Projeto Trabalhando o herói e o super-herói_Profs. Vinicius, Luiz Felipe e Alcione
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FACULDADE PORTO-ALEGRENSEVIII Fórum Fapa
IX MEP – Mostra de Experiências PedagógicasProfessores dos Ensinos Fundamental e Médio
Minioficina
Trabalhando os conceitos de herói,Trabalhando os conceitos de herói,
super herói e anti-herói:super herói e anti-herói:
perspectivas perspectivas interdisciplinareinterdisciplinare
s...s...
...e aspectos ...e aspectos de cultura de de cultura de
massa...massa...
...na ...na leitura leitura
de HQ’S.de HQ’S.
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ESCOLA LUTERANA DE ENSINO MÉDIO MARTINHO LUTERO(Cachoeirinha, RS)
Vinicius da Silva Rodrigues- Redação e Literatura & Cultura da Arte - Graduando em Licenciatura em Letras (UFRGS);Luiz Felipe Hallmann Piccoli- Filosofia- Mestrando em Filosofia (UNISINOS)Alcione Eidam- Ensino Religioso- Reverendo, graduado em Teologia (ULBRA)
PROFESSORES ENVOLVIDOS:
2º ANO NO ENSINO MÉDIO – TURMA 201
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UM DESEJO, UM PROJETO...
Este trabalho parte da motivação pedagógica de vincular aos estudos escolares gêneros de massa, da cultura e da arte, que possam dialogar com o conhecimento erudito e/ou científico fixado dos currículos escolares; o gênero
em questão são as apaixonantes Histórias em Quadrinhos. Sendo assim, o diálogo mais presente deste projeto é com o fazer literário, entretanto, seus temas e sub-temas são facilmente encontrados nas narrativas populares e de fundação, bem como em aspectos do
cotidiano. Basicamente, busca-se a formação da subjetividade e da sensibilidade a partir da reflexão sobre
um conceito formador de nossa sociabilidade: a representação do herói.
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ETAPAS DESENVOLVIDAS:
1) Apresentação dos conceitos de herói e anti-herói à luz da historiografia literária do século XIX;
2) Apresentação do gênero HQ e seu sub-gênero “Histórias de Super-herói”;
3) Integração do conceito de sujeito heroico ao jargão de sala de aula: diferenças entre herói, super-herói e anti-herói;
4) Estudo de narrativas mitológicas e bíblicas;
5) Incorporação de temas transversais:- O gênero HQ - A imagem como um texto- Conceito de graphic novel - Quadrinhos na sala de aula - Ética - Moral- Heroísmo/ato heroico - Relações com o cotidiano
6) Articulação dos temas em torno do filme Corpo Fechado, de M. Nigth Shyamalan;
7) Encaminhamento de leitura de HQ’S.
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• KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Ática, 1987. Série princípios.
UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BÁSICA:
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O HERÓI ROMÂNTICO
Peri – O Guarani, de José de Alencar; I-Juca Pirama, de
Gonçalves Dias
• Idealizado• Ideal de pureza moral• Ciente de uma missão• Convicção na bondade• Destacável em seus atos
individuais• Pensa no coletivo
O ANTI-HERÓI REALISTA, O PÍCARO
(CANDIDO, 2004)
Leonardinho – Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel
Antonio de Almeida;
• Vinculado à realidade• Amoral – “os fins justificam os
meios”• Imperfeições• Convicção de uma necessidade• Defeitos e ações arbitrárias• Individualista
INTRODUZINDO O TEMA...
...EM LITERATURA & CULTURA DA ARTE
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O QUE É UMA NARRATIVA?
Narrar é contar algo. Trata-se de um tipo textual que pode estar presente em diferentes gêneros textuais: - Na LÍRICA, quando séra
denominada poesia narrativa;- Nas NARRATIVAS ORAIS, os conhecidos “causos”, as lendas, etc;- Nos CONTOS, CRÔNICAS OU ROMANCES;- Nas CANÇÕES;-No gênero HISTÓRIA EM QUADRINHOS
ELEMENTOS NARRATIVOS:
Personagens
Tempo
Espaço
Fatos/acontecimentos
Narrador (em primeira pessoa ou em terceira pessoa).
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“Há gêneros constitucionalmente híbridos, por exemplo o grafite e os
quadrinhos (...) Lugares de intersecção entre o visual e o literário, o culto e o popular,
aproximam o artesanal da produção industrial e da circulação massiva.”
(CANCLINI, 1998, p. 336).
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PROPOSTA DE PROJETO:
“(...) não é possível ler senão comparativamente (ou seja,
racionalmente) e isto significa que (...) não se trata tanto da opção entre comprar e não comparar...
