Projeto Plantas Medicinais2
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RESUMO
A utilização das plantas medicinais é um dos mais antigos recursos empregados para o
tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte
da sabedoria popular. Tem um significado forte e verdadeiro para aqueles que a usam. As
plantas medicinais desenvolvem a possibilidade de uma relação pessoal e humana de cura.
É uma forma de baixo custo e fácil acesso. Quanto a sua eficácia no tratamento das
doenças não há duvidas. A intenção é mais do que tratar problemas corriqueiros, é criar
uma consciência sobre a terra e os seres vivos, as plantas em especial. Saúde é o completo
bem- estar físico, psíquico e social. Isso depende de fatores como: alimentação, terra,
sistema de saúde, moradia, costumes, educação, família, comunicação, recreação, etc.
Muitas vezes estamos longe da assistência médica, mas tão próximo desta farmácia natural,
muito da qual já conhecemos, é apenas necessário que nos informemos e nos habituemos a
usar estas humildes plantinhas consideradas muitas vezes como "inço". Nesse contexto,
durante a realização do projeto de pesquisa os alunos envolvidos foram motivados para o
principal objetivo deste, a implantação de uma horta medicinal nas proximidades do
prédio onde acontece a maioria das oficinas do Projeto Cultivar. Levando em conta os
objetivos específicos: cultivo de horta medicinal; produção de remédios caseiros; verificar
a importância e o uso de remédios caseiros com os alunos do Projeto Cultivar; sensibilizar
o contato com a terra e as plantas; reduzir o custo/benefício no orçamento familiar;
melhorar a qualidade de vida e saúde; conhecer a composição química ( princípios ativos)
das plantas medicinais, pesquisamos as diversas formas de se utilizar as plantas, suas
indicações e seu cultivo. As plantas pesquisadas foram as seguintes, cana de macaco, erva
cidreira, folha da fortuna, melão de são caetano, alfavaca, agrião do pará, babosa, boldo
brasileiro, capim cidreira, erva de são João, mil em rama, figatil, gervão, feijão guandu ou
andu e guiné. A implantação de horta medicinal na escola visa oferecer aos alunos, uma
sugestão de cultivo de plantas medicinais, sua importância não se concentra apenas nas
técnicas de cultivo, mas na interação dos alunos, professores e a comunidade, buscando o
resgate cultural no uso de plantas medicinais bem como a introdução de conhecimentos
científicos.
Palavras- chave: plantas medicinais, alunos, saúde, cultivo.
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INTRODUÇÃO
O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo
nos últimos tempos. São muitos os fatores que vêm colaborando no desenvolvimento de
práticas de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais. É
bem provável que das cerca de 200.000 espécies vegetais que possam existir no Brasil, na
opinião de alguns autores, pelo menos a metade pode ter alguma propriedade terapêutica
útil à população, mas poucas dessas espécies com potencial foi motivo de estudos
adequados. As pesquisas com estas espécies necessitam receber apoio total do poder
público, pois, além do fator econômico, há que se destacar a importância para a segurança
nacional e preservação dos ecossistemas onde existam tais espécies. Muitas substâncias
exclusivas de plantas brasileiras encontram-se patenteadas por empresas ou órgãos
governamentais estrangeiros, porque a pesquisa nacional não recebe o devido apoio.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que 80% da população dos
países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nos cuidados básicos de saúde.
Deste universo, 85% utilizam plantas ou preparados. Nesse sentido, a OMS recomenda a
difusão mundial dos conhecimentos necessários ao uso racional das plantas medicinais e
medicamentos fitoterápicos. Em sua estratégia global sobre a medicina tradicional e a
medicina complementar e alternativa para os anos de 2002 a 2005, a OMS ainda reforça o
compromisso de estimular o desenvolvimento de políticas públicas com o objetivo de
inseri-las no sistema oficial de saúde dos seus 191 estados-membros As plantas medicinais,
conhecidas e já estudadas, dentre outros aspectos, estão aprovadas a serem utilizadas pela
população nas suas necessidades básicas de saúde, em função da facilidade de acesso, do
baixo custo e da compatibilidade cultural com as tradições populares.
Uma vez que as plantas medicinais são classificadas como produtos naturais, a lei
permite que sejam comercializadas livremente, além de poderem ser cultivadas por aqueles
que disponham de condições mínimas necessárias. Com isto, é facilitada a automedicação
orientada nos casos considerados mais simples e corriqueiros de uma comunidade, o que
reduz a procura pelos profissionais de saúde, facilitando e reduzindo ainda mais o custo do
serviço de saúde pública. Por essas razões é que trabalhos de resgate do conhecimento de
plantas vêm-se difundindo cada vez mais, principalmente nas áreas mais carentes. O uso de
plantas medicinais como prática alternativa pode contribuir para a saúde dos indivíduos,
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mas deve ser parte de um sistema integral que torne a pessoa realmente saudável e não
simplesmente "sem doença".
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OBJETIVO GERAL
Implantação de uma horta medicinal e manipulação de remédios caseiros na escola.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Cultivo de horta medicinal;
Produção de remédios caseiros;
Verificar a importância e o uso de remédios caseiros com os alunos e alunas do
Projeto;
Sensibilizar o contato com a terra e as plantas;
Reduzir o custo/benefício no orçamento familiar;
Melhorar a qualidade de vida e saúde;
Conhecer a composição química ( princípios ativos) das plantas medicinais.
