de sustentar os estoques
pesqueiros. Apesar desta iniciativa, e ainda que seja clara a necessidade de ampliar a
visão do manejo pesqueiro a uma visão ecossistêmica e do grande potencial que o
SIG tem em auxiliar nesta função, o crescimento destas práticas ainda é lento (Sousa,
2009). Fisher & Toepfer (1998) citam algumas aplicabilidades de SIGs em pesca como
a elaboração de mapas de distribuição de estoque, modelagem espacial e
determinação de habitats essenciais de peixes. O Quadro 1 apresenta um resumo dos
principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e o que a análise
deste proporciona, segundo Valavanis (2002).
4
Quadro 1 Principais dados utilizados no mapeamento temático voltado à pesca e suas principais interpretações, segundo Valavanis (2002).
O conhecimento espaço-temporal da distribuição das populações de
recursos naturais vivos e seus habitats, assim como o entendimento de como as
populações interagem às mudanças sazonais no ambiente marinho é de extrema
importância para se modelar a dinâmica populacional e manejar os recursos
pesqueiros de forma efetiva. A análise de padrões de distribuição em escala temporal
permite que os pesquisadores detectem mudanças nesta distribuição e estabeleçam
relações de causa e efeito, seja com relações ecológicas ou determinantes
geográficas (Valavanis, 2002).
Apesar da importância da espacialização das informações sobre a
atividade pesqueira ser clara, o crescimento do seu uso ainda é lento devido as
dificuldades de se coletar os dados com sua componente espacial. Porém, já é
possível notar algumas iniciativas como é o caso do Atlas dos Mares Europeus, que se
trata de um atlas on-line (Figura 1) que disponibiliza diversas informações
geoespacializadas sobre o ambiente marinho, como temperatura, concentração de
clorofila, velocidade do vento etc, e sobre a pesca traz a situação das pescarias
classificadas como seguras ou sobrepescadas.
Dados de pesca Dados biológicos Dados genéticos Dados de desova Variáveis ambientais
Corredores de
migração
Predizer padrões de
abundância em relação a
variáveis ambientais
Facilitar a avaliação de
estoques
Identificar diferentes
estoques
Identificar condições
ambientais preferíveis
para desova
Identificar condições
ambientais favoráveis à
agregação e captura
Identificar padrões
de migração
Identificar usos
conflitantes do recurso
Identificar áreas de
sobrepesca
Identificar ocorrência de
intercruzamento
Identificar locais
preferenciais para desova
Identificar locais de
forrageamento
Identificar lacunas e
sobreposições nas
regulamentações
Identificar áreas de
recrutamento
Informações sobre fluxo
gênico e descrição de
populações
Auxiliar tomada de
decisão na âmbito de
regeneração, proteção e
manejo da população
Identificar locais de
reprodução
Auxiliar a tomada de
decisão integrada
5
Figura 1: Visualização on-line de dados do ambiente marinho disponibilizados pela Comissão Européia, neste caso trata-se da situação dos estoques pesqueiros. Disponível em: <http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/atlas/maritime_atlas>.
Outro exemplo são as informações disponibilizadas em forma de mapas
pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) acerca dos hábitos
alimentares dos peixes do Pacífico Norte (Figura 2), com uma série histórica desde
1981 até 2005.
Figura 2: Visualização on-line de dados geoespaciais sobre hábitos alimentares dos peixes do Pacífico Norte, disponibilizada pela NOAA. Disponível em: <http://www.afsc.noaa.gov/REFM/REEM/DietData/Diet Map.html>.
6
Para o sudeste e sul do Brasil, o Grupo de Estudos Pesqueiros (GEP) da
Universidade do Vale do Itajaí desenvolveu um módulo de geocodificação dos dados
associando as áreas visitadas pelos barcos de pesca a quadrantes estatísticos,
armazenando as informações geoespaciais em um banco de dados. A partir de 2007 o
boletim estatístico da pesca industrial de Santa Catarina passou a contar com mapas
de algumas informações pesqueiras como número de viagens por quadrante de cada
arte de pesca (Figura 3).
Figura 3 Mapa de distribuição de esforço de pesca elaborado pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da UNIVALI. Fonte: UNIVALI/CTTMar, 2008.
É possível observar, ainda, algumas iniciativas como o relatório de
sensibilidade da pesca em águas britânicas (Coull et al., 1998) realizado por um
conjunto de organizações governamentais e não governamentais dos setores de
pesca e de óleo e gás. Nele são apresentados mapas sobre áreas de desova (Figura
4) e berçário de diversas espécies, assim como a distribuição de esforço de pesca e
estimativa de valoração ambiental.
7
Figura 4: Mapa de áreas de desova do bacalhau em águas britânicas. Fonte: adaptado de Coull et al. (1998).
Estas iniciativas são bastante importantes para a formação do pensamento
e entendimento geoespacial acerca da pesca e suas relações com o ambiente. Porém,
ainda há muito que se avançar em termos de geração, padronização e
disponibilização dos dados.
1.2. Cartografia
Os levantamentos de dados de qualquer área do conhecimento que sejam
executados vinculados à superfície terrestre, tendo como fim a visualização
geográfica, caracterizam o objeto da cartografia. Sendo assim, o objetivo da
cartografia, segundo Loch (2006), consiste na representação gráfica bidimensional da
superfície terrestre, ou parte dela, recebendo esta representação o nome genérico de
mapa ou carta.
8
Segundo a International Cartographic Association (2003), cartografia é a
disciplina que lida com a arte, ciência e tecnologia de produção e uso de mapas. Um
mapa transforma em símbolos a realidade geográfica, apresentando determinados
aspectos e características quando as relações espaciais têm importância essencial.
Na visão dos cartógrafos, os mapas são veículos que possibilitam a transmissão do
conhecimento. Por se tratar de uma representação gráfica que abrange uma dada
área, os mapas conseguem transmitir a visão subjetiva ou o conhecimento detido por
alguns acerca da região para muitos que, por vezes, nem a conhecem (Loch, op cit). O
conteúdo do mapa pode ser bastante amplo e variado, ou restrito e objetivo,
dependendo da finalidade para a qual for gerado. Analisando desta forma, cada mapa
é elaborado para transmitir um determinado conhecimento, respondendo a questões
específicas.
Segundo Bertin (1967) todo mapa nada mais é do que a transcrição gráfica
de uma tabela de dados, tentando resumir a informação para compreender melhor a
grande quantidade de dados ali contidos, normalmente agrupando-os por semelhança.
Estes dados podem ser representados de três formas no mapa, como ponto, linha ou
polígono, sendo estas então as possíveis primitivas geométricas do dado. Isto vai
depender da forma como o dado foi coletado, ou ainda das análises feitas a posteriori
(e.g. dados de temperatura coletados ponto a ponto, podem ser modificados para
linhas isotérmicas, ou ainda, por meio de uma interpolação dos dados, passar a
primitiva geométrica para polígono/área).
Ainda seguindo as idéias de Bertin (1967), não há mapas bons ou ruins,
mas sim aqueles que respondem ou não às questões nas quais a representação
gráfica fora baseada. Neste caso, é importante, antes de se gerar o mapa, saber
exatamente quais perguntas se pretende responder e seguir a recomendação do autor
no que diz respeito a optar pela simplicidade a fim de não se gerar mapas inúteis às
questões necessárias.
Dificilmente um problema poderá ser explicado por uma única variável,
surgindo então a necessidade de se gerar vários mapas que representem todas as
variáveis requeridas para a análise do assunto de interesse (FAO, 2009). Dentro da
cartografia têm-se os mapas de base (ou sistemáticos) e os temáticos. No primeiro, a
ênfase é dada na representação de objetos do espaço geográfico. Como exemplo,
temos os mapas topográficos, que por costume representam lagos, rios, estradas,
limites administrativos etc., procurando fornecer elementos genéricos de referência
geográfica. Estes mapas contam com regras rígidas quanto à simbologia utilizada na
representação dos atributos.
9
Por outro lado há os mapas temáticos, que são o foco deste trabalho, tem
a função de demonstrar conceitos, abstrações ou feições específicas da realidade.
Este tipo de mapa traz, geralmente, a distribuição espacial de um determinado
fenômeno, seja ele físico ou abstrato, sendo também chamados de mapas de
distribuição. Enfatizam um ou vários temas como geologia, clima, vegetação, aspectos
oceanográficos e até sócio-culturais e econômicos. São utilizados para representar
uma extensa gama de informações como fontes de poluição, variações climáticas,
distribuição de peixes e seus padrões de migração (FAO, 1986; Kraak & Ormeling,
2010). Este tipo de mapa, por sua vez, carece de regras rígidas de simbologia.
Todavia, um mapa temático é composto pela distribuição espacial de um
ou mais fenômenos sobre um mapa base. A função do último é fornecer a localização
do primeiro, situando-o e possibilitando o estabelecimento de relações entre o(s)
fenômeno(s) representado(s) e os elementos geográficos relevantes. Archela (2000
apud Sperb, 2007) diferenciou a cartografia temática e sistemática abordando os
principais pontos que distinguem estas duas dentro da sua concepção (Quadro 2).
Quadro 2: Cartografia sistemática x Cartografia temática. Fonte: Archela (2000 apud Sperb, 2007).
Cartografia sistemática Cartografia temática
Mapas topográficos com a representação do terreno
Mapas temáticos que representam qualquer tema
Atendem a uma ampla diversidade de propósitos
Atendem usuários específicos
Podem ser utilizados por muito tempo Geralmente os dados são superados com rapidez (natureza dinâmica)
Não requerem conhecimento específico para sua compreensão. Leitura simples
Requerem conhecimento específico para sua compreensão. Interpretação complexa
Elaborados por pessoas especializadas em cartografia
Geralmente elaborados por profissionais de outros campos de conhecimento
Utilizam cores de acordo com a convenção estabelecida para mapas topográficos
Utiliza cores de acordo com as relações entre os dados que apresenta
Uso generalizado de palavras e números para mostrar fatos
Uso de símbolos gráficos, especialmente planejados para facilitar a compreensão de diferenças quantitativas e qualitativas
Sempre servem de base para outras representações
Raramente servem de base para outras representações
10
1.3. Cartografia como meio de comunicação
A construção de mapas, mesmo que nos primórdios de forma bastante
rudimentar, sempre esteve presente na evolução da sociedade humana. Duarte (1994)
diz que mesmo em épocas remotas os mapas eram ferramentas de perpetuação de
conhecimento, com o propósito de administrar e racionalizar o uso do espaço
geográfico e seus recursos. Possuindo então função tripla, uma vez que registra, trata
e comunica a informação.
A partir da metade do século XX a cartografia começou a ser vista com
outros olhos além da simples representação do espaço geográfico. Esta função dos
mapas citada acima, que antes era percebida apenas na prática, ganhou importância
teórica e diversos pesquisadores passaram a estudar a teoria de como estes mapas
são percebidos e qual a sua real função na sociedade (Sperb, 2007). Com isso,
nasceram diversas teorias sobre o assunto.
É unânime que o mapa seja uma representação gráfica (imagem), e como
tal é vista por diversos pesquisadores além de um instrumento de pesquisa, como um
rico meio de comunicação para se passar uma mensagem. A imagem se mostra
superior ao texto pela sua característica de apreensão global e imediata, ela se impõe
ao leitor que a memoriza automaticamente. Sob esse aspecto, Bertin (1967) diz que a
imagem gráfica é uma forma significativamente percebida visualmente num só instante
de tempo. A utilização da imagem pode variar ao longo do tempo, com dependência
no contexto histórico, cultural e geográfico, além de estar intimamente ligado ao
momento e meio de veiculação desta imagem (Archela, 1999).
Porém, a imagem por si só não traz informação alguma se o observador
não compreende a sua linguagem, assim como um texto não traz informação se o
indivíduo não souber ler. A linguagem gráfica, por se tratar de um sistema de símbolos
gráficos, é composta por um significante (imagem) e seu significado (conceito). Isso
traz a ideia de que para a informação gráfica ser de fato compreendida, é necessário
um processo de aprendizagem. Ela não é natural nem espontânea. Possui uma
linguagem própria que precisa ser aprendida (Archela, 1999). É importante lembrar
que uma vez que o usuário tenta compreender a imagem, ele abandona o estado
passivo e se estabelece um processo de decodificação.
Segundo Montello (2002), a disciplina intitulada cognição2 cartográfica
aborda a aplicação de teorias e métodos cognitivos para entender os mapas e o
2 Cognição é o ato de aprender ou adquirir conhecimento, envolvendo a percepção, memorização e racionalização da informação.
11
processo de mapeamento, este autor faz uma extensa revisão de teorias cartográficas.