Não há de fato como não comparar. Toda leitura é ativação,
partilha e ‘cooperação interpretativa’ (no sentido que
Umberto Eco dá a este conceito).” (BUESCU, 2001, p. 23.)
“A noção de intertextualidade abre um campo novo e sugere modos de atuação diferentes ao comparativista. Do ‘velho’ estudo de fontes
para as análises intertextuais é só um passo. Mas essa é uma travessia que significa para o comparativista engavetar os antigos
conceitos (e preconceitos) e adotar uma postura crítico-analítica que seus colegas tradicionais evitavam. Principalmente, as novas noções sobre a produtividade dos textos literários comprometem a também
‘velha’ concepção de originalidade.” (CARVALHAL, 2006, p. 53.)
“(...) todo o texto é absorção e transformação de outro texto. Em
lugar da noção de intersubjetividade, se instala a de intertextualidade, e a linguagem poética se lê, pelo menos como
dupla.” (KRISTEVA in CARVALHAL, 1992 p. 50.)
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“A utilização dos códigos que dão suporte às linguagens não visa
apenas ao domínio técnico, mas principalmente à competência de
desempenho, ao saber usar as linguagens em diferentes situações ou contextos,
considerando, inclusive os interlocutores ou públicos.” (MEC,
2001, p. 105.)
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I. Origem dos quadrinhos:
• pinturas em cavernas;• literatura com gravuras;• até a industrialização que possibilitou a
mecanização da impressão produzindo este meio de comunicação em massa.
INTRODUZINDO O GÊNERO:
... NAS AULAS DE FILOSOFIA E LITERATURA & CULTURA DA ARTE
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II. A Era de Ouro:
• Surgimento de personagens com um caráter mais aventureiro, entre eles Tintin, Flash Gordon, Tarzan, Buck Rogers, Jim das Selvas, Dick Tracy, Mandrake, O Fantasma, Príncipe Valente
• Em 1938 é criado o Super-Homem pelos estudantes Jerry Sigel e Joe Shuster. Esta revista inaugura uma nova Era. A Era dos Super-Heróis com capacidades sobre-humanas, uniformes, emblemas peitorais e identidade secreta. Após o Super-Homem muitos heróis com Batman de Bob Kane, Capitão Marvel, Mulher-Maravilha, Tocha Humana e Namor sugiram como messias com poderes extraordinários, para salvar a terra. Muitos desses heróis incluindo CapitãoAmérica, na época de guerra foram utilizados em propagandas contra o nazismo. Eles combatiam a grande ameaça em história, enquanto os soldados lutavam de verdade nos campos de batalha.
INTRODUZINDO O GÊNERO:
... NAS AULAS DE FILOSOFIA E LITERATURA & CULTURA DA ARTE
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“O super-herói é um estereótipo dos quadrinhos inerente à cultura
americana. Vestido com uma roupa derivada da clássica vestimenta dos
homens fortes dos circos, ele é adotado em histórias que enfocam
vingança e perseguição. Esse tipo de herói geralmente tem poderes super-
humanos que limitam as possibilidades do roteiro. Como um ícone, ele satisfaz a atração popular nacional pelo herói que vence mais por sua força do que pela malícia.” (EISNER, 2008, p. 78)
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III. Autores paradigmáticos no universo dos heróis e super-heróis:
• Stan Lee• A geração dos anos 80: Allan Moore, Frank Miller, Neil
Gaiman.
• A força editorial:
INTRODUZINDO O GÊNERO:
... NAS AULAS DE FILOSOFIA E LITERATURA & CULTURA DA ARTE
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IV. Gibi X Graphic novel:
• Em atividades vinculadas a debates em torno de um assunto específico, discutiu-se como tema transversal a recente polêmica sobre os livros distribuídos pelo PNBE, em que despontou a HQ de Will Eisner Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço, fundamental na cristalização do gênero; aproveitou-se para refletir também sobre o uso de quadrinhos na sala de aula.
ENQUANTO ISSO...
... NA AULA DE REDAÇÃO...
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“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura
desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele (a
palavra que eu digo sai do mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai além dele). (...) Se for capaz de escrever
minha palavra estarei, de certa forma transformando o mundo. O ato de ler o
mundo implica uma leitura dentro e fora de mim. Implica na relação que eu
tenho com esse mundo.” (FREIRE, 2003.)
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Ética do Herói Clássico
Realidade VS HQs
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
... NAS AULAS DE FILOSOFIA
• Bem e mal encontram-se misturados, não são facilmente distiguiveis• Ningém é só bom ou só mau• Os “heróis” também falham• Os bandidos nem sempre vão presos.