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HORTA MEDICINAL – UMA FARMÁCIA NATURAL NA ESCOLA
A utilização das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o
aparecimento do próprio homem. A evolução da arte de curar possui numerosas etapas,
porém, torna-se difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve por muito
tempo associada às práticas mágicas, místicas e ritualísticas. Segundo Ferreira: “As plantas
estão presentes maciçamente na nossa alimentação (pão, frutas, verduras, e cereais), nos
remédios que curam doenças... (2008, p.113)”
A preocupação com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre
se fez presente. Sabemos que os alquimistas, na tentativa de descobrir o "elixir da vida
eterna", contribuíram e muito na evolução da arte de curar.
As plantas pelas suas propriedades terapêuticas ou tóxicas adquiriram fundamental
importância na medicina popular. A flora brasileira é riquíssima em exemplares que são
utilizados pela população como plantas medicinais.
Toda planta que é administrada de alguma forma e, por qualquer via ao homem ou
animal exercendo sobre eles uma ação farmacológica qualquer é denominada de planta
medicinal.
As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo na tentativa de descobrir novas
fontes de obtenção de princípios ativos.
A evolução e o uso de plantas medicinais pelo homem estão associados a sua
evolução antropológica, da época em que era um simples nômade até tornar-se um
espécime sedentário. Com a fixação de moradia, surgiram as mais variadas necessidades e
outras se acentuaram assim o uso ficou comprovado através da experimentação,
observação e necessidade, através de erros e acertos.
O uso de plantas medicinais e aromáticas é tão antigo quanto a presença da
humanidade. Apesar de ser da flora que provem a maioria dos medicamentos hoje
conhecidos e utilizados, a fitoterapia passou por um declínio com o desenvolvimento da
indústria farmacoquímica.
Em 1978, a Organização Mundial de Saúde – OMS, realizou conferência na antiga
URSS, em Alma-Ata, onde um dos principais pontos de consenso foi a incorporação das
práticas tradicionais, entre elas a fitoterapia, nos cuidados da saúde. A Conferência
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Nacional de Saúde, em 1988, deliberou a introdução de práticas alternativas de assistência
à saúde no âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso democrático à
terapêutica preferida e a articulação no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, dos
saberes e práticas populares e científicas em prol da qualidade de vida e da promoção da
saúde. Em 2003, a Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica,
também evidenciou a importância da incorporação do uso de plantas medicinais e
fitoterápicos no SUS.( anexo 01)
O uso de fitoterápicos e plantas medicinais e aromáticas com fins terapêuticos e
alimentares deve ser orientado por um conjunto de diretrizes que envolvam todos os
setores e disciplinas da área. Nesse sentido a biodiversidade brasileira constitui um grande
potencial para pesquisa e é estratégia para ações que visam a reduzir a dependência
tecnológica em fármacos e medicamentos no Brasil, considerando a complementaridade e
integração entre os conhecimentos desenvolvidos pela ciência e tecnologia e os
conhecimentos tradicionais e o popular, na perspectiva do desenvolvimento sustentável,
com o fortalecimento da educação ambiental e o respeito à propriedade intelectual e ao
patrimônio genético.
O Brasil, país de rica diversidade étnica, cultural e biológica, com dimensões
continentais e uma população de aproximadamente 170 milhões de habitantes, dos quais,
segundo estimativas, 60% não têm acesso a qualquer tipo de medicamento convencional,
valendo-se exclusivamente, dos recursos terapêuticos de nossa vasta flora medicinal.
Diante dessa realidade torna-se imperiosa e inadiável uma ação efetiva do Estado no
sentido de preservar e utilizar racional e cientificamente esse enorme patrimônio cultural e
biológico, inserindo-o no sistema oficial, atenuando o elevado custo com a importação de
matéria para a produção de medicamentos (atualmente em torno de 90%), e evitando o uso
inadequado, a ação predatória e a exploração desorganizada desses recursos que vem
ameaçando de extinção várias espécies medicinais, acarretando incalculáveis prejuízos
ecológicos, culturais e econômicos e de saúde pública.
Na Segunda feira dia, 21 Janeiro de 2008, o site Yahoo divulgou a notícia que
centenas de plantas medicinais se encontram em risco de extinção, o que dificultará a
descoberta de tratamentos para várias doenças, essa pesquisa foi feita pela Organização
Internacional para a Conservação em Jardins Botânicos (BGCI). O estudo indica que mais
de 50% dos medicamentos são obtidos de plantas em risco de desaparecimento, devido em
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alto grau, ao desmatamento do planeta. Segundo o estudo, foram identificadas cerca de 400
espécies de plantas medicinais em risco de extinção.
