PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
COLÉGIO ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MULLER
ENSINO FUNDAMENTAL E NORMAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SETEMBRO
2017
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
I. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 5
1.1. Localização e dependência administrativa 5
1.2. Aspectos históricos da instituição 7
1.3. Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de estudantes. 9
1.4. Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos 11
1.5. Recursos humanos 16
1.6. Instâncias Colegiadas 22
1.7. Perfil da comunidade escolar 23
II. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MARCO SITUACIONAL 27
2.1. Gestão Escolar 28
2.2. Ensino-Aprendizagem 28
2.3. Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da Educação Especial 32
2.4. Articulação entre as etapas de ensino 33
2.5. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da
educação 34
2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis 35
2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação 35
2.8. Acompanhamento e realização da hora atividade. 36
2.9. Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de organização das turmas 36
2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos), abandono/evasão e relação idade/ano 37
2.11. Relação entre profissionais da educação e discentes 39
III. FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) 40
3.1. Proposta de algumas reflexões para subsidiar o marco conceitual 40
3.2. Diversidade dos sujeitos escolares 48
3.3. Tecnologia e educação 51
3.4. Currículo e conhecimento 53
3
3.5. Cuidar e educar 57
3.6. Educação em Direitos Humanos 59
3.7. Educação Ambiental 61
3.8. Violências e o Uso de Álcool e outras Drogas em âmbito escolar 62
3.9. Educação Especial 64
IV. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) 66
4.1. Calendário Escolar 66
4.2. Ações Didático Pedagógicas 68
4.3. Ações referentes à Flexibilização Curricular 79
4.4. Flexibilização Curricular na Educação Especial 80
4.5. Proposta Pedagógica Curricular 86
4.6. Proposta Pedagógica Curricular – Elementos 86
4.7. Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Ampliação de Jornada 91
V. Plano de Curso Profissionalizante: Formação de Docentes – Normal 92
VI. Legislações Articuladas ao Currículo 96
VII. Avaliação Institucional 99
VIII. Acompanhamento e Avaliação do PPP 100
IX. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS 101
X. ANEXOS 107
4
INTRODUÇÃO
Em um contexto de frequentes mudanças que observamos na
sociedade e se refletem no dia a dia das instituições escolares, faz-se
necessário um planejamento que direcione as ações pedagógicas para
garantir que adolescentes e jovens se apropriem do conhecimento elaborado
historicamente e compreendam sua realidade. Para isso, cabe à instituição
escolar elaborar seu Projeto Político Pedagógico considerando esta
realidade. Compreendemos que este documento
vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola” (VEIGA, 1995, p.15)
Na elaboração de um Projeto Político Pedagógico é importante a
participação de toda a comunidade escolar, compreendendo pais, alunos,
professores, funcionários, direção e equipe pedagógica. Tem como objetivo
avaliar, discutir, orientar e planejar as atividades pedagógicas e
administrativas de uma unidade escolar por um determinado tempo. Para
isso, todo o planejamento de ações deve considerar a realidade dos
educandos e de suas famílias, assim como os recursos materiais e humanos
que a instituição dispõe.
Este documento está em constante construção e avaliação, ou seja,
ele é dinâmico, porém deve apresentar alguns elementos como: histórico do
Colégio, mapeamento de sua realidade a partir de uma pesquisa envolvendo
pais e alunos, decisão para a escolha de uma fundamentação teórica que
dará embasamentos à proposta pedagógica aqui defendida, definição da
participação dos envolvidos no processo de aprendizagem, ou seja, de toda a
comunidade escolar.
A Teoria de Currículo é a Progressista Dialética com base teórica na
Pedagogia Histórico-Crítica, cuja concepção é oriunda da Teoria Marxista
5
Dialética, sendo seu principal autor brasileiro Demerval Saviani, que concebe
a escola como um meio de transformação social e como instrumento de
socialização do saber. Com uma visão libertadora da educação o autor
brasileiro Paulo Freire contribui para a emancipação do sujeito histórico.
Quanto a Filosofia que orienta a nossa Escola, onde entendemos que a
sociedade passa por um constante processo de transformação e que a
escola deve ser agente dessa transformação, comprometendo-se com a
educação e com sua prática multicultural, através da produção e socialização
do conhecimento queremos tornar essa sociedade mais democrática.
Uma sociedade que respeite as diferenças e que possibilite a todos
expressarem a sua concepção de mundo e a terem suas necessidades
básicas atendidas. Para tanto, precisamos de uma escola que acredite na
existência de um espaço na sociedade, a ser conquistado por pessoas que
são resultado das circunstâncias, mas que também são agentes
transformadores da realidade. Neste sentido, nossa Escola se propõe a
contribuir na sua prática para a formação de cidadãos críticos, capazes de
perceber a realidade e interferir nela.
Assim, iniciaremos as discussões feitas no Colégio Estadual Telmo
Octávio Müller – Ensino Fundamental e Normal para a elaboração do Projeto
Político Pedagógico, que irá nortear nossas ações. É preciso esclarecer que
este documento está em permanente construção.
I. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1. Localização e dependência administrativa
Identificação de Ensino: Colégio Estadual Telmo Octávio Müller
Código da Instituição: 00546
Endereço: Rua: Rua Ignácio Felipe, nº. 700, Centro
E-mail: [email protected] Fone/Fax: (46) 3525 1103
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Município: Marmeleiro
NRE: Francisco Beltrão
Código do NRE: 12
Código do INEP: 41087151
Dependência Administrativa:
( X ) Estadual ( ) Municipal ( ) Conveniada ( )Privada
Localização: ( X ) Urbana ( ) Rural
Oferta de Ensino:( )Educação Infantil ( )Ensino Fundamental Anos Iniciais(X)
Ensino Fundamental Anos Finais ( )Ensino Médio ( ) Educação Profissional
Integrada de Nível Técnico ( )Educação Profissional Subsequente de Nível
Técnico ( Educação Profissional Integrada a EJA – PROEJA ( )Educação de
Jovens e Adultos ( ) Educação Especial ( X ) Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na
Modalidade Normal.
Ato de autorização da instituição:
Resolução nº 2329/1980 de 07/05/1980.
Ato de Reconhecimento da Instituição:
Resolução nº 2641/1981 de 19/11/1981
Parecer de aprovação do Regimento Escolar nº 326/16 de 23/12/2016.
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Governo do
Paraná.
O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller – Ensino Fundamental e
Normal, código: 00546, esta situado à Rua Inácio Felipe nº 700 no Centro da
cidade de Marmeleiro, Paraná. Pertence ao NRE: Núcleo Regional de
7
Francisco Beltrão código: 012. Nosso código do INEP é: 41087151.
Dependência Administrativa Estadual, localizado na zona urbana do
município. Tem como Ato de Autorização nº2329/1980 de 07/05/1980 e
Parecer de Reconhecimento nº 2641/1981 de 19/11/1981 e parecer de
aprovação do Regimento Escolar nº326/16 de 23/12/2016. Entidade
Mantenedora: Governo do Estado do Paraná/SEED.
Quanto a distância do colégio do Núcleo Regional de Educação está a
10 Km aproximadamente, sendo uma escola urbana, atende alunos da
cidade e alunos das comunidades rurais próximas do território da escola. O
site do colégio na internet: www.mletelmomuller.seed.pr.gov.br e o endereço
eletrônico/e-mail: [email protected] . Telefone/FAX: 46 3525 1103.
1.2. Aspectos históricos da instituição
O colégio iniciou suas atividades em 1953, em um barracão construído
na praça do povoado, para servir como instituição de ensino. Essa escola foi
oficializada pelo Decreto nº 3.903/6 e denominada Grupo Escolar Rui
Barbosa. Foi a primeira escola do município a ofertar o ensino ginasial na
época, hoje ensino fundamental.
Em 1965, já instalada em prédio próprio, construído em alvenaria e
mantida pela Campanha Nacional das Escolas da Comunidade - CNEC
passa a se chamar Ginásio Manoel Ribas através do Decreto nº 21864-70.
Em 1980, através do Decreto de reorganização nº 2329 o Grupo
Escolar Rui Barbosa e o Ginásio Manoel Ribas se unem e passam a
constituir um único estabelecimento de ensino denominado “Escola Estadual
Telmo Octávio Müller- Ensino de 1º Grau. O nome da escola é uma
homenagem ao saudoso Telmo Octávio Müller, ex-prefeito do município de
Marmeleiro.
8
Em 1991 ocorreu a municipalização de ensino de Pré a 4ª série,
portanto a referida escola deixa de atender alunos das séries iniciais do
Ensino Fundamental.
Quando se desagrega a educação de Pré a 4º série, passam a
funcionar no mesmo local, dois estabelecimentos de ensino: a Escola
Municipal Padre Afonso (Pré a 4ª série) e a Escola Estadual Telmo Octávio
Müller (5ª a 8ª série), conforme a Resolução 2691 de 13/08/91 da SEED.
Pela Resolução 1326/2000 passou a denominar-se Colégio Estadual
Telmo Octávio Müller Ensino Fundamental e Médio, ofertando, então, a
Educação para Jovens e Adultos – EJA.
Através da Resolução 3952/07 o estabelecimento passa por nova
modificação na nomenclatura, denominando-se Escola Estadual Telmo
Octávio Müller - Ensino Fundamental, não ofertando mais a educação de
Jovens e Adultos – EJA, e oferecendo apenas o ensino de 5ª a 8ª série do
Ensino Fundamental.
Com a promulgação da Lei nº. 11.114/05, que altera o artigo 6º da
LDB em relação às matrículas no Ensino Fundamental e a Lei nº. 11.274/06
que trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos e
pelo Parecer 407/11 que dispõe sobre a Implantação do Ensino Fundamental,
regime de nove (09) anos, 6º ao 9º ano, de forma simultânea no Sistema
Estadual de Ensino do Paraná.
Em 2010 a escola passou a ofertar o Programa Viva a Escola com
três projetos realizados em turno contrário e complementar a aprendizagem
dos alunos. Já em 2011 somente um projeto dentro das Atividades
Extracurriculares de Contra turno fora ofertado, na modalidade de Jogos de
Tabuleiro, permanecendo até o ano de 2016.
Em 2011 abriu-se a possibilidade da oferta de sala de apoio para o 9º
ano, porém o espaço físico da escola não comportava mais a abertura de
turmas, o que inviabilizou a sua efetivação.
9
A partir de 2013, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente
de Marmeleiro é ofertado o Projeto de Compostagem envolvendo alunos dos
6º anos, com duas (02) atividades semanais de coletas de resíduos sólidos
orgânicos e uma atividade mensal lúdica de retomada de conceitos
apreendidos durante o processo. O projeto é coordenado por um especialista
em Educação Ambiental sem vínculo empregatício com o colégio.
Em 2016 dois (02) novos programas foram implantados na escola. O
primeiro Programa Futuro Integral em parceria com o SESC, com duas
turmas, ofertando atividades de Letramento e Raciocínio Lógico. O segundo,
em parceria com o SEBRAE, Atividade de Ampliação de Jornada Escolar
Periódica/Educação Empreendedora (JEPP) (SEED/SEBRAE), que estimula
jovens empreendedores primeiros passos.
1.3. Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de
estudantes.
Conforme a Constituição Federal, art. 208, entende-se por etapas da
Educação Básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. As
modalidades, definidas na LDBEN No 9394/96 são: Educação Especial,
Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos. Em diretrizes
posteriores, o Conselho Nacional de Educação legislou sobre as
especificidades curriculares nominando-as também como modalidades:
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação Escolar
Quilombola.
Atualmente esta instituição de ensino está sob direção da Professora
Rosangela Aparecida Prestes eleita para o período de 2016 a 2020
atendendo a (15) turmas Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano entre os turnos
matutino e vespertino, e atendimento especializado (1) Salas de Recursos no
período vespertino atendendo a alunos com Deficiência Intelectual,
Transtornos Funcionais Específicos e Transtornos Globais do
Desenvolvimento. Um caso especial de Síndrome de Aspenger que requer
atendimento especializado individual e alguns casos de Altas
10
Habilidades/superdotação já diagnosticados nas séries iniciais. O serviço de
apoio especializado é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento
global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.
O colégio ainda oferta atividades complementares no período de
contraturno entre eles, Projeto de Educação Ambiental – Compostagem no
turno vespertino, Programa do SEBRAE – Empreendedorismo turno
vespertino, Projeto do SESC – Futuro Integral para reforço escolar, no turno
vespertino, o Novo Mais Educação de reforço escolar em Português,
Matemática, Teatro, Leitura e Canto também no turno vespertino. Desde o
ano de 2006 oferta-se a Sala de Apoio aos alunos do 6º ano e recentemente,
conforme legislação, para os de 7º ano também. Oferta-se ainda em período
contrário a Sala de Recursos Multifuncionais para alunos, de qualquer ano,
com déficit intelectual, dislexia, Síndrome de Asperger, Altas
habilidades/superdotação, comprovados por laudos expedidos por
profissionais em avaliações psicopedagógicas, psicológicas e psiquiátricas.
O estabelecimento de ensino, com sede própria, inserido em uma
comunidade basicamente agrícola ou que pelo menos depende
economicamente da agricultura, suinocultura, avicultura, algumas indústrias e
pequenos comércios.
O Colégio oferta a modalidade de ensino correspondente ao Ensino
Fundamental – Anos Finais, atendendo ao ensino fundamental de 9 (nove)
anos, do 6º ao 9º ano, entre os turnos matutino e vespertino, e atendimento
especializado em Salas de Recursos no período vespertino atendendo à
alunos com Deficiência Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos e
Transtornos Globais do Desenvolvimento. O serviço de apoio especializado
é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento global dos alunos que
apresentam dificuldade no processo de aprendizagem. O Colégio ainda oferta
atividades complementares no período de contra turno entre eles, Projeto de
Educação Ambiental – Compostagem no turno vespertino, Programa do
SEBRAE – Empreendedorismo turno vespertino, Projeto do SESC – Futuro
Integral para reforço escolar, no turno vespertino, o Novo Mais Educação de
reforço escolar em Português e Matemática também no turno vespertino.
11
O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller Ensino Fundamental e
Normal, oferece ensino do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em dois
turnos, sendo: matutino com nove turmas e vespertino com sete turmas,
perfazendo um total de 431 alunos. Em 2017, as matrículas regulares somam
382 alunos mais 81 nos programas e projetos ofertados, e que já estão em
funcionamento, perfazendo um total de 463 matriculados no colégio.
1.4. Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos
Atualmente esta instituição de ensino que está sob direção da
Professora Rosangela Aparecida Prestes eleita para o período de 2016 a
2020 atendendo a (15) turmas ensino fundamental do 6º ao 9º ano entre os
turnos matutino e vespertino, e atendimento especializado (1) Salas de
Recursos no período vespertino atendendo a alunos com Deficiência
Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos e Transtornos Globais do
Desenvolvimento. Um caso especial de Síndrome de Aspenger que requer
atendimento especializado individual e alguns casos de Altas
Habilidades/superdotação já diagnosticados nas séries iniciais. O serviço de
apoio especializado é ofertado, com vistas de promover o desenvolvimento
global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.
Quanto aos recursos materiais a escola tem hoje treze salas de aula
equipadas com TV pendrive, laboratório de informática com 29
computadores, laboratório de ciências com materiais para experimentos,
secretaria com 2 computadores e duas impressoras, sala de professores e
hora atividade com 2 computadores disponíveis para a prática de pesquisa e
planejamento das aulas., banheiro para professores, sala dos(as)
pedagogos(as), banheiros masculino e feminino para os alunos e banheiros
com acessibilidade, almoxarifado, cozinha, saguão, duas quadras de
esportes sendo uma delas coberta, duas salas ambientes externas
arborizadas, lavanderia e sala de material esportivo.
Quanto aos recursos materiais do Laboratório de Informática,
contamos com 8 mesas de informática, 17 cadeiras giratórias, 10 mesas para
micro/terminal para o Paraná Digital, 19 cadeiras estofadas giratórias, 3 CPU
12
Graphics, 10 monitores para micro/computador, 1 rack pra TV 29” e 1 TV 29”
Tela plana com entrada USB, 1 caixa de som FTG – 75W, 1 Fonte de
alimentação, 1 notebook, 1 Ar condicionado Splint/Eletrolux 18000 BTUS, 1
CPU Pós – AT séries Q Proinfo (142/2008), 1 monitor LCD 20” Proinfo
(142/2008), transformador Proinfo (142/2008), 1 roteador wireless Proinfo
(142/2008), 7 CPU Pos-AT séries F CLBO Poinfo (142/2008), 1 impressora
Laser Mono ML Poinfo (142/2008), 15 computadores LCD 15.6” Proinfo
(142/2008), 2 estabilizadores C/Mod/Isso Proinfo (142/2008), 1 armário aço 2
portas vertical, 1 extintor de incêndio e 1 Luz de emergência.
Para os trabalhos e experiências no Laboratório de Ciências
dispomos de: 1 microscópio biológico tridimensional, 1 microscópio
estereoscópio, 1 câmera CCD COLOR, 1 ventilador VENTISOL parede, 1
extintor PA ABC.
Possuímos uma biblioteca com acervo renovado, na medida do
possível e conforme as necessidades das práticas implantadas na instituição.
Esse acervo hoje chega a aproximadamente 9 mil exemplares, entre
didáticos, paradidáticos, literatura e pesquisa. Quanto aos recursos materiais
dispomos de: 1 cadeira estofada giratoria s/braço (PR DIGITAL), 9 cadeiras
TUB/ENC/ ASS/POL, 1 retroprojetor GMI 5769, 1 impressora, 1 globo
terrestre, 1 ventilador de parede VENTISOL, 2 mesa de leitura e biblioteca, 11
cadeiras TUB/ ASS/ENC/ POL. FUNDEB,1 extintor PA ABC, 2 armários aço 2
portas vertical, 1 mimeografo, 1 mesa reta PE painel, 1 mesa reta 1,20 c/
painel, 1 balcão 2 PTS ABRIR 90X75 CM, 1 pé para conexão, 1 conexão
arredondada e 1 gaveteiro volante 4 G.
A Sala da Direção possuí: 1 cadeira estofada giratória s/braço (PR
DIGITAL), 1 ventilador VENTISOL parede, 1 armário de aço 2 portas vertical, 1
NOBREAK 700 VA ENT 115V 15V e 1 notebook ACER.
Quanto aos materiais disponíveis na Sala da Equipe Pedagógica
dispomos de: 1 cadeira estofada giratória s/braço (PR DIGITAL), 1 cadeira
TUB/ENC/ ASS/POL, 1 SERVIDOR do PR DIGITAL, 1 ventilador VENTISOL
parede, 1 extintor PA ABC, 1 armário de aço 2 portas vertical, 2 escrivaninhas
em MDF 110X75X55, 1 câmera digital, 1 notebook TOSHIBA CI3
4GB/320/W7 PRO/14, 1 AR condicionado 1200 BTUS e 1 câmera digital
SONY.
13
Na cozinha dispomos de: 2 estrados vazado intelplast, 1 freezer
horizontal 300 LT CONSUL, 1 fogão a gás com 6 BOCAS-PROEM, 1
geladeira residencial 270 LTS, 1 forno industrial FIR 90 2G, 1 extintor P4
PQS, 1 refrigerador industrial VERT 2P 540 LT, 1 liquidificador WALITA, 1
forno elétrico FISCHER GOURMET GRILL. No Almoxarifado: 1
LIQUIDIFICADOR POLI 04 LITROS, 1 processador alimentos industrial, 1
batedeira semi-industrial 12 LTS/FUNDEB, 1 liquidificador industrial 8 LTS.
FUNDE.
Na Sala de Hora-Atividade podemos contar com os seguintes
matérias: 1 mesa de informática, 3 estantes de aço c/07 prateleira, 1 mesa de
reunião 2000x1000x740, 3 estantes de aço c/7 prat.- FUNDEF, 1 purificador
de água refrigerado FR 600 e 30 cadeiras fixa com 4 pés e 2 armários de aço
16 portas com pitão 190x123 cm.
No Pátio da escola disponibilizamos de 1 mesa de tênis, 1 cadeira
tub. enc./ ass. pol. (ao lado da lavanderia), 1 bebedouro industrial 150 LTS.
127v (saguão), 2 ventiladores de parede VENTISOL (saguão), 8 mesa
p/refeitório com 2 bancos (saguão), 1 lixeira p/coleta seletiva (CONTAINER) e
ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 2 FAROL BIV GEVGA (saguão).
Na Secretaria dispomos de: 2 mesa para MICRO/ TERMINAL
PARANÁ DIGITAL, 2 cadeiras estofadas e giratórias s/braço (PR DIGITAL), 1
impressora SAMSUNG ( PARANÁ DIGITAL), 1 CPU GRAP ICS, 2 monitores
para microcomputador, 1 arquivo de aço com 4 gavetas, 1 FAC SIMILE –
APARELHO DE FAX, 1 extintor PA ABC (corredor da secretaria), 3 armários
de aço com 2 portas vertical, 1 Ar Condicionado ELECTROLUX 9000 BTUS,
1 telefone S/FIO PANASONIC, 1 impressora LASER MULTIFUNCIONAL
BROTHER e 1 notebook ACER E1 572-6 I5 PRTO WIN 8.
Para os alunos com déficit de aprendizagem na Sala de Recursos
disponibilizamos 5 cadeiras TUB/ENC/ASS/POL, 1 TV 29” Tela Plana com
entrada para USB, 1 rack para TV 29”, 1 cadeira estofada fixa C-1, 3 mesas
de leitura e biblioteca, 3 cadeiras TUB/ASS/ENC/POL FUNDEB, 2 mesas de
leitura e biblioteca, 1 extintor de incêndio CO2 6KG, 2 tablets AOC D70 A10
DC/8GB/2CAM/AZUL, 2 teclados tablets WIDESCREEN 7POL PRETO, 1
notebook POSITIVO, 1 armário de aço, 1 lupa eletrônica tipo mouse, 2 CPU
com 2 monitores LCD 20”, 1 impressora EPSON. Já as adaptações
14
curriculares de pequeno porte, no ensino regular, de acordo com suas
necessidades, este deve ser mencionada no Plano de Trabalho Docente do
professor e respectivamente registrado no RCO – Sistema de Registro
Online. Também em alguns casos, adaptações curriculares de grande porte,
este relacionado aos aspectos estruturais do estabelecimento, serão
providenciados sempre que necessário.