Para fins deste trabalho são particularmente relevantes os aspectos relativos ao
desenvolvimento de mapas, ou representação geoespacial. Montello (op cit) traz como
marco o livro The Look of Maps, publicado em 1952 de autoria de Arthur Robinson. Os
principais aspectos levantados pelo autor dizem respeito ao entendimento da
comunicação estabelecida pelos mapas, em que estão presentes dois processos
cognitivos diferentes: o do cartógrafo que codifica a mensagem que pretende
transmitir; e o do usuário que deve decodificar a informação recebida. Esta idéia é
formalizada por Kolacny (1977 apud Santil, 2001) que desenvolveu um esquema da
cartografia como sistema de comunicação (Figura 5). Esta referência serve de base
para trabalhos posteriores, que reconhecem a existência de duas realidades distintas
e parcialmente sobrepostas: a do cartógrafo e a do usuário. Assim, reconheceu-se que
eventualmente o usuário abstrai interpretações diferentes daquelas que foram
vislumbradas pelo cartógrafo. O que não se trata de uma má interpretação do mapa,
mas se refere ao estágio de cognição e experiência prévia do usuário.
Figura 5: Diagrama da transmissão de informação cartográfica de Kolacny (1977) adaptado por Santil (2001).
Uma vez reconhecida esta subjetividade envolvendo a interpretação da
informação cartográfica, Caracristi (2003) diz que a objetividade (monossemia3) é
garantida pelo processo criativo do mapa, em que não deve haver ambiguidade na
informação. Porém, há diferentes níveis de extração da informação por parte do
usuário, que depende da realidade e conteúdo mental deste (Figura 5). Esta abstração 3 Monossemia: qualidade de se ter apenas um significado.
12
por parte do usuário concede um grau de polissemia4 na interpretação. Extrapolando
este pensamento, pode-se ainda concluir que o mapa não comunica conhecimento,
mas o estimula e sugere (Montello, 2002).
1.4. Semiologia Gráfica
Idealmente, a linguagem gráfica nos mapas deve assumir uma
característica monossêmica a fim de se manter as informações contidas no mapa livre
de ambiguidades. Para isso, há de se pensar em como representá-las.
Preferencialmente, há de se aplicar a teoria da semiologia gráfica5 na construção dos
mapas, para que estes sejam “vistos” e não “lidos”, ou seja, imagens que possam ter
suas informações captadas imediatamente.
Na tentativa de formalizar a definição da simbologia associada a gráficos e
mapas Bertin propôs uma teoria de comunicação visual baseada no conceito de
variáveis visuais (semiologia gráfica). Montello (2002) garante que, apesar de a
princípio, Bertin não ter sua teoria fundamentada em nenhum postulado de psicologia
cognitiva, sua eficácia em transmitir a informação ficou evidenciada em alguns
trabalhos. E interpreta que talvez a principal razão para isso, é o fato de sempre
sugerir a utilização de símbolos simples, ao invés de simbologias complexas.
As representações visuais propostas por Bertin são na verdade formas de
expressão, com as quais pode-se evidenciar relações de diversidade (dissociativa,
associativa e seletiva), ordem e proporcionalidade intrínsecas ao tipo de dado e
necessidade de representação (Figura 6). Estas variáveis podem, então, ajudar o
produtor do mapa no momento de selecionar um esquema efetivo de simbologia, uma
vez que estabelece uma associação funcional entre os símbolos e tipos específicos de
dados (Hara, 1997). Sua aplicação de forma correta pode implicar na construção de
uma representação cuja linguagem seja monossêmica, evitando ruídos e
ambiguidades na comunicação da informação, numa situação ideal (Sperb, 2007).
4 Polissemia: qualidade de possuir mais de um sentido/significado. 5 Semiologia gráfica é uma teoria de linguagem visual para aplicação em gráficos e mapas, baseada nas experiências empíricas do francês Jacques Bertin, publicada em seu livro Semiologie Graphique de 1967.
13
Figura 6: Variáveis visuais segundo Bertin (1986 apud Santil, 2001).
1.5. Padronização de simbologia / Convenções Cartográficas
Jairosi (2001) diz que, com relação a dados geoespaciais, a padronização
de simbologia pode trazer consequências como o crescimento mútuo do entendimento
do dado geográfico entre diversos usuários (colaborando com o processo cognitivo).
Ela favorece a integração e combinação de dados geográficos e informações
relacionadas provindas de diferentes autorias, entre outras. A criação de padrões de
simbologia é de extrema importância na medida em que permite que qualquer usuário,
de qualquer parte do mundo, compreenda num instante as informações apresentadas
no mapa. Evidentemente, é necessário que o usuário esteja familiarizado com o
padrão utilizado, entrando em cena os processos cognitivos. Esta é, então, a base de
qualquer iniciativa de padronização: facilitar a cognição por meio de estímulos
previamente conhecidos (Gonçalves & Rodrigues, 2005). Além de facilitar a cognição,
a existência de padronização simbológica permite, ainda, a redução de tempo na
construção do mapa, já que a preocupação inerente a adequada comunicação
cartográfica já fora uma vez despendida. Reduzindo as fases de execução de um
mapa, reduz-se também o custo do processo (Sperb, 2007).
14
Em contrapartida a evidente importância da padronização de símbolos na
cartografia, diversos autores reconhecem que esta é praticamente inexistente para
mapas temáticos (para mapas gerais, ou topográficos, é facilmente encontrada). Isso
ocorre pela enorme gama de temas que podem ser abordados na cartografia temática,
impossibilitando a criação de convenções universais (Gonçalves & Rodrigues, 2005).
Archela (2007) sugere que uma possível causa para a falta de padronização é o fato
de que as pessoas que produzem os mapas temáticos são, na maioria das vezes,
especialistas no tema a ser representado no mapa e não em cartografia em si. Por
consequência, desconhecem a importância de todos estes aspectos relacionados a
simbologia na comunicação visual. Fato que é corroborado pela acelerada difusão das
tecnologias geoespaciais, que permite com que mapas sejam facilmente gerados por
qualquer pessoa. No entanto, isso traz falhas. Os mapas podem muitas vezes não
comunicar exatamente o que pretendia o autor devido a sua falta de conhecimento
acerca da teoria cartográfica. Neste contexto, o estabelecimento de convenções
cartográficas pode promover um importante avanço por estabelecer parâmetros e
critérios que deveriam ser observados na construção dos mapas, principalmente no
que concerne a simbologia dos fenômenos representados.
15
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
• Propor uma convenção cartográfica para a elaboração de mapas
temáticos para a atividade pesqueira.
2.2. Objetivos Específicos
• Levantar a existência de protocolos internacionais para padronização e
sistematização na representação de dados geoespaciais marinhos, bem como os tipos
de mapas temáticos comumente empregados na análise de pescarias, estoques
pesqueiros e variáveis ambientais correlacionáveis;
• Identificar os parâmetros e critérios utilizados nos mapas temáticos
levantados;
• Definir padrões e procedimentos de sistematização acerca dos
parâmetros identificados;
• Propor normas técnicas para representação de dados e geração de
mapas temáticos em forma de manual;
• Testar a aplicação das normas propostas em dados de uma pescaria do
sudeste e sul do Brasil.
16
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Elaboração da simbologia padrão
Os parâmetros abrangidos pela convenção proposta estão divididos em:
físico-químicos, biológicos, pesqueiros e sedimentológicos. Sendo estes
descriminados na Erro! Fonte de referência não encontrada.3.
Quadro 3: Parâmetros abrangidos pela convenção cartográfica proposta.
Físico-químicos: Biológicos: Pesqueiros: Sedimentológicos:
Temperatura da
água
Salinidade
pH
Oxigênio
dissolvido
Turbidez
Densidade de
indivíduos
Riqueza de
espécies
Diversidade
ecológica
Concentração
de clorofila
Captura
Esforço de
pesca
Captura por
unidade de
esforço de
pesca (CPUE)
Tamanho médio
de grão
Classificação do
sedimento
segundo
diagrama de
Shepard
Composição do
sedimento em
percentagem de
lama, silte,
argila, areia e
cascalho
Teor de
carbonato no
sedimento
Teor de matéria
orgânica no
sedimento.
Tais parâmetros foram selecionados por, além de demonstrar grande
relação com os estoques pesqueiros, serem alvos de trabalhos vinculados ao projeto
IGEPESCA que já estão sendo realizados ou serão num futuro próximo. Para cada
17
parâmetro foi definida a variável visual a ser utilizada, segundo os preceitos da
semiologia gráfica de Bertin.
Quando possível, foi estabelecida para cada parâmetro, uma escala de
valores, onde os máximos e mínimos foram baseados no que é possível ocorrer na
área do projeto ou na natureza, ou ainda seguindo alguma classificação internacional
existente.
Definidos os intervalos de ocorrência de cada parâmetro, este foi dividido
em classes e a cada uma foi atribuída uma simbologia. Cada padrão de simbologia foi
gerado com base numa extensa pesquisa e análise de diversos trabalhos que geraram
mapas dos parâmetros abrangidos por este trabalho. E ainda, trabalhos que abrangem
a teoria da comunicação por meio de mapas.
Além dos parâmetros em si, foram estabelecidos símbolos para feições
tais como a batimetria, continente, portos pesqueiros e pontos amostrais. E ainda a
padronização de legendas dos nomes dos estados, portos pesqueiros e oceano. Estas
feições são fundamentais para a localização ou como complemento da informação dos
fenômenos a serem comunicados pelos mapas, funcionando como o mapa base.
3.2. Construção do layout do mapa
Para os mapas gerados no âmbito do projeto IGEPESCA ficou
estabelecido também um layout6 padrão, contendo todos os elementos fundamentais
de um mapa (norte, escala, título, sistema de coordenadas geográficas etc.) e conta
ainda com os emblemas do projeto e do seu órgão fomentador, a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
O ambiente digital escolhido para o trabalho foi o ArcGIS® uma vez que
este se mostra um software bastante eficaz, amigável e largamente utilizado na
análise de dados geoespaciais e na geração de mapas. Os layouts estão em forma de
templates7, e contam com três tamanhos diferentes de folha para impressão (A4, A3 e
A0). Cada parâmetro conta então com o seu template próprio em todos os tamanhos
de folha, para ser representado individualmente.
6 Layout é um termo em inglês utilizado para denominar aparência e disposição geral dos elementos num mapa. 7 Template é um arquivo digital que contém o layout do mapa, para que o formato não tenha que ser recriado a cada vez que for utilizado.
18
3.3. Construção do catálogo de símbolos
O catálogo traz detalhadamente cada parâmetro ou feição com sua
classificação (quando aplicável), significado e simbologia. Este servirá de base para os
usuários da convenção, podendo assim reproduzir a simbologia aqui sugerida em
qualquer meio de geração de mapas.
A elaboração do catálogo esteve pautada por outros já existentes como o
Manual de Técnico “Convenções Cartográficas” do Exército Brasileiro, as normas
técnicas das Cartas de Sensibilidade ao óleo (Cartas SAO) do Ministério do Meio
Ambiente brasileiro e a Carta 12000 da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)
da Marinha do Brasil.
3.4. Manual
O manual (Apêndice I) é um texto claro e objetivo que foi desenvolvido no
intuito de guiar os futuros usuários das ferramentas, e sanar possíveis dúvidas acerca
da geração de mapas utilizando a convenção e layouts propostos. Sendo então um
texto de apoio aos usuários de forma que não seja indispensável a leitura da
dissertação para utilizar as ferramentas. Mas vale lembrar que a leitura da dissertação
e de suas referências é interessante para que se conheça também um pouco da teoria
cartográfica, para que assim os usuários se tornem críticos e ativos geradores de
mapas e não apenas reprodutores, e possam com o tempo sugerir aperfeiçoamentos
para esta convenção e soluções de outros problemas cartográficos.
3.5. Teste de aplicação da convenção proposta
A área de estudo é a mesma abrangida pelo projeto IGEPESCA: costa
sudeste e sul do Brasil. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo são os que compõem, então, a linha de
costa alvo do projeto. O setor pesqueiro nesta região tem elevada importância
ambiental, social e econômica e por isso um projeto interdisciplinar de tal porte é
extremamente bem vindo para entender a dinâmica que envolve os estoques
pesqueiros e o ambiente na região intencionando o planejamento e sustentabilidade
do setor de forma a manter sadios os estoques disponíveis.
Os dados foram disponibilizados pelo Grupo de Estudos Pesqueiros da
Universidade do Vale do Itajaí (GEP), e são referentes à frota industrial de arrasto
19
duplo do sudeste e sul do Brasil do ano de 2008. A frota foi classificada em quatro
classes de acordo com o tipo de permissão de pesca de cada embarcação e método
de conservação do pescado a bordo, sendo estas: a frota voltada à captura de peixes
demersais, de camarão sete-barbas e fauna acompanhante, camarão rosa e fauna
acompanhante (embarcações com porão frigorificado) e camarão-rosa e fauna
acompanhante (embarcações com conservação do pescado em gelo). Os dados
utilizados foram a captura desembarcada (kg), esforço (horas de arrasto) e captura por
unidade de esforço, CPUE (kg/hora de arrasto), de pesca de cada viagem.
O GEP espacializa as informações da pesca com base em quadrantes de
0,5 graus de latitude e longitude. Portanto, a informação de cada viagem (em termos
de produção desembarcada) vem dividida aritmeticamente nos quadrantes pelos quais
a embarcação pescou durante a viagem, e tem como expressão geográfica o
centroide do quadrante. Para gerar a representação dos dados agrupados para o ano
inteiro de 2008 foi utilizada a ferramenta Spatial Join do ArcGIS® com um shapefile da
malha de quadrantes. Esta ferramenta permite agrupar em índices (soma, média, valor
máximo ou mínimo etc.) todos os dados ocorrentes num determinado espaço.