As plantas medicinais podem ser adquiridas nas casas de ervas ou podem ser
coletadas no campo, sejam silvestres ou cultivadas. Por possuírem ciclo curto, podem ser
tratadas como as hortaliças. Nos vasos, ou nas floreiras podem ser plantadas sementes ou
mudas de plantas medicinais. Existem vasos e floreiras de todas as formas, tamanhos e
tipos de material. Quando se trata plantas individuais, o mais fácil e prático é
provavelmente plantá-las em vasos. Conforme o tipo de material da qual é feita o futuro
vaso ou jardineira, torna-se necessário um pequeno tratamento prévio. Seja para assegurar
que eles tenham uma vida útil mais longa, seja para possibilitar às plantas melhores
condições de cultivo:
Vasos de barro que nunca foram usados devem ser mergulhados em água por 24
horas, para evitar que absorvam a umidade do solo;
Materiais como xaxim e coxim (fibra de coco) também devem ser previamente
encharcados, do contrário tenderão a ficar ressecados;
Vasos de metal, em princípio, não deveriam ficar em contato direto com a terra, Se
isso ocorrer, a tendência natural é que venham a enferrujar. Portanto, o melhor seria
forrá-los internamente com um saco plástico e só depois colocar a terra;
Plásticos, fibras de vidro para vasos, fibrocimento e cimento são materiais que não
requerem nenhum tratamento antes do plantio;
Vasos ou jardineiras de madeira exigem sempre impermeabilização, com selador,
antes de ser pintada com verniz;
Todos os vasos ou jardineiras precisam ter buracos de drenagem e (exceto os cestos)
uma camada de cascalho ou cacos partidos no fundo, para não haver excesso de água,
devendo ser cheios com uma boa mistura de terra. Pode fazer-se esta mistura com uma
parte de terra comum de jardim e uma parte de esterco ou composto orgânico. Devem
cultivar-se com maior abundância as plantas que são utilizadas com mais freqüência. Num
vaso podem plantar manjericão ou manjerona. Quanto ao coentro e salsa é melhor
partilharem outro vaso, pois todas estas gostam de lugares iluminados, mas onde o sol não
bata contentemente, dando-se melhor com um meio um pouco mais fresco e molhado do
que o primeiro.
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Também há muitas variedades de hortelã que podem ser cultivadas no mesmo vaso,
pois todas apreciam um solo moderadamente molhado e tendem a dispersar as raízes. Já o
alecrim, a sálvia, a alfazema devem ser cultivadas sozinhas.
No cuidado dispensado às plantas, as regras constituem uma das coisas mais
importantes. Nem água demais, nem de menos, o melhor é verificar a umidade do solo
todos os dias no verão, de 3 em 3 dias na primavera e no outono, enquanto que no inverno,
apenas uma vez por semana é o suficiente.
A adubação do solo deve ser feita de seis em seis meses, incorporando à terra composto
orgânico ou esterco curtido de gado.
No caso de aparecerem pragas como pulgões, cochonilhas, tripes nas plantas use o
inseticida caseiro que é constituído de: 35 g de fumo de corda picado bem fino, 26 g de
sabão de potássio neutro em pó e 50 ml de álcool, diluídos em 8 litros de água
Ao coletar as plantas medicinais no campo é necessário saber:
a) as folhas devem geralmente, ser recolhidas antes da floração;
b) as flores ou as sumidades floridas devem ser recolhidas no início da floração;
c) os frutos devem ser colhidos no início da maturação;
d) as raízes devem ser retiradas do solo quando o talo murcha, ou no começo da
primavera, antes que haja rebrotado.
Na coleta das plantas medicinais é preciso tomar algumas precauções, que são:
Não devem ser coletadas plantas encontradas próximas de rodovias e plantações,
pois estas podem apresentar danificações provocadas pelos gases liberados dos
escapamentos dos automóveis e, no segundo caso, podem estar impregnadas com
produtos químicos utilizados como adubos ou inseticidas;
É necessário tomar cuidado para que as plantas que se coletem não se sujem
mutuamente com a terra;
Fazer desde o momento da coleta, a triagem dos fragmentos que possam proceder
de outras plantas;
Selecionar somente plantas sãs, sem manchas e não atacadas por insetos;
Evitar as que se encontram nas proximidades de fungos;
Não comprimí-las para que não murchem, o que as faria perder uma boa parte de
seu aroma;
Preparar para a dessecação o mais rápido possível, para evitar que apareçam
bolores ou fermentações.
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Antes de submeter as plantas à secagem, deve-se adotar alguns procedimentos básicos
para se obter um produto de boa qualidade, independente do método a ser empregado. São
eles:
Não lavar as plantas antes da secagem, exceto no caso de determinados rizomas e
raízes;
Deve-se separar a plantas de espécies diferentes;
As plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não devem receber raios
solares;
Antes de submeter as plantas à secagem, deve-se fazer a eliminação de elementos
estranhos (terra, pedras, outras plantas, etc.) e partes que estejam em condições
indesejáveis (manchadas, danificadas, descoloridas, etc.);
A secagem pode ser conduzida em condições ambientais ou com o uso de estufas,
secadores, etc. A secagem natural é um processo lento e deve ser conduzida à sombra, em
local ventilado, protegido de poeira e do ataque de insetos e outros animais. Esse processo
de uso doméstico é recomendado para regiões que apresentam condições climáticas
favoráveis, relacionadas principalmente com a ventilação.
Nesse processo, deve-se espalhar o material a ser seco em camadas finas, permitindo
assim a circulação de ar entre as partes vegetais e uma secagem mais uniforme. Para isto
podem ser utilizadas bandejas com fundo de tela plástica fina, aço inoxidável ou tecido
com características semelhantes.
Outra maneira prática consiste em espalhar em camada fina o material em uma mesa ou
bancada forradas com papel, em ambiente abrigado do sol e com ventilação.
