PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - ESCOLA ESTADUAL JOSÉ DE ... · Ata de Aprovação do Projeto...
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Escola Estadual José de Alencar – Ensino
Fundamental
Distrito do Pocinho
Município de Barbosa Ferraz
Núcleo de Educação = Campo Mourão
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1
2006
Escola Estadual José de Alencar – Ensino
Fundamental
Distrito do Pocinho
Município de Barbosa Ferraz
Núcleo de Educação = Campo Mourão
Nossos Alunos ....
2
Sumário
3
APRESENTAÇÃO ..................................................................04
INTRODUÇÃO.......................................................................05
OBJETIVOS GERAIS..............................................................08
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................08
PRINCÍPIOS FILOSOFICOS DO TRABALHO ESCOLAR........09
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.....................10
ATO SITUACIONAL ..............................................................11
ATO CONCEITUAL................................................................17
Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola,
ensino
Aprendizagem, avaliação................................................................17
ATO OPERACIONAL..............................................................20
Instâncias Colegiadas ....................................................................25
O Conselho de Classe ....................................................................26
Intenção de acompanhamento aos egressos..................................28
Critérios de organização interna da escola ...................................30
Princípios da gestão democrática...................................................31
O currículo da Escola Pública ........................................................32
Matriz Curricular ...........................................................................34
Trabalho Coletivo ..........................................................................35
PLANO DE AÇÃO ESCOLAR..................................................36
Projetos ..........................................................................................39
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGO...........................................................................40
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS.......................................43
ANEXOS................................................................................45
Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico pelo Conselho Escolar
........................................................................................................46
Quadro de ações ( Plano de Ação).................................................47
Agenda 21 Escolar .........................................................................49
Projetos ..........................................................................................51
Artes .............................................................................................................
..............52
4
Ciências.........................................................................................................
..............61
Ensino
Religioso........................................................................................................
..77
Geografia.......................................................................................................
...............82
História ........................................................................................................
................89
Língua
Portuguesa ...................................................................................................
...101
Matemática ..................................................................................................
...............112
Língua Estrengeira Moderna
(Inglês) .........................................................................123
APRESENTAÇÃO
As constantes transformações na sociedade provocam mudanças na
estrutura de funcionamento do processo de ensino, nesse sentido torna-se
necessário elaborar um Projeto Político Pedagógico que corresponda ao
nível de aspiração da comunidade, que garanta a qualidade de ensino que
é condição fundamental para a formação integral do ser humano.
A construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico é um marco na
educação, é um momento muito importante vivenciado por todos os
profissionais da escola, segundo Antônio Joaquim Severino (1998)“ a
instituição escolar se dá como lugar do entrecruzamento do projeto
coletivo da sociedade com os projetos pessoais e existências de
educandos e educadores”.
5
Por entender que o educador precisa de uma prática política
pedagógica séria e competente que caminhe de encontro com a escola
que desejamos construir, torna-se necessário criar condições tanto no
nível de programação, quanto no nível organizacional da escola, visando
o acesso e permanência do aluno no processo ensino-aprendizagem.
O processo de formação permanente do educador torna-se um meio
de criar condições para, a partir de seu compromisso com a educação,
rever e avaliar sua prática pedagógica e elevar ao máximo sua
competência profissional, adequando-se as inovações.
A reformulação desse projeto tem a finalidade de apresentar as
linhas norteadoras revelando a necessidade de construir uma educação
básica voltada para a cidadania. Isso se resolve garantindo a oferta de
vagas e oferecendo um ensino público de qualidade, onde os professores
sejam capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas
nas diferentes áreas do conhecimento e de estar atento às mudanças na
sociedade e suas implicações na comunidade escolar.
É com este propósito que apresentamos o Projeto Político
Pedagógico, construído coletivamente por professores, funcionários e
equipe administrativa da Escola Estadual José de Alencar- Ensino
Fundamental.
1 – INTRODUÇÃO
A Escola Estadual José de Alencar – Ensino Fundamental portadora
do código 00676 é localizada na rua principal s/n º no Distrito do
Pocinho, município de Barbosa Ferraz código 0250, não possui de linha
telefônica, é dependente da Rede Estadual de Ensino, do Núcleo Regional
de Campo Mourão, código 05, é mantida pelo Estado do Paraná. É uma
escola do Campo.
6
A Escola é foi criada pela Resolução conjunta 110/ 82 Diário Oficial
Nº 1447 de 04/01/83, em 10 de março de 1.964, pelo Prefeito Municipal
Alberto Torkaski Filho, foi chamada de Casa Escolar Estadual José de
Alencar, ofertando o ensino de 1ª à 4ª série até o ano de 1.975, a partir
de 1.976 foi sendo implantado gradativamente o ensino de 5ª à 8ª série
como extensão da Escola Estadual Machado de Assis ensino de 1º Grau
de Barbosa Ferraz. O ato da Renovação do reconhecimento da Escola,
Resolução nº 2742/2002 de 09 de agosto de 2002. Ato Administrativo da
Aprovação do Regimento Escolar: nº 141/2001 de 17 de janeiro de 2001.
A Escola Estadual José de Alencar foi reconhecida pela Resolução
Nº 4.272/84 de 06/06/84, autorizada a funcionar pela Resolução Nº
3.988/83 de 24/11/83. No ano de 2001, na data de 01 de Junho, a Escola
passou a não contemplar o ensino de 1ª à 4ª série, com a Resolução Nº
3334 de 12 de dezembro de 2001, com a publicação no Diário Oficial
Escolar em 30 de Janeiro de 2002.
É uma Escola rural, a mesma possui a distância de 24 até 30 Km da
sede do Município e a 85 Km do Núcleo Regional de Educação. Não
possui endereço eletrônico (e-mail), não possui laboratório de informática
nem Ciências.
Recebeu o nome de José de Alencar, em homenagem ao Escritor,
que nasceu no Ceará no dia 1º de Maio de 1.829, formou-se em Direito
pela Academia de São Paulo, foi redator chefe do Diário do Rio de
Janeiro, foi deputado e ministro, a carreira política lhe trouxe amarguras,
assim decidiu tornar-se escritor, é o autor das obras; A Pata Gazela, O
Guarani, Senhora, Iracema entre outros. Veio a falecer em 1877 com 48
anos de idade, no dia 12 de dezembro por problemas de saúde.
A escola atua na hoje na Modalidade de Ensino Fundamental (5ª à
8ª série ), o tempo escolar é organizado por série no período matutino,
com 4 turmas e 26 alunos, assim distribuídos:
7
• 5ª série : 7 alunos
• 6ª série : 10 alunos
• 7ª série : 6 alunos
• 8º série: 3 alunos
O número de professores atuantes na instituição é 9 profissionais,
todos residentes na sede, e 95% são do Quadro Próprio do Magistério
(QPM) todos graduados 90% pós-graduados, os funcionários são 2 uma
secretário e o auxiliar se serviços gerais, a escola possui uma diretora,
não contemplando coordenador pedagógico.
A Escola possui 5 salas de aula, uma sala de direção e secretaria,
banheiro masculino e feminino, cozinha, sala dos professores adaptada,
biblioteca, banheiro dos professores e funcionários, uma quadra não
coberta e em cimento bruto (em ruim estado de uso), possui um pomar,
uma horta, um local gramado e pátio, contemplando de laboratório de
informática e sala de apoio-pedagógico, não contemplando também de
ciências, sala multimídia, classe especial, sala de recurso, sala de contra-
turno, , auditório e videoteca.
Por meio de um questionário sócio-econômico e cultural,
respondido pelas famílias dos educandos, verificamos de a maioria dos
alunos residem na cede do distrito, 2 alunos residem no campo (Sítio) e
apenas 1 utiliza transporte escolar. A maior da população é composta por
mulheres, muitas possuem filhos com idade entre 7 à 15 anos e a maioria
com filhos maiores de 16 anos.
Muitos pais são trabalhadores rurais, estudaram apenas de 1ª à 4ª
série, recebem por diária e as mães estudaram em sua maioria apenas de
1ª à 4ª série e 4 delas terminaram o ensino médio, trabalham nas casas
de família também recebendo por dia (diaristas). Recebem benefício da
previdência (aposentados), alguns por serem viúvos (as), outros por
8
problemas de saúde, 7 das famílias recebem bolsa escola, 5 recebem vale
gás e 6 recebem bolsa escola.
Das famílias dos educandos 10 delas tem a renda mensal de até R$
100,00 ; 5 delas com a renda de R$ 300,00 até é R$500,00 e apenas 2
com a renda mensal maior que totaliza R$600,00.
9
OBJETIVOS GERAIS
É com base nestes princípios que temos por objetivo geral a
determinação de métodos e procedimentos, onde o conhecimento
científico seja tomado como elemento básico de referência para a
organização do ensino, explicitando a importância de auxiliar o educando
no desenvolvimento de suas aptidões cognitivas, mostrando que a
apropriação do conhecimento historicamente acumulado torna-se base
para a construção da cidadania e identidade pessoal, já que todos são
capazes e mostrar que a escola deve garantir informações necessárias e
ambientes adequado à construção de saberes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Elaborar e desenvolver um projeto de educação considerando o
perfil de seus educandos, ou seja, seus aspectos político, sócio-
econômico e cultural e suas expectativas em relação ao futuro.
• Articular propostas visando garantir a aprendizagem significativa dos
diferentes conteúdos em função dos objetivos almejados, usando
estratégia de atuação que garantam a participação do educando no
processo ensino-aprendizagem como agente construtor do
conhecimento.
• Organizar a escola como um espaço de transformação social, onde
haja a apropriação do espaço escolar por parte dos educandos
inserindo-os no exercício de cidadania e reforçando os laços de
identificação com a mesma.
• Estabelecer condições adequadas para a interação entre os aspectos
cognitivos e emocionais principalmente para aqueles desinteressados
e sem expectativas.
10
11
PRINCÍPIOS FILOSOFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
A escola é uma instituição social compromissada com a
educação, realizando uma ação intencionalizada e sistematizada
respeitando a diversidade local centrada no campo, social e
cultural, entendendo o aluno como um sujeito real e histórico,
buscando a sua promoção e a qualidade do ensino.
A escola na perspectiva da construção da cidadania, precisa
assumir a valorização pela própria comunidade e ao mesmo tempo. A sua
função primordial é transmitir conhecimentos disciplinares para a
formação geral do aluno, ministrando um ensino de qualidade através das
práticas educativas, adequadas as necessidade sociais, políticas,
econômicas, culturais da realidade brasileira, que considera os interesses
e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a
formação de cidadãos autônomos críticos e participativos, capazes de
atuar com responsabilidade na sociedade onde convivem.
Com essa filosofia, nossa escola reflete sobre a complexidade do
mundo moderno que interfere significativamente na vida das pessoas,
somente por meio da leitura e compreensão da realidade concreta dos
educandos, dos familiares e de toda comunidade, a escola poderá
desempenhar com competência a tarefa de coordenar ações educativas
com uma visão de totalidade.
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PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art.2º - A educação, dever da família e do Estado inspirado nos
princípios da liberdade e nos ideais da solidariedade humana tem por
finalidade o pleno desenvolvimento e sua qualificação para o trabalho.
Art.3º- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber,
III- Pluralismo de Idéias e de concepções pedagógicas;
IV- Respeito a liberdade e preço à tolerância;
V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII- Gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da
Legislação dos sistemas de ensino;
IX- Garantia de padrão de qualidade;
X- Valorização da experiência extra-escolar;
XI- Vinculação entre educação escolar , o trabalho e as práticas sociais;
A Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, estabele em seus
artigos 205 e 206 a respeito da Educação :
Art. 205- A Educação, direito de todos e dever do Estado e da Família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
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ATO SITUACIONAL
Na realidade brasileira, a educação tem sido vista com grande
expectativa para enfrentar os grandes desafios da era globalizada. As
transformações ocorridas na economia, na política e até mesmo na
cultura do mundo ocidental nos últimos anos têm provocado mudanças
radicais no comportamento dos indivíduos em sociedade. Ao admitir que
a realidade social, por ser constituída de diferentes classes sociais, é
contraditória e plural é possível admitir que seus valores e seus limites
também sejam contraditórios, porem o processo histórico é permanente,
isso permite compreender que os limites da sociedade são
potencialmente transformáveis pela ação social. A escola pode juntar-se a
segmentos sociais democráticos transformando-se num espaço de luta
por mudanças significativas e justiça social.
A relação educativa é uma relação política que se define na vivência
da escolaridade em sua forma mais ampla como a estrutura escolar,
inserção e relacionamento da escola na comunidade, distribuição de
responsabilidade e poder decisório, relacionamento do aluno como
cidadãos e na relação com o conhecimento. O conhecimento se efetiva à
medida que se incluem no contexto da ação educativa temas que
possibilitem a compreensão crítica da realidade e ofereça aos educandos
a oportunidade de se apropriarem de ferramentas necessárias para o
exercício da reflexão, desenvolvimento da própria autonomia juntamente
com a solidariedade, participação e transformação social.
Sendo assim, a educação é mediadora no interior da prática social,
não e a única instância de formação de cidadania, mas o
desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade depende cada vez mais da
qualidade e igualdade de oportunidades educativas. Nesta perspectiva
formar cidadãos supõe instituições onde se possa resgatar a subjetividade
inter-relacionada com a dimensão social do ser humano, onde a
construção do conhecimento ocorra por meio de práticas participativas e
criativas.
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Concretizar uma proposta nesse sentido depende de fortalecer nas
escolas contextos ricos em aprendizagem, articulando minuciosamente,
as múltiplas faces de seu funcionamento, ou seja, a gestão democrática,
sua relação com o meio social, econômico e cultural da comunidade
escolar, a organização do espaço e do tempo, a adequação do currículo,
as metodologias de ensino, as rotinas de trabalho, a avaliação, as
condições de trabalho e a formação continuada de educadores.
Também é preciso refletir sobre as decisões curriculares, pois é o
currículo que orienta e determina o trabalho escolar. É uma tarefa que
exige tomada de decisões que envolvem interesses, posicionamentos,
sentimentos, conflitos e divergências. Selecionar saberes relevantes e
preparar situações para sua apropriação, tudo isso implica em escolher
conteúdos que possam trazer para dentro da escola toda bagagem
necessária para a construção do conhecimento, compreensão da
sociedade, da cultura e da realidade de forma ampla.
Na Pedagogia Histórico-Crítico a difusão dos conteúdos acontece de
forma indissociável das realidades sociais. O conhecimento universal,
erudito e popular é vinculado à prática social, como método utiliza a
avaliação crítica dos conteúdos e das práticas. O professor deve
despertar, disciplinar e auxiliar a mobilização intelectual do aluno
partindo de uma análise crítica que supere o conhecimento já existente.
Sua manifestação acontece na articulação do político com o pedagógico.
A pedagogia histórico-critica vai tomando forma à medida que se diferenciando no bojo das concepções críticas; ela se diferencia da visão crítico reprodutivista, uma vez que procura articular um tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser reprodutivista. Esta colocação me parece importante porque boa parte que se levatama a essa tendência, acabam desconsiderandoque ela está além do crítico-reprodutivismo e não aquém. ( SAVIANE, Denerval, 1978)
15
Ninguém aprende simplesmente por aprender, o aluno assimila o
que lhe é ensinado se existir alguma forma de ligação ao conteúdo, ou
seja, um desafio ou uma motivação maior que o leve a perceber a
importância e a aplicabilidade do conteúdo que esta sendo ensinado.
Portanto, professores e alunos têm suas responsabilidades aumentadas,
juntos devem descobrir a que deve responder os conteúdos propostos
pela escola através do currículo.
Nossa escola, não enfrenta o grande problema da evasão, visto que
é uma comunidade pequena, onde há conciliação entre os afazeres e as
aulas; embora os alunos trabalhem nas lavouras, não há perda na
qualidade ou aproveitamento, nem mesmo faltas por causa do trabalho.
Quanto as dificuldades escolares, nos deparamos com a falta de
perspectiva de futuro e desinteresse; em virtude da comunidade na qual
estão inseridos, de modo geral o conformismo, a ausência de um
acompanhamento adequado por parte dos pais e a falta de perspectiva
dos alunos em relação a um futuro melhor se traduz em rebeldia e
desinteresse pelas atividades escolares. Enquanto Escola tentamos
amenizar esses problemas através de palestras de incentivo, práticas
esportivas, levando o aluno a sonhar com o futuro melhor e promissor.
A educação de hoje visa formar um cidadão para um novo tempo,
quando a ciência e a tecnologia trarão novas necessidades, novos valores,
novas conquistas e novas leituras da realidade. A escola é espaço
privilegiado para a ocorrência de relações entre os homens e suas
diferentes visões de mundo. Na escola queremos discutir saberes
científicos que parta da realidade concreta do aluno, das suas
experiências de vida que faça despertar a curiosidade epistemológica e a
capacidade de reflexão e leitura de mundo. Saberes que garanta a
promoção integral do aluno e possibilite sua intervenção no mundo em
que vive com habilidade para propor mudanças que visem à
transformação social.
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No que se refere à política de inclusão educacional a escola
necessita organizar o espaço físico, capacitar professores e funcionários,
para receber, atender e suprir as necessidades básicas educacionais
especiais, oportunizando o desenvolvimento através de metodologias e
avaliações diferenciadas.
É preciso desenvolver mecanismos especiais, adaptar espaço físico
e materiais didáticos, onde professores devem integrar-se ao processo e
aceitar a diversidade para que a inclusão ocorra com sucesso. E também
garantir o acesso do aluno portador de necessidades especiais a qualquer
oportunidade de aprendizagem. Especial é a maneira que o aluno será
tratado salvo os casos salientes de comprometimento de alguns ficando
assim a cargo das instituições apropriadas.
A escola necessita de organizar o espaço físico, capacitar
professores e funcionários, para receber, atender, e suprir as
necessidades básicas educacionais dos alunos portadores de
necessidades educacionais especiais, dando oportunidade através
metodologias e avaliações diferenciadas, as salas de aulas devem ser
menos numerosas, tendo suporte de profissionais das áreas especificas,
como psicólogos, fonoaudiólogos, intérpretes, e outros. Enquanto não
temos esses profissionais, a Escola busca parceria com a saúde publica
do Município e a APAE sempre que necessário.
Uma proposta que visa à melhoria da qualidade do atendimento às
diferenças de qualquer aluno, o que exige a promoção do seu
desenvolvimento, avaliando também a permanência e eficácia dos
serviços prestados no ensino regular.
A escola precisa se adaptar para poder acolher os alunos
portadores de necessidades educacionais especiais, em termos de espaço
físico e estruturar-se com materiais didáticos e professores
especializados, o que permitirá o sucesso do processo.
17
E também garantindo o acesso do aluno portador de necessidades
especiais a qualquer oportunidade de aprendizagem. Especial é a
maneira com que o aluno será tratado salvo os casos específicos de
comprometimento de alguns, ficando assim a cargo das instituições
apropriadas.
A escola deverá desenvolver mecanismos próprios para os casos
especiais. É preciso desenvolver todo um aparato para receber este aluno
e fazer com que o mesmo seja incluído com sucesso no contexto social.
Ressaltamos que em nossa escola, não possuímos alunos com
necessidades educativas especiais em nenhumas das áreas : visual,
mental e física, nem mesmo com dificuldades de aprendizagem
(grande dificuldades).
Pensando na pluralidade cultural e desigualdades sociais, como
realidade em nossa escola e todo contexto educacional, faz-se necessário
compartilharmos, somos sócios de uma mesma realidade, há os que
possuem mais e os que possuem menos cotas desta realidade, (ricos e
pobres), há os que já viveram mais tempo e os que os que escolheram
uma opção diferentes de viver (idosos/homossexuais), e há as pessoas que
são oriundos de nações diferentes, como os negros e os imigrantes (da
época da colonização do país).
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e
racial, empreender reeducação das relações ético-raciais não são tarefas
exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza
não devem ter lugar na escola, é necessário que se constituam em espaço
democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas
que visam a uma sociedade justa. A escola tem papel prepondera para
eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos
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discriminados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais
e raciais.
Pedagogias de combate ao racismo e a discriminações elaboradas
com o objetivo de educação das relações étnico/raciais positivas tem
como objetivo fortalecer entre os negros e despertar entre os brancos a
consciência negra. Tais pedagogias precisam estar atentas para que
ambos negros e brancos tenham o mesmo acesso a educação.
A obrigatoriedade da inclusão de história e cultura Afro-Brasileira
e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão
política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de
professores. È importante destacar que não se trata de mudar um foco
etnocêntrico marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de
ampliar o foco dos currículos escolares para as escolas, voltadas a
diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. A escola ao
desenvolver suas ações deve fazer a conexão dos objetivos, estratégias de
ensino e atividade com experiências de vida dos alunos e professores,
valorizando aprendizagens vinculadas ás suas relações com as pessoas
negras, brancas, mestiças, negras, índias no conjunto da sociedade.
A proposta visa à melhoria da qualidade do atendimento às
diferenças de qualquer aluno o que exige além da promoção do seu
desenvolvimento, a avaliação da permanência e eficácia dos serviços
prestados no ensino regular. A escola deverá desenvolver mecanismo
próprio para os casos especiais. É preciso desenvolver todo um aparato
para receber este aluno e fazer com que o mesmo seja incluído no
contexto social.
Queremos enfatizar a importância de uma educação de qualidade
que envolva o educando e leve-o a construir valores, respeito e
integração, procurando, buscar sempre o bem comum. Dessa forma,
19
priorizar o conhecimento e a formação integral do educando é antes de
tudo lutar por democracia e cidadania.
São pessoas que possuem os mesmos direitos e deveres perante a
lei, são acima de tudo cidadãos, nesta perspectiva a escola deve
oportunizar a esses o diálogo, para que possam ser reconhecidos e
valorizados, a sala de aula é um meio privilegiado para trabalhar os
valores, o espaço da escola é propício para desatacar e conscientizar
sobre as diferenças ao mesmo passo que trabalha conteúdos.
20
ATO CONCEITUAL
Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola,
ensino-aprendizagem, avaliação ;
A sociedade é a mediadora do saber e da educação, mas não tem
sido justa devido aos problemas do capitalismo e má distribuição de
renda, a sociedade que buscamos é a que oportuniza a participação
efetiva dos indivíduos que a compõem.
O homem tem se demonstrado em sua maioria passivos e
submissos, dominados pela ideologia da mídia, a escola precisa de um
homem que seja transformador da realidade na qual está inserido,
partindo do pressuposto de que pode escrever a sua história de uma
maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcança-las, sem
prejudicar o meio onde vive.