Para a aplicação e validação dos símbolos propostos pela convenção,
foram, então, gerados mapas de distribuição de esforço de pesca (horas de arrasto)
no ano de 2008 para cada classe da frota de arrasto e de CPUE (kg/horas de arrasto)
para a frota de camarão-rosa, tanto a frigorificada como a que não possui frigorifico.
Por fim, foi discutido que tipo de conhecimento que se pode extrair deste tipo de mapa,
e as potencialidades dos mesmos.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Simbologias
É importante dizer que as escalas de valores aqui escolhidas para os
parâmetros foram baseadas na ocorrência destes no oceano Atlântico região sudeste
e sul do Brasil, já que o trabalho foi desenvolvido neste contexto. Para utilizar as
simbologias ora sugeridas basta padronizar a escala de valores adequada para a
região a ser representada, utilizando a mesma paleta de cores. Para saber como gerar
uma camada de simbologia padrão consulte o item “Gerando uma camada de
simbologia padrão” no Apêndice I.
4.1.1. Variável visual Cor
Apesar de não haver padronização para mapeamento temático, em
estudos oceanográficos, quando se faz necessário representar parâmetros físico-
químicos há uma tendência bastante forte de se utilizar a paleta de cores do arco-íris
do azul ao vermelho (Figura 7).
Figura 7: Variação de cores do azul ao vermelho.
O cérebro tem a capacidade de misturar naturalmente cores separadas,
por exemplo, numa paleta de cor onde as extremidades sejam amarela e azul (Figura
8), sabe-se que num ponto central se encontra o verde e a visão automaticamente
reconhece os tons intermediários. Essa propriedade visual é a base para a
representação tricromática (Bertin, 1967), em que se pode reconstruir todo o espectro
de cores através das cores primárias azul, verde e vermelho, de maneira a satisfazer
os mais diversos problemas de representação gráfica. Segundo Martinelli (1991) a
aplicação das cores tem um grande poder de comunicação, além de atuar sobre a
emotividade humana e ser uma realidade sensorial sempre presente. Bertin (1967)
ressalta, contudo, que apesar de ser uma ótima ferramenta de representação as cores
apresentam alguns pontos fracos em relação a outras simbologias tais como tamanho
e forma. Uma desvantagem seria em relação às pessoas que apresentam dificuldade
de diferenciar as cores. A outra estaria no fato de que a sua reprodução do mapa em
preto e branco compromete a representação, fato este que não compromete a
21
representação na cartografia digital. Porém, há casos em que outro meio de
representação não se mostraria tão eficiente quanto as cores e assim as suas
vantagens acabam por sobrepor as desvantagens.
Figura 8: Variação de cor do amarelo ao azul, passando pelo verde.
Esta variável visual é recomendada por Bertin (1967) para favorecer uma
percepção seletiva da distribuição do fenômeno, onde o olho consegue isolar os
elementos semelhantes num instante. Ou seja, percebendo e memorizando onde
ocorre cada categoria do fenômeno representado. Este é um possível motivo pelo qual
esta variável visual seja tão largamente utilizada para representar os parâmetros
ambientais, pois agrupa com facilidade áreas com características semelhantes (e.g.
regiões de mesma temperatura).
As paletas sugeridas são compostas então por três fases tricromáticas, a
primeira do azul para o verde, a segunda do verde para o amarelo e por último do
amarelo ao vermelho, lembrando a variação cromática do arco-íris. A associação das
cores gradualmente vai das mais frias (azul e verde), representando os valores mais
baixos do parâmetro, para as cores quentes como o vermelho, os valores mais altos,
conforme sugestões feitas por Bertin (1967). Apesar de todas as paletas seguirem o
mesmo padrão cromático, os valores foram editados para encaixar na paleta de forma
a ressaltar algumas características intrínsecas e desejáveis de serem diferenciadas de
cada parâmetro, favorecendo a diferenciação visual imediata para estes casos.
A priori o projeto IGEPESCA estará coletando os dados relativos aos
parâmetros oceanográficos por meio de uma sonda multiparâmetro e naturalmente
sua primitiva geométrica é pontual. Porém, com o avanço do projeto será possível
gerar interpolações dos dados adquiridos ao longo do tempo, e quando isto acontecer
é recomendado que as classes e simbologia sugeridas para a representação pontual
seja também utilizadas para a representação das interpolações, utilizando as cores e
classificação sugerida. De forma a não prejudicar o processo cognitivo ao utilizar
diferentes simbologias para o mesmo parâmetro. No caso dos projetos criados para o
ArcGIS® são apresentadas camadas padrão, utilizando a simbologia proposta, em
shapefile de pontos e em imagem raster.
22
4.1.1.1. Salinidade
A paleta de cor e escala de valores sugeridos para a representação da
salinidade da água pode ser visualizada na Figura 9. Os valores variam de 10 a 40,
em intervalos de 0,5. A escala de valor foi determinada em função da ocorrência do
parâmetro na área de estudo. É importante ressaltar que a salinidade 30 será
representada pela cor amarela e a 35 pela cor vermelha com a função de separar
visualmente águas com características costeiras (salinidade 30), das oceânicas
(salinidade 35).
Figura 9: Legenda sugerida de Salinidade.
Outros trabalhos utilizam a paleta de cor do azul ao vermelho para
representar a variação de salinidade nos oceanos (Figura 10). Porém a maioria utiliza
a escala de valores entre 30 e 40, por se tratar de trabalhos que englobam áreas
bastante grandes e, sobretudo, em regiões oceânicas, onde as variações deste
parâmetro são menores. Já na área de estudo do presente trabalho, por se tratar de
uma região costeira, a variação da salinidade pode ser mais significativa em áreas sob
influência de descarga fluvial. Sendo assim, para este trabalho a escala de valores
para a representação da variação de salinidade foi determinada com o valor mínimo
de 10. Abrangendo os limites mínimos e máximos observados por Magliocca et al
(1982) na costa sul do Brasil, 22 e 36 respectivamente.
Salinidade
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
23
4.1.1.2. Turbidez
Como pode ser observado da Figura 11 os valores de turbidez adotados
como limites para a escala proposta variam de 0 a 200 ntu, em intervalos de 5 ntu, e
foram determinados juntamente com especialistas em aquisição de dados físico-
químicos marinhos, respeitando a ocorrência natural na área de estudo (comunicação
pessoal com Jurandir Pereira Filho).
A
B
Figura 10: A) Mapa de salinidade do Atlântico Sul elaborado pela MercartorOcean. (Disponível em: <http://bulletin.mercator-ocean.fr/>) B) Primeiro mapaglobal de salinidade superficial dos oceanos elaborado a partir de dados desensoriamento remoto, no Projeto Aquarius da NASA. (Disponível em:<http://www.nasa.gov/mission_pages/aquarius/news/aquarius20110922.html>)
24
Figura 11: Simbologia sugerida para Turbidez.
4.1.1.3. Temperatura
A temperatura da água do mar, para o presente trabalho, é dada em graus
Celsius (ºC) e varia de 12 a 32 ºC, em intervalos de 0,5ºC. Com a simbologia sugerida
(Figura 12) águas mais profundas (aproximadamente 15ºC ou mais frias) podem ser
visualmente diferenciadas de águas superficiais (aproximadamente 25ºC ou mais
quentes) com facilidade uma vez que a primeira é representada por tonalidades mais
frias como o azul e a segunda por tons de amarelos, seguidos do laranja e vermelho
quanto maior a temperatura.
Figura 12: Simbologia sugerida para temperatura da água.
Diversos trabalhos utilizam mapas para representar a variação da
temperatura (principalmente a superficial) da água do mar, e a grande maioria
seleciona a paleta de cor do azul para o vermelho, mudando apenas a escala de
valores de acordo com a região de estudo. Como se pode observar na Figura 13,
trabalhos com pequena variação latitudinal acabam por restringir a escala de valores
com a intenção de realçar as pequenas variações de temperatura, uma vez que
latitudes iguais tendem a ter temperaturas semelhantes. Por outro lado, trabalhos que
abrangem áreas com maior extensão latitudinal se cercam de uma escala de valores
de temperatura maior, já que a variação latitudinal de temperatura é grande. A escala
de valores sugerida abrange as temperaturas ocorrentes na plataforma continental e
talude do Sudeste e Sul do Brasil segundo Castro et al (2006), que traz o limite inferior
de temperatura de 13ºC e limite superior de 27ºC.
0 25 50 75 100 125 150 175 200
Turbidez (ntu)
12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
Temperatura (°C)
25
Figura 13: A) Mapa de temperatura superficial dos oceanos da América do Sul, elaboradopelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (Disponível em: <http://satelite.cptec.inpe.br/tsm/>). B) Mapa de temperatura supercial do Atlântico Sulelaborado pela Mercartor Ocean (Disponível em: < http://bulletin.mercator-ocean.fr/html/welcome_fr.jsp>). C) Mapa de temperatura superficial elaborado pela NationalOceanic and Atmospheric Administration – NOAA (Disponível em: <http://www.ospo.noaa.gov/Products/ocean/sst/contour/index.html>).
A
B
C
26
4.1.1.4. Clorofila
Os limites para os teores de clorofila foram estabelecidos em 0 e 30 mg/m³
em intervalos em escala logarítmica (Figura 14), seguindo a escala numérica de
representação gráfica da Ocean Color da National Aeronautic and Spatial
Administration. A escala logarítmica para este parâmetro é a utilizada na sua
representação também pela National Oceanic and Atmospheric Administration –
NOAA (Figura 15), ambas as instituições têm renome em análise e distribuição de
dados oceanográficos. Esta escala permite observar variações no teor de clorofila em
águas com menor quantidade do pigmento, como variações significativas para áreas
ricas em clorofila, sendo o grande potencial desta simbologia. As cores neste caso
também variam segundo os tons do arco-íris.
Figura 14: Simbologia sugerida para Clorofila.
Clorofila (mg/m³)
0 0,01 0,03 0,1 0,3 1 3 10 30
A
B
Figura 15: A) Simbologia utilizada para concentração de clorofila pela OceanColor. B) Simbologia para concentração de clorofila utilizada pela NOAA
27
4.1.1.5. pH
Os valores de pH variam de 7 a 8,5 em intervalos de 0,1. Sendo estes os
possíveis de se ocorrer na água do mar, devido à sua enorme capacidade tampão.
Neste caso a disposição das cores se dá do vermelho para o azul (Figura 16), pois o
pH é um índice referente à quantidade de hidroxilas (H+) em uma solução aquosa e é
inversamente proporcional ao valor de pH, ou seja, quanto menor o pH maior a
quantidade de hidroxilas na solução.
Figura 16: Simbologia sugerida para pH.
Denman et al (2011) quando faz previsões acerca da acidificação dos
oceanos utiliza uma paleta e escala bastante parecidas (Figura 17). No caso da
presente padronização a escala de valor começa em 7 e não em 7,5 para dar uma
margem de segurança maior uma vez que o enfoque é costeiro e as águas
continentais podem afetar o pH em regiões específicas de descarga.
pH
7 7,3 7,6 7,9 8,2 8,5
Figura 17: Mapa de previsão de pH para o ano de 2100. Fonte: Denman et al.,2007.
28
4.1.1.6. Oxigênio dissolvido
A escala de valores determinada varia de 2 a 12 mg/l (estabelecido em
comunicação pessoal com Jurandir Pereira Filho), em intervalos de 0,2mg/l e as cores
variam do azul ao vermelho, onde o azul representa os menores valores, verdes e
amarelos valores intermediários e vermelho os maiores valores (Figura 18).
Figura 18: Simbologia sugerida para Oxigênio dissolvido.
Para distribuição de oxigênio dissolvido na água do mar é possível
encontrar trabalho como de Stramma et al. (2008) que traz um mapa de distribuição de
oxigênio em águas tropicais (Figura 19). Apesar de a unidade do parâmetro ser
diferente, o autor usa µmol/kg, o padrão de cores adotado é semelhante ao proposto.
Figura 19: Mapa de distribuição de oxigênio dissolvido em águas tropicais. Fonte: Stramma et al. (2008)
4.1.1.7. Tamanho médio de grão do sedimento
Tendo em vista que há diversas classificações de tamanho de sedimento
disponíveis, procurou-se utilizar a adotada pelo Laboratório de Geologia da
Universidade do Vale do Itajaí (Lab-Geo), já que este será responsável pelas amostras
<2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Oxigênio dissolvido (mg/l)
29
de sedimento do projeto IGEPESCA. Favorecendo, assim, a representação direta do
resultado da análise realizada. Para tanto, foram adotadas as classes de tamanho da
classificação de Wentworth (Anexo I), que é empregada no software de classificação
de sedimento SIGA, utilizado pelo Lab-Geo. O tamanho médio de grão varia de 0 a 4
mm (Figura 20), seguindo as classes de Wentworth. A variação de cor remete às cores
da simbologia (ver página 33) dos componentes granulométricos do sedimento silte,
areia e cascalho. O arranjo de cores e valores tem como referência o relatório do Setor
de Geociência do Governo Australiano (Passlow et al., 2005). O objetivo informativo
em se adotar a variável visual cor para este parâmetro é que áreas com semelhantes
tamanhos de grão sejam facilmente percebidas e agrupadas pela visão do usuário do
mapa.