“Nas Salas de Aula podemos utilizar: 1 TV 29” tela plana com
entrada USB (sala 8ªA matutino), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala
13), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 8ªB vespertino e 9ª A
matutino), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB ( sala 01 – 7ª A mat.), 1 TV
29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 12 – 9ªB), 1 TV 29 POL. TELA PLANA
ENT. USB (sala 04 – 6ªB mat e 7ªB vespertino), 1 TV 29 POL. TELA PLANA
ENT. USB (sala 10), 1 TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 02- 7ªB mat),
TV 29 POL TELA PLANA ENT. USB (sala 05 – 6ªA), TV 29 POL. TELA
PLANA ENT. USB (sala 03 – 6ªC mat. E 7ª A Vesp), 1 RACK PARA TV 29'
(sala 05 – 6ªA), 1 RACK PARA TV 29' (sala 03 – 6ª C mat. E 7ªA Vesp.), 1
RACK PARA TV 29' (sala 01 – 7ªA mat. E 8ªA vesp.), 1 RACK PARA TV 29' (
sala 02 – 7ªB mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 04 – 6ªB mat e 7ªB vesp.), 1
RACK PARA TV 29' (sala 12 – 9ªB), 1 RACK PARA TV 29' (sala 13), 1 RACK
PARA TV 29' (sala 8ªB vesp e 9ªA mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 8ªA
mat.), 1 RACK PARA TV 29' (sala 10), 1 VENTILADOR PAREDE VENTISOL
(sala 13), 1 VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 03-6ªC mat e 7ªA vesp),
1 VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 01 – 7ªA mat e 8ªA vesp.) 1
VENTILADOR VENTISOL PAREDE (sala 10), CADEIRA ESTOFADA FIXA C-
1 (sala 02 – 7ªB mat.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 (sala 01- 7ªA mat e
8ªA vesp.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C- 1 (sala 03 – 6ªC mat e 7ªA
vesp.), 1 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 (sala 05 – 6ªA), 1 ILUMINAÇÃO
EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI (6ªA sala 05), 1 ILUMINAÇÃO
EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 01), 1ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA
30 LEDS BIV DNI ( sala 04), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV
DNI ( sala 01), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 03),
ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 07), 1 ILUMINAÇÃO
EMERGÊNCIA 30 LEDS BIV DNI ( sala 08), 1 ILUMINAÇÃO EMERGÊNCIA
2 FAROL BIV GEVGA (2ºfarol – entrada corredor), 1ILUMINAÇÃO
15
EMERGÊNCIA 2 FAROL BIV GEVGA (2ºfarol – saída corredor), 90 conjuntos
escolares, 1 ESTANTE DE AÇO (sala 03 ), 1 VENTILADOR DE PAREDE
(sala05 - 6ªA), 1 VENTILADOR DE PAREDE (sala 8ªA mat), 1 VENTILADOR
DE PAREDE (sala 01 – 7ªA mat e 8ªA vesp), CAIXA DE SOM FTG 75W (sala
12 - 9ªB mat), 1 CAIXA DE SOM FTG 75W (sala 13), 1 CAIXA DE SOM FTG
75W (8ªB vesp. E 9ªA mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75W (8ªA mat.), 1 CAIXA
DE SOM FTG 75 W(sala 01 – 7ºA mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala
02- 7ªB mat.), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala 03-6ªC mat.), 1 CAIXA DE
SOM FTG 75 W (sala 05 – 6ªA ), 1 CAIXA DE SOM FTG 75 W (sala04 – 6ªB
mat.), 5 quadros branco 2,55 X 1,20 MDF 9 MM.
No almoxarifado de escritório dispomos de: 1 ARQUIVO DE AÇO 4
GAVETAS, 1 ventilador VENTISOL parede, 1 MICRO SYSTEM BRITANIA, 2
arquivo aço 4 gavetas FUNDEF, 1 ARMÁRIO EM AÇO 2 PORTAS
VERTICAL, 1 MICRO SYSTEM COM MP3, 1 CAIXA DE SOM FTG 75W,
1PROJETOR MULTIMÍDIA LG DS420-2000 LUME, 1 APARELHO DE DVD, 1
MICRO SYSTEM, 1 CAIXA DE SOM AMPLIFICADA ONYX 815 WN, 1 CPU
POS-AT SERIES F PROINFO 142/2008, 1 MONITOR LCD 15,6” PROINFO
142/2008, 1 MONITOR LCD 15,6” PROINFO 142/2008, 1 APARELHO DE
DVD BRITANIA FAMA 6T, 1 SETORIZADOR DE SOM, 1 SETORIZADOR DE
SOM, 1 PROJETOR MEC LINUX PC EDUCACIONAL PROINFO.
Na Sala de material de Educação Física dispomos: ESTADIÔMETRO
PORTÁTIL P/ TRANSPORTE, 1 BALANÇA PLATAFORMA DIGITAL
S/COLUNA e 3 PEDESTAL PARA MICROFONE VECTOR.
Para a distribuição do Leite das Crianças temos FREEZER HORIZ
305 LTS ( PLC CONVENIO COPEL). Na lavanderia temos: botijão de gás
vazio cap. 13 kg, hidrolavadora de alta pressão e máquina de lavar roupa, 1
equipamento de gás/ CILINDRO GLP P45.
Quanto ao equipamento de segurança, dispomos de: 2 TV PHILCO
24 PH LCD (AQUISIÇÃO), 1 HD ITB SATA (AQUISIÇÃO), 1 STAND ALONE
16 CANAIS LUX VISION (AQUISIÇÃO), 14 MICRO CÂMERA DAY/NIGHT
INT. SONY (AQUISIÇÃO), 11 MICRO DOME PLASTTEK (AQUISIÇÃO), 3
CÂMERAS DAY NIGHT C/LEDS (AQUISIÇÃO). Nas Sala de Mídia dispomos
de SOLUÇÃO DE LOUSA DIGITAL PROINFO 116/201 e 2 CORTINAS COM
VARÃO. Na Sala Rosa, destinada ao curso de Formação de Docentes:
16
dispomos de: 1 monitor para microcomputador, 1 TV 29” TELA PLANA com
entrada USB, 1 ventilador VENTISOL de parede e 7 cadeiras tubulares. No
Porão do colégio guardamos: 1 amplificador, 1 CPU GRAPHICS, 7 monitores
para microcomputador, 1 rack para TV 29', 1 fogão ind. 4 bocas 40x40 sem
forno (NOVO), 1 balcão de atendimento em MDF 50X120X130C, 1 ventilador
de teto e 3 ventiladores de parede.
1.5. Recursos humanos
O Colégio conta com um quadro de 31 professores habilitados em
suas disciplinas de atuação, e pós-graduados. Destes, 07 professores com
PDE, (Nível III), 04 professores pedagogos, 01 diretora e 01 professora de
apoio a aprendizagem. Atuam também na escola 05 Agentes Educacionais I,
05 Agente Educacional II, como bibliotecária, ADM local no laboratório de
informática, secretárias e demais funções externas à sala de aula.
A partir de 2016 passou a funcionar na escola dois projetos em
parceria com o SESC, sendo um de atividades de Letramento e Língua
Portuguesa e outro de Raciocínio Lógico Matemático, monitorados por 02
professores, ambos do SESC de Francisco Beltrão.
Da mesma forma o Projeto de Compostagem que funciona desde
2013 é coordenado por 01 especialista em Educação Ambiental, é uma
parceria entre o colégio e a Prefeitura de Marmeleiro, que contratou um
profissional, sem vínculo com o estado.
Portanto, diretamente no colégio atuam 44 profissionais que dentro
de suas funções específicas promovem o ato de educar os discentes
matriculados.
PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃO /
ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
ROSANGELA APARECIDA PRESTES
DIRETORA Pedagogia/Pós – Metodologias Inovadoras Aplicadas a
QPM
17
Educação
MARLEI BERNARSKI DALLA COSTA
AGENTE EDUCACIONAL II
SECRETÁRIA
Licenciatura em Letras Português/Espanhol
Pós - Metodologias Inovadoras Aplicadas a Educação
QFEB
ELIANE MARIA GONÇALVES
AGENTE EDUCACIONAL II
Licenciatura em Geografia/Pós – Gestão e Organização Escolar
QFBE
CRISTIANE ZAGO AGENTE EDUCACIONAL II
AGENTE DE LEITURA
Graduação em Economia Doméstica Pós – Design de Moda
QFEB
MARIA APARECIDA MIOTTI
AGENTE EDUCACIONAL II
LABORATORISTA
Licenciatura em Letras Português/Inglês / Graduação em Economia Doméstica/Pós – Psicologia da Educação.
QFEB
GRACIELI VILLANOVA AGENTE EDUCACIONAL II
Licenciatura em Geografia/Pós – Libras e Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica
PSS
ELISÃNGELA MOOZ FOLLE
AGENTE EDUCACIONAL I
Licenciatura em Pedagogia/Pós – Psicopedagogia
PSS
IVONE KAEFER ZIMMERMANN
AGENTE EDUCACIONAL I
Ensino Médio QFEB
IVONETE DE FÁTIMA DOS SANTOS DE LIMA
AGENTE EDUCACIONAL I
Ensino Médio PSS
JANETE MARLI BUNDCHEN PAUCZINSKI
AGENTE EDUCACIONAL I
Graduação em Gestão Pública/Pós – Administração com Ênfase em Gestão Escolar.
QFEB
18
NELCI TERESINHA DA ROCHA
AGENTE EDUCACIONAL I
Ensino Médio PSS
ENITE PADILHA AGENTE EDUCACIONAL I
Graduação em Gestão Pública/Pós – Administração com Ênfase em Gestão Escolar.
PSS
ANA PAULA LEANDRO ZEFERINO DE SOUZA PICCININI
AGENTE EDUCACIONAL I
Cursando Graduação em Pedagogia.
PSS
EQUIPE PEDAGÓGICA
NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃO /
ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
CESAR CLAUDINO PEDAGOGO Pedagogia/Pós – Educação Infantil e Séries Iniciais
QPM
ILIANE BAVARESCO GROFF
PEDAGOGA Pedagogia/Pós – Educação Especial e Inclusiva (*afastada para mestrado)
QPM
VÂNEZ TOMASSONI PEDAGOGA Pedagogia PSS
KEISSIANE MICHELOTTI GEITTENES DE AVILA
PEDAGOGA Pedagogia/Pós – Gestão Escolar.
QPM
GLEICE PARAECIDA FELIPE
PEDAGOGA Pedagogia/Pós - Educação Especial; Metodologia e pesquisa na Ciência Geográfica.
QPM
EQUIPE DOCENTE - BASE NACIONAL COMUM
NOME DISCIPLINA HABILITAÇÃO /
ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
19
TISCIANA PIETTA BUENO
ARTE Licenciatura em Educação Artística/Pós – Arte e Cultura Linguagens na Educação
QPM
JOICI LIZETE BAZZO ARTE Licenciatura em Educação Artística/Pós - Arte Educação
QPM
DARCI BALDO CIÊNCIAS Licenciatura em Ciências e Geografia/Pós - Geografia Humana e Mestre em Economia.
QPM
KARLA FERNANDA CASIRAGHI
CIÊNCIAS Licenciatura em Ciências Biológicas/Pós – Educação Especial, Psicopedagogia e Pedagogia Gestora
QPM
MARIBEL COLOGNESE CIÊNCIAS Licenciatura em Biológicas/Pós – Educação do Campo
PSS
VALDEREZ BUENO CIÊNCIAS Licenciatura em Química e Pedagogia/Pós – Microbiologia
QPM
JONES BAIFUS EDUCAÇÃO FÍSICA
Licenciatura em Educação Física
PSS
NÁDIA SIMONE PERIN DE FREITAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
Licenciatura em Educação Física Pós – Desporto Escolar, psicopedagogia, treinamento desportivo
PSS
DOLIZETE MARGARIDA GEITENES
ENSINO RELIGIOSO
Licenciatura em Educação Física/Pós – Metodologia e Ensino da Educação Física
QPM
IVANIR BURATTO GEOGRAFIA Licenciatura em Estudos Sociais e Economia
QPM
20
Doméstica.
PDE – 2016
LIDIANE DOTTI MOOZ GEOGRAFIA Licenciatura em Geografia/Pós – Metodologias Inovadoras Aplicadas a Educação
QPM
SÉRGIO ANDRÉ FARIAS GEOGRAFIA Licenciatura em Geografia/Pós – Metodologia do Ensino da Geografia/Mestrado em Análise PB do Estado do PR
QPM
LUCIANO SOUZA HISTÓRIA Licenciatura em Geografia e História/Pós - Meio Ambiente: conservação e manejo da vida
QPM
MARLENE CARDOSO GHIZZI
HISTÓRIA E EMPREENDEDORISMO
Licenciatura em História/Pós – Desenvolvimento e Integração da América do Sul - PDE
QPM
SUZANE PANTOLFI TOSTES
HISTÓRIA Licenciatura em História/Mestrado em História.
QPM
ANALICE PAVAN LÍNGUA PORTUGUESA
Licenciatura em Letras Português/Inglês
PSS
CLACI FÁTIMA LAVALL LÍNGUA PORTUGUESA
Licenciatura em Letras Português/Inglês Pós – Língua Portuguesa –PDE
QPM
JULEIDE MARIA GUNDANI GEHLEN
LÍNGUA PORTUGUESA
Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE
QPM
VANUSA RAMOS MÜLLER
LÍNGUA PORTUGUESA
Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE
QPM
ADRIANA ANTES MATEMÁTICA Licenciatura em QPM
21
ZUCHELO Matemática/Pós – Matemática
ARLETE ANDREOLI MATEMÁTICA Licenciatura em Matemática
QPM
GEMA DE FÁTIMA ZAMBILO
MATEMÁTICA Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática
QPM
JANICE GIONGO PRETTO
MATEMÁTICA Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática /Pós – Fundamentos de Matemática.
QPM
JOSIANE BUENO MATEMÁTICA Licenciatura em Matemática
QPM
EQUIPE DOCENTE - PARTE DIVERSIFICADA
NOME DISCIPLINA HABILITAÇÃO/
ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
CLEVI SPIGOSSO TOMAZONI
L.E.M - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês/Pós – Psicopedagogia
QPM
CLAUDIA VANESSA DA ROCHA
L.E.M. - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês/Pós – Coordenação e Gestão Escolar
QPM
MARIA ILAIR FLACH ANDREOLLI
L.E.M. - INGLÊS Licenciatura em Letras Português/Inglês – PDE
QPM
22
EQUIPE DOCENTE – PROGRAMAS E PROJETOS
NOME PROGRAMA/
PROJETO
HABILITAÇÃO/
ESPECIALIZAÇÃO
PARCERIA/
EMPRESA
CLAUDIO LOES HORTA ESCOLAR E COMPOSTAGEM
Sem informação Prefeitura Municipal de Marmeleiro
MARLENE CARDOSO GHIZZI
EMPREENDEDORISMO
Licenciatura em História/Pós – Desenvolvimento e Integração da América do Sul – PDE
SEBRAE
JOÃO SINHORI FUTURO INTEGRAL Licenciatura Em História Mestrado em História – Social.
SESC
ALICE REGINA HUNHOFF
FUTURO INTEGRAL Licenciatura em Matemática
SESC
ADRIANA ANTES ZUCHELO
NOVO MAIS EDUCAÇÃO
Licenciatura em Matemática/Pós – Matemática
MEC/SEED
RAFAEL RODOLFO TOEPKE
NOVO MAIS EDUCAÇÃO
LEITURA MEC/SEED
1.6. Instâncias Colegiadas
O Colégio atua dentro de um processo de gestão democrática e para
tal conta com a organização dos colegiados que são: o Conselho Escolar, a
APMF, o Grêmio Estudantil e o Conselho de Classe. Os mesmos são
constituídos conforme rege a legislação vigente, fazendo parte na tomada de
decisões importantes às quais garantem o bom funcionamento da instituição.
As instâncias colegiadas são: Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil e Conselho de Classe. A APMF, entidade que representa os Pais,
Mestres e Funcionários da Escola, que tem por finalidade colaborar no
aprimoramento do processo educacional, na assistência escolar e na
23
integração família/escola/comunidade. O Conselho de Classe é uma
instância colegiada, geralmente formada por professores, equipe pedagógica
e direção. Ele se preocupa na discussão do rendimento escolar dos alunos e
para assim propor mudanças. Já do Grêmio Estudantil do Colégio é uma
forma de organização do corpo discente de todas as séries e modalidades de
ensino do colégio. Também compreendemos que este deve auxiliar na
promoção das atividades culturais no colégio, podendo promovê-las ou
acompanhá-las.
1.7. Perfil da comunidade escolar
Podemos descrever as características da comunidade escolar se
compreendermos a realidade de nossos educandos, a fim de caracterizá-los,
para tanto, fez-se necessário à realização de uma pesquisa, com o objetivo
de identificar as características socioculturais de nossos alunos.
A comunidade escolar caracteriza-se como classe trabalhadora. Como
características da comunidade escolar, podemos citar os dados coletados em
uma pesquisa socioeconômica realizada no início do ano letivo de 2017, por
amostragem nas turmas do 6º ano, onde as informações foram coletas em
um formulário impresso para ser respondido pelo responsável legal do aluno.
Dos questionários que retornaram para a escola, 96 pessoas responderam
de um total de 120 enviados para casa.
Destes, 79,7% responderam que o responsável legal pelo aluno é a
mãe e 60,8% o responsável legal é o pai e apenas 5,4% moram com outras
pessoas e/do ou familiares. O número de pessoas que residem na mesma
casa do aluno variam entre uma pessoa (2,7%) e mais que seis pessoas na
mesma casa (10,8%), duas pessoas (17,6%), três pessoas (33,8%), quatro
pessoas (27%0%) e cinco pessoas (8,1%). (ANEXO 1).
Mais de 80% responderam que residem em casa própria, em torno de
70% responderam que a rua de sua casa é calçada ou asfaltada e 20%
disseram residir na zona rural. Se declarou branco 78,4%, pardo 17,6%,
negro 4,1% e amarelo apenas 1,4%. (ANEXO 2).
Quanto a renda familiar a maioria respondeu que recebe até 3 salários
mínimos (47,3%) e 27% até 1 salário mínimo, 18,9% recebem até 5 salários
24
mínimos, o que caracteriza uma comunidade de Classe Média Baixa, para
apenas 5,4% a renda familiar é de até 10 salários mínimos e 1,4% recebem
mais de 10 salários mínimos por família. Para tanto a jornada de trabalho do
pai ou responsável é de 40 horas semanais (27%) ou mais de quarenta horas
semanais (48,6%), portanto uma comunidade de pais trabalhadores e que
dispõem de pouco tempo para acompanhar a vida escolar dos filhos, já que
17,6% dizem trabalhar menos de 10 horas semanais sem jornada fixa e 6,8%
em até 30 horas semanais. (ANEXO 3).
Quanto a profissão dos pais ou responsáveis pelo aluno 37,8%
responderam que trabalham no comércio, banco, transporte, hotelaria entre
outros serviços, 21,6% trabalham na agricultura, no campo, em fazenda ou
na pesca, 4,1% na indústria, na construção 4,1%, 12,2% trabalham em
atividades informais (pintor, eletricista, encanador, feirante, ambulante,
guardador de carros, catador de lixo), e 1,4% trabalha em casa com
prestação de serviços (alfaiataria, cozinha, aulas particulares, artesanato,
carpintaria, marcenaria, etc), 9,5% é trabalhador doméstico em casa de
outras pessoas (faxineiro, cozinheiro, mordomo particular, jardineiro, vigia,
acompanhante de idosos/as, etc), 5,4% são funcionários públicos do governo
federal, estadual ou municipal, 10,8% no lar (sem remuneração) e 5,4% não
trabalha. (ANEXO 4).
Podemos observar que as mães têm mais tempo em casa do que os
pais sendo que, 27% não tem jornada fixa ou trabalham no máximo 20 horas
semanais e 9,5% trabalham até 20 horas semanais. Porém, muitas mães
trabalham fora e a grande maioria mais de 40 horas semanais, cerca de
36,5% somando à 20,3% que trabalham até 40 horas semanais, e ainda
6,8% trabalha até 30 horas semanais. (ANEXO 5).
Quanto ao nível de escolaridade dos pais ou responsáveis, poucos são
analfabetos (1,4%) ou cursaram somente o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª
série (18,9%) em contraste neste cenário, poucos cursaram o ensino superior
(6,8%) e possuem especialização (4,1%). A grande maioria respondeu que
possui Ensino Fundamental completo (37,8%) e Ensino Médio (31,1%).
(ANEXO 6).
Analisando o nível de escolaridade da mãe ou responsável chegamos
próximo aos dados relacionados aos pais, sendo 36,5% possui Ensino Médio
25
completo, 24,3% possui Ensino Fundamental completo, 12,2% possui Ensino
Superior e 6,8% possui Especialização. Contudo, 14,9% cursaram apenas
até a 4ª série e 4,1% declararam ser analfabetas. Dos que responderam a
pesquisa 77% residem na cidade e 23% no campo. (ANEXO 7)
Considerando o tema Educação Ambiental e o trabalho que vem sendo
desenvolvido no colégio desde 2013 com o Projeto de Compostagem,
questionamos os responsáveis sobre assunto e 97,3% disseram acreditar
que Educação Ambiental é dever de todos e apenas 2,7% diz ser
responsabilidade da escola discutir o tema. Perguntamos também se os pais,
mães ou responsáveis conhecem os profissionais que trabalham com seus
filhos e 63,5% respondeu que sim, 27% responderam que não e 9,5% que
gostariam de conhecer, mas não pode por diversos motivos (trabalho).
(ANEXO 8).
Analisamos também qual o grau de satisfação das famílias com
relação a qualidade da educação que ofertamos, mais de 40% se dizem
satisfeitos e menos de 20% dizem discordar ou que não sabem opinar.
(ANEXO 9).
Sabemos que a superlotação das salas de aula pode afetar a
aprendizagem, mas perguntamos aos pais ou responsáveis o que eles
pensam e 35,1% disse que sim e 35,1% respondeu talvez, apenas 29,7%
afirmou que não vê o tamanho da turma como componente que possa afetar
a qualidade da educação ofertada. (ANEXO 10).
Quando pensamos no contexto de formação para a vida, perguntamos
se os pais ou responsáveis acreditam ser suficiente a que é fornecida pela
escola e entre 40% e 60% diz que percebe seu filho sendo bem preparado
para continuar sua educação e que a escola está preparando seu filho para
lidar com as questões e os problemas que ele terá que lidar no futuro. Com
relação aos projetos ofertados pelo colégio a maioria dos pais considera
suficiente para atender as necessidades educacionais de todos os alunos e
em torno de 20% gostaria de mais opções em projetos. (ANEXO 11).