O homem vive ladeado em constantes mudanças, transformações
em seu meio, a tecnologia está presente no dia-a-dia, seja na utilização de
calculadoras e de computadores na lojas e todo tipo de estabelecimento
comercial. A tecnologia foi desenvolvida pelo homem para o homem a fim
de beneficiá-los em seu cotidiano, sua utilização correta depende
exclusivamente dos que a detém. A escola deve oportunizar o acesso as
tecnologias a fim de formar bem seus educandos.
A educação que buscamos é a que está voltada para a
transformação social, sendo esta libertadora, crítica e humanitária.
Oportunizando ao educando um conhecimento científico, político e
cultural visando a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu
papel, sendo um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o meio
ambiente de forma equilibrada.
21
A educação deverá cumprir sua função, instrumentalizando os que a
ela tiverem acesso para exercer a cidadania e transformar a sociedade,
quando dela saírem. Portanto a escola deverá contemplar em sua
MATRIZ CURRICULAR, além dos conteúdos universais, outros que visem
a integração com a comunidade promovendo a manutenção de práticas
tradicionais como jogos, gincanas, passeios educativos, já que para
muitos é única forma de lazer e cultura. A prática pedagógica deve
permear também pelos temas transversais visando a formação para a
cidadania, sem se desvincular do CURRÍCULO.
O conhecimento é construído através das relações de trabalho dos
homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, é
percebido quando há manifestação de mudanças de atitudes e
comportamentos, frente as situações vividas e a prática social. O
conhecimento possibilita a transformação social.
Precisamos valorizar uma cultura de atualização voltada para a
diversidade e priorizar nossas raízes. Precisamos trabalhar com
conhecimento que contribuam coma vivência do aluno em sua leitura de
mundo, seja ele, cultural, humano ou tecnológico.
Na comunidade escolar torna-se essencial manter uma relação de
autonomia de forma descentralizada e bem distribuída, mais democrática
e participativa, uma relação que forme autocrítica e o auto-conhecimento.
A escola da qual tratamos é uma escola de Campo, Nesse sentido, o
conceito de campo busca ampliar e superar a visão do rural como local de
atraso, no qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação
precarizada e aligeirada.
Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as
pessoas produzem conhecimento na sua relação de existência e
sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer
presente na escola. Os conhecimentos desses povos precisam ser levados
22
em consideração, melhor, são o ponto de partida das práticas
pedagógicas na Escola do Campo. Sendo assim, esta compreensão de
campo vai além de uma definição administrativa, configurando-se como
um conceito político, ao considerar as especificidades dos sujeitos e não
apenas sua localização espacial e geográfica (Veiga, 2003) .
Concebendo o campo como mais do que um espaço de produção
agrícola e pecuária, podemos afirmar que seus sujeitos no Paraná são as
populações ribeirinhas, pequenos agricultores, quilombolas, pescadores,
camponeses - nas mais diferentes denominações (meeiros, bóias-frias,
sem-terras, etc.), nossa escola é de Campo porque as famílias buscam no
trabalho com a pecuária e a agricultura o seu sustento.
No entanto, a escola que temos é fruto de uma sociedade
capitalista, onde predomina a desigualdade social e excludente. A escola
repassa o conhecimento sem o devido respaldo da sociedade, o que
impossibilita efetivar uma educação prática e funcional que acaba
pendendo para o lado paternalista e não conseguindo acompanhar a
modernidade.
É necessário estabelecer um sistema de avaliação diagnóstica
qualitativa, que preze pelas especificidades do aluno, que sirva para
ressignificar a prática educativa e contemple a sua formação como
cidadão.
A avaliação da aprendizagem escolar adquire
seu sentido na medida em que se articula com
o projeto pedagógico e com seu conseqüente
projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral
quanto no caso específico da aprendizagem,
não possui uma finalidade em si; ela subsidia
um curso de ação que visa construir um
23
resultado previamente definido. (LUCKESI,
Cipriano, 2003).
É neste sentido que devemos ter em mente a avaliação da
aprendizagem como um trabalho do projeto educativo, como um processo
de assimilação ativa do legado cultural já produzido pela saudade: a
filosofia, a ciência, a arte, a literatura. A pratica da avaliação em nossas
escolas, é o resultante da aprendizagem, é uma medida, como forma de
comparar grandezas, tomando uma como padrão e outra como objeto a
ser medido. O professor aplica medidas para a obtenção das informações,
como testes, produzidos segundo normas e critérios técnicos,
transformando os resultados medidos em nota ou conceito dá-se por meio
do estabelecimento de uma equivalência simples entre acertos e pontos.
As notas e conceitos, em princípio, expressam a qualidade que se atribui
à aprendizagem do educando, medida sob acertos e pontos.
O ato de avaliar é uma coleta, análise e síntese dos dados que
configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor
ou qualidade. É importante avaliar com rigor científico e técnico.
24
ATO OPERACIONAL
Na escola cada profissional têm suas atividades a serem
desenvolvidas, cada qual com as atribuições que lhe são peculiares.
As atribuições do diretor são: as de submeter o Plano Anual de
trabalho à aprovação do conselho escolar; convocar e presidir as reuniões
do Conselho Escolar, tendo direito a voto, somente nos casos de empate
das decisões ocorridas nas assembléias; elaborar planos de aplicação
financeiros, respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e
aprovação do conselho escolar; elaborar e encaminhar a SEED, as
propostas de modificações aprovadas pelo conselho escolar; institui
grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e propor
alternativas de solução, para atender os problemas de naturezas
pedagógicas, administrativas e situações emergências.
Cabe ao diretor propor a SEED, após a aprovação do Conselho
escolar, alterações na oferta de serviço de ensino prestado pela escola,
extinguindo ou abrindo curso, ampliando ou reduzindo o número de
turnos e turmas e a composição das classes; coordenar a implantação das
diretrizes pedagógicas emanadas da SEED; cumprir e fazer cumprir a
legislação em vigor, comunicando ao conselho escolar e aos órgãos da
administração; reuniões, encontros, grupos de estudos e outros eventos;
exercer as demais atribuições decorrentes a sua “função”, ; administrar o
patrimônio escolar em conformidade com a Lei Vigente; manter e
promover relacionamentos cooperativos de trabalho com professores,
alunos, pais.
Nossa escola segue um calendário elaborado segundo as
especificidades da SEED, devidamente aprovado pelo NÚCLEO
REGIONAL de Educação, o mesmo contempla o início e o término do
período, as férias para professores e alunos, a época de planejamento,
25
dias destinados a reuniões e pré-conselho de classe, feriados, dias
santificados e recessos no estabelecimento, dias de comemoração
estabelecidos pela lei e períodos destinados a capacitação docente
(grupos de estudos e cursos) .
A equipe pedagógica, é o órgão responsável pela coordenação,
implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das
diretrizes pedagógicas emanadas pela SEED. Quando a escola contempla
da equipe pedagógica os profissionais que compõem a mesma são:
Supervisor de ensino (nossa escola não contempla), orientador
educacional (nossa escola não contempla), Corpo docente e Bibliotecário
(nossa escola não contempla).
As atribuições da equipe pedagógica são: subsidiar a direção com
critérios para a definição do calendário escolar, organizações das classes,
do horário semana e distribuição de aulas; elaborar com o corpo docente,
o currículo pleno do estabelecimento de ensino; elaboração do
regulamento da biblioteca e outros espaços da escola; acompanhar o
processo de ensino aprendizagem, atuando junto aos alunos e pais, no
sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua
melhoria; subsidiar o diretor e o conselho escolar com os dados e
informações relativas aos serviços de ensino prestados pelo
estabelecimento de ensino e rendimento do trabalho escolar.
A equipe pedagógica orienta e acompanha o Processo de
RECUPERAÇÃO Paralela a serem proporcionados aos alunos de baixo
rendimento escolar; analisando e emitindo parecer sobre a adaptação de
estudos; propor à direção a implantação de projetos de enriquecimento
curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordena-los, se
aprovados; coordenar o processo de escolha dos livros didáticos; instituir
uma sistemática permanente de avaliação do plano anual da escola;
participar sempre que convocado de: cursos, seminários, reuniões,
encontros, grupos de estudos e outros eventos.
26
O Corpo Docente é constituído pelos professores concentrados de
acordo com as normas dos órgãos competentes. O professor, além dos
direitos assegurados pelo estado, combinado com a legislação aplicável,
tem o direito de requisitar todo o material didático que julgar necessário
às aulas, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino; utilizar-
se de livros da biblioteca e também dependências da escola, ter acesso as
fitas de vídeo, opinar sobre os programas, planos de curso e métodos
utilizados e adoções de livros didáticos, propor a direção medidas que
objetivem o aprimoramento de métodos de ensino e avaliação, da
administração e da disciplina, comunicar a direção as faltas dos alunos,
para a tomada das medidas necessárias à correção das mesmas.
O professor ou especialista de educação tem o dever constante de
considerar a relevância social de suas atribuições, cabendo-lhes manter
conduta mora, funcional e profissional, adequada à dignidade do
magistério observando as normas: cumprir e fazer cumprir ordens dos
superiores, hierárquicos bem como os horários e calendários escolares,
manter o espírito de coordenação e solidariedade com os colegas.
A utilização de processos de ensino aprendizagem que não se
afastem do conceito atual de educação e aprendizagem; incutir nos
alunos, pelo exemplo o espírito de solidariedade humana, de justiça e
cooperação, o respeito às autoridades constituídas e o amor à Pátria,
empenhar-se pela educação integral do educando; comparecer ao
estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinário e
extraordinários também são atribuições ao professor.
Cabe ao professor, sugerir providências que visem à melhoria do
ensino e seu aperfeiçoamento, participar no planejamento das atividades
relacionadas com a educação, zelar pela economia de material do Estado
ou do Estabelecimento. A devolução de materiais retirados do
estabelecimento, guardar em sigilo os assuntos da escola, freqüentar
27
cursos para aperfeiçoamento profissional; apresentar-se decentemente
vestido para o trabalho, proceder de maneira digna em sua vida
particular.
O professor deve usar sua autoridade em sala de aula, evitando
sempre que possível a intervenção do diretor para que sua autoridade
não seja diminuída perante a classe.
É competente ao Corpo docente, a elaboração do currículo escolar
junto a equipe pedagógica, escolher os materiais didáticos, desenvolver
atividades em sala com vista à aprendizagem do aluno, promover e
participar de reuniões de estudos, encontros, curso e seminários;
assegurar que não haja discriminação no ambiente escolar, proporcionar
a recuperação paralela, ministrar os dias letivos e horas aulas
estabelecidos, colaborar com as atividades de articulação da escola, com
as famílias e comunidade.
O CORPO DISCENTE é constituído pelos alunos. O aluno além dos
direitos que lhes são outorgado por toda a legislação aplicável e o
estatuto da criança e adolescente, tem o direito de requisitar todos os
livros didáticos que serão utilizados pela Escola, ter assegurado que o
estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de
ensino e aprendizagem, tem igualdade de condições para o acesso e
permanência no estabelecimento de ensino. Ser respeitado sem qualquer
forma de discriminação. Participar das aulas e demais atividades
escolares, respeitando o horário de inicio e término das mesmas.
È de competência do corpo discente manter e promover relações de
cooperação no ambiente escolar, realizar as tarefas escolares definidas
pelos discentes, participar de todas as atividades curriculares
programadas e desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino.
28
A equipe administrativa e de apoio são setores da escola que dão
suporte ao funcionamento de todos os setores do estabelecimento de
ensino; proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções.
A secretaria por sua vez é o setor que tem a seu encargo todos os
serviços de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento,
os mesmos são coordenados e supervisionados pela Direção ficando a ela
subordinados.
O cargo de secretário é exercido por um profissional devidamente
qualificado para a função, indicado pelo diretor do estabelecimento de
acordo com as normas da SEED, a este profissional compete, cumprir e
fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos.
Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretária aos
seus auxiliares, redigir a correspondência que lhe for confiada, organizar
e manter em dia as determinações legais, elaborar relatórios e processos
a serem encaminhados a autoridade competente, apresentar ao diretor
os documentos em tempo hábil para a sua assinatura, manter organizado
o protocolo e arquivo escolar, bem como os documentos do aluno e
autenticidade dos mesmos.
Os serviços gerais da escola, estão a cargo de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino,
sendo coordenado e supervisionado pela direção e a ela subordinados.
Aos serventes, competem principalmente a limpeza e manutenção
da ordem das instalações escolares, providenciando junto ao responsável
o material e produtos necessários e zelando pela economia bom uso dos
mesmos, não interferir nem perturbar o trabalho dos professores e
demais servidores em suas funções.
A merendeira tem por função, preparar e servir a merenda
escolar, controlando-a quantitativamente, efetuar a limpeza da cozinha e
29
seus pertences, informar ao diretor as condições do estoque, conservar o
local do preparo dos alimentos em boas condições de organização e
limpeza. Observar se os alimentos estão dentro do prazo de validade, se
estão dentro do tempo de preparo. É importante lembra que a pessoa que
prepara os alimentos não pode ser a mesma que limpa os sanitários.
Ao vigia cabe, efetuar as rondas periódicas de inspeção, com vistas
a zelar pela segurança do estabelecimento de ensino, impedir a entrada,
no prédio ou áreas adjacentes de pessoas estranhas e sem autorização,
fora do horário do trabalho, como medida de segurança; zelar pelo prédio
e suas instalações, procedendo aos reparos que se fizerem necessários e
lavando ao conhecimento de seu superior. A defesa da boa aplicação dos
padrões da ética, da moral e bons costumes no relacionamento entre os
educandos , também cabem ao vigia.
A distribuição dos alunos por turma segue a norma legal, vigente
em todo o Estado do Paraná. O tempo escolar é contado em série (5ª , 6ª,
7ª e 8ª série), as aulas são distribuídas aos professores de acordo com o
número das turmas e quantidades previstas de aulas de cada disciplina
para cada turma de acordo com as normas da SEED e a Organização
Curricular Utilizada é por disciplinas, a periodicidade do registro de
avaliação é bimestral e efetivado por meio de notas. Nossa escola não
consta de Intervenções Pedagógicas como sala de apoio, sala de recurso e
também contra-turnos entre outras.
As reuniões de pais são realizadas ao fim de cada bimestre,
avaliando o desempenho das turmas em todos os aspectos, os pais são
informados da vida escolar de sues filhos, tem o momento aberto a
questionamentos aos professores e também diretores.
Por meio das reuniões estabelece vínculos entre as famílias e
escola, por meio de leituras de mensagens, realização de dinâmicas de
modo que a reunião seja uma atividade prazerosa às famílias.
30
É por meio das reuniões que a escola estabelece parcerias com as
famílias para o melhor acompanhamento da vida escolar dos filhos,
observando a realização dos trabalhos, os cuidados com o material
didático, a escola por sua vez analisa se está oferecendo a educação
objetivada pelas famílias, se as suas práticas estão a contento.
Além das reuniões da Escola promove Festividades envolvendo as
famílias como confraternizações de encerramento do Semestre, Jantar de
Formatura em despedida as turmas de 8ª séries, e também festividades
aberta a toda a comunidade como a Tradicional Festa Junina.
A Escola Estadual José de Alencar, fica situada no ponto central da
Comunidade do Pocinho, é um local de fácil acesso a toda a comunidade,
assim sempre que possível ou mesmo necessário oferta palestras a toda a
comunidade, especialmente as que visam a melhora da qualidade de vida
de todos os moradores, como a qualidade da água com os profissionais da
Sanepar, o bom uso da energia-elétrica (Copel), técnicas de cultivo e
cuidados com o solo, lavoura e criações de animais (Coamo, Emater).
Instâncias Colegiadas
A APMF Associação de Pais de mestres do ensino Fundamental, é
uma pessoa jurídica do ensino, sendo uma instituição auxiliar do
estabelecimento destinada a promover a integração da família na escola e
na comunidade, colaborando assistência ao educando e aprimoramento
do ensino. Tem a tarefa de mobilizar recursos materiais, financeiros e
humanos da comunidade, para assistência ao educando e para a melhoria
do estabelecimento de ensino, assegurando-lhe condições de eficiência
escolar.
A APMF é organizada para promover o entrosamento entre pais,
alunos, professores, comunidade, através do desenvolvimento de
31
atividades sócio cultural – desportiva; mobilizando recursos materiais,
financeiros e humanos, recebendo doações voluntárias, contribuindo
para a conservação do aparelhamento do estabelecimento, representando
os interesses dos pais junto a direção, orientando e apreciado a aplicação
das receitas oriundas das cobranças comunitárias.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer , o PPP da escola,
critério relativos á sua ação, organização, funcionamento e
relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e
compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais traçadas pela
secretária de estado da educação; o conselho escolar tem finalidade de
promover a articulação entre vários seguimentos organizados da
sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a
qualidade de seu funcionamento.
O Conselho Escolar é constituído pelo diretor, representante da
equipe administrativa, representante dos professores, representante dos
alunos, representante dos pais ou responsáveis por alunos devidamente
matriculados.
São atribuições do conselho escola: análise e aprovação do plano
anual do estabelecimento de ensino; acompanhamento e avaliação do
desempenho do estabelecimento; analisar projetos propostos por todas as
categorias que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar
suas necessidades de implantação e aprovar se for o caso; apreciar e
julgar o plano financeiro da escola e a prestação de contas.
O conselho se reúne ordinariamente por bimestre, tendo a reunião
marcada com setenta e duas horas de antecedência no mínimo. As
reuniões extraordinárias também são marcadas com antecedência, há um
livro próprio para os registros das reuniões.
32
O Pré-Conselho de Classe
O Pré-Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação
restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
O Pré-Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar
os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na
Direção do processo de ensino-aprendizagem, proposto pelo plano
curricular, acompanhando e aperfeiçoando o processo de aprendizagem
dos alunos; analisando os resultados da aprendizagem na relação com o
desempenho da turma, organização dos conteúdos e o encaminhamento
metológico; utlizando procedimentos que assegurem a comparação com
parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a
comparação de alunos entre si.
O Pré-Conselho de Classe é constituido pelo Diretor e por todos os
professores atuantes. A presidência do conselho está a cargo da diretora
que em sua falta, pode ser substituído por um dos professores presentes.
As reuniões são realizadas ordinariamente ao final de cada
bimestre, em data previstas no calendário escolar, e extraordinariamente,
sempre que houver um fato relevante. O Pré- Conselho de Classe reúne-
se ordinariamente no prazo de convenção de quarenta e oito horas de
antecedência.
Tem atribuições específicas na escola sendo: a emissão de parecer
sobre assuntos referentes ao processo de ensino aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pelo diretor. Analisar as informações
sobre os conteúdos de avaliações que afetem o redimensionamento
escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento
33
escolar, tendo em vista à cultura do educando, integração e
relacionamento com os colegas da classe.
O estabelecimento de planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com o plano curricular, decidir sobre a aprovação ou
reprovação de alunos que após apuração dos resultados finais, não
atinjam o mínimo solicitado pelo estabelecimento de ensino, levando-se
em consideração o desenvolvimento do aluno.
As reuniões do conselho de classe serão lavradas em livro ata
específico, divulgado aos interessados. Durante o ano letivo são
realizados ordinariamente cinco conselhos de classe.
O primeiro ao fim do primeiro bimestre, faz-se um diagnóstico das
dificuldades encontradas e propõem-se soluções conjuntas. O segundo e o
terceiro, apresentam os resultados das avaliações, traçando-se um
paralelo entre o primeiro, após o diagnóstico das dificuldades
encontradas, sendo solicitado a presença dos pais junto à escola a fim de
solucionar dificuldades sobre o desempenho dos alunos.O quarto
conselho e conselho final é realizado ao fim do semestre e também ao
final do ano, quando os professores terão a importante função de avaliar
o desempenho anual dos alunos, destacando o progresso e as dificuldades
que se verifiquem no decorrer do ano letivo.
O Pré-Conselho de Classe deverá analisar; baseando nos
indicadores de melhorias e não aproveitamento do aluno, durante o
período letivo; considerar se o aluno está em condições de prosseguir os
na séries seguintes. Avaliar o aluno na sua totalidade, o seu desempenho
e crescimento ao longo do período letivo e sua prática social.
Intenção de acompanhamento aos egressos :
A verificação da aprendizagem escolar é uma avaliação em
todos os aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os
34
dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
A recuperação dos estudos cujo aproveitamento foi insuficiente
poderá obter aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionada
pelo estabelecimento. Os alunos de baixo rendimento escolar será
proporcionada recuperação de estudos e os conteúdos da disciplina em
que o aproveitamento foi insuficiente.
A recuperação dos estudos será planejada, constituindo-se num
conjunto integrado ao processo do ensino, além de se adequar às
dificuldades dos alunos. Deverá constituir um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos,
podendo assumir várias formas tais como: pesquisas, relatórios a partir
de vídeos, atividades individuais e em grupos.
No que se refere a matrícula, esta é um ato formal, que vincula o
educando ao Estabelecimento de ensino autorizado, conferindo-lhe a
condição de aluno. Ë requerida pelos pais ou responsáveis, quando menor
de 18 anos, e deferida pelo diretor do estabelecimento, em conformidade
com os dispositivos regimentais no prazo de sessenta dias.
A Matrícula Inicial é a realizada no prazo pré determinado, a
Matrícula Tardia é realizada após este prazo e poderá ser efetuada
enquanto houver vaga. A renovação da Matricula far-se á mediante
manifestação expressa do interessado, por época prevista no calendário
escolar. A Matrícula Inicial extraordinária e fora dos prazos determinados
pela escola, poderá ser efetuada se o aluno tiver a idade prevista para o
ensino fundamental e se encontrar fora da escola. Tendo direito a mesma
o aluno que comprovar a impossibilidade de ter sido matriculada na
época determinada.
35
A matrícula para prosseguimentos de estudos é facultada ao
interessado, por não ter renovada matrícula em tempo hábil ou ter
desistido dos estudos no decorrer do período letivo não mais mantém
vínculo com o estabelecimento onde esteve matriculado, e pretende
prosseguir nos estudos.
A matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno, ao se
desvincular do estabelecimento de ensino, vincula-se ato continuo, a
outro congênere, para prosseguimento dos estudos em curso. A
transferência feita para estabelecimento não autorizado estará
invalidado, permanecendo o vínculo do aluno com o estabelecimento de
origem . Os registros referentes ao aproveitamento e assiduidade do
aluno, até a época da transferência, são atribuições exclusivas do
estabelecimento de origem devendo ser transpostos para a documentação
escolar do aluno no estabelecimento de destino.
A Escola estadual José de Alencar, oferta Matrícula e possibilidade
de estudos em Regime de Progressão Parcial, ao aluno reprovado em até
três disciplinas ou área de conhecimento da série, fase, disciplinas ou
áreas nas quais reprovou. O Regime de progressão parcial exige, para
aprovação, a freqüência prevista de 75% (setenta e cinco por cento) e o
aproveitamento mínimo de 6,0 (seis vírgula zero).
O Estabelecimento oferece as adaptações de estudos aos alunos
que necessitarem. Adaptações de estudos é o conjunto se atividades
didático de fins pedagógicos desenvolvidas, sem prejuízo das atividades
normais da série ou período, em que o aluno se matricular, para que se
possa segui, com proveito o novo currículo.
As adaptações são ministradas as disciplinas da Base Nacional
comum, podendo ser realizadas durante os períodos letivos ou entre eles,
deverão ser concluídas no mesmo ano letivo para o qual for aceita a
transferência, antes do resultado final do mesmo. O processo de
36
adaptações deverão garantir a seqüência dos conteúdos programáticos e
assegurar o mínimo de conteúdos curriculares e de carga horária
estabelecidos para o ensino fundamental.
Para a efetivação do processo de adaptações deverá garantir a
seqüência dos conteúdos programáticos e assegurar o mínimo de
conteúdos curriculares e de carga horária estabelecidos para o ensino
fundamental.
A Escola oferta, a Matrícula em Regime de Progressão Parcial, ao
aluno reprovado em até três disciplinas ou áreas de conhecimento da
série, fase, disciplinas ou áreas de conhecimento em que reprovou. O
regime de progressão parcial exige, para aprovação, a freqüência de 75
% (setenta e cinco por cento) e o aproveitamento mínimo de (6,0) (seis
vírgula zero).
A instituição, oferta plana especial de recuperação dos estudos
especial aos alunos, quando houver impossibilidade do educando
freqüentar a dependência em turno concomitante. O Plano Especial de
Estudos deverá integrar a pasta individual do aluno, este contemplado
pela Progressão Parcial de estudos, estará reprovado caso não passe em
uma delas, devendo cursar novamente a série.
A escola expedirá o certificado de conclusão de curso após o
atendimento integral do currículo pleno e da perspectiva carga horária,
observando os mínimos exigidos por lei e eliminados as dependências
ocorridas ao longo do curso.
Critérios de organização interna da escola
Todos os espaços da escola são locais de aprendizagem, nossa
escola além das quatro salas de aulas possui uma biblioteca, e a
37
videoteca (móvel). A Biblioteca constitui-se como um espaço pedagógico,
cujo acervo está a disposição de todos da comunidade escolar. O acervo
bibliográfico é fornecido pela SEED; também adquirido com recursos
próprios da escola e doações de terceiros.
A biblioteca está a cargo dos profissionais da administração da
escola, pois não temos bibliotecário, que zelam pelo uso devido dos
alunos e manutenção do acervo. É um local para a consulta local dos
livros, periódicos e outros materiais informativos, empréstimos de livros e
apoio à pesquisa escolar aos alunos.
Os usuários da biblioteca são os alunos, professores, funcionários e
a comunidade, tendo o direito do acesso livre e democrático ao acervo,
recebendo um tratamento de boa qualidade. Os mesmos devem respeitar
as normas estabelecidas pelo regulamento de devolução do livro no prazo
certo ou seja, o livro pode ser renovado por duas vezes consecutivas; é
preciso respeitar as normas de preservação do acervo colaborando com a
sua conservação, é preciso permanecer em silêncio durante as pesquisas
individuais e ou grupos.
É vedado aos usuários da Biblioteca adentrar no recinto com bolsas
ou similares bem como ameaçar o acervo com objetos cortantes ou outros
que danifiquem os livros.
A Escola, Estadual José de Alencar, não possui um espaço para o
funcionamento, da videoteca, a mesma se encontra adaptada junto a sala
da 8ª série e também com o vídeo –móvel. A videoteca mesmo adaptada,
se constitui um espaço educativo da escola, destinado a capitação,
gravação e apresentação, de programas educacionais, tendo por objetivo
a preparação de alunos conscientes, críticos e capazes de atuar
participativamente na sociedade na qual estão inseridos.
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São ofertados os seguintes serviços; acesso ao acervo para uso local
e empréstimo, assessoramento nas sessões de vídeo. São direitos dos
usuários da videoteca, ter acesso à sala acompanhados do professor
(quando aluno), receber atendimento de qualidade, assistir programas de
vídeos como apoio às aulas, ou recursos para o trabalho. É necessário
fazer o agrupamento prévio da utilização da videoteca.
A informática também é um recurso do processo educacional,
consiste no uso da tecnologia da informação, ou seja de informações
armazenadas em meio magnético, para o desenvolvimento de atividades
educativas, individuais ou coletivas, com o objetivo de ampliar as
possibilidades de acesso e manipulação das informações, como também
de desenvolvimento e aprimoramento dos processos cognitivos através de
softwares ou hardware. Não se trata do uso do computador
exclusivamente, nem mesmo do seu uso num ambiente reservado dentro
da escola. A informática aplicada a educação pressupõe a incorporação
deste novo paradigma tecnológico perpassando por todos as atividades e
espaços escolares e sendo incorporada por todos os sujeitos que
interagem neste ambiente.
O computador para desenvolver habilidades ou reforçar conteúdos
pode ser utilizado dentro de um conjunto mais amplo de atividades, em
momentos pontuais no processo de ensino/aprendizagem. O professor
tem que estar capacitado para atuar nestes momentos, e também ter
condições de pensá-los no contexto geral do seu trabalho . O professor
deve sempre procurar a atualização profissional quanto pessoal. Quando
o computador é usado para passar a informação ao aluno, o computador
assume o papel de máquina de ensinar, e a abordagem pedagógica é a
instrução auxiliada por computador. Geralmente os software que
implementam essa abordagem são os tutoriais, os software de exercício-
e-prática e os jogos.
A Internet pode permitir a comunicação e o compartilhamento de
recursos e dados com pessoas em sua rua ou ao redor do mundo. Uma
39
das maiores vantagens da Internet é que ela é uma ferramenta que
fornece acesso a uma enorme quantidade de informações que estão
disponíveis em todo o mundo. A Internet é um meio que poderá conduzir-
nos a uma crescente homogeneização da cultura de forma geral e é,
ainda, um canal de construção do conhecimento a partir da
transformação das informações pelos alunos e professores.
As redes eletrônicas estão estabelecendo novas formas de
comunicação e de interação onde a troca de idéias grupais,
essencialmente interativa, não leva em consideração as distâncias físicas
e temporais. A vantagem é que as redes trabalham com grande volume de
armazenamento de dados e transportam grandes quantidades de
informação em qualquer tempo e espaço e em diferentes formatos.
Os professores estão sendo convocados para entrar neste novo
processo de ensino e aprendizagem, nesta nova cultura educacional, onde
os meios eletrônicos de comunicação são a base para o compartilhamento
de idéias e ideais em projetos colaborativos.
Princípios da Gestão Democrática
A formação continuada dos Profissionais da Educação, tornou-se
uma meta de políticas educacionais nos últimos anos. A formação
continuada do Magistério é parte essencial da estratégia de melhoria da
qualidade de educação.
O acesso à informação é fundamental, imprescindível para o desenvolvimento de um estado democrático, e caberá à educação um papel fundamental nesse sentido, jamais chegaremos a uma sociedade informatizada desenvolvida dos códigos instrumentais e as operações em rede se mantiverem nas mãos de poucos iniciados. É portanto, uma questão de sobrevivência das sociedades que os indivíduos saibam operar as novas tecnologias da informação (MORAES, 1987, p. 189)
Em nossa escola a Capacitação continuada ocorre a distância (dos
NREs e SEED) , por meio dos grupos de estudos específicos por
disciplinas, organizados pela SEED e disponibilizados pela instituição,
40
acontecem também as reuniões de capacitação descentralizadas, as
capacitações no NRE e os Simpósios na Universidade do Professor.
A escola prima para que seus profissionais tenham acesso aos
eventos de formação continuada, sempre que lhe chegam os convites e
comunicados, a nível de município e de escola.
A hora atividade dos docentes é realizadas pelo mesmos de forma
individualizada, uma vez que o mesmo professor (da disciplina ministra as
aulas em todas as turmas), hora-atividade é o tempo reservado ao
Professor em exercício de docência,
para estudos, avaliação e planejamento.
Segundo a Resolução n.º 305/2004 – SEED, que regulamenta a
distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino na rede estadual de
Educação Básica e estabelece normas para atribuição da hora-atividade;
A Lei Estadual n.º 13 807, de 30/09/2002 que instituiu os 20 % de hora-
atividade.
O acesso e permanência do aluno na escola é um compromisso não
só dos educadores mas de toda a sociedade. A escola por sua vez tem o
papel mais importante, uma vez que o aluno está vinculado a ela em seu
dia a dia, concretizando-os da importância da educação em suas vidas, e
para todo seu futuro, mantendo contanto com a família e os incentivando
a zelar pela educação dos filhos.
Combater à exclusão escolar é responsabilidade de todos,
professores, alunos, pais, funcionários, comunidade. É importante que
toda criança esteja na escola.
O Currículo da Escola Pública
O currículo da escola publica tem passado por diferentes mudanças
ao longo dos anos. Um momento histórico marcou a década de 90 com a
41
implantação da LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96 ,
com a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais DCN, e os PCNs
Parâmetros Curriculares Nacionais, com uma política marcada pelo neo-
liberalismo, propondo as escolas uma ação pedagógica voltada ao
desenvolvimento de competências e habilidades.
A SEED estabeleceu desde 2003 como uma linha de ação prioritária
a retomada da discussão coletiva do currículo. A concepção adotada é de
que o currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem
em determinados contextos históricos e socais, almejando a construção
de uma proposta curricular prescritiva mas vivida e pensada pelas
escolas.
Na reformulação curricular é preciso discutir e levantar os dados da
situação concreta das Diretrizes Curriculares na Rede Estadual de Ensino
do Paraná, discutir as propostas pedagógicas por área de ensino, e os
desafios curriculares para as áreas de ensino de todos os níveis e
modalidade de ensino.
Com um processo coletivo de reformulação curricular, a partir das
bases escolares, onde as reflexões e encaminhamentos sejam os
centradas nos professores é o que se deve primar. Neste sentido a
retomada de discussões pedagógicas e a proposta curricular se faz uma
atividade do cotidiano dos professores, sendo fundamental as reuniões
pedagógicas, hora-atividade, reuniões de estudos, eventos institucionais,
municipais, regionais e estaduais, entre outras.
As diretrizes suregem orientações gerais estabelecidas sendo as
mesmas: O compromisso com redução das desigualdades sociais; a
articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento
econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação
básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito
fundamental do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades
42
de ensino; e a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos
epistêmicos. A velha dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida
com ações efetivas. Reconhecer que o professor é o sujeito que pensa,
cria, produz e trabalha com conhecimento, é valorizar a sua ação
reflexiva e sua prática.
O trabalho de reformulação curricular é coletivo, de construção por
parte de todos os profissionais da Educação. Em paralelo, este trabalho
deve ser acompanhado pela SEED.
43
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª
SÉRIENRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTABELECIMENTO: 00676 - JOSE DE ALENCAR, E E – E FUND
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40
SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIEARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO
*1 1 0 0
GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB - TOTAL 22 22 23 23
PARTE
DIVERSIFICA
DA
L.E.M. - INGLÊS
** 2 2 2 2
SUBTOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER
FACULTATIVA PARA O ALUNO.
44
Os estudos sobre o Paraná, são ofertados em nossa escola inseridos
nas disciplinas de História e também geografia. Os estudos de Geografia
do Paraná contribuem para a formação do educando, como sujeito
histórico e participativo na construção da cidadania e a valorização do
estado no âmbito Nacional. A História do Paraná favorece a abordagem
de temáticas específicas, atendendo aos interesses das comunidades
locais e regionais.
Trabalho Coletivo
A atividade de ensinar, é sem dúvida a principal do exercício do
magistério e sua efetividade se dá pela habilitação à profissão e pela
prática reflexiva, a escola é uma instituição social, que por natureza
trabalha diretamente com o conhecimento e com o ser humano, que é
constante o desafio de estar em constante processo de discussão e
reelaboração de suas ações para não só acompanhar os processos
evolutivos da sociedade mas para não só acompanhar os processos
evolutivos da sociedade mas para interferir nas necessárias
transformações.
A ausência de um trabalho sistemático com as escolas sobre a base
de sua prática, bem como os saberes que compõem a dinâmica do
trabalho pedagógico, as concepções, os objetivos, as relações de
conteúdos, a metodologia e avaliação são pensamentos no coletivo ou seja
a escola deve trilhar um caminho para todo o corpo docente caminhar
junto.
O trabalho individualizado revela o trabalho solitário do professor.
A prática coletiva possibilita a troca de idéias e experiências,
caracterizando uma efetiva educação. O que se busca não é a perda da
individualidade de cada profissional mas sim da individualismo, a
colaboração é uma ótima forma para o desenvolvimento profissional,
45
quando espontânea, poderão atingir os objetivos propostos em sua
totalidade.
A instituição escolar tem cultura própria, produzida pelos
profissionais que a compõem, pensar coletivamente é indispensável para
a efetivação da qualidade do trabalho desenvolvido na mesma.
46
PLANO DE AÇÃO ESCOLAR
I Objetivos Gerais :
• Resgatar a auto-estima dos alunos que demonstram desinteresse pela
aprendizagem, proporcionando condições para que os mesmos tomem
gosto e interesse pela aprendizagem e pelo bom andamento da escola;
• Trabalhar valores ( morais, cívicos, cidadania), dentro do ambiente
escolar de forma que estes possam estar refletindo dentro da
comunidade;
• Fazer um trabalho em conjunto (direção, professores e funcionários,
comunidade) para que a escola faça a diferença dentro da
comunidade e que também continue fazendo parte da história do
Município de Barbosa Ferraz;
• Proporcionar condições para que as famílias se envolvam mais e
participem da vida escolar de seus filhos e também continue fazendo
parte da história do Município de Barbosa Ferraz;
• Proporcionar condições para que as famílias se envolvam mais e
participem da vida escolar de seus filhos e também dos vários eventos
que a escola promova no decorrer dos anos participando, dando
sugestões e ajudando a resolver os possíveis problemas que poderão
surgir.
II Ações
• Em conjunto com os professores, proporcionar aulas mais
interessantes em que os alunos possam participar e compartilhar os
conhecimentos trazidos de casa;
• Dar subsídios necessários para os professores (pedagógico e materiais
pedagógicos) para que possam tornar suas aulas de melhor qualidade
possível;
• Promover eventos para que a comunidade possa constatar que a
escola faz a diferença dentro da mesma como : festas juninas,
47
comemorações de datas importantes para a comunidade, reuniões com
as famílias mostrando o trabalho da escola.
• Trabalho constante sobre cidadania, civismo dentro da comunidade
escolar;
• Em conjunto com os professores, manter um clima de amizade e
companheirismo com os alunos para que assim possamos estar
orientando, direcionando , dialogando com os alunos sobre seus
comportamentos e atitudes.
• Aumentar o acervo bibliográfico da escola e organizar um ambiente da
leitura ( sala ou um outro ambiente) para incentivar o hábito e o gosto
pela leitura.
III Gestão Democrática
• Buscar parcerias para benefício da escola;
• Oportunizar a participação do educando em vários acontecimentos
escolares;
• Primar pelo trabalho coletivo;
IV Proposta Pedagógica
• Discutir, refletir e analisar no coletivo, quis as necessidades
pedagógicas da escola;
• Valorizar, incentivar e proporcionar momentos de estudos e reflexão
sobre as melhores maneiras de desenvolver a prática pedagógica no
estabelecimento.
• Trabalhar com o aluno a sua valorização enquanto educando, o
respeito mútuo entre professores e alunos.
V Formação Continuada
• Primar pela participação do corpo docente em grupos de estudos e
também encontros de reflexão que possam contribuir para a
qualificação do profissional em exercício;
48
VI Qualificação dos equipamentos e espaços :
• Buscar parcerias para o revivamento da horta e do pomar;
• Solicitar junto aos órgãos competentes a reforma da quadra;
VII Especificidades do Local :
• Valorizar e incentivar as amostras dos trabalhos dos alunos a
comunidade, para que o trabalho realizado na escola possa ser
conhecido e valorizado.
• Participação e promoção de festas juninas e outras datas
comemorativas, bem como jogos e atividades recreativas, que possam
promover a participação da comunidade no ambiente escolar.
Responsáveis :
• Direção
• Pais e ou responsáveis
• Alunos
• Professores
• Colaboradores de outros seguimentos ( outras, escolas, igrejas,
associações etc...)
49
PROJETOS
Valorizar a vida e o meio ambiente é um saber que começa na
escola, portanto estamos trabalhando a Agenda 21 Escolar, que tem seu
foco na nossa realidade, focando-se em problema levantado pela
comunidade (por meio do questionário sócio-cultural), que é a falta de
produtividade da horta e do pomar, busca-se parcerias para a
revitalização dos mesmo para que produzam alimentos saudáveis,
melhorando a qualidade de vida dos alunos. (Anexo)
A Agenda 21, é indispensável no desenvolvimento do conhecimento
científico, melhorar as avaliações científicas de longo prazo, fortalecendo
as capacidades científicas em todos os setores e fazer com que a ciência
respondam as necessidade da humanidade que vão surgindo. Propõe que
as ciências reavaliem e promovam constantemente tendências industriais.
É um documento que contem compromissos para mudanças do padrão de
desenvolvimento para este século.
Outros projetos mais específicos de cada disciplina, também são
desenvolvidos na escola, centrando-se no objetivo formação global do
educando. ( Ver Anexo)
50
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A Construção Coletiva deste Projeto Político Pedagógico é um
momento de profunda reflexão em torno dos princípios e finalidades da
escola, assim como a explicação de seu papel social e aclara definição de
caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos
os envolvidos com o compromisso político pedagógico, foi concebido com
base nas diferenças existente entre professores, diretor, pais, alunos e
representante da comunidade local.
O Projeto Político Pedagógico é a organização do trabalho realizado
na escola em todas as especificidades, níveis e modalidades. É norteado
pela condição de igualdade ao acesso ao ato de ensinar e aprender
valorizando os diversos valores culturais.
Os princípios orientadores pressupõem a aprendizagem de
qualidade para todos e a articulação das dimensões técnica ou formal e
política. O Projeto Político Pedagógico requer uma participação de todos
para a construção de um trabalho comprometido com os interesses e
anseios da sociedade. Busca também a valorização dos trabalhadores da
área educacional, garantindo dessa forma qualidade de ensino e sucesso
na tarefa educativa.
A elaboração do texto depende da discussão, a dimensão
pedagógica está na possibilidade de efetivar as finalidades educacionais,
ou seja, a formação do cidadão crítico, responsável criativo e
participativo.
A dimensão política pressupõe a opção e compromisso com a
formação do indivíduo para ocupar seu espaço na sociedade implicando
no esforço coletivo para refletir e estabelecer um direcionamento a fim de
51
definir ações educativas e características necessárias ao cumprimento
dos propósitos.
Um projeto é de qualidade quando explicita os compromissos do
curso com a formação do cidadão e do profissional, tendo sua origem
dentro da própria realidade, prevendo condições necessárias ao
desenvolvimento e avaliação implicando a ação de todos os envolvidos
com a realidade escolar. O Projeto Político Pedagógico é uma construção
coletiva, com efeito mobilizador, uma dimensão utópica, ou seja, uma
antecipação do que se deseja.
A escola deve prever a participação de todos no processo de revisão
das articulações específicas e gerais, descentralizando o processo de
decisão delegando poderes. A participação coletiva na construção do
mesmo possibilita as reflexões coletivas favorecendo um bom
relacionamento, descentralização do poder, eliminando o controle
hierárquico e desenvolvendo autonomia, contribui para práticas
fundamentadas na solidariedade no trabalho coletivo.
É necessário haver análise e reflexão crítica sobre os conflitos
enfrentados na comunidade escolar e defesa radical do compromisso de
todos com a qualidade de ensino, levando a democratização para
transformações de situações problemas.
Havendo a construção de uma visão orgânica de acordo com a
realidade explicitando suas contradições e possibilidades num
entendimento das diferentes visões de mundo levando a criação do novo
considerando o já existente, articulando as especificidades das diferentes
funções.
O Projeto Político Pedagógico deve ser calcado nas atitudes de
solidariedade e maior integração, inclusive ética entre a equipe escolar
de acordo com suas funções deve levar em conta a organização de
52
trabalhos que visem à melhoria da qualidade de ensino.O currículo deve
ser objetivo e sustentável bibliograficamente, compor uma metodologia
de construção coletiva e não ser um instrumento neutro dentro do
contexto social.
A avaliação dos educadores a respeito da escola é um dos itens do
Projeto Político Pedagógico, a mesma deve buscar o conhecimento e
compreensão dos problemas enfrentados as alternativas para a resolução
dos mesmos deve ser um ato qualificativo e diagnóstico.
A compreensão do mesmo é um ato democrático que busca resolver
os conflitos e contradições voltadas a uma realidade específica. Tal ato é
situacional, pois fala do contexto da escola. O ato conceitual por ter a
concepção da aprendizagem e avaliação em todos os aspectos é um ato
operacional, pois organiza a escola de forma democrática em suas
práticas como: Conselho Escolar, reuniões entre outros como as linhas de
ação para o bom andamento da escola.
Os elementos construtivos do Projeto Político Pedagógico são: as
finalidades, ou seja, o que a escola visa para seus alunos, qual formação
quer oferecer.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico no que se refere à
estrutura organizacional é pedagógica determinando as ações
administrativas no que se refere ao ensino, aprendizagem e currículo;
administrativo assegurando os recursos humanos financeiros e físicos. Há
desafios lançados nesta construção na busca de uma nova organização
para o trabalho pedagógico, aperfeiçoando as práticas coletivas
investindo na cultura e cidadania.
O Projeto Político Pedagógico deve primar pela realização de
seminários sobre a educação, a ampliação do processo de formação
53
continuada e a democratização do acesso e permanência do aluno na
escola.
As dificuldades enfrentadas na discussão do mesmo se deparam
com confusões conceituais e imprecisão terminológica, as limitações do
trabalho no dia-a-dia da escola, incoerência entre discurso e prática,
resistência ao mesmo e a dificuldade em respeitar o tempo e o espaço dos
envolvidos com o processo educacional.
Este momento se faz um conhecimento mais detalhado da escola e a
comunidade a qual está inserida, conhecendo a sua história e a
especificidade do local. É um documento específico que reflete a
realidade da escola, clareando as ações educativas em sua totalidade.
Estarmos construindo-o significa enfrentar desafios de mudanças e
transformações, tanto na forma como a escola organiza seu processo de
trabalho pedagógico como gestão repensando a estrutura da escola.
Demonstramos neta construção o resultado de um processo complexo de
debates e reflexões realizados no coletivo.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Seminário de
Disseminação das Políticas de Gestão Escolar Para Diretores da
Rede Estadual. Maringá PR, 2004.
_______, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Primeiras
Reflexões para a Reformulação Curricular da Educação Básica no
Estado do Paraná. CELEPAR, 2004
________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Capacitação
descentralizada – curso de diretrizes pedagógicas e administrativas
para a educação básica. 2005
________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Estudo dirigido
para os professores Pedagogos. NRE de Campo Mourão, 2005.
________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Projeto de
implantação e criação do fórum da Agenda .NRE de Campo Mourão.
2004
CANDAU, Vera Maria. Reinventar a Escola. Petrópolis- RJ, 2000
DALBEN, Ângela. De Freitas. Concepções de avaliação escolar X
concepções de relação pedagógicas. Campinas SP. Papirus, 2004.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um projeto político
pedagógico. São Paulo, Cortez, 1994.
LUCKESI, CiprianoCarlos. Verificação ou Avaliação: o que pratica na
escola? São Paulo- SP: Cortez, 2003.
PIMENTA, Selma Garrido. A organização do trabalho na escola.
55
REGIMENTO, Escolar – Escola Estadual José de Alencar, Pocinho-
Barbosa Ferraz, 2001.
SANTOS, Zeloi Martins. História do Paraná: Suas Diferentes
Leituras.
SAUL, Ana Maria. Para mudar a prática de avaliação do processo de
ensino-aprendizagem./ Formação do educador e avaliação
educacional: Conferências e mesas redondas. São Paulo-SP, Unesp,
1999.
SOUZA, Yvelise Freitas Arco. Tempos e Mudanças na Prática
Docente: Subsídios para Reflexão sobre a Hora-atividade. SEED-
Curitiba PR. 2004
SAVIANE, Denerval. A Pedagogia Histórico- critica no quadro das
tendências críticas da educação Brasileira.
VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma
construção coletiva. Campinas SP: Papirus, 1995.
WWW.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Diretrizes Curriculares
56
ANEXOS
57
ATA DE APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR
ATA Nº 02/2005
Aos dezesseis dias do mês de novembro de dois mil e cinco, na Escola
Estadual José de Alencar - Ensino Fundamental, do Distrito do Pocinho,
Município de Barbosa Ferraz. Reuniram-se em Assembléia os membros
do Conselho escolar, para análise e aprovação do Projeto Político
pedagógico. Após a explanação dos objetivos da reunião e da importância
do Projeto Político Pedagógico, na construção de uma educação básica
voltada para a cidadania, pela Diretora e Presidente Viviane Aparecida da
Cruz Oliveira, passou-se a votação sendo aprovado por unanimidade.
Nada mais havendo a constar, encerrou-se a reunião e esta ata será
assinada por mim Viviane Aparecida da Cruz e demais membros
presentes.
58
ATA DE APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR
ATA Nº 01/2007
Aos vinte e dois dias do mês de março de dois mil e sete, na Escola
Estadual José de Alencar - Ensino Fundamental, do Distrito do Pocinho,
Município de Barbosa Ferraz. Reuniram-se em Assembléias os membros
do Conselho escolar, para análise e aprovação do Projeto Político
pedagógico. Após a exposição pela Diretora Viviane Aparecida da Cruz
Oliveira, da importância do Projeto Político Pedagógico, para que o
ambiente escolar seja democrático, com qualidade social, garantindo o
acesso e permanência do aluno, promovendo o seu desenvolvimento.
Passou-se a votação sendo aprovado pro unanimidade Nada mais havendo
a constar, encerrou-se a reunião e esta ata será assinada por todos os
membros presentes.
59
ANEXO
60
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª
SÉRIENRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTABELECIMENTO: 00676 - JOSE DE ALENCAR, E E – E FUND
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40
SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIEARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO
*1 1 0 0
GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB - TOTAL 22 22 23 23
PARTE
DIVERSIFICA
DA
L.E.M. - INGLÊS
** 2 2 2 2
SUBTOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER
FACULTATIVA PARA O ALUNO.
61
PROPOSTA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR
Tendo como referência o programa de construção das Diretrizes
Curriculares elaborados pela equipe de Superintendência da Educação da
Secretaria Estadual de Educação, adotou-se referenciais teóricos,
metodológicos e orientações para o processo de discussão e construção
desta Proposta Curricular, com base na observação da história
educacional construída no Estado do Paraná, nos princípios políticos
apontados pela atual gestão bem como fundamentos legais em que estes
se sustentam.
Após levantamento da situação concreta da realidade escolar, em
uma avaliação e identificação dos elementos norteadores e ações a serem
desenvolvidas firmou-se o compromisso com os seguintes princípios: o
compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação
das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social,
político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da escola
pública, gratuita de qualidade, como direito fundamental do cidadão; a
articulação de todos os níveis e modalidades de ensino, e a compreensão
dos profissionais da educação como sujeitos epstêmicos.
Durante todo o processo de Construção da Proposta Curricular de Ensino,
deste estabelecimento, evidenciou-se a necessidade de reconhecimento
da visão de mundo, de homem e de escola. O que Temos e que Queremos.
Fundamentando-se na concepção de Educação frente à conjuntura
62
nacional; os estudos da realidade sócio-econômica e cultural de nossa
região, o perfil do aluno e do professor, da escola e dos órgãos colegiados
que a compõe.
Na construção destas Diretrizes, buscaram-se estratégias para garantir a
participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões.
Nesse propósito, a competência técnica e pedagógica individual dos
professores está cotidianamente a serviço do coletivo da escola cujo
desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os alunos, independentes das
condições sociais, econômicas e culturais.
Ao reconhecer as características dos alunos do Ensino Fundamental,
busca-se oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das
diferentes linguagens. Isso implica questionar práticas excludentes que
ainda persistem no meio escolar e que, se não forem superadas por
encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no
processo de ensino e de aprendizagem, estarão contribuindo para a
manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos
alunos de nossas escolas.
Tendo consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma
pedagogia histórico-crítica, está a preocupação com a educação como
direito de todos; a valorização dos profissionais da educação, o trabalho
coletivo, e a gestão democrática; o atendimento às diferenças,
evidenciando a inclusão, não só das pessoas com deficiências, mas,
buscando atender as diferenças individuais, respeitando as necessidades
de quaisquer dos alunos, pois, o insucesso na escola revela que não são
apenas os alunos portadores de deficiência os que apresentam
necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser
beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais
que promoverão a sua inclusão.
Dentro desta Proposta Curricular, Professores e equipe Técnica
Pedagógica, buscou-se evidenciar a organização do processo de
aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações de conteúdos
curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a
participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu
63
conhecimento prévio, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o
contexto social.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com
a ação dos Jesuítas. Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o
Estado do Paraná, ocorreu nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira
forma registrada de arte na educação.
Essa congregação veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição
religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, bem
como para as Missões Guaranis nos estados do Sul de poder espanhol.
Nas reduções jesuítas, realizaram um trabalho de catequização dos
indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da Retórica,
Literatura, Música, Teatro, Dança Pintura, Escultura e outras artes
manuais.
Esse trabalho educacional Jesuítico perdurou aproximadamente por 250
anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da
matriz cultural brasileira.
Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo
teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista,
que tinha como característica marcante a convicção de que tudo pode ser
explicado pela razão do homem e pela ciência.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da
invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma série de obras e ações para
acomodar, em termos materiais e culturais, a corte portuguesa.
No Brasil com a chegada de um grupo de artistas franceses encarregado
da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam
aprender as artes e ofícios artísticos.
64
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo
Neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Esse padrão
estético funde-se com a arte colonial de características brasileiras, como
o Barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura presentes nas obras
de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na música do Padre José
Maurício, e em outros artistas, em sua maioria de origem humilde e
mestiça, que não recebiam uma proteção remunerada como os
estrangeiros.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos
nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que influenciou
artistas brasileiros, os modernistas Anita Malfatti, Mário de Andrade que
valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de
representações realistas.
Considerava que a partir do processo de colonização, a arte indígena, a
arte medieval e renascentista européia e a arte africana constituíram-se
na matriz da cultura popular brasileira.
O ensino de arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e
criatividade. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da
Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade
individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte
e procurando romper com a transposição mecanicista de padrões
estéticos da escola tradicional.
A Escola Nova, fundamentada nas teorias de John Dewey e Jean Piaget é
efetivamente estruturada com o artista e educador Augusto Rodrigues em
1948, no Rio de Janeiro, ao criar a 1ª Escolinha de Arte do Brasil, com a
finalidade de desenvolver a criatividade, incentivando a expressão
individual.
O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas, com a nomeação
do compositor Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação
Musical e Artística durante todo o período do governo de Getúlio Vargas.
O ensino de música proposto por Villa Lobos para as escolas foi
fundamental e suas composições expressavam a música erudita e popular
de forma orgânica em suas propostas educativas.
65
A Escola de Belas Artes e indústrias foram criada em Curitiba, em 1886,
por Antonio Mariano de Lima que desempenhou um papel importante no
desenvolvimento das Artes Plásticas e da música na cidade,
impulsionando a fundação da futura Universidade Federal do Paraná, em
1912, por Vítor Ferreira do Amaral e da Escola de Música e Belas Artes
do Paraná, em 1948. A escola ofertava cursos para preparação de
profissionais liberais e educacionais como: Auxiliar de Línguas e Ciências,
Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústrias, Propaganda e
Biblioteca.
Das escolas formadas por iniciativas pioneiras, destacam-se também a
criada pelo artista Guido Viaro em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio
Belmiro César, a primeira do Paraná, anterior à famosa Escolinha de Arte
do Brasil, dirigida pelo artista Augusto Rodrigues, fundada em 1948.
A artista Emma Koch, contribuiu significativamente para o ensino de Arte
ao participar da criação do Departamento de Educação Artística da
Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, acreditava no uso
de temas e de histórias reais ou inventadas, como forma de integração
entre a arte e a vida; entre o conhecimento específico e a experiência do
aluno; valorizando a reflexão e a crítica no ensino de Arte.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas com as Bienais e os movimentos
contrários a ela; na música com a bossa nova e os festivais; no teatro com
o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal e no
cinema com o cinema novo de Glauber Rocha.
Em 1971 foi promulgada a Lei federal n.5692/71, que no seu artigo 7º,
determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino
Fundamental.
O Ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de
Comunicação e Expressão. Enquanto o ensino de Artes Plásticas foi
direcionado para as artes manuais e técnicas, a música passou a ser
utilizada para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988.
66
De um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado
em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no ensino
de 1º e 2º graus. Nesse Currículo, o ensino de arte retoma o seu caráter
artístico e estético visando à formação do aluno pela humanização do
sentido, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
No final dos anos 80 e na década de 90, professores de Arte das escolas
de educação básica, das universidades e profissionais da área que
atuavam em museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais
e internacionais, constituindo a FAEB – Federação de Arte Educadores do
Brasil: a ABEM – Associação Brasileira de Educação Musical e outras
Associações regionais.
Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico
recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa
disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de
conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons
inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns
momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de Arte
deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se
preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação.
Mais do que nunca, o ser humano necessita da Arte e sociedade a exige
na escola, incluída no processo de formação do ser individual e social
enquanto Educação Artística e Educação Estética.
A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias
associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética,
as quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um
dialogo, por meio de um vocabulário gramatical, visual, musica, com
símbolos próprios que expressam uma intenção e uma representação de
mundo.
Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela é
alfabetizadora, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e
nos movimentos característicos desta era. Estabelecem o dialogo visual,
sonoro e cênico entre o aluno e estes objetos. Precisamos desmistificar a
67
Arte como um fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para
poucos “dotados”. A Arte tem de ser entendida e percebida em sua
globalidade. Deve trabalhar com a essência do ser humano, em que o
sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e interagem com as mesmas
propriedades, por meio da Educação Artística e da Estética.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Trabalhar os ELEMENTOS FORMAIS que são elementos da cultura
e são observadas nas produções humanas, e na natureza; sendo a
matéria prima para produção artística e o conhecimento em arte.
• Perceber que a produção artística acontece por meio da organização e
desdobramentos dos elementos formais de cada área de arte,
formulando-se assim todas as obras , sejam elas visuais, teatrais,
musicais ou da dança , na imensa variedade de técnicas e estilos
( COMPOSIÇÃO)
• Revelar o conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos ,
culturais e sociais que alteram as relações internas ou externas de um
movimento artístico, cada um com suas especificidade, gêneros, estilos
e correntes artísticas( MOVIMENTOS E PERÍODOS)
• Possibilitar o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas
complexas formas de expressão que movimentam processos afetivos,
cognitivos e psicomotores desenvolvendo a auto-estima e autonomia, a
capacidade de simbolizar, criar, imaginar, sentir, expressar,
comunicar, analisar, avaliar e fazer julgamentos, contribuindo na
formação do aluno em seu dia-a-dia, tornando-o mais sensível, criativo
e com senso critico mais refinado. A Arte permite a expressividade de
sentimentos, idéias e informações, interferindo no processo de
aprendizagem de todas as disciplinas.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
ELEMENTOS FORMAIS
68
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEUDOS ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTO
E PERÍODOARTES
VISUAIS
- Ponto
- Linha
- Superfície
- Textura
- Volume
- Luz
- Cor
-
- Figurativa
- Abstrata
- Figura/fundo
- Bidimensiona
l
- Semelhanças
- Contrastes
- Ritmo visual
- Gêneros
- Técnicas
-
- Arte pré-
histórica
- Arte no Egito
antigo
- Arte greco-
romana
- Arte pré-
colombiana
nas Américas
- Arte oriental
- Arte africana
- Arte medieval
- Renasciment
o
- Barroco
- Neoclassicis
mo
- Romantismo
- Realismo
- Impressionis
mo
- Expressionis
mo
69
- Fauvismo
- Cubismo
- Abstracionis
mo
- Dadaísmo
- Surrealismo
- Op- art
- Pop-art
- Vanguardas
artísticas
- Arte
brasileira
- Arte
paranaenseMÚSICA - altura
- duração
- timbre
- Intensidade
- Densidade
-
-ritmo
melodia
-harmonia
-Intervalo
melódico
- Intervalo
harmônico
- Tonal
- Modal
- Gêneros
- Técnicas
- Improvisação
- Música serial
- Música
eletrônica
- Música
minimalista
- Musica
renascentista
- Música
Barroca
- Música
clássica
- Música
contemporân
ea
- MPB
- Rock
70
TEATRO - Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
- Ação
- Espaço
cênico
- Representaçã
o
- Sonoplastia/
iluminação/ce
nografia/figur
ino/caracteriz
ação/maquia
gem/adereço
s
- Jogos teatrais
- Roteiro
- Enredo
- Gêneros
- Técnicas
- Teatro Pobre
- Teatro do
oprimido
- Arte
engajada
- Teatro direto
e indireto.
DANÇA -Movimento
corporal
-Tempo
- Espaço
- Ponto de
apoio
- Salto e queda
- Rotação
- Formação
- Deslocament
o
- Sonoplastia
- Coreografia
- Gêneros
- Técnicas
- Hip-hop
- Dança
moderna
- Rap, Funk,
Tecno
- Indústria
cultural
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
• Textos variados;
• Vídeos;
• Palestras, etc.
• Agenda 21;
• Cultura Afro-brasileira
71
• Educação Fiscal;
• Preservação do meio ambiente
• Qualidade de vida
• Inclusão
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de arte contribui para o resgate de valores que estão se
perdendo, encontrando nas formas artísticas simbolizações capazes de
ampliar o conhecimento através da imaginação, possibilitando que o
aluno através da criatividade desenvolva potencialidades que a ajude a
compreender sua realidade. É papel do professor mediar, questionar e
mostrar caminhos, abrindo espaço para que o aluno aprenda a relacionar
teoria e prática de modo que possa leva-los a utilizar o aprendizado na
vida cotidiana; respeitando as diferenças existentes entre os educandos
que participam da construção do conhecimento. Dentro deste contexto o
objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma devemos contemplar na
metodologia do ensino da arte três momentos da organização
pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e
apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o
conhecimento que, fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/
perceber e um trabalho artístico mais sistematizado de modo a direcionar
a formação de conceitos artísticos.
A seleção e organização dos conteúdos gerais de artes visuais, música,
teatro e dança levam em conta os eixos articuladores do processo ensino
e aprendizagem; a compreensão da arte como cultura; o artista como ser
social e os alunos como produtores e apreciadores; as manifestações
artísticas dos povos e culturas de diferentes épocas e locais, incluindo a
contemporaneidade e a arte brasileira. É necessário apresentar aos
alunos os objetivos e a importância da arte e suas manifestações em seu
cotidiano; apresentar imagens para alfabetização visual e os códigos da
linguagem artística; estudar sobre técnicas de arte e as formas de
72
expressão artística, elaborar atividades de representação, composição e
criação do objeto artístico.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Em Arte, a avaliação acompanha todo o processo de construção, o
professor deverá avaliar no trabalho do aluno: a organização dos
conteúdos, a reelaboração do conhecimento adquirido, a ampliação dos
sentidos e a percepção na resolução de uma proposta de leitura,
representação artística e criação. No processo de avaliação, é muito
importante que os instrumentos sejam flexíveis, diversificados e
adequados à exploração das praticas significativas em todas as
linguagens, como construções bidimensionais e tridimensionais; esboços;
apresentações por meio da: plástica – música – cênica; audições;
montagens; escrita: relato, descrições, análises, composições;
explanações; debates; leituras e releituras; pesquisas, entrevistas,
trabalhos artísticos, produções artísticas (dança, teatro, música...) entre
outras.
A avaliação pretende evidenciar que o conhecimento é mediador da
relação aluno - professor, aluno – artes, assumindo a avaliação como
parte desse processo, onde possibilitará ao professor perceber em que
medida houve a apropriação do conteúdo.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: conflitos/acertos.2. ed. São Paulo:
Max Lomonad, 1985.
BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. 3. Ed. São Paulo:
Perspectiva, 1995.
BARBOSA, Ana Mae. Historia da arte-educação: a experiência de Brasília.
1.ed. São Paulo: Max Lomoned, 1986.
73
BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino de arte no Brasil. 3. Ed. Ver.
E aum. São Paulo: Cortez, 2001.
BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o
ensino da arte. 1. Ed. São Paulo: Educ/Cortez, 2002.
DUARTE JÚNIOR, João-Francisco, Por que arte-eduacação?. 8. Ed.
Campinas: Papirus, 1996. ( Coleção Ágere ).
FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: construindo caminhos. 1. Ed.
Campinas: Papirus, 2001.
HERNANDEZ, Fernando; trad. Jussara Haubert Rodrigues. Cultura
Visual, mudança Educativa e Projeto de Trabalho. 1. Ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação
de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática do ensino de arte: a
linguagem do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo:
FTD, 1998.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino das artes. 1. Ed.
Porto Alegre: Meditação, 2001.
READ, Hebert. Educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
74
A Disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui
historicamente por um conjunto de ciências que se somam numa mesma
disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais, nesta etapa
da escolarização. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza
e suas interferências no mundo, a disciplina possibilita a articulação
entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre
outros, e o cotidiano entendido aqui, como os problemas reais
socialmente importantes, enfim, a prática social.
Os conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,
considerando as relações entre Ciência, à tecnologia e a sociedade. Por
meio desta abordagem pedagógica, o currículo de Ciências poderá
propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo discutam,
analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às
demandas sociais, uma vez que questões relacionadas à saúde,
sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente
incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto, imprescindível a
Disciplina de Ciências.
O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das
certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos
por eles mesmos, priorizando-se a sua função social.
2-OBJETIVOS GERAIS
• Conhecer e compreender as transformações, a interação entre os
sistemas do corpo humano, suas funções, coordenação, relação,
regulação e reprodução;
• Entender o funcionamento dos ambientes da natureza, a
renovação da vida, a importância da biodiversidade e das ações
humanas que podem interferir nela;
• Compreender os conhecimentos físicos, químicos e biológicos
possibilitando maior entendimento cientifico destes conceitos;
75
• Estabelecer as relações sociais humanas, de produção da ciência
e da tecnologia, passando assim a perceber a ciência e a
tecnologia como não neutra;
• Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles
prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem;
• Compreender a cidadania como participação social e política,
assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e
sociais adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade
cooperação e repudio as injustiças, respeitando o outro exigindo
para si o mesmo respeito;
• Despertar o espírito conservador do compromisso de cuidado
com o ambiente local e consequentemente mundial;
• Participação dos alunos de atividades quanto a conservação dos
recursos naturais;
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com as diretrizes os conteúdos
estruturantes da Disciplina de Ciências são:
Corpo Humano: conhecer e compreender as transformações e
principalmente a integração entre os sistemas que acompanham o
corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,
regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas à
saúde.
Ambiente: o entendimento do funcionamento dos ambientes da
natureza, de como a vida se renova e se mantém perpassa pelo
reconhecimento da importância da biodiversidade e das ações
humanas que interferem nela. É essencial abordar os fenômenos
ecológicos e discutir sobre os diferentes ambientes da Terra.
Matéria e Energia: o estudo da matéria e da energia é
indispensável e indissociável no currículo de ciências pois, trata de
76
conhecimentos físicos, químicos e biológicos e possibilita a
compreensão cientifica desses conceitos, é importante considerar
as interações, as transformações, as propriedades, as
transferencias, as diversas fontes e formas, os modos como se
comportam em determinadas situações, as relações com o
ambiente, assim como os problemas sociais e ambientais
relacionadas não só na geração de energia, mas também em sua
distribuição, consumo e desperdício.
Tecnologia: é fundamental que se discuta, analise e reflita como as
tecnologia contribuíram para as diferentes construções e ou
alterações dos ambientes como por exemplo nas cidades, nas
indústrias, nos aterros sanitários, etc..., como também os impactos
dessas construções no ambiente, causado pelo uso da tecnologia.