Figura 20: Simbologia sugerida para o tamanho médio dos grãos de sedimento.
4.1.1.8. Classificação do sedimento
Assim como para o tamanho médio de grão, quando se classifica o
sedimento a intenção é de se agrupar unidades homogêneas, e como no mapa isso
deve ser facilmente percebido, se adotou a variação de cor também para a
classificação do sedimento. Foram adotadas as classes de sedimento do Diagrama de
Shepard (Figura 21), que também é empregado no software de classificação de
sedimento SIGA, utilizado pelo Lab-Geo, pelos mesmos motivos citados no item
anterior.
Tamanho médio do grão (mm)
0 - 0,002
0,002 - 0,004
0,004 - 0,008
0,008 - 0,016
0,016 - 0,031
0,031 - 0,063
0,063 - 0,125
0,125 - 0,25
0,25 - 0,5
0,5 - 1 1 - 2 2 - 4 >4
30
Figura 21: Diagrama de Shepard. Fonte: software SIGA.
Na intenção de remeter as cores desta simbologia às da caracterização
quanto à porcentagem de argila, silte e areia (ver página 33), que são os vértices do
Diagrama de Shepard, aqui foi adotado o amarelo para areia, vermelho para argila e
marrom para silte e as composições resultantes de mistura destes componentes
seguiu cores geradas pela mistura destas cores “primárias”. A Figura 22 traz o
diagrama de Shepard colorido de acordo com a simbologia sugerida. Passlow et al.
(2005) faz o mesmo jogo de mistura de cores, porém com diferentes cores primárias,
para representar graficamente o diagrama de Folk (Figura 23)
31
Figura 22: Simbologia sugerida para classificação de sedimentos segundo o diagrama de Shepard.
Figura 23: Diagrama de Folk e simbologia utilizada por Passlow et al. (2005)
4.1.2. Variável visual valor (intensidade de cor)
A variação da intensidade de cor (também chamada de luminosidade) é
uma progressão contínua que o olho percebe por uma série de tons de cinza indo do
preto ao branco (Figura 24). Essa progressão é independente da cor (matiz), podendo
ser variações de um azul claro para o escuro, assim como vermelhos ou verdes. E é
32
na realidade referente à quantidade de luz refletida que corresponde à sensação visual
do brilho de uma imagem.
Figura 24: Paleta de variação de intensidade de cor.
Bertin (1967) recomenda utilizar este tipo de variável visual para
demonstrar a ordem do fenômeno a ser representado. Ao utilizar esta propriedade em
simbologias cartográficas, geralmente o valor mais alto do fenômeno representado é
concedido ao preto. Os valores devem seguir uma ordem lógica ao longo da variação
de tons para que a representação contribua para uma percepção ordenada da
variável. Bertin op cit. ressalta ainda, que para uma percepção seletiva das cores por
variação de intensidade não deve haver mais do que seis ou sete degraus de valores
na classificação. Tal variação foi utilizada na representação de variáveis sedimentares,
pesqueiras e ecológicas, já que a intenção na representação destas variáveis é
mostrar aonde o parâmetro apresenta maiores e menores valores (ordem quantitativa).
4.1.2.1. Composição do Sedimento
Para a composição do sedimento a unidade considerada foi a
porcentagem do peso bruto da amostra que é composta por lama (soma de silte e
argila), silte, argila, areia e cascalho e ainda o teor de carbonato e matéria orgânica da
amostra também em porcentagem. Todas contam com a variável visual intensidade de
cor com a finalidade de ressaltar a menor ou maior contribuição (ordem) de cada
fração do sedimento, alterando apenas a matiz da cor para cada componente (Figura
25). As cores para representação da silte, areia, cascalho e carbonato têm como
referência o relatório do Setor de Geociência do Governo Australiano (Passlow et al.,
2005) (Figura 26).
33
Figura 25: Simbologias sugeridas para a caracterização do sedimento quanto a: A) Lama; B) Silte; C) Argila; D) Areia; E) Cascalho; F) Matéria orgânica; G) Carbonato.
Figura 26: Simbologias de representação da composição do sedimento. A) Lama; B) Areia; C) Cascalho; D) Carbonato. Fonte: adaptado de Passlow et al. (2005)
34
4.1.2.2. Dados pesqueiros
Para os parâmetros da pesca a variável visual intensidade de cor foi
adotada, pois a intenção geral destes tipos de mapa é transmitir a informação de onde
há mais (ou menos) captura, ou onde há mais barcos pescando, ou ainda onde a
abundância/eficiência (Captura por Unidade de Esforço de Pesca – CPUE) é maior,
entre outros. Diversos trabalhos utilizam esta variável visual para tais parâmetros
como é o caso de Stewart et al. (2010) que mapeou a densidade de barcos ao longo
da costa africana, ou Booth (2000) que representou o esforço de pesca em número de
redes de arrasto (A e B da Figura 27, respectivamente).
A
B
Figura 27: A) Mapa de densidade de barcos por área. Fonte: Stewart et al. (2010); B)Mapa de distribuição de esforço de pesca. Fonte: Booth (2000)
35
A análise pesqueira pode ser feita em diferentes escalas de tempo (i.e.
esforço de pesca total por mês, ou por ano) e com as mais diversas unidades,
dependendo tanto da arte de pesca (i.e. esforço de pesca expresso por número de
horas de arrasto, quando a pesca for de arrasto, ou número de pescadores, no caso
de vara e isca-viva) como do objetivo da análise (i.e. captura média por dias de pesca,
ou por litros de óleo diesel). Por este motivo é bastante delicada a situação de se
estabelecer uma escala fixa de valores para tais parâmetros para a representação
gráfica. Sendo assim, não se justifica a normalização absoluta de valores já que
limitaria o poder de análise. Normalizações relativas também teriam as mesmas
desvantagens representativas (perda de comparabilidade entre mapas de diferentes
escalas de valores dos dados) dos valores por si e, nesse caso, os valores absolutos
levam vantagem em relação à normalização relativa já que acaba por ser uma
informação a mais, já que um índice normalizado não teria muito significado na maioria
dos casos que envolvem a pesca.
Desta forma, a escala de valores para tais parâmetros fica a critério do
autor do mapa, determinando a unidade e variáveis para suprir as necessidades de
resposta às mais diversas questões que podem ser formuladas acerca do tema.
Ressalva-se que a falta de comparabilidade de valores absolutos em mapas não é
justificável num mesmo trabalho, tendo o autor a obrigação de gerar uma escala de
valores padrão que abranja todo o espectro de dados utilizados em suas análises.
Deste modo se garante que os mapas do trabalho possam ser prontamente
comparáveis, evitando casos como o trabalho de Sousa (2009) onde mapas que foram
criados com a finalidade de serem comparados uns aos outros, perderam este
potencial de comparabilidade visual imediata pela falta de padronização da escala de
valores utilizado (Figura 28).
36
Figura 28: Exemplo de mapas sem padronização da escala de valores. Fonte: Sousa (2009)
Apesar de não existirem valores fixos, a paleta de cor para cada parâmetro
foi padronizada (Figura 29) e uma vez que o objetivo principal destes mapas é
responder a questões referentes ao padrão de distribuição dos dados, esta
padronização de cores para a representação se faz suficiente para respondê-las numa
primeira instância. Porém havendo a necessidade se comparar mapas com diferentes
escalas de valores, a legenda deverá ser consultada e a análise comparativa visual
pode ser um pouco prejudicada dependendo do caso.
Figura 29: Simbologia sugerida para os parâmetros de pesca: Captura, Captura por Unidade de Esforço de Pesca (CPUE) e Esforço.
37
4.1.2.3. Densidade de indivíduos, diversidade ecológica e riqueza de espécies
Para a representação destes três parâmetros ecológicos (densidade de
indivíduos, riqueza de espécie e diversidade ecológica) são sugeridas paletas com
variação de intensidade de cor (Figura 30), já que o principal objetivo destas análises é
demonstrar onde há maiores e menores valores do parâmetro. Pelas mesmas razões
dos dados pesqueiros, nestes casos não foram estipulados escalas de valores já que
estes podem variar bastante dependendo do ambiente e classe de organismos
estudados.
Figura 30: Simbologia sugerida para parâmetros ecológicos: A) Densidade de indivíduos; B) Diversidade ecológica; C) Riqueza de espécies.
Walli et al (2009) utiliza tags por km² como unidade de densidade de
atuns monitorados no Atlântico Norte. A simbologia utilizada por este autor é a
variação de cores do azul para o rosa (Figura 31), o que segundo Bertin (1967) não
traz uma ideia imediata de ordem quantitativa.
Figura 31: Mapa de densidade de atuns em tags/km². Fonte: Walli et al(2009).
38
Outra possibilidade de representação de ordem quantitativa é a variação
de tamanho do símbolo, como Booth (2000) utiliza para representar a densidade de
Pterogymnus laniarius em diferentes estágio de vida na costa sul da África (Figura 32).
Apesar de correta segundo os princípios da semiologia gráfica, este tipo de
representação não foi utilizado por poluir visualmente o mapa mais que a
representação por variação de intensidade de cor.
Figura 32: Mapa de densidade de Pterogymnus laniarius em diferentes estágios de vida na costa sul africana. Fonte: Booth (2000).
39
Em casos que se faça necessário representar espacialmente o esforço de
amostragem realizado na coleta de dados destes parâmetros ecológicos, deve ser
utilizada a simbologia de esforço de pesca (ver Figura 29 na página 36)
4.2. Layout
O layout padrão para os mapas gerados no âmbito do IGEPESCA deve
conter os elementos básicos de um mapa como: título, escala gráfica, norte, legenda,
datum (SIRGAS-20008), grid do sistema de coordenadas geográficas e autor e ainda
alguns complementos como as logos do IGEPESCA e CAPES. A disposição padrão
dos elementos foi determinada como consta na Figura 33, isto, pois segundo Bertin
(1967), a leitura do mapa se dá verticalmente. Ou seja, olha-se de cima pra baixo ou
vice-versa, e por isso é interessante que os elementos essenciais ao entendimento do
mapa estejam em alguma destas extremidades e não nas laterais. Desta forma se
assegura que as informações importantes sejam vistas num primeiro olhar, garantindo
que o usuário do mapa tome conhecimento delas.
Os usuários do software ArcGIS contam com templates em tamanhos de
folha A0, A3 e A4 para cada parâmetro9 no apêndice digital. Neste caso basta o autor
incluir os seus dados no projeto do parâmetro e tamanho desejado e importar10 a
simbologia da layer modelo e seu mapa estará pronto e dentro dos padrões propostos
pela convenção.
Vale ressaltar que a escala do mapa pode ser alterada de acordo com a
abrangência geográfica do estudo realizado pelo usuário, de forma que a área
desejada fique em evidência no mapa. Outra questão importante é que, se necessário,
o mapa pode ser desmembrado, se tornando uma figura compacta para entrar no
corpo do texto do trabalho.
8 De acordo com a Resolução 1/2005 do Presidente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o SIRGA-2000 é o datum oficialmente utilizado na cartografia brasileira. 9 Exceto os parâmetros que o usuário deve estabelecer a escala de valores da simbologia dos dados para o seu trabalho. 10 Para saber como importar a simbologia leia o manual no apêndice.
40
Figura 33: Disposição sugerida dos elementos do mapa pela convenção.
41
4.3. Catálogo de símbolos
A versão final do cabeçalho do catálogo ficou configurada conforme a
Figura 34.
Figura 34: Cabeçalho do catálogo de simbologias.
Sendo então composto pelos seguintes campos:
Primitiva Geométrica: se refere ao modo de manifestação do
fenômeno a ser representado, podendo ser: pontual (ponto), linear (linha) ou zonal
(polígono).
Tipo de atributo: se o atributo é representado por números (numérico,
i.e. número de mamíferos avistados num determinado ponto) ou por texto (textual, i.e.
condição climática classificada em “céu aberto”, “nublado”, “chuvoso” etc). Um atributo
pode ser também lógico (Verdadeiro ou Falso).
Classe: nome do parâmetro representado (i.e. temperatura, clorofila,
avistagem de mamíferos marinhos etc).
Símbolo: a representação de cada classe do atributo no mapa. Uma
vez que o tamanho do símbolo pode variar de acordo com o tamanho da folha do
mapa, foi padronizado a utilização do símbolo no tamanho a ser utilizado num mapa
em folha A3.
Descrição: é a descrição da classe do atributo, explicitando o
significado de dado símbolo.
Intervalo de classe: uma vez que os atributos foram classificados,
aqui ficam registrados os valores mínimos (na coluna “mín”) e máximos (na coluna
“max”) contidos em cada classe. Quando o parâmetro não contar com intervalos de
classe, o valor do parâmetro estará na coluna “mín” e a legenda NA (não aplicável)
preencherá a coluna “máx”.