• Bem e mal definidos claramente
• Os maus só são maus e os bons só são bons.
• O herói é infalível
• O herói é justo e não mata.
• Bandidos na cadeia
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Ética do herói clássico
Super-Homem é um bom exemplo. Ele é uma espécie de ideal da moralidade, judaico-cristã. Dedica sua vida a ajuda o próximo. Sempre age dentro da lei. Não mata, pois a vida é sagrada e ninguém tem o direito de tirá-la. Não se vinga, faz justiça. Luta contra o crime. Defende os fracos. Ou seja, faz o que a ética prega que todos deveriam fazer. Age como seria o padrão ideal de conduta da humanidade.
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
... NAS AULAS DE FILOSOFIA
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Questões filosóficas abordas nas HQ’S:
• O que é vida e morte?
• O que é sonho e realidade?
• O que é o homem?
• Os Deuses existem?
• O que é a justiça?
• O que é a verdade?
• O que é o bem e o mal?
• O que é loucura e sanidade?
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
... NAS AULAS DE FILOSOFIA
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Textos abordados:
• WAID, Mark. “A Verdade a Respeito do Super-Homem: e de todos nós”;
• LOEB, Jeph e MORRIS, Tom. “Definindo um herói e um super-herói”
• IRWIN, William, MORRIS, Tom e MORRIS, Matt (orgs.), Super-heróis e a filosofia: verdade, justiça e o caminho socrático. São Paulo: Madras, 2005.
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
FILOSOFIA:
REDAÇÃO:
IN:
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Aspectos vinculados à questão da espiritualidade e o autoconhecimento:
• Exploração da noção de referência – “o herói é o ser que se individualiza”
• A jornada do herói (PINHEIRO, 2006, p. 2):
• A referência do herói bíblico: David e exemplos tomados a partir de KOTHE (1987): José e Jesus Cristo
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
... EM ENSINO RELIGIOSO
SABER SABER QUERERQUERER PODERPODER
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• Análise de uma notícia e seus aspectos envolvidos:
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI... NA AULA DE REDAÇÃO
Uma notícia surpreendente
Um ladrão teve uma surpresa na madrugada de ontem, em Passo Fundo – na região norte do estado ao furtar um Monza que estava estacionado no centro da cidade, próximo a um bar. O meliante já estava na Vila Operária, distante dez quadras do local do furto, quando percebeu que havia um menino dormindo no banco traseiro do carro. O ladrão telefonou para o número 190 e denunciou o fato à polícia. Indignado, disse onde estava o veículo e intimou os policiais a prenderem os pais irresponsáveis. Os policiais encontraram o carro e uma criança que nada percebera, pois continuava dormindo. Ao ser acordado, o menino indicou o bar onde os pais – uma jovem de 22 anos e o padrasto de 45 anos – bebiam cerveja. Os policiais relataram parte da fala do ladrão ao telefone: “Diz pro (...) pai do guri que, se eu encontrar de novo o filho dele sozinho no carro, eu mato ele (o pai)”
Correio do Povo, 18 de Setembro de 2008.
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• A partir da leitura, discussão e resolução das respostas, voltou-se ao texto “Definindo um herói e um super-herói”, de Jeph Loeb e Tom Morris, e foi solicitada a produção de uma dissertação a partir da proposta:
“O que define um ‘herói’, na sua visão? Existem atos que podem ser traduzidos como heroísmo, numa relação próxima a da ficção (cinema, quadrinhos,
literatura em geral)? Você tem heróis? Quem seriam?”
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI... NA AULA DE REDAÇÃO
![Page 24: Projeto Trabalhando o herói e o super-herói_Profs. Vinicius, Luiz Felipe e Alcione](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022081421/5571f34c49795947648dcd4b/html5/thumbnails/24.jpg)
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
CORPO FECHADO, DE M. NIGHT SHYAMALAN
O NÓ INTERDISCIPLINAR:
![Page 25: Projeto Trabalhando o herói e o super-herói_Profs. Vinicius, Luiz Felipe e Alcione](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022081421/5571f34c49795947648dcd4b/html5/thumbnails/25.jpg)
• 10 obras foram escolhidas (entre gibis de séries regulares e graphic novels);
• As escolhas seguiram um método aleatório em que os alunos deveriam buscar os títulos que lhe agradassem a partir dos personagens que lhe seduziam mais;
• Foi solicitado que formulassem uma apresentação da leitura e de suas impressões a partir do seguinte roteiro:
a) breve histórico do protagonista e personagens envolvidosb) características da figura heroicac) caracterização dos personagens em função de
seus valores morais sua ética profundidade psicológica
d) verossimilhança – o que há?e) um exemplo de análise visual da obra: coletar uma imagem que
sintetize aspectos da obra, bem como ação, dramaticidade e emoção.