Em geral os recursos do colégio são considerados bons, com
instalações limpas e bem cuidadas e os alunos têm acesso a uma variedade
de recursos para ajuda-los a aprender. A aprovação da proposta pedagógica
da escola é de 98,6% e 1,4% preferem não opinar. (ANEXO 12).
26
A política de comportamento do colégio é no geral apreciada pelos
pais ou responsáveis o que resulta na demonstração de respeito dos
estudantes um com o outro. Mais de 80% considera as políticas de disciplina
do nosso colégio como justas e eficientes, resultando no respeito pela
diversidade e questões étnicas e raciais o que promove um ambiente seguro
e pacífico para todos, refletindo no bem estar dos alunos e funcionários.
(ANEXO 13).
A comunicação entre escola e pais ou responsáveis é considerada
muito boa, onde as opiniões dos pais são seriamente consideradas nas
decisões da escola, os pais tem um bom conhecimento dos projetos e
programas ofertados, pois as informações são repassadas com eficiência
pela escola. (ANEXO 14).
Perguntamos aos pais sobre os meios de comunicação social e itens
básicos de consumo dentre estes TV, DVD, rádio,
microcomputador/notebook, automóvel, máquina de lavar roupa, geladeira,
telefone fixo, telefone celular e acesso a internet. Observamos que todos têm
TV e geladeira e mais de 90% tem telefone celular, máquina de lavar roupa,
em torno de 80% possui automóvel, notamos ainda que muitos possuem
DVD e rádio, mas não são itens desejados e poucos possuem telefone fixo,
computador e internet. (ANEXO 15)
Dentre os meios de comunicação utilizados pelas famílias, o celular é
o que aparece em evidência, além de outros. Mas na realidade apresentada,
em muitos casos a comunicação com essas famílias é deficitária por não
atenderem chamadas da escola nos momentos em que mais são solicitadas
a comparecer. Muitas famílias já possuem computadores e acesso a internet.
Esse levantamento realizado com as famílias reflete o grau de
complexidade que a escola precisa incorporar quando planeja suas práticas
pedagógicas para a sala de aula.
27
II. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MARCO SITUACIONAL
O Projeto Político-Pedagógico, ao fundamentar as demais instâncias
do planejamento escolar, deve conter a possibilidade de análise da sua
realidade escolar para delinear a identidade institucional da escola e
fortalecer práticas pedagógicas coerentes com essa identidade. A análise
possibilita definições de permanências e/ou mudanças pautadas em
concepções condizentes com os princípios da escola pública e que visem à
aprendizagem de todos os estudantes.
Chegar a essa análise exige uma observação atenta e criteriosa da
comunidade escolar e das concepções que subsidiam o entendimento da
realidade. Conforme o Caderno I do material do Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio:
Pensar o território educativo onde estudantes, professores, funcionários e gestores constroem o processo de socialização e de formação com base na valorização da pluralidade cultural e respeito às diferenças de gêneros, raça, etnia, orientação sexual; além de propiciar o diálogo com os diferentes conhecimentos dos campos científicos, filosófico, político, artístico, tecnológico, cultural e econômico, desencadeia a necessidade de reescrever coletivamente o Projeto Político-Pedagógico como construção da identidade da escola pública (BRASIL, 2004, p.17).
Assim como no material disponibilizado para o Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio e como resultado da análise de dados,
indicadores de aprendizagem e a socialização nas diversas formações
continuadas para os profissionais do colégio, consideramos hiperativa a
mudança na formação integral do indivíduo para a valorização da pluralidade
cultural, e respeito às diferenças de gênero, raça, etnia, orientação sexual,
econômica e social que circulam em território escolar, levando em
consideração as características peculiares na qual a escola está inserida,
promovendo o debate com todos os grupos presentes no ambiente escolar,
para reescrever o Projeto Político Pedagógico coletivamente, representando
28
assim, todos os seguimentos da comunidade escolar e promover uma gestão
efetivamente democrática.
2.1. Gestão Escolar
A Gestão Escolar tem a função de organizar todos os elementos que,
direta ou indiretamente, influenciam no trabalho pedagógico, ou seja, os
aspectos ligados aos profissionais da educação e suas funções, aos espaços
e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as ações e primando pelo
processo de ensino-aprendizagem de todos os estudantes. Pelas
determinações legais, deve estar pautada pelo princípio democrático.
Implementar na escola uma gestão democrática que oportunize o
diálogo entre as instâncias colegiada é o objetivo principal. Para tanto, a
gestão democrática pressupõe a participação de todas as instâncias
colegiadas nas decisões.
Tornar a gestão escolar democrática é o principal desafio desta gestão,
já que a comunidade escolar precisa se identificar e integrar-se da rotina
escolar e cada um cumprir efetivamente o seu papel, e posteriormente
acolher a todos e dar-lhes a autonomia no contexto escolar, este trabalho
vem sendo feito, mas nos limites que a comunidade se envolve. Pois, como
já comentamos ainda precisamos evoluir para a participação efetiva dos pais.
Quanto à participação das instâncias colegiadas há o incentivo,
oportunizando a participação de todos os segmentos em forma de
representação.
2.2. Ensino-Aprendizagem
É um processo contínuo que acontece por meio da mediação do
professor, efetiva-se quando o sujeito apropria-se de conhecimentos que
possibilitem a compreensão do meio em que vive. O conhecimento é,
29
portanto, fruto de uma relação entre o sujeito, professor mediador e o
conteúdo/objeto do conhecimento.
Fazem parte do processo ensino-aprendizagem a ser descrito neste
item;
A) Plano de Trabalho Docente: amparado legalmente pela Lei 9394/96,
art. 13, inciso II, este documento deve ser elaborado pelo professor com a
intenção de organizar o processo de ensino-aprendizagem. Deve estar em
consonância com o PPP e com a legislação vigente para a Educação
Nacional. É no PTD que se registra o planejamento, a execução e o
resultado. Neste sentido, é a sistematização das decisões tomadas pelo
professor. O plano de trabalho docente deve ser elaborado um para cada
turma e em cada trimestre, devendo estar de acordo com a proposta
pedagógica da disciplina elaborada pelos docentes da escola. Além disso,
deve contemplar a base nacional comum curricular e estar de acordo com o
proposto no regimento escolar.
Sabendo disso, cada docente organiza seu planejamento de aulas
seguindo a proposta pedagógica do colégio, utilizando como base um modelo
de documento definido pelo colégio, embasando sua prática nas diversas
literaturas disponíveis na biblioteca do colégio, além dos recursos
bibliográficos escolhidos pela equipe de docente como: livros didáticos, sites
e materiais diversos de pesquisa. Todo o trabalho desenvolvido pelos
docentes é acompanhado pela equipe pedagógica durante a hora-atividade e
momentos de planejamento. (ANEXO 16)
B) Avaliação: é parte do processo ensino-aprendizagem realizada
como forma de acompanhamento da aprendizagem e subsídio para a tomada
de decisão em relação aos procedimentos que podem levar a avanços no
processo de ensino.
Em nosso colégio, a avaliação objetiva acompanhar o
desenvolvimento individual do aluno, considerando o processo de ensino
aprendizagem para diagnosticar a apropriação do conhecimento pelo aluno, e
o sucesso da prática pedagógica. São oportunizadas no mínimo duas
30
avaliações por trimestre com uma recuperação para cada avaliação. A média
é aritmética, prevalecendo a nota mais alta entre avaliação e recuperação.
Os critérios de avaliação devem respeitar o regimento escolar,
incluindo as adaptações curriculares de pequeno porte para que dessa
maneira a avaliação promova a progressão do aluno, respeitando seu ritmo e
tempo de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação, por sua vez, devem
ser diversificados e direcionados, para identificar e trabalhar com a
heterogeneidade presente no ambiente educativo.
Já os instrumentos de avaliação serão utilizados trabalhos em grupo
ou individuais, pesquisas, leituras, debates, plenárias, provas escritas,
individuais ou em grupo, análise de texto entre outros.
C) Conselho de Classe: também faz parte na medida em que tem a
finalidade de acompanhar todo o processo educativo por meio de análises
sobre os componentes da aprendizagem dos estudantes, considerando as
relações entre ensino, aprendizagem e avaliação. É um espaço colegiado, ou
seja, espaço que reúne o grupo dos envolvidos com o processo ensino-
aprendizagem com poder de deliberação. Deve priorizar seu papel
pedagógico e garantir os aspectos democráticos do processo da avaliação
em todas as suas dimensões.
Compreendemos que o Conselho de Classe deve privilegiar uma
análise coletiva do grupo docente, equipe pedagógica, direção e, na medida
do possível, o aluno. Para tanto, faz-se necessário promover reflexões sobre
a prática pedagógica, processo de ensino/aprendizagem e rendimento
escolar do aluno, que por ora, pode ser influenciado por demandas afetivas,
socioeconômicas e culturais. Trata-se de uma análise do contexto social que
o aluno está inserido, que considera o ser humano em sua integralidade.
O Conselho de Classe, enquanto uma instância coletiva vem se
constituindo como um elemento fragmentado e burocrático, com julgamentos
avaliativos resultando em índices avaliativos que nem sempre condiz o
resultado de uma avaliação contínua e significativa do processo. Para que
haja uma superação dessa forma de conselho de classe o coletivo escolar
pode contribuir para repensar as dificuldades do processo educativo e
31
práticas pedagógicas. Essa perspectiva implica em uma mudança na
reorganização curricular ou até mesmo em metodologias ou interação com os
alunos. Acreditamos que esforço coletivo, ao considerar o contexto social do
aluno, mesmo que de maneira gradual, pode contribuir para evitar a evasão
escolar.
Desta forma, o conselho de classe é organizado para atender os três
períodos avaliativos do ano letivo, portanto trimestral conforme o calendário
escolar. Ainda, procuramos oportunizar a participação de todos os envolvidos
no processo, seguindo um roteiro em dois momentos. O primeiro denominado
de pré-conselho realizado em sala de aula com os alunos, professor regente
e pedagogos. Já o segundo momento compreende a análise dos resultados
qualitativos relatados pelo grupo de docente da turma, na presença dos
pedagogos, direção, professor especialista em AEE e secretária da escola, e
posteriormente o grupo pondera os resultados quantitativos (notas) referentes
a cada aluno da turma, e por fim os encaminhamentos e intervenções
necessárias para cada aluno e/ou turma.
Os resultados do conselho de classe são registrados no Registro de
Classe Online e em atas para este fim disponibilizadas para o serviço da
secretaria escolar e para acesso dos alunos.
D) Registros da Prática Pedagógica: o registro das atividades que
dizem respeito à aprendizagem é direito e dever dos docentes e dos
discentes. No caso dos discentes, os registros são feitos no caderno da
disciplina e em trabalhos solicitados pelos docentes, são tais registros que
possibilitam comprovar a responsabilidade nas oportunidades de
aprendizagem ofertadas aos estudantes, tanto em frequência, como em
conteúdo, metodologia e recuperação de estudos, além da avaliação. No
caso dos docentes são obrigatórios Registro de Classe Online, Plano de
Trabalho Docente, Atas dos Conselhos de Classe, o caderno pedagógico de
cada turma destinado para registro e acompanhamento pedagógico entre
docentes, equipe pedagógica e família, agenda escolar, entre outros
registros.
32
Os registros realizados no cotidiano escolar seguem os parâmetros da
SEED e buscam auxiliar o processo de ensino e aprendizagem para
comprovar as oportunidades de aprendizagem, bem como a responsabilidade
do aluno perante essas oportunidades que resultarão do processo de
avaliação, na progressão e sucesso. Como forma de acompanhar esse
processo e melhorar a comunicação entre os pais e a escola, contamos com
o caderno pedagógico, onde são registrados as ocorrências do cotidiano
durante as aulas, assim como a pontualidade dos alunos nas atividades e
tarefas extraclasse. Para facilitar a comunicação entre a família e a escola,
dispomos de uma agenda.
2.3. Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da
Educação Especial
O atendimento educacional especializado está previsto na LDB
9394/96 Art. 04, parágrafo III E NO CAPÍTULO V, art. 58º, 59º e 60º; Parecer
CNE/CEB nº 17/2001, aprovado em 3 de julho de 2001, Resolução CNE/CEB
nº 2/2001, de 11 de setembro de 2001, Parecer CNE/CEB nº 11/2004,
aprovado em 10 de março de 2004, Parecer CNE/CEB nº 6/2007, aprovado
em 1º de fevereiro de 2007, Parecer CNE/CEB nº 13/2009, aprovado em 3 de
junho de 2009, Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009 . No
Estado do Paraná, a Deliberação n.º 02/03 e a Instrução n.º 07/2016 -
orienta as instituições de ensino para o AEE – nas escolas da rede regular de
ensino e instituições conveniadas.
A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 2008) destaca que
o Atendimento Educacional Especializado - AEE é um serviço que deve estar
previsto no Projeto Político-Pedagógico da escola, descrevendo a ampla
atuação da Educação Especial nas escolas regulares, como: orientação da
organização de redes de apoio, formação continuada, a identificação de
recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas.
Nosso colégio oferta uma Sala de Recursos Multifuncional e que atende
as múltiplas deficiências dos alunos de inclusão. Quanto ao atendimento, se dá
de uma a duas vezes por semana, em período contrário e por cronograma
33
específico. O acompanhamento do professor especializado é estabelecido em
estreita relação com os professores para possíveis interferências no processo
de ensino/aprendizagem.
Quanto ao ensino regular são oportunizadas aos alunos incluídos ou
que apresentam dificuldades de aprendizagem as adaptações curriculares de
pequeno porte com flexibilização do currículo, compreendendo o conteúdo,
metodologia, avaliação e recursos didáticos sempre que necessário com a
orientação e suporte da equipe pedagógica e professor especialista em AEE
aos professores, alunos e familiares.
2.4. Articulação entre as etapas de ensino
O Ensino Fundamental é dividido entre duas etapas com organizações
distintas, porém a continuidade no processo educativo dos estudantes deve
ser objeto de atenção e ações de acolhimento pessoal e intelectual. Assim, a
forma como a escola faz a transição do 5º para o 6º ano pode determinar o
sucesso ou o insucesso do ensino-aprendizagem nesse início de etapa.
Priorizamos um acompanhamento pedagógico mais intenso aos
alunos dos 6º e 7º anos, orientando professores, alunos e familiares para
facilitar a adaptação na escola e identificar problemas de defasagem e
dificuldades de aprendizagem, oportunizando atividades no período de contra
turno para AEE e reforço nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa
(Novo Mais Educação e Futuro Integral), e integrando os alunos em
programas como: Música/Coral, Educação Ambiental/Compostagem e
Empreendedorismo, a fim de que promovam a interação e a criatividade.
Quanto aos alunos que encerram o Ensino Fundamental, 9º ano, além
dos projetos e programas já ofertados na escola, são desenvolvidas
atividades de motivação e incentivo para o direcionamento dos interesses
profissionais e mundo do trabalho, com palestras e passeios de estudo.
34
2.5. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da educação
A organização do trabalho pedagógico passa pela integração entre os
envolvidos na dinâmica escolar na perspectiva de que tudo na escola é
educativo e em função de objetivos comuns. É essencial ter momentos e
formas de diálogo a equipe escolar, em que canais de integração possam ser
estabelecidos ou fortalecidos coletivamente e se reflitam na prática diária com
um clima de trabalho propício à satisfação das expectativas de toda a
comunidade escolar, permeado por democracia, solidariedade, respeito à
diversidade, combate à discriminação, clareza quanto a direitos e deveres.
A dimensão coletiva é base de uma gestão democrática. Para a escola
implementar essa gestão com articulação do trabalho pedagógico, alguns
mecanismos permitem a comunicação escola/comunidade: Grêmio
Estudantil, APMF, Conselho de Classe e Conselho Escolar de acordo com a
Proposta Pedagógica Curricular elaborada e desenvolvida com base na Lei
de Diretrizes e Bases - Lei nº 9394/96 que regulamenta a Educação
Brasileira, Diretrizes Curriculares do estado do Paraná e Regimento Escolar.
A integração da escola, família e comunidade é feita por meio das
instâncias colegiadas. Consideramos que é um desafio “o compromisso e a
participação ativa dos integrantes da comunidade escolar, mobilizados pela
reflexão crítica de projetarem-se para o futuro” (VEIGA, 1998, p.115). O
Conselho Escolar, como órgão máximo na escola, pode colaborar com o
trabalho dos gestores. A APMF, por sua vez, funciona como órgão de
representatividade dos pais e professores que favorece a participação na
tomada de decisão, reforçando sua importância e promovendo a integração
da família-escola-comunidade. No que compete ao Grêmio Estudantil, a
comunicação é verificada na representação dos alunos e no fortalecimento
de suas decisões e liderança.
Para a organização do trabalho pedagógico, as relações de trabalho
no interior da escola devem ser colaborativas e solidárias para alcançar a
participação coletiva (PASSOS, 2002). Sendo assim, as relações
estabelecidas entre os sujeitos dentro da escola devem ser de reflexão
pedagógica, envolvendo todos os sujeitos do processo educativo nas ações
35
educacionais, para que de forma democrática possam superar dificuldades
de processo de ensino/aprendizagem. Para tanto, as instancias colegiadas
são mecanismos para esta participação efetiva da comunidade escolar.
Quanto ao repasse de informações aos docentes, equipe pedagógica
e funcionários se dá diariamente no quadro de avisos na sala de hora-
atividade, por e-mail, grupos de whatsapp, hora-atividade e reuniões
periódicas e extraordinárias.
2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis
É uma relação que requer a visibilidade e transparência da
participação tanto da escola quanto dos pais ou responsáveis no processo de
educação de qualidade. Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente ”É
direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais” (cap. IV, parágrafo
único). Cabe à escola organizar momentos e formas para essa articulação,
preferencialmente envolvendo também as instâncias colegiadas.
A participação dos pais se dá no acompanhamento efetivo do
desenvolvimento do aluno seja em momentos individuais, no
acompanhamento das tarefas, em reuniões de pais ou em atividades
programadas para a interação entre família e escola.
2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação
Como direito de todos os profissionais da escola, objetiva subsidiar
teórica e metodologicamente a atuação nas várias funções, com
oportunidades equitárias. A participação nas formações da Semana
Pedagógica, nas oficinas de Formação em Ação, no PDE, no
PROFUNCIONARIO e na Equipe Multidisciplinar – que são formações oficiais
e anuais da mantenedora – e em outras ofertas da SEED ou de outras
instituições reconhecidas do meio acadêmico retrata o perfil de
comprometimento com o estudo do grupo.
36
Para valorizar o trabalho de pesquisa, seja desenvolvido pelo
professor PDE ou pelo funcionário cursista do PROFUNCIONARIO, o colégio
incentiva à aplicação e utilização do projeto e sua análise, na rotina escolar.
Já os encontros da Equipe Multidisciplinar cumpre um cronograma específico
que possibilite o aprofundamento teórico de temas relacionados a diversidade
cultural e questões de gênero, cor e etnia, além de práticas dinâmicas que
envolvam o máximo possível todos na escola durante o ano letivo.
2.8. Acompanhamento e realização da hora atividade.
Constitui-se no tempo reservado ao professor para estudos,
planejamento, avaliações e participação em formação continuada, devendo
ser cumprida na instituição de ensino onde o professor esteja suprido em
horário normal das aulas a ele atribuídas. A hora-atividade deve favorecer o
trabalho coletivo dos professores, conforme preconiza a Instrução Nº
001/2015 – SUED/SEED.
O acompanhamento da hora atividade se dá através de um registro
específico, em que são detalhados os horários, as atividades desenvolvidas
pelos professores, estudos de aprofundamento, bem como o
acompanhamento pedagógico nos casos de orientação e atendimento aos
pais. (Anexo17)
Podemos concluir que em nossa escola não enfrentamos problemas
quanto ao cumprimento da hora atividade do professor, e sim que o tempo
destinado para este momento tão importante no processo de ensino-
aprendizagem acaba por ser insuficiente e sobrecarregando os docente e
equipe pedagógica.
2.9. Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de organização das turmas
O Colégio atende o Ensino Fundamental de 9 anos, do 6º ao 9º ano e
oferta atendimento especializado para os alunos de inclusão na Sala de
Recursos Multifuncional.
37
Temos o Programa Novo Mais Educação, que oferta reforço de Língua
Portuguesa, Matemática e ainda o projeto de Compostagem, em parceria
com a prefeitura municipal de Marmeleiro/PR; o Futuro Integral, em parceria
com o SESC; Empreendedorismo.
2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos), abandono/evasão e relação idade/ano
Trata-se da apresentação e análise dos dados estatísticos relativos às
taxas de aprovação, reprovação e evasão escolar, aprovação por Conselho
de Classe e distorção idade/ano nos últimos dois anos. Os dados das
avaliações externas (proficiência na Prova Brasil, resultados do IDEB e do
SAEP) também são indicativos importantes para análise de resultados e
identificação de avanços e limitações em relação ao ensino-aprendizagem. A
abordagem que a Equipe Pedagógica faz dos dados junto ao corpo docente e
às famílias e comunidade é um elemento importante no comprometimento de
todos com o sucesso escolar dos estudantes.
Outros elementos importantes nesse são os indicadores de
Rendimento Escolar, que seguem na figura abaixo:
Figura 1: Indicadores de Aprendizagem/Rendimento Escolar.
38
A) Abandono Escolar: a instituição de ensino tem papel fundamental no
combate ao abandono escolar, pois o aluno está diretamente vinculado a ela
em seu dia a dia. A instituição deve tomar todas as iniciativas que lhe cabem,
conforme orientação do Programa de Combate ao Abandono Escolar,
visando a prevenção ao abandono e evasão, o acesso e a permanência do
aluno no sistema educacional. É importante destacar que o racismo, as
violências de gênero e por orientação sexual, preconceitos e discriminações
de diferentes ordens podem potencializar o abandono e a evasão escolar.
Assim sendo, todos os casos que podem interferir ou determinar o abandono
escolar são acompanhados pela equipe pedagógica que orienta o aluno, os
familiares e os docentes para evitar sempre que possível a evasão e quando
necessário os casos não resolvidos na escola são encaminhados para o
Conselho Tutelar e Ministério Público. Podemos observar na figura abaixo os
índices com as taxas de Distorção Idade/Série para nossa escola.
Figura 2: Taxa de Distorção Idade/Série
39
B) Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às
Violências na instituição de ensino: como situações que interferem
diretamente nos índices de aproveitamento escolar, no abandono/evasão e
na retenção que provoca distorção na idade/ano, o uso de álcool e outras
drogas e a violência no cotidiano da instituição precisam ser prevenidos com
ações diretas aos estudantes em situação de risco, incluindo aconselhamento
e encaminhamento aos programas da rede de proteção.
2.11. Relação entre profissionais da educação e discentes
As relações humanas são importantes em qualquer setor, porém, na
escola essa a relação é efetivadora da função social da escola, pois, para a
aprendizagem é essencial querer aprender (PARO, 1998). Neste sentido o
ambiente de motivação e desafio é importante tanto para professores e
funcionários, como para os estudantes.
As normas de convívio são regimentadas, estabelecidas e divulgadas
e acompanhadas na escola, prevalecendo a coletividade para o cumprimento
e análise de cada segmento. Compete a Equipe Pedagógica acompanhar e
orientar o processo que deverá ser registrado em Ata específica para
orientação de alunos ou professores, no caderno pedagógico da turma, na
agenda do aluno e o professor é orientado a registrar as situações
pertinentes a aprendizagem no RCO, no campo para observações individuais
e/ou observações da turma e os pais ou responsáveis comunicados por
telefone, e/ou bilhete/convocação de comparecimento na escola.
40
III. FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)
3.1. Proposta de algumas reflexões para subsidiar o marco conceitual
O Colégio Estadual Telmo Octávio Muller compreende que além do
diagnóstico situacional da escola, as concepções que norteiam e amparam a
prática pedagógica precisam estar elucidadas para embasar as ações já
desenvolvidas e a se desenvolver. É a partir do marco conceitual que se
operacionaliza o marco operacional, especialmente no que se refere ao
currículo escolar. Para tanto, estas concepções remetem-se aos
questionamentos sobre a apropriação da cultura desenvolvida no espaço
escolar. Implica, nesse sentido, refletir sobre concepções de homem,
educação e sociedade.
Trata-se de uma fundamentação sobre conceitos e ações que buscou
partir do senso comum, porém, para superá-lo. Ainda, considerou
necessidade de análises que contribuam para pensar a função da escola
pública, em particular desta instituição. Assim, a elaboração do marco
conceitual antecedeu estudos e discussões que fortaleceram a gestão
democrática da escola.
Temos ciência que uma reflexão sobre as especificidades da
educação, as tendências pedagógicas e discussões atuais, como a Base
Nacional Comum Curricular, são importantes para compreender e redefinir o
percurso teórico da escola para tomada de decisões. Ainda, é importante
compreender as finalidades da Educação que implicam diretamente no
trabalho docente. Por isso, essa discussão buscou nas ciências amparo
filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico e pedagógico, com
base em autores que dialoguem sobre tais termos.
Este Projeto Político Pedagógico tem respaldo na pedagogia
crítico/social dos conteúdos e utiliza como aportes teóricos autores que
seguem tal linha de pensamento. Das inquietudes que fazem parte de uma
construção política e pedagógica envolta na educação, em especial nesta
instituição e neste documento, colocamos algumas questões norteadoras:
Qual á o direcionamento da escola? Quais as concepções de conhecimento,
41
ser humano, sociedade e educação? Como se concebe uma gestão
democrática na escola pública? Para isso, nosso aporte teórico possui
vinculação com tais questionamentos, a saber: Gramsci (1982), Gadotti
(1994), Veiga (1995, 1998), Marx (1998, 2008), Saviani (2005), Ciavatta
(2001), Freire (1996, 2001, 2015).
Conscientes da importância desse documento, faz-se necessário
intensificar a criticidade e, ao encontro dessa reflexão, se instauram alguns
embates, afinal, um projeto político pedagógico implica repensar as relações
de poder, as finalidades sociopolíticas e culturais, a autonomia da escola e as
concepções que deverão nortear sua prática. Ainda,
“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar: significa tentar quebrar um estado compatível para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. Assim promessas tornam visíveis os campos de ação possíveis, comprometendo seus atores e autores” GADOTTI (1994 p. 579).
Por isso é que esse Projeto Político Pedagógico é um processo
permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, vinculado à
melhoria da sua qualidade e mudança educativa. É evidente que cada
instituição é o resultado de um processo de desenvolvimento de suas
próprias contradições e, por isso, a escola busca incluir toda a comunidade
educativa no planejamento de suas metas.
Remetendo-nos às concepções de educação, consideramos que a
educação está diretamente vinculada a sociedade capitalista e seus ideais e
para entendê-la, precisamos analisar e compreender suas relações com a
sociedade. O papel da educação tem como ponto de partida a contribuição
para a uma formação emancipatória e crítica nos aspectos históricos, sociais
e culturais.
A importância da educação e da escola nessa perspectiva reside no
fato de ser um lugar que pode permitir a apropriação do conhecimento
histórico pela classe trabalhadora, isto é, “as camadas sociais exploradas
podem vir a ter acesso a determinados saberes acumulados que podem ser
42
importantes para a formação proletária” (SOUSA JUNIOR, 2010, p.176). Eis a
contradição: ao mesmo tempo em que a escola serve ao capital e seus
mecanismos de adaptação, é propulsora do acesso ao conhecimento que é
uma arma de luta. Na perspectiva histórico/cultural, a escola tem a função de
transmitir o conhecimento científico e ser um espaço de socialização do
conhecimento. Esse conhecimento que permite acesso, pelas classes
populares, de uma consciência política, crítica e argumentativa.
Para tanto, o papel da educação e desta instância educativa nas
estratégias de mudança e conscientização dos indivíduos é fundamental,
como já notamos, para pensar o processo de contra internalização e uma
nova mudança social. Por isso, ao confrontar a hegemonia que sustenta a
separação do saber e do fazer, nosso papel se revela na união desses
saberes (trabalho intelectual e trabalho manual) como um importante aspecto
para a educação em tempos de mudança. Muito mais que isso, uma
educação com base em uma formação humana integral para a formação de
um cidadão crítico.
Com efeito, cabe a consideração que, para a apropriação do
conhecimento crítico da realidade no processo de conscientização dos
sujeitos, o ponto de partida está nas bases reais da sociedade. Revela-se,
nesse momento, a concepção de ser humano. “São os indivíduos reais, sua
ação e suas condições materiais de existência, tanto as que eles já
encontraram prontas, como aquelas engendradas de sua própria ação”
(MARX, 1998, p.10).
Com base na produção social da existência, a distinção dos homens e
dos animais é revelada por meio do trabalho e seus instrumentos. O trabalho
foi a primeira forma de relação do homem com a natureza e por meio dele
houve possibilidade de produção da existência e do mundo da cultura, para a
produção intelectual e das representações como resultados da vida real dos
indivíduos. É o trabalho que permite o acesso ao mundo da cultura.
Os esforços coletivos que demandam um novo modo de pensar a
escola e a sociedade implicam nas relações de trabalho, enquanto atividade
que está na base de todas as relações humanas. Caracterizado como uma
atividade humana intencional que envolve formas de organização, a escola
compreende que o trabalho é uma atividade organizada para a produção dos
43
bens necessários à vida. Isso implica no conhecimento de culturas e valores,
fora e dentro da escola, assim como os objetivos a se atingir.
Há um alvo a ser atingido pela escola: a produção e a socialização do conhecimento, das ciências, das letras, das artes, da política e da tecnologia, para que o aluno possa compreender a realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do processo de construção da sociedade (VEIGA, 1998, p.25).
Com este fundamento, se faz necessário, nesse exercício de uma
reflexão sobre a realidade educacional enquanto um ato político, apontar as
relações teórico/práticas que a perpassam. Como já citado, a compreensão
crítica da realidade educativa parte do princípio das representações e valores
que norteiam a educação. Elas podem, porém não de forma isolada,
promover um movimento de transformação social, que se correlacionam a
uma dinâmica social de conflito de classe. No entanto, algumas
características são fundamentais para que o Projeto Político Pedagógico da
escola seja indutor de um movimento de transformação.
Para que essa compreensão crítica da realidade educacional se
efetive, faz-se necessário refletir sobre as concepções de mundo, sociedade
e cidadania. Para tanto, um questionamento com noções concretas se impõe:
Uma cidadania que emancipe ou domestique?
Acreditamos que a cidadania está vinculada a ações políticas, éticas e
sociais a favor de certos valores em uma sociedade complexa, que tem como
valores “o respeito à legalidade, a valorização da privacidade e do direito
individual, a legitimidade da propriedade, a solidariedade para com os
despossuídos, o reconhecimento das diferenças, etc.” (BRITTO, 2003, p.116).
Esses valores, tendem a ser legitimados por grupos dominantes, ao primar
pela ética utilitarista, competitividade e adaptação e/ou subordinação ao
mundo do trabalho. No entanto, vinculada a uma leitura crítica da
sociedade, pode significar mais poder aos alunos, já que terá “maior
capacidade para enxergar as contradições sociais, melhores fundamentos na
hora da tomada de decisões (até mesmo decisão na hora de votar nas
eleições), competências mais apuradas para chegar às raízes da injustiça e
da desigualdade, etc” (SILVA, 2005, p.14). A concretização da formação do
cidadão está amparada pelo ideal da criticidade.
44
Vale lembrar que a criticidade, enquanto um emblema da cidadania e um valor atitudinal, é trabalhada ideologicamente por aqueles que detêm o poder econômico e político. Isto porque a conservação e a reprodução dos esquemas de privilégio dependem, fundamentalmente, da ignorância e do conformismo, aqui tomados como formas de escravização da consciência (SILVA, 1998a, p.23).
Ressaltamos que, o sentido de uma educação cidadã subjaz a reflexão
sobre as possibilidades de participação social e apropriação de conhecimento
histórico/social. A dominação que causa um cansaço existencial e anestesia
histórica precisa ser superada, e por isso, há “a necessidade de uma séria e
rigorosa ‘leitura de mundo’, que não prescinde, pelo contrário, exige uma
séria e rigorosa leitura de textos” (FREIRE, 2015, p.58).
Nesse sentido, a formação cidadã defendida pelo Colégio Estadual
Telmo Octávio Muller prioriza uma educação que instrumentalize os cidadãos,
comprometida com a transformação social. Isto significa que a condição para
a cidadania relaciona-se à participação nas decisões e nas análises
conjunturais e, com base em Gramsci (1991), adquirir um saber político
democratizado aos governados e governantes que se contrapõe à
hegemonia da sociedade. Para isso, a educação é a base para usufruir os
direitos de cidadão.
Diante do exposto, a gestão escolar do Colégio Telmo Octávio Muller
assume o compromisso em consonância com as políticas educacionais
atuais, de participar de forma efetiva na construção de uma educação
democrática e justa, demostrando que essa construção coletiva precisa
contemplar a realidade da nossa região e especialmente a do município de
Marmeleiro – PR. Para isso, tem-se a clareza que a educação é uma prática
social, um fenômeno próprio dos seres humanos em sociedade, como
processo, como um fato social e intencional. Por isso, a escola tem como
base a defesa de uma educação pelas camadas populares como forma de
acesso ao conhecimento e enquanto um direito social e um ato político.
Para que a gestão democrática esteja presente no espaço escolar, de
acordo com Veiga (1998) algumas instituições auxiliam o aprimoramento do
processo educativo. São as Instâncias Colegiadas: Associação de pais e
45
mestres (APM), Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e Conselho de Classe.
Essas instâncias, dimensionadas em um trabalho coletivo na escola é
requisito para se efetivar uma gestão democrática. “É necessário considerar,
portanto, a inter-relação das instâncias colegiadas. Esse é um desafio: o
compromisso e a participação ativa dos integrantes da comunidade escolar,
mobilizados pela reflexão crítica de projetarem-se para o futuro” (VEIGA,
1998, p.115).
Reiterando, o processo que constitui a gestão democrática é
compreendido como uma atividade que reúne o coletivo escolar para
implementar as finalidades educativas. Assim, parte da compreensão que,
juntamente com as instâncias colegiadas, a escola tem o papel de contribuir
para a emancipação humana.
O currículo do Colégio Estadual Telmo Octávio Muller envolve a
construção de significados e valores culturais. Compreendemos que o
currículo não está simplesmente envolvido com a transmissão de
conhecimentos, mas constitui um elemento de produção e criação de
significados sociais e estão estreitamente ligados a relações sociais de poder
e desigualdade. Por isso, as reflexões sobre o currículo se constituem com
base nas problematizações do conhecimento, do ser humano, da produção
da cultura e conhecimento.
Cabe à educação propiciar um conhecimento que supere os limites
impostos por uma sociedade individualista para alcançar seus objetivos.
Cabe à educação propiciar aos alunos um conhecimento e reflexão acerca de
superar os limites impostos pela sociedade capitalista, abrangendo a todos a
possibilidade de alcançar os objetivos onde não há alienação.
Esse conhecimento leva em consideração a união indissociável do
cuidar e educar voltados ao aprendizado dos conteúdos historicamente
acumulados envolvendo os aspectos sociais, físicos, psicológicos. As
práticas do cuidado e educação implicam na construção da identidade do
aluno, da sua formação enquanto cidadão e sua socialização para a
produção da cultura.
A alfabetização e o letramento nesse contexto de participação efetiva
dos sujeitos na sociedade encontra respaldo nos ideais de Freire (2000) em
que há uma necessidade de uma leitura de mundo, precedendo a leitura da
46
palavra. Com isso, a realidade e a linguagem estão imbricadas em uma
relação texto/contexto, isto é, a alfabetização não se resume a mera
decodificação ou alfabetização mecânica, mas a um ato político, de
conhecimento de mundo. O ato de ler, portanto é um movimento da palavra
ao mundo e do mundo à palavra.
Por isso, “podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é
apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de
‘escrevê-lo ou de ‘reescrevê-lo’, quer dizer, de transformá-lo através da nossa
prática consciente” (FREIRE, 2000, p.20). Nesse processo, a escola e a
biblioteca são instituições imprescindíveis para despertar o aprendizado da
leitura, além da alfabetização.
No que se refere ao processo de ensino/aprendizagem, partimos do
pressuposto que aquilo que pensamos sobre a realidade deve corresponder
com o que a realidade é, de fato, em si mesma. Por isso, os sujeitos são
analisados nos aspectos sociais, históricos e políticos juntamente com as
determinações que perpassam sua existência, enquanto produtor e receptor
das determinações sociais.
Esta compreensão tem como fundamento que o caminho da
“ignorância” ao “conhecimento” não se dá por rupturas, pois a ciência
caminha num processo dialético que parte do princípio da contradição,
produtora do movimento. Ao primar pelo ser social, constituído pelo trabalho,
o processo de conhecimento implica numa lógica de superação dialética,
mediante a incorporação por superação. Assim, de forma simultânea há a
negação de uma determinada realidade, a conservação de algo de essencial
que existe nessa realidade negada e a elevação dela a um nível superior.
Esse conhecimento envolve dimensões objetivas e subjetivas que
precisam ser planejadas tendo em vista a promoção da vida. Nela, precisam
estar enraizadas as conquistas que a humanidade já adquiriu bem como os
desafios para a transformação. Assim, é possível iniciar o processo de
apropriação da cultura e do conhecimento por meio do trabalho não material,
em que se situa a educação. Portanto, esse conhecimento tem vínculo direto
com o saber sistematizado, produzido historicamente e, todas as atividades
educativas se organizam a partir desse saber.
47
[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular ( SAVIANI, 2005, p.14).
São muitos os obstáculos a serem superados para que possamos
incorporar a prática pedagógica dentro de um contexto social e viabilizar a
apropriação do saber acima citado. No entanto, no processo de
aprendizagem é necessário esforço e concentração para que os atos possam
ser praticados com autonomia e liberdade. A exemplo, temos uma
consideração em Saviani (2005), claramente percebido no processo de
alfabetização, em que
[...] é necessário dominar os mecanismos próprios da linguagem escrita. Também aqui é preciso fixar certos automatismos, incorporá-los, isto é, torna-los parte de nosso próprio corpo, de nosso organismo, integrá-los em nosso próprio ser. Dominadas as formas básicas, a leitura e a escrita podem fluir com segurança e desenvoltura (SAVIANI, 2005, p. 20).
A habilidade desenvolvida na escrita e na leitura, como no exemplo
supracitado nos permite averiguar a natureza e especificidade do ato
educativo, pois, temos dificuldade de lembrar como éramos antes de
aprender a ler e escrever. Com base no autor, esse processo sistemático,
organizado e intencional forma a nossa segunda natureza, isto é, um habitus,
uma “situação irreversível” (SAVIANI, 2005, p.21).
Para isso, a avaliação educacional precisa romper com um mero
cumprimento burocrático e tomar a dimensão de uma luta pela apropriação
dos saberes necessários, historicamente produzidos para a convivência
coletiva, colaborativa, minimizando posturas individualistas. Diante disso, o
trabalho avaliativo tem respaldo em uma perspectiva transformadora,
resgatando sua função como integradora do processo de
ensino/aprendizagem. O ato de avaliar, portanto, é entendido como um
processo em que professor e aluno praticam-no, concretizando uma
aprendizagem significativa. Nesse sentido,
48
A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBANEO, 1994, p. 195).
Outra “tarefa complexa” que se impõe em nosso meio refere-se à
inserção das tecnologias educacionais. Em consonância com os objetivos
aqui delineados, as tecnologias podem ser transformadas em oportunidades
para aprimorar conhecimentos. Para isso, um novo olhar sobre a função do
educador faz-se necessário. Acreditamos que muito mais que fornecer
equipamentos e instrumentalizar os professores para lidar com a tecnologia,
é preciso despertar o interesse cultural do aluno, fazendo com que os
instrumentos tecnológicos possam ser meios para se alcançar os objetivos
em cada componente curricular.
Certamente, o trabalho pedagógico requer cuidados na sua
organização e dinamicidade. Para que o exercício da docência possa se
organizar com uma prática reflexiva e interativa, é importante pensar o tempo
e o espaço pedagógico.
Do exposto até aqui, acreditamos que a escola dispõe de instrumentos
que possam democratizar seu espaço. Embora vivamos em um modo de
produção desigual e excludente, acreditamos que a democratização deve ser
efetiva para que a escola ofereça a entrada e a permanência dos alunos com
uma aprendizagem significativa. Por isso, temos o objetivo de refletir sobre a
escola enquanto um espaço participativo, de gestão, cujo trabalho se
constitua pelo acesso, permanência e qualidade educativa.
3.2. Diversidade dos sujeitos escolares
Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.
9394/96, representante de uma grande conquista educacional que mantém a
concepção abrangente de educação, a escola vem atribuindo valor primordial
às experiências individuais, de modo a atender aos objetivos dos diferentes
49
níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do
desenvolvimento do educando.
A associação entre teorias e práticas visualizada na organização do
trabalho pedagógico na instituição escolar deve encontrar na prática social
seu ponto de partida e de chegada. Dessa forma, tanto os profissionais da
educação quanto os educandos se construirão nas relações sociais,
tornando-se sujeitos partícipes de um projeto coletivo que poderá conduzi-los
à superação das atuais necessidades.
Ao encontro dessa preliminar, o Colégio Estadual Telmo Octávio
Muller, consciente de seu papel na disseminação de conhecimentos, cumpre
a oferta do Ensino Fundamental de Nove Anos - 6º ao 9º ano - no que se
refere à aquisição de conhecimentos que é requisito importante para a
promoção pessoal e social, permitindo-lhes o acesso ao conhecimento
historicamente acumulado, a cultura e a preparação para o mundo do
trabalho.
Além da promoção de conhecimentos, a escola busca proporcionar um
ambiente acolhedor para os diferentes sujeitos que convivem no espaço
social e são provindos de origens, pertencimentos e trajetórias distintas. É
importante observar, refletir e elaborar ações para construir, cotidianamente,
um lugar onde os conhecimentos afirmem as identidades negras, indígenas,
ciganas, camponesas, lésbicas, gays, travestis e transexuais e combatam
toda forma de preconceito e discriminação.
Temos a ciência que o trabalho com a diversidade na escola é um
constante desafio, considerando que as diferenças, historicamente, foram
tomadas como inferiores. Por isso, é imprescindível tratar a diversidade como
uma construção histórica, cultural e social. Ainda,
Falar sobre diversidade e diferença implica posicionar-se contra processos de colonização e dominação. É perceber como, nesses contextos, algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas sendo, portanto, tratadas de forma desigual e discriminatória. É entender o impacto subjetivo destes processos na vida dos sujeitos sociais e no cotidiano da escola. É incorporar no currículo, nos livros didáticos, no plano de aula, nos projetos pedagógicos das escolas os saberes produzidos pelas diversas áreas e ciências articulados com os saberes produzidos pelos movimentos sociais e pela comunidade. (GOMES, 2007, p. 25).
50
No Colégio Estadual Telmo Octávio Muller percebemos a presença da
miscigenação na comunidade escolar. Esta miscigenação compreende uma
vasta diversidade, sendo composta predominantemente por características
europeias, mas com grandes marcas da população negra e indígena.
Entendemos que, mesmo que raramente, receberemos sujeitos com outras
características, camponeses de Movimentos Sem Terra, lésbicas, gays,
travestis e transexuais, circenses, e ciganos, o Colégio deve acolher à todos
e combater todo tipo de preconceito, oportunizando as condições necessárias
para o processo de ensino e aprendizagem.
A autodeclaração/autodenominação de cor/raça e etnia no
requerimento de matrícula é considerada importante para garantir a liberdade
de expressão, conscientizando para o respeito a diversidade, favorecendo e
valorizando a formação de conceitos como: diversidade e identidade dos
sujeitos escolares.
Consideramos que os fatores que interferem na trajetória escolar de
negros, homossexuais, travestis e transexuais e indígenas são os mesmos
ligados a quase todos os casos de repetência/abandono, pois estão ligados à
questões sociais relacionadas ao mundo do trabalho, ou seja, condições
socioeconômicas e familiares que transcendem o alcance da escola.
Quando percebemos conflitos étnico-raciais e de gênero e orientação
sexual no ambiente escolar, os casos são tratados individualmente e quando
necessário são encaminhadas a discussões em grupos. Como medidas de
intervenção para garantir a permanência e o sucesso dos referidos sujeitos, a
escola segue a legislação interna, entrando em contato com a família e em
casos de abandono, orientações do Conselho Tutelar e Ministério Público no
sistema de Rede de Proteção PCAE.
O Colégio conta também com a Equipe Multidisciplinar que é uma
instância de trabalho escolar legitimada pelo Artigo 26A da LDB, Lei nº
9394/96, pela Deliberação nº 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº 017/06
SUED/SEED, pela Resolução nº 3399/10 SUED/SEED e a Instrução nº
010/10 SUED/SEED. A formação ocorrida por meio da EM propõe espaços
de debates, estratégias e de ações pedagógicas que fortalecem a
implementação da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08, bem como das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
51
Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena no currículo escolar das instituições de ensino da rede pública
estadual e escolas conveniadas do Paraná.