Tipo de símbolo: determina o que será utilizado na representação
visual do fenômeno (i.e. círculo, quadrado, triângulo, linha, uma imagem etc.)
Tamanho: determina o tamanho, em pontos (pts), do símbolo a ser
utilizado de acordo com o tamanho de folha a ser utilizado para o mapa (A4, A3 e A0).
Tipo de atributo
Min Max A4 A3 A0 R G B R G B
DESCRIÇÃO DO SÍMBOLOPrimitiva Geométrica
Classe
(parâmetro)Símbolo Descrição Referência
Espessura
de
contorno
Cor de preenchimento
Padrão de Preenchimento
Intervalo de classeTipo
Símbolo
Tamanho
Unidade ÂnguloContorno
S/N
Cor de contorno
42
Ângulo: define a angulação em que o símbolo será representado no
mapa (i.e. 0º, 45º, 90º etc.).
Contorno: define se o símbolo será contornado (S) ou não (N),
podendo ser opcional (OP).
Cor de contorno: caso o símbolo seja contornado, aqui é
determinada a cor do contorno apresentando seus valores em RGB. Caso o símbolo
não apresente contorno, esta coluna é nula.
Espessura de contorno: define a espessura do contorno do símbolo,
caso este seja contornado. Caso contrário, esta coluna é nula.
Cor de preenchimento: determina os valores de RGB da cor que
deverá preencher o símbolo.
Padrão de preenchimento: determina o padrão de preenchimento do
símbolo. Neste trabalho são utilizados apenas preenchimentos sólidos, para evitar que
texturas se confundam e/ou poluam visualmente o mapa.
Referência: cita as referências de trabalhos consultados para a
composição da simbologia do parâmetro.
O catálogo completo pode ser encontrado no final do Apêndice I.
4.4. Teste de aplicação da convenção
A gama de análises espaciais possíveis utilizando a convenção proposta é
enorme, limitada apenas pelo intelecto criativo e exploratório do autor. Como seria
impossível demostrar todas neste estudo de caso, foram selecionadas algumas em
que os dados foram disponibilizados para ilustrar a utilidade dos mapas padronizados.
Ressalta-se que as análises aqui feitas não podem ser consideradas como padrões
fixos destas pescarias, uma vez que são pontuais e não visam o entendimento das
causas e efeitos das distribuições de dados. Elas têm caráter apenas ilustrativo das
possibilidades de análises espaciais acerca da pesca.
No primeiro exemplo objetivou-se a comparação de uso de espaço pelas
frotas de arrasto permissionadas para a pesca do camarão sete barbas, camarão-rosa
(separada em frota que possui armazenamento do recurso por frigorífico e a que não
possui) e peixes demersais num mesmo período de tempo, no caso foi utilizado o mês
de julho de 2008. Para representar o uso espacial foi utilizado o esforço de pesca em
número de horas de arrasto por quadrante.
Analisando os mapas (Apêndice II) observa-se que o espaço utilizado
pelas frotas do camarão sete-barbas e a frota frigorificada do camarão-rosa é mais
43
concentrado que o de peixes demersais e camarão-rosa sem frigorifico, as quais são
mais distribuídas ao longo da costa. Os mapas podem indicar, por exemplo, quais
frotas apresentam maior sobreposição espacial e, em tese, maior potencial de conflito,
requerendo mais atenção dos gerenciadores de pesca. Outro fator que se observa é
que a pesca de arrasto acontece principalmente na plataforma continental, a não ser
por alguns arrastos feitos pela frota de peixes demersais na região do talude. Além
disso, é possível inferir sobre as áreas mais intensamente exploradas que são as
áreas de cor mais intensa e que talvez sejam as áreas que necessitem de mais
estudos para saber a situação dos estoques a fim de se garantir a manutenção destes.
No segundo exemplo (Apêndice III) foi utilizada apenas a frota de camarão
rosa, dividida em frigorificada e não frigorificada. Foi calculada a captura por unidade
de esforço (kg/hora de arrasto) média das espécies permissionadas (Camarão Rosa,
Camarão Barba-ruça e Camarão Santana) no ano de 2008, na intenção de comparar
os rendimentos de cada tipo de barco. É possível perceber que a frota não frigorificada
atua numa área maior que a frigorificada. Porém, além disso, se nota que quanto mais
costeiro o arrasto a tendência do rendimento é aumentar, sendo ainda maior na região
mais ao sul. Em diversos arrastos mais distantes da costa, a espécie permissionada
nem sequer foi capturada, indicando que possivelmente a espécie se restrinja a
regiões mais próximas à costa. Tal informação poderia servir, se for o caso, para
restringir a área de atuação dos barcos de acordo com a espécie-alvo permissionada.
Estas e diversas outras análises podem ser feitas na intenção de subsidiar
o gerenciamento das frotas pesqueiras e promover a manutenção dos estoques,
sendo que o fato de se contar com uma convenção cartográfica implica a facilidade de
comparação dos mapas e clareza na transmissão da informação.
44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recomenda-se que os futuros usuários da convenção proposta se
cerquem de conhecimento sobre cartografia para que sejam críticos e ativos no
sentido de aprimorar os mapas gerados para que fiquem cada vez mais objetivos na
transmissão da informação, de modo que qualquer pessoa possa entendê-los. Mapas
claros e compreensíveis são especialmente importantes quando são direcionados aos
tomadores de decisão, que na maioria das vezes não possuem conhecimento técnico-
científico em relação ao tema (pesca) necessitando do auxilio da comunidade
científica, sendo este o foco da maioria dos trabalhos no âmbito do projeto
IGEPESCA.
Sob o ponto de vista de pesquisas acadêmicas interdisciplinares, esta
convenção é um importante primeiro passo para a integração de informações geradas
por pesquisadores com diferentes especialidades integrantes do projeto IGEPESCA,
uma vez que a padronização da representação visual favorece a comparabilidade de
mapas de diferentes autorias, colaborando para que as informações sejam passíveis
de serem inter-relacionadas.
Porém, para uma interdisciplinaridade mais efetiva ainda há muito que
avançar em relação às padronizações, como por exemplo, a padronização e
sistematização de bancos de dados e metadados. Isto significa possibilitar que os
dados obtidos por diferentes fontes possam ser prontamente utilizados em análises de
qualquer pesquisador, além de diminuição de custos já que não será necessário
múltiplos esforços para aquisição de dados de mesma natureza. Esta utilização de
dados por diferentes pesquisadores permite que os dados sejam analisados por
diferentes pontos de vista, enriquecendo o conhecimento acerca do tema (ou temas
correlatos) e extraindo dos dados todas as informações que ele possa trazer,
valorizando os custos e mão-de-obra da aquisição dos dados.
45
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1
APÊNDICE I
MANUAL TÉCNICO – CONVENÇÃO CARTOGRÁFICA PARA CARTOGRAFIA
TEMÁTICA PESQUEIRA
Apresentação
A crescente abordagem ecossistêmica na pesca tem conduzido
pesquisadores e gestores a buscar uma visão geoespacial dos elementos que, direta
ou indiretamente, influenciam na manutenção dos estoques pesqueiros e no sucesso
das pescarias. Ao se incorporar a dimensão geográfica em estudos da problemática
pesqueira, automaticamente adota-se a cartografia temática como instrumento de
síntese e comunicação dos resultados encontrados. Porém, a ausência de
padronização da representação gráfica dos dados em mapas impossibilita, muitas
vezes, a comparação das informações contidas em diferentes mapas. Neste sentido,
propõe-se uma convenção cartográfica para representação de dados pesqueiros e
ambientais marinhos.
Neste contexto surgiu este manual que estabelece as normas para a
representação de dados marinhos, na forma de mapas temáticos pesqueiros.
A apresentação deste manual é dividida feita em partes que se
complementam:
(1) O Catálogo de Símbolos – que estabelece a forma, cor e
tamanho dos símbolos
(2) Tutorial de uso dos padrões para geração de mapas temáticos
no software ArcGIS®.
(3) DVD contendo os arquivos padrões para geração de mapas
temáticos no software ArcGIS®.
2
NOTA
Os usuários deste manual são solicitados a apresentar sugestões que
possam ampliar sua clareza e exatidão. Assim como proporcionar melhorias nos
esquemas simbológicos. As observações devem ser feitas aos coordenadores do
projeto IGEPESCA e/ou aos responsáveis técnicos deste manual.
3
SUMÁRIO
Parâmetros abrangidos ............................................................................................... 4
Entendendo o catálogo ............................................................................................... 5
Informações cartográficas importantes ....................................................................... 6
Sobreposição de informações ou coleção de mapas? ............................................... 6
Catálogo de símbolos ................................................................................................. 8
Alguns exemplos de mapas temáticos utilizando a convenção .................................. 9
Tutorial ...................................................................................................................... 26
Início....... ..................................................................... ..........................................26
Abrindo um projeto padrão .................................................................................... 26
Importando a simbologia da camada modelo ........................................................ 27
Gerando uma camada de simbologia padrão ....................................................... 29
4
Parâmetros abrangidos
Os parâmetros atendidos pela convenção cartográfica proposta são os
seguintes:
Físico-químicos: Página(s) Temperatura
Salinidade
pH
Oxigênio dissolvido
Turbidez
15 - 17
14 – 15
13 – 14
11 – 13
10 – 11
Biológicos:
Riqueza de espécies
Diversidade ecológica
Densidade de indivíduos
Concentração de clorofila
21
22
22
9 - 10
Pesqueiros:
Captura
Esforço de pesca
Captura por Unidade de esforço de pesca (CPUE)
20
21
21
Sedimentológicos:
Tamanho médio de grão
Classificação do sedimento segundo diagrama de Shepard
Composição do sedimento em percentagem de:
Lama (silte + argila)
argila
silte
areia
cascalho
Teor de carbonato no sedimento
Teor de matéria orgânica no sedimento.
19
20
19
18
18
18
18
17
17
Parâmetros referentes à água.
5
Entendendo o catálogo
O catálogo apresenta as seguintes informações:
Primitiva Geométrica: se refere ao modo de manifestação do
fenômeno a ser representado, podendo ser: pontual (ponto), linear (linha) ou zonal
(polígono).
Tipo de atributo: se o atributo é representado por números (numérico,
i.e. número de mamíferos avistados num determinado ponto) ou por texto (textual, i.e.
condição climática classificada em “céu aberto”, “nublado”, “chuvoso” etc). Um atributo
pode ser também lógico (Verdadeiro ou Falso).
Classe: nome do parâmetro representado (i.e. temperatura, clorofila,
avistagem de mamíferos marinhos etc).
Símbolo: a representação de cada classe do atributo no mapa. Uma
vez que o tamanho do símbolo pode variar de acordo com o tamanho da folha do
mapa, foi padronizado a utilização do símbolo no tamanho a ser utilizado num mapa
em folha A3.
Descrição: é a descrição da classe do atributo, explicitando o
significado de dado símbolo.
Intervalo de classe: uma vez que os atributos foram classificados,
aqui fica registrado os valores mínimos (na coluna “mín”) e máximos (na coluna “max”)
contidos em cada classe. Quando o parâmetro não contar com intervalos de classe, o
valor do parâmetro estará na coluna “mín” e a legenda NA (não aplicável) preencherá
a coluna “máx”.
Tipo de símbolo: determina o que será utilizado na representação
visual do fenômeno (i.e. círculo, quadrado, triângulo, linha, uma imagem etc.)
Tamanho: determina o tamanho, em pontos (pts), do símbolo a ser
utilizado de acordo com o tamanho de folha a ser utilizado para o mapa (A4, A3 e A0).
Ângulo: define a angulação em que o símbolo será representado no
mapa (i.e. 0º, 45º, 90º etc.).
Contorno: define se o símbolo será contornado (S) ou não (N),
podendo ser opcional (OP).
Cor de contorno: caso o símbolo seja contornado, aqui é
determinada a cor do contorno apresentando seus valores em RGB. Caso o símbolo
não apresente contorno, esta coluna é nula.
Espessura de contorno: define a espessura do contorno do símbolo,
caso este seja contornado. Caso contrário, esta coluna é nula.
6
Cor de preenchimento: determina os valores de RGB da cor que
deverá preencher o símbolo.
Padrão de preenchimento: determina o padrão de preenchimento do
símbolo. Neste trabalho são utilizados apenas preenchimentos sólidos.
Referência: cita as referências de trabalhos consultados para a
composição da simbologia do parâmetro.
Informações cartográficas importantes
Datum e sistema de coordenadas geográficas a serem utilizados:
SIRGAS 2000.
Quando os dados forem representados por quadrantes, as
dimensões destes devem ser, preferencialmente, de 0,5°x0,5°. Um shapefile com a
malha de quadrantes com estas dimensões se encontra disponível no DVD em anexo
(mapas A4\shapefiles\quadrante_meio_grau.shp).
A escala do mapa pode ser alterada de acordo com a abrangência
geográfica do estudo realizado pelo usuário, de forma que a área desejada fique em
evidência no mapa.
Se necessário, o mapa pode ser desmembrado, se tornando uma
figura compacta para entrar no corpo do texto do trabalho.
É importante dizer que as escalas de valores aqui escolhidas para os
parâmetros foram baseadas na ocorrência destes no oceano Atlântico região sudeste
e sul do Brasil, já que o trabalho foi desenvolvido neste contexto. Para utilizar as
simbologias ora sugeridas basta padronizar a escala de valores adequada para a
região a ser representada, utilizando a mesma paleta de cores. Consulte o item
“Gerando uma camada de simbologia padrão”.
Sobreposição de informações ou coleção de mapas?
Muitas vezes é necessário relacionar diferentes parâmetros para entender
a ligação entre eles de forma a aperfeiçoar o conhecimento acerca de ambos. Neste
caso qual a melhor opção, sobrepô-los num só mapa ou fazer um mapa para cada
parâmetro? Bertin diferencia os mapas em mapas para ver e mapas para ler, onde do
primeiro se extrai a informação logo num primeiro olhar, sendo um mapa para
representar a distribuição de apenas um fenômeno (responde, por exemplo, a
pergunta: onde acontece tal classe de dados?). Já o mapa para ler apresenta mais de
uma variável sobreposta e requer um tempo a mais para a sua interpretação. A visão
7
não consegue analisar cada variável separadamente, sendo necessário que o usuário
percorra cada local do mapa para perceber como os fenômenos se comportam
(responde a pergunta: em tal lugar, o que acontece?).
Desta forma é necessário saber a que tipo de pergunta se espera
responder com o mapa para optar por uma opção ou outra. O autor menciona ainda
que um mapa suporta uma determinada densidade de informações e que se deve ser
criterioso no momento desta escolha para que o objetivo do mapa não seja
comprometido. É fundamental a observação das primitivas geométricas (ponto, linha,
polígono) dos dados a serem representados sobrepostos, a fim de saber se a
representação simultânea é compatível. Dois fenômenos representados por polígonos,
por exemplo, não tem compatibilidade de representação conjunta se estes se
sobrepuserem.
Outro ponto importante a ser observado quanto às primitivas geométricas
dos dados é o senso lógico de qual camada deve estar em cima de qual. Em
fenômenos que se sobreponham, linhas e pontos devem estar acima de polígonos, por
exemplo, garantindo que todas as informações sejam passíveis de serem visualizadas.
Sempre evitando a utilização de transparência de camadas, já que este artifício pode
prejudicar a comparabilidade com outros mapas já que altera a coloração da
simbologia.
Leituras recomendadas:
Bertin, J. 1980. O teste de base da representação gráfica. Revista Brasileira de Geografia: 42(1): 160-182.
Ramroop, S. 1998. Appropriate Selection of Cartographic symbols in a GIS Environment in 10th Colloquium of the Spatial Information Research Centre, University of Otago, New Zealand.
Ramos, A. P. F. A. 2013. Proposta de uma convenção cartográfica para padronização de mapeamento temático pesqueiro. Dissertação de mestrado. UNIVALI.
8
CA
TÁ
LO
GO
DE
SÍM
BO
LO
S
9
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Sem teor de clorofila
0,00
0,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
145
0111
Sólido
Concentração
de clorofila >0 e
≤0,01 mg/m³
0,00
0,01
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
158
0155
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,01 e ≤0,02 mg/m³
0,01
0,02
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
139
0173
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,02 e ≤0,03 mg/m³
0,02
0,03
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
110
0189
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,03 e ≤0,04 mg/m³
0,03
0,04
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
750
204
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,04 e ≤0,05 mg/m³
0,04
0,05
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
330
222
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,05 e ≤0,06 mg/m³
0,05
0,06
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
011
227
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,06 e ≤0,07 mg/m³
0,06
0,07
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
059
235
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,07 e ≤0,08 mg/m³
0,07
0,08
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0108
240
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,08 e ≤0,09 mg/m³
0,08
0,09
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0161
247
Sólido
Concentração
de clorofila
>0,09 e ≤0,1 mg/m³
0,09
0,10
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0217
255
Sólido
Concentração
de clorofila >0,1
e ≤0,2 mg/m³
0,10
0,20
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
234
Sólido
Concentração
de clorofila >0,2
e ≤0,3 mg/m³
0,20
0,30
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
174
Sólido
Concentração
de clorofila >0,3
e ≤0,4 mg/m³
0,30
0,40
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
111
Sólido
Concentração
de clorofila >0,4
e ≤0,5 mg/m³
0,40
0,50
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
51Sólido
Concentração
de clorofila >0,5
e ≤0,6 mg/m³
0,50
0,60
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
8255
0Sólido
Concentração
de clorofila >0,6
e ≤0,7 mg/m³
0,60
0,70
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
60255
0Sólido
Concentração
de clorofila >0,7
e ≤0,8 mg/m³
0,70
0,80
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
110
255
0Sólido
Concentração
de clorofila >0,8
e ≤0,9 mg/m³
0,80
0,90
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
162
255
0Sólido
Concentração
de clorofila >0,9
e ≤1 mg/m³
0,90
1,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
212
255
0Sólido
Concentração
de clorofila >1 e
≤2 mg/m³
1,00
2,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
251
0Sólido
Concentração
de clorofila >2 e
≤3 mg/m³
2,00
3,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
204
0Sólido
Concentração
de clorofila >3 e
≤4 mg/m³
3,00
4,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
153
0Sólido
Concentração
de clorofila >4 e
≤5 mg/m³
4,00
5,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
106
0Sólido
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Primitiva Geométrica
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Referência
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Clorofila (continua)
Ocean
Color (NASA
)
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Concentração
de clorofila >5 e
≤6 mg/m³
5,00
6,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
600
Sólido
Concentração
de clorofila >6 e
≤7 mg/m³
6,00
7,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
130
Sólido
Concentração
de clorofila >7 e
≤8 mg/m³
7,00
8,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
227
80
Sólido
Concentração
de clorofila >8 e
≤9 mg/m³
8,00
9,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
199
30
Sólido
Concentração
de clorofila >9 e
≤10 mg/m³
9,00
10,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
171
30
Sólido
Concentração
de clorofila >10
e ≤20 mg/m³
10,00
20,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
143
00
Sólido
Concentração
de clorofila >20
e ≤30 mg/m³
20,00
30,00
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
115
00
Sólido
Turbidez ≥0 e ≤5 ntu
05
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
00
255
Sólido
Turbidez >5 e ≤10 ntu
510
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
2836
255
Sólido
Turbidez >10 e ≤15 ntu
1015
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
3856
255
Sólido
Turbidez >15 e ≤20 ntu
1520
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
4670
255
Sólido
Turbidez >20 e ≤25 ntu
2025
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
5188
255
Sólido
Turbidez >25 e ≤30 ntu
2530
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
56106
255
Sólido
Turbidez >30 e ≤35 ntu
3035
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
59124
255
Sólido
Turbidez >35 e ≤40 ntu
3540
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
59140
255
Sólido
Turbidez >40 e ≤45 ntu
4045
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
59160
255
Sólido
Turbidez >45 e ≤50 ntu
4550
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
56179
255
Sólido
Turbidez >50 e ≤55 ntu
5055
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
51197
255
Sólido
Turbidez >55 e ≤60 ntu
5560
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
41219
255
Sólido
Turbidez >60 e ≤65 ntu
6065
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
31236
255
Sólido
Turbidez >65 e ≤70 ntu
6570
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
255
Sólido
Turbidez >70 e ≤75 ntu
7075
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
69255
236
Sólido
Turbidez >75 e ≤80 ntu
7580
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
97255
221
Sólido
Turbidez >80 e ≤85 ntu
8085
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
120
255
201
Sólido
Turbidez >85 e ≤90 ntu
8590
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
143
255
186
Sólido
Turbidez >90 e ≤95 ntu
9095
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
158
255
169
Sólido
Turbidez >95 e ≤100 ntu
95100
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
173
255
150
Sólido
Turbidez >100 e ≤105 ntu
100
105
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
189
255
135
Sólido
Turbidez >105 e ≤110 ntu
105
110
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
201
255
120
Sólido
Turbidez >110 e ≤115 ntu
110
115
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
214
255
99Sólido
Turbidez >115 e ≤120 ntu
115
120
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
226
255
82Sólido
Turbidez >120 e ≤125 ntu
120
125
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
236
255
64Sólido
Turbidez >125 e ≤130 ntu
125
130
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
244
255
41Sólido
Turbidez >130 e ≤135 ntu
130
135
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
255
0Sólido
Turbidez >135 e ≤140 ntu
135
140
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
238
0Sólido
Turbidez >140 e ≤145 ntu
140
145
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
221
0Sólido
Turbidez >145 e ≤150 ntu
145
150
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
204
0Sólido
Turbidez >150 e ≤155 ntu
150
155
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
191
0Sólido
Turbidez >155 e ≤160 ntu
155
160
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
170
0Sólido
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Espessura
de
contorno
Clorofila (continuação)
Cor de preenchim
ento
Referência
Padrão de Preenchim
ento
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Turbidez (continua)
Primitiva Geométrica
ponto
Cor de contorno
!!!!!!! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
11
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Turbidez >160 e ≤165 ntu
160
165
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
153
0Sólido
Turbidez >165 e ≤170 ntu
165
170
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
244
140
0Sólido
Turbidez >170 e ≤175 ntu
170
175
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
123
0Sólido
Turbidez >175 e ≤180 ntu
175
180
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
102
0Sólido
Turbidez >180 e ≤185 ntu
180
185
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
850
Sólido
Turbidez >185 e ≤190 ntu
185
190
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
680
Sólido
Turbidez >190 e ≤195 ntu
190
195
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
420
Sólido
Turbidez >195 e ≤200 ntu
195
200
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
00
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
≥2 e ≤2,2 mg/l
2,0
2,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
3197
219
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>2,2 e ≤2,4 mg/l
2,2
2,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
46106
209
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>2,4 e ≤2,6 mg/l
2,4
2,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
57113
196
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>2,6 e ≤2,8 mg/l
2,6
2,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
67121
186
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>2,8 e ≤3 mg/l
2,8
3,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
73128
173
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>3 e ≤3,2 mg/l
3,0
3,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
78138
163
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>3,2 e ≤3,4 mg/l
3,2
3,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
83144
150
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>3,4 e ≤3,6 mg/l
3,4
3,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
86153
140
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>3,6 e ≤3,8 mg/l
3,6
3,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
87161
127
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>3,8 e ≤4 mg/l
3,8
4,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
91171
117
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>4 e ≤4,2 mg/l
4,0
4,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
89179
104
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>4,2 e ≤4,4 mg/l
4,2
4,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
89186
93Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>4,4 e ≤4,6 mg/l
4,4
4,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
88196
79Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>4,6 e ≤4,8 mg/l
4,6
4,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
86204
65Sólido
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Referência
Turbidez (continuação)
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Oxigênio dissolvido (continua)
! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
! ! ! !
!
! ! !
12
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Oxigênio dissolvido em
concentração
>4,8 e ≤5 mg/l
4,8
5,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
82214
49Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>5 e ≤5,2 mg/l
5,0
5,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
81224
29Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>5,2 e ≤5,4 mg/l
5,2
5,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
80230
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>5,4 e ≤5,6 mg/l
5,4
5,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
88230
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>5,6 e ≤5,8 mg/l
5,6
5,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
101
232
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>5,8 e ≤6 mg/l
5,8
6,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
108
232
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>6 e ≤6,2 mg/l
6,0
6,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
121
235
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>6,2 e ≤6,4 mg/l
6,2
6,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
130
237
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>6,4 e ≤6,6 mg/l
6,4
6,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
138
237
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>6,6 e ≤6,8 mg/l
6,6
6,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
152
240
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>6,8 e ≤7 mg/l
6,8
7,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
160
240
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>7 e ≤7,2 mg/l
7,0
7,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
174
242
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>7,2 e ≤7,4 mg/l
7,2
7,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
184
245
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>7,4 e ≤7,6 mg/l
7,4
7,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
196
245
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>7,6 e ≤7,8 mg/l
7,6
7,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
206
247
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>7,8 e ≤8 mg/l
7,8
8,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
214
247
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>8 e ≤8,2 mg/l
8,0
8,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
229
250
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>8,2 e ≤8,4 mg/l
8,2
8,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
252
0Sólido
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Oxigênio dissolvido (continua)
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Referência
!! ! ! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! !
13
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Oxigênio dissolvido em
concentração
>8,4 e ≤8,6 mg/l
8,4
8,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
252
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>8,6 e ≤8,8 mg/l
8,6
8,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
244
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>8,8 e ≤9 mg/l
8,8
9,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
227
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>9 e ≤9,2 mg/l
9,0
9,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
250
208
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>9,2 e ≤9,4 mg/l
9,2
9,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
194
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>9,4 e ≤9,6 mg/l
9,4
9,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
177
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>9,6 e ≤9,8 mg/l
9,6
9,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
159
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>9,8 e ≤10 mg/l
9,8
10,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
147
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração
>10 e ≤10,2 mg/l
10,0
10,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
242
129
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >10,2 e ≤10,4 mg/l
10,2
10,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
116
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >10,4 e ≤10,6 mg/l
10,4
10,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
100
0Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >10,6 e ≤10,8 mg/l
10,6
10,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
237
830
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >10,8 e ≤11 mg/l
10,8
11,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
237
710
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >11 e ≤11,2 mg/l
11,0
11,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
235
550
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >11,2 e ≤11,4 mg/l
11,2
11,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
232
390
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >11,4 e ≤11,6 mg/l
11,4
11,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
232
270
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >11,6 e ≤11,8 mg/l
11,6
11,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
230
110
Sólido
Oxigênio dissolvido em
concentração >11,8 e ≤12 mg/l
11,8
12,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
230
00
Sólido
pH ≥7 e ≤7,1
7,0
7,1
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
770
Sólido
pH >7,1 e ≤7,2
7,1
7,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
123
0Sólido
pH >7,2 e ≤7,3
7,2
7,3
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
166
0Sólido
pH >7,3 e ≤7,4
7,3
7,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
213
0Sólido
pH >7,4 e ≤7,5
7,4
7,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
255
0Sólido
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Oxigênio dissolvido (continuação)pH
(continua)
Referência
!!!!!! ! ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! ! ! ! !
14
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
pH >7,5 e ≤7,6
7,5
7,6
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
231
255
74Sólido
pH >7,6 e ≤7,7
7,6
7,7
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
199
255
120
Sólido
pH >7,7 e ≤7,8
7,7
7,8
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
161
255
164
Sólido
pH >7,8 e ≤7,9
7,8
7,9
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
112
255
210
Sólido
pH >7,9 e ≤8
7,9
8,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
0255
255
Sólido
pH >8 e ≤8,1
8,0
8,1
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
48207
255
Sólido
pH >8,1 e ≤8,2
8,1
8,2
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
59157
255
Sólido
pH >8,2 e ≤8,3
8,2
8,3
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
56109
255
Sólido
pH >8,3 e ≤8,4
8,3
8,4
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
4365
255
Sólido
pH >8,4 e ≤8,5
8,4
8,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
00
255
Sólido
Salinidade ≥10 e ≤10,5
10,0
10,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
42102
212
Sólido
Salinidade >10,5 e ≤11
10,5
11,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
52110
201
Sólido
Salinidade >11 e ≤11,5
11,0
11,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
62117
194
Sólido
Salinidade >11,5 e ≤12
11,5
12,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
68122
184
Sólido
Salinidade >12 e ≤12,5
12,0
12,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
73128
173
Sólido
Salinidade >12,5 e ≤13
12,5
13,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
77134
163
Sólido
Salinidade >13 e ≤13,5
13,0
13,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
82143
156
Sólido
Salinidade >13,5 e ≤14
13,5
14,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
84148
145
Sólido
Salinidade >14 e ≤14,5
14,0
14,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
87156
136
Sólido
Salinidade >14,5 e ≤15
14,5
15,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
87161
127
Sólido
Salinidade >15 e ≤15,5
15,0
15,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
89168
118
Sólido
Salinidade >15,5 e ≤16
15,5
16,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
90176
108
Sólido
Salinidade >16 e ≤16,5
16,0
16,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
90184
99Sólido
Salinidade >16,5 e ≤17
16,5
17,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
90191
88Sólido
Salinidade >17 e ≤17,5
17,0
17,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
89196
77Sólido
Salinidade >17,5 e ≤18
17,5
18,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
86204
65Sólido
Salinidade >18 e ≤18,5
18,0
18,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
83212
51Sólido
Salinidade >18,5 e ≤19
18,5
19,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
80219
37Sólido
Salinidade >19 e ≤19,5
19,0
19,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
78227
14Sólido
Salinidade >19,5 e ≤20
19,5
20,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
80230
0Sólido
Salinidade >20 e ≤20,5
20,0
20,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
88230
0Sólido
Salinidade >20,5 e ≤21
20,5
21,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
97232
0Sólido
Salinidade >21 e ≤21,5
21,0
21,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
104
232
0Sólido
Salinidade >21,5 e ≤22
21,5
22,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
113
235
0Sólido
Salinidade >22 e ≤22,5
22,0
22,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
121
235
0Sólido
Salinidade >22,5 e ≤23
22,5
23,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
130
237
0Sólido
Salinidade >23 e ≤23,5
23,0
23,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
138
237
0Sólido
Salinidade >23,5 e ≤24
23,5
24,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
148
240
0Sólido
Salinidade >24 e ≤24,5
24,0
24,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
156
240
0Sólido
Salinidade >24,5 e ≤25
24,5
25,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
166
242
0Sólido
Salinidade >25 e ≤25,5
25,0
25,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
174
242
0Sólido
Salinidade >25,5 e ≤26
25,5
26,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
184
245
0Sólido
Salinidade >26 e ≤26,5
26,0
26,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
192
245
0Sólido
Salinidade >26,5 e ≤27
26,5
27,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
202
247
0Sólido
Salinidade >27 e ≤27,5
27,0
27,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
210
247
0Sólido
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
pH (continuação) Salinidade (continua)
Referência
!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Salinidade >27,5 e ≤28
27,5
28,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
221
250
0Sólido
Salinidade >28 e ≤28,5
28,0
28,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
229
250
0Sólido
Salinidade >28,5 e ≤29
28,5
29,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
252
0Sólido
Salinidade >29 e ≤29,5
29,0
29,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
248
252
0Sólido
Salinidade >29,5 e ≤30
29,5
30,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
255
0Sólido
Salinidade >30 e ≤30,5
30,0
30,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
253
236
0Sólido
Salinidade >30,5 e ≤31
30,5
31,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
221
0Sólido
Salinidade >31 e ≤31,5
31,0
31,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
250
208
0Sólido
Salinidade >31,5 e ≤32
31,5
32,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
194
0Sólido
Salinidade >32 e ≤32,5
32,0
32,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
181
0Sólido
Salinidade >32,5 e ≤33
32,5
33,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
167
0Sólido
Salinidade >33 e ≤33,5
33,0
33,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
155
0Sólido
Salinidade >33,5 e ≤34
33,5
34,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
242
141
0Sólido
Salinidade >34 e ≤34,5
34,0
34,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
242
129
0Sólido
Salinidade >34,5 e ≤35
34,5
35,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
242
121
0Sólido
Salinidade >35 e ≤35,5
35,0
35,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
108
0Sólido
Salinidade >35,5 e ≤36
35,5
36,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
240
960
Sólido
Salinidade >36 e ≤36,5
36,0
36,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
237
830
Sólido
Salinidade >36,5 e ≤37
36,5
37,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
237
710
Sólido
Salinidade >37 e ≤37,5
37,0
37,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
235
590
Sólido
Salinidade >37,5 e ≤38
37,5
38,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
235
470
Sólido
Salinidade >38 e ≤38,5
38,0
38,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
235
350
Sólido
Salinidade >38,5 e ≤39
38,5
39,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
232
230
Sólido
Salinidade >39 e ≤39,5
39,0
39,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
230
110
Sólido
Salinidade >39,5 e ≤40
39,5
40,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
230
00
Sólido
Temperatura da água ≥12 e
≤12,5 °C
12,0
12,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
984
176
Sólido
NOAA
Temperatura da água >12,5 e
≤13 °C
12,5
13,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
1893
184
Sólido
Mercartor Ocean
Temperatura da água >13 e
≤13,5 °C
13,0
13,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
27102
194
Sólido
INPE
Temperatura da água >13,5 e
≤14 °C
13,5
14,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
38112
201
Sólido
Temperatura da água >14 e
≤14,5 °C
14,0
14,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
49122
212
Sólido
Temperatura da água >14,5 e
≤15 °C
14,5
15,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
61132
219
Sólido
Temperatura da água >15 e
≤15,5 °C
15,0
15,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
73144
230
Sólido
Temperatura da água >15,5 e
≤16 °C
15,5
16,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
88155
237
Sólido
Temperatura da água >16 e
≤16,5 °C
16,0
16,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
100
165
245
Sólido
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Salinidade (continuação) Temperatura (continua)
Referência
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!
16
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Temperatura da água >16,5 e
≤17 °C
16,5
17,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
115
178
255
Sólido
Temperatura da água >17 e
≤17,5 °C
17,0
17,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
105
207
255
Sólido
Temperatura da água >17,5 e
≤18 °C
17,5
18,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
92239
255
Sólido
Temperatura da água >18 e
≤18,5 °C
18,0
18,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
82255
232
Sólido
Temperatura da água >18,5 e
≤19 °C
18,5
19,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
69255
190
Sólido
Temperatura da água >19 e
≤19,5 °C
19,0
19,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
59255
140
Sólido
Temperatura da água >19,5 e
≤20 °C
19,5
20,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
46255
88Sólido
Temperatura da água >20 e
≤20,5 °C
20,0
20,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
43255
36Sólido
Temperatura da água >20,5 e
≤21 °C
20,5
21,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
81255
23Sólido
Temperatura da água >21 e
≤21,5 °C
21,0
21,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
126
255
13Sólido
Temperatura da água >21,5 e
≤22 °C
21,5
22,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
170
255
0Sólido
Temperatura da água >22 e
≤22,5 °C
22,0
22,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
191
255
0Sólido
Temperatura da água >22,5 e
≤23 °C
22,5
23,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
208
255
0Sólido
Temperatura da água >23 e
≤23,5 °C
23,0
23,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
225
255
0Sólido
Temperatura da água >23,5 e
≤24 °C
23,5
24,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
242
255
0Sólido
Temperatura da água >24 e
≤24,5 °C
24,0
24,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
251
0Sólido
Temperatura da água >24,5 e
≤25 °C
24,5
25,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
234
0Sólido
Temperatura da água >25 e
≤25,5 °C
25,0
25,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
217
0Sólido
Temperatura da água >25,5 e
≤26 °C
25,5
26,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
200
0Sólido
Temperatura da água >26 e
≤26,5 °C
26,0
26,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
183
0Sólido
Temperatura da água >26,5 e
≤27 °C
26,5
27,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
255
170
0Sólido
Temperatura da água >27 e
≤27,5 °C
27,0
27,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
149
5Sólido
Temperatura da água >27,5 e
≤28 °C
27,5
28,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
252
135
10Sólido
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Temperatura (continua)
Referência
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Temperatura da água >28 e
≤28,5 °C
28,0
28,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
250
121
15Sólido
Temperatura da água >28,5 e
≤29 °C
28,5
29,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
250
108
20Sólido
Temperatura da água >29 e
≤29,5 °C
29,0
29,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
9525
Sólido
Temperatura da água >29,5 e
≤30 °C
29,5
30,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
8227
Sólido
Temperatura da água >30 e
≤30,5 °C
30,0
30,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
247
7232
Sólido
Temperatura da água >30,5 e
≤31 °C
30,5
31,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
6137
Sólido
Temperatura da água >31 e
≤31,5 °C
31,0
31,5
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
5242
Sólido
Temperatura da água >31,5 e
≤32 °C
31,5
32,0
Circle
46
8Points
0N
‐‐
‐‐
245
4444
Sólido
Tipo de atributo
numérico
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 0 e 0,99 %
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 1 e 20 %
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
231
255
227
sólido
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 20 e 40 %
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
181
235
210
sólido
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 40 e 60 %
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
152
227
192
sólido
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 60 e 80 %
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
105
214
163
sólido
Teor de carbonato no
sedim
ento entre 80 e 100 %
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
63204
141
sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 0 e 0,99 %
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 1 e 20 %
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
187
209
144
sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 20 e 40 %
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
163
181
116
sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 40 e 60 %
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
140
156
90sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 60 e 80 %
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
117
130
66sólido
Teor de matéria orgânica no
sedim
ento entre 80 e 100 %
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
96107
45sólido
Temperatura (continuação) Carbonato Matéria orgânica
Primitiva Geométrica
Polígono
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
ponto
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Referência
!!!!!!!!
18
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Sedim
ento composto de 0 a
0,99 % por cascalhos
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Sedim
ento composto de 1 a 20
% por cascalhos
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
230
254
255
sólido
Sedim
ento composto de 20 a
40 % por cascalhos
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
191
243
245
sólido
Sedim
ento composto de 40 a
60 % por cascalhos
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
117
221
224
sólido
Sedim
ento composto de 60 a
80 % por cascalhos
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
40194
199
sólido
Sedim
ento composto de 80 a
100 % por cascalhos
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
0177
186
sólido
Sedim
ento composto de 0 a
0,99 % por areia
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Sedim
ento composto de 1 a 20
% por areia
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
255
222
sólido
Sedim
ento composto de 20 a
40 % por areia
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
250
250
157
sólido
Sedim
ento composto de 40 a
60 % por areia
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
234
0sólido
Sedim
ento composto de 60 a
80% por areia
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
213
0sólido
Sedim
ento composto de 80 a
100 % por areia
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
183
0sólido
Sedim
ento composto de 0 a
0,99 % por silte
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Sedim
ento composto de 1 a
20 % por silte
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
200
174
214
sólido
Sedim
ento composto de 20 a
40 % por silte
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
170
136
186
sólido
Sedim
ento composto de 40 a
60 % por silte
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
143
103
161
sólido
Sedim
ento composto de 60 a
80 % por silte
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
117
72135
sólido
Sedim
ento composto de 80 a
100 % por silte
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
9344
112
sólido
Sedim
ento composto de 0 a
0,99 % por argila
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Sedim
ento composto de 1 a 20
% por argila
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
245
211
203
sólido
Sedim
ento composto de 20 a
40 % por argila
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
237
183
171
sólido
Sedim
ento composto de 40 a
60 % por argila
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
230
155
140
sólido
Sedim
ento composto de 60 a
80 % por argila
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
222
129
111
sólido
Sedim
ento composto de 80 a
100 % por argila
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
214
104
81sólido
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Primitiva Geométrica
Polígono
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
SiltePasslow et al (2005)
Passlow et al (2005)
Referência
Cascalho Areia Argila
19
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Sedim
ento composto de 0 a
0,99 % por lama
00,99
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Sedim
ento composto de 1 a 20
% por lama
120
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
237
219
192
sólido
Sedim
ento composto de 20 a
40 % por lama
2040
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
219
200
171
sólido
Sedim
ento composto de 40 a
60 % por lama
4060
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
186
165
132
sólido
Sedim
ento composto de 60 a
80 % por lama
6080
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
161
137
106
sólido
Sedim
ento composto de 80 a
100 % por lama
80100
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
135
112
82sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0 e 0,002 mm
00,002
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
135
112
82sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,002 e 0,004
0,002
0,004
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
161
137
106
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,004 e 0,008
0,004
0,008
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
186
165
132
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,008 e 0,016
0,008
0,016
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
201
180
151
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,016 e 0,031
0,016
0,031
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
219
200
171
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,031 e 0,063
0,031
0,063
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
237
219
192
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,063 e 0,125
0,063
0,125
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
255
222
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,125 e 0,25
0,125
0,25
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
250
250
157
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,25 e 0,5
0,25
0,5
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
234
0sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 0,5 e 1 mm
0,5
1Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
213
0sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 1 e 2 mm
12
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
183
0sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento entre 2 e 4 mm
24
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
132
143
245
sólido
Tamanho médio do grão de
sedim
ento maior que 4 mm
4Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
40194
199
sólido
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Padrão de Preenchim
ento
Cor de preenchim
ento
Espessura
de
contorno
Cor de contorno
Contorno
S/N
Ângulo
Unidade
Tamanho
Tipo
Símbolo
Polígono
Primitiva Geométrica
Descrição
Símbolo
Classe
(parâm
etro)
Intervalo de classe
Passlow et al (2005)
Passlow et al (2005)
Referência
Tamanho médio de grãoLama
20
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Areia
1NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
255
0sólido
Areia argilosa
2NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
170
0sólido
Argila arenosa
3NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
850
sólido
Argila
4NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
255
00
sólido
Argila síltica
5NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
196
1310
sólido
Silte argiloso
6NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
138
2720
sólido
Silte
7NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
8040
30sólido
Silte arenoso
8NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
138
112
20sólido
Areia síltica
9NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
196
184
10sólido
Areia síltico argilosa
10NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
224
202
121
sólido
Argila síltica arenosa
1111
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
224
126
101
sólido
Silte argilo arenoso
1212
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
138
110
101
sólido
Valor mínim
o de captura por
pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
204
255
204
sólido
1º Valor interm
ediário de
captura por pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
176
247
171
sólido
2º Valor interm
ediário de
captura por pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
150
240
141
sólido
3º Valor interm
ediário de
captura por pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
123
232
111
sólido
4º Valor interm
ediário de
captura por pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
94222
82sólido
5º Valor interm
ediário de
captura por pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
62214
51sólido
Valor máxim
o de captura por
pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
14204
14sólido
Classificação do sedimento por Shepard Captura
Primitiva Geométrica
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Polígono
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Referência
21
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Valor mínim
o de CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
204
255
sólido
1º Valor interm
ediário de
CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
247
176
246
sólido
2º Valor interm
ediário de
CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
240
146
238
sólido
3º Valor interm
ediário de
CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
230
117
228
sólido
4º Valor interm
ediário de
CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
219
88217
sólido
5º Valor interm
ediário de
CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
209
54207
sólido
Valor máxim
o de CPUE
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
199
0199
sólido
Valor mínim
o de esforço de
pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
204
204
sólido
1º Valor interm
ediário de
esforço de pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
174
163
sólido
2º Valor interm
ediário de
esforço de pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
144
125
sólido
3º Valor interm
ediário de
esforço de pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
250
114
90sólido
4º Valor interm
ediário de
esforço de pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
242
8561
sólido
5º Valor interm
ediário de
esforço de pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
232
5232
sólido
Valor máxim
o de esforço de
pesca
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
219
00
sólido
Valor mínim
o de Riqueza de
espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
255
115
sólido
1º Valor interm
ediário de
Riqueza de espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
235
235
108
sólido
2º Valor interm
ediário de
Riqueza de espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
214
214
101
sólido
3º Valor interm
ediário de
Riqueza de espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
194
194
93sólido
4º Valor interm
ediário de
Riqueza de espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
176
176
86sólido
5º Valor interm
ediário de
Riqueza de espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
156
156
78sólido
Valor máxim
o de Riqueza de
espécies
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
138
138
69sólido
Primitiva Geométrica
Captura por Unidade de Esforço
(CPUE)Esforço Riqueza de Espécies
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Referência
Polígono
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
Contorno
S/N
Cor de contorno
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
22
Tipo de atributo
numérico
Min
Max
A4A3A0
RG
BR
GB
Valor mínim
o de Diversidade
ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
235
204
sólido
1º Valor interm
ediário de
Diversidade ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
215
168
sólido
2º Valor interm
ediário de
Diversidade ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
193
135
sólido
3º Valor interm
ediário de
Diversidade ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
173
102
sólido
4º Valor interm
ediário de
Diversidade ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
252
157
73sólido
5º Valor interm
ediário de
Diversidade ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
247
136
45sólido
Valor máxim
o de Diversidade
ecológica
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
240
118
5sólido
Valor mínim
o de Densidade
de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
255
255
128
sólido
1º Valor interm
ediário de
Densidade de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
252
224
98sólido
2º Valor interm
ediário de
Densidade de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
247
195
72sólido
3º Valor interm
ediário de
Densidade de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
242
167
46sólido
4º Valor interm
ediário de
Densidade de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
196
109
27sólido
5º Valor interm
ediário de
Densidade de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
150
5812
sólido
Valor máxim
o de Densidade
de indivíduos
‐‐
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S110
110
110
1 pt
107
61
sólido
Atributo Zero
Valor do atributo mapeado
igual a zero
00
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
opcional
110
110
110
1 pt
178
178
178
sólido
Brasil
Área territorial do Brasil com
suas divisões estaduais.
NA
NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S130
130
130
0,13 pt
211
255
190
sólido
América do Sul
Área territorial da América
Latina com as divisões
federais.
NA
NA
Preenchi
mento
NANANA
NA
NA
S204
204
204
0,2 pt
233
255
190
sólido
Primitiva Geométrica
Diversidade ecológica Densidade de indivíduos
Referência
Espessura
de
contorno
Cor de preenchim
ento
Padrão de Preenchim
ento
Polígono
Classe
(parâm
etro)
Símbolo
Descrição
Intervalo de classe
Tipo
Símbolo
Tamanho
Unidade
Ângulo
DESCRIÇÃO DO SÍM
BOLO
Contorno
S/N
Cor de contorno
23
24
Alguns exemplos de mapas temáticos utilizando a convenção
25
26
Tutorial
Início
Os passos aqui apresentados destinam-se ao ambiente do software
ArcGIS®. Caso trabalhe com outro ambiente de informação geográfica utilize o
catálogo de simbologias para adequar a simbologia padrão ao ambiente utilizado. No
catálogo é possível obter os detalhes de cada símbolo utilizado para que este possa
ser reproduzido em qualquer plataforma.
Abrindo um projeto padrão
Os projetos (arquivos .mxd do ArcGIS®) estão divididos em pastas pelo
tamanho da folha a ser utilizada (A0, A3 e A4), dentro da pasta de mapas do tamanho
desejado há duas outras pastas denominadas layout e shapefiles, onde na primeira
estão os projetos em si, sendo um projeto para cada parâmetro a ser representado
(ver organização na Figura 35), e o segundo são os arquivos utilizados nos projetos.
Os arquivos desta segunda pasta não deverão ser alterados, com a pena de afetar a
integridade dos projetos.
Figura 35: Localização dos projetos.
Se ao abrir um projeto aparecer um ponto de exclamação (Figura 36) ao
lado do nome da camada (layer) e esta não for desenhada, clique no ponto de
exclamação e indique o arquivo que o programa deve usar para desenhar as feições.
Neste caso os aquivos necessários estarão na pasta shapefiles.
Figura 36: Aviso de arquivo não encontrado.
Uma vez que o projeto esteja aberto adicione os dados a serem
representados no mapa. Estes devem estar em formato shapefile (.shp) ou raster
(.img).
27
Pratique: No DVD em anexo, siga o caminho da figura 1 e abra o arquivo
igepesca_A4_EXERCICIO.mxd que se encontra no diretório Layout.
Em seguida, clique no botão e adicione ao mapa o shapefile
exercício que está no diretório Shapefiles.
Importando a simbologia da camada modelo
Com os dados carregados o próximo passo é importar a simbologia
modelo para os seus dados. Para isso vá até a janela de propriedades dos seus
dados, na aba referente à simbologia clique no ícone Import (veja Figura 37),
aparecerá uma janela (Figura 38) onde deve ser selecionada a camada modelo da
qual se deseja importar a simbologia.
Figura 37: Janela de propriedades de camada.
28
Figura 38: Janela de seleção da camada modelo.
Em seguida, abrirá uma janela como a da Figura 39, onde deve ser
selecionada a coluna na qual os dados a serem representados estão dispostos na
tabela.
Figura 39: Janela de seleção do campo de atributo a ser representado.
Vale lembrar que a simbologia só poderá ser importada entre iguais
formatos de arquivo de representação dos dados, ou seja, um shapefile de pontos só
pode importar/exportar a sua simbologia para outro shapefile de pontos, isso ocorre
para todos os outros tipos de arquivo.
Pensando nisso as camadas modelo foram feitas em dois formatos:
imagem (raster) e pontos (shapefile), exceto para os parâmetros sedimentológicos.
Estes contam apenas com camada modelo em raster já que estes são usualmente
analisados por meio de imagens geradas por interpolações dos dados.
29
Pratique: Importe a simbologia da camada Temperatura, para a camada
Exercicio, utilizando a coluna RasterValue.
Gerando uma camada de simbologia padrão
No caso dos parâmetros em que a convenção não determina a escala de
valores, o autor do mapa terá que gerar a sua própria simbologia utilizando os valores
abrangidos em seu trabalho e os padrões de cores determinados pela convenção.
O primeiro passo é gerar um arquivo no formato desejado que contenha
toda a gama de valores que deverá entrar na simbologia. Para exemplificar suponha
que será feita uma simbologia que abranja capturas totais por pesca de 1 a 70
toneladas. Neste caso, o arquivo deve conter dados com valores de 1 a 70.
Então deve ser feita a classificação dos dados. Na aba Simbology da
janela de propriedade da sua camada selecione a opção Quantities11 (quantidade) e
então a Graduated colors (cores graduadas) logo abaixo. Então aparecerão as opções
como na Figura 40, onde no campo value (valor) deve ser selecionada a coluna da
tabela de atributos que contenha os dados a serem representados. O próximo passo é
classificar os dados clicando no botão classify que abre a janela de classificação. Nela
deverão ser estabelecidos quantos intervalos a classificação deverá ter e qual o
tamanho das classes. Vale lembrar que Bertin (1967) adverte que quando se usa a
variável visual intensidade de cor para a simbologia, que é o nosso caso, não se deve
ter mais de seis ou sete classes se a intenção é que a diferença visual entre as cores
seja evidente.
11 No caso de arquivos raster aparecerá apenas a opção Classified e não terá o campo value a ser determinado, o procedimento para classificação é o mesmo.
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Figura 40: Janela de simbologia.
Uma vez realizada a classificação automaticamente volta-se para a janela
da Figura 40 onde agora aparecerão as classes determinadas, as cores e legendas
atribuídas a cada uma no campo em evidência na Figura 41. Para alterar as cores
atribuídas a cada classe basta dar dois cliques em cima da cor e determinar a cor de
acordo com o estabelecido pela convenção para o parâmetro desejado (ver catálogo
de símbolos). Já para alterar a legenda, basta clicar na legenda que a opção de alterar
o texto é automática.
Figura 41: Campo de símbolos, classes e legendas.
Pratique: Edite a tabela de atributos do shapefile exercício, de forma que nas duas
primeiras linhas da coluna exercício contenham os valores máximo e mínimo da
distribuição desejada. Para o exercício utilize os valores 1 e 70. Feito isto, siga os
passos para classificar os dados. Gere sete classes distribuídas homogeneamente.
Em seguida, consulte o catálogo de símbolos e atribua a simbologia para captura.
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APÊNDICE II
Distribuição de esforço de pesca das frotas de arrasto-duplo no sudeste-sul do Brasil no mês de julho de 2008.
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APÊNDICE III
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ANEXO I
Escala granulométrica utilizada como referência para simbologia de tamanho médio de grão.