4- CONTEUDOS ESPECÍFICOS:
O UNIVERSO:
• Sistema solar;
• As galáxias;
• A conquista do espaço;
O PLANETA TERRA:
• A Terra e a vida;
• Os ecossistemas;
O SOLO NO ECOSSISTEMA:
• Forma e estrutura da Terra;
• Rocha e solo;
• Utilização e pressão do solo;
• Meio ambiente;
A AGUA:
77
• Água na natureza;
• Tratamento da água;
• Água potável e poluição da água;
• Flutuação e pressão na água;
O AR:
• Existência do ar;
• Pressão atmosférica;
• Previsão do tempo;
• Recursos tecnológicos;
OS SERES VIVOS:
• Seres vivos e os ecossistemas;
• Classificação e nomenclatura;
• Cultura Afro-brasileira;
OS MICROORGANISMOS:
Os vírus;
Os seres unicelulares;
OS FUNGOS:
Fungos e sua importância;
O REINO ANIMAL ( INVERTEBRADOS ):
Poríferos;
Anidários;
Platelmintos;
Nematelmintos;
Moluscos;
Anelídeos;
Artrópodes;
Agenda 21;
78
Meio ambiente;
O REINO ANIMAL (VERTEBRADOS):
Peixes;
Anfíbios;
Répteis;
Aves;
Mamíferos;
O REINO DAS PLANTAS:
Grandes grupos de plantas;
Criptogramas;
Nutrição das fanerógamas;
Reprodução das fanerógamas;
Educação fiscal
ESTRUTURAS E FUNÇÃO DO ORGANISMO HUMANO:
A espécie humana;
A cultura afro-brasileira;
Como é o ser humano;
As células;
Os tecidos do corpo humano;
RELAÇÕES DO SER HUMANO COM O ECOSSISTEMA:
• Aparelho locomotor;
• Sistema sensorial;
• A saúde;
• Agenda 21;
• Meio ambiente;
NUTRIÇÃO DO ORGANISMO HUMANO:
• Alimentos;
79
• Digestão;
• Respiração;
• Circulação;
• Excreção;
CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE:
• Reprodução;
• Genética e hereditariedade;
• Coordenação das funções;
• Educação fiscal;
QUÍMICA:
Introdução à Química;
Matéria;
Substancias e misturas;
Átomos;
Cultura Afro-brasileira;
Tabela periódica;
Ligações químicas;
Agenda 21;
Meio ambiente
FISICA:
Introdução á Física;
Cinemática;
Dinâmica;
Trabalho e potencia;
Energia e máquinas;
Energia térmica;
Energia sonora;
Energia luminosa;
Eletricidade e magnetismo;
80
Educação fiscal
5- CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
• Cultura Afro-brasileira
• Agenda 21
• Preservação do meio ambiente
• Qualidade de vida
• Inclusão
• Educação Fiscal.
6 – ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
A metodologia utilizada para desenvolver as aulas, será através de
projetos, feiras, olimpíadas e gincanas culturais. Embasado em teorias,
respeitando os limites de cada aluno, assim como também os pré-
requisitos adquiridos no cotidiano em que vive o aluno. Os conteúdos
serão trabalhados através de aulas expositivas, visitas e excursões.
Também utilizaremos de experimentações em laboratório quando o
conteúdo assim permitir. Reforçaremos os conteúdos utilizando os
recursos audiovisuais e tecnológicos. A finalidade das experiências é
estimular a compreensão dos conteúdos, utilizando jogos de aspectos
lúdicos, podendo assim facilitar a elaboração de conceitos, simulação de
atividades, dramatizações, uso de laboratório de informática, exposições
do cotidiano utilizando fatos recentes, notícias de jornais e revistas,
trabalho sobre investigação científica, debate sobre os avanços
tecnológicos.
As metodologias deverão ser flexíveis, atendendo as diferenças
individuais.
7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será um processo contínuo e sistemático, sendo constante e
planejada, favorecendo ao professor a capacidade de verificar se seus
objetivos estão sendo atingidos em relação aos alunos, permitindo que os
81
mesmos possam reconhecer e corrigir seus próprios erros através de
recuperação de estudos. Dar-se-à por meio de instrumentos avaliativos
diversificando, onde os alunos poderão expressar os avanços na
aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem,
relacionem, refletem, analisam, se justificam e se posicionam defendendo
o próprio ponto de vista.
O processo de educação não pode deixar de lado a Inclusão de todos os
educandos, para isso o professor deverá levar em conta as dificuldades de
limitações de seus alunos, onde o mesmo deverá observar e avaliar o seu
progresso individual no processo educativo, através de uma avaliação
diagnóstica continua.
8- BIBLIOGRAFIA :
• CHALITA, G. Vivendo a filosofia. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2005.
• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2 ed. São Paulo:
Moderna, 2004.
• FREIRE MAIA, N. A ciência por dentro. 5ª ed. Petrópolis: Vozes,
1998.
• GASPARIN, J L. Uma didática para Pedagogia Histórico Crítica.
2 ed. Campinas, São Paulo : Autores Associados, 2003.
• BARROS, C. Os seres Vivos. Ed. Totalmente reformulada. São
Paulo: Ática, 1997.
• VALLE, C. Ser humano e saúde, 7ª série, 1ª ed. Curitiba:
positivo, 2004. coleção ciências.
• DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS – SEED – JULHO
2006 .
82
• LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: 2ª ed.
São Paulo: Cortez, 1995.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física vem fazendo uma trajetória histórica, a
partir do século XIX devido às transformações sociais ocorridas no país e,
com a Proclamação da Republica vem à tona a discussão sobre as
instituições escolares e as políticas educacionais. Rui Barbosa emite um
parecer sobre o projeto denominado “Reforma do Ensino Primário e
várias Instituições Públicas”. No ano de 1882, onde outras conclusões,
afirmam a importância da ginástica para a formação do cidadão. A partir
de então a Educação Física torna-se um componente obrigatório dos
Currículos Escolares.
As práticas pedagógicas de Educação Física foram
fortemente influenciadas pela Instituição Militar e pela medicina,
emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios sistematizados pela
instituição militar foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa
perspectiva pedagógica. Para atender aos objetivos de adquirir,
conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios
físicos, foram importadas da Europa práticas conformativas, como modelo
de saúde e os sistemas ginásticos. Estes foram fundamentais para o
surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos
escolares.
Por não existir um plano nacional de Educação Física, a
pratica nas escolas se dava pelo Método Francês de Ginástica adotado
pelas Forças Armadas e tornando obrigatório a partir de 1931. A
Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a
partir da Constituição de 1937.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar
confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as praticas
desportivas com intuito de promover políticas nacionalistas pensadas
83
para o país, ressaltando o sentimento de valorização da prática por meio
dos esportes.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário,
em 1942, também conhecido como a Reforma Capanema. Essa reforma
ampliou a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos de idade,
objetivando formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para
o mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado
com mais ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o
Departamento Federal de Educação Americana. Sendo priorizados os
Esportes Olímpicos com o objetivos de formar atletas para representar o
pais em competições internacionais.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório nas
escolas, com a promulgação da Lei 5692/71 através do Artigo 7ª e, pelo
Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação especifica.
Instituiu-se, assim, a integração da disciplina como atividade escolar
regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema
de ensino mas, continua com a formação militar com a intenção de tornar
o país uma potência Olímpica.
Na área pedagógica, uma das primeira referencias a ganhar
destaque entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma
suposta legitimação da disciplina na escola. A educação psicomotora
surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Tal
perspectiva, centrada na educação “pelo movimento”, fez com que o
papel da Educação Física ficasse subordinado a outras disciplinas
escolares, contribuindo assim, para a negação de conteúdos até então
tidos como próprios da disciplina.
Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma
comunidade cientifica na Educação Física, mas também da delimitação de
tendências ocorrentes suscitando os primeiros debates voltados à
criticidade. Visando a construção de um movimento renovador na
disciplina, surgem preposições decorrentes progressistas destacando-se
abordagens: Desenvolvimentistas e Construtivistas.
84
Na década de 90, o Paraná elabora o Currículo Básico,
comprometido com a educação pública do Paraná, no sentido de
responder as necessidades sociais e históricas da educação brasileira no
primeiro grau, embasado na pedagogia histórico critica. Tendência
esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação Física
Progressista, revolucionária e crítica, com os fundamentos teóricos
pautados no materialismo Histórico-dialético. O documento proposto
assim, um modelo de superação das contradições e injustiças sociais. A
políticas públicas assumidas pelas novas gestões governamentais no
estado, enfraqueceram a força Político-pedagógico do Currículo Básico.
No mesmo período, foi elaborado o documento de
reestruturação da proposta curricular do ensino de segundo grau para a
disciplina de Educação Física. A proposta fundamentou-se na concepção
histórico-crítica de educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate
do compromisso social da educação pedagógica da Educação Física,
visando mudanças e transformações de uma sociedade fundamentada em
valores individuais, para uma sociedade mais igualitária.
Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofrem um
retrocesso na década de 90, quando após a discussão e aprovação da Lei
de Diretrizes de Base da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a
proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para a disciplina
de Educação Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física
do Ensino Fundamental buscaram romper as perspectivas da aptidão
física, fundamentado em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando
outras questões consideradas relevantes relacionadas às dimensões
culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos,
baseada em concepções teóricas que discutem o corpo e movimento.
Nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, há a
descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos.
Verifica-se uma desvalorização da teoria, em nome de questões
imediatistas e abstratas, presentes nas pedagogias das competências.
85
Trazem uma proposta confusa e acrílica com a redação aparentemente
progressista.
No contexto histórico citado, a Educação Física, transitou
em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais
críticas, tornando-se possível sistematizar propostas pedagógicas que
orientem essas diretrizes, com vista há avançar sobre a visão hegemônica
que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o
corpo, sem qualquer reflexão corporal.
OBJETIVOS GERAIS:
Desenvolver as habilidades físicas e motoras do educando,
mostrando a importância da atividade física no processo de formação
humana, respeitando os seus limites corporais e dos outros, através do
esporte, danças, ginásticas, luta e jogos.
Levando assim o educando a busca do equilíbrio do seu
corpo, mostrando que pode superar os vícios e males adquiridos na vida
diária, através da pratica dos movimentos corporais, em sua totalidade
percebendo os efeitos da atividade física sobre a saúde, dentro de um
contexto, com ações pedagógicas que intensifiquem a compreensão do
aluno sobre os aspectos: biológico, psicológicos, sociológicos e culturais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Manifestação esportiva
-Manifestação de ginástica;
-Jogos, brincadeiras e brinquedos;
-Manifestações estéticas - corporais na dança e no teatro
86
Manifestações Esportivas
- Origem dos diferentes esportes e sua mudanças na historia;
- O esporte como fenômeno de massa:
- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
- O sentido da competição esportiva;
- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
- Elementos básicos constitutivos dos esportes : arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
- Práticas esportivas com e sem materiais;
- Práticas esportivas: esportes com ou sem materiais e
equipamentos.
Manifestações Ginásticas
- Origem da ginástica e sua mudança na história;
- Diferentes tipos de ginástica;
- Princípios básicos de diferentes ginásticas;
- Praticas ginástica;
- Cultura de rua, cultura de circo: malabares, acrobacia etc.
Jogos – Brincadeiras e Brinquedos
- A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
- Por que brincamos?
- Oficina de construção de brinquedos;
- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
- Brinquedos e brincadeiras tradicionais brinquedo cantados, rodas e
cirandas;
- Diferentes manifestações e tipos de jogos
- Diferenças entre jogo e esporte.
87
Manifestações Estéticas / Corporais na Dança e no Teatro
- A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporal;
- Diferentes tipos de danças
- Por que dançamos?
- Desenvolvimento de formas corporais ritmco-expressivas.
- Imitação, mímica e representação;
- Danças tradicionais e folclóricas;
- Expressão corporal com e sem material.
Elemento Articulador: O corpo como construção histórico-social
- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo:
possibilidades de manifestações corporal;
- Possibilidade expressivas/comunicativas do corpo;
- Saúde/doença: elementos básicos;
- Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade
de prazer e sofrimento;
- O corpo como sujeito e vitima da violência: consumo de droga,
preconceitos e tabus corporais;
- Limpo/sujo, feio/bonito, forte/ fraco , magro/gordo, saudável/doente,
livre/ aprisionado: o corpo excluído;
- O corpo do trabalhadores: sacrifícios e violência
- O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião etc;
-Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos: suas manifestações:
-O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Elemento articulador : Conhecimento do corpo
- Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio,
prazer, medo etc.
- Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade do outro;
88
- Relaxamento e descontração;
- Massagem e auto-massagem;
- Movimentar-se: o corpo que se desloca;
- Exploração corporal do mundo circundante da escola;
- Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;
- O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
Conteúdos complementares
• Cultura afro-brasileira;
• Agenda 21;
• Preservação do meio ambiente;
• Qualidade de vida;
• Inclusão;
• Educação Fiscal;
• Conhecimento do corpo;
• O corpo como construção histórico-social.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA
Os conceitos e atitudes apontam para a valorização dos
procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e
dos fundamentos dos esportes, incluindo atitudes de organização,
sistematização de informações, aperfeiçoamento.
Os conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados
históricos factuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos
da ética, estética, desempenho, satisfação e eficiência. Os conteúdos de
natureza atitudinal são explicitados como objetivo de ensino
aprendizagem, além de trabalhar com criança os elementos que compõe
seu meio sócio cultural, visando a inclusão do outro, valorização da
cultura corporal e com a linguagem como forma de composição, respeito
89
as diferenças e as características individuais dos educandos, aptos e
inaptos a prática corporais, proposto como vivências concretas pelo
aluno, é também importante oportunizar condições para identificar o que
existe, o que foi transformado, como, porque é e quais os fatos que
ocasionaram as transformações e desta forma propiciarem condições
para a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o
outro.
Diante de tudo isso, é importante se fazer uma reflexão
sobre a qualidade de vida, e desenvolver uma compreensão integrada do
meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações , envolvendo
aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos,
científicos, culturais e éticos. A qualidade e a quantidade da
aprendizagem oferecida pela escola e vivenciada pelo aluno, que é
constantemente bombardeado pela indústria de massa da cultura e do
lazer com falsas necessidades de consumo, carregado de mitos de saúde,
desempenho, de beleza, de informações pseudo-científicas e falácias.
Desta forma os conteúdos deverão ser ministrados através
de aulas práticas e teóricas, e caminha também nesta direção a inclusão
de conteúdos tecnológicos no procedimento de pesquisa que o aluno
possa fazer opções e escolhas, localizar problemas, checar hipóteses, e
também atribuir sentido a aprendizagem. Faz parte deste processo o
acesso a informática e o conhecimento globalizado em vários conteúdos
utilizando outros meios de informações como: livros, revistas, jornais,
vídeos, pesquisa, entrevista, painéis, visitas, e organização de eventos e
produção de materiais, etc...
Portanto, é fundamental valorizar a importância social da
escola com espaços de experiências em que uma ampla parcela da
população pode ter acesso à tática e a reflexão da cultura corporal de
movimento.
É preciso observar a predisposição, a cooperação, a
solidariedade a valorização da cultura popular e nacional, respeitando a
si e a outro procurando socializar e resgatar o entendimento dos valores
90
culturais, re-significando os valores, o sentido da cultura afro por meio da
linguagem do corpo.
O docente executará suas atividades de acordo com os
conteúdos propostos, desenvolvendo atividades que favoreçam o
desenvolvimento de relações integradas entre sujeitos e o meio, cabendo
ao mesmo considerar a complexidade dos conteúdos, adequando as
experiências trazidas pelos educandos, de forma que na relação sentir,
pensar, agir e refletir se faça a organização da consciência, levando a
modificar a situação ensino-aprendizagem, melhorando a relação
interpessoal do aluno.
Portanto, é fundamental valorizar a importância social da
escola como espaço de experiência em que uma ampla parcela da
população pode ter acesso à prática e à reflexão da cultura corporal de
movimento.
O professor deverá utilizar se de varias dinâmicas de
trabalho como: aulas teóricas práticas, aulas expositivas e
demonstrativas, atividades individuais, atividades em pequenos grupos e
grandes grupos, participação e envolvimento em torneios e gincanas,
atividades com e sem material, utilizando material reciclável,
incentivando o educando a respeitar o meio ambiente, exposição de
trabalhos escritos e teóricos, confecção de materiais com sucata,
utilização de murais e cartazes, utilização de recursos audiovisuais:
vídeo, retroprojetor, jornais, revistas, pesquisas em internet.
Trabalhar com o aluno despertando o interesse sobre a
importância da Educação Fiscal, e como a contribuição deste recurso
pode chegar até as escolas, através do encaminhamento e envolvimento
do educando no jogos escolares, materiais esportivos, merenda, etc.
Despertando no cidadão o envolvimento e acompanhamento da qualidade
e dos gastos públicos, estabelecer controle social sobre o desempenho
dos administradores assegurando melhores resultados sociais.
AVALIAÇÃO
91
A avaliação de Educação Física deverá levar em
consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e
discernimento que possuem. Este processo se manifestará de maneira
formal, contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
reorganizará seu trabalho valorizando: interesse, organização
cooperação, solidariedade e a assimilação e vivencia dos conteúdos
propostos e as manifestações corporais. Levando em consideração a
forma diagnostica, conceitual, e somativa, possibilitando assim que os
alunos reflitam e se posicione criticamente com intuito de construir uma
suposta relação com o mundo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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se conta.2 ed. Campinas:Papirus,1991
BRACHT, Valter. Educação Física: conhecimento e especificidade. In
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Educação Física na escola.Vitória:CEFD/UFES, 1997.
92
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e
Brasil.Campinas Autores associados, 1994.
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GOMES, Antonio Carlos. Inicie brincando no Atletismo, Londrina: Editra
Grafmark, 1985.
TIRADO Augusto, Meu primeiro livro de Xadrez.
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
93
O Ensino Religioso, no contexto escolar foi tradicionalmente o ensino da
Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme
a Constituição de 1924. Com a proclamação da República o ensino passou
a ser laico, público, gratuito e obrigatório, então, a hegemonia católica
exercida sobre o ensino religioso acaba se perdendo. A partir da
Constituição de 1934, torna-se disciplina na escola pública, mas com
matricula facultativa.
Na década de 60, após grandes debates em torno da liberdade religiosa
devido à pressão das tradições religiosas e organização da sociedade
civil, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética. A manifestação
do pluralismo religioso passou a ser intensamente questionado, mas a
prática resultava numa postura e encaminhamento pedagógico
influenciado pelas tradições religiosas.
O Ensino Religioso foi fragilizado como disciplina escolar e somente a
partir das discussões da LDBEN 9394/96, passou a ser compreendida
como disciplina escolar e teve sua implementação nas escolas públicas do
país,sendo regulamentada.
Com a Deliberação 01/06, o Conselho Estadual de Educação do Paraná
aprovou novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná, buscou-se o repensar do objeto da área, o
compromisso com a formação docente, a consideração das diversidades
religiosas no Estado, a necessidade do diálogo, do estudo sobre as
diferentes expressões religiosas.
Através da disciplina pretende-se colaborar para o reconhecimento e
respeito às várias formas de expressões religiosas proveniente da
elaboração cultural dos povos a fim de facilitar o acesso a fontes culturais
sobre o fenômeno religioso.
O saber religioso insere-se como patrimônio da humanidade e conforme
a Legislação brasileira permite promover ao educando a possibilidade de
aquisição de conhecimentos fundamentais para se tornarem capazes de
compreender os movimentos religiosos comuns a cada cultura.
A sociedade brasileira é formada por vários e diferentes grupos.
Reconhecer como direito os pressupostos de tal conhecimento é valorizar
94
a diversidade em todas as suas formas, contribuir para superar a
desigualdade étnico-religiosa e ainda garantir o direito constitucional de
liberdade de crença e expressão, conforme a Constituição brasileira.
2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
Repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raças/etnias,
classe social, crença religiosa e outras características individuais ou
sociais, desenvolvendo atitudes de solidariedade para com aqueles que
sofrem discriminação.
Reconhecer o valor da família na sociedade e perceber a relação do ser
humano como mistério, crescer plenamente em amor, sabedoria e graça
que ajuda os outros e a si mesmo.
Reconhecer o valor da Terra para a vida e do contato com ela para a
educação da sensibilidade e da percepção, conscientizando a sociedade
da importância do Meio Ambiente para nossa sobrevivência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
- Paisagem Religiosa;
- Símbolo ;
- Textos Sagrados.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- O Ensino Religioso na Escola Pública:
• Orientações Legais;
• Objetivos;
• Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso
como disciplina escolar;
- Respeito a diversidade religiosa:
95
Instrumentos Legais que visam a segurar a liberdade religiosa:
• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
Respeito a liberdade religiosa;
• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;
• Direito a Liberdade de reunião e associação pacíficas;
• Direitos Humanos e a sua vinculação com o sagrado.
- Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados:lugares de peregrinação,
de reverência, de culto,de identidade, principais práticas de expressão do
Sagrado nestes lugares;
• Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras;
• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
- textos orais e escritos – sagrado
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas
diferentes culturas religiosas:
• Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).
Organizações religiosas:
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as
suas principais características de organização, estrutura dinâmica e
social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de
compreensão e de relações com o sagrado:
• Fundadores e/ou líderes religiosos;
• Estruturas hierárquicas.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
- Raça e etnias,
- Classe social,
- Crença religiosa e outras características individuais ou sociais;
96
- A pessoa humana: encontro consigo mesmo;
- A natureza: nossa mãe e irmã;
- O mundo em vivemos; as relações com o mundo e com as pessoas;
- A busca do sagrado;
- Preconceito e discriminação social e racial/ étnica como
forma de injustiça;
- Compreensão e elaboração das relações humanas;
- A construção da verdade nos discursos religiosos.
- Cultura Afro-brasileira;
- Preservação do meio ambiente;
- Inclusão;
4 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA :
A Proposta de Ensino Religioso dentro da perspectiva humanista procura
criar situações de ensino para que os alunos estabeleçam relações entre o
presente, o passado, o particular e o Divino dentre as ações individuais e
coletivas com interesse específico de grupos e articulações sociais e
vivenciais, voltadas ainda para o crescimento humano no aspecto de
convivência mútua, respeitando-se a própria natureza humana e meio
onde vivemos como forma salutar de estabelecer relações duradouras e
com verdadeiro sentido de harmonia e integração consigo mesmo e com
outros.
* Questionar o aluno sobre o que sabem quais as suas idéias, opiniões,
dúvidas, heptoses sobre o conteúdo em debate.
* Propor estudos das relações e reflexões.
* Desenvolver atividades diversificadas com fontes de novas informações
para desenvolver e valorizar o seu conhecimento.
* Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes
bibliográficas, organizações das informações coletadas e como
organizar.
97
* Propor estudos das relações e reflexos que destaquem diferenças,
semelhanças, transformações, permanências, continuidades e
descontinuidades.
* Trabalhar e discutir sobre temas reais e que atualmente tomam conta
de nossa vida: Solidariedade, ética, respeito mútuo, inclusão, cultura
negra, agenda 21, política.
5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos bem como diagnosticar seus resultados, incentivando a auto-
avaliação, que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata
reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado.
O professor deverá adotar instrumentos que permitam à Escola, ao aluno,
aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na
disciplina. Com essa prática, os alunos, especificamente terão a
oportunidade de retomar os conteúdos, como também poderão perceber
que a apropriação dos conhecimentos desta disciplina lhes possibilita
conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a
religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação
desta disciplina com os demais com- ponentes curriculares, os quais
também abordam aspectos relativos à cultura. O Ensino Religioso
contribuirá também para a valorização do ser humano e sua formação
para a cidadania, integrando-o ao meio, subsidiando-o para atuar de
forma crítica na sociedade..
6 - BIBLIOGRAFIA
98
DIRETRIZES CURRICULARES – Ensino Fundamental – Ensino
Religioso – SEED - 2006
DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São
Paulo: Ed. Paulinas, 1989.
CISPALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione Ltda., 1994.
MENDONÇA, Francisco Kozel, Salete (orgs). Elementos de
epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba: Editora UFPR,
2002.
ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e
conceitos que formam a nossa visão de mundo. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
As relações do homem com a natureza no processo de construção e
transformação do espaço geográfico, tiveram inicio desde a origem da
humanidade. As alterações nos espaços eram praticamente
insignificantes, pois se vivia da coleta, da caça e da pesca. Existia um
equilíbrio entre o homem e a natureza. A apropriação do espaço era
realizada após longo período de observação e descrição, permitindo
grandes avanços na elaboração do conhecimento geográfico.
Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos foram
desconsiderados porque feriam aos interesses do poder político. A partir
do século XII, as questões cartográficas, a forma da Terra, voltavam a
ser discutidas, pois, os mercadores precisavam registrar as rotas
marítimas, a localização e distâncias dos continentes, alcançando o
período das Grandes Navegações. Desde o século XVI, as expedições
terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente os
elementos naturais bem como as relações homem-natureza.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser
evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que
99
buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Porém,
até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica.
No período Imperialista desse século (século XIX), várias comunidade que
mais tarde viria a ser a atual Alemanha, organizou expedições cientificas
para a África, Ásia e América Sul. Essas pesquisas acabaram servindo aos
interesses das classes dominantes. Porque subsidiaram o surgimento das
Escolas Geográficas, destacando-se a alemã e a francesa.
O pensamento geográfico, da escola alemã, teve precursores Humbolodt
e Ritter, mas coube a Ratzel a fundação da Geografia Cientifica. A Escola
Francesa teve como principal representante Paul Vidal de La Blache. A
produção destas duas Escolas marca a dicotomia Sociedade – Natureza e
o determinismo geográfico que justificou o avanço dos impérios Europeus
nos territórios Africanos e Asiáticos.
Enquanto na Alemanha e na França, a ciência já se encontrava
sistematizada, presente nas Universidades desde o século XIX, no Brasil,
isso só aconteceu mais tarde. A institucionalização da Geografia no Brasil
se consolidou a partir de 1930. As pesquisas buscavam compreender e
descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos
interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico,
como a exploração mineral, desenvolvendo a indústria de base entre
outros.
Essa abordagem do conhecimento Geográfico perpetua-se por boa parte
do século XX, principalmente em períodos de governos autoritários e
ficou conhecida como Geografia Tradicional.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a
Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças que interferiram no
pensamento Geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações
ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do
século XX dando novos enfoques para a análise dos espaços Geográficos.
Do ponto de vista político e econômico, a internacionalização da
economia e a instalação das multinacionais em vários países alteraram as
relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas
ligadas à degradação ambiental, às desigualdades e injustiças da
100
produção capitalista, às questões culturais e demográficas afetadas pela
internacionalização da economia e pelas relações políticas da economia e
pelas relações político-econômicas de dependência, cada vez mais
acentuadas, nos diferentes países.
Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do país-guerra
desencadearam reformulações na geografia. No Brasil, essas mudanças
mais acentuadas ocorreram nos anos 60.
As mudanças teórico-metodológicas do ensino da Geografia têm como
meta a busca de um ensino voltado para a conquista da cidadania,
proporcionando aos alunos a possibilidade de compreenderem sua
própria posição no conjunto de interação entre a sociedade e a natureza.
A valorização da formação profissional contribuiu para as transformações
significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei das
Diretrizes e Base da Educação Nacional que afetou, principalmente, as
disciplinas relacionadas às Ciências humanas e instituiu a área de estudo
denominada Estudos Sociais que no 1o.Grau envolveria conteúdos de
Geografia e História). No 2o.Grau foram impostas às disciplinas de OSPB
e EMC.
Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o desenvolvimento da
disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e História.
As discussões teóricas que se sobressaíram, centraram-se em torno
do Movimento da Geografia Crítica. Um dos marcos históricos nessa
época foi o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978. Esse
movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os
estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da
Geografia.
Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizaram a
educação como alvo das reformas necessárias para a formação do novo
perfil do trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período
histórico.
2 - OBJETIVOS GERAIS :
101
Considera-se que o ensino da geografia deve dar subsídios aos alunos
levando-os a pensar e agir criticamente, buscando elementos que
permitam compreender e explicar o mundo. Cabendo assim, à geografia a
função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do
espaço, negando a “neutralidade” dos fenômenos que imprimem certa
passividade aos indivíduos. Com este enfoque assumir uma visão geral do
local para o global e através desse conhecimento levá-los a agir e
interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido.
Oportunizando ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das
transformações contemporâneas, fazendo com que o mesmo atue
criticamente e construtivamente no contexto local, como parte integrante
do global.
3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Dimensão Socioambiental;
Dinâmica Cultural Demográfica;
Geopolítica;
Dimensão Econômica da Produção do / no espaço.
4- CONTEUDOS ESPECÍFICOS
Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;
Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.
- Urbanização e favelização
- O êxodo rural
- Os setores de economia
- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.
102
- Sistemas de produção industrial
- Agro indústria
- Globalização
- Recursos Energéticos
- Políticas Ambientais
- Bio Pirataria
- Meio Ambiente e Desenvolvimento
- Estado, Nação e Território.
- Movimentos Sociais
- O ambiente urbano e rural
- Os movimentos da terra no universo e suas influências (rotação e
translação
- Movimentos sócio-ambientais
- Classificação fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas
- Rios e bacias hidrográficas
- Sistemas de energias
- Circulação e poluição atmosférica
- Desmatamento
- Buraco na camada de ozônio
- Efeito estufa (aquecimento global)
- Ocupação de áreas irregulares
- Desigualdade social e problemas ambientais
- Consumo e consumismo
- Meios de comunicação
Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;
Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.
- Dependência tecnológica
- Blocos econômicos
- Formação dos Estados Nacionais
- Estrutura etária
103
- Neo Liberalismo
- Narcotráfico
- Sistemas de energias
- Chuva ácida
- A identidade Nacional e processo de globalização
- Histórias das migrações mundiais
- O Paraná no contexto político, econômico, demográfico, social
Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica; Geo-
política;Dimensão
Econômica da produção do / no espaço.
Desigualdades dos Países: Norte x Sul
- Guerra Fria
- Órgãos Internacionais
- Terrorismo
- Chuva ácida
- Buraco na camada de ozônio
- Efeito estufa (aquecimento global)
- Movimentos sociais
- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço
Geográfico
- Histórias das migrações mundiais
- Formações e conflitos étnicos-religiosos e raciais
Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;
Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.
- Acordos e blocos econômicos
- Conflitos Mundiais
104
- Desigualdade social e problemas ambientais
- Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais
5-CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura afro-brasileira
Agenda 21
Preservação do meio ambiente
Qualidade de vida
Inclusão
Educação fiscal
Tecnologia
Etica
6- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO :
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma
coerência dos fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia
como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes
escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.
O professor de Geografia deve priorizar abordagens que envolvam a
temática de história e cultura Afro brasileira e Africana, nas diferentes
séries, através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos entre outros,
que tragam conhecimentos sobre: a população brasileira/miscigenação
dos povos, a distribuição espacial da população afro-descendente no
Brasil e no mundo, a contribuição do negro na construção da nação
brasileira, o movimento do povo africano no tempo e no espaço, questões
relativas ao trabalho e renda, discussões de práticas de segregação
racial, entre outros.
Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula,
o professor, quando necessário, pode promover aulas de campo, desde
105
aquela ao redor da escola, até outras de maior distância, pois a
compreensão da realidade será mais completa quanto maior for o contato
do aluno com a concretude do real, o que lhe permitirá perceber a
complexidade do mundo, estabelecendo com coerência uma constante
preocupação em relação ao acompanhamento das necessidades
específicas dos educandos, primando pelo atendimento das
especificidades, propondo um acompanhamento das dificuldades para a
superação das mesmas (Educação inclusiva).
Além das aulas de campo, destaca-se ainda o uso da linguagem
cartográfica, pois esta resulta de uma construção teórica e prática que
vem desde as séries iniciais e que deve seguir até o final da Educação
Básica.
Cabe ressaltar a importância do papel do professor como pesquisador, na
formação de futuros pesquisadores. Essa iniciação pode ocorrer através
da construção e desenvolvimento, em conjunto com os alunos, de projetos
que busquem estimular e ampliar os conteúdos específicos.
7 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Entendemos que a avaliação está inserida dentro do processo de
ensino/aprendizagem e, respaldada no Projeto Político Pedagógico da
escola, será formativa, diagnóstica, contínua e cumulativa, capaz de
considerar as especificidades do educando e de respeitar as diferenças
individuais da turma, sendo, portanto, inclusiva.
Nas avaliações, devem-se evitar as que contemplem apenas uma das
formas de comunicação com os alunos, ou seja, apenas a escrita ou a
interpretação de textos.
Propomos que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos
estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias
espaço e tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder e
outras. Sendo uma avaliação diagnóstica e continuada, e que contemplem
diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e
produção de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos, imagens
e principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas,
106
aulas de campo; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos,
construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.
8– BIBLIOGRAFIA:
CARVALHO, M.I., Fim de Século: A Escola e a Geografia, Ijuí: Edição
Unijuí, 1998.
CAVALCANTI, de S. Geografia e Escola e Construção do Conhecimento,
Campinas: Papirus, 1998.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental- versão
Preliminar – Julho de 2006.
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação
Básica do Estado do Paraná - Ensino de Geografia.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: 2ª edição. São
Paulo; Cortez 1995.
VASCONCELOS, Celso dos S. Construção em Sala de Aula, São Paulo:
Libertad – Centro de Informação e Acessória Pedagógica: 1993.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A História como disciplina escolar passou a ser obrigatória a partir de
1937, no mesmo ano foi criado o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro
que instituiu a História como disciplina acadêmica sob influência da
escola Metódica e Positivista, vista como uma extensão da História da
Europa Ocidental. A História propunha uma nacionalidade expressa nas
sínteses das raças branca, índia e negra, predominando a ideologia do
branqueamento. Esse modelo conservador da sociedade tinha como
objetivo a legitimação dos valores aristocráticos no qual o processo
histórico conduzido por líderes, excluía-se a possibilidade das pessoas
comuns serem entendidas como sujeitos históricos.
A Inclusão da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas
no governo de Getúlio Vargas. O ensino de história se ocupava em
107
reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares e o ensino era
restrito a elite que se preparava para conduzir o povo contribuindo para a
legitimidade do projeto nacionalista.
Após a implantação do regime militar o ensino de História manteve seu
caráter estritamente político não tendo espaço para análises críticas e
interpretação de fatos objetivando formar indivíduos que aceitassem e
valorizassem a organização da Pátria, tendo o Estado como principal
sujeito histórico e responsável pelos grandes fatos da nação.
A partir das Leis 5692/71 o estado organizou o primeiro grau de oito anos
e o Ensino Profissionalmente voltado a preparação da mão-de-obra para o
mercado de trabalho. As disciplinas de História e Geografia ficaram
condensadas a área de Estudos Sociais. No 2º grau surgiu a disciplina de
OSPB reduzindo a carga horária de História objetivando um maior
controle ideológico pelo Estado.
A partir de 1980 houve o retorno de História como condição para que
houvesse uma maior aproximação entre investigação histórica e o
universo da sala de aula.
Hoje, a contribuição mais significante do ensino de História ao educando
é a edificação da capacidade de pensar historicamente para a construção
da subjetividade, pois, acredita-se que ela promova a auto-estima dos
alunos, independentemente de seus diferentes pontos referenciais de
identidade.
O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na
tomada de decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma
reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de
intenções para momentos posteriores. O indivíduo ao agir, atribui
sentidos dele, pois o conhecimento histórico é construído e está em
constante transformação.
A produção de história não resulta do desenvolvimento de um método que
esgote o que há para saber sobre os objetos no passado, mas sim de
sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com
novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o
saber passível de novas interpretações. Assim, a História também tem
108
uma história. A exposição dessa lógica é fundamental para o aluno
compreender está em constante construção. Logo, pode ser objeto de
questionamentos, dúvidas, contestações e reconstruções.
2-OBJETIVOS GERAIS :
A História tem como objetivo os processos históricos relativos às ações e
as relações humanas, tendo ou não consciência dessas ações, as relações
humanas produzidas, ou seja, são as formas de pensar, agir, ou de
raciocinar, de representar, de imaginar, de instruir, portanto de se
relacionar social, cultural e politicamente. Visa contribuir para a
construção do conhecimento e respeito à diversidade – outras etnias,
religiões, outras condições sociais e outras regiões, culturas e nações.
Compreender diferentes processos de formação do individuo como sujeito
e produto histórico no contexto social econômico;
Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio na
localidade, na região e no país e outras manifestações estabelecidas em
outros tempo e espaços;
Reconhecer a identidade de forma articulada através da leitura e analise
bem como contextualização e interpretação de transformações
relacionando com o presente e o futuro;
Resgatar os valores da cultura afro-brasileira na formação de uma nova
geração sem discriminação;
3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
- Dimensão Política;
- Dimensão econômico-social;
- Dimensão cultural
4 - CONTEUDOS ESPECÍFICOS :
- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão
cultural
109
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XV – DIFERENTES
TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS.
Produção do conhecimento histórico:
• O historiador e a produção do conhecimento histórico
• O tempo, temporalidade.
• Fontes, documentos
• Patrimônio material e imaterial
• Pesquisa
Articulação da História com outras áreas do conhecimento:
• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,
sociologia, etnologia e outros.
Arqueologia no Brasil:
• Lagoa Santa: Luzia , Minas Gerais
• Serra da Capivara: Piauí
• Sambaquis: Paraná
Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
• Ameríndios do território brasileiro
• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng
A chegada dos europeus na América:
• ( des) encontros entre culturas;
• Resistência e dominação: Escravização/catequização.
Formação da sociedade brasileira e americana:
• América portuguesa;
• América espanhola;
• América franco-inglesa;
110
• Organização político-administrativa – (capitanias hereditárias,
sesmairas);
• Manifestações culturais (sagrada e profana);
• Organização social ( família patriarcal e escravismo);
• Escravização de indígenas e africanos;
• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
A humanidade e a História :
• De onde viemos quem somos como sabemos?
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes
migrações:
• Teorias do surgimento do homem na América
• Mitos e lendas da origem do homem
• Desconstrução do conceito de pré-história
• Povos ágrafos, memória e história oral.
As primeiras civilizações na América:
• Olmecas, Mochicas,Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas
• Ameríndios da América do Norte
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:
• Egito, Núbia, Gana e Mali
• Hebreus, Gregos e Romanos
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e
política:
Reconquista do território
Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo
Comércio( África, Ásia, América e Europa )
111
Os Reinos e sociedades Africanas e os contatos com a Europa:
• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa, (Zimbabwe ) e outros;
• Comércio
• Organização política- administrativa
• Manifestações culturais
• Organização social
• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...
Diáspora Africana
Agenda 21
Arrecadação Fiscal
- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão
cultural
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE
INDEPENDENCIA DO BRASIL-SÉCULO XVII AO SÉCULO XIX
Expansão e consolidação do território:
• Missões
• Bandeiras
• Invasões estrangeiras
Colonização do território paranaense:
• Economia
• Organização social
• Manifestações culturais
• Organização-político-administrativa
Movimentos de contestação:
Quilombos ( Brasil e Paraná)
112
Irmandades: manifestações religiosas - sincretismo
Revoltas Nativistas e Nacionalistas
• Inconfidência Mineira;
• Conjuração Baiana
• Revolta da Cachaça
• Revolta da Maneta
• Guerra dos Mascates
Chegada da família Real ao Brasil:
• De Colônia a Reino Unido
• Missões artístico-científicas
• Biblioteca nacional
• Banco do Brasil
• Urbanização na Capital
• Imprensa Régia
O processo de independência do Brasil:
• Governo de D. Pedro I
• Constituição outorgada de 1824
• Unidade territorial
• Manutenção da estrutura social
• Confederação do Equador
• Província Cisplatina
• Haitianismo
• Revoltas regenciais: ( Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem e
Farroupilha )
113
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
Consolidação dos Estados nacionais europeus e reforma
Pombalina:
• Reforma e contra-reforma
Independência das treze colônias Inglesas da América do Norte:
Diáspora Africana
Revolução Francesa
• Comuna de Paris
Invasão Napoleônica na Península Ibérica:
O processo de independência das Américas:
• Haiti
• Colônias Espanholas
Agenda 21
Arrecadação Fiscal
- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão
cultural
PENSANDO A NACIONALIDADE: SÉCULO XIX AO XX – A
CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO DO BRASIL.
A construção da Nação:
• O governo de D. Pedro II
• Criação do IHGB
• Lei de Terras, Lei Eusébio de Queiroz- 1850
• Início da imigração européia
• Definição do território
• Movimento abolicionista e emancipacionista
114
Emancipação política do Paraná ( 1853 ):
• Economia
• Organização social
• Manifestações culturais
• Organização político-administrativa
• Migrações: internas ( escravizados, libertos e homens livres pobres)
e externas ( europeus)
• Os povos indígenas e a políticas de terras
A Guerra do Paraguai e / ou a Guerra da Tríplice Aliança:
O processo de abolição da escravidão
• Legislação
• Resistência e negociação
• Discursos ( abolição / imigração – senador Vergueiro ),
branqueamento, miscigenação ( Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,
Euclides da Cunha, Silvio Romero no Brasil e Sarmiento na
Argentina)
Os primeiros anos da República:
• Idéias positivistas
• Imigração asiática
• Oligarquia, coronelismo e clientelismo
• Movimento de contestação: campo e cidade
• Movimentos Messiânicos
• Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro
• Movimento operário: anarquismo e comunismo
• Paraná:
- Guerra do Contestado
115
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo: movimento regionalista - Romário Martins, Zaco Paraná,
Langue de Morretes, João Turim.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Revolução Industrial e relações de trabalho do século XIX e XX:
• Ludismo;
• Socialismo;
• Anarquismo;
Relacionar: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo.
Colonização da África e da Ásia
Guerra Civil e Imperialismo Estadunidense
Carnaval na América latina: entrudo, murga e candomblé.
Questão Agrária na América Latina
• Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
Agenda 21
Arrecadação Fiscal
- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão
cultural
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX
AO XXI - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA
CONTEMPORANEIDADE.
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
• Economia
116
• Organização social
• Organização político-administrativa
• Manifestações culturais
• Coluna Prestes
A “ Revolução” de 30 e o período Vargas ( 1930 a 1945 )
• Leis trabalhistas
• Voto feminino
• Ordem e disciplina no trabalho
• Mídia e divulgação do Regime
• Criação do SPHAN, IBGE
• Futebol e carnaval
• Contestações à ordem
• Integralismo
• Participação do Brasil na II Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina
• Cárdenas – México
• Perón – Argentina
• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.
Construção do Paraná Moderno:
• Governos de ( Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhos da
Rocha Netto e Ney Braga )
• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura
administrativa ( Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...)
• Movimentos culturais
117
• Movimentos sociais no campo e na cidade ( revoltados Colonos,
década de 50 – sudoeste )
• Os Xetás
O Regime Militar no Paraná e no Brasil:
• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação.
• O uso ideológico do futebol na década de 70 (o tricampeonato
mundial e a criação da liga nacional – campeonato brasileiro)
• Cinema novo
• Teatro
• Itaipu, Sete Quedas e a Questão da Terra
Movimentos de contestação no Brasil:
• Resistência armada
• Tropicalismo
• Jovem guarda
• Novo sindicalismo
• Movimento estudantil
Paraná no contexto atual:
Redemocratização:
• Constituição de 1988
• Movimentos populares rurais e urbanos: MST – Movimento dos Sem
Terra- MNLM – Movimento Nacional de Luta pela Moradia- CUT –
Central Única dos Trabalhadores- Marcha Zumbi dos Palmares,
etc...
• Mercosul
• Alça
118
O Brasil no contexto atual:
• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
Crise de 29
Ascensão dos Regimes Totalitários na Europa
Movimentos Populares da América Latina
II Guerra Mundial
Independência das colônias Afro-asiáticas
Guerra Fria
Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina:
• Política da boa vizinhança
• Revolução Cubana
• Onze de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende
• Censura aos meios de comunicação
• A copa da Argentina 1978
Movimentos de contestação no mundo:
• Maio de 68 – França
• Movimento Negro –
• Movimento Hippie
• Movimento Homossexual
• Movimento Feminista
• Movimento Punk
• Movimento Ambiental
Fim da bipolariazação mundial:
• Desintegração do bloco socialista
• O neoliberalismo
119
• Globalização
• 11 de Setembro nos EUA
África e América Latina no contexto atual
Agenda 21
Arrecadação Fiscal
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO :
Os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os estudantes,
como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam
sobre suas vivências e suas inserções históricas.
Por esta razão, é fundamental que aprendam a reconhecer costumes,
valores e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos e nas
organizações da sociedade; a identificar os comportamentos, as visões de
mundo, as formas de trabalho, as formas de comunicação, as técnicas e
as tecnologias em épocas datadas; e a reconhecer que os sentidos e
significados para os acontecimentos históricos e cotidianos estão
relacionados com a formação social e intelectual dos indivíduos e com as
possibilidades e os limites construídos na consciência de grupos e de
classes. Assim o trabalho com diferenças e semelhanças, bem como
continuidades e descontinuidades, tem objetivos de instigá-los à reflexão,
à compreensão e participação no mundo social.
É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos
estabelecerem relações entre presente e passado, o particular e o geral,
as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos, e as
articulações sociais propiciando sempre a valorização de uma educação
inclusiva , respeitando a diversidade presente nas relações humanas
cotidianas.
5-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
120
processo de aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus
resultados e atribuir valores.
Para o aproveitamento escolar serão utilizadas técnicas e instrumentos
como: trabalhos intra e extra-classe , leituras e debates de textos e
análises de vídeos.
Para cumprir sua finalidade educativa a Avaliação contemplará a
valorização do ser humano e sua formação para cidadania, devendo ser
contínua, diagnóstica e cumulativa; observando a formação do cidadão
consciente da diversidade existente no meio que vive respeitando os
limites e potencialidades especificas de cada indivíduo envolvido no
processo educacional.
A avaliação compreenderá a ponderação de média, segundo a legislação
vigente.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
1-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A língua portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar
os currículos escolares somente nas últimas décadas do século XIX depois
de já há muito organizado o sistema de ensino mantendo-se por diversos
anos com características elitistas, em meados do século XX iniciou-se
então um processo de “democratização” do ensino, com a ampliação de
vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros
fatores. Como conseqüência desse processo de “democratização” a
multiplicação dos alunos, as condições escolares e pedagógicas, as
necessidades e as exigências culturais passam a ser outras, bem
diferentes.
Dessa forma os conteúdos da Língua Portuguesa são constituídos
dentro da mobilidade histórica, possibilitando o diálogo com conceitos
diversos que somados conseguem abranger toda a complexidade do
processo de uso da língua. É no contexto das práticas discursivas que se
121
fazem presentes conceitos oriundos da Lingüística, Sócio lingüística,
Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do Discurso,
Gramática Normativa, descritiva de usos, entre outros que possam
garantir o aprimoramento dos alunos do Ensino Fundamental quanto ao
uso das linguagens.
O trabalho com a Língua Portuguesa deve ser resultante de um
estudo coletivo e histórico. A língua é um instrumento de comunicação de
domínio público, social capaz de transmitir cultura e registrar a história
da humanidade no decorrer dos tempos. Seu processo de interação
verbal, sua substância, sua realidade, seu modo de produção têm
objetivos diferentes, portanto implicam práticas pedagógicas diferentes.
O que se propõe no estudo da linguagem em sala de aula é que se
opte por um ensino voltado para a leitura e para a produção de textos
significativos, capazes de transmitir idéias e sentimentos. Quanto à
gramática, elemento da língua portuguesa será vista dentro do uso e da
funcionalidade dos elementos que a compõem. É na superação do ensino
voltado para a metalinguagem que se ampliam espaços para as práticas
constantes de leitura e de escrita. É fundamental também que se
concebam as variedades lingüísticas como espelho da diversidade
humana, considerando a heterogeneidade das experiências marcadas por
diferenças culturais, sociais, etárias, entre outras.
Pensar a linguagem é pensar a história do homem construindo a
vida em sociedade; é pensar a humanidade produzindo o progresso que
trouxe consigo novas formas de linguagem; é pensar os avanços
tecnológicos, a globalização, o avanço da ciência que ampliam o léxico
pela incorporação de uma linguagem específica; é considerar os
regionalismos como marca cultural de um povo, respeitar seus falantes e
ao mesmo tempo ofertar-lhes a possibilidade de apropriação da língua
padrão tornando-os aptos a competir em qualquer atividade de
comunicação.
Assim, defendemos o ensino de Língua Portuguesa numa visão
sócio-interacionista o qual procura ver a linguagem como ação humana e
não apenas como mais um fato isolado dentro da sociedade. Este ensino
122
deverá considerar o real contexto e refletir atos cotidianos, sendo
instrumento de reflexão, de reivindicação, de inclusão e de transformação
da realidade onde nosso aluno está inserido.
Os conteúdos abordarão, no decorrer do ano letivo, de forma
interdisciplinar, os seguintes projetos:
- Tecnologias: A evolução tecnológica deve ser considerada grande
aliada da educação pelo poder de tornar as aulas mais dinâmicas,
flexíveis e promover o auto estudo. No entanto é importante que os
governantes de fato concretizem a parte estrutural, colocando realmente
os recursos tecnológicos a serviço da educação e ao alcance do educando
em todas as salas de aula do Paraná.
- Cultura-Afro: De acordo com o artigo 1º da Lei nº. 9.394 de 20 de
dezembro de 1996 passa a vigorar acrescida dos artigos 26-A, 79-A, 79-B,
os quais alteram a mesma Lei na forma como era publicada
anteriormente, obrigando os estabelecimentos de ensino fundamental e
médio, oficiais e particulares a terem como parte obrigatória em seus
currículos a História e a Cultura Afro-Brasileira. Portanto os conteúdos
deverão abordar as lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira
e o negro na formação da sociedade nacional, evidenciando a
contribuição desse povo nas áreas social, econômica e política da história
do Brasil.
- Educação Fiscal: Quando observamos a vida em sociedade,
reconhecemos que existem necessidades coletivas que precisam ser
satisfeitas. Educação, trabalho, saúde, alimentação, segurança,
habitação, locomoção, cultura, lazer, por exemplo, são condições
subjacentes ao desenvolvimento social em razão do que se configura
como necessidades coletivas públicas. A satisfação de tais necessidades é
fundamental para a construção das comunidades e supõe um custo que os
seus integrantes devem cobrir. Em face de tais considerações é que se
justifica o espaço da Educação Tributária no currículo da escola
brasileira. Dessa forma, os conteúdos serão ministrados no âmbito do
currículo escolar em especial nas áreas de educação artística, literatura e
história do Brasil.
123
- Meio Ambiente (Agenda 21 Escolar): A perspectiva ambiental
consiste num modo de ver o mundo no qual se evidenciam as inter-
relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e
manutenção da vida.
À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na
natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem
tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos, tornando
hegemônicas na civilização, principalmente ocidental, as interações
sociedade/natureza adequadas às relações de mercado. A exploração dos
recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras características,
a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas
tecnologias.
- Educação no Campo: Este é um projeto educacional do atual
governo cujo objetivo é valorizar a cultura, as tradições, o ter e o fazer do
homem do campo.
Nesta concepção é fundamental a permanência e o funcionamento
das escolas do campo com a mesma qualidade das escolas da cidade,
evitando-se, assim, a evasão de alunos da zona rural para zona urbana na
expectativa de lá encontrarem escolas melhores estruturadas e
equipadas. A escola do campo tem como objetivo a valorização das
tradições familiares, do modo de vida, dos conhecimentos empíricos-
científicos, das manifestações culturais e religiosas próprias de cada
comunidade.
- Inclusão: Tendo em vista as diferenças culturais, sociais,
econômicas, ideológicas, as necessidades especiais, deve-se reconhecer e
valorizar as várias linguagens e concepções de mundo na socialização do
conhecimento propriamente dito, de maneira significativa ampliando o
domínio dessas linguagens na sua interação e\ou totalidade.
-Libras: No âmbito escolar, torna-se necessário o uso e domínio da
Língua Brasileira de Sinais, pois o aluno com necessidade desse
atendimento é real.
A reflexão crítica ou ideológica acerca dos discursos, que circulam
em língua portuguesa, somente é possível mediante o contato com textos
124
por meio da leitura. Do mesmo modo, a produção de um texto, se faz
sempre a partir de contato com outros textos.
Os alunos, têm a possibilidade de constatar e vivenciar criticamente
a diversidade cultural.
2-OBJETIVOS GERAIS
Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de
linguagens que permita ao aluno observar, perceber, inferir, descobrir,
refletir sobre o mundo, interagir com seu semelhante por meio do uso
funcional da linguagem, e que esta reflita a posição histórico-social do
autor, levando-o a perceber, consciente ou inconscientemente, as marcas
de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu discurso, seja ele oral ou
escrito.
Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante,
transformador para existência de uma sociedade mais justa, humana,
democrática.
O ensino da Língua Portuguesa deve ser concebido como um
possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno
num contexto globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela
mídia, ao mesmo tempo em que deva lhe proporcionar meios
generalizantes de escuta\leitura de textos produzidos pelos formadores
de opinião. O ensino deve, também, valorizar uma variedade lingüística
que reflita as diferenças regionais.
Além das variedades lingüísticas que refletem diferentes valores
sociais, o ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes
gêneros literários, buscando dar ao aluno condições de ler e entender os
tipos de discursos bem como produzi-los a partir de suas necessidades
reais. Ele precisa ter consciência dos diferentes níveis de linguagem e
saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão lingüístico mais
adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.
125
Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, o
aluno deve estar preparado para perceber e produzir bons textos de
acordo com seus interesses e necessidades, deixando de ser um aluno
reprodutor para ser produtor de idéias próprias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Oralidade
• Leitura
• Escrita
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Leitura
• Debates
• Relatos
• Interpretação oral de textos
• Contação de histórias
• Produção de textos
• Reestruturação de textos
• Análise lingüística:
o Interpretativa
o Contrastiva
o Comparativa
• Identificação de idéias básicas
• Especificidade dos textos
• Contextualização
• Processo da produção
• Argumentação
126
• Unidade temática
• Unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos)
• Fluência, entonação e ritmo
• Pesquisa do léxico afro, políticas públicas, da diversidade e
produção cultural.
CONTEÚDOS
Leitura
Estudo do vocabulário
Interpretação de texto
Textos diversos
Classes de palavras
Especificidade dos textos
Acentuação
Pontuação
Produção textual:
• Bilhete
• Fábula
• Convite
• Carta
• História em quadrinhos
• Charge
• Provérbios
• Diário
• Requerimento
• Telegrama
• Cartão
• Cheque
• Avisos
127
• Receita
• Relatório
• Entrevista
• Textos literários curtos e longos
• Reportagem
• Textos de imprensa
• Paródia
• Paráfrase
• Memorando
• Resenha
• Ofício
• Curriculum Vitae
• Cantigas infantis\populares
• Gíria
• Letra de música
• Texto publicitário
• Textos lúdicos
• Carteira de trabalho identidade/certidão de nascimento
• Contrato
• Relatório
• Receita
• Correspondências oficiais
Neologismos
Estrangeirismos
Homônimos / parônimos
Figuras de linguagem
Norma culta
Conotação / denotação
Ortografia
128
OBS.: Os conteúdos introduzidos na reformulação desta proposta
curricular serão incluídos em todas as séries, dosando-se a metodologia
conforme se fizer necessário.
4-METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O pensamento é a essência da atividade educativa. O aluno precisa
ser levado a perceber que, desenvolvendo o pensamento crítico,
desenvolve a capacidade de:
Observação – percebendo a realidade, descrevendo situações e
adquirindo informações;
Análise – relacionando as partes de um todo;
Teorização – desenvolvendo conceitos, explicando e interpretando;
Síntese – julgando e selecionando;
Aplicação – planejando, construindo e produzindo.
Nessa nova sociedade, criatividade, autonomia e capacidade de
solucionar problemas são prioridades. Por isso objetivamos estimular os
alunos à ação, pautada numa postura crítica e inovadora, de forma a
enriquecer e motivar a aplicação material. A metodologia proposta na
disciplina de Língua Portuguesa tem como prioridade trabalhar os eixos
estruturantes: Leitura, oralidade e escrita através de debates, leituras,
atividades orais e escritas, trabalhos em grupos e individuais, pesquisas,
palestras, vídeos, visitas, projetos, entre outras, visando a uma leitura
crítica do conhecimento humano adquirido e acumulado através do
tempo, atualizando-o e relacionando-o às situações do cotidiano.
Os conteúdos serão trabalhados de forma contextualizada e
interdisciplinar através de projetos, respeitando o conhecimento
adquirido de cada educando, seus limites, carência, especificidades e
dificuldades.
No que diz respeito aos projetos, eles devem ter objetivos
compartilhados por todos os envolvidos que se expressam num produto
129
final em função do qual todos trabalham, inter-relacionando-se de forma
contextualizada, articulando diferentes conteúdos e disciplinas.
O aluno aprende participando, tomando atitudes diante dos fatos,
vivenciando sentimentos e escolhendo procedimentos para atingir seus
objetivos. Ao participar de um projeto, o aluno envolve-se numa
experiência educativa cujo processo de construção do conhecimento está
integrado às práticas vividas. Ele deixa de ser um aprendiz de conteúdos,
para utilizá-los como meios de ampliar sua interação com a realidade, de
forma crítica e dinâmica, que oportuniza opinar, decidir, debater,
construir a autonomia e o compromisso social, formando o cidadão
consciente e participante. Este cidadão deve ser capaz de respeitar as
diversidades cultural, social e étnica; agir demonstrando atitudes
solidárias e livres de preconceitos. Além disso, a autonomia deste cidadão
passa pelo conhecimento das técnicas e do domínio das tecnologias pelo
respeito e integração ao meio ambiente; e pela capacidade de entender,
pagar e exigir seus direitos tributários, como fonte de melhoria da
qualidade de vida de sua comunidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa, capaz de
considerar as especificidades do educando e de respeitar as diferenças
individuais da turma sendo, portanto, inclusiva.
Pretende-se também que a avaliação sirva aos alunos como
instrumento de diagnóstico de sua própria situação, permitindo-lhes
constatar o que já aprenderam e o que lhes falta aprender, bem como as
dificuldades que tiveram para a apropriação deste ou daquele conteúdo.
Para o professor, a avaliação consiste num instrumento de fundamental
importância, uma vez que os resultados obtidos pelos alunos poderão
subsidiá-lo quanto à reflexão que ele precisa constantemente fazer sobre
sua prática, no sentido de verificar a eficácia ou as falhas em seu
130
desempenho no decorrer do processo. É a partir desses resultados que o
professor tem a possibilidade de implementar sua ação pedagógica em
busca do sucesso de seus alunos. O educando será avaliado em todos os
trabalhos realizados em sala de aula, dando ênfase à leitura, oralidade e
escrita, obedecendo aos aspectos formais da língua portuguesa.
Em relação à leitura serão propostas questões nas quais os
educandos possam demonstrar a compreensão do texto lido, e o professor
perceba o posicionamento e reflexão que aquele foi capaz de fazer sobre
o apresentado.
Quanto à oralidade, esta será avaliada progressivamente
considerando as participações que o aluno faz nas práticas cotidianas.
Nestas oportunidades, o professor levará em consideração a clareza, o
desembaraço e a argumentação adequados ao discurso, interlocutores e
situações vivenciadas.
E, finalmente, em relação à escrita, será sempre necessário que os
textos escritos sejam vistos como uma fase no processo produtivo e nunca
como objetivo final.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos - discursivos, textuais, ortográficos, gramaticais - os elementos
lingüísticos utilizados precisam ser avaliados em uma prática reflexiva
contextualizada. Uma vez compreendida, os alunos podem utilizá-los em
outras operações lingüísticas.
A Avaliação é uma atividade ampla e complexa. É fundamental que,
ao exercê-la, o professor a veja não como um instrumento de dar nota,
mas como um meio de garantir o melhor nível de domínio das atividades
por parte de seus alunos.
RECUPERAÇÃO PARALELA:
Durante o processo de ensino aprendizagem, ao se detectar alunos que
apresentem rendimento abaixo do nível esperado, será ofertada a
Recuperação Paralela que consiste na recuperação da aprendizagem e na
131
reavaliação de determinados conteúdos, no decorrer das aulas. Este
trabalho poderá ser feito através de pesquisas, leituras, produção de
textos, relatórios e outras atividades a conforme a necessidade.
BIBLIOGRAFIA
CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO
PARANÁ
PROGRAMA AGRINHO – Uma leitura para os Temas Transversais
CADERNOS TEMÁTICOS – História e Cultura-Afro – Brasileira e africana
CADERNOS TEMÁTICOS – Educação do Campo
DIRETRIZES CURRICULARES – Versão Preliminar
PRECONCEITO LINGÜÍSTICO – Marcos Bagno
PORTOS DE PASSAGEM – João Wanderley Geraldi
O TEXTO NA SALA DE AULA – João Wanderley Geraldi
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua
portuguesa in fazenda, Ivani ( org.) Academia vai á escola,
Campinas,São Paulo: Papirus, 1995.
GERALD, João W. Concepções de linguagem e ensino de português,
in : João W ( org) O texto na sala de aula. 2ed. São Paulo: Ática,1997.
ESTADO DO PARANÁ.Currículo Básico para Escola pública do
Estado do Paraná. Curitiba, 1990,PP.50-52.
FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições
132
para sua organização. In : KUENZER, Acácia ( org) . Ensino Médio-
construindo uma proposta para os que vivem do trabalho.3ed. São
Paulo:Cortez,2002.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar:2 ed. São Paulo:
Cortez, 1995.
VASCONCELOS, Celso dos. Construção do conhecimento em sala de
aula. São Paulo: Libertad-centro de formação e acessória
pedagógica: 1993.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMATICA
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Matemática nasceu por volta de 2000 a.C. quando os Babilônicos
acumularam registros que classificamos atualmente como álgebra
elementar. São as Primeiras considerações da humanidade, originária da
observação e reconhecimento de configurações físicas e geométricas,
comparar formas, tamanhos e quantidade. Contudo, como a Ciências a
133
Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos V I
e V a.C. Com a civilização grega surgiram regras, princípios lógicos e
exatidão de resultados. Com os pitagóricos, na Grécia, ocorreram as
preocupações e importância da Matemática no ensino e na formação das
pessoas, buscando assim um instrumento que instigaria o pensamento do
homem. Por isso o ensino da Matemática, as interpretações e o
pensamento matemático, até hoje exercem influencias na prática docente.
As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século VI a.C., com os sofistas, considerados
profissionais do ensino. A Matemática ensinada se baseava nos
conhecimento de aritmética, geometria, música e astronomia. Com suas
metodologias, introduziram a Astronomia. Com suas metodologias,
introduziram uma educação com caráter de intelectualidade e valor
científico.
Por volta dos séculos IV a II a.C. o ensino de Matemática estava reduzido
a contar números inteiros, cardinais e ordinais. A Matemática no século I
a.C. se desdobrou nas disciplinas de Aritmética, Geometria, Música e
Astronomia.
No século V d.C. a Matemática tinha o objetivo de entender os cálculos do
calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. As produções
Matemáticas feitas pelos Hindus, Árabes, Persas e Chineses se
configuraram como importantes avanços no conhecimento algébrico.
Entre os séculos VIII e IX surgiram as escolas e a organização dos
sistemas de ensino.
Nos séculos X e XV, as discussões filosóficas nas universidades medievais
contribuíram para o desenvolvimento da Matemática especulativa.
No Brasil, na metade do século XVI, com a educação Jesuítica, a
matemática foi introduzida nos currículos da escola brasileira.
O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial, a
pesquisa matemática se direcionou então, a atender os processos de
industrialização.
No início do Século XIX, o ensino da Matemática se desdobrou em
Aritmética, Geometria, Álgebra e trigonometria. A Matemática escolar
134
demarcava programas de ensino da época, por ser a ciência que daria
base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.
Com a aprovação do Departamento Nacional de Ensino e da Associação
Brasileira de Educação, as disciplinas de Aritmética, Álgebra, Geometria
e Trigonometria foram unificadas surgindo assim à disciplina de
Matemática em 1928 a pedido de Euclides Roxo, baseado nas discussões
do Colégio Pedro II e das discussões internacionais.
Com o movimento da Escola Nova, as idéias do ensino da matemática
foram reformuladas, orientando assim um ensino com uma concepção
Empírica ativista, valorizando os processos de aprendizagem e o
envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa, atividades
lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.
Até o final dos anos de 1950, o ensino da Matemática no Brasil estava
baseado na tendência Formalista Clássica, nesta tendência a
aprendizagem era centrada no professor e no seu papel de transmissor e
expositor do conteúdo, através de desenvolvimentos teóricos em sala de
aula. O ensino era livresco e conteudista e a aprendizagem consistia na
memorização e na repetição precisa de raciocínios e procedimentos.
Após a década de 1950, a tendência Formalista Moderna, abordava o
ensino da Matemática centrado no professor que demonstrava os
conteúdos em sala de aula. Enfatizava-se o uso preciso da linguagem
Matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas
través das propriedades estruturais.
As produções de diversos materiais didáticos de Matemática e da prática
pedagógica de muitos professores no Brasil foram construídas nas
décadas de 1940 a 1980. Com o objetivo no desenvolvimento da
criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante
era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da
aprendizagem.
O regime militar brasileiro de 1964 oficializou a tendência pedagógica
Tecnicista, que afirma que a escola tinha a função de manter e estabilizar
o sistema de produção capitalista com o objetivo de preparar o indivíduo
para ser útil e servir ao sistema. O método de aprendizagem enfatizado
135
era memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as
habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de
resolução de problemas. A pedagogia Tecnicista não se centrava no
professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos
recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram organizados por
especialistas, muitas vezes em Kits de ensino, e ficavam disponíveis em
livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos, recursos audiovisuais e
computacionais.
A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir de 1960, 1970 e 1980
nela o conhecimento matemático resultava de ações interativas e
reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. O
Construtivismo dava ênfase ao processo e não ao produto do
conhecimento, valorizando a interação entre os estudantes e o professor,
o espaço de produção individual de cada um fazia acontecer à interação
das ações e reflexões realizadas coletivamente.
A tendência pedagógica Socioetnocultural valorizou os aspectos sócio-
culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica e prática na
Etnomatemática.
O conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático,
relativo, não universal e dinâmico, produzido histórico-culturalmente, nas
diferentes práticas sociais, podendo ser sistematizado ou não. A relação
professor-aluno era a dialógica.
A Tendência Histórico-Crítica concebia a Matemática como um saber
vivo, dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades
sociais e teóricas. Nesta tendência a aprendizagem efetiva da Matemática
consiste no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno
atribuir sentido e significado às idéias matemáticas e assim tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. O
papel do professor era de articular o processo de ensino e da
aprendizagem, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da
história e do cotidiano.
Com a aprovação da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, no
que diz respeito à oferta de disciplinas, foram criadas nas escolas,
136
disciplinas que são na verdade, campos de conhecimento da Matemática,
como a Geometria, Desenho Geométrico, e Álgebra, adequando o ensino
brasileiro às transformações do mundo do trabalho.
No início do Século XX o ensino da Matemática teve consciência da
necessidade de acontecer de forma a realizar análise, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.
No final da Década de 1980 e início de 1990, o Estado do Paraná fez um
movimento no sentido de produzir um documento de referencia curricular
para a sua rede pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática
sofre influência da tendência histórico-crítica contemplando que aprender
matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou
marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus
próprios instrumentos para resolver problemas, desenvolver o raciocínio
lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente sensível.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se
em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na
prática pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com relações
entre o ensino-aprendizagem e o conhecimento matemático.
O ensino de matemática contribui para as transformações sociais através
da socialização do conteúdo matemático, através de uma dimensão
política construída na própria relação entre o conteúdo matemático e a
forma de sua transmissão-assimilação.
A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos
que possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e
profissionalmente, refletir sobre sua prática, além de tornar-se um
educador matemático e pesquisador, que vivencia sua própria formação
continuada, fazendo acontecer sua ação docente, fundamentada numa
ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade
humana que se encontra em construção.
2-OBJETIVOS GERAIS:
137
O conhecimento matemático contribui para o desenvolvimento e
aprimoramento do processo de pensamento e aquisição de atitudes
formando no educando a capacidade e o hábito de investigação levando-o
a analisar, refletir e enfrentar a formação de uma visão ampla, profunda e
científica da realidade permitindo a aplicação dos conhecimentos
sistematizados em situações diversas e reais do seu dia-dia. Assim, a
Matemática tem como função desenvolver a consciência crítica,
provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a
interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos Conteúdos
Complementa
res
NUMEROS,
OPERAÇÕES.
E ALGEBRAS
- Sistema de numeração
Decimal e não decimal
-Números naturais e suas
representações
-Conjuntos numéricos:
Naturais, Inteiros, Racionais,
Irracionais e reais.
- As seis operações e suas
inversas: adição, subtração,
multiplicação, divisão,
potenciação e radiciação.
- Transformação de números
fracionários em números
decimais.
- Adição, subtração,
multiplicação, divisão de
frações por meio de
138
equivalência.
- Juros e porcentagens nos
seus diferentes processos de
cálculos: razão, proporção,
frações e decimais.
- Noção de variável e incógnita
e a possibilidade de calculo a
partir da substituição de letras
por valores numéricos
- Noções de
proporcionalidade; fração,
razão, proporção, semelhança
e diferença.
- Grandezas diretamente e
inversamente proporcionais.
- Equações, inequações e
sistemas de equações de
primeiro e segundo graus.
- Polinômios e os casos
notáveis.
- Produtos notáveis.
- Ângulos
- Fatoração
- Calculo do numero de
diagonais de um polígono
- Expressões numéricas
- Funções
- Trigonometria no triangulo
retângulo
139
GEOMETRIA
- Elementos da geometria
Euclidiana e noções de
geometria não Euclidiana.
- Classificação e nomenclatura
dos sólidos geométricos e
figuras planas.
- Construção e representações
no espaço e no plano.
- Planificação de sólidos
geométricos.
- Padrões entre bases, faces e
arestas de pirâmides e de
prismas.
- Condições de paralelismo e
perpendicularidade.
- Definição e construção de
baricentro, ortocentro,
incentro e circuncentro.
- Desenho geométrico com uso
de régua e compasso.
- Classificação de poliedros e
corpos redondos, polígonos e
círculos.
- Ângulos, polígonos e
circunferências.
- Classificação de triângulos.
- Representação cartesiana e
confecção de gráficos.
- Estudo de polígonos
encontrados a partir de
prismas e pirâmides.
- Interpretação geométrica de
equações, inequações e
140
sistemas de equações.
- Representação geométrica
dos produtos notáveis.
- Construção de polígonos
inscritos em circunferências.
- Circulo e cilindro.
- Noções de geometria
espacial.
MEDIDAS
- Organização do sistema
métrico decimal e do sistema
monetário.
- Transformações de unidades
de medidas de massa,
capacidade, comprimento e
tempo.
- Perímetro, área, volume,
unidades correspondentes e
aplicações na resolução de
problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas
relações.
- Ângulos e arcos: unidade,
fracionamento e calculo.
- Congruência e semelhança de
figuras planas: teorema de
Tales.
- Triangulo retângulo: relações
métricas e teorema de
Pitágoras.
- Triângulos quaisquer.
- Poliedros regulares e suas
141
relações métricas.
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e
descrição de dados.
- Leitura, interpretação e
representação de dados por
meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
- Gráficos de barra, colunas,
linhas poligonais e de curvas,
setores e histogramas.
- Noções de probabilidades.
- Medias, moda e mediana.
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
- Saúde
- Ética
- Meio Ambiente – Agenda 21
- Inclusão
- Religião e humanismo
- Cultura Afro-Brasileira
- Trabalho e consumo – Educação Fiscal
- Orientação sexual
- Educação no Campo, etc.
OBS: A ordem dos conteúdos é flexível de acordo com a realidade de
cada sala e turno. As metodologias poderão ser modificadas a fim de que
os objetivos propostos sejam alcançados. Será dada maior ênfase aos
conteúdos básicos.
Durante o ano todo serão trabalhados problemas práticos como
142
introdução de novos temas, como exercícios de fixação ou de
questionamentos de idéias, levando em consideração os temas
transversais.
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Ao iniciar o ano letivo, o professor fará uma sondagem da aprendizagem
com relação ás séries anteriores com o propósito de se verificar a que
nível encontra-se a classe. Após análise dos resultados e detectada
possível falha na assimilação de determinados conteúdos, faz-se
necessário que sejam retomados independente de qual série o problema é
localizado.
Pode-se adotar algumas maneiras para se alcançar satisfatoriamente a
aprendizagem, buscando atender às necessidades e especificidades de
cada educando (educação inclusiva) com a utilização de livros didáticos,
quadro de giz, relação de exercícios, pesquisa em biblioteca, resolução de
situações problemas, fitas de vídeo e Dvds, pesquisa de campo e também
podemos obter excelentes resultados com trabalhos em grupos ele
possibilita a interação sempre necessária enquanto promotora de
discussões que permitirá ao aluno conhecer as soluções dos outros
questioná-las, receber contra-argumentos, repensar sua linha de
raciocínio, o professor como mediador e auxiliador nas verificações das
soluções apresentadas. Outra maneira que pode fornecer argumentos que
favoreça a aprendizagem são os jogos didáticos que são aspectos lúdicos
e é uma técnica facilitadora a elaboração de conceitos, desde que
acompanhada de subsídios para a interpretação do jogo. O material
dourado também é um facilitador, pode-se utilizá-lo na descoberta de
áreas, volumes, formas, etc. Além das propostas acima mencionadas,
existem inúmeras maneiras para despertar o senso crítico e assimilação
da aprendizagem da Matemática, dentre elas destacamos leitura sobre a
história da Matemática, tabelas e gráficos.
É importante estarmos atentos porque nossa metodologia deve atender à
diversidade cultural, intelectual e de nível de aprendizagem, por isso é
143
necessário contemplar maneiras diferenciadas a aqueles que apresentam
maior grau de dificuldade na assimilação dos conteúdos. Para tanto o
professor precisa ser coerente e preparado para fornecer subsídios que
sanem tais deficiências ou que possa amenizar o distanciamento de
acordo com cada nível apresentado.
A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos
que possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e
profissionalmente, refletir sobre sua prática. Além de tornar-se um
educador matemático e pesquisador, que vivencie sua própria formação
continuada, fazendo acontecer sua ação docente, fundamentada numa
ação reflexiva, que concebe a Ciência Matemática como uma atividade
humana que se encontra em construção.
Na construção do processo de ensino e aprendizagem o aluno deve ser o
agente de transformação e da construção do seu conhecimento, pelas
relações que estabelece com seu conhecimento prévio num contexto,
oportunizando a fixação e automação de elementos já dominados, onde os
procedimentos utilizados pelo professor em sala de aula devem propiciar
condições para que o aluno dê significado ao conteúdo e seja capaz de
fazer conexões entre os diferentes temas matemáticos e também entre
estes e as demais áreas do conhecimento e as situações do cotidiano.
Também é fato que as calculadoras, computadores e outros elementos
tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da
população. O uso desses recursos traz significativas contribuições para o
processo ensino aprendizagem.
Os conteúdos deverão ser retomados constantemente, ora com
desenvolvimento de conceitos aritméticos, ora como desenvolvimento dos
conceitos geométricos, relacionando-os sempre entre si e aprofundando
os assuntos de acordo com a condição de educando e a própria
necessidade do conteúdo abordado. Ressaltamos ainda que todos os
recursos utilizados não podem perder de vista a relação na
contextualização teoria/prática com o real do cotidiano.
5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
144
A avaliação se dará ao longo do processo do ensino, fazendo com que o
educando compreenda o ambiente natural em que vive, tanto no social,
cultural, político, tecnológico, artes e valores em que se fundamenta a
sociedade. O aluno deverá compreender e se apropriar da Matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos e procedimentos,
considerando seu espaço, seu momento, suas possibilidades, limitações
como forma de promover o maior aproveitamento das potencialidades do
mesmo em busca do verdadeiro aprender (educação Inclusiva),
considerando sempre a diversidade existente em cada momento e espaço
no qual o educando está inserido.
Concorda-se com D Ambrósio, que a “avaliação deve ser uma orientação
para o professor na condução de sua prática docente e jamais um
instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus
esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar,
filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão
do educador”. (2001 p.78).
A avaliação dentro da disciplina será organizada de maneira contínua e
diagnóstica, sendo realizada de diversas formas, tais como: escrita, oral,
trabalhos e pesquisas, tarefas de casa, participação das atividades em
sala...
Todos esses critérios fornecerão ao professor argumentos capazes de se
verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos em relação ao
aluno, permitindo que os mesmos possam evidenciar seus próprios erros
e corrigi-los posteriormente.
Todas as atividades devem respeitar as potencialidades dos educandos e
“cobrar” o que é essencial para o raciocínio matemático, mas em
momento algum deixar de dar oportunidades aos que têm habilidades a
fim de que possam desenvolvê-las o máximo possível.
145
6- BIBLIOGRAFIA:
- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares de
Matemática – Ensino Fundamental – Versão Preliminar – SEED –PR,
Julho/2006;
- ________________________________________- Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná;
- SOUZA, Maria Helena de – Matemática – Livro do Professor – 4O.
Volume – 5a. a 8a. Séries – São Paulo – Ed. Atica – 2003;
- ASSIS, Miguel Name – Tempo de Matemática – Editora Brasil S/A.
1996 Guarulhos SP.
- MARTINS, Izolini, MIRANDA, Cléria Maria Lima, ANZZOLIN, Diair
Terezinha Andrade, MELÃO, Vera Lúcia Soares, WALDEREZ –
Matemática – Editora: Construindo o Conhecimento, 2ª Edição, 2002;
- MATSUBARA & ZANIRATTO – Coleção Big Matemática, Editora IBEP,
2ª Edição SP, 2002;
- BARBOSA, J.C. Modelagem Matemática e os professores: a questão da
formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, 2001.
- D`AMBROSIO, U. Etnomatematica- Arte ou técnica de explicar e
conhecer. São Paulo. Atica, 1998.
- DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da
Matemática.
In : DUARTE , N. ; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São
Paulo: Cortez, 1987. P. 15.
- MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como
intersubjetividade.
146
In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987.
P. 13-44.
- PONTES, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na
construção de conceitos. 2004.
- VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3ªed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
- CADERNOS TEMÁTICOS – História e Cultura – Afro-Brasileira e
Africana;
- CADERNOS TEMÁTICOS - Educação do Campo.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Pode-se considerar como marco inicial do ensino de língua estrangeira no
Brasil a chegada dos jesuítas, que ensinavam a língua portuguesa, com
caráter de segunda língua, aos nativos como forma de propagação e
expansão da religião católica.
Somente com a vinda da Família Real e a criação do Colégio D. Pedro II
no Rio de Janeiro é que se dá a devida importância às línguas
estrangeiras, chegando a períodos onde se ensinavam três ou quatro
diferentes. No entanto, com o passar dos anos foi restrita à oferta de
apenas uma língua a partir de 1996.
Na escolha dessa segunda língua ofertada há que se considerarem as
necessidades dos educandos a que se destina o que faz com que o
147
espanhol, a primeira vista, possa parecer mais necessário às
comunidades ucranianas, por exemplo.
Contudo é inegável que a língua inglesa é indispensável e insubstituível
em razão da própria situação social, econômica e política da sociedade
contemporânea.
Em tempos de globalização e capitalismo crescente a língua inglesa é o
instrumento mor nesse processo de adequação dos indivíduos à condição
de cidadãos do mundo e como tais possam compreender e ser
compreendidos na expressão de questões que afetam pessoas de
diferentes lugares e que partilham interesses comuns.
Paralelo aos fins de progressão no trabalho e estudos posteriores, a
língua estrangeira possibilita experiências de identificação social e
cultural e não somente um instrumento de comunicação.
Uma vez que é na língua que percebemos e entendemos a realidade, a
percepção do mundo está vinculada às línguas que se conhece, e assim a
comparação entre os modos de construção de significados na língua
materna e na LEM amplia e expande os horizontes e as capacidades
interpretativas e cognitivas dos alunos.
Cabe, portanto, ao professor expor os alunos a valores e significados de
diferentes culturas, questionando concepções e práticas de linguagem e
levando-os, com isso, a desenvolver atitudes transformadoras e críticas.
A reflexão crítica e ideológica acerca dos decursos que circula em língua
inglesa, somente é possível mediante o contato com textos, por meio da
leitura. Do mesmo modo, a produção de um texto, uma ‘contra-palavra’,
se faz sempre a partir do contato com outros textos.
Os alunos, têm a possibilidade de constatar e vivenciar criticamente a
diversidade cultural, problemas tirando as tensões advindas dessas
diferenças, sem perder a sua identidade local, embora elas sejam
produtivamente transformadas por tal contato.
É válido ressaltar a importância do ensino de língua inglesa como suporte
para estudos futuros, crescimento profissional, conhecimento de outras
culturas e valorização da própria cultura.
148
2-OBJETIVOS DO LEM:
As aulas de língua estrangeiras configuram espaços nos quais as
identidades são construídas conforme as intervenções entre professores e
alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam.
No dia-a-dia, objetiva-se que os alunos analisem as questões da nova
ordem global, suas implicações e que desenvolvam uma consciência
crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.
Busca, ainda o conceito de que ensinar língua estrangeira na escola não é
apenas o lingüístico.
3-OBJETIVOS GERAIS :
Levar o aluno a ultrapassar limites do ponto em que se encontra, é um
idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje. E deve
ser encarado como um conhecimento em constante transformação, é
dinâmico devendo desenvolver-se e incorporar-se ao dia-a-dia, visto ser
básico para o convívio social.
Desenvolver múltiplas funções como: interpretação de textos próximos à
realidade do aluno, com temas de interesse de sua faixa etária, que é
levado a examinar o próprio universo, conscientizando-o dos
conhecimentos de língua estrangeira que já possui como participante de
um mundo globalizado; o aluno adquire condições de reconhecer a
influência e a importância da LEM em todos os aspectos do cotidiano.
Priorizar a formação da cidadania como forma de intensificar a
participação na sociedade, pois a comunicação é necessária, porém não
basta o domínio da língua materna, a segunda língua faz-se cada vez mais
necessária.
Promover de forma intensificada o acesso mais igualitário ao mundo
acadêmico, dos negócios e da tecnologia. Também passando a reconhecer
a presença do idioma inglês nas diversas regiões do mundo.
149
Trabalhar com materiais variados que envolvam a cultura-afro, agenda 21
e inclusão, tanto na escrita como na oralidade para melhor reflexão sobre
os temas.
4- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O DISCURSO
São conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se constituem em
partes importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de
cada uma das áreas de uma disciplina. São entendidos como os saberes
mais amplos da disciplina e que pode ser desdobrados nos conteúdos que
fazem parte de um corpo estruturado de conhecimentos construídos e
acumulados historicamente.
Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo
“conteúdo” não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações
destinados aos alunos, para que estes conheçam, memorizem,
compreendam, apliquem, relacionem etc. O valor é atribuído ao
conhecimento no âmbito de uma cultura particular de um determinado
momento histórico.
O Conteúdo Estruturante não deve ser entendidos como isolados entre si,
estanques e sem comunicação. São na verdade, dimensão disciplinar da
realidade e como tal, cada um dialoga e relaciona-se continuamente com
os outros. O conteúdo estruturante será aquele que trata de forma
dinâmica – o discurso enquanto prática social – efetivado por meio das
práticas discursivas as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Eles se fundamentam em quatro práticas fundamentais: falar, escrever,
ler e compreender auditivamente.
Tais práticas podem ser trabalhadas ou podem simultaneamente ou
podem enfatizar uma ou duas delas dependendo do discurso (verbal-oral/
escrito ou não verbal de forma que o aluno interaja).
5- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
150
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, será o ponto de partida da
aula de língua estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos
lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Serão trabalhados em sala de aula gêneros discursivos que constituem a
variada gama de práticas sociais; valores ideológicos, sociais e verbais que
envolvem o discurso em um discurso sócio-histórico particular através de:
textos científicos, fabulas, lendas, anedotas, parlendas, parodias, poéticos,
narrativos, de opinião não – verbal,e outros textos que envolvam os
conteúdos complementares como: cultura-afro, agenda 21, inclusão,
meio ambiente, educação no campo e tecnologia..
A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida,
sobretudo ao aproveitar o conhecimento que o aluno já tem das suas
experiências com a língua materna, é imprescindível que as práticas de
leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio – cultural.
6- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A metodologia proposta tem por base o uso da linguagem na
comunicação, envolve o conhecimento e a capacidade de usar o mesmo
para a construção social dos significados na compreensão e produção oral
e escrita. O texto apresenta-se como um espaço para discussão de
temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,
manifestados por um pensar e agir crítico, por uma prática cidadã
imbuída de respeito as diferentes culturas, crenças e valores. O texto
nesta proposta apresenta-se como princípio gerado de unidades
temáticas e de desenvolvimento de práticas lingüístico-discursiva. Para
tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes á questões
sociais emergentes, utilizando-se de metodologias que permitam o efetivo
envolvimento e desenvolvimento da consciência cidadã. Valorizando
também a utilização de recursos visuais para o auxílio do trabalho
pedagógico em sala, neste caso os alunos com dificuldades auditivas
151
terão possibilidades de participar das aulas na medida em que ela se
configura como espaços nos quais os diversos sentidos são mobilizados
para a aprendizagem de língua: visuais, orais, e cognitivas. O enfoque dos
conteúdos será na utilização de estratégias que ajudarão o aluno a
construir significados via LEM, uma vez que enfatiza o engajamento
discursivo do aluno ao proporcionar a aprendizagem por meio de
aprender como usá-la. Será então preciso utilizar o material didático
disponível na prática pedagógica: livros didáticos, dicionários, livros
paradidáticos, vídeos, DVDS, fitas de áudio, CD Roms, internet.
Os conteúdos complementares serão trabalhados de forma
interdisciplinar, inseridos nos conteúdos com flexibilidade. Eles
proporcionam reflexões sobre as questões de natureza social, com o
objetivo de formar a consciência crítica e despertar a cidadania do aluno,
e devem ser apropriados a cada faixa etária.
Os conteúdos devem ser, gêneros textuais; percepção do conteúdo,
interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representáveis,
intencionalidade, valor estético e condições de produção; elementos
coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual,
encadeamento das idéias e coerência do texto; variedades lingüísticas:
diferentes registros e graus de formalidade; diversidade cultural: interna
e externa, ou seja, entre as comunidades de língua estrangeira e ou as de
língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;
conhecimento lingüístico: ortografia, fonética e fonologia, elementos
gramaticais.
Os aspectos lingüísticos deverão ser trabalhados de acordo com o grau de
conhecimento dos alunos, e será voltado para a intenção verbal, cujo a
finalidade e o uso efetivo da linguagem e não a memorização de
conceitos, no ato de seleção de textos, propõe-se analisar os elementos
lingüísticos, discursivos nela presente, mais de forma que não seja
levados em conta apenas objetivos de natureza lingüística, mas sobre
tudo fins educativos.
Em literatura, a reflexão sobre ideologia e a construção da realidade
fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e
152
dinâmico, independente do contexto e das relações de poder. Assim em
textos literários, deve-se propor atividades que colaborem para que ele
análise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em
um determinado contexto sócio cultural.
A literatura esta relacionada a história e as tradições culturais de uma
comunidade.
7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem de LEM precisa superar a concepção de
mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que ela
se configura como processual, e como tal, objetiva subsidiar discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos a partir de suas
produções, no processo de ensino aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,
considerando que o engajamento discursivo em sala de aula se realiza por
meio da interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas:
entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação dos
alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na
Língua estrangeira estudada; e no próprio uso da língua, que funciona
como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de pensamentos
e idéias. ( Vygotsky, 1989).
O objetivo principal da avaliação é verificar se aluno foi efetivamente
exposto a interação com os discursos em língua estrangeira, uma vez que
a avaliação nos possibilita um diagnostico para indicar quais os pontos a
serem mais amplamente aprofundados com relação aos conhecimentos
lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou cultural e as praticas-
leitura, escrita e oralidade.
Nesse sentido, durante o processo de ensino e aprendizagem ao se
detectar alunos que apresentem rendimento abaixo do nível esperado,
será ofertado a Recuperação Paralela, através de trabalhos e avaliações.
153
6-BIBLIOGRAFIA:
MARQUES, Amadeu, Basic English. São Paulo, Ática, 2002.
ROCHA, Analuiza Machado, Take Your Time/Analuiza Machado Rocha,
Zuleica Águeda
Ferrari.- 3. ed. Reform. – São Paulo: Moderna, 2004.
BERTOLIN, Rafael, Apostila de Língua Inglesa – IBEP.- São Paulo, 2000.
ROSSETTO, Eurides, Together teacher’s book. 3. ed.Pato Branco, PR: 96
p. Ilust.
MORINO, Eliete Canesi, Start Up / Eliete Canesi Morino, Morino, Rita
Brugin de Faria.- 1. ed. São Paulo: Atica, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná-SEED-PR, Julho 2006.
SIQUEIRA, Rute, Magic Reading, 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
WATKINS, Michael, Gramática da Língua Inglesa / Michael Watkins,
Timothy Porter.- 1. ed. São Paulo: Ática, 2002.
154