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
EM LITERATURA & CULTURA DA ARTE...
...ENFIM, A LEITURA DAS HQ’S:
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• Obras:
- “Um Sujeito Qualquer” (sobre o Homem-Aranha);- 2 histórias envolvendo o personagem Superman;- 1 graphic novel sobre a Mulher-Maravilha;- 1 história em quadrinhos com personagens e universo não
originais das HQ’S, que preenche lacunas da série cinematográfica Star Wars, interagindo com ela, portanto;
- “A Piada Mortal” (graphic novel onde temos o universo de Batman, entretanto com maior ênfase no vilão Coringa);
- 2 mangás: “Blade, a lâmina do imortal” e “The Lost Kanvas – A Saga de Hades, volume 3” (Cavaleiros do Zodíaco);
- “O dia em que o céu caiu” (Asterix & Obelix);- 1 arco de histórias da série de romances gráficos
“Hellblazer”.
HERÓI, SUPER-HERÓI E ANTI-HERÓI
EM LITERATURA & CULTURA DA ARTE...
![Page 27: Projeto Trabalhando o herói e o super-herói_Profs. Vinicius, Luiz Felipe e Alcione](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022081421/5571f34c49795947648dcd4b/html5/thumbnails/27.jpg)
Considerou-se que, efetivamente, o trabalho pode ser desenvolvido plenamente em função de suas temáticas e seus
objetivos traçados, com o auxílio e sensibilidade do setor pedagógico da escola. O percurso de discussão para, enfim,
efetivar-se a leitura foi conquistado com certo sucesso. Muitos alunos aprovaram a iniciativa, apesar de não procurarem, de fato, leituras de grande “fôlego”; no entanto, as discussões
relacionadas e trazidas para a sala de aula criaram um ambiente de permanente discussão e reflexão que favoreceu a incorporação do projeto no cotidiano escolar e, sem dúvida, incentivou a realização de um trabalho de qualidade por parte dos alunos. O que mostra, mais uma vez, que a estrutura de
um trabalho multidisciplinar, principalmente em torno do exercício fundamental e primordial da leitura, exige tempo,
dedicação, convicção e, principalmente, persistência dos mestres.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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“Trabalhar em torno de um projeto pedagógico obriga o rompimento com a visão de ensino compartimentado,
em que cada professor(a) preocupa-se somente com a sua matéria. Como é próprio da ação humana, a execução
de qualquer projeto implica na busca e construção dos conhecimentos que
permitam obter o sucesso pretendido. A classificação destes conhecimentos pelas várias matérias escolares torna-
se secundária.” (MEC, 2006, p. 43.)
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• BUESCU, Helena. “Comparação e Literatura”. In: BUESCU, Helena, Grande Angular – Comparatismo e Práticas de Comparação. Lisboa: FCT, 2001.
• CADERNOS TRABALHANDO COM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – Caderno 4: Avaliação e Planejamento. Brasília: MEC, 2006, p. 43.
• CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.
• CANDIDO, Antonio. “Dialética da Malandragem”. In: O Discurso e a Cidade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul/São Paulo: Duas Cidades, 2004.
• CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura Comparada. Porto Alegre: Ática, 1992.
• D’ONOFRIO, Salvatore, Literatura Ocidental – Autores e Obras Fundamentais. São Paulo: Ática, 2002.
• EISNER, Will. Narrativas Gráficas. (Tradução de Leandro Luigi Del Manto.) São Paulo: Devir, 2008.
• FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). São Paulo: Cortez Editora, 2003.
• KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Ática, 1987.
• LOEB, Jeph e MORRIS, Tom. “Definindo um herói e um super-herói”. In: IRWIN, William, MORRIS, Tom e MORRIS, Matt (orgs.), Super-heróis e a filosofia: verdade, justiça e o caminho socrático. São Paulo: Madras, 2005.
• PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS EM LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL. Brasília: MEC, 2001
• PINHEIRO, Carlos Eduardo Brefore. “A Herança cristã em Oscar Wilde: um retorno aos heróis bíblicos”. In: Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades-Unigranrio, volume 5, número 19. Outubro-Dezembro de 2006.
• WAID, Mark. “A Verdade a Respeito do Super-Homem: e de todos nós”. In: IRWIN, William, MORRIS, Tom e MORRIS, Matt (orgs.), Super-heróis e a filosofia: verdade, justiça e o caminho socrático. São Paulo: Madras, 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: