PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL … · Mário Quintana. IBAITI- PARANÁ 2011 1 ......
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOCOLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
O que mata um jardim não é o abandono... O que mata um jardim é esse olhar vazio. De quem por ele passa indiferente.
Mário Quintana.
IBAITI- PARANÁ2011
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Sumário
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................6
2. Identificação da Colégio..............................................................................................................8
2.1 Histórico da Escola...........................................................................................................................9
2.2 Biografia do Patrono......................................................................................................................11
II. MARCO SITUACIONAL........................................................................................................12
1. Descrição da Realidade.............................................................................................................14
2. Caracterização do atendimento:.................................................................................................15
2.1 Ensino Fundamental......................................................................................................................15
2.2 Ensino Médio.................................................................................................................................15
2.3 Atividades Complementares...........................................................................................................18
2.3.1 Sala de Apoio Língua Portuguesa e Matemática..........................................................................18
2.3.2 Atividades Complementares – Projeto Vivendo o Esporte..........................................................18
2.3.3 Atividades Complementares - Jogando Xadrez..........................................................................18
2.3.4 Hora treinamento - Projeto de Atletismo Hora Treinamento......................................................19
3. Organização espaço físico, administrativo/pedagógico:............................................................20
3.1 Ambientes Pedagógicos:.................................................................................................................20
3.1.1 Biblioteca: .............................................................................................................................20
3.1.2 Salas de Aula:.........................................................................................................................20
3.1.3 Pátio Coberto:........................................................................................................................21
3.1.4 Quadra Poliesportiva :............................................................................................................21
3.1.5 Laboratório de Informática:....................................................................................................21
3.1.6 Recursos Audiovisuais:.........................................................................................................22
3.2 Recursos Materiais:........................................................................................................................22
3.3 Recursos Físicos:............................................................................................................................23
3.4 Recursos Humanos.........................................................................................................................24
4. Formação Inicial........................................................................................................................26
4.1 Índice de Aproveitamento Escolar.................................................................................................29
5. Formação Continuada dos profissionais da Educação: ............................................................31
6. Relação entre os Profissionais e os Discentes...........................................................................32
7.Critérios de Organização das Turmas.........................................................................................32
8. Organização da Hora Atividade.................................................................................................32
2
9.Organização da Entidade Escolar como um todo.......................................................................33
10. Identificação dos Problemas da Gestão Escolar......................................................................34
11. Aprendizagem..........................................................................................................................35
12. Participação dos pais................................................................................................................36
III. MARCO CONCEITUAL........................................................................................................37
1. Princípios Norteadores da Educação Básica..............................................................................38
2. Princípios Norteadores da Ação Pedagógica.............................................................................39
3. Concepção de Educação:...........................................................................................................41
4. Concepção de Homem:..............................................................................................................43
5. Concepção de Mundo:...............................................................................................................43
6. Concepção de Avaliação:...........................................................................................................44
7. Concepção e Princípios da Gestão Democrática:......................................................................46
8. Concepção de Tecnologia:.........................................................................................................48
9. Concepção de Cidadania:...........................................................................................................49
10. Concepção Curricular..............................................................................................................50
11. Concepção de Ensino-Aprendizagem:.....................................................................................52
12. Concepção de Conhecimento:.................................................................................................53
13. Concepção de Cultura:.............................................................................................................54
14. Concepção de Formação Continuada:.....................................................................................54
IV. MARCO OPERACIONAL.....................................................................................................56
1. Instâncias Colegiadas.................................................................................................................58
1.1. Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)....................................................................59
1.2. Conselho Escolar...........................................................................................................................63
1.3. O Conselho de Classe....................................................................................................................63
1.4 Grêmio Estudantil...........................................................................................................................66
2. Sistema de Avaliação da Educação e da Escola........................................................................66
3. Ações de Enfrentamento à Evasão Escolar................................................................................71
3
4. Ações de Enfrentamento às Drogas...........................................................................................73
5. Violência e a Indisciplina na Escola..........................................................................................74
6. Orientação sobre a gravidez na adolescência ...........................................................................74
7. Dia da Consciência Negra .........................................................................................................75
8. Ações que envolvam a escola e outras instituições ou instâncias..............................................75
9. Sala de Apoio L. Portuguesa Matemática..................................................................................75
10. Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH)................................76
11. O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e a História do Paraná ;..............76
12 . Educação Ambiental...............................................................................................................79
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA .....................................................................87
DISCIPLINA DE ARTE...............................................................................................................87
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA ....................................................................95
DISCIPLINA DE BIOLOGIA.......................................................................................................95
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA. .102
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA....................................................................113
DISCIPLINA DE FILOSOFIA...................................................................................................113
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA ...................................................................119
DISCIPLINA DE FÍSICA...........................................................................................................119
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA....................................................................132
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA.................................................................................................132
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA...................141
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE L. PORTUGUESA.......152
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA...........164
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA....................173
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA.............179
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
4
MODERNA.................................................................................................................................187
ANEXOS.....................................................................................................................................193
1. Matriz Curricular do Ensino Fundamental......................................................................................193
2. Matriz Curricular do Ensino Médio................................................................................................194
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico é um espaço de construção de propostas
inovadoras, criando e definindo políticas de uma educação transformadora e de gestão
democrática.
Conforme o artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – Lei 9394/96, “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar
sua proposta pedagógica”. Assim também, respectivamente, os artigos 13 e 14, inciso I
trazem que os docentes incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta
pedagógica do estabelecimento a que pertencem e que os sistemas de ensino
deverão garantir essa participação.
Entretanto, a elaboração da proposta pedagógica da escola deve contar a
participação de todas as instâncias da comunidade escolar (professores, diretor,
pedagogos, funcionários, alunos, pais e comunidade), devendo, gerir, planejar,
coordenar e avaliar a dinâmica da Escola diante da realidade atual, através de
decisões coletivas, frente às necessidades de transformações, procurando ampliar o
debate político acerca das práticas sociais e culturais, desmascarando relações
autoritárias, assegurando possibilidades democráticas de socialização do saber,
visando a qualidade da aprendizagem para todos, visto ser esta uma condição
necessária ao exercício da cidadania.
No decorrer do processo de construção do Projeto Político-Pedagógico
são considerados momentos interligados e permeados pela avaliação: o da concepção,
o da análise e o da execução. Para isso é necessário o reconhecimento da história do
estabelecimento e a relevância de sua contribuição para, através de uma autocrítica,
busca novas formas de organização do trabalho pedagógico, reduzindo a fragmentação
o individualismo e o controle hierárquico.
Desse modo, por intermédio da participação coletiva, a construção do
Projeto Político-Pedagógico irá revelar e explicitar as reflexões acerca das dimensões
políticas, filosóficas, sociológicas, antropológicas, psicológicas e pedagógicas da
educação, visando a compreensão das contradições, limites e possibilidades de seu
colegiado, sob forma de registro documental.
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O Projeto Político-Pedagógico revelará ainda, a dinâmica do processo de
construção coletiva evidenciando o referencial teórico em três atos distintos, porém
interdependentes:
a) Marco Situacional - que explicita problemas e necessidades diante do mundo com o
levantamento de dados sobre a escola e a realidade do país, do estado, do município.
A análise dos dados – diagnóstico - evidencia os problemas, os conflitos e
contradições presentes na realidade social da escola.
b) Marco Conceitual – utopia - Análise das políticas públicas e suas contradições sobre
a organização dos saberes necessários à emancipação social, política, cultural e
econômica dos educandos e, ainda, explicitação da filosofia, dos objetivos, dos
princípios norteadores e dos fins educativos da escola.
c) Marco Operacional – grandes linhas de ação - Apresenta as ações comprometidas
com a transformação da realidade educacional e social, formação continuada,
educação, qualificação dos espaços, dos equipamentos e da gestão democrática.
Diante disso, por se tratar de um momento de síntese, integração,
organização e construção, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico propicia
instrumentos para um trabalho coletivo em busca de soluções aos problemas
enfrentados pela instituição escolar.
Fica claro, portanto, ao elaborar e executar sua proposta pedagógica por
intermédio do Projeto Político-Pedagógico, que a escola estará repensando,
reorganizando, e provendo um futuro diferente do presente, eliminando a
competitividade, o corporativismo e o autoritarismo que ainda possam existir na
instituição de ensino, para que esta possa partir em busca de uma educação de
qualidade.
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2. IDENTIFICAÇÃO DA COLÉGIO
O Colégio Estadual Julio Farah - EFM, seguinte endereço:
Rua: Benedito Rodrigues Marques, nº 934
CEP 84.900 - 000 Fone: (43) 3546-1079
Vila Hilda Guarniere Watffe.
e-mail: [email protected]
Código: 00046
Município: Ibaiti – Código: 0980
Dependência Administrativa Estadual e pertence ao NRE de Ibaiti.
Código: 032.
PORTE: 02
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA
ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA
RESOLUÇÃO Nº 2442 DE 1/11/1976
ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA
RESOLUÇÃO Nº 5550/93 DE 03/11/1993
ATO DE RENOVAÇÃO DO RECONHECIMENTO DA ESCOLA
RESOLUÇÃO Nº 1551/0 D. O E. 23/06/03
ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR Nº 51/01
DISTANCIA DA ESCOLA DO N. R.E. – 1.500 MS.
LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA: JARDIM HILDA GUARNIERI WATFFE.
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2.1 Histórico da Escola
A fim de atender à necessidade de um campo de experiência onde os
alunos e professores da Escola Normal Colegial Estadual “Ney Braga” pudessem
colocar em práticas aulas teóricas de Didáticas e Prática de Ensino, bem como levar a
efeito estágio de professorandos, foi fundada em 21 de janeiro de 1967, através de
Decreto nº 29.665/67, a Escola de Aplicação Julio Farah, anexo a Escola Normal
Colegial Estadual Ney Braga.
Foi designada para assumir a direção da Escola recém-fundada,
através da Portaria nº 5579/67 de 26/04/67, cargo que já ocupava interinamente desde
fevereiro de 1967 a professora Maria Dolores Martinez Dib.
Para compor o corpo docente da Escola, foram convidados Iara Maria
Franklin Gonçalves, Egle Fernandes Leal, Neide Baby, Roseli Schena, Célia Aparecida
da Silva, Eunice Chueiri Cattai, Abelita Araújo Leite e Valderez Rosalina Darim Chueiri,
Sendo que já lecionavam na Escola desde 1º de março de 1967, data em que
iniciaram as aulas.
Ficou determinado que as professoras: Egle Fernandes Leal e Roseli
Schena assumiriam internamente os cargos de Secretária e Orientadora
respectivamente.
As classes compunham-se de 30 alunos cada, devidamente separados
por idade, perfazendo um total de 150 alunos.
De 1º de março de 1967 até 1º de março de 1973, funcionou a Escola
no prédio do Ginásio Estadual Antonio Martins de Mello, passando então as instalações
alugadas do Ipê Clube de Ibaiti, através de um contrato anual.
1976 – através do Decreto Governamental nº 2442/76, de 26/10/76,
passou a denominar-se Escola Julio Farah - Ensino de 1º Grau.
Funcionando precariamente nas instalações alugadas do Ipê Clube, a
Escola necessitava de um prédio próprio para desenvolver suas atividades.
Cientes dessa grande necessidade, os professores da Escola
solicitaram uma entrevista com o então Prefeito Senhor Levi Rosa dos Santos, pedindo
então o empenho para conseguir verba junto aos órgãos estaduais para adquirir o
terreno e a consequente construção do prédio.
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Após muita luta foi conseguido o terreno na rua Benedito Rodrigues
Marques com a travessa rua Rio Grande do Sul, Jardim Hilda Guarnieri Wattfe.
1979 – no dia 10 de março foi inaugurado o prédio escolar próprio
contendo 06 salas de aula .
Em 16/03/79 – Mudança da escola do Ipê Clube para o prédio próprio.
Em 19/03/79 – 1º dia de aula no prédio da escola.
Em 1983 – a partir de 08/03/83, através da resolução nº 736-86 passa
a denominar-se Escola Estadual Julio Farah - Ensino de 1º Grau.
Em 1990 – através da resolução nº 3632/89 fica autorizado o
funcionamento das quatro últimas séries do 1º Grau período noturno na Escola
Estadual Julio Farah - Ensino de 1º Grau.
Em 1992 – Municipalização de 1ª/4ª séries.
Em 13/03/92 separou-se a escola escola de 1ª a 4ª, ficando a Escola
Estadual Julio Farah -Ensino de 1º Grau.
Em 1998 – A Escola Estadual Julio Farah - Ensino de 1º Grau, passou
a denominar-se Estadual Julio Farah - Ensino Fundamental conforme Resolução
Secretarial nº 3.120/98 D.O.E. 5332 de 11/09/98.
Em 2000 foi construída a quadra poliesportiva.
Em 2002 foram construída mais 02 salas de aulas, perfazendo um total
de 08 salas, este número de salas é o que existe atualmente.
Em 2006, a Escola passou por uma reforma completa, quadra
poliespotiva foi coberta e também foi instalado o Laboratório de Informática.
Em 2007, deixou de ser escola, pois com abertura do curso de ensino
médio, passa a ser nominado Colégio Estadual Julio Farah – Ensino Fundamental e
Médio.
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2.2 Biografia do Patrono
Aos 17 dias do mês de maio de 1.915, nascia na cidade de Paranaguá
um menino que recebeu o nome de Julio Farah, filho de Abraão Farah e Dona Hafisa
Elache Farah. Os tempos passaram e esse mesmo tempo fez deste menino um
homem, que marcou época na história de Ibaiti.
Foi o primeiro (1º) Prefeito Municipal de Ibaiti, no período de 1.947 a
1.951. Durante a sua gestão abriu as estradas do Caratuva, Ribeirão do Pinhal e
retificou totalmente a estrada para Euzébio de Oliveira.
Conseguiu para o município de Ibaiti, a doação de terras circunvizinhas
à cidade que pertenciam ao Governo Federal. Seu projeto foi apresentado ao senado
pelo Senador Arthur Santos e obteve aprovação. Este foi o principal fator de apoio do
progresso de Ibaiti.
Como deputado Estadual, apresentou um projeto de lei, criado o 16º
Distrito Rodoviário do DER em Ibaiti, aprovado pela Assembléia.
Ocupou ainda os seguintes cargos:
- Prefeito Municipal de Ribeirão do Pinhal;
- Secretário do Interior e Justiça;
- Juiz Substituto do Tribunal de Contas do Paraná.
Faleceu no dia 28 de setembro de 1965, em Curitiba num desastre
aéreo, quando voltava de Ribeirão do Pinhal, onde desempenhava missão Diplomática
.
Pessoa de bom sentimento e legitimo defensor dos interesses de nossa
cidade, merece todas as homenagens que postumamente lhe prestamos.
Sua vida passou com o tempo, mas sua lembrança não passará, ficará
eternamente no coração do povo Ibaitiense, que lhe devota preito de gratidão.
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II. MARCO SITUACIONAL
O Brasil não poderia ficar a margem da história mundial e das suas
consequências, nem sempre positivas, desse processo cujo modelo sócio-econômico é
representado pelo crescente nmero de excluídos e pela contínua concentração de
renda. A educação, sempre considerada como prioridade pelos órgãos
governamentais, continua sendo elitista, onde os menos favorecidos lutam por uma
escola pública mais eficiente. Uma educação que leva ao individualismo egoísta, e a
concorrência sem limites. O ser humano fica assim, reduzido a um mero instrumento de
produção, consumo e prazer. As mercadorias, o dinheiro, o erotismo e a exploração
das emoções fortes valem mais do que a pessoa e seus valores.
Nesse panorama, porém a ciência e a tecnologia tiveram avanços
significativos, revolucionando a produção, o próprio ambiente escolar e o
comportamento das pessoas, internet, telefonia celular e outros meios de comunicação
que oferecem ao homem comodidade, segurança e precisão, com tudo isso poderia
supor uma grande melhoria de vida, mas sabemos que isto só ocorre com uma
pequena parcela da sociedade, justamente com a minoria mais sintonizada com a
lógica do mercado.
Mas nessa conjuntura pouco humanizante; há um aspecto bastante
animador: nunca se viu na história do Brasil e do mundo tanta campanha em prol dos
menos favorecidos. Parece que o mundo todo está saturado de guerra e de corrupção,
de integralismos gratuitos, de injustiças gritantes, de continuísmos políticos. Em meio
aquele que se despiram dos valores morais e religiosos, adotando todo tipo de
materialismo, nunca faltam os que ainda são regidos pelas Leis de Deus, da bondade e
da solidariedade. E como é da própria essência do ser humano, a vontade de mudar
está sempre presente e atuante, passando pela solidariedade, pela mundialização dos
direitos humanos, pela democracia e pela cultura da paz.
Baseados em VEIGA, existem vários caminhos para a construção do
Projeto Político Pedagógico. Enfatizam-se aqui os movimentos de construção deste
Projeto marcado pôr três atos bem distintos, porém interdependentes.
Neste sentido nos referimos ao Ato Situacional, falamos da realidade
na qual desenvolvemos nossa ação, isto é, de nossa realidade sócio-política,
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econômica, educacional e ocupacional.
Quando indagamos: Como compreendemos a sociedade atual? Qual a
realidade de nossa escola em termos legais, históricos, pedagógico, financeiros,
administrativos, físicos, materiais e de recursos humanos? Qual é a população alvo da
escola?
Estes questionamentos nós levam além da percepção imediata, coloca-
nos frente aos conflitos e as contradições que fazem parte da prática pedagógica;
Através da leitura e discussão do fragmento textual da Pedagogia da
Autonomia, FREIRE, 1996, identificamo-nos com os mesmos, pois ofertamos um
ensino para uma classe menos favorecida, no entanto, possuidora das mesmas
capacidades intelectuais dos demais alunos, e ainda embasados no mesmo, que diz:
“o pobre sabe, mas nem sempre sabe que sabe. E quando aprende é capaz de
expressões como esta que ouvi da boca de um senhor alfabetizado aos 60 anos :”
Agora sei quanta coisa não sei”. ( ...)
Graças ao seu método de alfabetização, eles aprenderam que “ Ivo viu a uva” e que a uva que Ivo viu e não comprou é cara, pôr que os pais não dispõe de política agrícola adequada e nem permite que todos tenham acesso à alimentação básica. Ao longo das últimas quatro décadas seus foram emergindo da esfera da ingenuidade para a esfera da critica: Convencidos pelo senhor de que são igualmente capazes, eles foram progressivamente ocupando espaço na vida política brasileira. Como militantes das CEBs, do PT, do MST e de tantos outros movimentos. Pôr este novo Brasil, Muito obrigado professor Paulo Freire”. Frei Beto. VEIGA, 1995.
Toda prática pedagógica precisa e deve propiciar alternativas que
encaminhem o educando a pensar, jugar, observar e levantar hipóteses sobre os
conhecimentos recebidos. Isso nos a leva questionar, o trabalho que desenvolvemos
no dia a dia em sala de aula, se está contribuindo para formar tipo de homem, mundo
e sociedade. Então é fundamental discutir e refletir sobre o que e como estamos
ensinando e qual a importância ou relevância desses conteúdos para a formação de
nossos alunos na compreensão de mundo. Só assim podemos planejar nossas ações
com mais clareza do ponto de partida e de chegada. Para avançar a nossa prática
pedagógica, é fundamental conhecermos o grupo que vamos trabalhar, pois só assim
podemos definir com clareza as melhores estratégias, métodos e materiais a serem
utilizados em nossa prática pedagógica.
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1. Descrição da Realidade
O Município de Ibaiti, conta atualmente com uma população em torno
de 28.600 habitantes, e a comunidade escolar na qual o Colégio Estadual Julio Farah
está inserida é formada de níveis sócio-cultural e econômico por pessoas carentes,
devido à escola estar inserida na parte periférica da cidade, onde a população é quase
na sua totalidade bóias-frias, e muitas pessoas e passam a maior parte do tempo
desempregadas.
A comunidade escolar por parte dos pais, muitos são analfabetos ou
analfabetos funcionais, dificultando sobremaneira o trabalho desenvolvido pela escola,
pois a grande maioria não tem perspectiva de melhora para o trabalho e conta com a
bolsa família e ajuda da assistência social.
A maioria mora no Bairro 25 em barracos e são trabalhadores volantes,
saindo de madrugada para trabalhar e só retornando para suas casas à noite, onde os
filhos ficam sozinhos, não frequentando as aulas como deveriam. Temos problemas
com alunos que faltam na escola para trabalhar ajudando na renda familiar.
A Evasão é um dos sérios problemas enfrentados pelo colégio, que tem
como principal fator a mudança constante dos pais em busca de condições melhores
de trabalho, situação sócio econômica e cultural destacando a falta de interesse dos
pais na vida escolar dos filhos.
É uma preocupação constante da Equipe Técnico Pedagógica e Corpo
Docente em desenvolver e estabelecer um relacionamento harmonioso
escola/comunidade. A receptividade da comunidade quanto preocupação da escola
nem sempre é satisfatória, mas a escola busca na medida do possível um intercâmbio
que propicie uma melhoria no processo ensino-aprendizagem.
Podemos afirmar que trabalhamos com grandes dificuldades para
envolver os pais de forma ativa e participativa na vida da Escola. É um desafio que nós
temos que enfrentar e fazer o possível para mudar essa realidade.
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2. Caracterização do atendimento:
2.1 Ensino Fundamental
Nesta modalidade de ensino, o Colégio Estadual tem como proposta
uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo, social, ético
e estético, tendo em vista uma formação ampla dos alunos. O objetivo é formar o
cidadão crítico, reflexivo e atuante que questione e consequentemente, transforme a
realidade a qual faz parte.
Diante do que propõe a Lei de Diretrizes e Bases (9394/96), o ensino
fundamental deve desenvolver o pleno domínio da leitura, escrita e cálculo; formar para
a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores que fundamentam a sociedade; levar o educando a aquisição de
atitudes e valores como os vínculos familiares, a solidariedade humana e os laços de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A partir do ano de 2012 estaremos recebendo no Ensino Fundamental
os alunos oriundo do 5º ano, pois nesta modalidade de Ensino passa a ser obrigatório
o ensino de nove anos, onde a criança ingressa na escola aos seis anos de idade; a
Lei no. 11.114/2005, que altera a 9.394/1996 tornou obrigatório o início do Ensino
Fundamental aos seis anos de idade, e, por fim, a Lei no. 11.274/2006, que institui o
Ensino Fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças de seis
anos de idade.
2.2 Ensino Médio
Nesta modalidade de ensino, o colégio tem metas de crescimento
humano nas relações interpessoais; a apropriação do conhecimento elaborado, tendo
como referência a realidade do aluno, a aquisição de uma crítica que lhe amplie a visão
de mundo, dando lhe condições para a interpretação dos fatos sociais e interpessoais,
promovendo o a cidadão.
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No Ensino Médio atual “qualificar para o trabalho” significa desenvolver
nos alunos as múltiplas potencialidades, sem restringir à simples preparação para um
ofício específico, posto de trabalho ou profissão. Assim a escola reconhece sua função
social e política, determinada pelo seu papel de formadora para o exercício da prática
produtiva e da cidadania. Os novos perfis ocupacionais, requerem habilidades
intelectuais e comportamentais que são desenvolvidas na educação básica, como:
raciocínio lógico, capacidade de comunicação verbal e escrita, capacidade de
resolução de problemas, trabalho em equipe, compreensão de textos, julgamento
crítico, raciocínio abstrato, responsabilidade, equilíbrio emocional, relações
interpessoais, iniciativa, dinamismo, e outras tantas, que constituem a formação geral
do educando.
A LEI No 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. é a que Lei que
dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de
dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória no 2.164-
41, de 24 de agosto de 2001; O estágio desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória, e parte do projeto pedagógico do curso
(§ 2º do art. 2º da Lei no 11.788/2008), depois de consulta realizada aos órgãos
colegiados ficou decidido que nosso Colégio não oferecerá tal atividade.
Considerando as novas competências exigidas do profissional da
educação, como a de negociar novas maneiras de administrar o tempo e espaço
escolar buscando a permanência do aluno na escola.
Sob a ótica do professor, a diversidade pressupõe mudanças na
dinâmica de relações com os alunos, alterações nas atividades diárias, de modo que
todos possam alcançar um nível de reflexão, expressem seu pensamento e trabalhem
juntos, partindo de suas possibilidades intrínsecas. Assim, com o intuito de garantir a
plenitude do processo, se faz necessário revisar determinadas práticas, principalmente
aquelas relacionadas à organização dos grupos de trabalho em sala de aula e fora
dela, bem como às questões voltadas ao tempo e ao espaço. Em outras palavras,
é imprescindível ao docente conhecer mais e melhor a questão da aprendizagem,
perceber a importância em se conhecer enquanto pessoa passível e carente de
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aprendizado, e que seu modo de aprender tem um elo com sua forma de ensinar.
No dito popular, o Sol nasce para todos, na relação ensino-
aprendizagem, pode representar uma cruel realidade, pois todos os alunos são
expostos ao mesmo tipo de atividade, modelo de ensino e parâmetros de avaliação.
Cada estudante tem seu ritmo, tempo próprio, experiência prévia, particular motivação
diante da escolaridade e modo de conhecer único, além de estabelecer referenciais, a
fim de se localizar e reconhecer no espaço escolar.
Os referidos desafios estão buscando compreender o significado da
diversidade em sala de aula e chegar ao ponto de desenvolver um trabalho pedagógico
voltado a tal questão.
O Colégio está situado em um determinado espaço e tem que se
adequar simultaneamente a complexidade, é um espaço de vivência democrática, pois
a aprendizagem acontece visando favorecer os alunos a compreensão do movimento
materialista dialético que impregna as relações entre o homem, natureza e cultura no
continuum tempo. Entretanto, para exercer essa tarefa, é preciso que a escola atente
para o tempo escolar, exercendo uma mediação pedagógica, uma vez que este é com
período de vivência pedagógica dos alunos no ambiente escolar. Visando assegurar o
tempo pedagógico, o currículo é definido em termos oficiais onde o aluno tem a
continuidade e de terminalidade de seus estudos, o que envolve a
definição/organização de atividades curriculares no coletivo da escola, respeitando
sempre o ritmo, o tempo e as experiências trazidas pelos estudantes, por intermédio da
interdisciplinariedade e da transdicisplinaridade, para que sejam desenvolvidas
relações reciprocas entre vivência contínua e realidade.
Portanto, é preciso que o professor defina claramente as atividades e
estabeleça a organização em grupos, disponibilize recursos materiais adequados e
defina o período de execução previsto, dentro do qual os alunos terão autonomia para
tomar suas decisões de forma disciplinada e organizada.
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2.3 Atividades Complementares
2.3.1 Sala de Apoio Língua Portuguesa e Matemática
As Salas de Apoio à Aprendizagem fazem parte do programa de
atividades curriculares complementares e, portanto, devem funcionar em contra turno
escolar. É uma modalidade de projeto que dá suporte aos alunos de 5ª série /6º ano e
8ª série/9º ano que apresentam dificuldades nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática. As aulas são diferenciadas principalmente pela diversificação de
metodologia, para motivar e despertar os alunos que apresentam dificuldades nessas
disciplinas, para que consigam acompanhar o desenvolvimento dos conteúdos.
2.3.2 Atividades Complementares – Projeto Vivendo o Esporte
A hora treinamento realizamos atividades de Futebol e Futsal , através
do Projeto Vivendo Esporte, visando alcançar com o esporte a inclusão social, o
desenvolvimento do ser humano, o espírito de equipe e incentivar a prática da
atividade física, buscando com isso diminuir a evasão, tornando a Escola viva e
atrativa, promovendo atividade que proporcione o interesse e motivação, fazendo com
que os alunos participem com entusiasmo, refletindo na melhoria e no rendimento da
aprendizagem, sua relação com o meio, contribuindo dessa forma para o exercício da
cidadania.
2.3.3 Atividades Complementares - Jogando Xadrez
O Projeto Xadrez estará voltado para o entendimento das diversas
manifestações culturais e esportivas, com o objetivo de aprimorar , estimular a
elaboração de estratégias e melhorar a concentração dos alunos, alcançando assim
18
melhor desempenho em sala de aula. Será oferecido também possibilidades para
discussões, sobre a elaboração de estratégias e jogadas bem com a intenção de que o
aluno possa respeitar as diferenças, valorização de regra estabelecidas, aprimorar o
raciocínio lógico e posicionar-se de modo autônomo, frente as dificuldades. A
fundamentação teórica terá como foco principal, os conteúdos estruturantes esportes e
jogos, desenvolvidos durante as aulas, bem como a história do xadrez e a origem e
execução de cada jogada no tabuleiro. Pretende-se proporcionar situações em que o
aluno aprenda dialogar, ouvir e ajudar, pedir ajuda, trocar ideias e experiências,
aproveitar criticas e sugestões que colaborem com a evolução e o crescimento
intelectual.
2.3.4 Hora treinamento - Projeto de Atletismo Hora Treinamento
O objetivo desse Projeto é incentivar o atletismo no âmbito escolar,
através da prática de atividades recreativas em caráter educacional promovendo aá
inclusão social, proporcionando atividades no espaço da escola para a ocupação do
tempo livre dos alunos, tirando-os assim da situação de risco que a rua oferece, dessa
forma, contribuindo com a formação da cidadania, autonomia, tornado-o cidadão
crítico, capaz de transformar a realidade que o cerca. Promover a melhoria da prática
do Atletismo mostrando os benefícios da prática da atividade; levando a prática do
Atletismo a espaços informais e incentivando espaços educacionais para a prática e
treino do Atletismo, oportunizando assim, o aparecimento de talentos esportivos no
atletismo.
3. Organização espaço físico, administrativo/pedagógico:
O Colégio Estadual Julio Farah - EFM, oferta em 2011 as modalidades
19
de ensino abaixo, totalizando 13 turmas. São 06 ( seis ) salas medido 49m2 e 02
( duas ) salas medindo 50m 2 , assim distribuídas:
MANHÃ
SÉRIE Nº DE ALUNOS
5ªA E.F 33
6ªA E.F. 28
7ªA E.F 28
8ªA E.F. 28
1ªA E.M. 31
2ªA E.M. 18
3ªA E.M 7
TOTAL 173
TARDE
5ªB E.F. 25
5ªC E.F. 28
6ªB E.F. 23
6ªC E.F. 23
7ªB E.F. 35
8ªB E.F. 19
TOTAL 153
TOTAL GERAL DOIS TURNOS 326
3.1 Ambientes Pedagógicos:
Os ambientes pedagógicos da Escola são os espaços privilegiados
para as realizações de Projetos Educativos, pois todas as ações da escola tem como
meta a aprendizagem para promover o crescimento em relação à compreensão de
mundo e participação na sociedade.
3.1.1 Biblioteca:
Cabe ao responsável a organização de todo o acervo da escola, assim
como definir as regras para sua utilização.
Muitos alunos da Escola Pública não possuem livros em casa, sendo a
escola o único local onde têm acesso ao texto escrito de forma organizada. Assim, só a
escola pode proporcionar a eles o acesso aos diferentes tipos de texto, de modo que
20
possam apropriar se da língua escrita, sentindo se parte da sociedade do mundo que
os rodeia.
3.1.2 Salas de Aula:
À medida que o professor adquire maior experiência e facilidade para
aproveitar os recursos materiais e humanos da sala de aula e da escola, irão
descobrindo novas possibilidades de organizar o tempo, o espaço e os trabalhos com
os alunos, de modo a favorecer seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.
Cada educador de acordo com sua experiência, com o Projeto Político Pedagógico da
Escola e com as especificidades de seu grupo, encontrará os caminhos possíveis e
mais adequados para desenvolver um trabalho em que o objetivo seja o compromisso
com todos os alunos, para que permaneçam na escola, aprendam e progridam em seu
percurso de conhecer o mundo.
3.1.3 Pátio Coberto:
Ambiente reservado para acolher os alunos no inicio das aulas, bem
como cantar os Hinos Pátrios; apresentações culturais e artísticas; reuniões de pais
entre tantas outras atividades. É um espaço ótimo, um ambiente agradável e
acolhedor.
3.1.4 Quadra Poliesportiva :
A quadra coberta da Escola, constitui se em mais um ambiente
educativo onde além de atividades esportivas, são realizadas gincanas com o objetivo
de integração entre os alunos. É um espaço utilizado para socialização, pois através do
esporte incutimos a cidadania, pois ao trabalhar com as regras do desporto,
trabalhamos também normas para o convívio em grupo, contextualizamos o aprender a
conviver na sociedade organizada.
21
3.1.5 Laboratório de Informática:
As aplicações educativas das novas tecnologias da informação podem
gerar condições para uma aprendizagem mais interativa. O laboratório de informática
da Escola Estadual Julio Farah, está em fase de montagem. Esperamos que este
recurso que motiva e prende a atenção dos alunos venha contribuir realmente para
dinamizar as aulas e melhorar a qualidade da educação.
3.1.6 Recursos Audiovisuais:
Presente no cotidiano, a tecnologia faz parte da cultura, são novas
formas de comunicação, de acesso e produção do conhecimento, abrem se espaços
de diversão e aprendizagem, através da TV PenDrive.
3.2 Recursos Materiais:
Os recursos materiais utilizados pela escola são procedentes de
Promoções que a APMF realiza das verbas do Programa Direto na Escola-
PDDE/FNDE, recurso este provinda do Programa do Governo Federal, Fundo Rotativo
e Escola Cidadã.
A verba do PDDE/FNDE quando do seu recebimento é realizada uma
Assembleia Geral com a comunidade escolar onde são votadas as prioridades para
sua utilização, e após sua utilização há uma prestação de contas, também em
assembleia para toda a comunidade escolar.
A verba do Fundo Rotativo é destinada a assistência dos alunos,
manutenção e conservação do prédio escolar,utilizada de acordo com as necessidades
da escola.
A Verba Escola Cidadã é destinada para a melhoria da merenda
escolar. Municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é que
recebem tal verba.
22
Programa de Desenvolvimento da Educação, foi criado pelo Governo
Federal, com o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos e, por consequência,
elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas Escolas
Públicas Estaduais e Municipais em todas as regiões brasileiras, bem como favorecer a
igualdade de acesso e as condições de permanência aos alunos, com ou sem
deficiência, assegurando o direito de todos os estudantes compartilharem os espaços
comuns de aprendizagem. Nos anos de 2009 e 2010 o Colégio recebeu a verba do
PDE – ESCOLA.
3.3 Recursos Físicos:
• Prédio Escolar;
• Mobiliário;
• 01(uma) sala de aula utilizada para secretaria e direção, medindo 50m2 ;
• 01(uma) sala de aula utilizada para Laboratório de informática, medindo 49m2;
• 01(uma) sala de aula para docentes, medindo 20m2 ;
• 01(um) pátio coberto, medindo 115m2 , sendo que foi construída uma sala
improvisada de 40m2 ;
• 01(uma) quadra poliesportiva coberta medindo 520m2 ( área para educação
física e recreação);
• 01 sala de aula adaptada no pátio;
• 06 salas de aula , medindo 49m2.
Equipamentos que atendem as finalidades do Projeto Político Pedagógico:
• 02( dois ) vídeos;
• 03 ( dois ) DVDS;
• 01 ( um) computador;
• 03 ( três ) CPUS com 12 ( doze ) cabeças (laboratório de informática);
• 01 ( um ) CPU com 04 cabeças ( secretaria);
• 02 ( dois ) televisores;
23
• 06 ( seis ) televisores PenDrive;
• Data Show Multimídia;
• Laboratório de Informática com acesso à internet BANDA LARGA;
• Acervos Bibliográficos;
• 1 Fax;
• 1 aparelho de telefone sem fio;
• 03 Caixa amplificada;
• 02 microfones sem fio;
• Mesa de som;
• Potencia;
• Cds;
• Kit Cozinha;
• Kit banheiro;
• Ventiladores;
• Material Dourado para o aluno;
• Material Dourado para o professor;
• Jogos pedagógicos;
• Mapas;
• Globo Terrestre;
• Livros de literaturas, romances;
• Livros didáticos;
• Corpo humano – esqueleto;
• Torso;
• Retroprojetor;
• 02 mesas de tênis de mesa;
• Tela para Projeção;
• Materiais diversos.
24
3.4 Recursos Humanos
• Direção
Compete à Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos
no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no Regimento
Escolar.
• Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é formada por professores pedagogos cujas
atribuições são a de coordenação, implantação e implementação das Diretrizes,
emanadas da Secretaria da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na
escola, além das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.
• Equipe Administrativa
A Equipe Administrativa é composta por Secretaria,Técnicos
Administrativos e Serviços Gerais. Este setor serve para dar suporte ao funcionamento
de todos os setores do Estabelecimento, proporcionando condições para que os
mesmos cumpram suas reais funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas
no Regimento Escolar.
• Equipe de Professores:
É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento
como regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar
ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento
Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de
25
Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de
produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como uma
forma de melhorar o desempenho dos docentes. O novo Plano de Carreira, Cargos e
Salários requer um novo tipo de avaliação que seja mais atualizada e funcional.
• Equipe de Serviços Gerais:
Na equipe de Auxiliar de Serviços Gerais, dos 05 funcionários, somente
dois deles não possui o Ensino Médio. A equipe de Serviços Gerais tem a seu encargo
o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do
Estabelecimento, sendo subordinada, coordenada e supervisionado pela Direção.
Quadro demonstrativo dos profissionais do estabelecimento
PROFISSIONAIS
FUNÇÃO QUANTIDADE
DIREÇÃO 1
PEDAGOGAS 2
PROFESSORES 26
AGENTE EDUCACIONAL I 3
SERV.GERAIS PREDUCAÇÃO 1
AGENTE EDUCACIONAL II 2
TOTAL
26
4. Formação Inicial
RECURSOS HUMANOS PESSOAL ADMINISTRATIVO
NOME FUNÇÃO CURSO HAB./PLENA/CURTA
Roseli da Silva Diretora História Plena em História
Aline Cabral Calusci Vedan de Azevedo Pedagoga Pedagogia Plena em Pedagógica
Maria Helena de Oliveira de Cacia Pedagoga Pedagogia Plena em Pedagógica
Edna Aparecida Pina Martins Secretária C. Graduação Tecnólogo Gestão Pública
Graziele Gonzales Ribeiro Tec. Adm. Sistema de Informação Bacharelado em Informática
Silvia Margareth Bahls Raimundo Tec. Adm. Pedagogia Plena em Pedagogia
RECURSOS HUMANOS PESSOAL SERVIÇOS GERAIS
NOME FUNÇÃO CURSO HAB./PLENA/CURTA
Cleuza Maria Barbosa Ag.Educ. I Ensino Médio -
Ivone Gonçalves Batista Ag.Educ. I Ensino Fundamental -
Marisa do Rocio Castro Pinto Ag.Educ. I Ensino Médio -
Vera Lucia de Faria Ag.Educ. I Ensino Fundamental -
27
RECURSOS HUMANOS PESSOAL DOCENTE
NOME FUNÇÃO CURSO HAB./PLENA/CURTA
Aline Cabral Calusci Vedan Docente História Plena
Aline Talita de Carvalho Docente Ciências Plena
Anna Barth Gimenes Docente Matemática Plena
Beatriz Marciano Gonçalves Docente Letras/ Inglês Plena
Catia Maria da Silva Klasmann Docente Letras/ Inglês Plena
Celia Caciatori de Paula Docente Geografia Plena
Claudia de Almeida Nogueira Docente Matemática Plena
Claudinéia Aparecida Bordin Docente Ciências Plena
Cledna de Fátima Iglesias Docente Física Plena
Cristiane Gonçalves Bordin Docente Ed. Física Plena
Franciane Pereira Jacomini Docente Ed. Física Plena
Graziele Gomes da Silva Docente Matemática Plena
Heryka Janina R.P da S. Monteiro Docente Geografia Plena
Ivone Ezequiel Nita de Oliveira Docente Letras/Literatura Plena
João Cesar Murraroto Docente Filosofia Plena
Josiane Maciel de Lima Docente Geografia Plena
Josiane Maria de Souza Caetano Docente Biologia Plena
Josinei Soares de Souza Docente Ed. Física Plena
Juraine de Fátima de Azevedo Docente Letras/Literatura Plena
Letícia Bueno de Camargo Borges Docente Artes Plena
Luciano de Oliveira Costa Docente Química Plena
Lucimara Barbosa Docente Letras/Inglês Plena
Marcos Alexandre Goes Docente Matemática Plena
Marciana Maciel da Costa Docente Biologia Plena
Mariane Ribeiro Bueno Docente Letras/ Inglês Plena
Maria Nete Ribeiro da Rocha Docente História Plena
Marli de Moura Bueno Docente Ciências Plena
Rafaela Jussiana Canedo Pejo Docente Geografia Plena
Roseli da Silva Santos Docente História Plena
Telma Regina Nóbile Dias Docente Letras/Literatura Plena
Valdineia Pereira da Silva Cunha Docente Sociologia Plena
28
4.1 Índice de Aproveitamento Escolar
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2007
Ensino/Série
Rendimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 83,10% 6,10% 10,70%
5ª SERIE 79,10% 6,90% 13,80%
6ª SERIE 86,40% 6,70% 6,70%
7ª SERIE 88,30% 6,60% 5,00%
8ª SERIE 78,10% 3,60% 18,10%
MEDIO REGULAR - TOTAL 72,00% 4,60% 23,20%
1ª SERIE 72,00% 4,60% 23,20%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2008Fonte: SERE/ABC
Ensino/Série
Rendimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 80,60% 14,10% 5,20%
5ª SERIE 80,40% 15,40% 4,10%
6ª SERIE 78,00% 18,00% 4,00%
7ª SERIE 81,80% 13,60% 4,50%
8ª SERIE 82,10% 8,90% 8,90%
MEDIO REGULAR - TOTAL 78,70% 4,20% 17,00%
1ª SERIE 75,00% 8,30% 16,60%
2ª SERIE 82,60% 0,00% 17,30%
29
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2009Fonte: SERE/ABC
Ensino/Série
Rendimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 84,70% 7,00% 8,20%
5ª SERIE 78,50% 14,20% 7,10%
6ª SERIE 85,80% 5,80% 8,20%
7ª SERIE 81,80% 4,50% 13,60%
8ª SERIE 94,50% 0,00% 5,40%
MEDIO REGULAR - TOTAL 78,40% 3,00% 18,40%
1ª SERIE 76,60% 6,60% 16,60%
2ª SERIE 81,20% 0,00% 18,70%
3ª SERIE 78,90% 0,00% 21,00%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2010Fonte: SERE/ABC
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL
5ª SERIE MANHÂ 26 0 1
5ª SERIE TARDE 40 12 5
6ª SERIE MANHÃ 28 2 1
6ª SERIE TARDE 45 3 6
7ª SERIE MANHÃ 18 2 4
7ª SERIE TARDE 18 0 2
8ª SERIE MANHÃ 28 0 3
8ª SERIE TARDE 24 0 0
MEDIO REGULAR - TOTAL
1ª SERIE
2ª SERIE
3ª SERIE
30
5. Formação Continuada dos Profissionais da Educação:
O nosso Colégio prima pela formação continuada de todos os
profissionais que aqui trabalham, pois entende que é através do conhecimento que
todas as pessoas exercem de forma respeitável a cidadania e que acordados com
FERREIRA ( 2003, p.30 ) “ uma solida formação humana relaciona-se diretamente com
sua emancipação como indivíduo social, sujeito histórico em nossa sociedade, busca
rumar todo nosso trabalho.
A formação continuada é fundamentalmente importante, quando
assumida pelo profissional com responsabilidade para o efetivo desempenho desse
indivíduo na sua profissão, possibilitando um constante aperfeiçoamento, vivenciando
as mudanças ocorridas na educação, devida a evolução da sociedade, para poder
aplicá-la com seus alunos e assim garantir um ensino de qualidade.
A equipe pedagógica deverá estar constantemente se aperfeiçoando,
para que possa subsidiar os professores com sugestões de métodos e técnicas de
ensino visando sanar dificuldades de aprendizagem.
A equipe técnico administrativo e auxiliares de serviços gerais, também
necessitam de capacitação continuada, para exercer sua função com eficiência e
qualidade, mesmo porque , eles também são educadores, fazem parte da sociedade
humana, o que é essencialmente educadora.
Dessa forma pressupõe um gesto que é uma equipe pedagógica
consciente da possibilidade de desenvolvimento e aprimoramento continuo das
capacidades de todos os envolvidos na prática educativa, seja por meio de experiência
vivida na escola ou por meio de formação continuada.
31
6. Relação entre os Profissionais e os Discentes
As relações de trabalho na escola entre professores, equipe
pedagógica, agentes educacionais e alunos, são base do diálogo: trabalho coletivo e
troca de opiniões; de forma democrática e colaborativa, visando sempre o bom
andamento dos trabalhos escolares e o sucesso do processo ensino-aprendizagem.
7.Critérios de Organização das Turmas
O Colégio Estadual Julio Farah-Ensino Fundamental e Médio está
organizado em séries anuais, Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio
com funcionamento no período matutino das 07:30 as 11:50 e no período vespertino
temos o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, funcionando das 13:00 às 17:20,
previsto na LDB nº 9394/96, sendo 4(quatro) horas diárias, tendo um percentual de 20
horas semanais, com carga mínima de 833( oitocentas e trinta e três) horas anuais
tendo um total de 200(duzentos) dias letivos. Assim, o horário escolar deve obedecer o
tempo mínimo estabelecido na lei vigente para cada uma das áreas de aprendizagem
do currículo proposto.
8. Organização da Hora Atividade
A hora atividade é organizada de forma coletiva e por disciplina,
facilitando a reflexão e diálogo entre os professores. É uma ação voltada para o
enfrentamento dos problemas diagnosticados quanto ao ensino-aprendizagem,
implementações de projetos e ações visando a melhoria e a qualidade de ensino. É
também um espaço para planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas
nesse período de estudo, garantindo ainda uma carga horária necessária para que o
professor realize atividades pedagógicas individuais e correções de atividades em sala
de aula.
32
9.Organização da Entidade Escolar como um todo
O Colégio Estadual Julio Farah tem como prioridade a construção
coletiva do P.P.P.( Projeto Politico Pedagógico) pautado na concepção materialista
dialética de Marx, que faz da História o objetivo de suas reflexões.
É justamente a concepção Marxista dialética que possibilita o
conhecimento da identidade e reflexão para a mudança da prática pedagógica. A
organização dessa identidade aponta como principais agentes os profissionais do
Colégio, os alunos, os pais, para discutir as ações necessárias a efetivação do
processo de construção permanente transformação da realidade escolar, no processo
ensino aprendizagem.
A importância do Colégio é construir este documento, que e
reconhecido pela legislação de âmbito Federal, citada pela Lei de Diretrizes e Base da
Educação 9394/96. Isto porque compreende que a escola é um lugar privilegiado para
realizar um trabalho pedagógico muito mais amplo, visando a formação integral do
cidadão, buscando o exercício da cidadania, por meio da participação, da reflexão e
crítica de realidade da comunidade escolar, procurando disponibilizar ao aluno espaço
físico adequado, que proporcione a aprendizagem, aulas práticas de Educação Física,
laboratório de informática, oferece merenda de ótima qualidade e procura encaminhar
os alunos com problemas de saúde para atendimento médico, encaminhamento para
psicólogos e assistência social.
O Colégio faz sua função social, não é um processo simples, pois,
exige de seus agentes o compromisso de ressignificar a própria prática, para ter
cidadãos mais conscientes e ativos para formação e transformação de nossa
sociedade.
33
10. Identificação dos Problemas da Gestão Escolar
O trabalho no seio da escola se dá por intermédio de uma gestão
democrática, pois é necessário trabalhar em grupo, cooperar, argumentar, compartilhar
tarefas, construir coisas, divertir-se, criar, desfrutar a vida e tantas outras realizações
sociais que são compulsórias aos seres humanos e que contribuem para
transformação dos educandos em cidadãos íntegros, conscientes,capazes de lutar por
uma sociedade mais justa e humana.
A gestão democrática da escola e de todo sistema educacional
apresenta se como mais uma dentre outros desafios para a construção das novas
relações sociais, construindo um espaço público de decisão e de discussão não
tutelado pelo Estado é, portanto, bandeira de luta da classe trabalhadora em educação
em favor da superação da gestão autoritária.
Dentre os pressupostos da gestão democrática estão a participação
órgãos colegiados (Conselho de Classe, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, APMF,
participação dos pais, entre outros) nas decisões a serem tomadas para o bom
andamento dos trabalhos escolares, apesar de ainda não atuarem com a devida
eficiência.
Portanto, o Colégio Estadual Julio Farah – Ensino Fundamental e
Médio procura efetuar um trabalho que legitime a implementação de políticas de
trabalho coletivo, refletindo e buscando as soluções em conjunto, com consensos
possíveis e trabalhando com os dissensos como algo saudável na formação de sujeitos
democráticos, infelizmente encontra algumas barreiras para que seja totalmente
aplicada.
34
11. Aprendizagem
O Colégio Estadual Julio Farah, procura viabilizar uma educação,
ensino aprendizagem, voltada para a realidade social, cultural que revela os valores
morais e éticos, que prioriza o trabalho coletivo, que seja aberta à diversidade,que
desenvolva a cidadania, para que todos os envolvidos no processo educacional
possam agir e interagir, provocando mudanças necessárias para a formação de
indivíduos críticos e participativos na sociedade em que vive. Indivíduos que sejam
conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres. Em relação a
aprendizagem, procura-se aplicar a teoria e a prática, orientando-se na concepção
Materialista Dialética. Os professores procuram implementar suas aulas com recursos
tecnológicos, áudios visuais e sonoros, para atender as especificidades na sala de
aula. Desta forma o professor espera desenvolver no aluno o conhecimento que é
necessário para ele agir e interagir na sociedade. Não podemos negar as dificuldades
que encontramos em preparar estes para vida, pois, os problemas são vários, como: a
evasão, na maioria das vezes não tem apoio familiar, outros, porque precisam trabalhar
para ajudar no sustento da família e outros por desinteresse e falta de perspectiva de
uma vida melhor.
Sabemos que estes problemas educacionais não se resolvem de
imediato, estamos procurando nossa prática com base nas Diretrizes Estaduais, com
uma metodologia que chegue o mais próximo da realidade de nossos alunos. No que
se refere ao ensino-aprendizagem pois é um processo que se caminha a passos
lentos, mas esperamos que cada aluno ao chegar ao final do seu tempo de
aprendizagem, seja capaz de estar apto a construir o seu próprio conhecimento na
continuidade de seus estudos e prontos para participar da construção de uma
sociedade mais justa.
Educar é colaborar para que professores e alunos transformem suas
vidas em processos permanentes de aprendizagem, é ajudar os alunos na construção
da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional do seu projeto de vida, no
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes
permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornar-se cidadãos
realizados e produtivos.
35
12. Participação dos pais
Os pais possuem papel indispensável na educação dos filhos, e em
nosso Colégio participam de todas as atividades escolares, quando solicitado para
festividades alusivas as datas comemorativas, reuniões de pais para tratar de assuntos
relativos ao ensino-aprendizagem de seus filhos, para reuniões referentes a formação
de APMF e Conselho Escolar, são chamados também particularmente quando os filhos
apresentam problemas comportamentais.
36
III. MARCO CONCEITUAL
Quando nos referimos ao ato conceitual temos que nos preocupar e
procurar formar uma sociedade mais justa, fraterna e democrática, com homens
críticos politizados, de ampla visão de mundo, capazes de superar os preconceitos
sociais, uma sociedade em que todos usufruam os direitos e deveres presentes na
Constituição Brasileira.
Partindo desses pressupostos, defendemos uma sociedade em que os
valores como solidariedade, fraternidade e honestidade, devem transcender as
barreiras do individualismo, pois cada momento de nossas vidas, está junto construindo
a nossa história, buscando a liberdade.
Os princípios filosóficos de nosso Colégio que permeiam nosso
trabalho, estão inspirados na concepção Materialista Dialética, que através do contato
dialógico, é possível a construção de cidadãos emancipados e de uma sociedade
democrática, mais justa e igualitária em sua diversidade, na liberdade e nos ideais de
solidariedade humana que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando e
seu preparo para o exercício da cidadania.
Enquanto espaço educativo, a escola deverá proporcionar a integração
de todos os envolvidos no processo educativo, através de uma prática intencionada
com o fazer pedagógico e com a reflexão, buscando a melhoria da qualidade da
educação através de uma nova forma de organizar o trabalho pedagógico, para que se
possa definir com clareza normas de gestão democrática que garanta a unicidade entre
teoria e prática, no conhecimento geral e específico, cuja meta é propiciar a integração
escola/comunidade e a formar alunos críticos e participativos na sociedade em que
atua.
Acreditamos que a Escola deverá repensar e abrir-se para novas
formas de organização das práticas pedagógicas, concretizadas através da elaboração
de projetos, da organização de eventos culturais, bem como das atividades cívicas,
esportivas e recreativas, no entanto é necessário que estas sejam construídas de
forma descentralizada, para que possamos criar pontes com a comunidade e evitar, o
isolamento da mesma. Dessa forma, cremos que estaremos rumando a um lugar de
memória através de uma realidade que é construída no dia a dia, a partir da reflexão
37
indagadora do conhecimento que é gerado na prática, procurando sempre atingir a tão
sonhada qualidade na educação.
Faz parte ainda do nosso alvo proporcionar à aprendizagem para o
aprender a aprender, fazendo da escola lugar privilegiado da educação, do
conhecimento, e acima de tudo da qualidade que permite a participação e a
criatividade. Partindo do pressuposto que só pode ser intenso aquilo que tem a marca
do homem, a qualidade só pode ser constituída através do trabalho, da determinação,
do esforço e da inteligência.
A aprendizagem é construção coletiva assumida por grupos específicos na dinâmica mais ampla da sociedade, que, por sua vez, se constrói a partir das aprendizagens individuais e grupais. As fases de aprendizagem individual, detalhadamente descritas pela psico e sócio-gênese, tanto no nível cognitivo (como em Piaget e em Wygotski), quanto no nível moral (como em Kolhberg) se relacionam determinadas pelas etapas da aprendizagem por parte da ampla sociedade. Numa nova educação que se coloque no e desde o mundo da vida, direcionada para as aprendizagens relevantes e efetivas, que só elas contam, a aprendizagem coletiva da humanidade pelos homens se torna pressuposto fundante do que aprender, do quando e como. (Marques, 1993, pp. 109-10).
1. Princípios Norteadores da Educação Básica
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Art. 2º A
educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
conforme o Art. 3º onde contempla os seguintes princípios que norteiam todo trabalho
escolar:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte
e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
38
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
2. Princípios Norteadores da Ação Pedagógica
Baseado em DEMO, 1993, construir um Projeto Político Pedagógico é
um desafio para a escola, pois ele desenha a competência principal esperada do
educador e de sua atuação na escola; consolida a escola como o lugar central da
educação básica, numa visão descentralizada do sistema;oferece garantia visível e
sempre aperfeiçoável da qualidade esperada no processo educativo sinaliza o
processo educativo como construção coletiva dos professores envolvidos;indica a
função precípua da direção da Escola, que a par de administrar, bem, deve sobretudo
cuidar da “política educativa” e liderá-la. De acordo com a LDB a educação não é uma
mera transmissão de conhecimentos, mas abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais. Ao elaborarmos nosso Projeto Político Pedagógico, estaremos
compartilhando princípio de responsabilidade, num contexto de flexibilidade teórico,
metodológico de ações pedagógicas em que o planejamento, o desenvolvimento e
avaliação, revelem sua qualidade.
Partindo da realidade onde a escola está inserida, optamos por
desenvolver um trabalho diversificado, voltado para o resgate da qualidade de ensino e
aprendizagem; pois entendemos que: a educação necessita com a maior urgência
explorar ao máximo o potencial criativo que existe em cada um.
Embasados em documentos estudados na LDB passamos a citar os
princípios norteadores das ações pedagógicas que apoiarão os trabalhos
39
desenvolvidos pela escola: os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da
Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; os Princípios Políticos dos Direitos e
Deveres de Cidadania, do Exercício da Criatividade e do Respeito à Ordem
Democrática; os Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade e da Diversidade
de Manifestações Artísticas e Culturais.
Procuramos fundamentar nossa pratica pedagógica nesses princípios,
pois sabemos que será através da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e
do respeito ao bem comum, que a ética fará parte da vida cidadã dos alunos.
Do mesmo modo, através do exercício dos seus próprios Direitos e
Deveres dentro do contexto escolar é que os educandos terão suporte para exercer
sua autonomia na vida em sociedade. Assim, procuramos contemplar a estética da
sensibilidade que dá nuances e variações no comportamento humano, bem como a
criatividade que dá asas à curiosidade, e ao espírito inventivo, respeitando assim, toda
e qualquer manifestação artística e cultural.
Ao definirmos nossa proposta levamos em conta a identidade pessoal
de nossos alunos, professores, funcionários, enfim todos os envolvidos no processo,
procurando fazer a integração entre os conteúdos e as áreas do conhecimento.
Sabemos que o ser humano é o sujeito principal da construção
conseguinte, da história, portanto, queremos que este aluno busque a verdade, que
tenha ideais e objetivos definidos, e que seja agente transformador do meio em que
vive.
Baseados FREIRE, 1996,p.47, o autor enfatiza que:
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção, quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser critico e inquisidor, inquieto em face a tarefa que tenham a de ensinar e não a de transferir conhecimento.”
Procuramos contemplar a visão de sociedade, de homem, de
educação, currículo, escola, ensino e aprendizagem. Tudo dentro da realidade onde a
escola está inserida. Ao planejar e organizar nosso trabalho pedagógico, como
profissionais da educação nós nos fazemos as seguintes indagações: Que concepções
se fazem necessárias para a transformação da realidade? Que tipo de aluno queremos
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formar? Para qual sociedade? O que significa ser uma escola voltada para a educação
básica? Que experiências queremos que nossos alunos vivenciem no dia a dia de
nossa escola?
Enquanto escola, temos que pensar o que pretendemos do ponto de
vista político e pedagógico. Há um alvo a ser atingido pela escola que é levar o aluno a
participar do processo de construção da sociedade, pois acreditamos que somente
através da socialização do conhecimento o educando será capaz de compreender a
realidade sócio-econômica, política e cultural.
Neste sentido, ressaltamos que educar não é treinar, não se reduz a
classificar e registrar notas ou conceitos, mas, sobretudo, implica em inserir a escola na
sociedade. Para tanto faz-se necessário que as disciplinas que formam o currículo
estejam integradas e em sintonia, de acordo com sua fundamentação teórica, com o rol
de conteúdos pertinentes para que possamos atingir o nosso objetivo, bem como
direcionar as ações dos nossos trabalhados. E ainda é indispensável que sejam
abertos espaços pedagógicos com o intuito de explorar temas relacionados à cultura
brasileira.
3. Concepção de Educação:
Educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à
sua imagem e em função de seus interesses. Por consequência, educação é formação
do homem pela sociedade, ou seja, processo pelo qual a sociedade atua
constantemente sobre o desenvolvimento do ser humano no intento de integrá-lo no
modo de ser social vigente e conduzi-lo a aceitar os fins coletivos, (PINTO, 1994).
Embasados no documento “O legado de Paulo Freire”,ZIKOSKI,
FREIRE é considerado mundialmente, e sem dúvida, um grande pedagogo do século
XX, talvez o maior dentre os que viveram nesses últimos 100 anos da história. Esse
respeito por Paulo Freire nos quatro cantos do mundo tem fundamentado a partir de
sua proposta inovadora de educação.
Essa proposta parte da tese de que educação é humanizar. Portanto,
diante da realidade concreta do mundo atual, que desumaniza milhões ou até bilhões
41
de seres humanos no mundo todo é preciso acima de tudo, uma educação
problematizadora da realidade que nos cerca. É nesse sentido que FEIRE lança uma
crítica radical às praticas educativas bancárias porque estas em nada contribuem para
a compreensão, conscientização e visão critica do mundo em que estamos situados.
Uma educação que visa a humanização, ou seja, que busca contribuir
na construção de uma vida social mais digna, livre, justa, deve partir da realidade em
que se situam os educandos. Para isso, o educador deve cultivar o diálogo verdadeiro,
que respeita os saberes diferentes que os alunos já construíram em suas histórias de
vida. O diálogo que acredita ser possível uma vida social mais humana, também no
sonho de libertação dos oprimidos e desumanizados.
Logo, para que aconteça um diálogo verdadeiro faz-se necessário
acima de tudo que haja humildade por parte do educador em debater com seus
educandos a realidade do mundo, que os cerca, com o intuito de conscientizá-los sobre
diferentes saberes que cada educando é capaz de elaborar, através de sua existência
no mundo; enfim, o diálogo exige o pensar verdadeiro, que é essencialmente crítico e
dialético, pois não deve cristalizar-se ou fixar-se em um enfoque particular, sectário ou
tendencioso.
Não lhe cabe formular juízos de valor sobre a prática moral de outras sociedades, onde ou de épocas, em nome de uma moral absoluta e universal, mas deve, antes, explicar a razão de ser desta pluralidade e das mudanças de moral; isto é, deve esclarecer o fato de os homens terem recorrido a práticas morais diferentes e até opostas.( VAZQUEZ, 2002, p.21).
Assim se nós educadores, construirmos uma postura dialógica e
dialética, estaremos de forma humilde, mas esperançosa, contribuindo para a
transformação das realidades sociais e históricas opressoras que desumanizam a nós
todos.
Com base nos textos dos documentos estudados sabemos que o
nosso papel, ou seja, de nossa escola, é divulgar os conhecimentos historicamente
produzidos e propor novos conhecimentos, visando a formação integral do cidadão.
Acreditamos que só será possível através da oferta de uma educação cuja meta seja
propiciar a qualidade de ensino.
Enfim, desejamos enquanto instituição, consolidar um ambiente
educativo que efetivamente gere aprendizagem e isto implica cruzar fronteiras,
configurar poderes e saberes e sobre tudo cartografar espaços de reflexão. Porém
42
podemos nos deparar com um ambiente pouco harmônico, ainda que, de negociação
constante, pouco estruturado, ainda que organizado, pouco sereno, ainda que o
devaneio e o sonho tenham lugar garantido. Entretanto, faz-se necessário que
tenhamos coragem e ousadia para começarmos este processo embora o próprio
caminho não possa ser antecipado e controlado.
4. Concepção de Homem:
O Colégio Julio Farah-Ensino Fundamental e Médio, tem como
perspectiva e objetivo à formação do homem que queremos e para isso perguntamos:
Quem são os sujeitos da escola pública? Dê onde vem? Que referências sociais e
culturais trazem para a escola?
O homem é fruto de um tempo histórico das relações socioculturais em
que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do
modo o compreende e como dele lhe é possível participar. Assim propõe se formar
homens críticos,político-social, solidário capaz de superar os preconceitos colocada
pela sociedade desigual em que vive. Nesta perspectiva propõe-se formar homens que
contribuam para combater as contradições sociais, políticas e econômicas presente
nas estruturas da sociedade contemporânea.
Espera-se que o homem do amanhã possa contribuir para a
transformação de uma sociedade mais justa e igualitária.
5. Concepção de Mundo:
Diante dos inúmeros problemas educacionais propomos ampla
discussão na sociedade moderna, exigindo dos profissionais da educação um esforço
coletivo para vencer as barreiras que nos impede a construção de uma escola que
eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e que os educandos sejam
instrumentos de transformação sociocultural.
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6. Concepção de Avaliação:
“A Avaliação é um processo natural que nos permite ter consciência do
que fazemos, da qualidade do que fazemos e das consequências que acarretam
nossas ações” (Juam Manuel).
A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão
pedagógica, o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento.
Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a
transparência também é fundamental. A avaliação é tanto mais discriminatória quanto
mais ela se oculta por meio de critérios que não são debatidos, não são criticados e
não são acompanhados.
Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a
transparência também é fundamental. A avaliação é tanto mais discriminatória quanto
mais ela se oculta por meio de critérios que não são debatidos, não são criticados e
nem acompanhados.
A avaliação deve ser praticada a serviço do plano de ação docente,
visando a obtenção dos resultados esperados.
É preciso estabelecer, portanto, com clareza, a proposta de trabalho/a
avaliação deve ser usada sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou
segregar. Mesmo porque, ensinar, aprender a avaliar não são momentos separados.
Formam um contínuo em interação permanente.
Para que avaliar? É uma pergunta que se deve fazer na escola. Tudo o
que fazemos na vida está em constante avaliação e ela deve verificar se os objetivos
tão ou não sendo atingidos. O erro mais comum que a escola incorre é fazer uso da
avaliação como forma de punição. Logicamente sabe-se que o resultado de uma
avaliação é consequência do aproveitamento das responsabilidades que os alunos e
os professores devem ter no dia-a-dia da sala de aula e não com a finalidade de
verificar o nível de aprendizagem escolar e do desempenho do aluno em determinado
conteúdo e classificá-lo em termos de aprovação e reprovação.
Assim, a avaliação na perspectiva da construção do conhecimento,
deverá partir de duas premissas básicas: confiança na possibilidade de os educandos
construírem suas próprias verdades e a valorização de suas manifestações e
interesses.
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O que avaliar? É outra questão que dever ser refletida no âmbito
escolar, visto que o trabalho do professor deve ser de maneira a criar situações que
busquem garantir aos alunos o desenvolvimento das capacidades necessárias à
construção progressiva do conhecimento para uma atuação pautada por princípios da
ética democrática; verificando seus avanços e suas dificuldades, orientando os
mesmos sobre o que deverão fazer no seu processo de construção de aprendizagens.
Como avaliar? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita,
uma vez que os alunos podem e devem ser avaliados:
- Através do acompanhamento do processo de desenvolvimento do aluno;
- Por meio de uma observação fundamentada no conhecimento de suas etapas de
desenvolvimento;
- Registrando as manifestações dos alunos e dos aspectos significativos de seu
desenvolvimento;
- De modo coletivo e consensual, com consciência crítica e responsável de todos,
sobre o cotidiano;
- Através de portifólios;
- Autoavaliação.
O quando avaliar? É uma questão que pode ser assim respondida:
A avaliação deveria (mas não é) ser feita a cada nova aula, a cada
contato com os alunos, observando-se seu procedimento frente à problemas, suas
tentativas de acerto e as saídas alternativas por ele encontradas. No entanto, para
alcançar o êxito esperado, o professor deverá trabalhar com o número reduzido de
alunos, porque precisa conhecê-los individualmente, para saber onde ele quer chegar e
avaliar se está apto, se suas opções são sólidas e refletidas. Esta deve ser de forma
diária e de todos as atividades trabalhadas para realimentação da aprendizagem e
aproveitamento do tempo disponível, bem como servindo autoavaliação para o próprio
professor.
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7. Concepção e Princípios da Gestão Democrática:
A gestão da escola é traduzida como um ato político, porque
implica sempre uma tomada de posição dos atores sociais. Assim sendo, sua
construção não pode ser individual, mas coletiva, envolvendo os diversos atores na
discussão e na tomada de decisões.
A gestão democrática, é uma prática cotidiana que contém os princípios
da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente a
formulação de um Projeto Político-Pedagógico libertador.
A participação pode ser entendida como um processo complexo que
envolve os vários cenários e múltiplas possibilidades de organização, pois não existe
apenas uma forma ou lógica de participação, uma vez que há dinâmicas que se
caracterizam por um processo de pequena participação e outras que se caracterizam
por efetivar processos em que se busca compartilhar as ações e as omadas de
decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes segmentos da
comunidade escolar. Entretanto, para que a participação seja realidade, são
necessários meios e condições favoráveis, porque é preciso repensar a cultura escolar
e os processos, normalmente autoritários, de distribuição do poder no seu interior.
Assim, por uma gestão democrática entendemos a garantia de
mecanismos e condições para que espaços de participação, partilhamento e
descentralização do poder ocorram.
A LDB dispõe que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político-
Pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares e reuniões
pedagógicas, grupo de estudo e a formação continuada.
O Projeto Político-Pedagógico, nesse sentido, ocupa um papel central
na construção de processos de participação e na implementação da gestão
democrática, pois, ao envolver os diversos segmentos em sua elaboração e em seu
acompanhamento, é colocado um grande desafio para a gestão democrática e
46
participativa, por envolver diretamente os diferentes segmentos das comunidades local
e escolar, seus valores, atitudes e comportamentos. Isso porque, a escola é um espaço
de contradições e diferenças.
Desse modo quando se busca construir na escola um processo de
participação baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e no
partilhamento do poder, é preciso exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às
diferenças, garantindo a todos a liberdade de expressão, a vivência de processo de
convivência democrática, que devem ser efetivados no cotidiano escolar, visando a
construção de projetos coletivos, de administração colegiada.
No entanto, para que a decisão seja partilhada, é necessária a
implementação de vários mecanismos de participação: aprimoramento dos processos
de provimento ao cargo de diretor, criação e consolidação de órgãos colegiados na
escola (Conselhos Escolares, Conselho de Classe, Grêmios Estudantis...), que
coletivamente podem implementar formas de organização da educação e da escola,
visando uma educação emancipatória e democrática, que se constrói por meio de
novas formas e organização e gestão, pela implementação de mecanismos de
distribuição do poder, que só se torna possível pela participação ativa dos cidadãos na
vida pública, articulada à necessidade de formação para a democracia.
É através da participação, que cada pessoa é respeitada enquanto
indivíduo e enquanto integrante de um corpo maior e coletivo, que é a escola.
A administração colegiada deverá também vislumbrar meios de se
promover a avaliação da Proposta Pedagógica, como: reuniões frequentes com todos
os envolvidos na instituição escolar para análise e discussão sobre a mesma, sobre os
seus pontos positivos e negativos, vislumbrando por correções de possíveis pontos
falhos.
Porém, a participação da comunidade escolar e de seus órgãos
colegiados não depende somente da abertura propiciada pelo corpo diretivo da escola,
mas principalmente, da conscientização dos diversos segmentos acerca da
importância da participação de cada um no processo pedagógico.
Neste sentido, ressalta-se principalmente, a necessidade de real
envolvimento da equipe interna da escola na consecução dos objetivos idealizados,
cuja atuação e, sem dúvida, determinante para que o processo pedagógico se
desenvolva de forma participativa e democrática.
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8. Concepção de Tecnologia:
A tecnologia no seio da escola, deverá ser entendida como uma
ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode
contribuir para inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações
entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
A internet amplia o acesso à informação voltada para a educação:
motiva os alunos, porém é necessário ensinar como usá-la e conhecer, dominar
técnicas para o ensino.
Com os recursos tecnológicos, TV multimídia, pendrive, Paraná Digital
que a escola dispõe, é possível uma revolução no ensino, com uma mudança de
paradigmas. Estas ferramentas pedagógicas devem ser bem exploradas e para isso,
necessita de uma ação intencional, consciente e deliberada para que se transformem
em instrumentos inovadores de auxílio ao trabalho pedagógico.
Diante disso, os professores precisam abandonar velhas práticas e se
colocar a caminho de novas aprendizagens acerca do uso das tecnologias sem achar
que elas serão a solução para todos os problemas presentes no sistema educacional.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96,
ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo, assume a concepção que a
aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas
formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
Embora as sofisticações tecnológicas sejam amplas, existem dois
aspectos que devem ser observados na implantação dessas tecnologias na escola.
Primeiro, o domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer
separado do outro. É irreal pensar em primeiro ser um especialista em informática ou
em mídia digital para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades
pedagógicas. O melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem
juntos, simultaneamente, um demandando novas ideias do outro. Isso porque, o
domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as
novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico, construindo
uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua complexidade técnica e
48
pedagógica, como coloca Valente (2002, p. 23).
O segundo aspecto diz respeito à especificidade de cada tecnologia
com relação às aplicações pedagógicas. O educador deve conhecer o que cada uma
dessas facilidades tecnológicas tem a oferecer e como pode ser explorada em
diferentes situações educacionais. Em determinadas tecnologias existem diferentes
aplicações que podem ser exploradas, dependendo do que está sendo estudado ou
dos objetivos que o professor pretende atingir.
Diante de tais perspectivas, a experiência pedagógica do professor é
fundamental. Conhecendo as técnicas de informática, por exemplo, para a realização
dessas atividades e sabendo o que significa para aprendizagem do educando, o
professor deve indagar se o uso das tecnologias por ele aplicadas está ou não
contribuindo para a construção de novos conhecimentos.
Pois em um determinado momento, a busca da informação é
importante, como a comunicação com outras pessoas. É a dança entre as abordagens
pedagógicas e as diferentes aplicações que a tecnologia determina em uma educação
efetiva. Porém, para fazer isso, no caso do uso das tecnologias, é importante o
professor saber, o que elas oferecem do ponto de vista da pedagogia.
9. Concepção de Cidadania:
Em 1966, após dezoito anos de esforços e discussões, a Assembleia
Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade dois acordos relativos a direitos
humanos civis e políticos. Esses acordos foram ratificados em 1976, em forma e duas
convenções: uma econômica e social e outra política e civil.
Apesar da delonga e da natural dificuldade de fiscalização de sua
aplicação, ambos os diplomas constituíram um passo importante no reconhecimento
internacional dos direitos humanos e incorporaram os dispositivos da Declaração
Universal dos Direitos do Homem para assim garantir a cidadania ao povo.
De acordo com Boff (2000, p. 51), “cidadania é um processo histórico-
social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização
49
e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de
passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
A cidadania é um direito de todos que tem condições de alterar
profundamente as formas de trabalho e de atuação na sociedade, por isso torna-se
necessário que a escola promova a formação de pessoas versáteis, capazes de
compreender o processo de trabalho como um todo, dotado de autonomia e iniciativa
para resolver os problemas em equipe, de modo democrático.
A cidadania trás também como um dos princípios básicos para a vida
em sociedade que a escola deverá trabalhar, a solidariedade existente entre todos os
cidadãos e a compreensão de que todos necessitam uns dos outros para viver bem.
Portanto, parte-se do pressuposto de que o ser humano jovem ou
adulto, ao ser inserido numa realidade histórico-social deve adquirir conhecimentos que
venham a corresponder às necessidades históricas do momento, ou seja, as condições
para se inserir ideais de Cidadania e Democracia tão necessários atualmente para uma
nação soberana. Mas é necessário também para que a cidadania seja exercida, que
haja uma transformação nas relações sociais tanto na dimensão econômica, quanto
política e cultural. Coisa que nós, seres humanos podemos construir com uma
sociedade menos injusta, menos corrupta do que a vivida atualmente.
O grande desafio histórico, portanto, é fazer com que a escola dê
condições aos alunos de se tornarem cidadãos conscientes (sujeito de direitos),
organizados e participativos do processo de construção político-social e cultural.
Sabe-se, portanto, que para que isso ocorra é necessário que haja a
conscientização de todos os envolvidos na prática educacional no que se refere às
diferentes concepções que norteiam o trabalho pedagógico:
10. Concepção Curricular
Os estudos culturais permitem conceber o currículo como um campo de
luta em torno da significação e da identidade da escola. Sob esta perspectiva, o
currículo é um artefato cultural que como “instituição” é uma invenção como qualquer
outra e como “conteúdo” é uma construção social.
Como construção social, o currículo não pode ser compreendido sem que
50
haja uma análise das relações de poder que fizeram e fazem com que se tenha a
definição determinada de currículo e não outra, que fizeram e fazem com que o
currículo inclua um tipo determinado de conhecimento e não outro.
Desse modo, o currículo escolar de acordo com as Diretrizes Curriculares
da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino (2003-06) deve apontar
horizontes bem definidos, propostas claras e decisão firme para implementar uma
política educacional de qualidade. Assim, o conceito de currículo remete,
necessariamente, à reflexão sobre para que serve, a quem serve e que tipo de sujeito
forma.
Diante disso, o currículo é visto como uma práxis antes que um objeto
estático. Mesmo porque, ele emana de um modelo coerente de pensar a educação ou
as aprendizagens necessárias dos educandos e não se esgota na parte explícita do
projeto de socialização cultural nas escolas. O currículo também reagrupa à sua volta
uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais o fazer pedagógico na
instituição escolar e os saberes a serem socializados.
Diante de sua missão, a escola, através do currículo, passa a trabalhar
um projeto de educação para a vida, devendo ser uma organização que aprenda e que
seja capaz de ensinar. O que exigirá do aluno um comportamento ativo e livre no
processo de aprendizagem, dando-lhe uma sensação de auto-direção e decisão.
Conforme a Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96,em
seu Art. 27, os conteúdos curriculares da educação básica serão direcionados no
sentido de difundir valores fundamentai ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, respeito ao bem comum e à ordem democrática, entre outros.
Nesse sentido, o currículo deve ser entendido como um espaço de
construção social que enfatize precisamente o caráter construído e interpretativo do
conhecimento, proporcionando ao educando os saberes necessários à sua vida em
sociedade; resgatando os valores da vida, do conhecimento e do trabalho, e motivando
as pessoas a vivê-los de forma mais intensa. Portanto, o currículo é o orientador das
práticas educativas na escola e por isso está em constante mudança devido a fatores
de ordem epistemológica – social (mudanças que ocorrem no campo das ciências) e de
também de ordem sistêmica.
51
11. Concepção de Ensino-Aprendizagem:
Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor,
supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. Nesse processo,
o ensino ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos
e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano.
Atualmente, entretanto, sabe-se que é necessário ressignificar a
unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, em última instância, sem
aprendizagem o ensino não se realiza.
Para a estruturação da intervenção educativa é fundamental o
professor distinguir o nível de desenvolvimento real do potencial do aluno. O nível de
desenvolvimento real se determina como aquilo que o aluno pode fazer sozinho em
uma situação determinada, sem ajuda de ninguém.
O nível de desenvolvimento potencial é determinado pelo que o aluno
pode fazer ou aprender mediante a interação com outras pessoas, conforme as
observa, imitando, trocando ideias com elas, ouvindo suas explicações, sendo
desafiado por elas ou contrapondo-se a elas, sejam essas pessoas o professor ou seus
colegas. Existe também uma zona de desenvolvimento próximo, dada pela diferença
existente entre o que um aluno pode fazer sozinho e o que pode fazer ou aprender com
a ajuda dos outros.
De acordo com essa concepção, falar dos mecanismos de intervenção
educativa equivale a falar dos mecanismos interativos pelos quais professores e
colegas conseguem ajustar sua ajuda ao processo de construção de significados
realizados pelos alunos no decorrer das atividades escolares de ensino e
aprendizagem.
52
12. Concepção de Conhecimento:
O conhecimento está disponível nas mais diversas fontes de
informação, sejam formais – registrado – em livros, artigos, entre outros, sejam
informais, onde e destaca a conversa direta, face a face e se tem o acúmulo do
conhecimento tácito ou implícito, fruto das experiências vivenciadas ao longo do tempo,
da troca de informação, de conhecimento, - externalizados, mas não registrados.
Diante disso, “o conhecimento é o que cada indivíduo constrói como
produto do processamento da interpretação, da compreensão, da informação”
(VALENTE: 2000/2001, p. 8).
A prática, portanto, é a fonte originária do aprendizado e do
conhecimento humano, pois o ser humano é, por natureza constitutiva, um ser prático.
Segundo Boff (2000), conhecer, significa nascer junto com a realidade,
entrar em comunhão com a realidade, ou seja, um caminho privilegiado para a
compreensão da realidade. Isso porque, a realidade só pode ser transformada com a
conversão do conhecimento em ação. Essas demandas
crescentes de educação produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do
conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez mais
coisas, mas que as aprendam de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura da
aprendizagem, de uma nova forma de conceber e gerir o conhecimento, seja de
perspectiva cognitiva ou social.
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13. Concepção de Cultura:
O Brasil é um país extremamente heterogêneo, com diferenças
ressaltadas pela sua extensão, pela influência de povos de inúmeros países, pela
grande missigenação, somando ainda as diferenças regionais com suas culturas
próprias. Mesmo havendo essas subculturas típicas de cada região, não seria justo
pensar a cultura de forma fragmentada, mas sim como uma interação de todos esses
traços culturais. [ …] cultura como um conjunto de significados, expectativas e
comportamentos compartilhados por um determinado grupo social, o qual facilita,
ordena, limita, potencia os intercâmbios sociais, as produções simbólicas e materiais as
realizações individuais e coletivas dentro de um marco espacial e temporal
determinado. A cultura, portanto, é o resultado da construção social, contingente as
condições materiais, sociais e espirituais que dominam um espaço em tempo (Perez
Gomez, 2001, p.17). A cultura, portanto, denota um padrão de significados transmitidos
historicamente, incorporado em símbolos. Sendo assim, acreditamos que aponta
CANDU (2002), o grande desafio sobre a questão cultural é lidar com a diversidade,
com multiplicidade de tendências em relação a questão da cultura.
14. Concepção de Formação Continuada:
Segundo Ferreira (2003, p. 30), “uma sólida formação humana
relaciona-se diretamente com sua emancipação como indivíduo social, sujeito histórico
em nossa sociedade”.
Para esse novo cidadão do mundo, a formação é de suma
importância, seja ela formação inicial ou continuada. A formação continuada é
responsável pela formação profissional e cultural do indivíduo e da coletividade escolar,
compreendendo as condições de transformação da população em povo, como uma
coletividade de cidadãos, como seres sociais em condições de inserirem nas mais
diversas formas de sociabilidade que o mundo globalizado dispõe e impõe.
A formação de Gestores, segundo Estevão (2002, p. 96), “deverá
levar em consideração o educador e não apenas um gestor de processos”. Para o
54
autor, a autoridade será legitimada não tanto pela sua habilidade em manusear
técnicas de gestão, mas pelo seu perfil de pessoa educada e educador, capaz de
reconhecer e dar poder a outros autores, dentro do pressuposto de que o objetivo de
uma política democrática não é erradicar o poder, mas multiplicar os espaços em que
as relações de poder estarão abertas à contestação democrática.
No que se refere aos Professores, a formação continuada permitirá
um constante aperfeiçoamento, o que possibilitará estar vivenciando as mudanças
ocorridas na educação devido à evolução da sociedade para poder aplicá-las com seus
alunos e assim garantir um ensino de qualidade.
A Equipe Pedagógica deverá estar constantemente se
aperfeiçoando, para que possa dar subsídios aos professores com sugestões de
métodos e técnicas de ensino visando sanar dificuldades de aprendizagem.
Assim também a Equipe Técnico-administrativa e os Auxiliares de
Serviços Gerais necessitam de capacitação continuada para que possam exercer sua
função com eficiência, mesmo porque, em primeiro lugar, eles também são
educadores porque fazem parte da sociedade humana, que é essencialmente
educadora. Por isso não escapam do papel de educadores na escola, com funções
distintas, mas educativas, sejam elas de nível ambiental, alimentar, cultural, entre
outras.
Nesse sentido, uma formação nestes moldes pressupõe um gestor
e uma equipe pedagógica conscientes da possibilidade de desenvolvimento e
aprimoramento contínuo das capacidades de todos os envolvidos na prática educativa,
seja por meio da experiência vivida na escola ou por meio da formação continuada. O
que, sem dúvida, poderá se refletir nem maiores e mais significativas chances de se
implementar na escola uma aprendizagem consciente e emancipadora.
55
IV. MARCO OPERACIONAL
Quando falamos do Ato Operacional, buscamos uma educação que
considere o educando, não como efeito da ação do educador, mas sim como sujeito do
processo educativo, senhor de suas ideias, capaz de ter iniciativa própria, conhecedor
de seus direitos e obrigações, da realidade que o cerca, capaz de ampliar sempre mais
sua visão de sociedade e de mundo.
O Colégio Estadual Julio Farah na sua organização desenvolve uma
gestão democrática, que implica num repensar da escola como um todo, inclui a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas desenvolvidas, pois a participação de todos
assegura a transparência, o comprometimento do coletivo nas ações a serem
desenvolvidas, assim é dado o compromisso a cada segmento.
A comunidade escolar é chamada a participar de decisões, bem como
sugestões, pois sabemos que a escola não está ilhada, mas inserida numa
comunidade com expectativas e necessidade que precisam ser levadas em conta.
Apesar de muitos problemas temos que encará-los desafios a serem vencidos e não
como obstáculos intransponíveis, pois trabalhamos atuando juntamente com a
coletividade, juntos percorrendo caminhos para enfrentar as dificuldades em busca de
soluções.
Ato Operacional pode ser constatado em “Ensinar não é transferir
conhecimento” onde enfatiza a importância da educação para a transformação da
realidade social na qual o educando está inserido. É o momento que nos posicionamos
em relação às atividades a serem assumidas para tentar transformar a realidade de
nossa escola. É a tomada de decisões de como atingir nossas finalidades, nossos
objetivos e nossas metas.
É o momento de analisarmos o percentual de erros e acertos nas
decisões tomadas e se necessário propor novas ações. E para que isso aconteça,
devemos ter presentes algumas indagações: Como é a comunidade a quem nossa
escola presta serviço? Quais seus costumes, seus valores e os problemas que
enfrenta? Como redimensionar a organização do trabalho pedagógico?
Para buscar reposta aos questionamentos acima, propomos um
56
diagnóstico da escola, utilizando um questionário aplicado ao corpo docente,
funcionários, alunos e famílias, para levantar as principais fragilidades e expectativas
da comunidade escolar, internas e externas, em toda dimensão escolar.
Neste sentido acreditamos que através do nosso trabalho pedagógico
temos condições de levar nossos alunos a compreender a realidade da qual fazem
parte, bem como se situar, interpretá-la e contribuir para a sua transformação,pois a
competência primordial da escola que é educar, ensinar, aprender e dinamizar os
conteúdos a provocar a participação do aluno, sempre com o intuito de combater a
evasão e repetência.
As linhas de ação do Colégio Estadual Julio Farah- Ensino
Fundamental e Médio terá como base os eixos norteadores da educação, partindo das
ações:
• buscar os princípios de igualdade de condições para o acesso, a permanência e
o sucesso na escola, primando pela liberdade de aprender a ensinar e a
garantia de um padrão de qualidade na educação oferecida;
• promover através das diferentes disciplinas que processo de ensino-
aprendizagem aconteça de fato, para que o acesso ao conhecimento ocorra de
assegurando o desenvolvimento intelectual dos alunos;
• Partir dos saberes experienciados pelos educandos e do conhecimento
universal historicamente acumulado pela humanidades, respeitando a
diversidade dos educandos de modo a reconhecê-lo e a valorizá-lo;
• Abrir espaço para ao diálogo para que o educando possa ouvir e ser ouvido;
• Garantir condições indispensáveis para o acesso e permanência do aluno na
escola, principalmente dos que apresentam necessidades educativas especiais;
• Buscar formas de planejamento com a participação do colegiado;
• Buscar parceria para palestras;
• Manter reflexão constante sobre “A escola que temos e a escola que
queremos”;
• Manter a organização, a disciplina, o respeito dos educandos para com a
comunidade escolar;
• Aquisição de instrumentos para formar a fanfarra da Escola;
• Promover pesquisa, capacitação e grupos de estudos;
• Combater a evasão e repetência;
57
• Execução do projeto FICA;
• Desenvolver trabalhos artísticos e corporais, teatros e outros;
• Cultivar o respeito, afeto e a amizade através de debates e discussões;
• Realizar eventos extras classe: concursos de teatro, desenho, e redação,
gincanas sociais, esportivas e culturais;
• Realizar avaliação periódica do rendimento escolar;
• Reelaborar as normas da instituição, quando necessário.
1. Instâncias Colegiadas
Na gestão democrática, a qual é trabalhada no nosso Colégio, as
instâncias colegiadas são importante ferramentas para o sucesso do trabalho
pedagógico, estabelecendo relação direta com o Projeto Político e para a efetivação da
democracia no interior da escola, onde discentes, docentes, pais e comunidade escolar
tem vez e voz.
Dessa forma, é de fundamental importância que tal relação seja
permeada de respeito, compromisso, responsabilidade, cumplicidade e ética, para que
se atinjam as metas pré-estabelecidas.
A Instância Colegiada é composta por: Conselho Escolar ou Conselho
Deliberativo, a APMF (Associação de Pais, professores e funcionários) os Conselhos
de Classes os Grêmios Estudantis ou outras formas de organizações estudantis.
Todas essas formas institucionalizadas de participação são importantes
porque constituem instâncias que permitem a interlocução de saberes , de interesses e
de culturas. Esta interlocução é fundamental para que se realize o encontro dos
saberes, que é o campo fecundante das aprendizagens. Não se aprende por
transmissão de conhecimento.
A educação bancária como falsa concepção da prática pedagógica foi
vasta e claramente denunciada por Paulo Freire. Conhecimento como objeto do
trabalho pedagógico é um processo de ampliação do saber, que ocorre pelo confronto
do saber, que a criança tem ou da comunidade com o saber escolar ou da
humanidade. Não se elimina uma forma de falar quando se amplia a capacidade
58
linguística e comunicativa.
Para que se realize o encontro de saberes e o saber escolar contribui
efetivamente para a aprendizagem dos alunos, importa instâncias de vigilâncias que
apoiem e acompanhem a articulação entre o saber “erudito”, a cultura acumulada da
humanidade e o saber da comunidade.
Os órgãos colegiados, com a contribuição dos pais, de representantes
das organizações da comunidade, têm um papel importante na elaboração, execução e
avaliação da proposta pedagógico-didática da escola.
Para construir oportunidades educacionais para a emancipação das
crianças, adolescentes e jovens, a participação da comunidade e o encontro de
saberes diferentes são indispensáveis.
1.1. Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF).
A APMF ou simulares pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino, não
tendo caráter político partidário, religioso, racial nem fins lucrativos, são sendo
remunerados seus dirigentes e conselheiros, sendo constituído por prazo
indeterminado.
De acordo com o Art.3º do Estatuto da APMF os objetivos da APMF
são:
I- discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho
Escolar e equipe- pedagógica – administrativa;
II- prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica
do Estabelecimento de Ensino;
III- buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade.
IV- Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização em grêmio estudantil com o apoio da APMF e Conselho
59
Escolar.
V- Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo desta forma,
para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública gratuita e
universal.
VI- Promover o entrosamento entre os pais, alunos, professores e funcionários e toda a
comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportiva, ouvindo o
Conselho Escolar.
VII- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e o lhes forem repassados
através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta
com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.
VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações
conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.
Atribuições da APMF
• Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica sugerindo as
alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento
de Ensino, para deferimento ou não;
• Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive
resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que
concerne à utilização das dependências da unidade escolar para a realização
de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;
• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como a comunidade, após analise do
Conselho Escolar;
• Promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo pais,
professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades
apontados por este segmento, podendo ou não ser emitido certificado, de
acordo com critérios da SEED;
• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
60
• Convocar através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da
comunidade escolar, com no mínimo 02 dias úteis de antecedência, para
Assembleia Geral Ordinária e com no mínimo 01 dia útil para a Assembleia
Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade
escolar, com pauta claramente definida na convocatória;
• Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos
advindos de convenio publico mediante a elaboração de planos de aplicação,
bem como, reunir-se para a prestação de contas desse conselho, com
registro em ata;
• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar,
através de Editais e em Assembleia Geral;
• Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de
bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho
Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento ã direção do
estabelecimento de ensino;
• Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,
comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação
do estabelecimento de Ensino;
• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo,
preenchido em 02 vias;
• Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços de
terceiros para prestação de serviços temporários na forma prescrita no
Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia
informação à Secretaria de Estado da Educação;
• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização
enquanto órgão representativo para que esta comunidade expresse suas
expectativas e necessidades;
• Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do
Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo
e Fiscal, em seguida, torná-la pública;
• Apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades
com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros
61
da APMF, ouvido o Conselho Escolar do estabelecimento de ensino;
• Indicar, entre os membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e
Fiscal, o (os) representante(s) para compor o Conselho Escolar;
• Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de
atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e
programas nos Estabelecimentos de Ensino da rede Pública Estadual,
apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente
repassados e prestação de contas do Tribunal de Contas do Estado do
Paraná dos recursos utilizados;
• Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei
Federal nº 8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado
do Paraná, dos recursos utilizados com o acompanhamento do Conselho
Escolar;
• Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas
físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil
pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação;
• Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação
referente a APMF, obedecendo aos dispositivos legais e normas do Tribunal
de Contas;
• Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por
30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do
estabelecimento de Ensino;
Parágrafo Único – manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a
Certidão Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de
Contas do Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros
documentos de legislação vigente, para fins necessários.
62
1.2. Conselho Escolar
De acordo com Regimento Escolar, deste Estabelecimento de Ensino,
o Conselho Escolar é órgão de caráter consultivo, deliberativo e de mobilização mais
importante do processo de gestão democrática na escola. Sua tarefa mais importante é
acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e, nela, o processo ensino-
aprendizagem. Assim, a função do Conselho Escolar é fundamentalmente político –
pedagógica.
É política na média em que estabelece as transformações desejadas
na pratica educativa escolar, e é pedagógica, pois indica os mecanismos necessários
para que essa transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira atividade
do Conselho Escolar é a de discutir e delimitar o tipo de educação a ser desenvolvido
na Escola, para torna-la uma pratica democrática comprometida com a qualidade
socialmente referenciada.
Os membros do Conselho Escolar, são sujeitos, atores e autores da
construção de si e da história de seu entorno. Como membros do conselho são co-
autores do Projeto Político Pedagógico da Escola. Como autores devem compartilhar a
superação dos problemas e a construção de novas iniciativas para a escola , exigidas
pela complexificação da cultura e pela superação de problemas sociais.
1.3. O Conselho de Classe
O Conselho de Classe, de acordo com o Regimento Escolar, é um
órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didáticos
pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe tem por objetivo refletir sobre o desempenho
dos alunos a partir das observações e registros (sob a forma de dossiê) organizados
pelos professores em consonância com os objetivos do Projeto Político-Pedagógico da
Escola e efetivar a expressão dos resultados das avaliações bem como comprová-las,
sempre que necessário contactando com a família.
63
De acordo com Cruz, 2003:
O Conselho de Classe deve ser instrumento eficaz, dentro do processo global de avaliação que a escola desenvolve, de produção de pequenas transformações educativas que sejam SINAL e PRESENÇA das transformações sociais desejadas por todos.
Integrantes do Conselho de Classe:
• Diretor;
• Equipe Técnico-Pedagógico.;
• Professores da série/turma;
• Alunos representantes de turma;
• Pais.
Conselho de Classe tem por finalidade:
• Estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico;
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhe valores;
• Analisar os resultados da aprendizagem com o desempenho da turma com a
organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
• Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetro indicados
pelos conteúdos necessários de ensino evitando a comparação dos alunos entre
si;
Competências do Conselho de Classe:
• Oportunizar a cada professor a visão global da aprendizagem do aluno através
do confronto das diversas avaliações colhidas bem como de outras informações;
• Traçar um perfil da turma, indicando alunos com dificuldades específicas,
analisando as causas do seu rendimento e encaminhando-os à recuperação de
conteúdo;
• Tomar decisões visando atender às necessidades da série e de cada aluno;
64
• Interpretar e registrar sistematicamente os dados analisados;
• Avaliar o desempenho docente em relação ao desempenho discente;
• Redimensionar, se necessário, procedimentos pedagógicos a partir da análise
dos planos de trabalho;
• Buscar a coerência com o Projeto Político-Pedagógico da Escola;
• Opinar, refletir e decidir sobre a avaliação final do aluno;
• Registrar, em ata própria, todas as decisões do Conselho de Classe bem como
contactar com a família para que esta tome conhecimento destas decisões;
• Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendizagem,
respondendo as consultas feitas pelo diretor e equipe pedagógica;
• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
• Propor medidas que viabilizem o melhor aproveitamento escolar, tendo em
vista o respeito a cultura do educando integração e relacionamento com os
alunos na classe;
• Estabelecer planos viáveis de recuperação de alunos em consonância com o
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de Ensino;
• Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação de alunos transferido quando se fizer necessário;
• Decidir sobre aprovação ou reprovação do aluno que, após apuração dos
resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo Estabelecimento, levando-
se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.
É presidido pelo Diretor. Em sua ausência, por um componente da Equipe
Técnico-Pedagógico. Reúne-se tantas vezes quantas forem necessárias e
sistematicamente nos quatro momentos de avaliação , a fim de que o resultado do
rendimento do aluno, expresso em nota ou conceito, seja fruto de um processo
pedagógico sério, competente e coletivo.
65
1.4 Grêmio Estudantil
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado
apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e
esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesses dos
estudantes, que não fazem parte do currículo escolar, e também organizando
reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para
estudantes e muitas outras coisas. O grêmio é muito importante, pois é um órgão
reconhecido e de apoio à direção da escola.
O grêmio estudantil não terá caráter político partidário, religioso, racial
e também não deverá ter fins lucrativos, sua organização, seu funcionamento e as
atividades do grêmio serão estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia
Geral do corpo discente do estabelecimento de ensino.
O grêmio estudantil é um órgão aliado no desenvolvimento das ações
propostas pela escola e contribui para que a integração aconteça. Apoiam a Direção
em seus Projetos e também promovem atividades culturais, esportivas, promoções,
palestras entre tantas outras atividades.
2. Sistema de Avaliação da Educação e da Escola
A questão de avaliação da aprendizagem, tema muito debatido e que
até hoje “nada mais é do que localizar necessidades e se comprometer com a sua
superação. (VASCONCELLOS, 2002, pg.83), neste sentido, dentro da escola
encontramos muitos entraves em torno desta, devido a realidade na qual está inserida,
marcada pela lógica social seletiva e excludente, chamada “reprovação”, que tem sido
uma forma mais simples de livrar-se das “responsabilidades”,
Partindo do pressuposto que a função da escola é formar cidadãos,
crítico, participativo, autônomo, atuante e transformador da sociedade, isto é,
preparado para enfrentar a vida e seus desafios, devemos trabalhar para que essas
66
mudanças realmente aconteçam e não deixarmos “adequarmos” a lógica social dada.
Amparados no Regimento Interno da Escola, no Capitulo da Avaliação
para que possamos construir a práxis no trabalho devemos levar em consideração as
seguintes dimensões:
• Forma de Avaliação;
• Conteúdos da Avaliação;
• Intencionalidade;
• Vínculo Pedagógico;
• Suporte Institucional e Sistema.
Durante o processo precisamos:
• Mudança de postura;
• Criticidade;
• Totalidade;
• Visão do Processo;
• Decisão Coletiva;
• Ética.
Entendemos que avaliação não deve ser um instrumento para verificar
o que não se sabe e provar isto a ele, mas deve servir para retomar o que não
aprendido.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em
1.996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos
qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Apoiados na LDB, entendemos que a
avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino, e portanto, deve
ser entendida como mais uma oportunidade de aprendizado.
Sabe-se que avaliar não é um simples ato, mas que é uma ação
presente no nosso cotidiano. De acordo com LUCKESI, “a denominação avaliação da
aprendizagem é recente” (pg. 170, 2003) verifica-se portanto, que a metodologia
utilizada e a forma como vem se desenvolvendo todo o processo é mesmo, ou, com
poucas variações. E ainda baseados no mesmo autor percebe-se que “avaliação é um
ato amoroso, no sentido de que avaliação por si só, é um ato acolhedor, integrativo,
inclusivo,... importando distinguir avaliação de julgamento”.
67
A avaliação, ao se restringir ao julgamento sobre sucesso e fracasso
dos alunos perde o caráter amoroso, passando a ser compreendida como um conjunto
que tem a função de alimentar, sustentar e orientar todo o trabalho pedagógico. Sendo
que, vista por outro prisma, serve para subsidiar a construção do conhecimento,
possibilitando uma forma contínua e cumulativa de avaliar, sendo que hoje a ênfase
está no aprender. Assim, avaliação possa ser entendida como processo:
• Dinâmico; contínuo , integrado e progressivo;
• Voltado para necessidades reais do aluno;
• Abrangente; cooperativo e versátil.
A Seção X do Regimento Escolar, Da Avaliação da Aprendizagem, da
Recuperação de Estudos e da Promoção, regimenta a avaliação da seguinte forma:
Art. 98. A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo
ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
Art. 99. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir
o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de
síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art. 100. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e
a um único instrumento de avaliação.
Art. 101. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto
Político-Pedagógico.
Art. 102. A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
68
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Art. 103. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam
a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art. 104. Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados
obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art. 105. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados
durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art. 106. A recuperação de estudos é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art. 107. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art. 108. A recuperação será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a
área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 109. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas
expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art. 110. Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade
de sua vida escolar.
Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às
69
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de
Classe.
Art. 111. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento
escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Art. 112. A recuperação será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimento didáticos-metodológicos diversificados.
Parágrafo Único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a
área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 113. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais
do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Art. 114. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo. A média anual será o resultado da média aritmética
como segue:
Média Final ou MF= 1ºB + 2º B + 3º B + 4 º B =____
4
Art 115. O Processo de Avaliação tem como objetivo verificar a
aprendizagem, a assimilação de conhecimentos, a capacidade de reflexão e de
expressão e o desenvolvimento do educando.
Art 116. Será atribuído a nota 5,0 (cinco vírgula zero) na somatória de
notas resultante das avaliações processuais, que deverão ser no mínimo duas.
Parágrafo Único – O aluno que não atingir a nota 5,0 (cinco vírgula zero)
na somatória, terá direito à recuperação de estudos, possuindo valor substitutivo,
valendo sempre a maior.
70
Art. 117. Será atribuído valor 3,0 (três vírgula zero), na somatória de
notas para atividades diversificadas, sendo no mínimo duas atividades.
Art. 118. Será atribuindo o valor 2,0 (dois vírgula zero) para o aluno que
realizar as atividades propostas para o bimestre, participar das aulas e ser assíduo.
Art. 119. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I - frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente
do aproveitamento escolar;
II - frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
Art. 120. A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de
retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art. 121. Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
3. Ações de Enfrentamento à Evasão Escolar
• Dinamização das aulas para que levem os alunos a questionarem e se
auto-avaliarem, tornando- os críticos e participativos;
• Implementação do processo de recuperação (divulgação dos trabalhos
realizados pela escola em jornais, rádios, revistas, etc). Diagnostico e
avaliação da prática pedagógica;
• Fazer um diagnóstico da escola, utilizando um questionário aplicado ao
corpo docente, funcionários, alunos e famílias, para levantar as
principais fragilidades e expectativas da comunidade escolar; interna e
71
externa, em todas as dimensões do espaço escolar;
• A formação dada através de: Oficinas Pedagógicas, Grupos de Estudos,
utilização de técnicas inovadoras em Reuniões Pedagógicas , Troca de
Experiências e Capacitação;
• Promoção de Encontro com os pais, para maiores informações,
palestras, reflexões;
• Apoio ao desenvolvimento de Projetos Pedagógicos para
enriquecimento do processo ensino-aprendizagem;
• Implementar a fanfarra da Escola;
• Implementação do Coral, grupo de danças e o grupo de teatro da
Escola;
• Oportunizar a todos os alunos a acesso ao lazer e a atividade física ,
promovendo também, jogos inter –séries, participação nos jogos
municipais e mas demais competições que surgirem;
• Permanência do aluno na escola com eficiência, garantindo-lhe um
ensino de qualidade, combatendo assim a evasão e repetência;
• Através de gestão democrática e participativa estimular a participação
mais efetiva da APMF e Conselho Escolar;
• Continuação de todos os Projetos já em andamento na Escola e
previstos no Projeto Político Pedagógico;
• Dinamizar e democratizar o Conselho de Classe, propondo a avaliação
contínua e participativa, utilizando os mais diferentes recursos
metodológicos.
RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS:
• Projeto Político-Pedagógico: todos os segmentos da Escola;
• Jogos Inter-Séries, Municipais e Colegiais: professor de educação física e áreas
afins;
• Implementação da Fanfarra : instrutor;
72
• Coral: professor de educação artística;
• Teatro: professor de língua portuguesa e educação artística;
• Feria de Ciências e/ou Mostra Cultural e Científica: todos os segmentos da
Escola;
• Projeto Sala de Apoio: professor específico da sala;
• Projeto Conselho de Classe : todos os professores e equipe pedagógica;
• Projeto Jogos Inter- séries: professores de educação física;
• Projeto Páscoa Fraterna: todos os professores;
• Projeto Agenda 21 Escolar: professores coordenadores e demais professores;
• Reunião de Pais: direção, equipe pedagógica e professores;
• Grupos de Estudos: direção, equipe pedagógica e professores;
• Planejamento: direção, equipe pedagógica e professores;
• Palestras: direção, equipe pedagógica e professores;
• Oficina Pedagógica: direção, equipe pedagógica e professores;
• Capacitação Continuada: direção, equipe pedagógica e professores;
• Planejamento: direção, equipe pedagógica e professores;
• Reunião Pedagógica: direção, equipe pedagógica e professores;
• Encontros para lazer: direção, equipe pedagógica, professores e funcionários;
• Projeto para ampliação e melhorias no prédio: direção.
4. Ações de Enfrentamento às Drogas
Como é de conhecimento de todos e infelizmente o uso de drogas é
uma prática realizada, mas mascarada, na sociedade que traz graves consequências,
no âmbito familiar e profissional, elevado índice de violência e aumento de acidentes de
trânsito sem apontar todos os problemas sociais causados são por ela em todos os
níveis e classe social.
Diante de tal cenário é imprescindível que a escola promova ações que
valorizem a vida, regaste a auto-estima e proporcione atividades prazerosas no interior
73
da escola, pois tem um papel fundamental no desenvolvimento adolescente e do
adulto, contribuindo para a formação integral do educando. A prevenção ao uso de
drogas é uma ação é deve ser promovida o tempo todo, incutindo e conscientizando
sobre os malefícios de tal uso.
AÇÕES:
• Concurso de Jingle;
• Concurso de Folders;
• Concurso de Cartilha Educativa de Prevenção ao uso Indevido de Drogas;
• Palestras.
5. Violência e a Indisciplina na Escola.
Para coibir a violência e indisciplina no nosso Colégio, contamos com a
Patrulha Escolar, que é uma Organização Policial Militar do Paraná (OPM),
especializada na aplicação do policiamento comunitário escolar para todo o Estado.
Seu objetivo é prevenir ações de violência no âmbito escolar com palestras,
orientações direcionadas às crianças e adolescentes, pois o trabalho é feito de forma
preventiva em conjunto com os pais e a escola, uma parceria que tem dado certo.
6. Orientação sobre a gravidez na adolescência
A Lei nº 16105/2009, que orienta sobre a gravidez na adolescência , ainda
é trabalhada de forma bem tímida, mas contamos com a parceria do Curso Técnico de
Enfermagem, para ministrarem palestras direcionadas às diferentes faixas etárias,
abordando bem o assunto.
74
7. Dia da Consciência Negra
O Colégio sempre trabalha buscando promover ação educativa de
combate ao racismo e a discriminação através das várias disciplinas no contexto da
sala de aula, onde atividades culturais são realizadas envolvendo o tema e com a
culminância no dia 22 de novembro, onde os alunos tenham a oportunidade de
demonstrar sua criatividade, suas habilidades e seus talentos .
8. Ações que envolvam a escola e outras instituições ou
instâncias
Comemoração e Desfile Cívico
O Departamento Municipal de Educação estabelece todos os anos que
todos os estabelecimentos de ensino participem do Desfile Cívico em comemoração ao
aniversário do município, mas deixa claro que não custeia nenhuma despesa.
9. Sala de Apoio L. Portuguesa Matemática
Com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas
pelas crianças que frequentam a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. A sala de
apoio oferece atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática, tendo como objetivo principal trabalhar com a defasagem
de conteúdo que as crianças apresentam quando da 4ª série/5º ano, ou seja, são
dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem
como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.
Utilizando toda uma metodologia diferenciada e um material específico as
aulas são preparadas para motivar e despertar os alunos que apresentam dificuldades
75
nessas disciplinas, para que consigam acompanhar o desenvolvimento dos conteúdos.
Pode - se verificar que a sala de apoio tem refletivo de maneira positiva
na aprendizagem dos alunos, o que comprova esse fato, é a diminuição das taxas de
reprovação nas quintas-séries.
10. Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização
Hospitalar (SAREH)
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH),
é um serviço que tem como objetivo dar atendimento educacional aos alunos , que se
encontram impossibilitados de frequentar a escola, pelo fato de estarem em tratamento
de saúde, comprovado através do atesto médico e também em situação de
internamento hospitalar, possibilitando que o processo de ensino-aprendizagem se
efetive através de atividades domiciliares, de acordo a SEED, esse programa permite a
continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu
ambiente escolar.
11. O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
e a História do Paraná ;
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena e a História do
Paraná é contemplado nas diversas disciplinas do currículo, trabalhado em nosso
Colégio, tendo como objetivo o resgate da cultura reconhecimento e valorização da
identidade, história e cultura dos afro- brasileiros e indígenas.
Tais conteúdos serão trabalhados no âmbito da educação básica e em
consonância com a Secretaria de Estado da Educação, e amparados na Resolução
abaixo descrita:
a) Resolução nº 1, de 17/06/2004
O Presidente do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista o
76
disposto no art. 9º, § 2º, alínea "c", da Lei no 9.131, publicada em 25 de novembro de
1995, e com fundamentação no Parecer CNE/CP 3/2004, de 10 de março de 2004,
homologado pelo Ministro da Educação em 19 de maio de 2004, e que a este se
integra, resolve:
Art. 1º A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam
nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que
desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores.
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o
planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a
educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e
pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de
nação democrática.
§ 1º A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a
divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos
legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira.
§ 2º O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por
objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-
brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das
raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas.
Art. 3º A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e
Cultura Afro-brasileira, e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de
conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições
de ensino e seus professores, com o apoio e supervisão dos sistemas de ensino,
entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas, atendidas as indicações,
recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 3/2004.
Art. 4º Os sistemas e os estabelecimentos de ensino poderão estabelecer
canais de comunicação com grupos do Movimento Negro, grupos culturais negros,
77
instituições formadoras de professores, núcleos de estudos e pesquisas, como os
Núcleos de Estudos Afro-brasileiro, com a finalidade de buscar subsídios e trocar
experiências para planos institucionais, planos pedagógicos e projetos de ensino.
Art. 5º Os sistemas de ensino tomarão providências no sentido de
garantir o direito de alunos afrodescendentes de frequentarem estabelecimentos de
ensino de qualidade, que contenham instalações e equipamentos sólidos e
atualizados, em cursos ministrados por professores competentes no domínio de
conteúdos de ensino e comprometidos com a educação de negros e não negros,
sendo capazes de corrigir posturas, atitudes, palavras que impliquem desrespeito e
discriminação.
Art. 6º Os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino, em suas
finalidades, responsabilidades e tarefas, incluirão o previsto o exame e
encaminhamento de solução para situações de discriminação, buscando-se criar
situações educativas para o reconhecimento, valorização e respeito da diversidade.
§ Único: Os casos que caracterizem racismo serão tratados como crimes
imprescritíveis e inafiançáveis, conforme prevê o Art. 5o, XLII da Constituição Federal
de 1988.
Art. 7o Os sistemas de ensino orientarão e supervisionarão a elaboração
e edição de livros e outros materiais didáticos, em atendimento ao disposto no Parecer
CNE/CP 3/2004.
Art. 8o Os sistemas de ensino promoverão ampla divulgação do Parecer
CNE/CP 3/2004 e dessa Resolução, em atividades periódicas, com a participação das
redes das escolas públicas e privadas, de exposição, avaliação e divulgação dos êxitos
e dificuldades do ensino e aprendizagens de História e Cultura Afro- Brasileira e
Africana e da Educação das Relações Étnico-Raciais.
b) Lei nº 11,645/2008:
A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 Altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de janeiro de 2003, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira Africana e
Indígena”.
Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a
vigorar com a seguinte redação:
78
Art. 26- A “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino
médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira,
a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos
africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando
as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à história do
Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos
povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar,
em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.”(NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
12 . Educação Ambiental.
O nosso Colégio tem grande preocupação em trabalhar a educação
ambiental e desenvolver nos alunos a consciência da sustentabilidade, através da
utilização consciente dos recursos e da produção, para que consigamos desenvolver
uma sociedade responsável e voltada para a sustentabilidade.
Acreditamos que o novo desafio da educação, a sociedade mundial é
promover ações para recuperação do planeta, devido aos grandes impactos e
agressões sofrido pelo meio ambiente, ações essas, cujas sementes serão lançadas
no interior da escola e embasadas na Lei nº 9795/99, que institui a Política Nacional
de Educação Ambiental descrita abaixo:
Lei nº 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental
79
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente
da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
educação ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a
educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e
permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio
ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria
e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões
do processo produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação
de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada
para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.
Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:
80
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque
da sustentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da
inter, multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas
sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade
individual e cultural.
Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente
em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos,
psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa
da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis
micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,
justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a
tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e
solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
81
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 6o É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental.
Art. 7o A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera
de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de
ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental.
Art. 8o As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação
Ambiental devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por
meio das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas:
I - capacitação de recursos humanos;
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III - produção e divulgação de material educativo;
IV - acompanhamento e avaliação.
§ 1o Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação
Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei.
§ 2o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos profissionais de todas as áreas;
III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão
ambiental;
IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área de
meio ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no
que diz respeito à problemática ambiental.
§ 3o As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão
para:
82
I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à
incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino;
II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a
questão ambiental;
III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à
participação dos interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à
problemática ambiental;
IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação
na área ambiental;
V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a
produção de material educativo;
VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio
às ações enumeradas nos incisos I a V.
Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas,
englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do
ensino formal.
§ 1o A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina
específica no currículo de ensino.
83
§ 2o Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao
aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada
a criação de disciplina específica.
§ 3o Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em
todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das
atividades profissionais a serem desenvolvidas.
Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação
de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação
complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente
ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação
Ambiental.
Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de
ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do
disposto nos arts. 10 e 11 desta Lei.
Seção III
Da Educação Ambiental Não-Formal
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público, em nível federal, estadual e municipal,
incentivará:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em
espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de
temas relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações
não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas
à educação ambiental não-formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento
de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as
organizações não-governamentais;
84
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de
conservação;
V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às
unidades de conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 14. A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará
a cargo de um órgão gestor, na forma definida pela regulamentação desta Lei.
Art. 15. São atribuições do órgão gestor:
I - definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;
II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e
projetos na área de educação ambiental, em âmbito nacional;
III - participação na negociação de financiamentos a planos, programas e
projetos na área de educação ambiental.
Art. 16. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua
competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para
a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de
Educação Ambiental.
Art. 17. A eleição de planos e programas, para fins de alocação de
recursos públicos vinculados à Política Nacional de Educação Ambiental, deve ser
realizada levando-se em conta os seguintes critérios:
I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política
Nacional de Educação Ambiental;
II - prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional
de Educação;
III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos
a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.
Parágrafo único. Na eleição a que se refere o caput deste artigo, devem
ser contemplados, de forma equitativa, os planos, programas e projetos das diferentes
85
regiões do País.
Art. 18. (VETADO)
Art. 19. Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio
ambiente e educação, em nível federal, estadual e municipal, devem alocar recursos
às ações de educação ambiental.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa
dias de sua publicação, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho
Nacional de Educação.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 27 de abril de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Renato Souza
86
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH -
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE ARTE
IBAITI – PARANÁ2012
87
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde o início da história da humanidade a arte se faz presente como
um instrumento de linguagem, expressão e comunicação.
Pela arte, o ser humano se torna consciente de sua existência
individual e social, ele se percebe e se interroga sendo levado a interpretar o mundo e
a si mesmo.
Neste sentido a escola constitui-se num espaço privilegiado para uma
educação que estabeleça o diálogo entre o particular e o universal, contribuindo para o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação.
Portanto, educar os alunos através da arte, (música, artes plásticas,
visuais, dança e teatro) é de ampliar suas possibilidades de fruição de expressar
artística, vendo a arte como conhecimento e como trabalho criador.
- Nas artes o professor explorará as visualidades em formato
bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características especificas
ma estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no
espaço. Aprofundar conhecimentos em História da Arte em Geral.
- Na dança, o principal elemento básico a ser estudado é o movimento.
A partir do seu desenvolvimento no tempo, espaço, explorará as possibilidades de
improvisação e composição com os alunos.
- Na música, a escritas conscientes dos sons percebidos, bem como a
identificação das suas propriedades, variações e as maneiras intencionais de como
esses sons são distribuídos numa estrutura musical, propiciando o reconhecimento da
organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais.
− No teatro as possibilidades da improvisação e composição no
trabalho com as personagens, com o espaço da cena e com desenvolvimento de
temática que partem de textos literários ou dramáticos, clássicos quanto de narrativas
orais e cotidianas.
88
CONTEÚDOS
ÁREAS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
1ª SérieConteúdos Específicos
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha- Superfície- Textura- Volume- Luz- Cor
- Figurativa- Abstrata- Figura /fundo- Bidimensional / tridimensional- Semelhança- Contrates- Ritmo visual- Gênero- Técnicas - Arte Pré-histórica
- Arte no Egito Antigo- Arte Grego-Romana- Arte Pré-colombiana nas Américas- Arte Ocidental- Arte Africana- Arte Medieval- Renascimento- Barroco- Neoclassicismo
MÚSICA - Altura- Duração- Timbre - Intensidade - Densidade
- Densidade
- Ritmo- Melodia- Harmonia - Intervalo melódico- Intervalo harmônico
TEATRO - Personagem:- Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia iluminação/Cenografia / figurino/caracterização/ maquiagem / adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo - Gêneros- Técnicas
DANÇA - Movimento corporal
- Ponto de apoio- Salto e queda
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ÁREAS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
2ª SérieConteúdos Específicos
ARTES VISUAIS
- Ponto- Linha - Forma - Textura- Superfície- Volume- Cor - Luz
- Perspectiva- Simetria - Técnicas - Gêneros - Deformação - Estilização- Técnicas - Gêneros
- Romantismo- Realismo- Impressionismo- Expressionismo- Fauvismo- Cubismo- Abstracionismo- Dadaísmo- Surrealismo- Op-art- Pop-art- Teatro Pobre- Teatro do Oprimido- Musica Serial- Musica Eletrônica- Rap, Funk, Techo- Música Minimalista- Arte Engajada- Hip Hop- Dança Moderna - VanguardasArtísticas- Arte Brasileira- Arte Paranaense- Indústria Cultural
MÚSICA - Altura- Duração- Timbre - Intensidade - Densidade
-Tonal- Modal- Gêneros- Técnicas- Improvisação
TEATRO - Personagem:- Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais- Ação- Espaço Cênico
- Representação- Sonoplastia iluminação/Cenografia / figurino/caracterização/ maquiagem / adereços- Jogos Teatrais- Roteiro- Enredo - Gêneros- Técnicas
DANÇA - Movimento corporal- Tempo- Espaço
- Rotação- Formação- Deslocamento- Sonoplastia- Ponto de apoio- Salto e queda
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ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Nas aulas de artes o objetivo é o conhecimento. Para tanto, deve-se
respeitar três momentos: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação;
através de aulas teóricas, CDs, filmes, documentários introdução de conceitos básicos
de história e elementos plásticos, cênicos e danças; o trabalho artístico que é a
prática criativa, através de aulas práticas usando materiais adequados, e o
conhecimento através de apresentações e exposições de trabalhos que servirão de
estímulo a produção e exercício de sendo crítico. Desta forma possibilitando ao aluno
um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, desta forma direcionar o
aluno à formação de conceitos artísticos.
Praticam pedagógicas a serem desenvolvidas no ensino da disciplina:
• Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea
(popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social
• Teoria da Música.
• Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical,
com enfoque na música de diversas culturas.
• Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes cultu-
ras e mídias.
• Teoria das artes visuais.
• Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e compo-
sição, com enfoque nas diversas culturas.
• Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação
com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
• Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
• Teorias do teatro.
• Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
• Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
• Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral
como fator de transformação social. Compreensão dos elementos que estrutu-
ram e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se
originaram.
91
• Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elemen-
tos de composição e movimentos e períodos da dança.
• Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada e executada.
• Teorias da dança.
• Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológi-
cos.
• Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
AVALIAÇÃO
Ao avaliar, o professor considerar a história do processo pessoal de
cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola. A avaliação
deverá ser significativa entre o criador e o que foi criado, sendo fundamentada para
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e
compartilha a produção do aluno. Através de uma definição feita pelo professor
estabelecendo critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos inclusive
os que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.
A avaliação deverá ser: diagnostica processual, qualitativa e
quantitativa. Com esse critério pretende-se avaliar se o aluno produz com liberdade e
marca individual, utilizando-se de técnicas, procedimentos, e de elementos da
linguagem visual, cênica, musical e danças em trabalhos feitos em grupo e individuais,
debates, pesquisas, provas teóricas e práticas e confecção de materiais.
Deverá ser qualitativa: assiduidade, pontualidade, participação.
Deverá ser quantitativa: objetiva, trabalhos em grupos, relatórios
individuais, debates, confecção de material, criatividade.
Critérios a serem utilizados:
• Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
• Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
92
singular e social.
• Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com a sociedade contemporânea.
• Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
• Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
• Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
• Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
• Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
• Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
• A quantidade de avaliações será no mínimo três, tendo pelo menos uma
individual a critério do professor.
• A atribuição de notas e valores ficará a critério dos professores conforme exige a
disciplina.
• Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
• Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
• Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas
mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Instrumentos a serem utilizados:
• Avaliações (Objetivas, dissertativas, orais e praticas)
• Trabalhos individuais e em grupos
• Relatórios individuais
• Debates
93
REFERÊNCIA
BERTELLO, M. A. Palavra em Ação: Arte. 1 ed. Uberlândia: Claranto, 2003.
CALDEIRA, E. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte da educação em Curitiba. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Paraná. 1998. Entrevista concedida a Teresa Cristina para a Tese de Mestrado de Dulce Osinski.
CAVALCANTI, T. K. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Paraná. 1998. Entrevista concedida a Dulce Osinski.
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.
PROENÇA, G. Histórico da Arte. 1 ed. São Paulo: Ática, 1997.
VALADARES, S. DINIZ, Célia. Arte no Cotidiano Escolar. 1ª Ed. São Paulo: Ática, 1999.
PENNA, M. É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos parâmetros curriculares. João Pessoa: Universidades C CHILA/PPGE, 2001.
Diretrizes curriculares da educação básica. Secretaria de Estado de Educação do Paraná.
94
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
IBAITI – PARANÁ
2012
95
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
É objeto da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade e
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
organizados e integrados, quer no nível de uma célula , de um indivíduo, ou ainda de
organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus
elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio.
As diferentes forma de vida que estão sujeitas à transformação que
ocorrem no tempo e no espaço, sendo ao mesmo tempo, transformadoras do ambiente,
pois ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento
e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos convidam e convivem com
outros sistemas explicativos, como por exemplo, os de explicação filosófica ou
religiosa.
Elementos da História e da Filosofia tornam possível aos alunos, a
compreensão de que há uma ampla rede de relações entre produção científica e os
contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que a formulação, a
validade ou não das diferentes teorias científicas está associadas ao seu processo
histórico.
No século XX, presenciou-se um intenso processo de criação científica
inigualável em tempos anteriores. A associação entre a ciência e tecnologia se ampliou,
tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o
próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade: a
ética nas relações dos seres humanos entre si, entre eles e seu meio; o planeta: ao
desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcaram
fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e
aplicação do conhecimento científico e tecnológico.
O conhecimento no campo da Biologia no Ensino Médio deve subsidiar a
análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento,
não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os
modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o
esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.
O estudo da Biologia deve subsidiar a analise e reflexão de questões
96
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao apropriamento de recursos
naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no
ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim o
modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
A Biologia deve também instrumentalizar os jovens para resolver
problemas que atingem diretamente sua perspectiva de futura, formar sujeitos críticos,
capazes de entender e analisar o modo de contribuir para melhoria da qualidade de
vida e de sua comunidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos.
• Sistemas biológicos: anatomia morfologia e fisiologia
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.es Vivos.
97
• Teorias evolutivas.
• Transmissão das características hereditárias.
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
• Organismos Geneticamente Modificados.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as
seguintes estratégias metodológicas de ensino: Prática social, Problematização,
Instrumentalização, Catarse e o Retorno à prática social.
• Prática Social – caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é perceber
e denotar, dar significação às concepções alternativas, do aluno a partir de uma visão
sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
• Problematização - é o momento de detectar e apontar as questões que precisam
ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a evolução destas questões, e as exigências
sociais de aplicação desse conhecimento.
• Instrumentalização - consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que
os alunos assimilem e transformem em instrumentos de construção pessoal e
profissional. Nesse contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem.
• Catarse - é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e
o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o aluno
passa da ação a conscientização.
98
• Retorno a Prática Social - caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o saber
concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária.
• Algumas estratégias de ensino que destacam-se:
• Aula dialogada, leitura, escrita, debate, experimentação, demonstração.
• Utilização de Jogos didáticos.
• Realização de Pesquisas.
• Uso de diferentes imagens, tais como: vídeo, transparências, fotos, cd rom e tv
pendrive.
• Estudo do meio através de visitas aos parques, praças, terrenos baldios, bosques,
rios, hortas, lixões.
Assim, ao utilizar-se destas estratégias metodológicas e retornando as
metodologias que favorecem a determinação dos marcos conceituais apresentados
nestas diretrizes curriculares para o ensino da Biologia, propõem-se a utilização de
estratégias acima apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados
naqueles momentos históricos, porém, adequados ao ensino neste momento histórico.
Os alunos têm que ter a mínima capacidade de pensar criticamente,
sendo capazes de analisar fatos e fenômenos ocorridos no Ambiente, relacionar Fatos
Sociais, Políticos, Econômicos e Ambientais.
Faz-se necessário atenção especial aos aspectos éticos da
experimentação animal e as legislações sendo Lei Estadual 14.037 de 20/ 03/2003.,
que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais, a Lei de Biossegurança e
Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente do Paraná, Política
Nacional de Biodiversidade .
AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que
mais se faça necessário uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de
idéias e comportamentos docentes se * senso comum * muito persistentes;
A avaliação na disciplina de Biologia, é entendida como instrumento cuja
99
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores
e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar
obstáculos.
A avaliação será somatória ou divisória conforme exige a disciplina, sendo
sempre contínua, utilizando-se dos seguintes critérios:
• Avaliação Quantitativa: Avaliação escrita e individual, trabalhos em grupo, pesquisas
extra-classe, observações, relatórios, vistos, atividades avaliativas em sala, trabalho
em sala de aula.
REFERÊNCIAS
FAVARETTO, José Arnaldo e MERCADANTE, Clarinda – Biologia – Editora Moderna.
SOARES, José Luis – Dicionário Etmológico e Circunstanciado de Biologia – Editora Scipione.
PAULINO, Wilson Roberto - Série Novo Ensino Médio – Editora Compacta.
JUNIOR, César da Silva- SASSON, Sezar – Biologia – Editora Saraiva.
BORBA, Augusto Adolfo, GROZETTA, Marcos Antonio de Souza, LAGO, Samuel Ramos – Biologia – Editora Vitória-Régia.
AMABIS, José Mariano, MARTHO, Gilberto Rodrigues – Bióloga – Editora Moderna.
LOPES, Sônia, ROSSO, Sérgio – Biologia Vol. Único – Editora Saraiva.
LAURENCE, J.- Biologia – Editora Nova Geração .
100
ALBERTS, B.et al. Fundamentos da Biologia Celular – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO , J. Biologia Celular e Molecular. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
STORER, T. I. et al. Zoologia Geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1989.
BORGES – OSORIO, M.R.; ROBINSON , W.M. Genética humana. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
DARWIN, C.R. A origem das espécies. São Paulo: Hemus, 1981.
FERREIRA, I.S ( orgs). Iniciação à bioética. Brasília: CFM, 1998.
WATSON, J.;BERRY, A . DNA: O segredo da vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
DAJOZ, R. Princípios de ecologia. São Paulo: Artmed, 2000.
RAVEN, P.H. Biologia Vegetal. 5.ed.Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan,1992 .
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
MEC/SEB – Orientações CurricularesNacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
Diretrizes curriculares da educação básica. Secretaria de Estado de Educação do Paraná.
101
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
IBAITI – PARANÁ2012
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Disciplina de Educação Física passou por algumas fases até se situar
como componente curricular, fases essas que deram toda uma roupagem diferente de
acordo com os períodos históricos, justificando assim tais mudanças, pois, quando
instituída nas escolas as práticas corporais adotadas eram as utilizadas na Europa e
aplicada através dos conhecimentos médicos e a instrução militar com a preocupação
do desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros.
As práticas de Atividades Físicas – Ginástica – como era conhecida,
visava o aprimoramento de capacidades e habilidades físicas baseados nos moldes
médicos higiênicos, à formação do caráter, da auto disciplina e hábitos higiênicos, não
se esquecendo do respeito a hierarquia e o amor a pátria.
Com a Proclamação da República as discussões sobre as instituições
escolares e as políticas educacionais, vieram a tona e Rui Barbosa teve fundamental
importância nessas discussões , pois afirmou a importância da Ginástica para a
formação do cidadão equiparando-a em reconhecimento em importância quanto as
demais disciplinas, tornando-se assim obrigatória nas instituições de ensino para
crianças a partir dos seis anos de idade para ambos os sexos a partir do século XIX.
No final da década de 30, o esporte começou a se popularizar, e não
por acaso, passando a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de
Educação Física, agora, no intuito de promover políticas nacionalistas, neste período,
houve um grande incentivo às tais práticas esportivas, com a criação de grandes
centros esportivos e a importação de especialistas que dominavam as técnicas de
algumas modalidades esportivas.
Nesse contexto, as aulas de Educação Físicas passam a ter um cunho
técnico, assumindo os códigos esportivos de rendimento, competição, comparação de
recordes, tratando-se apenas do esporte na escola, esquecendo-se da relevância do
esporte da escola, a instituição enquanto esporte escolar, passa a ser celeiro de atleta,
a base da pirâmide esportiva (BRACHT, 1992, p.22).
Com o passar dos tempos muitas reformas educacionais ocorreram no
Brasil, mais o esporte consolidou sua hegemonia com o objetivo principal das aulas de
Educação física em currículos cujo enfoque pedagógico estava sendo centrado na
103
competição e performance dos alunos, pois a escola sustentava “A Teoria da Pirâmide
Olímpica”, isto é, torna-se a base da pirâmide para a seleção e descoberta de novos
talentos nos esportes de elite nacional, aqueles chamados de esportes olímpicos –
Voleibol, Basquetebol, Futebol, Atletismo, etc – foram priorizados para formar atletas
que representasse o país em competições internacionais.
Na década de 70, a LDB 5692/71, por meio do seu artigo 7o e pelo
decreto nº 694750/71, manteve o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física
nas Escolas, passando a ter uma legislação específica e sendo integrada como
atividade regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de
ensino.
Nesse mesmo período ocorreu o surgimento da psicomotricidade e
muitas vezes a Educação Física ficou relegada a serviços de outras disciplinas, sendo
vista somente como elemento colaborador para a aprendizagem de conteúdos diversos
àqueles próprios da disciplina.
Em meados dos anos 80, houve um movimento de abertura política e o
início de um processo de redemocratização social, ocorrendo desta forma a renovação
do pensamento pedagógico da Educação Física, tais propostas ou tendências rompiam
com os paradigmas da aptidão física e esportivização, as chamadas correntes ou
tendências progressistas entram em cena, destacando as seguintes abordagens:
• DESENVOLVIMENTISTA;
• CONSTRUTIVISTA;
• CRITICO – SUPERADORA;
• CRITICO EMANCIPATÓRIA.
A partir da década de 90 o Paraná adota o Currículo Básico que dentro
da disciplina de Educação Física, fundamentava-se na Pedagogia Histórico Critica,
identificando-se numa perspectiva progressista e Crítica sobre os pressupostos
teóricos do materialismo histórico dialético que continha uma rígida listagem dos
conteúdos onde o enfoque permaneceu privilegiando as abordagens como a
Desenvolvimentista, Construtivista e Psicomotora e também nesse período ocorre a
reestruturação da proposta curricular do 2º grau que vislumbrava a transformação de
uma sociedade fundada em valores individualistas e com menor desigualdade social.
Ainda neste período, ocorre a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases
104
da Educação Nacional (LDB nº9394/96), onde o MEC apresenta os Parâmetros
Curriculares Nacionais para a disciplina de Educação Física, documento que deveria
ser um referencial curricular, tornou-se um Currículo mínimo, propondo objetivos,
conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais.
O Estado do Paraná, de acordo com suas políticas educacionais,
entende-se a escola como um espaço que dentre outras funções devem garantir o
acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade, desta
forma, tal currículo se mostra inadequado por não contemplar o estudo e o ensino da
cultura corporal, não garantindo o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das
inúmeras manifestações ou práticas corporais.
A Educação Física passa a ser trabalhada relacionando os práticos
corporal ao contexto histórico político econômico e social, onde as manifestações
culturais produzidas socialmente pelos diversos grupos humanos são valorizadas
práticas, passa a reconhecer a gênese da cultura corporal que reside na atividade
humana para garantir a existência da espécie, relacionando a vida em sociedade, nas
relações Homem-Natureza e Homem-Homem, isto é, pelas relações para a produção
de bens e pelas relações de troca, trabalhando também com a diversidade das
Manifestações Corporais.
Enfim, propõe-se um trabalho fundamentado na relação ser humano-
natureza e ser humano - ser humano, pois da sentido à existência humana e a
materialidade corporal que se constituem num caminho longo de milhares de anos no
qual o ser humano construiu suas formas de relação com a natureza, dentre elas as
práticas corporais, portanto compreender a Educação Física sobre um contexto mais
amplo, significa entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas
relações sociais, políticas , econômicas e culturais dos povos.
A ação pedagógica desta disciplina deve estimular a reflexão sobre o
acervo de formas e representação do mundo que o ser humano tem produzido
exteriorizada na expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças,
lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas
de representação simbólicas de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE
AUTORES, 1992).
105
106
107
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física
tratado nas Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básicas , isto é, a Cultura
Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica,
lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de contribuir para
que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
Desta forma, o professor de Educação Física tem a responsabilidade
de organizar e sistematizar o conhecimento sobre estas práticas, possibilitando a
comunicação e o dialogo entre as culturas presentes no contexto escolar. Neste
processo, a investigação e pesquisa poderão colaborar para ampliação de
conhecimentos de modo que os mesmos não se esgotem nas práticas escolares.
No encaminhamento proposto pelas Diretrizes Curriculares Estaduais,
o conhecimento é transmitido, discutido e contextualizado, levando em conta o
momento histórico, econômico e social em que foi criado e o momento atual.
Nesta metodologia, o ponto central é a construção do conhecimento
através da prática, possibilitando ao aluno, exercitar a expressão corporal e o
aprendizado das técnicas próprias de cada conteúdo proposto e ao mesmo tempo, a
reflexão dos movimentos que realiza.
Os conteúdos deverão ser abordados em complexidade crescente,
uma vez que os conteúdos estruturantes a serem trabalhados serão os mesmos em
toda a educação básica. Abordar os Conteúdos Estruturantes em complexidade
crescente significa romper com a visão etapista de conhecimento, cuja exposição de
conteúdos pauta-se em pré-requisitos. Exemplo dessa visão pode ser observado nos
esportes, por exemplo, quando se acredita que o aluno necessita primeiramente
conhecer as regras, para posteriormente vivenciá-las na prática. Essa forma de
abordagem evidencia-se destinar para a quinta e sexta séries a vivência de diversos
jogos pré-desportivos e, para a sétima e oitava séries, o reconhecimento das regras de
diferentes modalidades esportivas. Na compreensão de abordagem crescente de
complexidade, esses assuntos não são vistos separadamente. Desde a quinta série o
aluno terá contato com regras e jogos pré-esportivos e esportivos, sendo o enfoque
diferenciado para cada série, de acordo com sua capacidade de abstração. Logo, na
108
quinta e sexta séries, o aluno terá condições de vivenciar regras gerais de determinado
esporte, aprofundando isso na sétima e oitava, por meio de competições e festivais
esportivos.
Ao pensar o encaminhamento metodológico, inicialmente, o professor
deverá estabelecer o conteúdo e objetivos para o conteúdo proposto. É preciso levar
em conta o que o aluno traz como referência, fazendo a primeira leitura da realidade.
A partir daí, inicia-se a preparação do aluno para a construção do
conhecimento sistematizado.
O professor poderá propor desafios aos alunos levantando dúvidas
sobre seus conhecimentos prévios, instigando-os a questionar as práticas conhecidas e
padrões estabelecidos pela sociedade moderna.
Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo
sistematizado, historicamente construído. Deverá proporcionar aos mesmos, o acesso
ao conhecimento de gestos e movimentos técnicos próprios de cada conteúdo. Espera-
se que os alunos tenham condições de assimilação e recriação destes, desenvolvendo,
assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática
corporal, tomando cuidado para que as atividades não se desvinculem dos objetivos
estabelecidos fazendo intervenções sempre que necessário.
Toda atividade deverá ser avaliada, pelo professor, primeiramente com
a finalidade de diagnosticar conhecimentos prévios e posteriormente, para verificar a
apreensão do conhecimento.
Espera-se que o professor desenvolva um trabalho efetivo com seus
alunos na disciplina de Educação Física, cuja função social é contribuir para que
ampliem sua consciência corporal e alcancem novos horizontes, como sujeitos
singulares e coletivos.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e atividades
que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
109
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de
experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que
se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
AVALIAÇÃO
Após as discussões desenvolvidas nas Diretrizes Curriculares
Estaduais para Educação Básica, entendeu-se que a avaliação em Educação Física
necessita superar os paradigmas, como o da esportivização, desenvolvimento motor,
psicomotricidade e da aptidão física, para compreender o fenômeno educativo em uma
perspectiva mais abrangente.
A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização,
durante muitos anos, na perspectiva apenas do movimento certo ou errado, avaliava-se
para saber quem eram os melhores, mais habilidosos, ou os piores, que não
apresentavam a habilidade esperada. Essa concepção chegou ao ápice quando alguns
professores de Educação Física se apropriaram de testes padronizados para
selecionar estudantes das escolas públicas para comporem um grupo de “atletas”.
Nessa perspectiva, a avaliação era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como
verificação físico-motora do rendimento dos alunos-atletas.
A partir dos anos 80 e 90, com novas teorias e estudos que surgiram,
os métodos tradicionais que priorizavam testes e sistemas meramente seletivos
começaram a ser alvo de críticas, conduzindo professores à reflexão e ao
aprofundamento, buscando novas formas que tenham maior significado no contexto
escolar.
É a partir desse novo referencial teórico e das discussões até então
desenvolvidas nas Diretrizes Curriculares Estaduais que são indicados critérios,
ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no contexto escolar. O objetivo é
favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e aprendizagem.
Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão,
isto é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo
110
que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a
esse processo.
Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-
pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo
docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos,
considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um
processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em
que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas
práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a
luta.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações
realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os
alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no
processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que
reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.
No primeiro momento, o professor deve buscar conhecer as
experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos,
problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita
ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte
dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias
maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.
No segundo momento, o professor propõe atividades correspondentes
à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de
indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação,
o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização,
os (pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de
situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor
(PALLAFOX E TERRA, 1998).
Na parte final do processo avaliativo da aula ou conteúdo, é o
momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma reflexão crítica sobre
aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: a escrita,
111
o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse momento, é fundamental
desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que
apreenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a atenção.
Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos
se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser
agentes do seu próprio processo de aprendizagem.
Por fim, os professores precisam ter clareza de que a avaliação não
deve ser pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim,
avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas,
compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.
Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação Física. Curitiba, SEED;2006.
112
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
IBAITI – PARANÁ
2012
113
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que
tem a sua origem na Grécia Antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do
embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento,
tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no
ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de
persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro
lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse á transmissão de
técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino
de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A
importância social da filosofia é quebrar barreiras para que o indivíduo através do seu
esforço alcance, um estado pleno de satisfação, que ocasionará um momento de
felicidade. Pois, a filosofia tem a finalidade de fazer com que ele entenda o breve
momento atingido, o pensamento.
A atitude filosófica se decorre do cotidiano, é procurar explicações e
sentidos, interrogar-se, indagar-se, duvidar de tudo o que o rodeia e querer tornar o
mundo numa realidade com sentido. E a crítica filosófica é o questionamento radical
que anima o verdadeiro filósofo, pois não admite compromissos com as ambigüidades,
as idéias contraditórias, os termos imprecisos, ela tem rigor. A critica filosófica no seu
espírito não admite nenhuma afirmação sem reconhecer primeiro a sua legitimidade.
Partindo do significado da palavra filosofia, fica fácil dizer o que os
grandes sábios fizeram pela humanidade. Filo "philos" significa amigo, o que deseja ou
procura e Sofia "Sophia” significa sabedoria, saber, conhecimento. Então, através
de seus desejos e buscas, de suas sabedorias e conhecimentos, os grandes sábios
nos fazem refletir, sobre o que realmente devemos nos ater e buscar para viver em
harmonia, sem sofrermos, encontrando a paz a tranqüilidade da alma, para encontrar
a felicidade.
114
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes são constituintes e organizam a
abordagem dos conteúdos dentro das respectivas disciplinas. Além dos Conteúdos
Estruturantes, as diretrizes Curriculares de Filosofia do Estado do Paraná, orientam a
utilização dos Conteúdos Básicos, como conhecimento necessário ao fundamento dos
Conteúdos das disciplinas, cabendo então, a cada educador desdobrar, em Plano de
Trabalho Docente, os Conteúdos Específicos que garantem a abordagem dos
Conteúdos Básicos e por consequência dos estruturantes.
− Mito e Filosofia
Saber Mítico;
Saber Filosófico;
Relação Mito Filosofia;
Atualidade do Mito;
O que é Filosofia?
− Teoria do Conhecimento
Possibilidade do Conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica;
− Ética
Ética e Moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas;
− Filosofia Política
Relação entre comunidade e poder;
115
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
− Filosofia da Ciência
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e Ideologia;
Ciência e ética;
− Estética
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade;
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
A abordagem pedagógica deve ocorrer mobilizando os estudantes para
o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
Através da mobilização que contribuam para as análises das vivencias
dos educandos para que superem o senso comum na questão do conhecimento e
possa repercutir nas opções referentes ao mundo do trabalho nas relações sócios
políticas e da cidadania.
A problematização deve ser gerada a partir de uma mobilização, onde
os conteúdos trabalhados auxiliam os estudantes a buscarem nos textos filosóficos as
diferentes maneiras de ver o problema, com as possíveis soluções que já foram
elaboradas e a partir disso, criar novos conceitos.
A aula de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a
116
vida, por isso é importante que a busca de soluções dos problemas se preocupe,
também, com uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea, que remeta
o estudante à sua própria realidade.
A aula de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a
vida, por isso é importante que a busca de soluções dos problemas se preocupe,
também, com uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea, que remeta
o estudante à sua própria realidade.
Partindo de problemas atuais, do estudo dos textos, da abordagem
realizada pelas ciências, e de dua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino
Médio poderá formular seus conceitos, construir seu discurso filosófico.
O texto filosófico, então, que ajudou os filósofos do passado a
entenderem e analisarem filosoficamente o problema em questão deverá ser trazido
para o presente, o contemporâneo, no sentido de fazer entender o que ocorre hoje e
como se pode, a partir da história da filosofia, entender os problemas atuais da nossa
sociedade. O ensino de Filosofia, uma vez articula vários elementos, pressupõe um
bom planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, tendo em vista a
investigação capaz de proporcionar aos estudantes a criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá no processo educacional, tendo caráter
processual, formal e eminentemente educacional com função diagnóstica, para
subsidiar e até mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem
tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que educador e educando e a própria
instituição de ensino estão construindo coletivamente.
Avaliar com um profundo respeito pela pessoa e pelas posições dos
estudantes, mesmo não concordando com elas. O que está em jogo, no exercício com
os processos filosóficos, é a capacidade de argumentar e de identificar os limites da
própria posição. O que deve ser levado em consideração é avaliar posições, de
detectar os princípios subjacentes aos temas e discursos.
Nesse sentido, a avaliação, em Filosofia, deverá considerar a
117
capacidade do estudante do Ensino Médio em criar conceitos, analisar que conceitos
foram elaborados, preconceitos foram quebrados, estabelecer comparações entre o
discurso que se tinha antes e qual i discurso se tem, após a aula de Filosofia. Assim, a
avaliação de Filosofia tem início já com a sensibilização, coletando o que o estudante
pensa antes (preconceito) e o que pensa após o processo de criação dos conceitos.
REFERÊNCIA
ARANHA, M. L. Temas Filosofia Moderna. São Paulo, 1990.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 2003
GALLO, Silvio, KOHAN, Walter O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis, 2000.
PARA FILOSOFAR. Vários autores. Scipione. 2000.
REALE, Giovane e DÁRIO, Antiseri. História da Filosofia. 3 volumes. Paulus, São Paulo, 2000.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretriz curricular de filosofia: Curitiba:SEED, 2008.
118
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE FÍSICA
IBAITI – PARANÁ2012
119
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Física, como disciplina escolar, dá possibilidades ao indivíduo de
refletir sobre o conhecimento científico. Ela educa para a cidadania e contribui para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de compreender a produção científica ao
longo da história e perceber a necessidade de entender os fenômenos que o cercam.
O estudo de física, tendo em vista as transformações tecnológicas e a
compreensão dos fenômenos físicos da natureza deve priorizar a contextualização dos
conteúdos programáticos com o conhecimento espontâneo do aluno não deixando de
lado o rigor simbólico e metodológico através do qual esta ciência evolui
historicamente.
As leis fundamentais estabelecidas pela Física vão além dos fatos que
dão origem ao estudo dos respectivos fenômenos. A Física permite conhecer as leis
gerais da natureza que regulam o desenvolvimento dos processos que se verificam,
tanto no Universo circundante como no Universo geral.
Universo este que não pode ser considerado um conjunto simples de
acontecimentos independentes, mas todos eles constituem manifestações evidentes do
Universo como um todo.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar
a sociedade e o contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer
considerar as ideias de um cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar
histórias ou lendas.
Tomar o pressuposto da ciência como uma produção histórica e os
conteúdos escolares vinculados a interesses sociais, econômicos, culturais e políticos,
significa indagar as relações de produção na sociedade onde o conhecimento foi
produzido;quais ideias predominavam no tempo histórico; como o cientista/pesquisador
desenvolveu sua teoria científica e os interesses que orientam as instituições que
apoiam e sustentam a pesquisa.
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física,
parta do conhecimento prévio dos estudantes para introduzir de forma sistematizada os
conteúdos básicos que venham a desenvolver os conteúdos: Movimento,
Termodinâmica e Eletromagnetismo.
120
Conteúdos
1ª série: movimentosConteúdos básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- o reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- o contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano;
- as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores, propõe-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecância, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a física clássica;
- textos de divulgação científica, literários, etc.
Gravidade
Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- textos de divulgação científica, literários, etc;- o modelo científico presente na gravitação newtoniana
a contemporâneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Variação/transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e potência
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
121
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc.
- O campo teórico da física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, o contexto social, as concepções dos
estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
Fluidos
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História
da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.
Oscilações
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História
da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- que o estudo da ondulatória debe começar pelas ondas mecâncias, pois são mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato.
122
2ª série: termodinâmica
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da termodinâmica
1ª lei da termodinâmica
2ª lei da termodinâmica
A Abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis ponto de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica, literários,...
123
Conteúdo de 3ª série: Eletromagnetismo
Conteúdos básicos
Abordagem teórico-metodológica
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwel: Lei de Gauss para eletrostáticaLei de CoulombLei de AmpèreLei de Gaus MagnéticaLei de Faraday
A abordagem pedagógica desses conteúdos básicos deverá considerar:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações
• Textos de divulgação científica, literários,...• Experimentação para discussão das ideias e
conceitos do eletromagnetismo.
A natureza da luz e suas propriedades
A abordagem pedagógica desses conteúdos básicos deverá considerar:
• O estudo da ondulatória deve iniciar pelas ondas mecânicas, pois são mais visíveis ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presente no dia a dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato;
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos
124
epistemológicos encontrados;• O reconhecimento da Física como um campo
teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica; literários,...• O contexto social dos estudantes, suas
concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;
• Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
AVALIAÇÃO
• Movimento
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de
intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.
Espera-se que o aluno:
• Formule uma visão geral da ciência presente no final do século XIX e compreenda a
visão de mundo dela decorrente;
• Compreenda a limitação do modelo básico clássico no estudo de movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos e outros princípios (entre eles a
incerteza);
• Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial, espaço e tempo, e, como consequência, um conceito
básico da mecânica clássica: a trajetória;
• Compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção
científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como
uma resistência à variação do movimento, ou seja,, uma constante de movimento e o
125
momentun como uma medida dessa resistência (translação).
• Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como dificuldade
apresentada pelo objeto ao giro, relacionando esse conceito à massa do objeto e à
distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do
momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa;
• Associe força à variação de quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema(impulso) à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração)
e à concepção de massa e inércia;
• Entenda as medidas das grandezas (velocidade,quantidade de movimento) como
dependentes do referencial e de natureza vetorial;
• Perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à
conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da
quantidade de movimento translacional ou linear;
• Compreenda a conservação da quantidade de movimento para os movimentos
rotacionais;
• Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os
translacionais como os rotacionais;
• Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
• Aproprie da noção de condições de equilíbrio estático,identificado na 1ª lei de
Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;
• Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações
• Associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico.
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria
da Relatividade Geral.
• Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional;
• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação
de energia;
126
• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou
seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de
energia, indicada pela grandeza física potência.
• Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• Entenda a densidade como uma medida relativa em relação a massa específica da
água;
• Compreenda as relações entre volume, peso e empuxo e, entre densidade e
empuxo.
• Conheça o modelo clássico de onda, seus limites e possibilidades, percebendo as
grandezas físicas identificaforas dos processos ondulatórios, ou seja, a velocidade, a
freqüência e o comprimento da onda;
• Associe a produção de pulsos de onda a alguma forma de transferência ou
transformação de energia, da fonte produtora para o meio de propagação da onda;
• Associe os fenômenos da refração, reflexão, difração e interferência ao movimento
ondulatório;
• Compreenda fenômenos típicos ondulatórios como: efeito Doppler, ressonância e
superposição de ondas;
• Identifique uma onda mecânica presente no cotidiano, explicando o seu
comportamento;
• Entenda a natureza das oscilações, ou seja, diferencie as ondas mecânicas das
eletromagnéticas;
• perceba em alguns fenômenos luminosos características ondulatórias,
compreendendo-os a partir da interação da luz com a matéria, o que envolve relação
com o eletromagnetismo;
• identifique, nos diversos materiais, propriedade mecância ligada a elasticidade, por
exemplo a constante elástica de uma mola em um sistema massa-mola.
Termodinâmica
Espera-se que o aluno compreenda o quadro teórico da termodinâmica composto por
ideias expressas na sua lei e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e
entropia. Ao se avaliar o aluno pretende-se que:
127
− compreeda a teoria cinética dos gases como um modelo construído e válido para o
contexto de sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental
para o desenvolvimento das ideia da termodinâmica;
− formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele, um líquido ou um gás, e
ultrapasse o conceitoe outras aplicações físicas;
− entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
uma matéria, não uma medida de fato, do grau de molecular em um sistema;
− diferencie e conceitue calor e temperatura entendendo o calor como uma das
formas de energia , o que é fundamental par ao quadro teórico na termodinâmica;
− compreenda a primeira lei como a manifestação do princípio da conservação de
energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e sua importância
para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;
− associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;
− compreenda os conceitos de capacidade calorífera e calor específico como
properiedade de um material identoficável bo processo de transferência de calor;
− com o calor latente, identifique os processos físicos reversíveis e irreversíveis que
vem acompanhado s de degradação de energia enunciado pela segunda lei;
− compreenda a entropia, uma grandeza que pode varias em processo espontâneo e
artificiais como um medida de dcesordem e probabilidade.
Eletromagnetismo
Espera-se que o estudante:
− compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que a
fundamentam.
− compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
− compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o
estudante entenda esse conceito, uma entidade teórica criado para o
eletromagnetismo, é bádico para a teoria e mediador da interação ente cargas;
− compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base
para a explicação dos fenomênos eletromagnéticos;
128
− entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
− apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
− associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
− conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade
e a condutividade;
− conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
− entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
− reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
− compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
− entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
− conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação
de energia, como a nuclear, a eólica, etc;
− compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
− perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/
variação de energia elétrica.
− entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
− conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e
o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
− entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de
reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
− entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorsão da luz, dentre outros, importantes para a compreensão de
fenômenos cotidianos que ocorrem simultâneamente na natureza, porém, às vezes um
ou outro se sobressae;
129
− associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do
arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos
estudados;
− compreenda a luz como energia quantizada, que ao interagir com a matéria
apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito
fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja,
entenda a luz a partir do comportamento dual;
− extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo
ao elétron.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre terão o
valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Na realização de trabalho individual será avaliado não só a sua elaboração,
mas a capacidade de síntese do aluno.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar o
encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o que o
aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa ser revisto. Em
todas as avaliações os alunos saberão o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade dos
objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
REFERÊNCIA
BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Valter;
130
RAMOS, Márcio Ramos – Física Completa. São Paulo: F.T.D. – 2001.
GREF. Física 1 Mecânica; Física 2 térmica, óptica; Física 3 eletromagnetismo. EDUSP, São Paulo: 2003.
FEYNMAN, R. P. Física em seis lições. Rio de Janeiro. Ediouro: 2004
MÁXIMO, Antonio. ALVARENGA Beatriz. Manual Pedagógico – Guia do Professor. São Paulo: Scipione, 1999
SEED. Livro Didático Público de Física. Curitiba, PR, 2006
SEED. Diretrizes Curriculares da educação Básica. Física. Curitiba, 2008.
TIPLER, P. Física-Vol I e II – Mecânica, oscilações, onda e termodinâmica. Livros técnicos e científicos. LTC, Rio de Janeiro, 2006
_____. Física Moderna. LTC, Rio de janeiro, 2001
131
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
IBAITI – PARANÁ
2012
132
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde a Antiguidade muito se avançou nas elaborações dos saberes
geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações sociedade natureza,
extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.
O mundo contemporâneo impõe imenso desafio aos seus habitantes: a
velocidade em que circula a informação o complexo jogo político entre nações, a
dinâmica das fronteiras entre os países, o crescimento das cidades e a qualidade da
vida urbana, as transformações da vida no campo e as questões ambientais, entre
tantos outros.
Desde muito cedo, os jovens estão expostos a essas transformações e
passam por um rico processo de percepção do espaço ao seu redor, expressão do
meio social em que vivem.
Esta geografia da vida cotidiana afeta ate mesmo as crianças que
infelizmente não freqüentam a escola. Por meio de suas brincadeiras, em seu
movimento corporal, em seus desenhos, em sua capacidade de observação nas
pequenas dramatizações, eles entendem e se apropriam do espaço geográfico.
As experiências são fundamentais para a formação da consciência de
si e do mundo em que vivem. A partir delas, desenvolvem condições cognitivas e
afetivas para se organizar espacialmente, ou seja, para se localizar a partir de
indicadores espaciais reais ou representados, ou para estabelecer relações com
objetos externos.
Desta forma, a geografia, como disciplina escolar, além das
informações relevantes que disponibiliza ou fornece aos alunos, contribui para
formação em dois sentidos: a formação do cidadão critico, ativo e a formação como
desenvolvimento de formas e estratégias de pensamento desse sujeito critico. Os
alunos aprendem a ler, pensar e escrever também estudando geografia.
Isso exige do professor, por um lado familiaridade com os problemas e
questões de nossa disciplina, por outro, ousadia no planejamento das atividades
didáticas. Embasados na PPP esses são elementos fundamentais para despertar nos
alunos a inquietação e, ao mesmo tempo, a segurança diante de novos conhecimentos,
ampliando a leitura e a escrita do educando.
Desse modo, discutir as mudanças teóricas – metodológicas, no âmbito
133
da geografia, como qualquer outra disciplina, não é tarefa simples, os riscos são
muitos, contudo podem ser amenizados na medida em que os objetivos, autores e
posições, estejam claros e explícitos.
CONTEÚDO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Dimensão econômica do espaço geográfico
− Dimensão política do espaço geográfico
− Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
− Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1° Ano
• A formação e transformação das paisagens.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço geográfico
• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
• O espaço rural e a modernização da agricultura
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
134
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
• Os movimentos migratórios e suas motivações
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio e as implicações socioespaciais
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
2° Ano
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
• A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
• Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio e as implicações socioespaciais.
3° Ano
• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
135
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
• A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
• Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
• O comércio e as implicações socioespaciais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
O ensino geográfico deverá estar voltado para a transformação plena
do aluno, pois cada pessoa representa um mundo de experiências vividas diferentes e
assim muitos serão os recursos didáticos utilizados no processo da aprendizagem que
contemple a diversidade que caracteriza o universo da sala de aula.
O professor é mediador nas interações educativas com os alunos,
inclusive criando desafios perante os conteúdos apresentados, que poderão estar
revelando a realidade do mundo do aluno. Deverá assumir a direção da interação no
processo educativo procurando ter a clareza dos limites da sua intervenção para não
anular a criatividade e a iniciativa dos alunos.
Serão utilizados materiais curriculares que permitam diferentes graus
de leitura ou utilização e ofereçam múltiplas possibilidades de uso em função das
necessidades de cada situação e momento.
As estratégias a serem utilizadas serão estruturadas pelo professor no
processo das interações educativas em sala de aula. Serão utilizadas aulas expositivas
136
e leituras dos textos do livro didático, também situações que problematizem os
diferentes espaços geográficos materializados em paisagens, lugares, regiões e
territórios; que disparem relações entre presente e o passado, o especifico e o geral, as
ações individuais e coletivas, e que promovam o domínio de procedimentos que
permita ao aluno ‘ler’ e explicar as paisagens e os lugares.
O professor poderá planejar essas situações considerando a própria
leitura da paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação, a
territorialidade e a extensão, a analise e o trabalho com a pesquisa e a representação
cartográfica.
Outras estratégias que serão utilizadas: Observação da paisagem de
forma direta e indireta, formulação de questões, levantamento de hipóteses, pesquisas,
consultas, debates, confecções de mapas, reflexões, croquis, desenhos.
O professor ao trabalhar com a leitura de mapas, deverá considerar
que os alunos são capazes de deduzir muitas informações, principalmente se a leitura
estiver contextualizada e eles estiverem em busca de alguma informação.
Além dos meios gráficos poderão ser utilizados meios áudio visuais e
multimídias com informações que permitam a socialização do conhecimento e novas
formas de comunicação.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Para o entendimento do espaço geográfico se faz necessário o uso
dos instrumentos de leitura cartográfica e gráfica compreendendo signos, legenda,
escala e orientação.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-
natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos
conteúdos.
137
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que
possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação.
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no
desenvolvimento dos conteúdos.
AVALIAÇÃO
A avaliação levará em conta alguns critérios que possibilitem ao
professor constatar se os alunos conhecem os conceitos e categorias como:espaço
geográfico, território, paisagem e lugar, os utilizam e tem clareza das mesmas em
relação ao conceito de diferentes temporalidades que definem os ritmos e processos
históricos e naturais na construção do espaço geográfico. Como também verificar se o
aluno é capaz de distinguir as diferentes escalas e a representação cartográfica como
forma de aprofundamento dos seus conhecimentos e dos seus estudos sobre a
paisagem. Espera-se que o aluno: Reconheça o processo de formação e
transformação das paisagens geográficas. Entenda que o espaço geográfico é
composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas,
culturais e políticas. Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas
conseqüências econômicas, socioambientais e políticas. Entenda o processo de
transformação de recursos naturais em fontes de energia. Forme e signifique os
conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade. Identifique as
relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais,
políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas. Entenda a
evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos,
naturais e econômicas. Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos
138
na organização espacial. Identifique as manifestações espaciais dos diferentes
grupos culturais Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço
geográfico.
Quanto ao critério de conceituar os elementos caracterizadores das
paisagens geográficas urbanas e rurais, avaliar se o aluno sabe caracterizar os
elementos que dão identidade as paisagens urbanas e rurais e suas diferenças.
Na construção, por meio da linguagem escrita e oral, de um discurso
sobre as diferenças entre o seu lugar e a pluralidade de lugares que constituem o
mundo, avaliar o quanto o aluno se apropriou da categoria lugar na sua capacidade de
se exprimir sobre os diferentes lugares próximos e distantes.
Ao serem avaliados os conteúdos , será verificado se o aluno é capaz
de identificar relações entre sociedade , a cultura e a natureza de hoje e de outros
momentos do passado. Se é capaz de distinguir diferenças e semelhanças entre tais
relações e se conseguem discernir caracteristicas , contextos , mudanças ,
permanências, continuidades e descontinuidades no tempo.
A recuperação será feita de acordo com o que consta no Regimento
Interno do estabelecimento, atendendo a carência de conteúdos que cada aluno
apresenta, onde será aplicada de forma paralela com o conteúdo novo, a retomada
dos conteúdos já trabalhados, utilizando para isso novas metodologias, sendo
recuperado cada aluno em sua necessidade, com novas avaliações considerando o
valor maior.
REFERÊNCIA
ADAS ,Melhem ,Geografia 4ªedição São Paulo:Moderna 2004.
________________.Geografia do mundo subdesenvolvido.São Paulo:Moderna,2002.
_______________.Os impasses da globalização e o mundo desenvolvido.São Paulo:Moderna,2002.
139
CALLAI,H.C.A. A Geografia e a escola: muda a geografia?Muda o ensino? Terra Livre, São Paulo, n 16, p. 133-152, 2001.
CASSETI, V. A natureza e o espaço geográfico. In. MENDONÇA, F. A. e KOZEL, S(orgs.) elementos de epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba: ED Da UFPR, 2002.
MARINA, Lúcia e Tércio, Geografia Série Novo Ensino Médio. Vol. 1. Editora Ática, 2005.
MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustaquio de. Geografia para o Ensino Médio.
VICENTINI ,José 14.Geografia,Natureza e Sociedade .São Paulo:Contexto,1997.
WACHOWICZ ,Ruy .C.Norte Velho,Norte Pioneiro ,Curitiba :Kozel .Se Felizola,R Didática de geografia :Memórias da Terra ,o espaço vivido .São Paulo:FTD,1996.
140
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
HISTÓRIA
IBAITI – PARANÁ2012
141
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de História na Educação Básica, busca suscitar reflexões a
respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o
ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico.
A finalidade da História é a busca da superação das carências
humanas fundamentada por meio de um conhecimento constituídos por interpretações
históricas. Essas interações são compostas pro teorias que diagnosticam as
necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de
futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento histórico
a partir da produção do conhecimento, que possibilitará sua inserção afetiva no rumo
social no exercício da cidadania.
È necessário pensarmos na História enquanto conhecimento, como
elemento fundamental para a compreensão social, por isso, desempenha papel
relevante na formação da cidadania, possibilitando uma visão reflexiva sobre a pessoa,
enquanto, indivíduo e também, elemento de um grupo maior, ou seja, a humanidade.
Embora a História da humanidade não significa que temos a
capacidade de recuperar a verdade do passado, o conhecimento histórico é uma
reconstrução dos fatos a partir das fontes históricas, procurando valorizar o
intercâmbio de idéias, sugerindo a análise e interpretação de diferentes fontes e
linguagens – imagens, textos, objetos, música e etc -, a comparação entre informações
e o debate a cerca de explicações diferentes para um mesmo acontecimento.
Portanto, devemos incentivar o educando a uma análise crítica do
nosso modo de pensar de viver e também de outros povos, buscando contextualizar o
estudo da história, englobando várias culturas e desenvolvendo a visão crítica o
espírito social e politicamente participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de
atuação no contexto histórico em que se insere. Isso significa que o ensino de História
deve fazer com que o educando:
“produza uma reflexão de natureza histórica;[...]pois a História produz um conhecimento que nenhuma outra disciplina produz – e ele nos parece fundamental para a vida do homem” (CABRINI,1997. P23)
142
Para tanto, é necessário que as escolas os professores e ou
educadores em geral assumam esse princípio como meta primordial, tendo em vista o
significado e a importância de seu papel na formação da cidadania, que deve ser
entendida também como um processo de participação social, política e civil na escola,
na família, no trabalho, na comunidade etc.
Compete a todos nós, professores contribuir para que os nossos alunos
ampliem a sua compreensão da sua realidade e sejam capazes de estabelecer
relações com outras realidades históricas e de respeitar os valores culturais das
diferentes sociedades.
Conteúdos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações de Trabalho
• Relações de Poder
• Relações Culturais
Conteúdos Básicos 1ª Série
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
• Conceito de Trabalho – livre e explorado
• O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado
escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas).
Urbanização e industrialização
As cidades na História; cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da
Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas.
143
Estados e as relações de poder
• Os estados teocráticos
• Os Estados na Antiguidade Clássica.
• O Estado e a Igreja Medieval.
• A formação dos Estados Nacionais.
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
• Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana:
mulheres, crianças, estrangeiros e escravos.
• Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
• Relações de dominação e resistência na sociedade Medieval: camponeses,
artesão, mulheres, hereges e doentes.
Cultura e religiosidade
• A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e
europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo.
• Os mitos e a arte greco-romano e a formação das grandes religiões: hinduísmo,
budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo.
2ª Série do Ensino Médio
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
• Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado.
• O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeira sociedades
humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas.
Estados e as relações de poder
• As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão
144
do capitalismo.
• O Estados e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)
• Os sistemas capitalista e socialista
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
• Relações de resistências na sociedade ocidental moderna.
• As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa.
• Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro.
• As revoltas sociais na América portuguesa.
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
• As revolução democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA.
• Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento
do sindicalismo.
• A América portuguesa e as revoltas pela independência
• Cultura e religiosidade
• Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista
• Reforma e Contra-Reforma e seus desdobramentos culturais.
• As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e
religiosas.
3ª Série do Ensino Médio
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
• As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionária: a Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações húngaras, círculos bolivarianos.
Urbanização e industrialização
• Urbanização e industrialização no Brasil, nas sociedades ocidentais, africanas e
orientais.
• Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do
145
capitalismo.
• A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços.
Estados e as relações de poder
• O nacionalismo nos estados ocidentais
• O populismo e as ditaduras na América Latina.
• Estados da América Latina e o neoliberalismo.
• O Paraná no contexto da sua emancipação.
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
• As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano.• As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria.• As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina.• Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina.• Os Estados Africanos e as guerras étnicas.• A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista da terra na América Latina.• A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.
Cultura e religiosidade
• O modernismo brasileiro.• Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira• As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi mamão, romaria de São Gonçalo.• Cultura e ideologia no governo Vargas.
146
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Em sintonia com o marco conceitual do Projeto Político Pedagógico de
nossa escola vemos que temos que nos preocupar e procurar formar uma sociedade
mais justa, fraterna e democrática, com homens críticos politizados, de ampla visão de
mundo, capazes de superar os preconceitos sociais, uma sociedade em que todos
usufruam os direitos e deveres presentes na Constituição Brasileira.
Partindo desses pressupostos, defendemos que o ser humano é o
sujeito principal da construção conseguinte, da história, portanto, queremos que este
aluno busque a verdade, que tenha ideais e objetivos definidos, e que seja agente
transformador do meio em que vive.
Baseados FREIRE, 1996,p.47, o autor enfatiza que:
” Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção, quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser critico e inquisidor, inquieto em face a tarefa que tenham a de ensinar e não a de transferir conhecimento.”
Procuramos contemplar a visão de sociedade, de homem, de
educação, currículo, escola, ensino e aprendizagem. Tudo dentro da realidade onde a
escola está inserida. Ao planejar e organizar nosso trabalho pedagógico, como
profissionais da educação nós nos fazemos as seguintes indagações: Que concepções
se fazem necessárias para a transformação da realidade? Que tipo de aluno queremos
formar? Para qual sociedade?
Enquanto escola, temos que pensar o que pretendemos do ponto de
vista político e pedagógico. Há um alvo a ser atingido pela escola que é levar o aluno a
participar do processo de construção da sociedade, pois acreditamos que somente
através da socialização do conhecimento o educando será capaz de compreender a
realidade sócio econômica, política e cultural.
Neste sentido, ressaltamos que educar não é treinar, não se reduz a
classificar e registrar notas ou conceitos, mas, sobretudo, implica em inserir a escola na
sociedade. Para tanto faz-se necessário que o ensino de História esteja voltado para a
transformação plena do aluno, pois cada pessoa representa um mundo de experiências
vividas diferentes e assim muitos serão os recursos didáticos utilizados no processo da
147
aprendizagem que contempla a diversidade que caracteriza o universo da sala de aula.
Ao professor faz-se necessário uma atitude de mediador nas
interações educativas, inclusive criando desafios perante os conteúdos apresentados,
que poderão estar revelando a realidade do mundo do aluno. Deverá também assumir
a direção da interação no processo educativo procurando ter a clareza dos limites da
sua intervenção para não anular a criatividade e a iniciativa dos alunos.
Serão utilizados materiais curriculares que permitam diferentes graus
de leituras e utilização, que ofereçam múltiplas possibilidades de uso em função das
necessidades de cada situação e momento.
As estratégias a serem utilizadas serão estruturadas pelo professor no
processo das interações educativas em sala de aula. Para tanto utilizaremos aulas
expositivas e leituras de textos contemplando várias situações que problematizem os
diferentes momentos e espaços históricos, analisando a pluralidade de culturas neles
inseridos
Como já afirmamos, anteriormente o ensino de História está em
processo de mudanças substanciais no que se refere ao conteúdo e a metodologia.
Entendemos que é necessário analisar e incorporar novas metodologias. Por tanto, o
professor deverá estimulá-los ainda aos recursos áudio-visuais e multimídias, com
informações que permitam a socialização do conhecimento e nova formas de
comunicação,para que assim possamos ter:
• momentos de troca em pequenos ou grandes grupos;
• montagem de murais informativos com chamadas sobre os filmes;
• criação de um jornal de História da turma ou da turma ou da escola;
• atividades que integrem as idéias do processo pedagógico, enriquecendo os
conteúdos das séries;
• respeito pelo patrimônio que testemunham o passado local;
• a função e o valor das instituições incumbidas da conservação do patrimônio
e do estudo do passado;
• a utilização pública de narrativas históricas das histórias locais;
148
AVALIAÇÃO
Em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da Colégio Júlio Farah
entendemos que avaliação não deve ser um instrumento para verificar o que não se
sabe e provar isto a ele, mas deve servir para retomar o que não foi aprendido.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em
1.996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos
qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Apoiados na LDB entendemos que a
avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino, e portanto, deve
ser entendida como mais uma oportunidade de aprendizado.
A concepção de ensino aprendizagem explicitada a proposta, vem de
encontro com a proposta do nosso Projeto Político Pedagógico, que compartilha a
idéia de Luckesi a respeito da avaliação diagnóstica, isto é:
(...) para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso] modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem (2002, p.81).
Portanto, condenamos o método de avaliação única por entendermos
avaliação como um valioso instrumento pedagógico que nos permite detectar os
entraves para a aprendizagem de alguns alunos.
O aluno deverá compreender a formação de sua cultura local e das
diversas culturas que com ela se relacionam e que instituem um processo histórico
distinto. Fundamentando as narrativas e documentos históricos que demarquem
espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que
produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e
culturais; analisar as relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade e a
constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico. Essa
compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos
que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de
trabalho e culturais; promover em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela
participação política e compreender a produção das várias formações sociais, tais
149
como o a escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que foram
instituídas por um processo histórico. entender a formação do Estado, das outras
instituições sociais e dos movimentos sociais que foram instituídas por um processo
histórico, e demarcar o espaço-temporalmente, verificando e confrontando os vestígios
dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de
poder, de trabalho e culturais.
O professor, ao avaliar, deverá ter em vista o desenvolvimento integral
do aluno. Assim, comparando os resultados obtidos, ao final, com a sondagem inicial,
observando o esforço do aluno, de acordo com suas condições permanentes e
temporárias, constatará o que ele alcançou e quais as suas possibilidades para um
trabalho futuro, através da:
- participação ativa em sala, tanto nos debates como nas atividades teóricas e
práticas;
- observações relatadas individualmente por aluno;
- resolução das atividades propostas em sala;
- expressão de opiniões;
- compreensão de de textos, imagens, tabelas e mapas;
- participação de trabalho em grupo;
- resolução de avaliações escritas.
Visando colocar em prática a recuperação de estudos, uma vez que a
mesma faz parte obrigatória do sistema de avaliação e do Regimento Escolar, bem
como assegurar o direito do aluno com aproveitamento insuficiente, será ofertada de
forma paralela, contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do
aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
A recuperação tem, como principal meta, rever conteúdos que os alunos
não aprenderam suficientemente. Avaliação não apenas em seu sentido seletivo e
técnico, mas como um regulador dos atos de aprendizagem, que analisa o sentido e a
possibilidade de realização dos objetivos fixados, que julga os recursos, as metas.
150
REFERÊNCIA
PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. – versão preliminar;Curitiba: SEED, 2008.
PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação.Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: história. Brasília: MEC/SEF, 1998
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002
CARVALHO, José Murilo. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3 ed. São Paulo: Companhia das Letras. 1998
151
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH -
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
L. PORTUGUESA
IBAITI – PARANÁ2012
152
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar
também as contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a
qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações,
convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das
avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à
compreensão dos textos que lê.
O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa deve objetivar o
letramento desse aluno, aprimorar os conhecimentos linguísticos, preocupando-se não
somente com o mercado de trabalho, já que muitos estão nele inseridos, mas fazendo
com que este educando tenha uma compreensão crítica dos textos que lê, sejam eles
verbais ou não-verbais e que perceba, também de forma crítica, a sociedade em que
vive.
Para alcançar tais objetivos, o trabalho com a língua deve considerar
as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir
disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e
acesso aos conhecimentos para multiletramentos (multiplicidade de linguagem e de
estratégia e aprimoramento envolvidos neste novo processo de produção de sentidos),
a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas
dos estudantes.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como Prática Social
153
1.º ANO – ENSINO MÉDIO – 120 AULASESFERAS
SOCIAIS DE CIRCULAÇÃ
O
GÊNEROS DISCURSIVOS ORAIS
E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
CotidianaMúsicas
- Elementos extra-linguísticos, conteúdo temático, marcas linguísticas, finalidade.
Piadas - Elementos composicionais, polissemia, efeitos de humor/ironia, variação linguística.
Literária/Artística
Biografias - Marcas linguísticas, adequação ao gênero.
Memórias
- Marcas linguísticas;- Contexto de produção e recepção;- Elementos descritivos e verossimilhança.
Contos, contos de fadas tradicionais e contemporâneos
- Contexto de produção, conteúdo temático, intertextualidade, elementos semânticos.
Lendas
- Estrutura composicional;- Contexto de produção;- Marcas linguísticas.
CientíficaPesquisas
- Informatividade, conteúdo temático, finalidade, marcas linguísticas.
Textos científicos e de divulgação científica
- Informatividade, conteúdo temático, finalidade, marcas linguísticas.
Escolar
Resumo- Elementos composicionais, marcas linguísticas, finalidade e interlocutor.
Debate regrado
- Turnos de fala;- Argumentatividade;- Interlocutor;- Adequação da fala.
Imprensa
Anúncio de emprego
- Marcas linguísticas, interlocutor e elementos composicionais do gênero.
Charge - Linguagem não-verbal, recursos gráficos e semântica.
Artigo de opinião- Operadores argumentativos, modalizadores, progressão referencial, partículas conectivas e vozes sociais.
PublicitáriaCartaz
- Conteúdo temático, informatividade, recursos gráficos e linguagem não-verbal.
Caricatura - Intencionalidade, ideologia, linguagem não-verbal e contexto de produção.
Política Carta de emprego - Interlocutor, finalidade do texto, elementos composicionais e marcas linguísticas.
Abaixo-assinado - Vozes sociais, elementos composicionais e argumentatividade.
Jurídica Boletim de ocorrência - Situacionalidade, elementos composicionais do gênero e escolhas lexicais.
Depoimento - Elementos extra-linguísticos, turnos de fala e marcas linguísticas.
Midiática Entrevista - Linguagem não-verbal, variação linguística, elementos extra-linguísticos.
154
2.º ANO – ENSINO MÉDIO – 120 AULAS
Cotidiana Relatos de experiências vividas
- Elementos extra-linguísticos, turnos de fala, variação linguística, adequação da fala ao contexto.
Literária/Artística
Crônicas de ficção
- Contexto de produção da obra literária, marcas linguísticas, elementos composicionais, intertextualidade.
Paródias
- Figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo, intertextualidade, efeitos de humor e de ironia,
Textos teatrais
- Contexto de produção, elementos extra-linguísticos, marcas linguísticas, elementos composicionais do gênero.
Científica Artigos - Marcas linguísticas, informatividade, finalidade, conteúdo temático, sintaxe de concordância e de regência.
Escolar
Relatório - Adequação ao gênero, conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos composicionais do gênero.
Texto argumentativo - Operadores argumentativos, modalizadores, progressão referencial, partículas conectivas, vozes sociais.
Imprensa
Carta do leitor- Interlocutor, intencionalidade, operadores argumentativos, marcas linguísticas.
Entrevista oral/escrita
- Papel do locutor e do interlocutor, elementos extra-linguísticos, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito, adequação ao contexto, marcas linguísticas.
Notícia
- Elementos semânticos (operadores argumentativos, modalizadores, etc.), vozes sociais presentes no texto, ideologia.
Sinopses e resenhas
- Elementos composicionais, marcas linguísticas, finalidade, interlocutor.
PublicitáriaParódia
- Intertextualidade, semântica (expressões que denotam ironia e humor), ideologia, intencionalidade.
Publicidade comercial
- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica (sentido conotativo e denotativo).
Política
Carta de reclamação
- Interlocutor, referência textual, operadores argumentativos, adequação ao gênero.
Mesa redonda- Conteúdo temático, adequação da fala ao contexto, informatividade, elementos extra-linguísticos.
JurídicaContrato
- Interlocutor, marcas linguísticas, finalidade do texto.
Estatutos - Interlocutor, marcas linguísticas, finalidade do texto.
Midiáticas Filmes: adaptações de obras literárias, curta metragens, animações, etc.
- Linguagem não-verbal, intertextualidade, contexto de produção, ideologia, vozes sociais.
155
3.º ANO – ENSINO MÉDIO – 120 AULAS
Cotidiana Curriculum vitae - Interlocutor, adequação ao gênero, finalidade do texto.
Literária/Artística
Esculturas- Linguagem não-verbal, intertextualidade, contexto de produção.
Poemas- Contexto de produção da obra literária, elementos composicionais, marcas linguísticas, semântica.
Romances- Contexto de produção da obra literária, elementos composicionais, marcas linguísticas, semântica.
Científica Palestras- Conteúdo temático, interlocutor, adequação da fala.
Escolar Júri simulado- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor, adequação da fala.
Imprensa
Crônica jornalística
- Contexto de produção, elementos composicionais, marcas linguísticas, ideologia, conteúdo temático.
Mesa redonda
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor, adequação da fala ao contexto.
Tiras- Linguagem não-verbal, recursos gráficos, semântica (expressões que denotam ironia e humor, figuras de linguagem), marcas linguísticas.
Publicitária
Publicidade institucional
- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica.
Publicidade oficial- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica.
Política
Debate
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor e adequação da fala ao contexto.
Fórum- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor e adequação da fala ao contexto.
JurídicaLeis
- Elementos composicionais, adequação ao gênero, marcas linguísticas.
Regimentos - Elementos composicionais, adequação ao gênero, marcas linguísticas.
Midiática Telejornal- Conteúdo temático, interlocutor, elementos extra-linguísticos, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito, marcas linguísticas.
156
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No quadro abaixo seguem, de forma detalhada, os encaminhamentos conforme a especificidade de cada um dos gêneros sugeridos.
ESFERAS
SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Cotidiana
(12 aulas)
Música
- Conteúdo temático; - Marcas linguísticas, -Intertextuali-dade- Semântica.
- Conteúdo temático das canções;- Marcas linguísticas presentes nas canções;- A intertextualidade nas canções e nos textos literários;- As figuras e vícios de linguagem nas canções.
- Promova a audição da(s) música(s) e levantamento/discussão das temáticas da(s) mesma(s);- Socialize as ideias dos alunos sobre as músicas;- Instigue o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado e dos múltiplos significados.
Piadas
- Elementos composicio-nais;- Polissemia; - Efeitos de humor/ironia;- Variação linguística.
- Finalidade da exposição oral;- Postura corporal, tonalidade da fala, gesticulação, etc;- Conteúdo da fala.
- Selecione a temática e/ou conteúdos a serem desenvolvidos na exposição oral;- Identifique as condições de produção da exposição oral;- Estimule a contação, utilizando-se dos recursos extra-linguísticos como: entonação, expressões corporal, facial e gestual, pausas e outros;- Discuta e reflita os efeitos de humor, de ironia e de polissemia.
Literária/Artística
(22 aulas)
Biografias
- Marcas linguísticas;- Finalidade;- Contexto de produção.
- Marcas linguísticas do gênero, como: tempos e modos verbais;- Finalidade de produção da biografia;- Contexto de produção da obra literária.
- Proporcione a leitura de biografias de escritores da literatura brasileira e estrangeira;- Discuta e analise diferentes biografias para identificar as marcas linguísticas e a finalidade;- Organize pesquisas sobre a obra literária, o autor e momento histórico para analisar o contexto de produção.
157
Memórias
-Marcas linguísticas;- Contexto de produção e recepção;- Elementos descritivos e verossimi-lhança.
- As marcas linguísticas das memórias: tempos verbais, pessoas do discurso, etc;- O momento histórico do fato e momento da recepção da memória literária;- A descrição como recurso para verossimilhança do texto.
- Considere os conhecimentos prévios dos alunos;- Propicie a prática de leitura de diferentes obras literárias e sobre diferentes autores;- Contextualize a produção literária, explorando os estilos dos autores, das épocas, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento de recepção, bem como com outras áreas do conhecimento.
Contos, contos de fadas tradicionais e contemporâneos
- Contexto de produção;-Intertextuali-dade; - Discurso ideológico;-Movimentos literários.
- Contexto de produção da obra literária;- A intertextualidade nos contos tradicionais e contemporâneos;- A ideologia implícita nos textos literários.
- Encaminhe pesquisas sobre a obra literária, o autor e momento histórico para analisar o contexto de produção e conhecer movimentos literários;- Incentive leituras e análises de diversos contos tradicionais e contemporâneos para trabalhar a intertextualidade e ideologia- Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais.
Lendas
-Estrutura composicional;- Contexto de produção; - Marcas linguísticas.
-Estrutura composicional;- Contexto de produção; - Marcas linguísticas.
- Oportunize leituras e análise de diferentes lendas para identificação dos seus elementos composicionais e de suas marcas linguísticas; - Organize pesquisas sobre a obra literária, o autor e momento histórico para analisar o contexto de produção.
Científica(14
aulas)
Pesquisas
-Informativida-de; -Finalidade;-Intencionalidade.
- A informatividade da temática da pesquisa;- A informatividade e a intencionalidade da pesquisa;
- Encaminhe discussões e reflexões sobre a informatividade, a finalidade e a intencionalidade da pesquisa;- Organize a elaboração de pesquisa abordando temáticas pertencentes ao universo de interesse do aluno; - Oriente apresentações das pequisas produzidas pelos alunos.
Texto de divulgação científica e texto científico
-Informativida-de;- Léxico;- Marcas linguísticas;-Argumentati-vidade.
- A informatividade do texto;- O léxico próprio do texto científico;- As marcas linguísticas do gênero, como: verbos e substantivos;- Os operadores argumentativos do gênero.
- Incentive a percepção da utilização de palavras que são próprias do texto científico;
- Proporcione análises para perceber as marcas linguísticas como verbos substantivos;- Conduza leituras e discussões para a compreensão e identificação de operadores argumentativos.
158
Escolar(12
aulas)
Resumo
- Conteúdo temático;- Informativida-de;- Marcas linguísticas.
- O conteúdo temático do texto fonte e do resumido;- As marcas linguísticas do gênero, como: concisão, uso dos substantivos, etc.- As relações de causa e consequência entre as partes.
- Indique leituras diversificadas dos textos fonte;- Encaminhe discussões e reflexões sobre o conteúdo temático e a informatividade dos textos lidos;- Conduza análises e discussões para a compreensão e identificação das marcas linguísticas;- Planeje a produção do resumo a partir do texto fonte;- Encaminhe a reescrita: revisão das ideias, dos elementos que compõem o gênero, a linguagem está apropriada, etc.
Debate regrado
- Turnos de fala;- Argumentati-vidade;- Interlocutor;- Adequação da fala.
- O respeito aos turnos de fala;- Os argumentos utilizados na defesa do ponto de vista;- A interação entre os interlocutores;- A adequação da linguagem ao público e à temática.
- Propicie a análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de televisão, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos diferentes discursos e esferas de circulação;- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados no debate, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal, também, observando o respeito aos turnos de fala.
Imprensa(22
aulas)
Anúncio de emprego
- Marcas linguísticas, interlocutor, informativida-de.
- As marcas linguísticas do gênero, como: modos verbais, adjetivos, objetividade, etc.- Adequação do texto e da linguagem ao interlocutor e à intencionalidade;- A informatividade do anúncio.
- Planeje a produção textual a partir das marcas linguísticas exigidas pelo gênero, da linguagem, do interlocutor, observando a intencionalidade e a informatividade;- Encaminhe reescrita textual e conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Charge - Linguagem não-verbal, intertextuali-dade, semântica.
- Os recursos gráficos e a linguagem não verbal empregadas nas charges;- A relação entre os textos verbais, não-verbais e as charges;- A figuras de linguagem presentes (ironias, metáforas, etc.).
- Considere os conhecimentos prévios dos alunos;- Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;- Utilize textos verbais que dialoguem com a charge;- Relacione o tema com o contexto atual;- instigue o entendimento/reflexão das figuras de linguagem;- Incentive a percepção dos recursos de humor e ironia utilizados na construção da charge.
159
Artigo de opinião
- Operadores argumentati-vos;- Modalizado-res;- Progressão referencial;- Partículas conectivas; - Vozes sociais.
- O uso de conjunções, artigos, advérbios, etc;- As vozes sociais presentes no texto de opinião para reforçar ou legitimar a argumentatividade.
- Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo do gênero artigo de opinião, identificando os tipos de argumentos empregados e as vozes sociais presentes;- Planeje a produção textual- Incentive na produção e na reescrita textual: a revisão dos argumentos/ideias, dos elementos que compõem o gênero artigo de opinião;- Proporcione o uso adequado de recursos linguísticos como: as partículas conectivas, uso de conjunções, advérbios, etc.;
Publicitá-ria(10
aulas)
Cartaz
- Elementos extra-linguísticos;- Interlocutor;- Marcas linguísticas.
- A disposição e o tamanho das palavras e imagens no cartaz;- A variedade e o uso das cores;- As marcas linguísticas, como: verbos, linguagem objetiva, partículas apassivadoras, etc.
- Estimule a identificação das informações que compõem o sentido global do cartaz, estabelecendo relações entre a linguagem verbal e a não-verbal;- Oriente a produção observando: a disposição e o tamanho das palavras e imagens; a variedade e o uso das cores; as marcas linguísticas adequadas ao gênero.
Caricatura
- Linguagem não-verbal;- Contexto de produção;- Intertextualidade.
- O exagero na caracterização do personagem;- O contexto de produção da caricatura;- As relações entre a caricatura e o momento histórico.
- Formule questionamentos que possibilitem inferências e a verificação de conhecimentos prévios;- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;- Propicie analise e caracterização a partir da adjetivação não-verbal.
Política(12
aulas)
Carta de emprego
- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Elementos composicionais;- Marcas linguísticas.
- As marcas linguísticas do gênero, como: modos verbais, adjetivos, objetividade, etc.;- Adequação do texto e da linguagem ao interlocutor e à intencionalidade.
- Planeje a produção textual a partir: do possível interlocutor, da finalidade do texto, dos elementos composicionais e das marcas linguísticas próprias da carta de apresentação;- Encaminhe a reescrita textual observando a objetividade, a apropriação da linguagem, o uso dos modos verbais, dos pronomes de tratamento, dos adjetivos.
Abaixo-assinado
- Intencionali-dade;- Argumentati-vidade;- Interlocutor;- Adequação da linguagem;- Finalidade.
- A adequação da linguagem conforme o interlocutor;- A intencionalidade e a finalidade do abaixo-assinado.
- Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do gênero abaixo-assinado;- Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência e elementos do texto;- Oriente para o uso de palavras e expressões adequadas para estabelecer a referência textual;- Observe o uso de argumentos e de elementos composicionais como: verbos na 1ª pessoa do Plural,
160
linguagem direta, objetividade discursiva, etc.
Jurídica(8 aulas)
Boletim de ocorrência
- Interlocutor;- Adequação da linguagem;- Escolhas lexicais.
- O interlocutor do boletim de ocorrência;- A linguagem clara e objetiva desse gênero;- Os recursos descritivos;- A escolha das palavras adequadas.
- Incentive a leitura para a observação e reconhecimento das informações e dos objetivos do gênero;- Encaminhe a produção observando os elementos composicionais do gênero boletim de ocorrência – objetividade da linguagem, uso de recursos descritivos, sequencia lógica dos acontecimentos.
Depoimentos
- Elementos linguísticos;- Marcas linguísticas;- Finalidade.
- Os elementos linguísticos presentes no depoimento;- As marcas linguísticas desse gênero como: substantivos, adjetivos, verbos, etc.- A finalidade do depoimento.
- Instigue, na leitura do gênero, a identificação dos sentidos possíveis (incoerências, contradições, múltiplos sentidos);- Planeje a apresentação oral de um depoimento; - Oriente os alunos, no momento da apresentação, a observarem se o depoimento apresenta sequência lógica, retomadas, interrupções, redundâncias, repetições, uso de elementos anafóricos e catafóricos, marcas próprias da oralidade.
Midiática(8 aulas)
Entrevista
- Discurso oral e escrito;- Interlocutor;- Elementos extra-linguísticos.
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;- Os elementos extra-linguísticos: entonação, pausas, expressões facial, corporal e gestual;- Adequação da fala ao contexto e ao interlocutor.
- Organize grupos de trabalho;- Encaminhe a escolha das temáticas da entrevista e a elaboração das perguntas;- Planeje junto aos grupos a elaboração da entrevista levando em conta: a área de interesse da turma, os conhecimentos do entrevistado, bem como o contexto social;- Discuta com os alunos a importância da adequação da fala ao interlocutor, o uso da linguagem e o respeito às opiniões do entrevistado;- Analise de forma comparativa as informações obtidas a partir das entrevistas.
161
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os
professores de Língua Portuguesa e Literatura, têm o papel de promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade e da escrita, para que os
estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras
significações que permitam, aos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em
relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.
Dentro dessa perspectiva, há que se desenvolver os conteúdos
promovendo relações interdisciplinares, utilizando os conteúdos de outras disciplinas
para aprofundar, ampliar e discutir os conhecimentos de Língua Portuguesa. É possível
estabelecer relação com todas as disciplinas da matriz curricular.
AVALIAÇÃO
Os critérios e o modo de avaliar variam conforme o gênero e a prática
discursiva que estão sendo trabalhados.
Na prática da leitura, deve-se ficar atento para o uso de estratégias
para a compreensão do texto lido; a construção do sentido construído; a identificação
de relações dialógicas entre textos; a identificação de relações de causa e
consequência entre as partes do texto; o reconhecimento de posicionamentos
ideológicos no texto; a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados; a
localização das informações tanto explícitas quanto implícitas; a identificação dos
argumentos principais e secundários; a ativação os conhecimentos prévios; a
compreensão do significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; a
realização de inferências corretas; o reconhecimento do gênero e o suporte textual; a
capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos,
imagens, etc.; a ampliação dos horizontes de expectativas (visto que deve-se
considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos
alunos).
Quanto a escrita, é preciso vê-la como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. Os critérios para isso são: o atendimento as
condições de produção e o resultado da sua ação; a adequação à proposta e ao
162
gênero solicitado; a linguagem está de acordo com o contexto exigido; a elaboração de
argumentos consistentes; a coesão textual; a coerência textual; a organização dos
parágrafos; a posicionamento coerente como avaliador tanto dos textos que o rodeiam
quanto de seu próprio; a adequação do texto nas refacções textuais (se há
necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos,
ideias ou conectivos, etc.); a relação entre partes do texto;entre outros aspectos.
Já na prática da oralidade, ao avaliar, observe: a adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações (seminário, debate,
apresentação oral, etc); participação nos diálogos, relatos e discussões; clareza na
exposição de ideias; fluência da sua fala; argumentação ao apresentar e defender
pontos de vista; posicionamento coerente como avaliador de textos orais (noticiários,
discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou
informais); entre outros aspectos.
Os elementos linguísticos precisam ser avaliados sob uma prática
reflexiva e contextualizada, examine: o uso da linguagem formal e informal; a
ampliação lexical; a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos
linguísticos e estilísticos; a percepção/uso de relações estabelecidas pelos operadores
argumentativos; a percepção de relações estabelecidas pelos modalizadores; a
percepção/uso de relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,
comparação, etc.); entre outros aspectos.
Para isso, pode-se propor questões, discussões, debates, enfim,
práticas discursivas e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno
faz a partir do texto.
REFERÊNCIA
PARANÁ. Secretaria de Estado d Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Língua Portuguesa. Curitiba, 2006
Orientações Pedagógicas – Ensino Médio por Blocos – Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2010.
163
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA
IBAITI – PARANÁ
2012
164
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Através da disciplina de Matemática procura-se oportunizar a
compreensão da ciência Matemática, bem como a sua importância no currículo escolar
brasileiro.
Ao elaborarmos nossa proposta curricular procuramos contemplar um
trabalho partindo da realidade onde a escola esta inserida e assim desenvolver um
trabalho diversificado e voltado para o resgate da qualidade de ensino.
Por meio da matemática buscamos trabalhar a capacidade humana de
reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e
quantidades, pois entendemos que a educação necessita com maior urgência explorar
ao máximo o potencial criativo, raciocínio lógico que existe em cada aluno, embasados
no P.P.P, pág 26, quando cito os princípios norteadores da ação pedagógicas, os quais
vem de encontro com a finalidade e a importância desta disciplina.
No contexto educacional a matemática deve ser trabalhada com um
saber vivo, dinâmico construído historicamente para entender as necessidades
essenciais e teóricas onde a aprendizagem possibilitem o desenvolvimento do aluno
para atribuir sentido e significado às idéias matemáticas e, sobre essas idéias tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar partindo da sua
realidade e construindo seu conhecimento, articulando o processo de ensino e da
aprendizagem, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e do
cotidiano.
Partindo deste pressuposto o ensino da Matemática é visto como:
instrumento para compreensão, a investigação, a inter- relação com o ambiente, e seu papel de agente de modificação do individuo, provocando mais que simples acumulado de conhecimento técnico, o progresso do discernimento político”. PARANÄ, 1993 p.05.
Nesse sentido, baseado no autor acima citado, aprender matemática é
mais que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é
interpretar, criar significados, contextualizar o conteúdo, ou seja, trazer para a realidade
do aluno aquilo que está ensinando, ensina-lo a construir seus próprios instrumentos
para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas,
165
desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente sensível.
Esta disciplina tem como objetivo primeiro adequar o ensino as
transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e das
concepções de mercado que visa o gerenciamento da produção, assim sendo na
escola a educação Matemática é uma área que engloba inúmero saberes, na qual
apenas conhecimento da matemática e a experiência de magistério não garantem
competência a qualquer profissional que nela trabalha, pois, de acordo com Pitombeira
e “o estudo de todos os fatores que influem diretamente ou indiretamente sobre todos
os processos de ensino-aprendizagem em matemática e a atuação sobre esses
fatores”.(1991 pág.18)
Um objeto de estudo da educação Matemática encontra-se em
processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da
Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, à aprendizagem e
o conhecimento matemático, desta forma, os objetivos básicos da matemática, visa
desenvolve-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento-
natureza cientifica- e a melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem da
matemática.
Tendo como finalidade à educação Matemática, procurar fazer com que
o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc. Em outras palavras e
concordando com Miguel Miorim, 2004:
É fazer com que o estudante construa. Por intermédio o conhecimento Matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral doser humano, e, particularmente do cidadão, isto é, do homem público (...)
Enfim pautados no Projeto Político Pedagógico, implica em consolidar
um ambiente educativo que gere aprendizagem, isto implica cruzar fronteiras configurar
poderes e saberes.
A educação Matemática em concordância com o Projeto Político
Pedagógico, busca trabalhar através do campo de investigação, que prevê a formação
de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sócias que,
para isso, é necessário que se aproprie de Conhecimentos dentre eles o matemático,
166
possibilitando assim a criação das relações sociais.
Nesta perspectiva a educação matemática procura dar condições aos
professores de desenvolverem-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre sua
prática, além de tornar-se um educador Matemático e pesquisador que vivência sua
própria formação continuada, pois o currículo e a Proposta curricular, vem no sentido
de potencializar meios para a superação de desafios ou seja, de acordo com Medeiros:
Implica em olhar a própria Matemática do ponto de vista do seu fazer e do seu pensar, sua construção histórica e implica, também, olhar o ensinar e o aprender Matemática, buscando compreende-los. Neste contexto envolve falar na busca de transformações que possam minimizar problemas de ordem social, uma vez que, a educação se da em uma escola que está inserida numa sociedade onde pensar nos aspectospedagógicos, cognitivos e sociais (...) 1987, p.26
São preocupações já descritas no Projeto Político Pedagógico, em
suma , implica pensar numa sociedade que vive constituindo-se assim o ato de ensinar
numa ação reflexiva e política, finalmente pensamos que a matemática deve ser
compreendida com um elemento capaz de ajudar à solucionar os problemas
apresentados pela sociedade, além de estar a serviço do desenvolvimento do
pensamento lógico e crítico, pois primamos pela construção de uma escola
democrática que tinha como meta a melhoria da qualidade de ensino as condições de
vida do ser humano, transformando-o em cidadão participativo responsável e
compromissado.
167
CONTEÚDOS
1ª Números e Álgebra
-Números reais;
-Equações e Inequações
Exponenciais.Grandezas e Medidas -Noções de Medidas de área
Funções
-Função Afim;
-Função Quadrática;
-Função Polinomial;
-Função Exponencial;Geometrias - Geometria Plana.
Tratamento da Informação -Estatística.
2ª Números e Álgebra-Sistemas Lineares;
-Matrizes e Determinantes.
Grandezas e Medidas-Medidas de área;
-Medidas de volume.
Funções-Função Logarítmica;
-Progressão Aritmética;
-Progressão Geométrica.Geometrias -Geometria Analítica.
Tratamento da Informação
-Análise Combinatória;
-Binômio de Newton;
-Estudo das Probabilidades.
3ª Números e Álgebra-Números Complexos;
-Polinômios.
Grandezas e Medidas
-Medidas de Área;
-Medidas de Volume;
-Medidas de Grandezas Vetoriais;
-Medidas de Informática;
-Medidas de Energia;
-Trigonometria.
Funções-Função Trigonométrica;
Geometrias-Geometria Espacial;
-Geometrias Não-Euclidianas.
Tratamento da Informação -Matemática Financeira.
168
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos serão apresentados, primeiramente, de forma expositiva-
dialogada, levando em consideração os conhecimentos prévios trazidos pelos alunos
de suas experiências vividas dentro e fora do contexto escolar.
Sempre que necessário serão propostas aos alunos, atividades para o
desenvolvimento do raciocínio lógico, bem como atividades de fixação, atividades estas
que serão corrigidas coletivamente, a fim de detectar dúvidas e dificuldades
apresentadas pelos alunos.
Considerar mais o processo do que o produto da aprendizagem – “
aprender a aprender” – mais do que levar em conta resultados prontos e acabados. É
mais importante valorizar a maneira como o aluno resolveu um problema,
especialmente se ele fez de maneira autônoma, original, dentro dos conceitos
matemáticos de maneira clara de objetiva em vez de verificar simplesmente, se ele
acertou a resposta. Para se compreender a aprendizagem da Matemática como um
processo ativo é necessário que haja interação entre o pré – concebido e as novas
maneiras de se conduzir o conhecimento, inserindo as novas tecnologias, utilizando a
história da Matemática e os temas sociais.
AVALIAÇÃO
1ª série-Ensino Médio
• Ampliar a idéia de conjuntos numéricos e transpor em diferentes contextos;
• Identificar e resolver equações, sistemas de equações e inequações inclusive as
exponenciais ;
• Perceber que as unidades de medidas são utilizadas para a determinaçãode
diferentes grandezas;
• Identificar diferentes tipos de funções;
169
• Realizar cálculos envolvendo diferentes funções;
• Aplicar os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas;
• Realizar análise gráfica de diferentes funções;
• Ampliar e aprofundar nos conceitos geométricos em um nível abstrato mais
complexo;
• Realizar estimativas, conjecturas à respeito de dados e informações estatísticas;
2ª série -Ensino Médio
• Compreender os números complexos e suas operações;
• Conceituar e interpretar matrizes e suas operações;
• Conhecer e dominar o conceito e as soluções de problemas que se realizem por
meio de determinante;
• Compreender as relações matemáticas existentes nas unidades de medida de
diversas grandezas;
• Reconhecer na seqüencias numéricas, particularidades que remetem ao
conceito das progressões aritméticas e geométricas;
• Articular idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
• Realizar análises dos elementos que estruturam as geometrias;
• Manusear dados desde sua coleta até os cálculos que permitirão tirar
conclusões e a formulação de opiniões;
• Dominar os conceitos do conteúdo do binômio de Newton;
• Saber tratar informações e compreender a idéia de probabilidade;
• Realizar estimativas, conjecturas à respeito de dados em informações
estatísticas.
3ª série- Ensino Médio
• Compreender os números complexos e suas operações;
• Identificar e realizar operações com polinômios;
170
• Identificar e resolver operações, logarítmicas e modulares;
• Generalizar cálculos para a determinação de termos de uma seqüência
numérica;
• Perceber a necessidade das geometrias não-Euclidianas para a compreensão
de conceitos geométricos, quando analisados diferentes do plano de Euclides;
• Compreender a necessidade das geometrias não- Euclidianas para o avanço
das teorias científicas;
• Conhecer os conceitos básicos da geometria Eliptica, da Geometria Hiperbólica
• e da Geometria Fractal;
• Compreender a Matemática Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade
humana;
• Perceber, através da leitura, construção e interpretação de gráficos, a transição
da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
A avaliação seguirá os moldes do Regimento Interno do Colégio
devendo ser cumulativa, somatória;
No que se refere às atividades, o valor será 4,0 (quatro), podendo a
avaliação ser coletiva ou individual, inserida nos trabalhos e participação em sala de
aula ou em tarefas de casa; participação em eventos, pesquisas e exposições.
Valor 6,0 (seis) para pesquisas, exposições, provas relativas aos temas
estudados. Ao término de cada conteúdo, os alunos realizarão uma avaliação escrita e
individual, após a correção, caso seja necessário, o conteúdo será explicado
novamente para todos os alunos, atividades extras serão propostas para casa apenas
para os alunos que apresentaram desempenho insuficiente, estas atividades serão
corrigidas individualmente sanando possíveis dúvidas, após a observação de que os
alunos aprenderam realmente o conteúdo, os alunos que obtiveram baixo rendimento
na primeira avaliação realizarão outra, a fim de substituir a primeira nota.
171
REFERÊNCIA
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO,José Roberto; JR. GIOVANNI,José Ruy; Matemática completa. São Paulo: FTD,2002.
SILVA, Jorge Daniel;FERNANDES, Valter dos Santos;Matemática,Coleção Horizontes;Editora IBEP;São Paulo-Sp,2002;
FILHO, Benigno Barreto; SILVA,Cláudio Xavier da; Matemática;Editora FTD; São Paulo-SP;2000.
PAIVA, Manuel; Matemática;Editora Moderna. São Paulo: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto;Matemática;Editora Ática;São Paulo;2008.
172
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
QUÍMICA
IBAITI – PARANÁ2012
173
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A ciência Química sofreu diversas modificações através dos tempos.
Porém, sua utilização é muito antiga.
Na época pré-histórica, o homem já notava as transformações
químicas, mesmo sem ter noção disso; como por exemplo, podemos citar a carne dos
animais que morriam em incêndios florestais. Ele percebeu que essa carne
apresentava sabor diferente daquela que estava acostumado, e passou a utilizar o
cozimento da carne. Outro exemplo: o barro modelado e submetido a aquecimento
poderia produzir diversos recipientes cerâmicos para armazenar alimentos.
Os egípcios, por volta de 400 a.C.,com Leucipo e Demócrito, que eram
filósofos, e posteriormente Aristóteles, colaboraram com o desenvolvimento desta
ciência, elaborando as primeiras teorias atômicas.
Entre os séculos l e XV surgiram os alquimistas, que se dedicavam ao
estudo das diversas substâncias existentes e o resultado da combinação ou separação
das mesmas. Eles tinham como meta encontrar a pedra filosofal e o elixir da vida
longa. Apesar de não terem atingido os objetivos, suas constantes pesquisas deram
origem a diversas técnicas, contribuindo e muito para todo o conhecimento que temos
hoje.
A partir do século XVl a química se estabeleceu como ciência. Nos
séculos Xvlll e XlX, grandes cientistas como Lavoisier, Berzelius, Dalton entre outros,
deram a base para que a química tivesse um constante aperfeiçoamento. Mas como
podemos notar em nosso dia-a-dia a importância da química?
A química é parte integrante de nosso cotidiano e em tudo ao nosso
redor podemos identificar sua presença. Na industrialização de produtos variados, na
conservação de alimentos, na nossa vestimenta, nas vacinas; enfim, existe uma
infinidade de setores onde ela interfere.
Um fato é comprovado: toda matéria que nos rodeia é composta de
substâncias químicas, por isso ela é o ramo da ciência que estuda as substâncias,
suas estruturas, propriedades e as transformações que podem sofrer. Por esse motivo,
temos que estudá-la.
174
CONTEÚDOS
1º ano
Conteúdos Estruturantes
Matéria e sua natureza - Biogeoquímica - Química sintética
Conteúdo Básico
Especificidade da abordagem na série
Matéria Constituição da matéria, estados de agregação, natureza elétrica da matéria, Modelos atomicosRutherford, Thomson, atômicos, estudo dos metais, tabela periódica.
Solução Substância: simples e composta, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão, densidade, dispersão e suspensão; Tabela periódica.
Velocidade das reações
Reações química; Lei da reações químicas; representação das reações químicas; condições fundamentais para ocorrência das reações químicas,natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão; fatores que interferem na velocidade das reações; Lei da velocidade das reações químicas; Tabela periódica.
2º anoConteúdos Estruturantes
Matéria e sua natureza - Biogeoquímica - Química sintética
Conteúdo Básico
Especificidade da abordagem na série
Equilíbrio químico
Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Deslocamento de equilíbrio (Princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores ; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks); Tabela Periódica.
Ligação química
Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de hidrogênio; Ligação metálica (elétrons semi-livres); Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.
Reações químicas
Reações de oxi-redução; reações exotérmicas e endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Calorimetria; Tabela Periódica.
175
3º Ano
Conteúdos Estruturantes
Matéria e sua natureza - Biogeoquímica - Química sintética
Conteúdo Básico
Especificidade da abordagem na série
Radioatividade
Modelos atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela periódica; Reações químicas; Velocidade das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).
Gases Estados físicos da matéria; Tabela Periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão X temperatura, pressão X volume e temperatura X volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Lei dos gases.
Funções Químicas
Funções orgânicas; Funções inorgânicas; Tabela Periódica.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a
capacidade de resolução de problemas, o que implica na necessidade de vinculação do
conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido; o
conhecimento deve ser construído por ele, não somente transmitido, pois aquilo que
ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se incentivar
atividades extra classe, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação a
pesquisa, porque é o que incentiva o aluno ao conhecimento. As pesquisas são feitas
em sala com livros diferenciados, incluindo o livro didático Folhas. É necessário que os
saberes químicos sejam ensinados oportunizando aos alunos o acesso ao
conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã. É
urgente que se perceba que a educação não é só o desenvolvimento intelectual.
Devemos fazer ganhar espaço a criatividade, com experimentos relacionados aos
assuntos trabalhados e também no laboratório de informática com os textos
multimídia,o desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos valores éticos
e morais.
176
AVALIAÇÃO
Em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da Colégio Júlio Farah
entendemos que avaliação não deve ser um instrumento para verificar o que não se
sabe e provar isto a ele, mas deve servir para retomar o que não foi aprendido.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em
1.996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos
qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Apoiados na LDB entendemos que a
avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino, e portanto, deve
ser entendida como mais uma oportunidade de aprendizado.
A concepção de ensino aprendizagem explicitada a proposta, vem de
encontro com a proposta do nosso Projeto Político Pedagógico, que compartilha a
idéia de Luckesi a respeito da avaliação diagnóstica, isto é:
(...) para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso] modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem (2002, p.81).
Portanto, condenamos o método de avaliação única por entendermos
avaliação como um valioso instrumento pedagógico que nos permite detectar os
entraves para a aprendizagem de alguns alunos. O professor, ao avaliar, deverá ter em
vista o desenvolvimento integral do aluno. Assim, comparando os resultados obtidos,
ao final, com a sondagem inicial, observando o esforço do aluno, de acordo com suas
condições permanentes e temporárias, constatará o que ele alcançou e quais as suas
possibilidades para um trabalho futuro.
Visando colocar em prática a recuperação de estudos, uma vez que a
mesma faz parte obrigatória do sistema de avaliação e do Regimento Escolar, bem
como assegurar o direito do aluno com aproveitamento insuficiente, será ofertada de
forma paralela, contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do
aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
177
Recuperação
Ao término de cada conteúdo, quando necessário, o mesmo será
retomado. O erro ou o engano precisa ser tratado não como uma incapacidade de
aprender, mas como um elemento que sinalizará a compreensão efetiva do aluno,
servindo então para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na
construção mais adequada de seu conhecimento.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA
De acordo com a Lei Complementar a Lei 10.639/03, referente a
“história e cultura Afro-brasileira e Africana”, que estabelece a obrigatoriedade do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica. Assim o
conteúdo programático das diversas disciplinas deve abordar o estudo de História da
África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro
na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
Sendo o Brasil o segundo país de maior população negra do mundo e
de acordo com o Censo do IBGE de 2002 constatamos que 45% da população do País
é negra. Desta forma a abordagem deste assunto pode ser acondicionada ao estudo
de especiarias como por exemplo essências, medicamentos entre outros, sempre que
possível.
REFERÊNCIA
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da química. Volume único. 2ª Edição. Editora Moderna. São Paulo, 1996.
QUÍMICA. Ensino Médio. Secretaria do Estado da Educação (SEED). Curitiba, 2006.
QUÍMICA. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria do Estado da Educação (SEED). Curitiba, 2006.
178
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
SOCIOLOGIA
IBAITI – PARANÁ2012
179
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O surgimento do pensamento sociológico clássico ocorre entre os
séculos XVIII e XIX no apogeu do pensamento iluminista, que forjou todo o ideal da
Revolução Francesa e da Revolução industrial, que servirão de base para a instalação
definitiva da sociedade capitalista. Auguste Comte, um dos precursores da sociologia
esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a
Psicologia e a Economia. Seu esquema sociológico era tipicamente positivista,
(corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida
humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa
pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os remédios para os
problemas de ordem social. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na
Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, tendo por base
sociedade capitalista, não existindo como uma única forma de interpretar a realidade. O
contexto do nascimento da sociologia como disciplina científica é marcado pelas
conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de
1789; e uma social, a Revolução industrial e também uma Revolução na ciência, que
se firma como o iluminismo.
A função da SOCIOLOGIA é estudar, compreender, analisar,
questionar os fatos sociais que são o seu objeto de estudo e também tudo o que ocorre
na sociedade, buscando envolver os educandos com a reflexão sociológica de forma
didática, acessível e motivadora sem abandonar o rigor conceitual no tratamento do
temas utilizando teorias, enunciados, conceitos e classificações específicas da
sociologia. Nesse sentido a Sociologia não é uma ciência inocente, neutra, pois ao
estudar os homens e o mundo que eles criam ao longo da história, ela se posiciona,
influencia posições e ações.
No Brasil, tanto as correntes conformistas quanto as correntes
revolucionárias vão exercer influência na formação do pensamento sociológico
brasileiro.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial
conformista, a Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a
sociedade.
180
As idas e vindas da disciplina bem como a reestruturação das grades
curriculares, demonstram, em alguns momentos, a dificuldade em firmar-se como área
do conhecimento fundamental para a formação humana.
Alguns aspectos contribuem para que a Sociologia apresente
dificuldades em impor-se nas escolas: Falta de tradição da disciplina, conquista de um
campo nas grades curriculares, a carência de materiais didáticos.
Estamos dando os primeiros passos para construir, gradativamente,
uma cultura pedagógica que se mostre apropriada para a aprendizagem da disciplina
sociológica no ensino médio. Faz-se necessário levar em consideração o caráter inter-
disciplinar da organização curricular e o papel importante que a Sociologia pode ocupar
na interlocução com as outras disciplinas, procurando contribuir de forma integrada tan-
to para o projeto pedagógico das escolas, quanto para a formação mais ampla dos es-
tudantes.
No estado do Paraná a partir de 2004, uma série de políticas públicas
e ações foram implementadas pela Secretaria Estadual de Educação para promover a
conscientização da comunidade escolar a respeito da importância do conhecimento
sociológico para o aluno do Ensino Médio. A proposta curricular para o ensino de
Sociologia continua sendo aperfeiçoada e reformulada seja pela introdução de novos
aspectos ou temas, seja pela discussão contínua de novas abordagens a serem
discutidas em sala de aula. Pois a sociologia é uma metodologia que propõe a
interpretar o mundo, em suas mais diversas faces.
181
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
• A Sociologia,• Teorias Sociológicas, • Poder, • Política • Ideologias
Conteúdos básicos
• O surgimento da sociologia e Teorias Sociológicas
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;
• Pensamento científico e senso comum;• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx,Weber;• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.• Processo de Socialização e as Instituições Sociais
• Processo de Socialização;• Grupos sociais;• Instituições sociais;• Familiares; Escolares; Religiosas;
3. Cultura e indústria Cultural
− O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;− Trabalho, Produção e Classes Sociais − O processo de desigualdade social− Globalização.
4. Poder, Política e Ideologia
• Ideologia;• Formação de Estado Moderno.
5. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
− Movimentos Sociais;− Movimentos Agrários no Brasil;− Movimento Estudantil;
182
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Em sociedade, o homem possui vínculos relacionados a instituições so-
ciais as quais estabelecem normas e princípios que marcam a realidade social, ou seja,
a totalidade, na qual estamos imersos e por ela marcados. Esta realidade leva-nos a to-
mar como orientação nesta proposta os seguintes princípios metodológicos:
• Levar em consideração no trabalho escolar o conhecimento do aluno e o conhe-
cimento científico.
• Estabelecer a relação entre as experiências e conhecimentos iniciais do aluno
relativos aos temas focalizados, com o conhecimento científico, a ser trabalhado
de forma a possibilitar a reelaborarão pelo aluno do seu conhecimento inicial, o
que possibilitará a reelaborarão das práticas sociais orientadas por este novo co-
nhecimento.
No senso comum os fatos sociais são naturalizados, ou seja, perde-se
de vista a compreensão de que são produtos da construção coletiva do homem. Com-
preender isso nos habilita a interferir na vida social com mais propriedade, para alcan-
çar as metas pretendidas e tentar organizar uma vida mais justa. Por isso, a Sociologia
é importante como uma ferramenta de análise da realidade social.
− Criar situações de ensino que possibilitem a exposição (de sujeitos da educação,
professores e alunos) a diferentes pontos de vista; tal princípio ajuda a ver com
mais clareza concepções de sociedade (conservadora e inovadora) que estão em-
butidas nas diferentes visões presentes na sala de aula sobre o tema trabalhado e
nas teorias sociológicas.
− Considerar as potencialidades dos alunos e a importância da concretização dos
conceitos teóricos (identificação dos conceitos em situações reais concretas) para
que se possa fazer avançar o conhecimento inicial do aluno, a ser permeado pelo
conhecimento científico, este a ser desenvolvido por professor e aluno no decorrer
das atividades letivas.
183
AVALIAÇÃO
A avaliação do ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes
Curriculares, pauta-se numa concepção formativa continuada onde os objetivos da
disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação aqui mencionados.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação, pretende - se a
efetivação de uma prática avaliativa que vise desfragmentar conceitos tomados
historicamente como verdadeiros e inertes propondo o melhoramento do senso crítico.
Critérios de avaliação
• Conhecer o processo metodológico do trabalho docente que visa a assimilação
dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.
• Desenvolver a Sociologia em todos os segmentos da sociedade, levando em
consideração sua época em diferente s sociedades, relacionando-as com a
atualidade.
• Fornecer subsídios teóricos, conceituais e informativos para enriquecer a
reflexão sobre as influências recíprocas entre as estruturas sociais e o sistema
educativo.
• Capacitar os educandos a perceberem as potencialidades e limitações sociais
do processo educativo, permitindo o desenvolvimento da capacidade crítica aos
enunciados típicos da sociologia.
• Conscientizar sobre a importância da educação enquanto requisito fundamental
para a conquista da cidadania e do desenvolvimento nacional.
• Relacionar os conceitos sociológicos com as outras ciências humanas
aplicando-as à situações concretas do dia-a-dia partindo de teorias sociológicas
clássicas.
184
Instrumento de avaliação
A avaliação seguirá os moldes do Regimento Interno do Colégio
devendo ser cumulativa, somatória e consta dos seguintes instrumentos:
• Debates e seminários em sala de aula
• Participação efetiva durante as aulas;
• Realização de tarefas de casa;
• Participação em eventos;
• Provas regimentais;
No que se refere às atividades, o valor será 4,0 (quatro), podendo a
avaliação ser coletiva ou individual, inserida nos trabalhos e participação em sala de
aula ou em tarefas de casa; participação em eventos, pesquisas e exposições.
Valor 6,0 (seis) para pesquisas, exposições, provas relativas aos temas
estudados.
Recuperação Paralela
Ao termino de cada conteúdo, os alunos realizarão uma avaliação
escrita e individual, após a correção, caso seja necessário, o conteúdo será explicado
novamente para todos os alunos, atividades extras serão propostas para casa apenas
para os alunos que apresentaram desempenho insuficiente, estas atividades serão
corrigidas individualmente sanando possíveis dúvidas, após a observação de que os
alunos aprenderam realmente o conteúdo, os alunos que obtiveram baixo rendimento
na primeira avaliação realizarão outra, a fim de substituir a primeira nota.
REFERÊNCIA
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia – 20 ª edição.- São Paulo:Ática
_________________ Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Abril, 1993.
185
GIDDENS, Anthony. Sociologia – Tradução: Sandra Regina Netz – 6ª edição –Porto Alegre: Artmed, 2005
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1991.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia Geral. 4ª ed. , 1982.
LORENSETTI, Everaldo e outros. Sociologia – Ensino Médio – Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2006.
CUNHA, Euclides, Os Sertões. São PAULO: Editora Ática
Sociologia e Sociedade . J. S. (org.)– Rio de Janeiro
186
COLÉGIO ESTADUAL JULIO FARAH ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
IBAITI – PARANÁ2012
187
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No mundo globalizado justifica-se o ensino da língua estrangeira
atendendo às necessidades atuais da população e cumprindo a legislação, que a torna
obrigatória a partir da 5ª série.
A língua estrangeira inglesa no Brasil e a estrutura do currículo escolar
sofrem constantes mudanças que visam atender as expectativas sociais e
contemporâneas. Porém pode-se identificar o predomínio da oferta de língua inglesa
que é muito valorizada pelos estabelecimentos de ensino, por corresponder às
demandas da sociedade, pautadas em alguns princípios educacionais fundamentais:
• O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a
garantia da equidade no tratamento da disciplina de LE em relação às demais
obrigatórias do currículo;
• O resgate da função social e educacional no ensino de línguas estrangeiras no
currículo da educação básica;
• O respeito à diversidade (cultural e linguística), pautado no ensino de línguas
que não priorizem a manutenção da hegemonia cultura.
Assim sendo, a língua estrangeira pode ser propiciadora da construção
das identidades dos sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência
sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade. A partir do confronto
com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria
identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade
como agente social.
188
CONTEÚDOS
1ª Série
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura:
• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
• Linguagem não verbal.
Oralidade:
• Variantes linguística;
• Intencionalidade do texto.
Escrita:
• Paragrafação;
• Clareza de ideias.
Análise Linguística:
• Função dos pronomes;
• Artigos;
• Adjetivos;
• Numerais;
• Preposições;
• Conjunções;
• Verbos.
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura:
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
189
intertextualidade do texto;
• As particularidades do texto em registro formal e informal.
Oralidade:
• Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Escrita:
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas.
Análise Linguística:
• Coesão e coerência;
• Advérbios e locuções adverbiais;
• Palavras interrogativas;
• Substantivos;
• Substantivos contáveis e incontáveis;
• Falsos cognatos;
• Discurso direto e indireto.
3ª Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura:
• Finalidades do texto;
• Estética do texto literário;
• Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade:
• Finalidade do texto oral;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita:
• Adequação do conhecimento adquirido à norma padrão.
190
Análise Linguística:
• Vozes verbais;
• Verbos modais;
• Concordância verbal e nominal;
• Orações condicionais;
• Phrasal verbs e outras categorias como elementos do texto.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
O trabalho com a língua estrangeira será desenvolvido através de
textos de diferentes gêneros discursivos que envolvam a leitura, a oralidade e a escrita.
Os procedimentos metodológicos serão definidos com base nos itens estudados e
serão voltados para uma aprendizagem significativa, enfatizando o uso da Língua
Inglesa como instrumento de comunicação universal, e explorando através dos textos a
estrutura da língua, proporcionando o treino oral e levando o aluno a sentir-se cada vez
mais integrado e motivado à aprendizagem. Tendo em vista a competência
comunicativa na aprendizagem de uma língua estrangeira, pretende-se que o
educando não apenas manipule estruturas e tenha domínio formal da língua, mas que
faça uso apropriado e significativo da linguagem em seus vários contextos, buscando
relacionar os conteúdos curriculares com a realidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, cumulativa, quantitativa e qualitativa.
Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto,
considerando a construção de significados possíveis e a sua condição de produção;
Perceba informações explícitas e implícitas no texto e argumente a respeito do que leu;
Amplie o seu horizonte de expectativas, além de seu vocabulário; Estabeleça relações
dialógicas entre os diferentes textos; Conheça e utilize a língua estudada como
instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais;
191
Reconheça as variantes lexicais; Utilize seu discurso de acordo com a situação de
produção, diferenciando a linguagem formal da informal; Desenvolva a oralidade
através da sua prática; Produza e demonstre na produção textual, a construção de
significados; Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta,
apresentando clareza nas ideias; Estabeleça relações entre partes do texto,
identificando repetições ou substituições; Utilize adequadamente recursos linguísticos,
como o uso da pontuação, dos artigos, dos pronomes, etc. Utilize as flexões verbais
para indicar diferenças de tempo e modo. Avaliações escritas; observação do professor
em sala de aula, por meio da interação verbal e a partir dos textos, na interação com o
material didático; trabalhos em grupo (escritos e/ou apresentação); pesquisas;
diálogos; atividades lúdicas; produção de textos e dramatização.
A todos os alunos que não atingirem a nota integral será realizada a
recuperação das atividades de forma que o aluno possa assimilar o conteúdo e
recuperar suas notas. O assunto será retomado, possibilitando aos alunos as correções
necessárias, garantindo o acréscimo à nota inicial de acordo com a aprendizagem dos
educandos. A recuperação terá valor substitutivo, prevalecendo sempre a maior nota.
REFERÊNCIA
BERTOLIN & SIQUEIRA. Compact Dynamic English. São Paulo: IBEP.
CORACINI, M. J. O Jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 2003.
DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná (Língua Estrangeira Moderna)
MARQUES, Amadeu. Inglês. Volume Único. Editora Ática: São Paulo, 2002.
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Estrangeira
WITZEL, Adriana Ribeiro Siqueira; RAMOS, Ana Karina Sartori; VALLE, Denise Pereira. Língua Estrangeira Moderna – Inglês. SEED: Curitiba, 2006.
192
ANEXOS
Matriz Curricular
1. Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Estabelecimento: JULIO FARAH, C E - E FUND MEDIO
Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE
Turno: Manhã
Ano de Implantação: 2006 – SIMULTANEA Módulo: 40 semanas
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINA 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE
ARTE 2 2 2 2
CIENCIAS 3 3 4 3
EDUC. FISICA 3 3 3 3
ENSINORELIGIOSO
1 1 - -
GEOGRAFIA 3 3 3 4
HISTORIA 3 3 3 3
LÍNGUAPORTUGUESA
4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 22 22 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
LINGUA ESTRANGEIRAMODERNA
2 2 2 2
TOTAL 25 25 25 25
* Oferta obrigatória e de matricula facultativa, não computada nas 833 horas.
*** Língua Estrangeira Moderna = Inglês
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB Nº 9394/96
Ensino Religioso
• Não Computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
193
2. Matriz Curricular do Ensino Médio
Estabelecimento: JULIO FARAH, C E - E FUND MEDIO
Curso: ENSINO MEDIO
Turno: Manhã
Ano de Implantação: 2007 – SIMULTANEA
Módulo: 40 semanas
DISCIPLINACOMPOSIÇÃO CURRICULAR
SÉRIE/CARGA HORARIA
1º 2º 3º
ARTES BNC 2 2 -
BIOLOGIA BNC 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 2 2 2
FILOSOFIA BNC 2 2 2
FÍSICA BNC - 2 2
GEOGRAFIA BNC 2 2 2
HISTÓRIA BNC 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA BNC 4 3 3
MATEMÁTICA BNC 3 4 4
QUÍMICA BNC 2 2 2
SOCIOLOGIA BNC 2 2 2
L.E.M. PD 2 - 2
CARGA HORÁRIA TOTAL 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
BNC=BASE NACIONAL COMUM
PD=PARTE DIVERSIFICADA
194