A secagem artificial de plantas medicinais é fundamentada no aumento da capacidade
do ar de retirar a umidade da planta. Assim, utilizam-se métodos que elevam a temperatura
e promovem a ventilação ou simplesmente reduzem a umidade relativa do ar. O aumento
da temperatura vai também reduzir a umidade relativa do ar, enquanto a ventilação vai
facilitar a homogeneização do ar de secagem em toda a massa de plantas secagem. A
temperatura utilizada varia de 35 a 45ºC. Temperaturas acima de 45ºC danificam os órgãos
vegetais e seus conteúdos, pois proporcionam "cocção" das plantas e não uma secagem,
apesar de inativarem maior quantidade de enzimas, A secagem artificial origina material de
melhor qualidade por aumentar a rapidez do processo.
MANIPULAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS
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1 - CATAPLASMAS
Preparações para uso externo, de consistência mole e compostas de pós ou farinhas
diluídas em água, cozimentos, infusões, vinho ou leite. São preparados a quente ou, muito
raramente, a frio.
É obtido por diversas formas:
a. Amassar as ervas frescas e bem limpas e aplicá-las diretamente sobre a parte
afetada ou envolvidas em um pano fino ou gaze;
b. Reduzi-las em pó, misturá-las em água, chá ou outras preparações e aplicá-las
envoltas em pano fino sobre as partes afetadas e
c. Pode-se ainda, utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente
quente, com a planta fresca ou seca triturada.
2 - DECOCÇÃO
É a fervura da substância, para dissolvê-la pela ação prolongada da água e do calor.
Utilizada, sobretudo no caso das sementes de cereais, a decocção pode ser leve ou branda,
carregada ou concentrada, conforme sua duração (de apenas alguns minutos a várias horas)
e a saturação do líquido empregado.
3 - INALAÇÃO
Na inalação é utilizada a combinação de vapor de água com sustâncias voláteis das plantas
aromáticas. Para direcionar o vapor é utilizado um cone de papelão colocado sobre com a
base maior voltada para o recipiente e a base menor voltada para cima.
Normalmente esse processo é recomendado para problemas respiratórios.
4 - INFUSÃO
Esse processo é indicado particularmente para as plantas aromáticas.
A substância é colocada numa vasilha, que depois recebe água fervente e posteriormente é
tampada. Após descansar por certo tempo, a mistura é coada. O tempo de infusão varia de
10 a 15 minutos (para folhas ou flores) a várias horas (no caso de raízes).
5 - FILTRAÇÃO
Seu objetivo é separar o líquido (solução, sumo, tisanas, tinturas, azeites, xarope) de certas
partículas que se encontram em suspensão. Quando não se exige uma perfeita
transparência do líquido, substitui-se a filtração pela coadura. Para a primeira utiliza-se
papel de filtro e na segunda, empregam-se tecidos de lã, pedaços de algodão.
6 - MACERAÇÃO
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Neste processo, a substância vegetal é deixada em contato com o veículo (líquido usado
para dissolver o princípio ativo, como por exemplo: álcool, óleo, água ou outro líquido
extrator), em temperatura ambiente. O período de maceração depende do material a ser
utilizado. Folhas, flores e outras partes tenras são picadas e ficam macerando por 10 a 12
horas, enquanto partes mais duras ficam macerando por 18 a 24 horas. Embora lenta, a
maceração é um método excelente para obter o princípio ativo em toda sua integridade.
7 - SUCOS
É um processo para ser utilizado imediatamente. Na preparação são utilizados frutos moles
e maduros espremidos em pano ou folhas, flores e sementes trituradas em liquidificador ou
pilão. Nesses sucos podem ser adicionados à água ou não.
8 - VINHOS MEDICINAIS
São preparações que resultam da ação dissolvente do vinho sobre as substâncias vegetais.
O vinho utilizado deve ser puro, com alto teor alcoólico; tinto para dissolver princípios
tônicos ou adstringentes e branco quando se deseja obter um produto diurético.
O método para se obter vinhos medicinais é muito simples: adiciona-se 5g de uma ou mais
ervas secas, bem limpos e picados para cada 100ml de vinho e macera-se em recipiente
bem tampado e em local escuro, por um período de 10 a 15 dias, sendo agitado uma ou
duas vezes diariamente. Depois de filtrado, o produto deve ser conservado em local
arejado.
9 - TINTURAS
A preparação de tinturas a partir de substâncias é um processo minucioso e delicado que
consiste em misturar partes de plantas secas e dividas em álcool de pureza absoluta, onde o
contato deverá ser mais ou menos prolongado para permitir uma melhor extração dos
princípios ativos (8 a 15 dias).
Para obter as tinturas deve-se:
a. plantas frescas - utilizar a proporção de 50% em peso de plantas em relação ao
álcool a 92ºGL, em volume, isto é, 500g de planta fresca em 1000 ml de álcool;
b. plantas secas - usar a proporção de 25% em peso de plantas secas em relação à
mistura álcool-água, na proporção de sete partes de álcool a 92ºGL e três partes de
água destilada ou fervida, em volume, ou seja, 250g de plantas secas em 700ml de
álcool a 92ºGL e 300 ml de água.
Após a obtenção da tintura, filtra-se e o resíduo é espremido em uma prensa, para
extrair o líquido que ainda esteja presente.
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As tinturas alcoólicas conservam os princípios ativos por muitos anos e são utilizadas
em pequena quantidade para uso interno (puras ou diluídas) e externamente em maiores
quantidades (puras ou diluídas).
10 - TISANAS
Nome genérico dado às soluções, macerações, infusões e decocções preparadas com
plantas medicinais. Quando a elas se agregam xaropes, tinturas, extratos ou outros
ingredientes, as tisanas são chamadas de poções.
11 - TORREFAÇÃO
Este processo possui dois objetivos: retirar a água de certas substâncias e submetê-las a um
princípio de decomposição que modifica algumas de suas propriedades.
O agente no processo da torrefação utilizado é o fogo. O café após a torrefação torna-se
aromático, o ruibarbo perde suas qualidades laxantes e o ópio seu princípio viscoso.
12 - UNGÜENTO E POMADAS
Medicação imediata, podendo ser guardada por tempo determinado. É preparado através da
mistura do suco, tintura ou chá da planta medicinal com vaselina ou lanolina.
As pomadas e os ungüentos permanecem mais tempo sobre a pele, devem ser usados a frio
e renovados duas ou três vezes ao dia.
13 - XAROPE
Preparação de uso mais prolongado, usado principalmente para doenças da garganta,
pulmão e brônquios. Para prepará-lo são necessários dissolver açúcar em água e aquecer
até a obtenção de ponto de fio e depois acrescentar a tintura do vegetal na preparaç
OS EFEITOS DAS PLANTAS MEDICINAIS
Abortivo: provoca a eliminação do feto
Adsorvente: elimina os gases acumulados
Anticatarral: Inibe a formação de catarro.
Antiespasmódico: evita ou alivia as cólicas e os espasmos (contrações musculares
dolorosas).
Antiflatulento: elimina os gases intestinais.
Anti-reumático: combate o reumatismo e seus sintomas.
Antitussígeno: inibe a tosse.
Carminativo: elimina gases acumulados e favorece a digestão, diminuindo o inchaço
abdominal, a flatulência e as dores.
Catártico: o mesmo que laxante ou purgativo.
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Colagogo: favorece a eliminação do conteúdo das vias biliares.
Colerético: contrai a vesícula biliar para a eliminação de seu conteúdo.
Diaforético: provoca suor.
Diurético: faz urinar mais, auxilia a eliminação de líquidos pelos rins.
Drástico: purgante enérgico.
Emenagogo: estimula a menstruação (não é o mesmo que abortivo).
Emético: provoca vômito.
Emoliente: suaviza, amolece uma inflamação.
Estomacal: ajuda a digestão no estômago.
Estomáquico: favorece as funções digestivas; tonificante do estômago.
Expectorante: elimina a mucosidade do aparelho respiratório.
Febrífugo: abaixa a febre.
Galactogogo: aumenta a secreção do leite.
Hemostático: estanca as hemorragias.
Laxante: purgante de efeito brando, que induz a evacuação de fezes moles, não causando
dor nem irritação intestinal.
Mucolítico: bloqueia a produção de muco; pode ser anticatarral.
Obstipante: prende os intestinos.
Sudorífico: o mesmo que diaforético.
Muitas vezes escutamos as pessoas recomendarem o uso de plantas medicinais
dizendo: "Se bem não fizer, mal também não fará." Infelizmente não é isso que ocorre,
porque o uso inadequado de plantas medicinais pode muitas vezes não realizar o efeito
desejado.
O uso de plantas medicinais, quando efetuado com critérios, só tem a contribuir para
a saúde de quem o pratica. Esses critérios se referem à identificação da doença ou do
sintoma apresentado, conhecimento e seleção correta da planta a ser utilizada e uma
adequada preparação.
Segundo Balbach: “O uso das plantas, exceto naturalmente as venenosas, não
prejudica o organismo, antes o beneficia, purificando-o e curando-o.”(1992, p. 07)
As plantas medicinais devem ser adquiridas, preferencialmente, por pessoas ou
firmas idôneas que possam dar garantia da qualidade e da identificação correta. O ideal
seria que as pessoas e instituições que fazem uso das plantas medicinais, mantivessem o
cultivo das espécies mais utilizadas.
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Na preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e
sua forma de uso. As misturas de plantas no chá devem se restringir a um número pequeno
de espécie com indicações e uso semelhantes.
A forma de uso e a freqüência também são importantes durante o tratamento. Não
adianta ingerir um litro de chá de uma só vez, quando se deveria tomar a intervalos
regulares de tempo durante o dia. Da mesma forma, uma planta recomendada
exclusivamente para uso externo não deve ser administrada internamente.
O uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. Recomendam-se períodos de
uso máximo entre 21 e 30 dias, intercalados por um período de descanso entre 4 e 7 dias,
permitindo que o organismo desacostume-se e, também, para que o vegetal possa atuar
com toda a sua eficácia. A adição de mel a chás e xaropes só deve ser feita depois que estes
fiquem mornos ou frios.
A dosagem dos remédios caseiros feitos com plantas medicinais varia de acordo com
a idade e com o tipo de metabolismo de cada pessoa. O horário em que devem ser tomados
os preparados fitoterápicos é muito importante para a obtenção dos efeitos desejados.
Assim, têm-se as seguintes regras gerais:
desjejum - preparações os laxativos, depurativos, diuréticos e vermífugos;
duas horas antes de depois das refeições principais - preparações anti-reumáticas,
hepatoprotetoras, neurotônicas e antitérmicas;
meia hora antes das refeições principais - preparações tônicas e antiácidas;
depois das refeições principais - preparações digestivas e contra gases;
antes de se deitar - preparações hepatoprotetoras e laxativos.
As dosagens dos fitoterápicos caseiros variam de acordo com a idade e metabolismo de
cada indivíduo.
As informações sobre a dosagem de plantas medicinais são muito divergentes,
principalmente quando se trata da medição de volumes com utensílios domésticos ou
mesmo conversão de pesos em volumes e vice-versa. Recomenda-se que ao preparar
decocções, infusões e macerações deve-se utilizar para material seco uma colher (chá) e
para o vegetal fresco uma colher (sopa), ambos misturados em um litro de água.
Todo cuidado é pouco. Mas isso não impede de utilizarmos as plantas medicinais,
desde que, estas sejam empregadas da maneira correta.
PRINCÍPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS
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Princípios Ativos são componentes químicos que conferem às plantas Medicinais,
atividade terapêutica. Distribuem-se pelos diferentes órgãos das plantas de forma desigual,
em função da especialização das células. Essa distribuição, em alguns casos, pode ocorrer
em todas as partes das plantas (em algumas espécies) e em outras não. Por exemplo, o
Ginseng concentra seu princípio ativo na raiz.
Vejamos alguns Princípios Ativos:
ALCALÓIDES Ação calmante, sedativo, estimulante, analgésico, anestésico
MUCILAGENSAção cicatrizantes, antiinflamatório, laxativo, expectorante e antiespasmódico.
GLICOSÍDIOS
Salicílicos Ação anti-reumática e antipirética
AntraquinônicosAção purgante ou laxante, digestiva, colerética e colagoga
FlavonóidesAção diurética, antiinflamatória, expectorante, antiespasmódica, tônico cardio-circulatório
Cardiotônicos e Cardioativos
Dilatador de coronárias, antiesclerótico, fortalece os vasos capilares. Aumenta a força contrátil do coração regulando seu ritmo
Sulfurados Ação anti-séptica e estimulante estomacal
CianogenéticosAção sedativa e antiespasmódica
Cumarínicos ou Lactônicos
Ação anticoagulante, antiespasmódicas, antibióticas e venotônicas
FenólicosAção anti-séptica e antiinflamatória sobre os órgãos urinários
SaponínicosAção Diuréticas, cicatrizantes, analgésicas e expectorantes
SulfuradosAção antibiótica, colerética, colagoga, rubefaciente, balsâmica, anti-reumáticas
TANINOS Adstringentes, hemostáticas, anti-sépticas, tonificantes e antimicrobianas. Ingeridos em doses elevadas, os taninos podem impedir a absorção de certos minerais como o cálcio e o ferro. As plantas mais ricas em taninos são: amieiro, avenca, bistorta, carvalho,
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castanheiro, chá-preto, faia, hamamélis, morangueiro(folhas), nogueira, salgueirinha, tormentilha, ulmeiro
ÓLEOS ESSENCIAIS
Bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico, relaxante, expectorante, antiespasmódico. Os principais são timol (do tomilho), cineol (do eucalipto), limoneno (do limoeiro) e mentol (da laranja)
MINERAIS Ação reconstituinte e oxidante
VITAMINAS B(B1, B2, B6, B12, C, P) e A(A, D, E, K)
RESINASPurgante, anti-sépticas urinárias, antiespasmódicas, rubefacientes e anti-reumáticas. São obtidas através da incisão do caule de diversas plantas (copaíba, abeto, guaiaco, etc.)
ÁCIDOS ORGÂNICOS
Cítrico, Málico e Tartárico
São abundantes em frutos e bagas e tem como função limpar a cavidade bucal, pois aumentam a secreção salivar. Apresentam a sensação de frescor diminuindo o número de bactérias causadoras de cáries e infecções bucais. Produzem sucos gástricos e são ligeiramente laxantes e diuréticos
SalicílicoPossui três ações principais: antiinflamatória, analgésica e antipirética
OxálicoÉ um dos mais abundantes no mundo vegetal. Está associado ao potássio e ao cálcio
Graxos
Juntamente com a glicerina, é o principal componente das gorduras:
Linoléico - Nosso organismo necessita, porém não produz por si mesmo. (girassol - semente, espirulina e nogueira - noz)
Oléico - principal componente do azeite de oliva, contribui para regular o nível do colesterol
As plantas estudadas durante a aplicação deste projeto de pesquisa são as seguintes:
CANA DE MACACO (Família Zingiberaceae)
Sinônimo popular: cana do brejo
Nome científico: Costus spicatus
Indicações: Diurético, anti-infamatório das vias urinárias
ERVA CIDREIRA (Família Verbenaceae)
Sinônimos populares: Erva-cidreira do campo, salva-limão e falsa melissa.
Nome científico: Lippia Alba
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Indicações: analgésico discreto, combate cólicas intestinais
ALFAVACA (Família Labiatae)
Sinônimo popular: Alfavacão, alfavaca do campo e louro
Nome cientifico: Ocimum gratissimum l.