Uso do nome social e respeito à identidade de gênero de travestis e
transexuais: Quando a escola recebe estudantes trans (travestis e
transexuais) é importante considerar que além do uso do nome social essa/e
estudante deve ter o tratamento adequado à sua identidade de gênero,
portanto se se identifica como mulher ou homem é dessa forma que deve ser
tratado e respeitado em todos os espaços e atividades da Instituição. Para
ampliar o conhecimento e, portanto o respeito à identidade das pessoas
transexuais sugere-se o desenvolvimento de ações de formação envolvendo
todas/os profissionais e estendendo-se as/aos estudantes. (Instrução de
Matrícula 02/2010- SUED/SUDE, Orientação Pedagógica 01/2010 sobre o
uso do nome social de travestis e transexuais, disponíveis no portal diaadia).
3.3. Tecnologia e educação
As exigências do mundo globalizado impõem transformações
substanciais nas instituições e, em particular, na escola, desde sua
concepção, organização, administração, e estrutura, na atitude e na
participação dos cidadãos diante dessas mudanças que atingem o país de
forma impactante e desigual.
As novas tecnologias da informação estão causando profundas
mudanças em processos fundamentais do pensamento e comunicação, e
isso significa um contexto com novas dimensões educativas. É evidente que
a tecnologia está presente no Registro de Classe online, na aula exposta em
tela digital e até mesmo no celular, usado como apoio em sala de aula.
Assim, faz-se necessário avançar nas práticas que envolvem a tecnologia,
abordando a temática e sua vivência com os estudantes.
As novas tecnologias na educação podem implicar em um novo
formato de práticas pedagógicas, pois por meio delas, há a possibilidade de
acesso a tutoriais, cursos, livros disponíveis na internet. Esses instrumentos
podem corroborar o trabalho educativo, vindo a reforçar a aprendizagem e
52
complementar as ações que norteiam o PPP desta instituição. Diante disso, a
tecnologia presente em nosso dia a dia deverá ser disponibilizada a todos
que circulam pelo ambiente da instituição, para beneficiar e ajudar a entender
o mundo cada vez mais informatizado.
Compreendemos que as novas tecnologias devem superar seu uso
apenas como instrumento (PRETTO, 1996) e reavaliar os demais elementos
que envolvem o processo de conhecimento. Isso significa que, em muitos
momentos, “sua utilização acaba por resultar quase sempre em aulas com
vídeo iguais às escolas de hoje, ou a textos em microcomputadores,
interativos e auto instrutivos, mais limitados que os livros existentes nas
estantes escolares” (KAWAMURA, 1998).
Atribuindo em sala de aula um valor agregado que vai além da
estrutura física, mas que incorpora a era digital como fonte revolucionária na
construção de um ser crítico reforçou a importância dos recursos
pedagógicos e tecnológicos para tornar a sala de aula um ambiente de
aprendizagem mais efetiva, favorecendo ainda mais o processo de
construção do conhecimento.
Corroborando essa perspectiva, encontramos em Vygotsky (1991) e
nos seus conceitos sobre as teorias de mediação teorias de mediação, um
aporte teórico que cria um embasamento e que supera a caracterização do
professor como detentor do saber e o torna um mediador, que orienta de
forma estimuladora a produção autônoma e interativa do ensino e da
aprendizagem.
Nessa linha de pensamento, pela interação do ser humano com o
meio, o homem se torna um agente de transformação pessoal e social nas
relações culturais adquiridas,. Pode-se constatar então que, em seus
estudos, Vygotsky (1991) compreendia que o desenvolvimento humano
acontece a partir da troca simultânea e reciproca, que ocorre na vida do
sujeito e da sua interação com o meio e vice versa. Sendo assim, a era digital
interfere muito na formação do ser enquanto aluno e ao professor cabe a
medicação entre as tecnologias e os mesmos.
O acesso as tecnologias, ao reorientar uma nova forma de aprendizado,
melhora a condição do acesso a informação, minimizando a relação de
tempo e espaço. Cabe ao professor se apropriar para poder trabalhar o
53
conteúdo com recursos audiovisuais, a exemplo. Abordando o mesmo
conteúdo de forma diferenciada, produz-se uma reelaboração do
conhecimento. Vale ressaltar que, com o advento das novas tecnologias de
comunicação, que vêm transformando as práticas tradicionais de conviver,
trabalhar, educar, e até mesmo de pensar e conhecer novos modelos
educacionais que transformem a atual situação da educação no país exige,
consequentemente, a reflexão sobre a uma nova proposta para a formação
do cidadão.
3.4. Currículo e conhecimento
O currículo do Colégio Estadual Telmo Octávio Muller, está atento às
dinâmicas sociais e culturais, flexibilizando os componentes curriculares,
oportunizando atividades extracurriculares de forma a favorecer a cultura
local, reconhecendo-a como parte do conhecimento necessário para a
aprendizagem dos estudantes. Considera que a concepção de currículo
escolar precisa estar vinculada com temas significativos para a cultura e
realidade em que a escola se encontra. Dessa forma, concordamos que
Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar. (VEIGA, 1995, p.26-27).
Atualmente, o país vive um momento de intensa atividade político-
educacional que se dá em razão das determinações legais relacionadas a
reforma do sistema de ensino no Brasil e isso incide no currículo, de forma
abrangente. Vale ressaltar que, além das Diretrizes legais, o currículo precisa
articular e estar atento às mudanças sociais e culturais assim como subsidiar
e direcionar os conceitos que compõe o trabalho na realidade educacional.
Nesse sentido, a reflexão sobre o currículo assume uma centralidade
neste projeto, pois está ligado a consciência de que este não se resume a
conteúdos prontos, mas a uma construção e seleção de conhecimentos e
54
práticas expostas às novas dinâmicas e reinterpretadas em cada contexto
histórico. Ainda, não se resume à prática, ou a algumas disciplinas, em
específico. Assim, podemos falar em atividades curriculares. Elas são
atividades principais, visto que referem-se “a transmissão dos instrumentos
de acesso ao saber elaborado” (SAVIANI, 2005, p. 16).
Não podemos falar em crianças e adolescentes, sem considerar as
diferentes representações, hábitos e meios em que vivem, afinal, carregam
marcas da atualidade. Enquanto realidade educativa que trabalha em meio à
desigualdade social, cumpre-nos o papel de unificar a ciência e a técnica,
não se isolando dessa atualidade, da prática social da criança e da
construção de um sujeito histórico. Diante de tais preliminares e de uma
multiplicidade de estudos realizados, é de fundamental importância pensar o
currículo na escola e na sociedade, e indagar: Qual currículo é necessário?
Para qual escola?
A educação, nesse contexto, explicita que os vínculos com os
aspectos sociais, históricos, políticos e econômicos são fundamentais para
pensar uma escola no combate à alienação, visto que estamos envoltos em
uma sociedade de classes, uma sociedade de exclusão. Com efeito, o
currículo dessa escola, volta-se à uma educação que unifica a teoria e a
prática e atenta para as questões sociais, enquanto processor vivo e
dinâmico para despertar a consciência para as questões sociais.
No âmbito da articulação entre o currículo escolar, o Projeto Político-
Pedagógico, o acompanhamento das ações, a avaliação e a utilização dos
resultados, com a participação e envolvimento do coletivo do colégio, a
realidade escolar e familiar dos alunos deve contribuir para orientar as
necessidades educativas transformando-as em currículo, objeto de
planejamento e potencial de conhecimento.
É evidente que nessa sociedade e na realidade que o Colégio Telmo
Müller faz parte - a variedade de culturas acompanha a multiplicidade da
história humana. Assim, não se pode dizer que existe uma totalidade
humana, que os homens são todos iguais. Cada povo tem processos
históricos comuns, mas a individualidade cultural é manifesta em cada
sociedade e grupo social.
55
A cultura, entendida aqui como o desenvolvimento das relações de
vivências que incorporam na sua trajetória, fatos, costumes, valores,
materiais produzidos e assimilados pelas diferentes gerações. O respeito
para a diversidade de raças, credos, costumes, enfim a multiculturalidade
presente no espaço escolar. Trata-se de uma conceituação baseada em uma
perspectiva que tem a educação com um fenômeno próprio da humanidade.
Com base em Saviani (2005), cultura é o resultado de toda a produção
humana. “Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e
intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o
processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o
mundo da cultura)” (SAVIANI, 2005, p. 11).
Igualmente, todo conhecimento, na medida em que se constitui em um
sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação,
todo conhecimento está estreitamente vinculado com as relações de poder.
Ao respeitar a diversidade cultural e valorizar a cultura popular e erudita, cabe
à escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
O conhecimento, compreendido neste documento, no seu movimento
real – a partir da corrente teórica do materialismo histórico – acontece pela
práxis que expressa justamente a unidade indissolúvel de duas dimensões: a
teoria e a ação. Essa união indissociável é um processo histórico, não linear,
nem neutro. Precisa se expressar no sentido da emancipação e da
descoberta dos mecanismos de opressão do ser humano. Para isso, precisa
compreender as relações não visíveis, isto é, superar o imediato e desvendar
as determinações que constitui aquilo que é fundamental numa perspectiva
histórico/social: a passagem do abstrato ao concreto. Veiga corrobora essa
perspectiva ao afirmar que
[...] a organização curricular para fins emancipatórios implica,
inicialmente, desvelar visões simplificadas da sociedade,
concebida como um todo homogêneo, e de ser humano,
como alguém que tende a aceitar papéis necessários à sua
adaptação ao contexto em que vive (VEIGA, 1995, p. 29).
56
Por isso, é necessário pensar as múltiplas determinações no currículo
escolar. Isso implica afirmar que os fatos emergem de processos diversos e
que é preciso buscar as mediações numa dinâmica que constitui a realidade
histórico-social, suas contradições e antagonismos. A partir da compreensão
de Ciavatta (2001), há uma clareza de que o conhecimento precisa partir do
empírico (experiências, observações), passar pelo abstrato (pensamento,
ideias que se distanciam dos objetos) para se chegar ao concreto
(conhecimento histórico que se revela na práxis).
O movimento da construção do conhecimento, enfatizamos, dá-se da
seguinte maneira “parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se
ao concreto” (SAVIANI, 1996, p.4). O concreto então, a partir de Saviani,
pode ser tanto ponto de partida, entendido como concreto-real, como pode
ser ponto de chegada, chamado concreto pensado. O real concreto para
Saviani (1996) é o empírico – o imediato – que é constituído de
particularidades, diversidades, apresentando unidades que são as relações
entre os fenômenos.
A concepção de ciência, presente nesse Projeto Político Pedagógico,
está pautada na evolução do conhecimento e nas formas de sua propagação.
É a presença do conhecimento nas relações humanas que garante a
superação de níveis inferiores de informação, incorporação e uso desses
saberes para que o ser humano possa viver mais criticamente e com
qualidade. A construção da especificidade do colégio significa recuperar sua
razão histórica, cabendo a ela dar sequência ao saber sistematizado, o
conhecimento científico, tendo em vista o processo de transmissão e
assimilação que deve nortear a definição de métodos e processos de ensino
e aprendizagem. Portanto, a ciência também é determinada pelas
necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo
tempo em que nela interfere.
Para um incipiente e vasto pensamento no campo curricular, Young
(2000) aborda algumas formas de percepção de currículo e, dentre elas, uma
abordagem com aspectos que superam a dicotomia entre um currículo
enquanto prática e outro como fato, um dado não modificável. A partir de
Young (2000), situamos nossa intencionalidade educativa em um currículo
que não se limita à prática dos professores, mas elucida o caráter político e
57
econômico da educação e transforma a prática e a teoria enquanto aspectos
interdependentes. Um currículo cuja base seja teórica e prática permite a
transformação da prática educativa.
Defendemos que a escola precisa estar capacitada com instrumentos
teórico/práticos. Precisamos, como aponta Gramsci (1982), formar os
intelectuais orgânicos da escola para compreender a conjuntura de uma
sociedade que se constitui historicamente por homens que se modificam e
modificam sua realidade.
3.5. Cuidar e educar
Quanto a concepção cuidar e educar para toda a etapa da Educação
Básica, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica
destacam:
- Art. 6º Na Educação Básica é necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência humana. (BRASIL, 2013, p. 64). - Art. 19. Cada etapa é delimitada por sua finalidade, seus princípios, objetivos e diretrizes educacionais, fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar, pois esta é uma concepção norteadora do projeto político-pedagógico elaborado e executado pela comunidade educacional. Parágrafo único. (BRASIL, 2013, p. 35).
No Ensino Fundamental, o cuidar e educar voltam-se ao aprendizado
dos conteúdos presentes no currículo, para que o aluno possa usufruir dos
bens culturais produzidos historicamente. Além disso, os termos envolvem
aspectos físicos, psicológicos e voltam-se à valorização do aluno enquanto
produtor de cultura. Temos como fundamentos legais:
Artigo 56. A tarefa de cuidar e educar, que a fundamentação da ação docente e os programas de formação inicial e continuada dos profissionais da educação instauram, reflete-se na eleição de um ou outro método de aprendizagem, a partir do qual é determinado o perfil de docente para a Educação Básica, em atendimento às dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas. (BRASIL, 2010, p. 17)
58
Nessa direção, as ações do Colégio Estadual Telmo Octávio Müller,
direcionam-se aos sujeitos de direitos que merecem ser respeitadas em
todas as suas diversidade, afinal, não podemos referir-se à educação, sem
considerar o cuidado. São termos indissociáveis quando se pensa em um
aluno como um sujeito de direitos, que está em constante transformação e
aprendizado. Por isso, é necessário avançar na conceituação que temos
sobre a natureza da educação.
[...] o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se formem humanos e, de outro lado e concomitante, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo (SAVIANI, 1984, p.2).
No tocante à infância, ao entender ser este o período que compreende
a fase do nascimento até os dez anos, e que a transição dos anos iniciais,
para os anos finais do ensino fundamental passa por este período, a escola
buscará compreender a adaptação das crianças ao novo espaço, as novas
turmas e ao número elevado de professores que estarão a partir daí tendo
contato com os mesmos.
A orientação pedagógica para os professores que atuarão com os
alunos matriculados no 6º ano visa à compreensão dos limites que a idade
impõe, na necessidade de contatos mais individualizados, na ampliação do
tempo de execução das atividades programadas através do Plano de
Trabalho Docente e que privilegiem a infância em seu período final, a
transição para a adolescência como um período de formação de caráter, o
cumprimento de responsabilidades cada vez maiores, a administração de
conflitos pertinentes a adolescência e as transformações por que passam
físicas, psíquica e intelectualmente nesse período.
É preciso fazer com que a passagem de uma etapa de vida para outra
seja marcada pelo avanço nas conquistas diárias, sem perder de vista a
necessidade de preservação ao lúdico, característico da infância, ao emotivo
que aproxima os seres e garante o contato pessoal.
59
Ao adotar posicionamento diferenciado para o 6º ano, etapa em que o
Ensino Fundamental se funde entre o inicial e o final, a escola pretende
valorizar a experiência adquirida na infância e a aprendizagem do 1º ao 5º
ano como aportes para impulsionar novas conquistas.
3.6. Educação em Direitos Humanos
As Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos reforçam e
reconhecem os princípios fundantes da dignidade humana, postas
anteriormente na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - LDBEN - nº. 9394/96 e em outros textos legais que
reconhecem o a escola como local de promoção dos Direitos Humanos. Com
base nessa afirmativa, temos amparo no Estatuto da Criança e do
Adolescente, em seus artigos 3º e 205 e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em seu 2º artigo.
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996) Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1990) Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (BRASIL, 1990)
O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller fundamenta-se na
compreensão que os direitos humanos precisam ser problematizados em
suas múltiplas dimensões – históricos, sociais e culturais – de forma a
propiciar uma visão crítica da sociedade. Além de problematizados, pode
configurar-se no trabalho educativo como uma ação para promover a vivência
dos vários direitos intrínsecos ao ser humano. Isso significa que, para a
formação de uma cultura que preserve os direitos humanos no espaço
60
escolar, há a necessidade de um processo de educação orientado para a
mudança social, isto é, uma educação emancipadora.
Pensar uma educação emancipadora que valorize o ser humano em
sua integralidade é trazer a pauta uma educação para a formação de sujeitos
que pensam. Por isso, a importância da escola na perspectiva emancipatória
reside no fato de ser um lugar de apropriação de conhecimento pela classe
trabalhadora. No tocante aos direitos humanos, é nessa perspectiva que
atuará um cidadão comprometido com a mudança daquelas práticas e
condições sociais que impedem o pleno exercício e efetivo respeito aos
Direitos Humanos.
Como percebemos, as leis supracitadas afirmam o desenvolvimento
integral para o desenvolvimento da cidadania. Corroboramos que
A tendência democrática, intrinsecamente, não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar ‘governante’ e que a sociedade o coloque, ainda que ‘abstratamente’, nas condições gerais de poder fazê-lo: a democracia política tende a fazer coincidir governantes e governados, assegurando a cada governado a aprendizagem gratuita das capacidades e da preparação técnica geral necessárias ao fim de governar” (GRAMSCI, 1991, p. 137, grifos nossos).
No modelo de sociedade em que vivemos, o termo cidadania tem sido
destinado a perpetuar as diferenças sociais e/ou tem se restringido à uma
mera participação social. Muito mais que isso, o Colégio Estadual Telmo
Octávio Müller acredita que as ações cidadãs precisam ter um objetivo e
direcionar-se para uma efetiva igualdade social no sentido de superar a
dominação imposta pela sociedade de classes. Assim sendo, reforçamos que
a cidadania compreende a participação dos sujeitos na busca da igualdade,
em seus variados aspectos (MARTINS, 2000). Nesse sentido,
As ações consideradas cidadãs são aquelas que terão como objetivo fundamental a contraposição à direção e dominação imposta na sociedade de classes. Os cidadãos serão aqueles que, passando por um processo educativo que os leve a superar a condição de indivíduo, efetivamente projetar-se-ão na luta política, pois conscientes e organizados coletivamente, buscarão a transformação das estruturas que produzem a desigualdade entre as classes sociais (MARTINS, 2000, p. 58, grifos nossos).
61
O aspecto político presente nessa forma de compreender a cidadania
é primordial para a formação em direitos humanos. Efetivá-la é um desafio
constante no qual a escola se propõe para que haja um fortalecimento dos
direitos que protegem e promovem os sujeitos, tanto no que se refere aos
direitos, quanto às responsabilidades sociais.
3.7. Educação Ambiental
Muito embora as preocupações com o meio ambiente começaram a
despontar na década de 70, foi somente no final dos anos 90 que a escola
começou a trabalhar a chamada educação ambiental em seu contexto com
mais ênfase e obrigatoriedade por lei em 27 de Abril de 1999, pela Lei N°
9.795 – Lei da Educação Ambiental, onde em seu Art. 2° afirma:
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999)
Com base na Política Nacional de Educação Ambiental, “entende-se
por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”
(BRASIL, 1999). Estes processos devem ser tratados de modo sistêmico
favorecendo o diálogo constante, numa abordagem interdisciplinar,
transdisciplinar e transversal com a finalidade de superar a fragmentação e
compartimentação da diversidade dos saberes disciplinares.
Neste sentido, é preciso em consonância com a Política Estadual de
Educação Ambiental
[...] desenvolver práticas integradas que contemplem suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos de saúde, históricos, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais, filosóficos, estéticos, tecnológicos, éticos, psicológicos, legais e ecológicos; divulgar e socializar as informações socioambientais; estimular o fortalecimento de uma consciência crítica sobre as questões ambientais e sociais; promover e incentivar o envolvimento e a participação individual e coletiva (PARANÁ, Política Estaual de Educação Ambiental, 2013).
62
Isto é a Educação ambiental faz parte da prática docente, discente,
colaboradores e comunidade do Colégio Estadual Telmo Octávio Müller na
sua busca por ser uma escola sustentável. Deste modo, as questões
ambientais não se restringem à disciplinas específicas, mas perpassam os
Planos de Trabalho docente das diversas áreas e disciplinas do Currículo
Escolar. Assim, são encaminhadas no espaço escolar no âmbito de ações
que contemplem a organização curricular, a gestão democrática e o espaço
físico.
Nos baseamos no pensamento Dias (2004), em que a Educação
Ambiental deve ser um elemento considerável nas teorias e práticas que
fundamentam as ações educativas, tanto nos contextos informais quanto nos
formais, orientando à busca de soluções para problemas da realidade, seja
local ou global. Assim, são necessárias ações que sejam, além de
informativa, prática, de modo a desenvolver e suscitar uma consciência
crítica sobre a problemática ambiental.
3.8. Violências e o Uso de Álcool e outras Drogas em âmbito escolar
As questões sociais estão presentes no espaço escolar e interferem
diretamente na prática pedagógica. Uma das questões presentes nas escolas
é a violência. Pode ser visualizada de forma complexa e multifacetada, como
fenômeno social, histórico, cultural e político. Nesse contexto, as substâncias
psicoativas, o uso de álcool e outras drogas apresentam índices de uso, e o
espaço escolar não pode estar imune a esta questão. Portanto, sabendo que
o ambiente escolar não está mune à violência e ao uso de drogas,
acreditamos que o papel da educação e da prevenção primária com o intuito
de proteger integralmente as crianças e adolescentes.
Para tanto, a escola busca estar atenta e preparada para tratar as
temáticas que suscitam o fazer pedagógico e contemplam temas sociais
contemporâneos, de ordem ambiental, de gênero e sexualidade, referentes
às questões étnico raciais, do enfrentamento à violência e do uso de álcool e
outras drogas. Essa abordagem encontra amparo nas Diretrizes Curriculares
63
do estado do Paraná que orientam para que os desafios educacionais “sejam
abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada,
articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas e sob o
rigor de seus referenciais teórico-conceituais” (PARANÁ, 2008, p. 26), a partir
de uma prática pedagógica que leve em consideração a dimensão científica,
filosófica e artística do conhecimento.
Para tanto, a citação supracitada permite-nos perceber que os desafios
impostos no dia a dia inserem-se em conteúdos de diferentes disciplinas do
campo curricular, contempladas no Projeto Político Pedagógico. Nesse
sentido, a abordagem desses assuntos dar-se-á através da apropriação dos
conhecimentos presentes no currículo escolar.
Nesse sentido, o Colégio compreende que o enfrentamento a
violência, seja ela por via da repressão física cometida no lar ou até mesmo a
psicológica que transfere para o aprendizado marcas intensas, precisam
estar no foco das orientações do colégio.
O Colégio possivelmente é o melhor lugar para se debater este
assunto, por ter a viabilidade de acesso às crianças, jovens e adultos. E deve
procurar desenvolver formas de prevenção ás drogas e violência, debater
esse assunto com intuito de contribuir com informações que irão ajudar os
jovens, de maneira que sensibilize-os sobre os riscos e perigos causados por
elas.
O combate ao uso indevido de drogas, que já é proporcionado nas
séries iniciais em parceria com a Polícia Militar, precisa ser retomado nas
discussões que se aprofundam nessa etapa do ensino. Reconhecer e manter
um aspecto de combate deverá fazer parte de matérias específicas como
Ciências e Educação Física, onde os aspectos corporais de saúde e
preservação da vida fazem parte dos conteúdos específicos. Portanto é
imprescindível debates e questionamentos que busquem soluções para
amenizar ou erradicar as causas desse problema. O colégio como parte da
sociedade tem um papel importante na formação de cidadãos participativos e
críticos e tal assunto não foge do contexto escolar, afinal, a violência incide
no ambiente escolar e na comunidade em geral.
64
3.9. Educação Especial
Nas últimas décadas, muitas mudanças e avanços significativos de
ordem institucional e de legislação ocorreram com relação a pessoa com
deficiência, ou seja, na área de Educação Especial. A resolução nº 02/2001,
Conselho Nacional de Educação CEB ( Câmara de Educação Básica), de 11
de setembro de 2001, institui as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica que em seu art. nº 8, determina que “as
escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de
suas classes comuns”.
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,
a Educação Especial perpassa todas as etapas da Educação Básica e é uma
modalidade de ensino transversal. Compreendemos que os sistemas de
ensino fornecem a matrícula de todos os estudantes com deficiências
(deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, deficiência visual,
surdocegueira e surdez), transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, e a escola cumpre a organização para o
atendimento educacional especializado, com condições para efetivar uma
educação de qualidade e igualitária.
O Colégio Estadual Telmo Octávio Müller considera as necessidades
pedagógicas específicas com base nos princípios, éticos, políticos e
estéticos. Mobiliza suas iniciativas proporcionando condições para que os
professores das classes regulares possam estimular e explorar a
potencialidade dos alunos, com uma prática inclusiva.
Para garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno com
necessidades educacionais especiais, na sala de aula do ensino regular, é
preciso que a prática seja baseada nas necessidades, nas potencialidades e
nos interesses desse estudante.
Para a efetivação da educação inclusiva no Brasil é muito importante
que se faça adaptações curriculares de grande e pequeno porte em todo o
sistema educacional. É uma questão social, política e administrativa que
depende de ações conjuntas no processo de inclusão dos alunos com
necessidades educativas especiais.
65
São considerados recursos de acessibilidade aqueles que garantem as condições de acesso, permanência com participação e avanços na qualidade da aprendizagem dos estudantes da Educação Especial, dentre os quais estão os que apresentam mobilidade reduzida, que necessitam da utilização de materiais pedagógicos diferenciados; de espaços físicos, mobiliários e equipamentos acessíveis; de sistemas de comunicação e informação diversificados, assim como de transportes e outros serviços adaptados (PARANÁ, 2016, p. 61)
Essa reorganização desenvolve a independência e autonomia dos
estudantes, além de ampliar o a acesso às diferentes áreas do currículo
escolar. Ainda, o professor das diferentes disciplinas e o professor que
atende a Educação Especial primam por um trabalho com estratégias
pedagógicas para favorecer a aprendizagem, com enriquecimento do
desempenho acadêmico.
Neste trabalho, estão inclusas salas de recursos multifuncional,
organizadas no período vespertino, alunos com Deficiência Intelectual,
Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento,
Transtornos Funcionais Específicos, como Disgrafia e Dislexia. A sala está
organizada de forma a propiciar a acessibilidade desses alunos com um
espaço que dispõe de mobiliário, materiais didático pedagógicos, recursos
pedagógicos adaptados, equipamentos tecnológicos e uma profissional com
formação para o atendimento adequado às necessidades educacionais
especiais. A legislação vigente estabelece critérios para o Atendimento
Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncional, na educação
Básica.
66
IV. PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)
4.1. Calendário Escolar
O Calendário Escolar do Colégio Estadual Temo Octávio Müller segue
INSTRUÇÃO N° 12/2016 – SEED/SUED. Esta orienta para a construção e
aprovação do Calendário conforme a legislação educacional vigente,
Deliberação 002/02 – SEED/SUED e está fundamentado Lei n° 9394/1996 -
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Que prevê:
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. (BRASIL, LDB, 1996).
O Calendário Escolar é elaborado anualmente pela Secretaria de
Educação do Paraná (SEED) de forma a cumprir a Lei nº 9394/96 onde
determina a carga horária e como deve ser cumprida por todas as instituições
de ensino que ofertam a Educação Básica. Assim sendo, a carga horária
anual é de 800 (oitocentas) horas, distribuídas em 200 (duzentos) dias de
efetivo trabalho escolar com 70 dias de recesso escolar para os discentes e
61 dias para os docentes. Posteriormente, o colégio faz a construção do
calendário escolar atendendo as especificidades do estabelecimento e da
comunidade escolar. Serão considerados dias letivos – Del. Nº 002/02
CEE/PR a Semana Pedagógica (4 dias), Formação Continuada (2 dias),
planejamento (3 dias) e formação disciplinar (1 dia).
Para o curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio –
Formação de Docentes a carga horária é estabelecida conforme Calendário
Nacional de Cursos Técnicos, Lei federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução
004/2010 – SUED/SEED sendo o Parecer 948/2014 do Conselho Estadual de
Educação - CEE: Carga Horária Total de 4.800h/aula e 4.000h/relógio para
implementação simultânea. Esta carga horária de subdivide em 2.400h/aula e
2.000h/relógio para as Disciplinas da Base Nacional Comum, sendo 80h/aula
67
e 67h/relógio para a Parte Diversificada, já para as Disciplinas da Formação
Específica são 2.400h/aula e 2.000h/relógio.
Para organização e avaliação esta instituição de ensino organiza o
calendário escolar em três períodos denominados de Trimestres.
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 5 6 7 8 9 10 118 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 12 13 14 15 16 17 1815 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 19 20 21 22 23 24 2522 23 24 25 26 27 28 26 27 28 26 27 28 29 30 3129 30 31
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 1 2 3 4 5 6 1 2 3
2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10
9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 1716 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3030
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 1 2 3 4 5 1 2
2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 99 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 1616 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2323 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 3030 31
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 28 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 915 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 1622 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 2329 30 31 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30
31
Dias Dias
44 30
9 12
11 7
6 6
70 6
61
Reunião Pedagógica (noite)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão
ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER - EF
RUA IGNÁCIO FELIPE, 700 - MARMELEIRO - PR Fone(46) 3525 1103 - [email protected]
Turno: MANHÃ/TARDE Curso: ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS
CALENDÁRIO ESCOLAR 2017Considerados como dias letivos – Delib. Nº 02/02 – CEE/PR
Semana pedagógica (04 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (03 dias); formação disciplinar (01 dia)
Janeiro Fevereiro 10 dias – 8 c/a Março 22 dias – 21 c/a
1 Dia Mundial da Paz 28 Carnaval
Abril 18 dias - 18 c/a Maio 21 dias – 20 c/a Junho 20 dias - 19 c/a
14 Paixão 1 Dia do Trabalho 15 Corpus Christi2 1 T iradent es
1º
sem
estr
e
101 d
ias –
96 c
/a
22 Dia da Padroeira
Julho 10 dias – 10 c/a Agosto 23 dias - 22 c/a Setembro 19 dias – 18 c/a
6 dias – 4 c/a0 7 D ia do Funcionário de Esco la 7 Independência
2º
sem
estr
e 1
01 d
ias –
96 c
/aOutubro 20 dias – 19 c/a Novembro 19 dias - 19 c/a Dezembro 14 dias – 14 c/a
12 N . S. A parecida 2 F inados 19 Emancipação Po lí t ica do PR 15 D ia do Pro f essor 15 Proclamação da República 2 5 N at al
20 D ia N acional da C onsciência N egra
Início/Término das aulas Férias / Recessos
Discentes
Férias / Recessos
DocentesPlanejamento
Férias Mês Mês
Recesso Jan/Fev Jan/f érias
Semana Pedagógica julho Fev /recesso
Total
Feriados Dezembro Jul/recesso
Formação Continuada Recessos Dez/recesso
Formação disciplinar Complementação de carga horária – vide versoPlanos de Abandono
Integração Família Escola (vide verso)
Fechamento do Ano Letivo Total Outros recessos
Conselho de Classe (18/05 - 29/08 noite) (04/12 noite)
30
Figura 3: CALENDÁRIO ESCOLA 2017 - COLÉGIO ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER (FRENTE)
68
07:30 13:15
08:20 14:05
09:10 14:55
10:00 15:45
10:15 16:00
11:05 16:50
11:55 17:40
TURNO
Noite
Noite
Noite
Noite
Noite
Noite
Noite
Diurno
Noite
Noite
Noite
Noite
Tarde
Noite
Noite
Integração entre escolas (TOM/Bom Jesus) 4 H
INFORMAÇÕES
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Início e término de cada aula
Período: MATUTINO Período: VESPERTINO
Início aula - 1ª Aula Início aula - 1ª Aula
2ª aula 2ª aula
3ªaula 3ªaula
Intervalo Intervalo
4ª aula 4ª aula
5ª aula 5ª aula
Término aula Término aula
DATA Atividades de Integração Família/Comunidade/Escolas CARGA HORÁRIA
30/03/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
25/04/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
31/05/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
10/06/2017 Festa Junina 8 H
26/06/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
31/07/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
10/08/2017 Jogos integração pais e alunos 4 H
26/08/2017 Caminhada da Sensibilidade (Escola Entre Amigos) 4 H
04/09/2017 Integração entre as escolas (Atividades Desportivas entre famílias) 4 H
06/09/2017 Noite Cultural (Apresentação de produções didáticos/pedagógicas) 4 H
26/09/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 4 H
30/11/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
26/10/2017 Formação para alunos e comunidade escolar 3 H
20/11/2017 Integração entre Escolas do Município 6 H
18/11/2017
Figura 4: CALENDÁRIO ESCOLAR 2017 - TELMO OCTÁVIO MÜLLER (VERSO)
4.2. Ações Didático Pedagógicas
Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
9394/96 em seus artigos 14, inciso I do Projeto Pedagógico e 12, inciso I - 13,
inciso I da Proposta Pedagógica, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a
Constituição Brasileira, a Lei nº 10639/03, Lei nº 11645/08 que estabelecem a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, a Resolução
Nº. 07/2010, as Instruções 004/2011, 007/2011 e 008/2011, bem como as
Deliberações do Conselho Estadual de Educação do Paraná, pertinentes ao
Ensino Fundamental de Nove Anos, e as orientações da SEED referentes aos
Desafios Educacionais Contemporâneos e Temas da Diversidade, o Colégio
Estadual Telmo Octávio Müller se propõe a um trabalho, tendo como base a
69
Pedagogia Histórico-Crítica, respeitando as diferenças individuais e
considerando as peculiaridades das crianças e adolescentes, na faixa etária
atendidas por este nível de ensino, ou seja, Ensino Fundamental anos finais
do 6º ao 9º ano e Ensino Médio Profissionalizante Normal.
Embora os alunos desenvolvam suas capacidades de maneira
heterogênea, a educação tem por função criar condições para o
desenvolvimento integral, considerando, também, as possibilidades de
aprendizagem que se apresentam nas diferentes faixas etárias.
Buscando trabalhar as críticas levantadas junto aos alunos, sobre a
forma de trabalho dos professores, as decisões conjuntas sugerem um
repensar das práticas desenvolvidas no âmbito escolar. Esse repensar será
sistematizado na sequência deste texto.
Os profissionais de educação em suas áreas de atuação procurarão
diversificar as formas de trabalho durante o período necessário para a
aprendizagem, compreendido a partir de 2011 como trimestral, ministrando
aulas expositivas, utilizando transparências sobre conteúdos,
complementando assuntos com vídeos, multimídia, produções coletivas e
individuais. Quando possível, os alunos serão desafiados através de
pesquisas que introduzem ou complementam a compreensão dos conteúdos.
Temas como preconceito, violência, relações etnicorraciais, cultura
africana e indígena, diversidade, educação fiscal, política, sexualidade,
drogas, saúde, meio ambiente, direitos humanos e qualidade e valorização
da vida, serão contemplados nessa proposta de educação.
Serão promovidas gincanas culturais para os alunos, bem como jogos
escolares envolvendo outras escolas e ou adaptados, envolvendo pais e
outros familiares (irmãos), como forma de integrar mais a família e a escola.
As festas tradicionais e comemorações serão realizadas no espaço escolar,
uma vez que o objetivo é preservar a cultura evitando-se o desgaste de
promoções externas, as quais geram maior preocupação e cuidados com os
participantes. Desta forma reduz-se o envolvimento somente aos familiares,
evitando-se conflitos que extrapolem os muros da instituição.
A Escola buscará estimular a valorização e a participação em
apresentações artísticas no âmbito escolar e extra-escolar, demonstrando à
comunidade outras formas de aprendizado. Expor com frequência os
70
trabalhos dos alunos para que todos que transitam pelo ambiente escolar
possam verificar as práticas adotadas nas aulas.
Buscar-se-á, ainda, promover reuniões pedagógicas com pais, alunos
e professores para informações e discussões de assuntos referentes ao bom
andamento escolar. Desta forma amplia-se o conhecimento da realidade
vivida pelas famílias, possibilitando trabalhar ações que promovam a
cidadania, valorizando o que a comunidade possui culturalmente e
profissionalmente. A escola se coloca como centro de atividades
interacionistas, onde o poder de fala é dividido igualmente com todos os
envolvidos, pois só assim a escola caracteriza-se democrática. Essa
dinâmica vem ao encontro do Projeto Permanente de Participação das
Famílias na Escola, assumido perante a comunidade.
Despertar nas famílias a necessidade de acompanhamento mais
frequente para a verificação do rendimento escolar dos filhos e possível
auxílio nas atividades de reforço, tarefas, trabalhos complementares para a
aferição de notas, já que esta é a cultura mais compreendida pelos pais,
comunicando-os sobre os resultados obtidos nos trimestres sejam em
reuniões, sejam em conversas diretas com os pedagogos da escola,
naqueles casos em que se tornarem necessárias.
Em relação aos problemas de indisciplina em sala de aula, serão
observadas as medidas descritas no Regimento Escolar e no regulamento
interno, podendo ser advertidos e punidos conforme a gravidade dos fatos
apresentados. Esse processo sempre iniciará com a orientação por parte dos
pedagogos na busca de solucionar imediatamente a questão. Caso persistam
as infrações, buscar-se-á respaldo junto ao conselho escolar, os pais e o
conselho tutelar para a tomada de decisões mais severas. Entende-se que a
indisciplina gera o não aprendizado escolar também dos demais colegas de
sala de aula o que precisa ser investigado de forma concreta, pois há que se
garantir a confiabilidade do processo de aprendizagem dos que querem,
como um direito, e incentivar os que não querem, como sendo uma
necessidade emergente.
Em relação às dificuldades de aprendizagem, a escola ofertará reforço
escolar para os alunos do 6º ano e se houver disponibilidade de espaço,
também para as outras séries/ ano, dispondo de profissional capacitado para
71
a tarefa de construir conhecimentos adotando práticas diferenciadas das
efetivadas em sala de aula privilegiando não somente o currículo, mas outras
habilidades, em período contrário ao das aulas normais. Esse profissional
terá acompanhamento direto dos professores pedagogos bem como dos
regentes de sala de aula, para avaliar rendimentos e sugerir os conteúdos
que necessitam ser trabalhados, passando frequentemente por capacitação
ofertada pela SEED.
Além disso, a escola oferecerá Sala de Recursos Multifuncional para
os alunos que apresentam deficiência intelectual e/ou transtornos
específicos, comprovados através de avaliações psicológicas, neurológicas e
psicopedagógicas, além de atender egressos inclusos de Escolas
Especializadas, funcionando em período contrário, com cronograma e
oferecendo atendimento individualizado.
Para tanto, é preciso garantir as adaptações curriculares pertinentes
em cada caso apresentado em sala de aula, para efetivar possíveis avanços,
utilizando-se de observações permanentes quanto ao domínio dos conteúdos
trabalhados. Também é necessário intensificar a recuperação paralela com a
retomada dos conteúdos do período, os quais não tiveram aproveitamento
satisfatório durante o processo de ensino e aprendizagem.
Conforme a gama enorme de sugestões dadas pelos alunos, pais e
professores, em consultas realizadas durante os anos anteriores, a
organização pedagógica da escola terá que revisar constantemente a
metodologia aplicada em sala de aula, utilizando-se de recursos tecnológicos
disponíveis para diversificar as aulas, saindo da aula meramente expositiva,
para a reflexão, fazendo uso de vídeos, experimentos em laboratórios,
produção de maquetes, passeios, aulas com exposição de conteúdos em
retroprojetor, TV pendrive, projetor multimídia, computadores e softwares
disponíveis na área de educação.
Os professores terão acompanhamento constante de toda a equipe
pedagógica, auxiliando na tomada de decisões, incentivando o uso de novas
práticas adaptadas a nossa realidade.
A metodologia, como já foi citada, buscará contemplar a exposição, a
pesquisa, uso de recursos que venham a tornar a aprendizagem mais real e
interessante. A prática sugerida aos professores e adotada pela instituição
72
será a da reflexão sobre as ações desenvolvidas, sejam aquelas que
envolvam o desempenho dos conteúdos durante as aulas, bem como
aquelas desenvolvidas na vida social.
O planejamento coletivo dará base para efetuar a interdisciplinaridade
e abrir momentos de discussão onde haja trocas de experiências entre as
disciplinas, enriquecendo, desta forma, o currículo escolar. Sendo assim, os
desafios educacionais contemporâneos e os temas da diversidade deverão
fazer parte das discussões em todas as áreas do ensino desenvolvidas na
escola.
Será promovido festival escolar interno de xadrez através das práticas
de Educação Física, buscando valorizar bem mais a participação e
desempenho como aprendizagens do sujeito, do que estimular somente para
a classificação e premiação.
Promover o resgate de valores com atividades interdisciplinares que
incentivem ações de cunho social, ético e moral, importantes na formação de
nossas crianças e adolescentes.
Utilizar os Laboratórios de Informática e Ciências como recursos para
o desenvolvimento de aprendizagens, tanto relacionadas às matérias do
currículo, como também para a pesquisa e incorporação da tecnologia no dia
a dia de nossos alunos.
Promover viagens de estudo conforme a necessidade dos conteúdos
de História, Geografia e Ciências, ampliando o conhecimento em cada área
estudada, tendo a preocupação com a preservação ambiental, o resgate
histórico e a conscientização da importância da vida. Nessa dinâmica, os
conteúdos referentes ao Paraná serão contemplados, buscando integrá-los
nas discussões das diversas áreas compreendidas, como a cultura, a
economia, a história, fazendo-se a compreensão dos mesmos através das
comparações entre o passado e o momento presente, valorizando assim,
aspectos relevantes da nossa formação sócio-econômico-cultural
paranaense.
A escola desenvolverá trabalhos voltados a Educação Ambiental,
através do projeto de compostagem com o plantio de árvores e hortaliças,
visitas ao Viveiro Municipal, campanhas de sensibilização em relação à
reciclagem, coleta seletiva de lixo, bem como a conservação do ambiente
73
escolar. Manter o projeto Horta Escolar, implementando a partir de 2012 com
atividades de compostagem de resíduos domiciliares, envolvendo alunos,
professores, equipe pedagógica, desenvolvendo o senso de cuidados com o
meio ambiente, higiene e nutrição, podendo servir para a complementação da
merenda escolar ofertada pela SEED.
Para que a comunidade escolar conheça as práticas de pesquisa e
desenvolvimento de experimentos realizados durante o ano letivo, será
promovida a mostra interdisciplinar em momento a ser definido pelo coletivo.
A valorização e o incentivo a leitura, se dará em todas as áreas do
conhecimento através da implementação do acervo bibliográfico da escola,
promovendo o uso responsável do mesmo, dando continuidade ao calendário
de empréstimo quinzenal de livros.
Será publicado trimestral o Jornal do TOM, com a participação dos
alunos representantes do Grêmio Estudantil e professores na elaboração de
textos, imagens, e informativos de divulgação do trabalho realizado na
Escola.
Dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil na promoção de eventos e
reflexões referentes ao bom andamento escolar, buscando integrar os alunos
no contexto dessas discussões.
A APMF e Conselho Escolar são Órgãos Colegiados, integrados nas
atividades realizadas na escola através do envolvimento dinâmico e efetivo
dos mesmos. É através do Conselho Escolar que todos os segmentos da
comunidade e escola têm para discutir e encaminhar ações que assegurem
às condições necessárias a aprendizagem, para que crianças, adolescentes
e jovens possam ser cidadãos que participem plenamente da vida social.
O Conselho Escolar constitui um espaço de discussão, de caráter
consultivo, deliberativo, fiscalizador, avaliativo e mobilizador, devendo
participar das decisões referentes à programação da escola e organização
financeira, solução de problemas com professores e alunos.
Dentre as principais atribuições do Conselho Escolar, destaca-se a
função de coordenação do coletivo da escola e a criação de mecanismos de
participação, articulação entre os vários segmentos organizados da
sociedade e os setores da escola, constituindo um dos mais importantes
mecanismos de democratização da gestão escolar.
74
No Ensino Fundamental de Nove Anos o Projeto Político Pedagógico
da escola privilegia o ensino enquanto construção do conhecimento, o
desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno e sua inserção no
ambiente social utilizando, para isso, os conteúdos curriculares da base
nacional comum, os desafios educacionais contemporâneos e os temas da
diversidade trabalhados transversalmente em sua contextualização.
Dois aspectos precisam ser lembrados constantemente com a
implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos. Um deles diz respeito à
compreensão da alfabetização como um momento que dependem todos os
desdobramentos seguintes da vida escolar. Portanto, alfabetizar significa
assumir uma postura política frente ao nosso universo de atuação que inclui o
respeito pelos alunos, confiar na capacidade de desenvolvimento de cada um
deles e de todos, ter criatividade, iniciativa e confiança para, com esse
trabalho contribuir para tornar o mundo melhor.
O segundo diz respeito ao conceito de letramento que resinifica o
conceito de alfabetização, uma vez que as transformações motivadas pelos
setores econômicos e tecnológicos imprimem novas práticas sociais do uso
da escrita. Este conjunto de práticas de comunicação social relacionadas ao
uso de materiais escritos, não envolvem ações de natureza só física, mental
e linguístico-discursiva, como também social e político-ideológica. Portanto,
alfabetização e letramento não são sinônimos, mas também um processo
não exclui o outro, ou seja, se inter-relacionam durante as práticas formais de
ensino e aprendizagem.
O acolhimento dos alunos que se inserem no colégio para a
continuidade do ensino fundamental, anos finais, será feita criteriosamente,
como já vem sendo realizada em anos anteriores, buscando fazê-los
conhecer o espaço físico, a organização pedagógica em reuniões específicas
e de esclarecimento do regimento interno, bem como promovendo na escolha
de aulas para o 6º ano, uma discussão e comprometimento dos profissionais
que ali atuarão a partir de então. É preciso entender que há a necessidade
de um trabalho mais lúdico e num tempo maior para que estes alunos
possam lograr êxitos em suas aprendizagens.
Ainda, iremos ofertar o ensino profissionalizante com o curso de
Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
75
Fundamental que foi implementado pois havia grande interesse da
comunidade escolar pela oferta no Colégio Estadual Telmo Octávio Muller
além de um contexto de aumento de estudantes interessados em cursá-lo.
Em relação à Formação Continuada, a escola entende que todos os
profissionais são importantes para a realização dos objetivos propostos e que
grande parte desses objetivos depende da formação ofertada, tanto através
da SEED, como em momentos organizados pela própria escola, ou ainda,
através da busca particular de cada profissional. Os professores serão
estimulados a participar de capacitações à distância, em ambiente e-moodle,
como forma de incorporar novos aprendizados que a atualidade exige.
Os professores são responsáveis pela transposição didática. Cada um
tem papel fundamental, incluindo os Agentes Educacionais no processo
educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas da
vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano
escolar.
Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo
e equilíbrio. Para tanto, garantir-se-á a formação continuada aos profissionais
da educação através de: reuniões pedagógicas organizadas e coordenadas
pela direção e pedagogos, com temas pertinentes a melhoria da
aprendizagem, incentivo à participação em encontros por áreas do
conhecimento, oferecidos pela SEED, NRE e Secretaria Municipal de
Educação, cursos à distância (GTR e outros), palestras, discussões,
dinâmicas, oficinas. Motivação e valorização dos profissionais, independente
do cargo que ocupam, dando condições para desenvolver seu trabalho com
eficiência. Primar pelo trabalho em equipe, direitos e deveres. Trocas de
experiências entre professores, pedagogos, agentes educacionais I e II,
direção e pais de alunos, web-conferências e incentivo a leitura de bons livros
cujo retorno seja a melhoria da qualidade do ensino.
O Conselho de Classe da instituição será órgão coordenador e
avaliador da ação educacional da escola, composto pelo diretor, pedagogos e
professores, além de incorporar alunos e pais, formando um colegiado onde
os mesmos se encontram para discutir o desempenho alcançado ao final de
um trimestre, além de estabelecer critérios para os trabalhos de
acompanhamento, avaliação e recuperação das dificuldades de
76
aprendizagem, bem como para identificar as causas do não aproveitamento
escolar em determinadas disciplinas. O Conselho de Classe também
analisará informações sobre o caráter pessoal dos alunos e seu desempenho
anterior.
O Conselho de Classe possibilitará a inter-relação de profissionais e
alunos propiciando o debate sobre o processo de ensino e aprendizagem. É
o momento para a análise dos avanços dos alunos, do desempenho dos
professores e da equipe pedagógica onde o diretor é o mediador e tem a
missão de conduzir a reunião de forma democrática.
O conselho de classe será um espaço não só para possibilitar a
análise do desempenho dos alunos, mas também da própria escola, de forma
conjunta e cooperativa, analisada por todos os que integram a organização
escolar (direção, pedagogos, professores, agentes educacionais, pais e
representantes dos alunos) como também proposições para a ação
rompendo-se com as finalidades classificatórias e seletivas a que tem servido
até o momento.
Serão realizados Conselhos de Classe durante o ano letivo,
respectivamente ao final de cada etapa de estudos, ou seja, trimestralmente.
Isso não inviabilizará a realização de pré-conselhos e pós-conselhos como
uma forma abrangente de acompanhar o processo de ensino e
aprendizagem.
A avaliação sendo um processo natural, que permite ter consciência do
que se faz na escola, e da qualidade do que se faz, bem como das
consequências que acarretam tais ações, deve ser entendida como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados, com a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, contínua, cumulativa,
permanente, inclusiva dando ênfase à atividade crítica, à capacidade de
síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Utilizará de técnicas e
instrumentos diversificados. Os alunos serão submetidos a várias
oportunidades de aferições as quais servirão para os professores detectar os
pontos que necessitam ser novamente trabalhados, repensar sua
metodologia para que o progresso de cada aluno seja realmente alcançado.
77
Olhar muito mais para os avanços na dinâmica apresentada do que para os
fracassos do período. Para que a avaliação torne-se parte integrante e
fundamental do processo de aprendizagem ela será incorporada às
atividades normais de sala de aula, envolvendo os alunos nesse processo
chamado de auto-avaliação.
A avaliação será trimestral, acompanhando o desempenho dos alunos
durante todo o período através de observações, de produções individuais,
discussões, realizações de provas orais e escritas, bem como pela
participação e interesse em sala de aula. Serão aferidas notas como forma de
mensurar os dados que esclareçam o desempenho para a verificação dos
pais, mas o crescimento ao longo do período será a melhor investigação de
avaliação.
Ensinar, aprender e avaliar não serão momentos separados, um
acompanhará o outro, formando um contínuo em interação permanente ao
andamento normal das aulas. Ela, a avaliação, representará um meio
imprescindível para a verificação da aprendizagem. Ao avaliar, olha-se para
trás e percebe-se que é preciso rever o programa, retificar, buscar outros
caminhos, lançar novas indagações.
A avaliação deverá estar sempre presente, pois é ela que indicará o
caminho a seguir na implementação do currículo e no desenvolvimento dos
processos que isso envolve. Dessa forma a avaliação deverá ser usada
sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar;
observando sempre o crescimento do aluno, pois ele deve ser o centro de
todas as ações.
As formas de registros das avaliações serão através de textos
produzidos, resumos referentes aos conteúdos, provas escritas sobre a
matéria, exposições orais e escritas sobre conteúdos, participação efetiva
durante todo o processo de ensino e aprendizagem, além de produção de
materiais (maquetes, experimentos), quando se fizer necessário. Como esse
processo precisa ser contínuo, a periodicidade das avaliações terá que ser
continuamente observada. Produções diárias serão motivos de registro,
testes frequentes, enfim, a observação diária valerá como diagnóstico sobre
a aprendizagem.
78
A recuperação paralela a este processo acontecerá com a retomada
dos conteúdos, que por ventura encontrar-se com defasagem em relação aos
demais. Para isso, cada professor, munido de seu Plano de Trabalho
Docente, verificará as possíveis estratégias que, diferentemente daquelas já
utilizadas em sala de aula, possam surtir melhores resultados de
aprendizagem.
Para efeitos de aprovação ou retenção de alunos, considerar-se-á as
médias obtidas durante os trimestres, registradas de 0 a 10, divididas pelo
número de trimestres (3).
O Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP – será um programa
de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam na
escola e o corpo discente, a executar ações de prevenção de incêndios,
desastres naturais e situações de riscos nas Escolas.
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contra
turno é o programa que visa a expansão de atividades pedagógicas
realizadas na escola como complementação curricular no horário contrario ao
turno, a fim de atender as especificidades da formação do aluno e da sua
realidade. Viabilizando o acesso, permanência e participação dos educandos
em atividades pedagógicas de seu interesse, e assim possibilitando aos
mesmos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com
colegas, professores e comunidade. Para o ano de 2011, o projeto será sobre
“jogos de tabuleiro”.
A Escola Estadual Telmo Octávio Müller buscará com este Projeto
Político Pedagógico contemplar as ideias e sugestões que aqui foram
registradas, abrindo-se para ser este um espaço de várias aprendizagens e
ao mesmo tempo retomadas de discussões que possam ir se construindo no
decorrer de sua implantação. Assim, a responsabilidade na educação como
construção de conhecimentos científicos será meta da instituição. Os
problemas que extrapolam a competência dos profissionais sejam eles
professores, pedagogos, serão encaminhados para o Conselho Tutelar de
nossa cidade para as medidas cabíveis em cada caso específico, pois a
escola precisa recuperar a sua função de “local do conhecimento”, já que ali
estarão reunidos diversos profissionais de várias áreas do conhecimento para
trabalharem rumo à construção da cidadania.
79
Ainda será verificada a frequência dos alunos faltosos ou desistentes
para o preenchimento e encaminhamento ao Programa de Combate ao
Abandono Escolar (PCAE) e Rede de Proteção, como medida preventiva ao
abandono (evasão) escolar.
Em relação aos aspectos físicos, o gestor escolar continuará
investindo nas melhorias necessárias ao ambiente, como já foi implantado o
projeto de arborização, jardins e folhagens e colocação de mesas, além da
ampliação da sala ambiente como um novo espaço pedagógico.
A valorização do ser humano, como um ser de relações sociais, exige
que as ações escolares se pautem na orientação quanto ao combate ao uso
indevido de drogas, ao enfrentamento à violência dentro e fora da escola,
bem como para a conscientização quanto à educação fiscal e ambiental.
Merecem ser trabalhados ainda, temas da diversidade como gênero,
sexualidade e relações étnico-raciais e afrodescendentes, os quais passarão
a compor momentos de discussão, quando esses assuntos perpassarem na
transversalidade dos conteúdos das disciplinas.
Portanto, o colégio não criará projetos específicos, para o trabalho com
os desafios sociais contemporâneos, uma vez que esse afastamento das
disciplinas afins poderá causar rupturas, enfraquecendo a possibilidade de
avanços na sensibilização para os temas em questão.
4.3. Ações referentes à Flexibilização Curricular
O trabalho docente deve estar pautado na legislação educacional
nacional e estadual, embasado nas Diretrizes Educacionais e cumprindo com
a Base Nacional Comum Curricular e deste parâmetro observando a Matriz
Curricular Escolar iremos adequar o Currículo Escolar a realidade da nossa
comunidade. Quanto à flexibilização curricular podemos citar a
suplementação ou complementação curricular, adaptando a necessidade
educacional dos alunos. Para tanto, oportunizaremos programas e projetos
curriculares de contra turno visando o pleno desenvolvimento dos alunos.
Sendo assim, iremos orientar e “cobrar” a elaboração e implementação
do Plano de Trabalho Docente e Plano de Aula do professor, observando sua
80
prática em relação ao desenvolvimento dos alunos. Promover uma aula
criativa, deixando claros seus critérios e objetivos com diferentes estratégias
de ensino.
4.4. Flexibilização Curricular na Educação Especial
Para tratar a flexibilização curricular na educação especial, no caso no
atendimento educacional especializado na Sala de Recursos Multifuncional
iremos descrever aqui o atendimento, que deve cumprir o que prevê a
Instrução Nº. 07/2016 – SEED/SUED:
Estabelece critérios para o Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais - SRM deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos nas instituições que ofertam Educação Básica na rede pública estadual de ensino (PARANÁ, Instrução nº 07.2016 – SEED/SUED, 2016).
O atendimento aos alunos que apresentam Deficiência Intelectual,
Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e
Transtornos Funcionais Específicos se dará na Sala de Recursos
Multifuncional – SRM, sendo uma oferta de natureza pedagógica que
complementa a escolarização no ensino comum na rede pública estadual.
Conforme a instrução nº 07/2016 – SEED/SUED o público para
atendimento na SRM será comprovado através da avaliação de contexto
escolar e laudo médico ou psicológico. Segue abaixo a caracterização do
atendimento ao aluno:
Nos casos de Deficiência intelectual - DI: Em conformidade com a
Associação Americana de Deficiência Intelectual, estudantes com deficiência
intelectual são aqueles que possuem incapacidade caracterizada por
limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento
adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais,
originando-se antes dos dezoito anos de idade. Após ingresso na sala de
recursos multifuncional (avaliação pedagógica e psicológica) o atendimento
deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita,
interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,
81
medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento,
considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais,
acrescida necessariamente de parecer psicológico com o diagnóstico da
deficiência.
Para alunos com Deficiência física neuromotora - DFN: aquele que
apresenta comprometimento motor acentuado, decorrente de sequelas
neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na
coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar
no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se
comunicar ou para comunicação. O atendimento do aluno na SRM (mediante
avaliação pedagógica e clinica) deverá enfocar aspectos relativos à aquisição
da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de
numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do
desenvolvimento, considerando ainda, a utilização da comunicação
alternativa para escrita e/ou para fala, recursos de tecnologias assistivas e
praticas sociais, acrescida de parecer de fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Em
caso de deficiência intelectual associado, complementar com parecer
psicológico.
Quanto aos casos de Transtornos globais do desenvolvimento -
TGD: estudantes com diagnóstico de transtorno do espectro autista e
psicoses que apresentarem dificuldades de aprendizagem em decorrência de
sua patologia. Para o atendimento na SRM (avaliação psiquiátrica e avaliação
pedagógica) deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e
escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,
medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida
necessariamente por laudo psiquiátrico ou neurológico e complementada
quando necessário, por parecer psicológico.
E ainda os casos de Transtornos funcionais específicos - TFE:
Refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o
comprometimento intelectual. Diz respeito a um grupo heterogêneo de
alterações manifestadas por dificuldades significativas:
82
a) na aquisição e uso da audição, linguagem oral, leitura, linguagem escrita,
raciocínio, habilidades matemáticas, atenção e concentração;
b) Distúrbios de aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia;
c) Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH.
Para o atendimento (avaliação pedagógica e clinica/neurológica):
- Distúrbios de aprendizagem – (dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia),
deverá enfocar aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita,
interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,
medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida de
parecer de especialista em psicopedagogia e/ou fonoaudiológico e
complementada quando necessário, por psicólogo.
- Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH deverá enfocar
aspectos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,
produção de textos, sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros,
bem como as áreas do desenvolvimento, acrescida de parecer neurológico
e/ou psiquiátrico e complementada quando necessário, por parecer
psicológico.
Quanto a organização dos atendimentos será em forma de
cronograma no contra turno do ensino regular, conforme orientação da
SEED/DEE, de forma a oferecer o suporte necessário às necessidades
educacionais especiais dos estudantes, consonante a área específica,
favorecendo o acesso ao conhecimento. Para os estudantes que
apresentarem faltas consecutivas, não justificadas, a instituição de ensino
deverá acionar a família para o retorno do estudante no Atendimento
Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais, ou
mediante apresentação e assinatura de justificativa pelos pais/responsáveis,
desvincular o estudante do atendimento educacional especializado. Vencidos
os obstáculos de acesso ao currículo, o estudante deverá ser desvinculado
da Sala de Recursos Multifuncionais. O professor da Sala de Recursos
Multifuncionais deverá dar continuidade ao trabalho colaborativo com os
professores das disciplinas, na hora atividade, monitorando o desempenho
83
do estudante mesmo após o seu desvínculamento do atendimento
educacional especializado.
Os critérios para organização pedagógica da sala de recursos
multifuncionais para planejamento das intervenções pedagógicas devem
caracterizar como um instrumento que proporcionem as condições de
aprendizagem do estudante e a sua relação com a aprendizagem dos
conteúdos acadêmicos. Os procedimentos selecionados devem permitir uma
análise do desempenho pedagógico oferecendo subsídios tanto para o
planejamento, quanto para a aplicação de novas estratégias de ensino que
oportunizam aos estudantes alcançarem os objetivos propostos pelos
professores das disciplinas.
O processo de avaliação pedagógica constitui-se em um instrumento
eficaz para identificar como o estudante aprende, com vistas a responder às
suas necessidades educacionais especiais, quais os conhecimentos prévios
que o aluno traz e quais os conteúdos que estão defasados e que impedem a
aprendizagem dos conteúdos acadêmicos trabalhados no seu ano atual de
matricula.
Para tanto, a Instrução 07/2016 – SEED/SUED orienta na p. 8, que
deverá ser elaborado um Plano de Atendimento Educacional
Especializado – (este documento deverá ser elaborado pelo professor
especialista em educação especial quando do ingresso do estudante na Sala
de Recursos Multifuncionais, e realimentado após cada conselho de classe,
conforme orientações técnicas da SEED/DEE). Consiste em uma proposta de
intervenção pedagógica elaborada a partir das informações da avaliação
pedagógica (potencialidades, possibilidades, capacidades e necessidades),
conforme expectativas de aprendizagem prevista para o ano de matrícula do
estudante no ensino comum, contendo objetivos, ações/atividades, período
de duração, resultados esperados, de acordo com as orientações
pedagógicas da SEED/DEE. A elaboração do Plano de Atendimento
Educacional Especializado deve envolver o professor da Sala de Recursos
Multifuncionais, professores das diferentes disciplinas, mediado pela equipe
pedagógica e quando necessário por profissionais que acompanham o
84
desenvolvimento do estudante (profissionais externos à Instituição de
Ensino).
O colégio oferta ainda flexibilização curricular para alunos com Altas
Habilidades/Superdotação e para tanto seguimos as orientações da
INSTRUÇÃO N° 010/2011-SUED/SEED que estabelece critérios para o
funcionamento da SALA DE RECUROS MULTIFUNCIONAL TIPO I para a
Educação Básica na Área das Altas Habilidades/Superdotação.
A Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação é um espaço organizado com materiais didático-pedagógicos, equipamentos e profissional(is) especializado(s) onde é ofertado o atendimento educacional especializado que visa atender às necessidades educacionais dos alunos público-alvo da Educação Especial na Rede Pública de Ensino (PARANÁ, Instrução nº 010/2011 – SUED/SEED, 2011).
A flexibilização curricular para os alunos que necessitarem de
atendimento às necessidades educacionais especiais com indicativos de
altas habilidades/superdotação matriculados e frequentando sala comum da
educação básica na rede pública de ensino, será ofertada aos que requeiram
ampliação ou suplementação dos conteúdos escolares ou aos alunos que
sejam identificados a partir da avaliação pedagógica no contexto escolar, que
possibilita o reconhecimento das necessidades educacionais especiais do
aluno.
O enriquecimento curricular será realizado observando o que diz a
Instrução 10/2011 – SEED/SUED:
A Sala Recursos Multifuncional - Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação deverá ser organizada com materiais didáticos de acessibilidade, equipamentos tecnológicos e mobiliários que compõem um kit disponibilizado pelo MEC, bem como de outros recursos pedagógicos específicos e adaptados que devem ser adquiridos pela escola ou mantenedora. Entre estes, destacam-se jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulem a criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos (PARANÁ, Instrução nº 010/2011 – SUED/SEED, 2011).
O atendimento educacional especializado deverá ser realizado por
cronograma no contra turno, podendo ser individual ou em grupos, de forma
85
a oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos
alunos, favorecendo e ampliando seu acesso ao conhecimento. Os
atendimentos realizados em grupo deverão ser organizados e reorganizados
por faixa etária e/ou interesse e/ou habilidade conforme as necessidades de
aprendizagem dos alunos. Na Sala Recursos Multifuncional Tipo I para Altas
Habilidades/Superdotação atenderemos alunos matriculados no colégio e,
havendo vagas, alunos de outras escolas públicas do município.
Para ingressar na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas
Habilidades/Superdotação será necessário o parecer pedagógico que indicou
este atendimento especializado e o relatório de atendimento pedagógico do
aluno elaborado a partir do conselho de classe, conforme regimento escolar.
Já para o desligamento do aluno O desligamento do aluno da Sala de
Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação deverá
ser formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor do
referido serviço, juntamente com a equipe pedagógica, devendo o mesmo,
ser arquivado na Pasta Individual do aluno.
A avaliação para a identificação das altas habilidades/superdotação
será realizada sempre que necessário, no contexto escolar do ensino
comum, através da observação direta e sistemática das expressões de
habilidades, interesses, capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica
específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento
especial para as artes e capacidade psicomotora, podendo ser
complementada com laudo psicológico.
Quanto à avaliação processual, será realizada para acompanhar o
desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de intervenção. Para
tal, sendo observadas pelos professores envolvidos no processo, em 3
principais ambientes: Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas
Habilidades/Superdotação, contexto escolar e família, o registro será
semestral denominado Relatório de Acompanhamento Pedagógico (anexo
18). Os avanços acadêmicos do aluno, tanto na classe comum como na Sala
de Recursos Multifuncional – Tipo I para Altas Habilidades/Superdotação,
86
serão registrados em relatório pedagógico, elaborado a partir do conselho de
classe.
4.5. Proposta Pedagógica Curricular
Constitui-se de um documento que fundamenta e sistematiza a
organização do conhecimento no currículo. Expressa os fundamentos
conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina/componente
curricular/áreas do conhecimento, elencados na Matriz Curricular, assim
como os conteúdos de ensino dispostos de acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação
Básica para a Rede Estadual de Ensino e demais leis vigentes (Anexo VI, da
Instrução 003/2015 SUED/SEED) por etapas e modalidades de ensino.
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Telmo
Octávio Müller – Ensino Fundamental e Normal está de acordo com as
etapas (Ensino Fundamental II e Médio) na modalidade de Educação
Profissional, constituídas pelos fundamentos conceituais, metodológicos e
avaliativos de cada disciplina/componente curricular conforme proposta
adotada, e pelos respectivos conteúdos de ensino dispostos de acordo com a
legislação educacional vigente.
Para o Ensino Fundamental II – series finais a Matriz Curricular
fixada de acordo com a LDB Nº. 9394/96 e Base Nacional Comum Curricular
garante o ensino das quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências
da Natureza, Ciências Humanas e Ciências Exatas. Estas áreas se
distribuem em disciplinas/componentes curriculares, sendo: Arte, Ciências,
Educação Física, Ensino Religioso (disciplina de matrícula facultativa para o
aluno) Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Língua
Estrangeira Moderna – Inglês, com carga horária semanal de 25H para cada
série/ano, totalizando 800h/aula no ano.
4.6. Proposta Pedagógica Curricular – Elementos
A organização da Proposta Pedagógica Curricular do Colégio é
referenciada pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e deverá
87
compor um novo documento para cada Curso e respectivas disciplinas/
Componentes Curriculares onde serão programados os conteúdos a serem
lecionados em cada período do ano letivo. Neste documento (PPC) consta a
apresentação ou justificativa de cada disciplina; os objetivos geral e
específicos; a lista de conteúdos estruturantes, básicos e específicos,
encaminhamento metodológicos, avaliação e referências bibliográficas.