Obs.: contem óleo essencial rico em eugenol.
Indicações: Gripes, tosses pós gripe, irritações da garganta
AGRIÃO DO PARA (Família Compositae)
Sinônimo popular: Agrião do mato (SP), jambu RJ e CE), pimenteira e agrião do Brasil
(BA).
Nome científico: Spilanthes acmella
Indicações: Suas flores são úteis nasestomatites e dores de dente. Suas folhas são úteis para
abrir o apetite, e usadas como expectorante.
BABOSA (Família liliaceae)
Sinônimo popular: Aloé
Nome científico: Aloé vera L.
Indicações: Uso local: suco das folhas frescas como cicatrizante, antisséptico e
antiinflamatório nas furunculoses, abcessos,hemorróidas e queimaduras. Uso interno:
laxante.
FOLHA DA FORTUNA
Sinônimo popular: courama vermelha
Nome cientifico: bryophillum calycinum
Indicações:
Externamente: para pancadas, contusões, aftas, queimaduras e furúnculos.
Internamente: expectorante, gripes e dores no corpo.
Uso:
Externo: suco das folhas, 3 x ao dia
Interno: xarope ou chá das folhas, 3 x ao dia
MELÃO DE SÃO CAETANO (Cucurbitaceae)
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Nome científico: Momordica charantia L.
Indicações:
Interno: diabetes, diarréia, resolutiva, febrífugo, cólicas abdominais, colite, menstruações
difíceis, problemas gástricos, resfriado, reumatismo.
Externo: Eczemas, ferimentos, furúnculos, tumores, piolhos.
Uso: interno, chá; externo: maceração.
GERVÃO (Verbenaceae)
Nome científico: Stachytarpheta jamaicensis (L.) Vahl.
Nomes populares: aguará-podá, aguarapondá, chá-do-brasil, ervão, gerbão, gervão, gervão-
azul, gervão-folha-de-verônica, gervão-legítimo, orgibão, rinchão, uregão, urgebão,
urgervão, vassourinha-de-botão, verbena, verbena-azul.
Indicações: amebíase, afecções renais e gástricas, bronquite, cefaléia, contusão, debilidade
orgânica, distúrbio nervoso, eczema, erisipela, ferida, fígado, furúnculo, hepatite, inchaço
do baço, inseticida, machucadura, prisão-de-ventre, rouquidão, resfriado, úlceras, tumores,
vitiligo.
Parte utilizada: chá das folhas e raízes.
FIGATIL
Nome científico: Tithonia diversifolia (Hemsl.) A. Gray
Família: Asteraceae.
Outros nomes populares: boldo-japonês, titonia, margaridão-amarelo, figatil.
Indicações: distúrbios hepáticos e gástricos.
Parte utilizada: folhas.
Modo de usar:
Infusão: 1 folha por xícara de água quente. Abafar por 10 minutos. Tomar após às
refeições.
BOLDO BRASILEIRO (Labiatase)
Sinônimos populares: sete-dores, malva-santa, oxalá e tapete de oxalá.
Nome cientifico: coleus barbatus
Indicações: Mal estar gástrico, azia, má digestão.
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Uso: três folhas maceradas em um pouco de água, coar e beber o sumo lentamente, 1 a 2 x
ao dia.
CAPIM CIDREIRA ( Gramineae)
Sinônimos populares:capim-cheiroso, erva-cidreira, capim-limão, limão, chá de estrada e
capim da lapa.
Nome cientifico: Cimbopogon citratus Stap.
Indicações: cólicas abdominais e uterinas, calmante.
Uso: quatro folhas frescas em uma xícara de água fervente, 3 a 4 x ao dia.
ERVA DE SÃO JOÃO ( Compositae)
Sinônimos populares: mentrasto e catinga de bode.
Nome científico: Ageratum conysoides L.
Indicações: antiinflamatório e analgésico nas dores reumáticas e artrose.
Uso: emprega-se 30 a 40 gr da planta fresca em 1 lt de água fervente. Tomar 4 xícaras por
dia.
MIL EM RAMA ( Compositae)
Sinônimos populares: arrebenta-pedra, erva-pombinha.
Nome científico: Phyllanthus niruri L..
Indicações: Facilita a eliminação de líquidos e diminui a formação de cálculo.
Uso: chá de 30 a 40 gr da planta para 1 lt de água fervendo, tomar 1 xícara 3 x ao dia
FEIJÃO GUANDU OU ANDU
Nome científico: Cajanus cajan (L.) Millsp.
Família: Fabaceae.
Outros nomes populares: feijão-andu, andu, feijão guandu, guandeiro, guando;
Propriedades medicinais: antiinflamatório, emoliente, diurético, depurativo.
Indicações: hemorragia, tosse, bronquite, inflamações na garganta, tosse, limpar o sangue,
diminuir a glicose (diabete).
Parte utilizada: flores, raízes, folhas.
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Modo de usar:
- infusão de flores, raízes e folhas (beber e gargarejos).
GUINÉ
Nome científico: Petiveria alliacea L.
Família: Phytolacaceae.
Outros nomes populares: mucura-caá, erva-pipi, tipí, teté, erva-de-alho, amansa-senhor,
tipí-verdadeiro, raiz-de-guiné, gambá;
Propriedades medicinais: abortiva, analgésica (hipnótica, anestésica), antiespasmódica
(espasmolítica), anti-reumática, bactericida, diurética, fungicida, imunoestimulante.
Indicações: afugentar mosquitos; combater vírus, fungos e bactérias; dor, dor de cabeça,
dor de dente, dor muscular, inchaço, inflamação, inflamação na boca, dor de dente,
gengivite, dor reumática, paralisia nervosa, hidropsia, nevralgias, paralisia dos membros,
reumatismo, pancadas, contusões.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados: CUIDADO: TÓXICA.
Efeitos colaterais: provoca insônia, alucinações, abala o sistema nervoso, uso contínuo
determina apatia, imbecilidade, morte.
OBSERVAÇÃO: DENTRO DO PROJETO UTILIZAMOS APENAS EM USO
EXTERNO
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MATERIAL E MÉTODOS
No decorrer do projeto de pesquisa os alunos envolvidos no projeto foram
motivados para o principal objetivo deste, que desde o início era a implantação de uma
horta medicinal nas proximidades do prédio onde acontece a maioria das oficinas do
Projeto Cultivar. Antes da instalação da horta medicinal, os alunos foram visitar a horta
medicinal na Escola Família Agrícola.
Os alunos sempre receberam orientação de que o cultivo das ervas medicinais seria
na linha orgânica, pois o consumo da mesma implica no bem estar, manutenção e
restauração, mesmo que nos casos mais simples dos males causados por erros alimentares,
estresse ou por doenças infecto contagiosas como, no caso de diarréias, dores de cabeça,
dores no corpo, causados por gripes etc. e que esta prática ainda visaria, sobretudo a
valorização de práticas culturais, saberes das famílias e diminuição no gasto com remédios
sintéticos.
Para despertar o sentimento de pertencer aquilo que se faz, os alunos foram
envolvidos desde a instalação como: recolhimento das britas onde foi cedido o espaço do
antigo estacionamento, manuseio da terra, esterco, irrigação e plantio das ervas medicinais.
Desta forma estamos dando oportunidade para que o aluno do meio urbano veja a terra não
como algo negativo e distante ou coisa somente do camponês, mas que ele a sinta
concretamente nas mãos e nos pés, aumentando assim a sensibilidade e os devidos
cuidados que a terra merece.
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RESULTADO E DISCUSSÃO
No desenvolvimento do projeto de pesquisa, procuramos manter a família informada
sobre o inclusive que com o auxilio dos pais informando – nos sobre o conhecimento que e
praticado em casa, valorizando assim, o saber empírico.
Os alunos envolvidos no projeto são das turmas/séries do 4º ano ao 9º ano que
fazem a oficina de “Ciências e pesquisas” no Projeto Cultivar.
Desde o início das atividades práticas os alunos receberam motivação, inicialmente
para evitar o desperdício e fazer uso de embalagens recicláveis, tornando assim, nossa
pratica ecologicamente correta. Após apresentar as mudas e sementes, procuramos os
copos descartáveis nas lixeiras da escola. Não sendo suficiente, fomos ao supermercado
mais próximos, para coletar das lixeiras copos descartáveis, onde seriam feitas as
semeaduras.
Com a ajuda dos alunos, cortamos as raízes embira do rizoma do rui barbo para
colocar no fundo dos copos descartáveis para servir de posto orgânico. Feito isso,
colocamos terra, furamos o fundo, semeamos e irrigamos. Os copinhos semeados foram
etiquetados com o nome popular e científico da plantinha e colocados dentro de uma caixa
a sombra. Também colocamos a data para ser observado o ciclo de germinação e
desenvolvimento das variedades.
A horta medicinal tem espaço na área onde se desenvolve o projeto Cultivar para
facilitar os tratos e cuidados.
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CRONOGRAMA
Atividades/ meses
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto
Pesquisa Bibliográfica
X X X
Dinâmicas na escola
X X
Estudo da composição química
X X
Processo de plantio da horta
X X
Redação do Projeto de Pesquisa
XX X
Análise do Projeto de Pesquisa
X
Redação final
X
Apresentação do projeto de Pesquisa
X
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DI STASI, L.C. “Plantas Medicinais: Arte e Ciência. Um guia de estudo
interdisciplinar”. São Paulo. Ed. UNESP. 1996.
MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. “Plantas
Medicinais”. Minas Gerais. Ed. Universidade Federal de Viçosa, 1994.
MORGAN, R. “Enciclopédia das Ervas e Plantas Medicinais”. São Paulo. Hemus ,1994.
SCHVARTSMAN, S. “Plantas Venenosas”. São Paulo. Sarvier. 1979.
VIERA, L.S. Fitoterapia da Amazônia. São Paulo. Ed. Ceres, 1992.
SCHNEIDER, Ernest. “A cura e a saúde pela natureza”Tatuí- SP: Casa Publicadora
Brasileira, 2004.
www.ibpm.org.br Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais.
BALBACH, Alfons. “As Plantas Curam”Itaquaquecetuba, SP:Missionária, 1992.
FERREIRA, Maria Saleti F. Dias, Hardoim, Edna Lopes et AL. “Ciência a vida na terra”
Fascículo 5, Cuiabá, EdUFMT, 2008.
www.saude.gov.br
www.wikipedia.com.br
www.yahoo.com.br
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