Para a apresentação/justificativa o documento deverá citar os
aspectos históricos que justificam a importância dos conhecimentos de cada
disciplina para a formação integral do aluno.
Os objetivos devem direcionar e nortear o trabalho pedagógico em
cada disciplina considerando o conhecimento necessário para cada conteúdo
e o nível de apropriação por parte do aluno.
Os conteúdos seguem a seleção prevista na Diretriz Curricular de cada
disciplina/componente curricular e divididos conforme períodos de avaliação
do estabelecimento de ensino (Trimestres), que posteriormente farão parte do
Plano de Trabalho Docente do Professor.
O encaminhamento metodológico das disciplinas ofertadas no curso
leva em consideração o desenvolvimento/idade/interesse dos alunos, e as
habilidades que os mesmos deverão dominar, além dos princípios científico-
tecnológicos e metodológicos que presidem a produção moderna, os
conhecimentos específicos, de modo que seja garantida uma educação de
qualidade para as crianças e adolescentes do Ensino Fundamental séries
finais e jovens/adultos para o Curso Formação de Docentes.
Quanto à avaliação esta é diagnostica e formativa, devendo atender
aos objetivos propostos e cumprindo o que determina o Regimento Escolar
quanto aos registros no Sistema de Registro de Classe Online. Ou seja,
Aritmética, Trimestral, no mínimo duas avaliações com duas recuperações
respectivamente, prevalecendo a nota mais alta.
Já as referências bibliográficas em cada PPC devem compor todo o
material de pesquisa e recursos bibliográficos consultados para a elaboração
da Proposta de Ensino, devendo atender as normas da ABNT atualizada.
O curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental foi implementado no Colégio Estadual Telmo
Octávio Müller num contexto de aumento de estudantes interessados em
88
cursá-lo e da percepção da carência de profissionais para atuar na
modalidade da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Além disso, o colégio recebe apoio da prefeitura municipal representado pelo
oficio enviado pelo Senhor Prefeito, assim como o manifesto expedido pelo
Departamento Municipal de Educação que mostra o interesse e
reconhecimento da necessidade deste curso para a cidade de Marmeleiro.
Tal modalidade irá suprir a falta de profissionais habilitados para atuarem na
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental através de um curso
profissionalizante, com um trabalho contínuo e significativo.
Os componentes curriculares do curso, apresentados com maior
clareza em nossa Proposta Curricular, dividem-se em: Componentes
curriculares da base nacional comum, a parte diversificada e formação
específica. Da base nacional comum: Biologia, Educação Física, Filosofia,
Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e
Sociologia. Da parte diversificada: Língua Estrangeira Moderna; e da
Formação específica: Concepções Norteadoras da Educação Especial,
Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação, Fundamentos
Históricos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação
Infantil, Fundamentos Psicológicos da Educação, Libras, Literatura Infantil,
Metodologia de Alfabetização, Metodologia do Ensino de Arte, Metodologia
do Ensino de Ciências, Metodologia do Ensino de Educação Física,
Metodologia do Ensino de Geografia, Metodologia do Ensino de História,
Metodologia do Ensino de Matemática, Metodologia do Ensino de Língua
Portuguesa, Organização do Trabalho Pedagógico, e Prática de Formação e
Trabalho Pedagógico na Educação Infantil.
O encaminhamento metodológico das disciplinas ofertadas no curso
leva em consideração que os profissionais que irão atuar com a Educação
Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental deverão dominar os
princípios científico-tecnológicos e metodológicos que presidem a produção
moderna, os conhecimentos específicos, de modo que seja garantida uma
educação de qualidade para as crianças da Educação Infantil e dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental. Deverão também, serem profissionais
articuladores de conhecimentos pelo processo de interação entre os sujeitos
89
da aprendizagem na perspectiva de uma prática consciente e
transformadora.
O sistema de avaliação no Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na
Modalidade Normal, segue as Orientações Curriculares do Estado do Paraná,
documento específico para o curso, no entendimento de que avaliar é um ato
constante e formador do desenvolvimento humano. Ainda possui uma
dimensão criadora na medida em que trabalha com o novo, que permite o
construir, reinventar e combinar ante a um significado cultural aceito pela
sociedade.
A dimensão pedagógica da avaliação no curso, revelará resultados
que servirão de subsídios para a retomada de conteúdos, implementação de
novas práticas, impulsão para novas análises de conteúdos e futuras
avaliações, imputadas na práxis pedagógica da formação do novo
profissional, portanto predominarão os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Como resultados de aprendizagens, os alunos passarão por
avaliações com uso de diferentes instrumentos que demonstrem
conhecimentos adquiridos, resultado de memorizações em estudos
programados, apresentações, sínteses, produções textuais, organização e
elaboração de materiais entre outros, com critérios formulados pelos
professores e que traduzam-se em médias numéricas, conforme o sistema de
promoção está organizado.
O período avaliativo é trimestral, com um número mínimo de duas e
máximo de dez avaliações e recuperações. A regra de cálculo é a média
aritmética. Será considerado aprovado para promoção de ano, o aluno que
atingir média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) nos trimestres de cada
ano letivo.
O processo de recuperação, conforme legislação vigente será
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, sempre que se
evidenciar baixo rendimento nos estudos, formulado através de novas
práticas diferenciadas que instiguem os alunos para a compreensão dos
conteúdos em estudo. Cada profissional, no âmbito de suas disciplinas de
90
domínio, apresentarão através do Plano de Trabalho Docente, a forma como
se dará esta recuperação.
Compreendo a educação como um todo, sendo de responsabilidade
da família e do Estado, mas que se materializa na escola como educação
formal, onde vivenciamos as mudanças e padrões sociais, de forma
ideológica formamos cidadãos que precisam saber lidar com intensas
transformações causadas por um processo de desenvolvimento tecnológico
acelerado.
Analisando história da sociedade brasileira, formada pela
miscigenação de culturas africanas, europeias e indígenas e marcada pela
relação de poder da classe dominante sobre a classe trabalhadora. Com o
processo de transformação na relação de trabalho e nos meios de produção,
provocadas pela revolução tecnológica e impulsionadas pelo consumismo,
sabendo disso, podemos compreender a intencionalidade do ato educativo
que torna a escola um instituição de manutenção desta realidade.
Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, através
da Resolução 07/2010 do Conselho Nacional de Educação, que fixa diretrizes
curriculares para esse novo modelo educacional, ampliam-se as
possibilidades de atendimento, de discussão em relação às práticas
pedagógicas para a infância e adolescência, bem como a compreensão de
uma nova estrutura de atendimento comprometida com a qualidade na
educação básica.
Quanto ao conhecimento historicamente acumulado, cultural e
científico produzido pelo homem durante seu processo de evolução e que
será lecionado, a fim de formar cidadãos críticos, criativos e participativos nas
questões sociais, econômicas, políticas e culturais que possibilitem ao sujeito
trabalhar individual e coletivamente.
Pensando nas características sociais já citadas e compreendendo a
escola pública, gratuita e de qualidade, entendemos que esta precisa ser
entendida e defendida por todos. Sendo assim, procuramos elaborar a
presente proposta pedagógica coletivamente, fundamentada na Pedagogia
Histórico–Crítica, atentando para a metodologia questionadora da prática
social inicial para a problematização e posterior instrumentalização dos fatos,
possibilitando aos educandos a catarse ou síntese e prática social final
91
visando à transformação social.
4.7. Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Ampliação de Jornada
Por entender-se um currículo inclusivo esta a proposta foi elaborada
com a intenção de atender a diversidade em todas as formas de educação
necessárias, seja para os alunos que apresentem alguma deficiência ou
transtorno de aprendizagem, ou mesmo para alunos em condição de risco e
vulnerabilidade social, tenham as mesmas condições para aprender e se
desenvolver. Portanto, aos que necessitam de adaptações curriculares, sejam
elas de pequeno, médio e grande porte, as mesmas serão devidamente
incorporadas nas práticas de cada disciplina, cabendo aos professores
entender quais as reais necessidades de cada um e incluí-las na dinâmica do
seu ensinar através da elaboração do Plano de Trabalho Docente (anexo
16).
Os programas que compõem a Educação Integral em turno
complementar devem contemplar na PPC todas as atividades de
complementação curricular ofertadas ( Empreendedorismo, Sala de Recursos
Multifuncionais, Novo mais Educação e Futuro Integral) respeitando a mesma
estrutura definida para as demais PPCs/disciplinas/componentes curriculares.
A carga horária de cada programa respeita a necessidade da
atividade sendo o Empreendedorismo 160h/aula no ano letivo. O Programa
Novo Mais Educação de Língua Portuguesa contempla (160h/aula),
Matemática (160h/aula), Leitura (120h/aula), Música (120h/aula) e
Teatro(120) para o ano letivo. A Sala de Recursos Multifuncional deverá
atender por cronograma, portanto não especifica a quantidade de horas/aulas
mínimas para o ano letivo, assim como o programa Futuro Integral também
não especifica a carga horaria.
Quanto aos desafios educacionais contemporâneos e os temas da
diversidade, compreendidos como: o enfrentamento à violência na escola, a
prevenção ao uso indevido de drogas, a educação ambiental, a educação
fiscal, a educação para as relações étnico raciais, afro descendência e
gênero, serão trabalhados de forma a inserir-se nas discussões de todas as
disciplinas desta proposta de forma que possam articular-se aos conteúdos
92
de cada uma delas complementando-os. Da mesma forma serão
contemplados conteúdos referentes a educação para os direitos humanos,
como uma prática efetiva de promoção a justiça, a igualdade, liberdade e
expressão.
Portanto, cabe aos profissionais da educação estudar, entender,
dinamizar e propor através das aulas e suas diferentes metodologias o
entendimento dos conteúdos dessa proposta, os quais emanam das
Diretrizes Curriculares Estaduais e que passaram por longo processo de
discussão e entendimento.
Sendo assim, essa proposta pretende contemplar os anseios de uma
comunidade escolar oriunda da classe trabalhadora, pertencente a um
espaço geográfico em desenvolvimento, com muitos problemas estruturais de
ordem econômica e social, os quais tem sido influentes no momento da
elaboração de estratégias de ensino e aprendizagem.
V. Plano de Curso Profissionalizante: Formação de Docentes – Normal
Visando resgatar a formação dos professores e consequentemente a
melhoria da qualidade da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, o Colégio Estadual Telmo Octávio Müller – Ensino
Fundamental e Normal, localizada na Rua Ignácio Felipe, 700, Centro de
Marmeleiro/PR, considerando a disponibilidade de espaço físico no período
diurno, a demanda de alunos interessados (conforme pesquisa realizada no
município), a existência de professores no estabelecimento e no município
habilitados para integrar o corpo docente do curso, solicitou a Implantação do
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos Iniciais do
Ensino Fundamental, na modalidade Normal, em nível Médio para o ano de
2018.
Tem amparo na LDB 9394/96, especificamente em seu artigo 62:
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de
93
educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal.
Com isto, o Curso Normal, forma docentes para atuar na Educação
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como perspectiva o
atendimento a crianças, jovens e adultos. Assim, além de assegurar titulação
específica que habilita, o curso tem também a validade do Ensino Médio para
eventual prosseguimento de estudos. Desse modo, a oferta do curso Normal
atende o que prescreve a lei.
A Escola Estadual Telmo Octávio Müller está localizada em um ponto
estratégico e centralizado, podendo atender os municípios de Flor da Serra
do Sul e Renascença. As instalações estão em ótimo estado, dentro dos
padrões e aptas para o atendimento ao aluno cadeirante. Dispomos também
de Laboratório de Informática, com 30 computadores com acesso a internet.
O Laboratório de Ciências é um recurso pedagógico que se utiliza
constantemente. O acervo existente na Biblioteca atende as necessidades
bibliográficas específicas exigidas pela Proposta Pedagógica Curricular do
curso.
O acervo de brinquedos está planejado e organizado de forma a
atender as especificidades do curso, onde o brincar como processo educativo
demonstra que ao se trabalhar ludicamente os conteúdos apresentados à
criança possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da
fantasia e dos sentimentos.
[...] A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995, p.11)
Salientamos o apoio recebido da Prefeitura Municipal, representado
pelo oficio enviado pelo Senhor Prefeito, destacando a carência de
profissionais para atuar na modalidade, assim como o manifesto expedido
pelo Departamento Municipal de Educação que mostra o interesse e
94
reconhecimento da necessidade deste curso para a cidade de Marmeleiro, a
fim de suprir a falta de profissionais habilitados para atuarem na Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
O município vizinho, Renascença, também manifestou apoio à
abertura do curso na cidade de Marmeleiro. Haja vista que possuem o
mesmo interesse: o de oportunizar esta formação aos alunos interessados e,
também atender a necessidade de profissionais qualificados para atuar como
docentes na Rede Municipal de Ensino. Cabe ressaltar que este município
apresenta a disponibilidade de oferecer o transporte escolar.
O município de Marmeleiro possui atualmente 14 mil habitantes, 06
Escolas Municipais, 02 Centros Municipais de Educação Infantil – CEMEIs e
01 escola particular, o que totaliza 23 turmas de Educação Infantil e 72
turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para realização da Prática
de Formação e possibilidade de ingresso profissional dos alunos egressos.
Ainda, a oferta do curso Normal no município de Marmeleiro/PR se
justifica pelo fato de que existe a inviabilidade dos alunos frequentarem o
curso de Formação de Docentes ofertado no município de Francisco Beltrão,
pois há dificuldade de deslocamento devido o elevado custo com transporte
em linha intermunicipal e, também, o desprendimento de maior tempo o que
compromete a frequência dos estudantes e, neste sentido os inviabiliza de
fazerem tal formação. Ressaltamos ainda, o interesse do Poder Executivo em
oferecer este curso profissionalizante no município de Marmeleiro, atendendo
as sua comunidade e demanda.
Mediante o exposto nos documentos apresentados, a Escola possui
todas as condições de estrutura física e recursos pedagógicos necessários
para atender a Proposta Pedagógica do Curso com qualidade e
comprometimento.
Quanto aos docentes do curso, reforçamos que há profissionais para
ministrar as disciplinas específicas e complementamos que existem
profissionais para atuarem na base nacional comum, devidamente
habilitados, com especialização, PDE e Mestrado.
Nesta perspectiva, a escola visa oferecer aos estudantes um curso de
ensino médio profissionalizante local, que oportunize a continuidade e
aprofundamento do trabalho desenvolvido junto aos alunos, mantendo os
95
vínculos afetivos e de aprendizagem, uma vez que estes permanecerão em
contato com professores da escola por mais tempo.
Destacamos que o Colégio Estadual Telmo Müller tem 63 anos de
história junto ao município de Marmeleiro, o qual se desenvolve atualmente
de maneira exponencial. Acreditamos que a escola não pode ficar alheia a
esta realidade e, portanto temos o compromisso de contribuir para com os
avanços e neste sentido a clareza da importância de atender as demandas
educacionais existentes, como por exemplo, a oferta do Curso de Formação
de Docentes.
Os profissionais que irão atuar com a Educação Infantil e os Anos
Iniciais do Ensino Fundamental deverão dominar os princípios científico-
tecnológicos e metodológicos que presidem a produção moderna, os
conhecimentos específicos, de modo que garanta uma educação de
qualidade para as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental. Deverão também, serem profissionais articuladores de
conhecimentos pelo processo de interação entre os sujeitos da aprendizagem
na perspectiva de uma prática consciente e transformadora.
A Organização Curricular para o Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível
Médio, na Modalidade Normal, tem como proposição a formação integrada,
ou seja, a articulação das disciplinas da Base Nacional Comum (Arte,
Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua
Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Matemática, Química e Sociologia)
com as Específicas (Concepções Norteadoras da Educação Especial,
Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação, Fundamentos
Históricos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação
Infantil, Fundamentos Psicológicos da Educação, LIBRAS, Metodologia da
Alfabetização, Metodologia da Língua Portuguesa, Metodologia do Ensino da
Educação Física, Metodologia do Ensino de Arte, Metodologia do Ensino da
Geografia, Metodologia do Ensino de História, Metodologia do Ensino de
Matemática, Organização do Trabalho Pedagógico, Trabalho Pedagógico na
Educação Infantil, Prática de Formação e Literatura Infantil), aliando os
conteúdos específicos das disciplinas da Matriz Curricular com os conteúdos
96
explicitados nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica
para a Rede de Ensino do Paraná (2008).
A problematização da prática docente feita através do diálogo entre
as disciplinas dará sólida formação aos futuros profissionais que atuarão com
crianças nos Centros de Educação Infantil e nas Escolas que ofertam os
Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
A organização Curricular da parte Específica do curso traz o nome da
disciplina, conteúdos estruturantes e básicos, seguidos da abordagem
metodológica e dos critérios de avaliação, além das indicações bibliográficas
para subsidiar o trabalho do professor responsável da disciplina.
VI. Legislações Articuladas ao Currículo
Art. 6º O currículo é conceituado como a proposta de ação educativa constituída pela seleção de conhecimentos construídos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos relevantes e pertinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas e socio-afetivas. (BRASIL, 2013, p. 195)
No Brasil vivemos em um Estado Democrático de Direito, desde 1988
quando foi criada a Constituição Federal do Brasil que garante a formação
básica comum, e a partir dela, outras leis que refletem no regulamentam o
atendimento educacional escolar como a Lei de Diretrizes e Bases da
educação Brasileira, LDB 9394/96 e o Estatuto da Criança e do Adolescente
Lei Nº 8.069, ambas criadas na década de 90. Temos ainda, as Diretrizes
Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação
Básica para a Rede Estadual de Ensino (Parecer CEE/CEB nº 130/10) e os
Cadernos de Expectativas de Aprendizagem (PARANÁ, 2012) definidos a
partir dos conteúdos básicos das Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino (Parecer CEE/CEB nº
130/10); que hoje embasam os currículos e o trabalho escolar, além das
Resoluções, Instruções e Pareceres que normatizam o sistema educacional
em suas diferentes esferas.
97
Recentemente, foi criada a Base Nacional Comum Curricular Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) – Documento de caráter normativo que
define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica. Indica conhecimentos e competências que se espera que
todos os estudantes desenvolvam ao longo
A partir da Proposta Pedagógica Curricular do Colégio, o professor
elaborará seu Plano de Trabalho Docente, documento de autoria, vinculado à
realidade e às necessidades de suas diferentes turmas e escolas de atuação.
No plano, se explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados nos
bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem como as especificações
metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, além dos
critérios e instrumentos que objetivam a avaliação no cotidiano escolar da
escolaridade. (PARANÁ, 2008, p.28)
98
Para tanto, o trabalho pedagógico deve atender outras leis
complementares que garantem temas contemporâneos nos currículos
escolares como: as Leis nº 10.639/03 e 11.645/98 que tornam obrigatórios o
estudo da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, sendo assim, foi
criada na escola a Equipe Multidisciplinar com o objetivo de promover
atividades que articulam os conteúdos à valorização da cultura do negro e do
indígena e também para desenvolver de forma interdisciplinar questões
como a superação do preconceito. Ainda, os temas saúde, sexualidade e
gênero, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e
Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99) Educação para o
consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade
cultural.
A escola tem responsabilidade na formação integral dos estudantes e deve pautar ações, definidas coletivamente, considerando a diversidade: cultural, da pessoa com deficiência, de origem, de gênero, sexual, geracional, étnico – racial (negros, indígenas, ciganos e quilombolas), comunidades tradicionais e do campo. Essa não é uma tarefa fácil, visto que, há uma tradição normatizadora e homogeneizadora que nega as diferenças existentes no ambiente escolar e idealiza um padrão de sujeito social. (PARANÁ, 2015, p.05) “(...) alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas políticas educacionais, hoje são marcos legais, que têm seus princípios e história determinados pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente, dos movimentos sociais – entre outros. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos sociais, seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de drogas ou dos Direitos Humanos.” (PARANÁ, 2010, p.17)
99
VII. Avaliação Institucional
Sabemos que a avaliação institucional é necessária em qualquer
instituição de ensino, seja ela pública ou particular independente do nível
ensino que oferta – Educação Básica, Ensino Superior ou condição
administrativa. Para tanto, é necessário que este processo avaliativo
provoque a discussão sobre a zona de conforto da gestão, em todos os
aspectos da instituição seja ele administrativo, estrutural ou pedagógico.
Para o projeto de Avaliação Institucional do Colégio Telmo Octávio
Müller – E.F. e Normal seguiremos as diretrizes estaduais para toda Rede
Pública de Educação Básica.
Precisamos considerar então, que todos os envolvidos com o colégio
oferecem como produto do seu trabalho Educação como um Bem Público que exige
como resultado a qualidade no processo educativo, resultado desta oferta. Sendo
assim, o processo avaliativo institucional é uma responsabilidade da gestão, que
100
compromete tanto o avaliador como o avaliado, lembrando que este processo
avaliativo deve sempre considerar o compromisso social, a boa formação dos
profissionais e o retorno educacional para a sociedade.
VIII. Acompanhamento e Avaliação do PPP
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Telmo Octávio
Muller é reflexo de uma construção coletiva e tem como base as práticas
escolares tanto as que remetem à organização da escola, como a prática
pedagógica em sala de aula. Ao considerar que este projeto é Político e
Pedagógico e tais termos são indissociáveis, há a necessidade de um
acompanhamento, uma avaliação e uma reflexão constante, visando
operacionalizar o que nele se apresenta como intencionalidade. Para tanto,
há a necessidade do envolvimento efetivo de toda a comunidade escolar e a
retomada dos diálogos que permeiam uma educação democrática, com
compromisso coletivo.
Para isso, a organização da escola far-se-á com envolvimento da
comunidade escolar, seja em reuniões específicas para tratar de
planejamento, reuniões de pais, do conselho escolar e outras instâncias
colegiadas. Em todos esses momentos, o Projeto Político Pedagógico será
avaliado, afinal, ele representa um compromisso e uma concretização do que
é assumido no coletivo. Isto significa que ele é um instrumento dialético de
avanço, de reconhecimento dos caminhos percorridos e identificação de
novos rumos.
A avaliação do documento é compreendida como instrumento de
identificação da escola com a comunidade marmeleirense e
acompanhamento da organização do trabalho pedagógico da escola a fim de
que as finalidades educativas sejam claras e possam ser efetivadas. Será
realizada no cotidiano escolar com envolvimento da comunidade, em especial
nas reuniões pedagógicas. Assim, a avaliação do Projeto Político Pedagógico
contempla um processo de acompanhamento coletivo, necessário para
consolidar um fazer pedagógico democrático e emancipador.
101
IX. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS
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